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Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura Discussão 0.5
organizacionais
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
Folha de Feedback dos tutores:
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ÍNDICE
1. Introdução...............................................................................................................................3
Conclusão..................................................................................................................................10
Referências bibliográficas.........................................................................................................11
1. Introdução
O presente trabalho surge no âmbito do comprimento exigido pela Universidade Católica de
Moçambique para aquisição de alguns créditos académicos de modo a fazer a cadeira de
Evolução ao Pensamento Geográfico. Assim sendo, o presente trabalho consiste em explicar
como se dá o processo de sistematização da Geografia a partir das contribuições de Humbuldt,
Ritter, Ratzel e Hettner.
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2. O Surgimento da Geografia Moderna
O conjunto de novos factores que surgiram, entre os séculos XV e XVIII, contribui para o
processo de sistematização do conhecimento geográfico. Este se tornará ciência somente no
séc. XIX.
O autor apresenta, ainda, quatro conjuntos importantes de pressupostos que contribuíram para
o processo de sistematização da Geografia: o conhecimento efectivo da extensão real do
planeta; a existência de um repositório de informações; o aprimoramento das técnicas
cartográficas e as mudanças filosóficas e científicas (Moraes, 1987, p. 32-42).
A partir deste contexto, pode-se dizer que a Geografia irá surgir como ciência no século XIX,
na Alemanha. Os autores considerados como os “pais” da Geografia são os alemães
Alexander von Humboldt e Karl Ritter. É, também, da Alemanha que aparecem as primeiras
cátedras dedicadas a esta disciplina; é de lá que vêm as primeiras propostas metodológicas e a
formação das primeiras correntes de pensamento na Geografia (Moraes, 1987, p. 42).
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Humboldt defendia o conceito de unidade da natureza e achava que o objecto da pesquisa
científica deveria ser a descoberta da conexão causal dos fenómenos (Sodré, 1989, p. 33).
O seu principal objectivo era a procura de uma ciência integradora, através da qual se pudesse
demonstrar a harmonia da natureza, pois considerava a Terra um todo orgânico, em que os
diversos fenómenos são interdependentes. Interessou-se pela diferenciação espacial e
considerou a paisagem resultado da interacção de vários fenómenos. Das suas investigações
dos fenómenos feitas à escala regional, continental ou mundial, resultou numa sistematização
de conhecimentos geográficos. A Geografia passou a ser, com Humboldt, uma ciência
sistemática. Ou seja, Humboldt, comparava sistematicamente as paisagens da área que
estudava com outras partes da Terra. O seu método era empírico e indutivo (raciocinado –
utiliza o empírico e, também, a razão para explicação dos fenómenos), pois parte de casos
particulares para os gerais, objectivando obter uma lei geral, válida também para os casos não
observados. Não procurava a descrição do individual, do único, mas do geral (Ferreira;
Simões, 1994, p. 61-62).
Assim, a geografia seria uma disciplina sintética, preocupada com a conexão entre os
elementos e buscando, através destas conexões, a causalidade existente na natureza.
Humboldt concebia a Geografia como a parte terrestre da ciência do cosmos, isto é, como
uma espécie de síntese de todos os conhecimentos relativos à Terra (Moraes, 1987, p. 47-48).
Humboldt não buscava analisar apenas um factor isolado, e sim estabelecer relações de causa
e consequência entre eles – surgindo daí o princípio de causalidade.
Humboldt lança diversas bases para a geografia física, como em climatologia (termo
provavelmente de sua autoria), botânica, orografia, oceanografia, geologia etc.; além disso,
traz para a geografia factores pouco explorados que agem sobre as populações, como a
estatística, a economia política, a pesquisa da origem da línguas e das migrações humanas
(Aragão, 1960, p.465).
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Em Humboldt já há uma perspectiva a formulação de leis terrestres e da interligação entre os
diversos fenómenos (La Blache, 2001, p.6). O método comparativo que permite
generalizações universais e a perspectiva histórica de evolução, em detrimento de uma
natureza imutável, são as maiores contribuições de Humboldt para a ciência na visão de Capel
(2007, p.17).
Dentre inúmeras contribuições, como a melhor sistematização dos dados em cartas e mapas
ou a idealização de perfis, está a genial ideia de isolinhas, amplamente difundidas em estudos
climáticos e de geomorfologia, em que variáveis de mesma intensidade ou valor são
conectadas por linhas, como no exemplo das curvas de nível.
O grande marco de Humboldt é justamente criar uma teoria para o fato das formações
atmosféricas não atingirem o continente e gerarem os desertos na parte oeste do continente
sul-americano.
Na sua obra, descreve diversas áreas do mundo, buscando integrar o quadro físico com a
ocupação humana. As suas descrições são de áreas que ele considerava únicas, devido à inter-
relação dos fenómenos nelas existentes.
Para ele o homem precisaria utilizar os recursos da natureza, para conquistar sua liberdade
pois a medida que a sociedade se expande ela necessitaria de mais recursos, se eles eram
escassos a sociedade não se desenvolvia (aí que surge o termo “espaço vital”), se a sociedade
dependia da natureza teria de a proteger por isso segundo ele “Quando a sociedade se
organiza para defender o território, transforma-se em Estado”. A geografia “Ratzeliana”
privilegiou o elemento humano e abriu várias frentes de estudo, com um foco mais para as
questões históricas/espaciais, como: a formação dos territórios, a distribuição da humanidade
na Terra (migrações, colonizações, etc), o de povos isolamento e o que causaria aos mesmos,
além de estudos monográficos das áreas habitadas; mas sempre considerando as imposições
naturais e não sociais sobre o homem como já citado anteriormente (Moraes, 1994).
Para Moraes (1994) refere que em termos de metodologia a Geografia “Ratzeliana” não expos
grandes novidades manteve ela como uma ciência sintética de base empírica e naturalista,
mesmo apesar de propor que ela deveria ser observada como um todo não somente de uma
forma regional como ele mesmo propõe “ver o lugar como objecto em si, e como elemento de
uma cadeia”.
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Os discípulos de Ratzel colocaram suas formulações de um modo muito radical
simplificando-as, tomando por base nos seus estudos a máxima “o homem é um produto do
meio” (onde Ratzel colocava apenas a influência do meio no homem) e formaram o que hoje
se chama de “escola determinista” ou “determinismo geográfico”.
Outra área que recebeu contribuição das ideias de Ratzel foi a Geopolítica que teve seu
gêneses a partir de algumas ideias de Ratzel tais como a dominação de um “espaço vital” para
o bom desenvolvimento de um estado.
A “escola ambientalista” também surgiu a partir de colocações de Ratzel e apoiado aos ideais
da Ecologia, esta corrente propõe o estudo do homem em relação aos elementos do meio em
que ele se insere, só que aqui a natureza não determina o homem mais vai-lhe dar o suporte
para seu desenvolvimento e existência (Moraes, 1994).
A importância de Ratzel na Geografia foi grande pois, ele trouxe temas que até então não
eram abordados por ela (económicos e políticos) e por fim colocou o homem com um ser
central nas suas análises mesmo que este fosse visto por ele apenas como um animal, ao não
diferenciar as suas qualidades específicas.
A geografia não poderia ser dualista, pois em cada área habitada, os traços físicos e humanos
estariam tão entrelaçados, que formariam um só objecto de estudo. Desse modo, Hettner
entendia que a geografia não deve ser dividida entre as ciências naturais e as sociais, nem ser
definida como o estudo das relações entre os traços naturais e os humanos da superfície
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terrestre. A geografia seria uma disciplina unitária, e a realidade que estuda estaria composta
por elementos heterogéneos, porém, mutuamente relacionados. Idem
Para Simões (2003) salienta que dois enfoques teoricamente distintos se combinariam
eficazmente no estudo de áreas, segundo Hettner: o método da geografia regional, que
analisaria todo o complexo de características das áreas singulares, e o método da geografia
geral, que compararia as áreas em função de determinados tipos de especificidades.
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Conclusão
Concluímos que com todos os estudos realizados e publicados por Alexander von Humboldt,
dentre as várias áreas do conhecimento que foram beneficiadas, a Geografia foi um dos
campos que obteve grande avanço na constituição/construção da Geografia científica. Graças
ao seu olhar curioso e atento sobre a natureza, a descrição de vários lugares, a delimitação e
até mesmo correcção de pontos que estavam errados nos mapas, como no caso de Acapulco.
Humboldt por meio de suas expedições científicas dá grande importância ao conhecimento
empírico, aquele que é detectado durante as viagens feitas a campo em busca de novas
informações ou então de apenas comprovar aquilo que já se sabe/conhece.
Além disso, o destaque dado por ele no papel desempenhado pelo observador para a descrição
da natureza, na análise da paisagem, as influências que podem dar maior ou menor significado
na sua descrição. Enfim, como a sensibilidade humana, o estado emocional influenciam tanto
num simples relato/descrição, como na construção de novos conhecimentos. Por outro lado,
Ritter exerceu influência nos geógrafos da Alemanha e também nos da França.
Contudo, os estudos de Humboldt e Ritter foram, decisivos para conferir à Geografia o seu
verdadeiro carácter científico. Com a institucionalização da Geografia, surgem as escolas
nacionais, ou seja, as “escolas geográficas”.
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Referências bibliográficas
Andrade, M. C. (1987). Geografia, Ciência da Sociedade: uma introdução à análise do
pensamento geográfico. São Paulo: Atlas.
La Blache, P. V. de. (2001). O princípio da geografia geral. GEOgraphia, ano III, n.6.
Moraes, A. C. R. (1994). Geografia Pequena História Crítica. 20° ed, São Paulo: Hucitec,
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