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História da Mariologia

Curso de Mariologia
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Um pouco de história da Mariologia. O culto mariano


luso-brasileiro. Cronologia mariana.

Dr. Dom Rafael Maria Francisco da Silva, OSB


19/03/2012
1) Um pouco de história da Mariologia
A ciência mariológica começou a ser considerada e estudada cientificamente só a
partir do séc. XVII. Sendo uma ciência dentro da teologia que visa o aprofundamento
doutrinal da figura de Maria de Nazaré no mistério de Cristo e da Igreja, possui uma
história milenar oriunda das Sagradas Escrituras.

Como bem sabemos, nos Evangelhos não há a finalidade de contar a história de Jesus,
dos discípulos e nem tampouco de Maria. Narram a Boa Nova da salvação. Dentro
desta narrativa encontramos personagens ligados a Jesus de Nazaré que, de um modo
ou de outro, contribuíram no seu plano salvífico.

Surge como figura ímpar Maria, sua mãe. Maria adquiriu ao longo dos séculos um
direito particularíssimo de veneração por parte da cristandade. Ela tem uma
característica única no discipulado perfeito de Jesus.

A história da Igreja, por sua vez, desde o século II d.C. autenticou um esboço de culto
a Mãe do Senhor em diversos aspectos oral e escrito. Começa-se no séc. III orações
específicas suplicando o socorro da Virgem, como, por exemplo, a oração Sub tuum
praesidium. Os Padres da Igreja do séc. II, com diversos autores eclesiásticos,
arrastaram multidões de fiéis com suas orações, sermões litúrgicos, louvores,
exaltações, reflexões e teses teológicas procurando iluminar o papel de Maria na vida
de Cristo e da Igreja.

Surgem ao longo dos séculos liturgias específicas onde Maria é celebrada, por
exemplo, a Anunciação do Senhor (séc. VI), Visitação de Maria (séc. XIII), Purificação
de Maria – hoje Apresentação do Senhor (séc. VII), Natividade Maria (séc. VII),
Apresentação de Maria (no Oriente, séc. VI; no Ocidente, no séc. IX-XIV), Imaculada
Conceição, com maior ênfase nos claustros beneditinos ingleses a partir do séc. XII
(no séc. VII no Oriente como a festa da «Conceição de Ana»), Assunção de Maria (séc.
VII), Dores de Maria (séc. XIV), Alegrias de Maria (séc. XII), etc.

Este culto de dois milênios a uma mulher levou a Igreja a definir como verdade de fé
quatro dogmas que são, ao mesmo tempo, certezas que fazem referimento ao futuro
da Igreja, que somos nós, os peregrinos da fé: a Maternidade divina (431), a
Virgindade Perpétua (649), a Imaculada Conceição (1854) e a Assunção gloriosa da
Virgem (1950).

Este tema não pretende ser uma reflexão completa da presença de Maria na História
da Igreja, porque seria um trabalho que recolheria diversas facetas deste culto.
Elementos importantes podem provocar uma tomada de posição da nossa parte em
favor de uma cientificidade da questão.

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O aspecto marial no Brasil, quando não é apresentado com aspectos adocicados por
consagrados e leigos, cai no exagero de uma má interpretação teológica, aplicando
assim a Maria formas minimalistas de culto; tirando, assim, o seu esplendor de única
criatura depois de Jesus Cristo e a mais próxima de nós que assumiu sem reservas a
causa do Reino quando do seu ‘fiat’. Por isso, uma piedade mariana deve estar
baseada nos pilares da fé católica: Bíblia, Patrística e Magistério. Sem esta base fica-
se uma piedade estéril e fechada em si mesma.

2) O culto mariano luso-brasileiro


Foi através dos descobridores portugueses que a devoção à Virgem Maria chegou às
terras brasileiras. Com Pedro Álvares Cabral, que trazia na sua nave uma imagem com
o título de Nossa Senhora da Esperança, a Virgem Maria “põe” os pés em terras
brasileiras em 1500.

Porém, existe um preâmbulo. Foi da Torre de Belém, próximo ao antigo mosteiro dos
Jerónimos (Portugal), em uma antiga capela dedicada a Nossa Senhora de Belém, que
os navegadores se reuniam em oração para solicitar patrocínio de Maria. Assim
também, um dos três navios de Cabral tinha como denominação Santa Maria (junto a
Pinta e Niña).

Ainda em terras recém-descobertas e evangelizadas se sobressai a grande figura do


missionário jesuíta e primeiro mariólogo das Ilhas Canárias em terras brasileiras, o
bem-aventurado José de Anchieta (1534-1597). Ele escreveu o «Poema a Virgem»
com os seus 4.172 versos.

A presença de Maria não era só venerada nas suas imagens e pinturas, mas também
nos sermões e literaturas, como já vimos em Anchieta. António Vieira (+ 1697), outro
célebre jesuíta nos deixou vários sermões dedicados à Nossa Senhora nas suas festas
ou igrejas onde passava. Outra feita eram as invocações suplicantes a favor de vitórias
contra diversos inimigos que o povo luso-brasileiro se dirigia a Maria com o seu
patrocínio, fazendo assim valer seu testemunho de fé com diversos templos como ex-
voto.1 No Grande Recife, o mais célebre de todos os monumentos/templos dedicados
a Nossa Senhora foi pelas vitórias nas famosas batalhas dos Guararapes (1648-1649).

A herança portuguesa fincou raízes nas terras brasileiras, pois a figura de Maria de
Nazaré no seu aspecto antropológico possui as características almejadas por qualquer
criatura humana. Sua maternidade é a que mais está presente nos anseios do povo
brasileiro, seguido de uma confiança em sua poderosa intercessão nas situações mais
difíceis da vida.

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Objeto deixado em gratidão a uma promessa cumprida ou graça recebida.

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A piedade popular ainda é deixada ou alimentada por parte de alguns como fonte de
renda, sem a menor preocupação ou incentivo na formação adequada do povo. A
deformação da fé nestes casos é pior do que um escândalo que possa ocorrer no seio
da Igreja, pois tais formas desorientadas e desordenadas de piedade são algo
meramente exterior. Por consequência disto, ocorre em alta escala uma escassez às
participações na vida sacramental da Igreja. É justamente na vida sacramental que a
força da intercessão de Maria se atua, pois convocados pelo Espírito de Deus nos
reunimos em torno do altar, onde o Sumo e Eterno Sacerdote Jesus Cristo dá a seu
povo a sua vida da graça. Nesta comunidade reunida, a primeira da comunidade cristã
é a Mãe de Jesus (cf. Mt 2,11; Jo 2,1-2; At 1,14).

3) Cronologia Mariana

IDADE ANTIGA

SÉCULO I:

* A Bíblia é a primeira a nos apresentar um estimulo a veneração a Maria em


particular em Mt 1-2 e Lc 1 - 2.

* Aparição de Nossa Senhora a São Tiago o Maior em Saragossa (Espanha) por volta
do ano 40 (?): Nossa Senhora do Pilar.

SÉCULO II:

* Representação iconográfica na
Catacumba de Priscila, Roma (foto):
Maria com o menino Jesus no colo; Maria
com o menino Jesus e os reis Magos.

* Escritos apócrifos dão atenção a pessoa


de Maria: cf. Protoevangelho de Tiago;
Ode de Salomão e Ascensão de Isaias.

* Maria presente nas primeiras homilias


litúrgicas: Homilia pascal de Melitão de
Sardes (+ 180); Inácio de Antioquia (+ 110)
e outros.

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SÉCULO III:

Presença de Maria no Canon da Missa da Tradição apostólica de Hipólito de Roma


(ano de 253 ou 254).

* Oração: Sub tuum praesidium que invoca a Maternidade divina de Maria.

* Aparição da Virgem Maria e São João Evangelista a São Gregório Taumaturgo (+


254) narrada por São Gregório de Nissa (+ 394/400).

* Orígenes (+ 284) é o primeiro a usar o termo Mãe de Deus nas suas homilias.

SÉCULO IV:

* A peregrina Egéria faz uma peregrinação a


Jerusalém e encontra a festa da Hypapante ou
Apresentação do Senhor.

* Invocação da virgem e mártir Santa Justina


(+ 379) a Nossa Senhora para ser liberta de
perigos. Narração de S. Gregório Nazianzeno
(+ 390).

* Maria é apresentada como modelo para


ser imitada: São Atanásio (+ 373), Santo
Ambrósio (+ 384) e São Jerônimo (+ 409).

SÉCULO V:

* Concílio de Éfeso (431) proclama Maria, Mãe de Deus.

* Festas mariana: Jerusalém e Ravena, 15 de agosto entre 425 e 450.

* Maria no Canon Romano no tempo do papa Leão Magno (440-461).

* Panegíricos2 em honra de Maria: Cirilo de Jerusalém, Próclo de Constantinopla,


Esíquio de Jerusalém, Basílio de Selêucia, Crísipo de Jerusalém, Pedro Crisólogo
Sedulio Célio, Eusébio Galicano.

IDADE MÉDIA

SÉCULO VI:

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Discurso de elogio e louvor a alguém.

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* Desenvolvimento da liturgia mariana no Oriente: Assunção, Natividade e
Apresentação de Maria no Templo.

* Festas no Ocidente cristão: em Roma uma missa na Quarta semana do Tempo do


Advento e uma em 1º de Janeiro.

SÉCULO VII:

* Festa da Conceição de Maria no dia 9 de Dezembro no Oriente.

* Festa mariana na Espanha em 18 de Dezembro confirmada pelo X Concílio de


Toledo em 656.

* Maria presente no Corão de Maomé (+ 632).

* Santo Idelfonso de Toledo cria o culto do serviço a Maria.

* Nossa Senhora na Oratória: São Modesto, Sofrônio de Jerusalém, Teodoro


Synkellos e Leôncio de Neápolis.

SÉCULO VIII:

* O Concílio de Niceia II do ano 787 reage contra o movimento iconoclasta e estimula


a veneração das imagens, incluindo as de Nossa Senhora.

* O Sábado é dedicado a Maria através de uma celebração litúrgica formulada pelo


monge beneditino Alcuino de York (+ 804).

* O papa João VII (705-707) se intitula “servo de Maria” deixando em várias igrejas de
Roma tais inscrições.

* O papa Gregório II (715-731) estimula a veneração das imagens marianas.

* As pregações marianas são inúmeras com André de Creta, João Damasceno,


Germano de Constantinopla, Cosme Vestitor, João de Eubea, Tarásio de
Constantinopla, Paulo Diácono, Beda o Venerável, Ambrósio Autperto.

SÉCULO IX:

* O Concílio Ecumênico de Constantinopla IV (860-870) promove a veneração das


imagens contra o iconoclasmo.

* São Teodoro Estudita (+ 826) cria diversos adjuntivos ao cânon litúrgico que fica
conhecido como “Theotokia” em honra de Maria.

* Maria presente na poesia litúrgica bizantina: José o Hinografo (+ 886).

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* Maria na hinologia latina:
Ermoldo Nigello (+ 840),
Hicmaro de Reims (+882),
Gôndacro de Reims (890 cerca),
Venâncio Fortunato (+ 801),
Ubaldo de Sant’Amando (840-
930), Notikero de São Galo.

* Nossa Senhora na pregação


em diversos autores: Teodoro
Studita, Fózio, Jorge de
Nocomedia, Teognoste Monge,
Epifânio Monge, Leao VI o
Sábio, Rabano Mauro, Aimone d’Aberstadt, Pascásio Radberto.

* A Carta “Cogite Me” sobre a «Assunção de Maria» atribuída a Jerônimo foi escrita
pelo abade beneditino, Pascásio Radberto.

SÉCULO X:

* Criação do «Pequeno Oficio de Nossa Senhora» para ser celebrado logo após o
Ofício Divino.

* Oratória Mariana: Leao VI, o Sábio; Cosme Vestitor, Eutímio de Constantinopla,


Pedro de Argo, Niceta Davi, João o Geômetra, Simeão Metafraste, Gregório de Narek,
Aimone de Auxerre, Beriero de’Homblières.

* S. Odão de Cluny (+ 942) é o primeiro a dar a Maria o titulo de «Mãe de


Misericórdia».

* No tempo do abade Odilão de Cluny (+ 1049) já se usava o gesto de inclinarse ou


ajoelhar-se no momento que se pronuncia no Te Deum sobre a Virgindade Perpétua
de Maria. Ainda a festa da Assunção era celebrada no nivel de solenidade como Natal
e Páscoa.

SÉCULO XI:

* Milagre ocorrido no santuário de Blaquerne em Constantinopla.

* Panegíricos em honra de Maria por diversos autores: Basílio II Porfirogênito,


Imperador; Miguel Psellos, Tiago Monge, João Metropolita Eucaitense, Teofico
d’Acrida, João Mauropos, Gerardo de Fleury, Fulberto de Chartres, Bernone de
Reichenau, Gerardo de Scanad, Maurílio de Rouen, Eusébio Bruno d’Angers, Odilão de

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Cluny, Anselmo de Luca, Gostestalco de Limburg, Rabdodo de Noyon, Pseudo-
Agostinho, Anselmo de Cantuária.

* Maria na Hinologia latina: Antífona «Salve Regina» do monge beneditino de


Reichenau Ermano o Contrato (+ 1054); Pedro Damião propagador do «Pequeno
Ofício de Nossa Senhora».

* Surge a devoção as «Sete Alegrias de Maria».

* Coleção dos «Milagres de Nossa Senhora».

SÉCULO XII:

* Desenvolvimento da devoção às Alegrias e Dores de Maria.

* Primeiro Tratado sobre a Imaculada Conceição pelo beneditino Eadmero de


Cantuária, secretário de Santo Anselmo.

* Uso da primeira parte da Ave Maria.

* A devoção a “Coroa gloriosa da Virgem Maria” ou “Coroa dos cinco salmos do


Nome de Maria”.

* Uma Coletânea de Narrações dos Milagres da Virgem.

* Criação do hino “Te Deum Matrem” em honra de Maria à semelhança do Te Deum.

* Começasse a aparecer formas de Ladainhas dedicadas a Virgem Maria.

* Começasse a recitação do «Saltério Mariano ou Rosário Mariano».

* Portugal é consagrado a Maria pelo rei Afonso Henriques em 8 de abril de 1142,


sendo chamado a partir daí, de «Terra de Santa Maria» .

* São Bernardo e sua espiritualidade mariana.

* Retomada litúrgica da festa da Imaculada Conceição por Anselmo o jovem,


sobrinho de Anselmo de Cantuária nos mosteiros beneditinos ingleses e reprovação
deste culto por Bernardo de Claraval aos Cônegos Regulares de Lion (França).

SÉCULO XIII:

* Toque do «Angelus» durante a tarde.

* O Hino «Stabat Mater» atribuído a Jacopone de Todi (1306).

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* O culto a Nossa Senhora de Loreto na Itália.

* Ordens Religiosas desenvolvem diversas devoções marianas.

SÉCULO XIV:

* Diversas festas litúrgicas começam a ser


introduzidas no Ocidente: Apresentação de
Maria no Templo (1373), Visitação (1389).

* Dom João I, rei de Portugal consagra seu


reino a Maria em 1385.

* Dante Alighieri escreve a «Divina


Comédia» e dá a Maria um destaque
especial.

SÉCULO XV:

* A forma completa da «Ave-Maria».

* Várias devoções Marianas: Coroa das Sete Dores, Coroa dos 12 privilégios de
Maria.

* Decreto do Pseudo-Concílio de Basileia (1439) que reconhece a pia tradição do culto


a Imaculada Conceição.

* O papa Sixto IV aprova a Missa e Oficio da


Imaculada Conceição (1477) formulada por
Leonardo Nogaroli.

* Bernardino de Bustis (+ 1415) cria uma liturgia


própria da festa da Imaculada Conceição e
aprovada pelo papa Sixto IV.

* A oração mariana: “Lembrai-vos ó piíssima


Virgem...”.

* Organização do Rosário em mistérios pelo


dominicano Alano de la Roche (+ 1475).

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IDADE MODERNA

SÉCULO XVI:

* Aparição de Nossa Senhora no México: Nossa Senhora de


Guadalupe (1531).

* Chegada ao Brasil da primeira imagem de Nossa Senhora (foto)


com Pedro Álvares Cabral: Nossa Senhora da Esperança.

* Oposição antimariana da pseudo-Refoma protestante na Europa.

* O culto litúrgico a Nossa Senhora das Neves em 1568 pelo papa


Pio V.

SÉCULO XVII:

* Consagração de Portugal e suas colônias a


Imaculada Conceição pelo rei Dom João IV (1646).

* Instituição de festas marianas: Santíssimo Nome


de Maria (1513); Nossa Senhora das Mercês (1615);
Nossa Senhora do Rosário instituída pelo papa Pio
V, por causa da vitória da batalha de Lepanto
(1570).

* Várias nações se consagram a Virgem Maria.

* Primeiro Tratado de Mariologia pelo jesuíta


Francisco Suares (+ 1656).

* Criação do «Ofício da Imaculada Conceição» atribuída a


Santo Afonso Rodrigues (+ 1617), irmão leigo e jesuíta.

SÉCULO XVIII:

* Encontro da imagem da Imaculada Conceição no rio


Paraíba do Sul em 1717: Nossa Senhora da Conceição
Aparecida.

* O papa Clemente XI estende a festa litúrgica da Imaculada


Conceição a todo orbe católico em 1708, Nossa Senhora do
Carmo em 1679, Sete Dores de Maria em 1727 pelo papa
Bento XIII.

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* Práticas piedosas: Mês de Maio (1725), Hora de Maria na Sexta-feira Santa, Via
Matris Dolorosa.

* A festa de Nossa Senhora do Rosário é extensiva a todo orbe católico pelo papa
Clemente XI em 1716.

* Tratado da verdadeira devoção a Maria por Luis de Monfort (+ 1716), as Glória de


Maria por Afonso de Ligório (+ 1787), a Coroa das Sete Alegrias de Maria por
Leonardo de Porto Maurício (+1751).

IDADE CONTEMPORÂNEA

SÉCULO XIX:

* Aparições da Virgem: Rue du Bac (1830), Alfonso Ratisbone-Roma (1842), Lourdes


(1858), La Salette (1846), Pontmain (1871), Pellevoisin (1876), Gresiwich-Polônia
(1876), Knock (1879).

* Proclamação do Dogma da Imaculada Conceição


1854.

* A festa de Nossa Senhora das Dores (1814) é fixada


no dia 15 de Setembro e estendida a toda a Igreja pelo
papa Pio VII com Missa e Ofício próprios.

* Pia União das Filhas de Maria na França.

* A criação da Pontifícia e Real Academia Bibliográfica


Mariana de Lérida em 1862.

* Surgem diversas «Confrarias mariana».

* Primeiros Congressos marianos.

* Novos Intitutos de Vida Consagrada com o Nome de


Maria.

SÉCULO XX:

* Constituição Dogmática Lumen Gentium dando a Maria um lugar especial: VIII


Capitulo: Maria no mistério de Cristo e da Igreja (1964).

* Encíclica de Paulo VI sobre a Mariologia Litúrgica: Marialis Cultus (1974).

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* Aparições da Virgem: Fátima (1917), Banneaux (1933), Beauraing (1932), Akita no
Japão (aprovada em 1979), Medjugorje (1981), Betânia na Venezuela (aprovada 1976),
San Nicolas na Argentina (aprovada em 1981), Laus na França no séc. XVIII (aprovada
em 2008), USA (aprovada em 2010).

* Proclamação do Dogma da Assunção pelo papa Pio XII (1950).

* Ano Mariano 1986-1987 proclamado pelo papa João Paulo II (+ 2005).

* Criação da Coletânea de Missas de Nossa Senhora. Missal e Lecionário para


diversas celebrações durante o ano litúrgico (1987).

* Documento da Congregação para a Educação Católica sobre “A Virgem Maria na


formação espiritual e intelectual na vida do Presbítero” (1985).

* Criação de instituições de ordem teológica e cultural para a promoção da


Mariologia: Faculdade Teológica Marianum em Roma (1950); Pontifícia Academia
Mariana Internacional em Roma (1948), Academia Marial de Aparecida do Brasil
(1985) e outras.

* Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil em 1931 pelo papa


Pio XI.

* Instituição de festas marianas: Nossa Senhora de Lourdes, Maternidade divina


de Maria, Imaculado Coração de Maria e Nossa Senhora Rainha.

* Consagração da Igreja ao Imaculado Coração de Maria.

* Beatificação do missionário jesuíta, José de Anchieta (+ 1597), Apóstolo e primeiro


«Mariólogo» do Brasil, pelo papa João Paulo II em 1980.

* Documentos Ecumênicos de cunho Mariano: Dombe (1998), Dresden (2006) e


Declaração anglicano-católica de Seattle: «Maria, graça e esperança em Cristo»
(2004).

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SÉCULO XXI:

* Encíclica Rosarium Virginum (2003) do papa João Paulo II acrescentando novo


mistério do Rosário: Mistério da Luz.

* Continuação de diversos Congressos, Simpósios, Forum, Encontros, Jornadas,


Meeting de Mariologia no mundo.

Bibliografia

* ROSCHINI, G., Maria Santissima nella storia della salvezza. Trattato completo di
mariologia alla luce del Concilio Vaticano II, Vol. 4: Il culto mariano. Tipografia Editrice
M. Pisani, Isola del Liri, 1969.

* DE FIORES, S.; DE MEO, S. Nuovo Dizionario di Mariologia. Edizione Paoline, Roma,


1985.

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