Medidas de Variáveis Físicas Industriais

Medição de Vazão

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Raimundo Franco Teixeira

Prof. Matheus M. Correa

Introdução
• Na maioria das operações realizadas nos processos industriais é muito
importante efetuar a medição e o controle da quantidade de fluxo de
líquidos, gases e até sólidos granulados, não só para fins contábeis, como
também para a verificação do rendimento do processo.

• A medição de vazão encontra importantes aplicações no transporte de

fluídos (oleodutos, gasodutos), nos serviços públicos (abastecimento,
saneamento) e na indústria em geral, para controle de relações, bateladas,
balanço de massas e etc., contribuindo para a qualidade e otimização de
processos.
Introdução
• Na grande maioria das plantas de processamento a vazão é elemento de
suma importância pelo fato que praticamente todos os processos
envolvem movimentação de material de uma parte para outra da planta
ou de um equipamento para outro. Cada movimentação envolve trabalho
para reduzir ou aumentar massa, alterando uma ou mais propriedades.

• Assim, estão disponíveis no mercado diversas tecnologias de medição de

vazão cada uma tendo sua aplicação mais adequada conforme as
condições impostas pelo processo.
Terminologias e Definições
• Para a compreensão das técnicas de medição de vazão é fundamental o
conhecimento de conceitos fundamentais que são apresentados a seguir:
1. Velocidade
2. Escoamento Laminar
3. Escoamento Turbulento
4. Viscosidade
5. Número de Reynolds (𝑅𝑒)
6. Vazão
1. Velocidade
• A velocidade das partículas no escoamento de um fluido varia de acordo
com a sua distância das paredes da tubulação, sendo que nas paredes a
velocidade destas partículas é praticamente zero e no centro a sua
velocidade será máxima.

• Assim, uma velocidade média é empregada para cálculos de vazão.

2. Escoamento laminar
• Ocorre quando a velocidade média é relativamente baixa e as partículas do
fluido tendem a se mover lentamente em camadas. A velocidade das
partículas apresenta um perfil parabólico.
3. Escoamento Turbulento
• Acontece quando a velocidade do escoamento é alta e as partículas dos
fluidos não escoam suavemente em camadas. Consequentemente, ocorre
o efeito da turbulência, e agora não existe mais um perfil parabólico de
velocidade.
Escoamento Turbulento x Laminar
4. Viscosidade
• É uma propriedade de um gás ou líquido que mede sua resistência ao
movimento ou escoamento. Um exemplo típico de líquido bastante viscoso
é um xarope que possui mais viscosidade que a água, que é mais viscosa
que o ar. O xarope, devido a sua alta viscosidade, tem uma grande
dificuldade de escoar. Tipicamente, a viscosidade diminui com a
temperatura.
4. Viscosidade
5. Número de Reynolds (𝑅𝑒)
• Relação derivada da combinação da densidade e viscosidade de um líquido
e sua velocidade em uma determinada área de seção transversal, dada
por:

𝑉×𝐷
𝑅𝑒 =
𝑣

• Osborne Reynolds observou em 1880 que os padrões de escoamento

poderiam ser previstos a partir das propriedades físicas dos fluidos.
• Se o número de Reynolds para um escoamento em uma tubulação for igual
ou menor que 2.000, o escoamento será laminar.
• De 2.000 a 5.000 é uma região de transição. Acima de 5.000 é sempre
turbulento.
6. Vazão (fluxo)
• Vazão de modo geral pode ser definida como a quantidade de algo
por um determinado período de tempo.
• Na instrumentação a vazão pode ser dividida em dois tipos:

• Volumétrica
• Mássica
Vazão Volumétrica
• É o volume de líquido que passa em um determinado ponto em uma
determinada quantidade de tempo

𝑉
𝑄 = =𝑣×𝐴
𝑡

• Na medição de vazão volumétrica é importante referenciar as condições

básicas de pressão e temperatura, principalmente para gases e vapor pois
o volume de uma substância depende da pressão e temperatura a que está
submetido.
Vazão mássica
• É a quantidade de massa de um fluido que atravessa a seção transversal
de uma tubulação por unidade de tempo, dada pela seguinte relação.

𝑚
𝑄𝑚 =
𝑡

Aplicações:
• Medição de gás de processo de semicondutores
• Monitoramento do ar em instalações de energia nuclear
• Processamento de substâncias químicas
• Filtragem e detecção de vazamentos
Porque calcular vazão mássica?
• Quando temos fluídos voláteis, isto quer dizer que eles se expandem
facilmente com a mudança de temperatura. Precisamos utilizar o cálculo
para vazão mássica, ao invés da vazão volumétrica, já que ela fornece uma
medida mais precisa.

• Desta forma, podemos dizer que a vazão mássica é responsável por medir
a massa de um fluído ou o gás que passa por uma área em um período de
tempo específico.
 Fixar os conceitos
1) Uma mangueira é conectada em um tanque com capacidade de 10000 litros. O tempo
gasto para encher totalmente o tanque é de 500 minutos. Calcule a vazão volumétrica
máxima da mangueira.

2) Calcular a vazão volumétrica de um fluido que escoa por uma tubulação com uma
velocidade média de 1,4 m/s, sabendo-se que o diâmetro interno da seção da tubulação é
igual a 5cm.

3) Calcule a vazão em massa de um produto sabendo que 1500 kg escoa por uma
tubulação em 3 h 30 min. Qual a produção, ou seja, qual o volume produzido em 24 horas?

4) Uma esteira transporta 2 toneladas de minério de ferro em 4 horas. Se um navio tem

capacidade de 10 toneladas em quanto tempo estará cheio?
Conversão de unidades de vazão
Complete a tabela de conversão de unidades de vazão volumétrica:
m³/s m³/h l/h l/min GPM
m³/s 1
m³/h 1
l/h 1
l/min 1
GPM 1

Obs.: 1 galão é 3,79 litros

Equações típicas: equação da continuidade
• A equação da continuidade afirma que a vazão total em um sistema
não muda com o tempo, sendo constante em qualquer parte do
sistema
Equações típicas: equação da continuidade
Exemplo 1. Qual é a vazão em uma tubulação com 9 cm de diâmetro
com velocidade média de 5 m/s?
𝜋 × 0,092
𝑄 =5× = 0,0318 𝑚3 /𝑠
4

• Se o líquido estiver escoando em uma tubulação com diferentes

áreas de seção transversal, como na Figura 5.3 (b), isto é, A1 e A2, a
equação da continuidade será:

𝑄 = 𝑉1 × 𝐴1 = 𝑉2 × 𝐴2
Equações típicas: equação da continuidade
Exemplo 2. Se uma tubulação tiver um diâmetro de 9 cm e for reduzido
para 6 cm e a velocidade na seção de 9 cm é de 2,21 m/s, qual a
velocidade desenvolvida na seção de 6 cm?
Tipos e características dos medidores de vazão
Medição de Vazão por Perda de Carga Variável
• Considerando-se uma tubulação com um
fluido passante, chama-se perda de carga
dessa tubulação a queda de pressão
sofrida pelo fluido ao atravessá-la.

• As causas da perda de carga são: atrito

entre o fluido e a parede interna do tubo,
mudança de pressão e velocidade devido
a uma curva ou um obstáculo, etc.
Medição de Vazão através do Tubo de Pitot
• É um dispositivo utilizado para medição de vazão através da velocidade detectada
em um determinado ponto de tubulação.

• O tubo de Pitot mede apenas a velocidade do ponto de impacto e não a

velocidade média do fluxo. Assim sendo, a indicação da vazão não será correta se
o tubo de impacto não for colocado no ponto onde se encontra a velocidade
média do fluxo.
Medição de Vazão através do Tubo de Pitot
• Pesquisadores, concluíram que o valor da velocidade média seria 0,8 da
velocidade máxima do duto.
→Velocidade média = 0,8 * Velocidade máxima
• Como calcular a vazão?

• Para determinar a velocidade média em uma tubulação

recomenda-se medir pelo menos em dois pontos
perpendiculares conforme figura, fazendo a média destas
velocidades teremos a velocidade média da tubulação.
Tubo de Pitot: Instrumentação na Aviação
Medição de Vazão tipo Annubar
• Este dispositivo consiste em um pequeno par de
pontos de prova sensoras de pressão montadas
perpendicularmente ao fluxo.

• Um Annubar consiste em vários tubos pitot

colocados ao longo de um tubo para fornecer uma
aproximação do perfil de velocidade, e o fluxo total
pode ser determinado com base nas múltiplas
medições.
Características do Annubar
• A barra sensora de pressão de montante
possui vários orifícios, estes orifícios estão
localizados ao longo da barra.

• Cada um destes anéis tem área da seção

transversal exatamente igual às outras áreas
anulares detectadas por cada orifício.

• Capacidade para detectar todas as vazões na

tubulação a qual está instalado, sendo a
vazão total a média das vazões detectadas.
Considerações de instalação
Tubo de Venturi
• GIOVANNI BATISTA VENTURI, sobre problemas de hidráulica (1797):
“Os fluidos sob pressão, na passagem através de tubos convergentes ganham
velocidade e perdem pressão, ocorrendo o oposto em tubos divergentes”.
 Tipos de tubo de Venturi
• Clássico longo:
• O difusor aumenta progressivamente
até igualar-se ao diâmetro da
tubulação

• Clássico curto
• O tipo curto tem o difusor truncado
 Tipos de tubo de Venturi
• O tipo retangular é utilizado em dutos de configuração retangular como os
utilizados para ar em caldeira a vapor
Vantagens e desvantagens do tubo de Venturi
Vantangens:
→ boa precisão (± 0,75%);
→ resistência a abrasão e ao acúmulo de poeira ou sedimentos;
→ capacidade de medição de grandes escoamentos de líquidos em grandes
tubulações;
→ Permite medição de vazão 60% superiores à placa de orifício nas mesmas
condições de serviço, porém com perda de carga de no máximo 20% do ∆P
Desvantagens:
→ custo elevado (20 vezes mais caros que uma placa de orifício);
→ dimensões grandes e incômodas;
→ dificuldade de troca uma vez instalado.
Medição de vazão por pressão diferencial
• A inserção de algum dispositivo na tubulação que causa uma obstrução e
cria uma pressão diferencial em cada lado do dispositivo

• A velocidade do fluido através da restrição aumenta e a pressão diminui. A

vazão volumétrica é proporcional à raiz quadrada da diferença de pressão
através da obstrução. Desta forma, a medição de vazão pode ser feita por
um transmissor de pressão diferencial.

• Não possui partes móveis, robusto, confiável e de fácil manutenção. Uma

desvantagem deste método é que a obstrução causa uma perda de carga
permanente no escoamento do fluido. O tamanho e a importância desta
perda de carga dependem do tipo de dispositivo empregado para causar a
obstrução.
Funcionamento
• O princípio aplicado para a medição da vazão é alterar a velocidade do
escoamento pela mudança da área da seção transversal por meio de uma
restrição
Funcionamento
• Devido à inércia do fluido, a área da seção transversal continua diminuir
após o fluido passar pela restrição. Por isto a menor área de seção
transversal do fluido é o ponto de máxima velocidade e menor pressão.
Sendo localizado em algum local após a restrição, este ponto é chamado de
vena contracta.
Relação β
• A Relação β (Beta), para uma tubulação padrão circular, β é a relação entre o
diâmetro da restrição e o diâmetro interno da tubulação. A relação entre a
velocidade na tubulação e a velocidade na restrição é igual à relação das áreas ou
β²
Placa de orifício
• Este é o dispositivo de medição de vazão mais empregado: “estima-se que quase
50% das aplicações de medições de vazão empreguem este tipo de medidor.”
• A placa de orifício é um disco de metal com um furo estrategicamente
posicionado de acordo com a aplicação, sendo inserida na tubulação em contato
com o fluido de escoamento
Placa de Orifício
• A placa de orifício padrão é constituída de um disco circular, geralmente
feito de aço inoxidável de 3,17 mm a 12,7 mm de espessura, dependendo
do tamanho e da velocidade do escoamento, com um furo que pode ser
concêntrico ou excêntrico, dependendo da aplicação. A característica de
espessura da placa de orifício é função do tamanho da linha, da
temperatura de escoamento e da pressão diferencial através da placa.

• São equipamentos simples, de baixo custo, fácil instalação e manutenção e

disponíveis para uma grande faixa de vazões. Uma das suas limitações é
sua imprecisão, que pode variar de ± 2 a ± 5%. Também introduzem perda
de carga ao escoamento.
Tipos de placa de orifício: Concêntrica
• Este tipo de placa possui um furo centralizado, e é utilizada para líquidos, gases e
vapor que não contenham sólidos em suspensão
Orifício Segmental
É destinada para uso em fluidos em regime laminar e com
alta porcentagem de sólidos em suspensão.
Tipos de placa de orifício: excêntrica
• Este tipo de orifício é utilizado em fluido contendo sólidos em suspensão,
os quais possam ser retidos e acumulados na base da placa;
Tipos de placa de orifício: segmental
• Essa placa tem abertura para passagem de fluido, disposta em forma de
segmento de círculo. É recomendada para uso em fluidos laminados e com alta
porcentagem de sólidos em suspensão
Outros tipos
Tipos de Contorno do Orifício: Orifício com bordo quadrado

• Sua superfície interna forma um ângulo de 90° com ambas as faces da placa, é
empregado em tubulações maiores que 6”. Não é utilizada para medições de
vazão de fluidos com número de REYNOLDS baixo (500 a 10.000).
Orifício com bordo cônica e arredondado

• O chanfro na face jusante serve para diminuir a • Aplicados em fluídos de alta

turbulência e seu ângulo pode variar a 30° a viscosidade
45 ° , sendo também utilizado em placas
espessas para que tenhamos a “garganta”
dentro de medidas recomendáveis
Recomendações para aplicação de placas de orifício
Regras gerais para uma medição correta com placa de orifício
Turbina medidora de vazão
• Consiste de um rotor provido de palhetas, suspenso numa corrente de fluido com
seu eixo de rotação paralelo a direção do fluxo.
• Uma bobina sensora na parte externa do corpo do medidor, detecta o
movimento do rotor. Imã

Botões de Bobina
material Pick-up
magnético

1
Revolução do
Rotor

Rotor de coroa
Medidor eletromagnético
• O medidor eletromagnético tem seu princípio de medição derivado da lei de
Faraday, que afirma que, se um condutor de comprimento l (m) está se movendo
com uma velocidade v (m/s) perpendicular a um campo magnético com
densidade de fluxo B (Tesla), uma tensão E será induzida nas extremidades deste
condutor.
 Aplicações
• Todas as soluções aquosas, como efluentes,
lodos, pastas, sucos, ácidos e outros tipos de
solução, podem ser medidas com sensor
eletromagnético.

• Derivados de petróleo como benzeno e diesel

não podem ser medidos com este tipo de
medidor devido a sua baixa condutividade, como
por exemplo a gasolina, que possui 0,00000001
μs/cm).

• Instrumentos mais antigos eram capazes de

realizar medições com condutividades entre 5 e
20 μS/cm; os instrumentos mais modernos
capazes de realizar medições de até 0,1 μS/cm.
Na prática: como funciona
Vantagens
» não causa obstrução no escoamento e não possui partes móveis, não causando a
perda de carga no escoamento;
» a potência consumida no circuito do medidor é baixa, em torno de 15 a 20 W;
» pode ser empregado para medições em locais com ácidos, bases, soluções aquosas,
devido aos materiais empregados no revestimento, que são bons isoladores elétricos e
resistentes a corrosão;
» podem ser empregados em fluidos que possuam sólidos em suspensão, pois não obs-
truem o escoamento e o revestimento é com poliuretano, neoprene e outros elementos
que possuem boa resistência a abrasão e erosão;
» os medidores têm capacidade para medição de vazões muito pequenas, desde 0,125
in (3,175 mm) de diâmetro, sendo também possível medir grandes diâmetros de 10 ft
(3,04 m);
» variações de viscosidade e densidade não alteram a medição de vazão;
» pequenos trechos retos a jusante e a montante são necessários.
Desvantagens
» não pode trabalhar com fluidos não condutivos. Desta forma, substâncias puras,
hidrocarbonetos e gases não podem ser medidos
» deve-se tomar cuidado nas instalações elétricas para suprimir o ruído;
» possui custo elevado, devido a suas características construtivas e de
performance, por isso devem empregados em aplicações que justifiquem este
custo;
» produtos podem aderir nos eletrodos causando erros de medição;
» um fator importante que deve ser levado em consideração é o efeito da
magneto-hidrodinâmica que acontece em algum fluidos com propriedades
magnéticas.
Medidor de vazão Coriolis
• Próximo da parte inferior de cada “U” existem eletroimãs que fazem os dois
tubos oscilarem em suas frequências naturais de vibração e cuja a amplitude não
ultrapassa alguns milímetros. Com o passar de fluido pelos tubos, em função
desta oscilação, surge uma torção nos tubos cuja defasagem permite a medição
da vazão mássica. Esta defasagem é medida por sensores magnéticos instalados
nas partes retas dos tubos em “U”.
• Este tipo de medidor pode ser utilizado para medições de fluxos de líquidos e
gases, com ou sem sólidos em suspensão.
Vantagens
» medição direta de vazão mássica, sem ser afetada pelas propriedades do fluido;
» possibilidade de medição de múltiplas grandezas: vazão mássica, densidade e
temperatura
» grande precisão, variando de ±0,1% a ±0,3%;
» sem partes móveis ou rotativas;
» baixa manutenção;
» medição independente de temperatura, pressão, viscosidade, condutividade e
densidade do meio.
Desvantagens
» custo elevado;
» limitação de tamanho (típico de 6”);
» temperatura do processo limitada (tipicamente até 200 °C);
» pode causar grandes perdas de carga em algumas aplicações;
» em alguns casos, o medidor será de grande dimensão;
» sensibilidade a vibrações;
» pode sofrer com corrosão e abrasão de partículas do fluido
Medidor de área variável (rotâmetros)
• Neste tipo de medidor o aumento da vazão desloca um flutuador até o
peso entrar em equilíbrio com a energia cinética aplicada pelo
escoamento. Assim, este equipamento pode operar somente na posição
vertical.

• O funcionamento do rotâmetro consiste em um tubo cônico de medição e

um flutuador que é livre para se mover para cima ou para baixo dentro do
tubo.

• Este tubo de medição é montado verticalmente, com o fluido a ser medido

entrando pela parte de baixo do medidor subindo e deslocando o
flutuador.
Vantagens
» grande faixa de aplicações para gases, líquidos e vapores de baixa e
média viscosidade;
» resposta linear para variação na vazão;
» fácil instalação e manutenção;
» simplicidade;
» baixo custo;
» visualização direta da vazão.
Desvantagens
» perda de carga;
» suscetibilidade a variações na temperatura, densidade e viscosidade;
» o fluido deve ser limpo e sem sólidos suspensos;
» desgaste do equipamento devido ao escoamento;
» opera somente na posição vertical;
» dificuldade de conexão com sistemas de automação industrial
(necessidade de acessórios especiais para transmissão de sinais).
Medidor Ultrassômico
• Existem dois tipos de medidores ultrassônicos: por efeito Doppler e
tempo de trânsito. Em ambos os tipos, a vazão é obtida a partir do
escoamento de um fluido imerso em ondas de ultrassom.

• O princípio de medição por ultrassom é conhecido há muitos anos,

mas somente nas últimas décadas estes medidores começaram a ser
largamente empregados para a medição de vazão.
Medição de vazão por tempo de trânsito
• Medem o escoamento por meio do tempo que a energia ultrassônica leva para
atravessar a seção de uma tubulação no mesmo sentido e no sentido contrário
ao escoamento.

• A diferença entre os tempos de passagem (ΔT),

dada por: ΔT = tAB – tBA, é proporcional à
velocidade do escoamento V, bem como à
velocidade do som C no fluido. Assim,
conhecendo a área pode-se calcular a vazão de
fluido
Medidor de vazão: Efeito Doppler
• O medidor baseado em efeito Doppler funciona transmitindo um sinal de
frequência constante no fluido. Bolhas, sólidos em suspensão ou redemoinhos no
fluido fazem com que o sinal seja refletido ou disperso de volta ao transdutor
receptor. Se o fluido estiver em movimento, haverá uma variação na frequência
do sinal recebido.

carretel com 6 feixes

carretel com 4 feixes
Sensor na prática
Vantagens
» podem ser utilizados em tubulações de pequenos e grandes
diâmetros;
» não geram perda de carga;
» não possuem partes móveis;
» a medição de vazão é de forma não intrusiva;
» precisão de 1 a 0,3% do fundo de escala;
» capacidade de medir a vazão em ambos os sentidos.
Desvantagnes
» não é indicado a para altas temperaturas;

» presença de bolhas e/ou sedimentos suspensos no fluido pode afetar

a intensidade do sinal acústico (tempo de trânsito);

» a precisão da medição pode ser afetada por vibrações na tubulação;

» necessita uma quantidade mínima de partículas que possam refletir o

sinal ultrassônico (Doppler).