A assistência farmacêutica é imprescindível, entendida como ações
destinadas a assegurar o auxílio terapêutico e farmacológico, melhoria e restauração, promoção e recuperação de saúde tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e promovendo o acesso e o seu uso racional, conforme definido pela resolução 338 de 2004 do Conselho Nacional de Saúde-Ministério da Saúde (ABREU, et al., 2018). O profissional farmacêutico encontra-se em estabelecimento estratégico de amplo alcance à população, tornando-o um profissional importante na promoção do uso racional de medicamentos e uma área privativa para atendimento aos clientes em ambiente adequado para a prestação do cuidado direto ao paciente. Já a automedicação é definida como a utilização de medicamentos sem prescrição por profissional capacitado, com o objetivo de tratar ou aliviar sintomas, podendo ser utilizados de forma inadequada, por exemplo, qual dosagem, intervalo e tempo de utilização dessas substâncias. (ABREU, et al., 2018).
Sabemos que no Brasil, quando o assunto é assistência farmacêutica,
insumos farmacêuticos e correlatos, o Ministério da Saúde, na resolução n. 17 de 2013 determina como drogaria o estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais, enquanto, farmácia, conforme a mesma resolução são estabelecimentos de manipulação de fórmulas magistrais e oficiais, de comércio de drogas, medicamentos (ABREU, et al., 2018). Um dos principais grupos de pacientes em balcões de farmácia sem duvida são os com diabetes mellitus (DM) uma vez que a Diabetes é um grave problema de saúde pública, em face da sua elevada prevalência, atingindo proporção epidêmica, passando a ser um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e acidente vascular encefálico. O DM é uma síndrome metabólica que consiste em um grupo de distúrbios caracterizados por defeitos na síntese e/ou ação da insulina, o que gera um estado de hiperglicemia constante (ROSSANEIS, et al., 2017). A Diretriz Promoção do Uso Racional de Medicamentos contempla um grande campo de ações individuais e articuladas considerando o conceito proposto na PNM, envolvendo o paciente, os profissionais de saúde, os gestores, as instituições relacionadas à saúde e os sistemas de saúde. A Diretriz Promoção da Produção de Medicamentos é reconhecida em diferentes momentos: a aprovação da Lei de Genéricos, em 1999, incentivou o setor industrial privado nacional, resultando em aumento da oferta de medicamentos genéricos e na promoção da concorrência; a expansão das garantias formais de acesso a medicamentos refletem maior comprometimento com a busca da universalidade e da integralidade, a estratificação por componentes de financiamento e a desigual evolução dos gastos por componente, o que pode ameaçar a equidade, porque o uso adequado dos medicamentos mais caros exige o acesso à atenção especializada e apoio cujo diagnóstico ainda não é universalizado (VASCONCELOS, et al., 2017).
Sobre a importância dos profissionais farmacêuticos em drogarias
Bastos et al., (2017), mostram a promoção do uso racional de medicamentos para uma dispensação focada na necessidade do usuário que busca pelos remédios, mas os farmacêuticos expressam a pouca autonomia para atuar no cuidado direto ao consumidor. Reiteram Drulis; Mendonça; Silva (2020), que a dispensação de medicamentos nas drogarias também é realizada por atendentes, como os balconistas, os quais devem ser treinados, acolhendo o paciente, dando início ao processo de compreensão de suas necessidades e encaminhando para o atendimento farmacêutico.