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AO SUICÍDIO
O acolhimento
de crianças e
adolescentes
O papel dos professores e
orientadores de atividades.
Realização Conteúdo
10
Diretor Regional do Sesc Paraná
Emerson Sextos
Prevenção
Diretora da Divisão de Educação, Cultura e Ação
Social
Maristela Massaro Carrara Bruneri
12
Gerente de Educação Suicídio
Marcia Salete Campos Dallagnol
Analista
Dirceli Adornes Palma de Lima
17
Sinais de alerta
20
Coordenação Geral do Núcleo de Comunicação e
Marketing – NCM
Cesar Luiz Gonçalves
Prevenção e acolhimento
Projeto Gráfico
NCM
Depressão -5
D ep r es s ão
Tristeza x
Depressão
Causas da depressão:
FATORES GENÉTICOS
A prevalência do transtor-
no depressivo é maior para
pessoas com histórico de
depressão na família.
Como acolher
COMO O AMBIENTE EDUCACIONAL PODE
essa criança/ AUXILIAR?
e tratamento
O diagnóstico é feito pelo
Diagnóstico
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA OU
Prevenção SELETIVA
Para pessoas com quadro inicial do
transtorno
A automutilação nem
sempre é suicida. A
Suicídio
automutilação não
suicida envolve atos
de autoagressão que
não têm como intuito
a morte (tais como
O QUE É?
• Fator social complexo, • Envolve quatro etapas:
que pode afetar indiví-
duos de diferentes ori-
1. Ideação suicida: planos
e pensamentos recor-
arranhões, cortes,
queimaduras com
gens, classes sociais, rentes sobre morrer ou
faixa etária, gênero. morte.
• O ato consumado re- 2. Planejamento: o in-
sulta de diversos fa-
tores, podendo estar
dividuo busca formas
para cometer o suicí-
cigarro).
associado ou não a um dio.
quadro depressivo. Po- 3. Tentativa de suicídio:
rém, a depressão é um Ato de autoagressão Essas ações não podem jamais ser
fator de risco para o que tem como intuito a
suicídio. morte, porém esta aca-
menosprezadas, pois trata-se de um
• Maior prevalência en- ba não ocorrendo. pedido de ajuda, uma tentativa de
tre jovens de 15 a 29 4. Suicídio consumado:
anos e pessoas idosas. autoagressão que re- aliviar a tensão/angústia.
Porém, não há um per- sulta em morte.
fil típico de suicida.
800 pessoas, no mundo,
morrem por ano devido
mil ao suicídio
No Brasil, a prevalência é de 1
morte por suicídio a cada 45
minutos.
Pre
2ª
causa de morte entre
mulheres.
va
3ª
causa de morte entre
homens.
lên
Para cada suicídio, há em média
10 a 40 tentativas. Dessa forma,
cia
constata-se que é possível prevenir.
Suicídio -19
Sinais de alerta
MITO 4: "FALAR SOBRE SUICÍDIO DÁ
IDEIA E AUMENTA O RISCO"
Falar sobre suicídio não aumen-
ta o risco, muito pelo contrário,
Mitos sobre o suicídio:
auxilia na prevenção, pois alivia
a angústia e a tensão daquelas Seja na escola, ou no am- trágica. É possível ainda
pessoas que têm pensamentos biente doméstico, pais e observar que tanto crian-
recorrentes sobre isso. professores devem ficar ças que exprimem aber-
Sinais de alerta
atentos às alterações de tamente pensamentos de
MITO 5: "SOMENTE QUEM TEM TRANS- comportamento de crian- suicídio (como “quem me
TORNO MENTAL COMETE SUICÍDIO" ças e adolescentes.. Crian- dera nunca ter nascido”
ças mais velhas e adoles- ou “gostaria de dormir e
O transtorno mental é um fator
de risco, porém, não está intrin- centes com frequência nunca mais acordar”) ou
secamente relacionado com o confiam somente nos seus aquelas com sinais mais
ato. Uma pessoa sem transtorno pares. Portanto, a abor- sutis, como apresentação
mental também pode consumar dagem sobre a temática de comportamentos re-
a própria morte, pois o suicídio do suicídio deve ser clara lacionados a retraimento
está relacionado com um sofri-
e direta, para que os ami- social, retrocesso escolar
mento profundo, sem necessa-
riamente estar vinculado a um gos compartilhem situa- ou abrir mão de objetos
transtorno mental. ções que podem ser um preferidos, estão sob o
sinal de alerta para a pos- risco e devem ser acom-
MITO 6: "QUEM PLANEJA A PRÓPRIA sibilidade de uma morte panhadas.
MORTE QUER MORRER"
LEI 13.819/2019
Por estar imerso em uma si-
tuação de sofrimento profundo, Institui a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio. O
a pessoa que pensa em suicídio intuito da lei é promover a saúde mental, prevenir a violência autoprovocada
e possibilitar estratégias de prevenção e enfrentamento por parte do poder
quer se livrar desse sentimento, público, da sociedade civil e de instituições privadas. Dessa forma, a legisla-
porém, não significa que quer ção prevê a notificação compulsória, com caráter sigiloso, de casos suspeitos
morrer de fato. Portanto, o aco- ou confirmados de violência provocada, ou seja, estabelecimentos de saúde e
lhimento e o suporte emocional de ensino, públicos e privados devem comunicar essas situações às autorida-
no momento certo pode prevenir des sanitárias e ao Conselho Tutelar, respectivamente. Por violência provo-
cada, a lei dispõe, no artigo 6º, Inciso 1º: o suicídio consumado; a tentativa de
e evitar o ato suicida. suicídio e o ato de automutilação, com ou sem ideação suicida. Dessa forma,
como instituição que oferta e promove ações de educação, devemos estar a par
dos procedimentos de notificação estabelecidos na legislação.
Sinais de alerta -23
A CRIANÇA/ADOLESCENTE MANIFESTA
VERBALMENTE OU APRESENTA SINAIS DE
AUTOAGRESSÃO/AUTOMUTILAÇÃO:
Ouça atentamente, com empatia, e
explique sobre a confidencialidade:
SINAIS IMPORTANTES se a criança ou adolescente tiver
em risco, o professor/orientador
Prevenção e
Acolhimento
• A mídia social é um fator Universidades e centros de
Não alimente o mito
que pode contribuir para
influenciar a autoestima
atendimento terapêutico;
rede municipal de saúde. de que tentativa ou
ideação suicida é
e autoimagem de crianças • Convide profissionais para
e adolescentes, reforçan- palestras informativas e
do inclusive a ideia suicida, educativas, direcionadas
pois na internet há grupos
que incentivam comporta-
tanto aos alunos, como aos
pais.
"tentativa de chamar a
mentos desse gênero. Des-
sa forma, conhecer o que
• Possibilite espaços de diálo-
go e escuta entre os alunos. atenção". Mesmo que
as crianças e adolescentes Falar sobre saúde emocio-
veem na mídia e publicam
nas redes sociais pode ser
nal, autoestima e respei-
to às diferenças promove a
a pessoa não vá con-
útil para compreender algu-
mas angústias expostas pe-
prevenção de bullying e ou-
tras situações relacionadas à sumar o ato, ela deve
receber acolhimento e
los jovens. A mídia também saúde mental.
pode ser útil para o acolhi- • O ambiente escolar deve ser
mento, visto que há canais um ambiente acolhedor, que
de comunicação, como o
CVV que tem como enfoque
desperta o interesse pela
vida e estimula projetos e
ser orientada a buscar
•
o aconselhamento online.
Estimular projetos pedagó-
sonhos. Portanto, é essen-
cial inserir esse debate entre ajuda especializada.
gicos que falem sobre valo- os profissionais que atuam
rização da vida, autoestima, com os alunos, bem como
coletividade, diversidade, entre os alunos. O ato de fa-
bullying. lar sobre saúde mental ajuda
• Conheça a rede de apoio do na prevenção.
seu município: CAPS; CREAS;
Prevenção e Acolhimento -27
FILMES E SÉRIES
• Divertidamente
Pergunte:
•
Classificação Livre
Pequena Miss Sunshine
Classificação 14 anos
Referências e indicações
• Perguntar sobre a ideação e ça ou adolescente com- • As vantagens de ser invisível
suicídio diretamente para a preenda os limites da confi- Classificação 14 anos
criança/adolescente ajuda a dencialidade, pois se estiver • Se enlouquecer, não se apaixone
pessoa a falar sobre sua an- em risco de prejudicar a si Classificação 12 anos
gústia. Trate com seriedade mesmo/a ou aos outros, a • A felicidade não se compra
o que está sendo dito pela confidencialidade não pode Classificação Livre
criança/adolescente. ser mantida. • After Life (série)
• Aja com respeito e empatia. • Os pais devem ser infor- Classificação 16 anos
Demonstre que você se im- mados e orientadores sobre • O lado bom da vida
porta com a situação e quer como buscar ajuda profis- Classificação 12 anos
ajudar. sional: Centro de Valoriza-
• Não julgue o comportamen- ção da Vida (CVV - telefone LIVROS E HQ
to da criança/adolescente. 188 ou site www.cvv.org. • Força (HQ)
Entenda que essa forma de br), Centros de Atenção Psi- Autora: Bianca Pinheiro
expressão pode ser a úni- cossocial; Postos de Saúde, • O último adeus
ca encontrada pela criança/ Hospitais, Disque Saúde - Autora: Cynthia Hand
adolescente. telefone: 136.
• Certifique-se de que a crian-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• www.saude.rs.gov.br/upload/arquivos/car-
ga20190837/26173730-guia intersetorial- de-
Ouça: -prevencao-do-comportamento-suicida-em-
-criancas-e adolescentes-2019.pdf
• https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/
problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dis-
t%C3%BArbios-da-sa%C3%BAde-men-
• Fique totalmente dispo- adolescente tem a dizer, tal-em-crian%C3%A7as-e-adolescentes/
nível no momento em que sem julgar ou ficar cho-
comportamento-suicida-em-crian%C3%A7as-
uma criança/adolescente cado.
-e-adolescentes
procurar você ou respon- • Mostre à criança ou ao
der a um convite para adolescente que você • www.saude.gov.br/saude-de-a-z/suicidio
falar mais. ouvirá primeiro o que ele • www.who.int/mental_health/prevention/sui-
• Ouça com atenção de ma- tem a dizer. Ofereça apoio cide/en/suicideprev_educ_port.pdf
neira calma e empática. se for necessário buscar • ESTANISLAU, Gustavo; BRESSAN, Rodrigo Af-
• Tenha seus olhos, ouvi- ajuda de outros profissio- fonseca (Orgs). Saúde Mental na Escola. Porto
dos e linguagem corporal nais e/ou serviços. Alegre: Artmed, 2014.
abertos ao que a criança/ • CRUVINEL, Mirian; BORUCHOVITCH, Evely.
Compreendendo a Depressão Infantil. Petró-
polis, RJ: Editora Vozes, 2014.