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QUANDO SOMOS BATIZADOS NO ESPÍRITO?

A GRANDE MAIORIA DOS CRISTÃOS CONCORDA, POR EXEMPLO, QUE PELO FATO DE TEREM
NASCIDO DE NOVO TODOS OS CRENTES TÊM O ESPÍRITO SANTO. TAMBÉM CONCORDAMOS
QUE TODOS NÓS DEVEMOS EXPERIMENTAR COM REGULARIDADE UMA VIDA CHEIA DO
ESPÍRITO, VIVER NA DEPENDÊNCIA DO PODER DO ESPÍRITO EM NOSSO TESTEMUNHO E
COMPORTAMENTO.

DIFERENTES PONTOS DE VISTA ACERCA DA QUESTÃO DE “QUANDO”

A CONTROVÉRSIA A RESPEITO DE QUANDO O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO OCORRE NA VIDA


DO CRENTE JÁ É ANTIGA. NA VERDADE, EMBORA ALGUNS FALEM COMO SE APENAS OS
PENTECOSTAIS ACEITASSEM UMA OBRA DECISIVA DO ESPÍRITO POSTERIOR À CONVERSÃO,
ESSA IDEIA ERA COMUM MAIS DE UM SÉCULO ANTES DO SURGIMENTO DO MOVIMENTO
PENTECOSTAL MODERNO.

RICHARD BAXTER E OUTROS PURITANOS E REFORMADOS CRIAM QUE A EXPERIÊNCIA DO


BATISMO NO ESPÍRITO SERIA SINÔNIMA AO “SELO DO ESPÍRITO”, MENCIONADO PELO
APÓSTOLO PAULO EM EFÉSIOS 1.13, TAMBÉM IMAGINAVAM HAVER UMA OBRA
SUBSEQUENTE.

A BUSCA POR ESSA EXPERIÊNCIA MAIS PROFUNDA DE SANTIDADE SE TORNOU UM ELEMENTO


COMUM NOS AVIVAMENTOS NORTE-AMERICANOS DA METADE ATÉ O FIM DO SÉCULO 19.

NO FINAL DO SÉCULO 19 E INÍCIO DO SÉCULO 20, ALGUNS PASTORES REFORMADOS COMO


TORREY, SUPERITENDENTE DO INSTITUTO DO MOODY, BATISTAS COMO GORDON E OUTROS,
TAMBÉM ENFATIZARAM O BATISMO NO ESPÍRITO COMO SEGUNDA OBRA DA GRAÇA.

NA VERDADE, ALGUNS DOS EVANGELISTAS MAIS PROMISSORES DA HISTÓRIA, COMO FINNEY,


MOODY E TORREY, CONSIDERAVAM O BATISMO NO ESPÍRITO COMO UMA CAPACITAÇÃO
PARA O SERVIÇO POSTERIOR À CONVERSÃO.

OS MOVIMENTOS EVANGELICOS MAIS EFICAZES DA ATUALIDADE ESTÃO PRESENTES NOS DOIS


LADOS DA DISCUSSÃO; A MAIORIA DOS MEMBROS DA CONVENÇÃO BATISTA DO SUL, POR
EXEMPLO, IDENTIFICA O “BATISMO NO ESPÍRITO” COM A CONVERSÃO, ENQUANTO A
MAIORIA DOS PENTECOSTAIS O IDENTIFICA COM UMA CAPACITAÇÃO SUBSEQUENTE.

O QUE A EXPRESSÃO “BATISMO NO ESPÍRITO SANTO” SIGNIFICAVA PARA OS OUVITES DO


PRIMEIRO SÉCULO?
ESSA EXPRESSÃO ENVOLVE DOIS ELEMENTOS: O BATISMO E O ESPÍRITO.

BATISMO:

OS JUDEUS BATIZAVAM POR IMERSÃO EM ÁGUA OS GENTIOS QUE DESEJAVAM SE CONVERTER


AO JUDAÍSMO.

ESPÍRITO SANTO:

ERA PARA OS CONTEMPORÂNEOS JUDEUS DE JESUS A FORMA DE DEUS PURUFICAR SEU POVO
OU COMO LHE CAPACITAVA PARA PROFETIZAR.

A PRIMEIRA IMAGEM (PURIFICAR) PODE CORROBORAR A IDEIA DE QUE O BATISMO NO


ESPÍRITO OCORRE NA CONVERSÃO; A SEGUNDA (CAPACITAR) QUE ESSE BATISMO REFLETE
UMA EXPERIÊNCIA SUBSEQUENTE DE CAPACITAÇÃO.

A EXPERIÊNCIA CRISTÃ DO ESPÍRITO EM ATOS

O AUTOR MOSTRA QUE AO EMPREGAR A EXPRESSÃO “RECEBER O ESPÍRITO”, JOÃO OU


PAULO TALVEZ SE REFIRAM A DETERMINADO ASPECTO DA OBRA DO ESPÍRITO, ENQUANTO
LUCAS TALVEZ SE REFIRA A OUTRO ASPECTO.

É POSSÍVEL CONCLUIR, COM BASE NA LEITURA DOS TEXTOS DE PAULO, QUE O BATISMO NO
ESPÍRITO E O RECEBIMENTO DO ESPÍRITO OCORREM NA CONVERSÃO.

PARA LUCAS, EM ATOS, VEMOS QUE A CONVERSÃO É O ÚNICO PRÉ-REQUISITO PARA


RECEBER O ESPÍRITO (2.8).... AS PESSOAS RECEBEM A CRISTO QUANDO ACEITAM CRISTO
COMO SENHOR E SALVADOR.

NO TOCANTE À EXPERIÊNCIA, PORÉM, ELE PARECE INDICAR QUE PELO MENOS ALGUMAS
PESSOAS RECEBEM DO ESPÍRITO PARA A CAPACITAÇÃO PROFÉTICA MAIS PLENA DEPOIS DA
CONVERSÃO.

O AUTOR DIZ QUE A EXPRESSÃO “RECEBER O ESPÍRITO”, PODE ACONTECER APÓS A


CONVERSÃO... ELE DIZ QUE SÃO EXPERIÊNCIAS DE RECEBIMENTO DE PODER DO ESPÍRITO
SANTO.

ELE MOSTRA QUE ISSO É UMA CAPACITAÇÃO PARA TRANSPOR BARREIRAS CULTURAIS E
EVANGELIZAR O MUNDO.
“CONCORDEMOS OU NÃO QUE A FÉ EM CRISTO NA VIDA DE PAULO ANTECEDEU SUA
CAPACITAÇÃO PELO ESPÍRITO, A MAIORIA DOS LEITORES CONCORDARÁ QUE CRISTÃOS
PODEM SER “ENCHIDOS” COM O ESPÍRITO DEPOIS DA CONVERSÃO. O QUE INCOMODA
ALGUMAS PESSOAS É A EXPRESSÃO “RECEBER” O ESPÍRITO.

A EXPRESSÃO RECEBER O ESPÍRITO APARECE DE ALGUMA FORMA EM 1.8; 2.33,38; 8.15-19;


10:47; 19.2.”

ESSAS PASSAGENS PARECEM APLICAR-SE ESPECIFICAMENTE AO RECEBIMENTO INICIAL DE


PODER PROFÉTICO.

SOMENTE DUAS EXPERIÊNCIAS EM ATOS?

EMBORA OS CRISTÃOS EM ATOS POR VEZES ENTRASSEM NESSE NOVO ÂMBITO DE


EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL POUCO DEPOIS DA CONVERSÃO, EM OUTRAS OCASIÕES TAMBÉM
IGRESSAVAM NELE DURANTE A CONVERSÃO OU DE MODO QUASE SIMULTÂNEO A ELA.

PEDRO E JOÃO, POR EXEMPLO, CERTAMENTE ESTAVAM ENTRE AQUELES QUE RECEBERAM O
ESPÍRITO EM PENTECOSTES; CONTUDO, RECEBERAM PODER ADICIONAL POSTERIORMENTE
PARA UMA CIRCUNSTÂNCIA ESPECÍFICA

UM PODER QUE LEMBRA AS OCASIÕES EM QUE O ESPÍRITO DE DEUS VEIO SOBRE SEUS
PROFETAS.

CONGREGAÇÕES INTEIRAS TAMBÉM EXPERIMENTARAM DERRAMAMENTOS DO ESPÍRITO


EM REUNIÕES DE ORAÇÃO FEVOROSAS (4.31 E 13.52).

O AUTOR DIZ QUE, ATOS, NÃO ESTÁ SIMPLESMENTE NOS CHAMANDO A UMA SEGUNDA
EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL.

“D. A. CARSON, EMBORA EU NÃO ENCONTRE BASE BÍBLICA PARA UMA TEOLOGIA DA
SEGUNDA BENÇÃO, ENCONTRO BASE PARA UMA TEOLOGIA DA SEGUNDA, TERCEIRA,
QUARTA OU QUINTA BÊNÇÃO.”

ATOS NOS CHAMA A TER UMA VIDA EQUIPADA PELO ESPÍRITO, QUAISQUER QUE SEJAM AS
EXPERIÊNCIAS INICIAIS E CONTÍNUAS QUE NOS LEVARÃO A IGRESSAR NELA.

PORÉM, O AUTOR MOSTRA QUE EM MOMENTO ALGUM LUCAS DÁ A ENTENDER QUE


PRECISAMOS DESSA OBRA ESPECÍFICA DO ESPÍRITO PARA A SALVAÇÃO OU PARA A VIRTUDE
ESPIRITUAL; É UMA CAPACITAÇÃO ESPECIAL PARA O EVANGELISMO E PARA A OBRA DO
REINO.

O AUTOR ACREDITA TODOS OS CRISTÃOS TEM PLENO ACESSO A ESSE PODER EM SUA
CONVERSÃO, EMBORA NEM SEMPRE PLENA EXPERIÊNCIA

1. COMO PODEMOS RECONHECER A PESSOA QUE FOI BATIZADA COM O ESPÍRITO


SANTO?
2. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO PODE SER PERDIDO E A PESSOA, REBATIZADA?

UM DETALHE QUE O AUTOR MOSTRA, É QUE JOÃO E PAULO, POR EXEMPLO, MOSTRA A
IDEIA DO BATISMO IMEDIATAMENTE APÓS A CONVERSÃO, E ELE DIZ QUE LUCAS JÁ MOSTRA
A QUESTÃO DE EXPERIÊNCIAS APÓS A CONVERSÃO...

É COMO SE CADA AUTOR QUISESSE ABORDAR UMA PARTE DA AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO.

A Ordem da Salvação
ou A Ordo Salutis

por

David Brown

Chamado do Evangelho:

O Pai determinou que o caminho normativo de salvação deveria ser através de Sua Palavra. A
Bíblia coloca uma ênfase muito grande sobre a leitura e pregação de Sua Palavra, assim como
sobre a transmissão deste Evangelho a todas pessoas. Este chamado geral do Evangelho,
contém a supremacia de Deus, Sua ira contra o pecado, e a promessa de salvação através de Seu
Filho, exorta o homem caído a se arrepender de seus pecados e crer na redenção de Cristo Jesus.

(veja Isaías 55.7, Mateus 28.19-20, Romanos 10.14,17, 2 Timóteo 1.9-10, 3.15; CFW 10)
Regeneração:

O chamado geral do Evangelho é feito eficaz quando o Espírito Santo faz com que a Palavra de
Deus seja entendida, apreciada e crida no coração de um indivíduo. Por causa da natureza caída
e pecaminosa do homem, ele está em inimizade contra Deus e recusa reconhecer a veracidade
do Evangelho. Deus envia Seu Espírito aos Seus eleitos para mudar esta rebelião espiritual,
regenerando, renovando e transformando a condição interna de depravado para uma de amor
pelo Senhor. Na realidade, estes corações e naturezas foram nascidos de novo, e seus olhos e
ouvidos foram abertos para ver as gloriosas verdades da salvação de Deus.

(veja Ezequiel 36.26-27, Mateus 16.17, 1 Coríntios 2.12-14, 2 Coríntios 3.3,6, 2


Tesssalonicenses .2.13-14, Tito 3.5; Joã 3:3-7

Conversão:

O coração regenerado que ouve o Evangelho é confrontado com a culpa de sua condição
pecaminosa e a certeza de um justo julgamento contra ele. Desesperando-se por causa de seu
estado, ele vê sua única esperança de escape através de Cristo e tanto confia na promessa de
salvação como também se arrepende de seus pecados. Pela fé, ele reconhece a si mesmo como
um pecador necessitado da graça, e implora a Deus por Seu poder e amor para salvá-lo através
do sangue e da justiça de Cristo. Através do arrependimento, ele odeia sua pecaminosidade e se
volta para Deus como a única fonte de justiça e bondade, esforçando-se para viver
obedientemente para Ele. Aqueles que se arrependem e crêem são convertidos de seguidores de
Satanás para seguidores de Deus.

(veja Isaías 55.11, Oséias 14.2,4, Atos 17.30-31, 20.21, Romanos 1.17, Efésios. 1.17-18, 2.8: CFW 14,
15)

Justificação:

A promessa no Evangelho é que aqueles que confiam no Senhor serão salvos. O perdão para os
pecados do povo de Deus, e a justiça que permite ao pecador estar na presença de um Deus
santo, vêm da perfeita obediência e do sacrifício expiatório de Cristo. Como um substituto para
o eleito, duas coisas acontecem:

1. Cristo obtém sua salvação e o seu estar diante de Deus, por cumprir a lei de Deus e o pacto no
lugar dele, e

2. Ele carrega o castigo pelos seus pecados. Como Cristo cumpriu esta tarefa, Deus promete que
aqueles que confiam nEle terão a justiça de Cristo imputada (ou dada) a eles, assim como os
seus pecados serão imputados a Cristo.

Assim, como um santo Juiz, Deus legalmente declara que o Seu povo é “justo”, ou “sem culpa”.
O pecador é justificado diante do Senhor quando, em fé, Ele descansa não sobre sua própria
bondade e/ou boas obras (as quais ele não tem nenhuma), mas sobre a magnificente obra do
Filho de Deus.

(veja Jeremias 23.6, Romanos 3.24-26, 4.5-8, 5.17-19, Gálatas 2.16; CFW 11)

Adoção:

A graça de Deus converte pecadores de servos de Satanás em servos de Cristo, todavia, Deus
promete mais do que isso. Ele manifesta Seu amor paternal para com os pecadores perdidos,
adotando-os como Seus próprios filhos. Através da adoção, Ele lhes dá todos os direitos,
privilégios e proteção, como pertencendo a Sua família e tendo Seu nome. Eles se tornam filhos
e filhos adotivos do Pai, e irmãos, irmãs, e co-herdeiros com Cristo.

(veja Salmos 103.13, João 1.12, Romanos 8.15-17, Gálatas 4.5-7, Efésios 1.5; CFW 12)

Santificação:

O próximo passo neste processo de salvação é a obra purificadora do Espírito Santo no andar
diário do crente. Não somente os eleitos são apresentados como inocentes através da imputação
da justiça de Cristo, mas eles também se desenvolvem espiritualmente na justiça pela Palavra e
pelo Espírito. Como o Espírito habita o crente, Ele opera neles o crescer na graça e no
conhecimento, e produz neles fruto e boas obras espirituais. Os crentes são especialmente
santificados quando envolvidos numa igreja onde a Bíblia é ensinada e os sacramentos são
ministrados. Embora ninguém possa se tornar perfeito nesta vida, e embora esta santificação
pode ser uma obra muito longa e demorada, os eleitos são fortalecidos eficazmente para que
eles perseverem na santidade.

(veja 2 Coríntios 7.1, Efésios 2.10, 5.26, 2 Tessalonicenses 2.13, Hebreus 13.20-21; CFW 13, 16)

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