Índice:
Portaria n.o 104/2001 1 — Designação da empreitada e consulta do processo.
de 21 de Fevereiro 2 — Reclamações ou dúvidas sobre as peças patenteadas
no concurso.
Os programas de concurso e os cadernos de encargos 3 — Inspecção do local dos trabalhos.
que servem de base aos concursos de empreitada de 4 — Entrega das propostas.
obras públicas devem obedecer, nos termos do n.o 1 5 — Acto público do concurso.
do artigo 62.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março, 6 — Admissão dos concorrentes.
a modelos aprovados por portaria do ministro respon- 7 — Idoneidade dos concorrentes.
sável pelo sector das obras públicas. 8 — Concorrência.
Assim: 9 — Modalidade jurídica de associação de empresas.
Manda o Governo, pelo Ministro do Equipamento 10 — Tipo de empreitada e forma da proposta.
Social, o seguinte: 11 — Proposta condicionada.
1.o São aprovados os programas de concurso tipo, 12 — Proposta com variantes ao projecto.
os cadernos de encargos tipo, respectivos anexos e 13 — Proposta base.
memorandos, para serem adoptados nas empreitadas 14 — Valor para efeito do concurso.
de obras públicas por preço global ou por série de preços 15 — Documentos de habilitação dos concorrentes.
e com projecto do dono da obra e nas empreitadas de 16 — Documentos que instruem a proposta.
obras públicas por percentagem, apresentados em anexo 17 — Modo de apresentação dos documentos de habi-
e que fazem parte integrante desta portaria. litação dos concorrentes e dos documentos que ins-
2.o É revogada a Portaria n.o 428/95, de 10 de Maio. truem a proposta.
3.o A presente portaria entra em vigor decorridos 18 — Prazo de validade da proposta.
30 dias a contar da sua publicação. 19 — Qualificação dos concorrentes.
O Ministro do Equipamento Social, Jorge Paulo Saca- 20 — Esclarecimentos a prestar pelos concorrentes.
dura Almeida Coelho, em 24 de Janeiro de 2001. 21 — Critério de adjudicação das propostas.
22 — Audiência prévia.
ANEXO 23 — Minuta do contrato, notificação, adjudicação e
caução.
Programa de concurso tipo
24 — Encargos do concorrente.
25 — Legislação aplicável.
SECÇÃO I 26 — Fornecimento de exemplares do processo.
Empreitadas com projecto do dono da obra — por preço global,
por série de preços ou segundo regime misto 1 — Designação da empreitada e consulta do pro-
I — Memorando para utilização do programa de concurso tipo
cesso:
1.1 — O processo do concurso para execução da
1 — O programa de concurso tipo a que este memo- empreitada de . . . encontra-se patente em . . . (entidade
rando se refere é aplicável, sempre que exista projecto e local), onde pode ser examinado, durante as horas
do dono da obra, aos concursos públicos ou limitados de expediente, desde a data do respectivo anúncio até
de empreitadas por preço global, empreitadas por série ao dia e hora do acto público do concurso.
de preços, empreitadas segundo regime misto de preço 1.2 — O processo do concurso é constituído pelas
global e série de preços e ainda aos concursos públicos peças indicadas no respectivo índice geral.
e limitados de empreitadas por percentagem, com as 1.3 — Desde que solicitadas até . . . de . . . de . . .,
alterações indicadas na secção II. os interessados poderão obter cópias devidamente
2 — As peças que instruem o processo de concurso autenticadas pelo dono da obra das peças escritas e
deverão ser expressamente enumeradas no índice geral desenhadas do processo do concurso, nas condições indi-
referido no n.o 1.2, que incluirá o anúncio ou o convite cadas no n.o 25, no prazo máximo de seis dias contados
do concurso, o programa do concurso, o caderno de a partir da data da recepção do respectivo pedido escrito
encargos, os elementos de projecto e os esclarecimentos na entidade que preside ao concurso. A falta de cum-
eventualmente prestados pela entidade que preside ao primento deste último prazo poderá justificar a pror-
concurso. rogação do prazo para a apresentação das propostas,
3 — No índice geral serão também indicados outros desde que imediatamente requerida pelo interessado.
elementos informativos que possam ser facultados aos Quando, devido ao seu volume, as peças do processo
concorrentes durante o prazo de apresentação das pro- do concurso não possam ser fornecidas no prazo refe-
postas, tais como mostruários de sondagens, amostras rido, o prazo para a apresentação das propostas deve
de materiais ou de elementos de construção, etc. ser adequadamente prorrogado.
4 — Os prazos referidos no programa de concurso 2 — Reclamações ou dúvidas sobre as peças paten-
são contados de acordo com o artigo 274.o do Decre- teadas no concurso:
to-Lei n.o 59/99, de 2 de Março. 2.1 — A entidade que preside ao concurso é . . ., a
5 — O programa de cada concurso será elaborado quem deverão ser apresentados, por escrito, dentro do
pelos serviços com base no programa tipo. Para tal, tor- primeiro terço do prazo fixado para a apresentação das
na-se necessário resolver as opções existentes no texto propostas, as reclamações e pedidos de esclarecimento
tipo, preencher os espaços em aberto e eliminar as indi- de quaisquer dúvidas surgidas na interpretação das peças
cações constantes em notas ou incluídas no próprio patenteadas.
texto, mantendo apenas as que se destinam aos con- 2.2 — Os esclarecimentos a que se refere o número
correntes — caso dos modelos de proposta. anterior serão prestados, por escrito, até ao fim do
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segundo terço do prazo fixado para a apresentação das das no n.o 1 do anexo I, o qual indicará os ele-
propostas. A falta de resposta até esta data poderá jus- mentos de referência relativos à idoneidade, à
tificar a prorrogação, por período correspondente, do capacidade financeira e económica e à capa-
prazo para a apresentação das propostas, desde que cidade técnica que permitiram aquela inscrição
requerida por qualquer interessado. Quando, devido ao e justifique a classificação atribuída nessa lista;
seu volume, os esclarecimentos não possam ser pres- c) Os não titulares de certificado de classificação
tados no prazo referido, o prazo para a apresentação de empreiteiro de obras públicas emitido pelo
das propostas deve ser adequadamente prorrogado. IMOPPI, ou que não apresentem certificado de
2.3 — Simultaneamente com a comunicação dos inscrição em lista oficial de empreiteiros apro-
esclarecimentos ao interessado que os solicitou, juntar- vados, desde que apresentem os documentos
-se-á cópia dos mesmos às peças patenteadas em con- relativos à comprovação da sua idoneidade,
curso e publicar-se-á imediatamente aviso nos termos capacidade financeira, económica e técnica para
do disposto no artigo 80.o do Decreto-Lei n.o 59/99, a execução da obra posta a concurso, indicados
de 2 de Março, advertindo os interessados da sua exis- nos n.os 15.1 e 15.3 deste programa de concurso.
tência e dessa junção.
3 — Inspecção do local dos trabalhos: 6.2 — O certificado de classificação de empreiteiro
Durante o prazo do concurso, os interessados poderão de obras públicas previsto na alínea a) do n.o 6.1 deve
inspeccionar os locais de execução da obra e realizar conter:
neles os reconhecimentos que entenderem indispensá- a1) A classificação como empreiteiro geral (1) de . . .
veis à elaboração das suas propostas. (edifícios, estradas, vias férreas, obras de urba-
4 — Entrega das propostas: nização, obras hidráulicas, instalações eléctricas
4.1 — As propostas (documentos de habilitação e ou instalações mecânicas, de acordo com o esta-
documentos que instruem a proposta de preço) serão belecido na Portaria n.o 412-I/99, de 4 de Junho)
entregues até às . . . horas do . . . dia (incluindo na con- na . . . (1.a, 3.a, 4.a ou 5.a) categoria, em classe
tagem sábados, domingos e feriados), sendo este prazo correspondente ao valor da proposta;
contado a partir do dia seguinte ao da publicação do
anúncio no Diário da República (ou da recepção do con- ou
vite), pelos concorrentes ou seus representantes, na . . .
(entidade e endereço), contra recibo, ou remetidas pelo a2) A . . . subcategoria da . . . categoria, a qual tem
correio, sob registo e com aviso de recepção. de ser de classe que cubra o valor global da
4.2 — Se o envio das propostas for feito pelo correio, proposta e integrar-se na categoria em que o
o concorrente será o único responsável pelos atrasos tipo da obra se enquadra (2);:
que porventura se verifiquem, não podendo apresentar b) A(s) . . . subcategoria(s) da(s) . . . categoria(s),
qualquer reclamação na hipótese de a entrada dos docu- na classe correspondente à parte dos trabalhos
mentos se verificar já depois de esgotado o prazo de a que respeite(m), caso o concorrente não
entrega das propostas. recorra à faculdade conferida no n.o 6.3 (indicar
5 — Acto público do concurso: as restantes subcategorias necessárias à execu-
5.1 — O acto do concurso é público, terá lugar em . . . ção da obra).
(entidade e endereço) e realizar-se-á pelas . . . horas
do 1.o dia útil seguinte ao termo do prazo para apre- 6.3 — Desde que não seja posto em causa o disposto
sentação de propostas. no n.o 3 do artigo 265.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de
5.2 — Só poderão intervir no acto do concurso as pes- 2 de Março, e sem prejuízo do disposto nas alíneas a1)
soas que, para o efeito, estiverem devidamente creden- e a2) do n.o 6.2, o concorrente pode recorrer a sub-
ciadas pelos concorrentes, bastando, para tanto, no caso empreiteiros, ficando a eles vinculado, por contrato,
de intervenção do titular de empresa em nome indi- para a execução dos trabalhos correspondentes. Nesse
vidual, a exibição do seu bilhete de identidade e, no caso, deve anexar à proposta as declarações de com-
caso de intervenção dos representantes de empresas em promisso dos subempreiteiros possuidores das autori-
nome individual e de sociedades ou de agrupamentos zações respectivas, de acordo com o previsto no n.o 16.4.
complementares de empresas, a exibição dos respectivos 7 — Idoneidade dos concorrentes:
bilhetes de identidade e de uma credencial passada por Os concorrentes relativamente aos quais se verifique
quem obrigue a empresa em nome individual, sociedade alguma das situações referidas no artigo 55.o do Decre-
ou agrupamento da qual constem o nome e o número to-Lei n.o 59/99, de 2 de Março, são excluídos do
do bilhete de identidade do(s) representante(s). concurso.
5.3 (Quando aplicável) — Assistirá ao acto o Procu- 8 — Concorrência:
rador-Geral da República ou um seu representante. 8.1 — A prática de actos ou acordos susceptíveis de
6 — Admissão dos concorrentes: falsear as regras da concorrência tem como consequên-
6.1 — Podem ser admitidos a concurso: cias as prescritas no artigo 58.o do Decreto-Lei n.o 59/99,
de 2 de Março.
a) Os titulares de certificado de classificação de 8.2 — A ocorrência de qualquer desses factos será
empreiteiro de obras públicas emitido pelo Ins- comunicada pelo dono da obra ao IMOPPI.
tituto dos Mercados de Obras Públicas e Par- 9 — Modalidade jurídica de associação de empresas:
ticulares e do Imobiliário (IMOPPI): 9.1 — Ao concurso poderão apresentar-se agrupa-
b) Os não titulares de certificado de classificação mentos de empresas, sem que entre elas exista qualquer
de empreiteiro de obras públicas emitido pelo modalidade jurídica de associação, desde que todas as
IMOPPI que apresentem certificado de inscri- empresas do agrupamento satisfaçam as disposições
ção em lista oficial de empreiteiros aprovados, legais relativas ao exercício da actividade de empreiteiro
adequado à obra posta a concurso e emitido de obras públicas e comprovem, em relação a cada uma
por uma das entidades competentes menciona- das empresas, os requisitos exigidos no n.o 15.
N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 951
9.2 — A constituição jurídica dos agrupamentos não totais oferecidos e às condições que divirjam das do
é exigida na apresentação da proposta, mas as empresas caderno de encargos ou de outros documentos do pro-
agrupadas serão responsáveis solidariamente, perante cesso do concurso.
o dono da obra, pelo pontual cumprimento de todas 12.6 — Os concorrentes que apresentem propostas
as obrigações emergentes da proposta. com variantes ao projecto, ou a parte dele, devem adop-
9.3 — No caso de a adjudicação da empreitada ser tar, em vez dos modelos previstos no n.o 10 deste pro-
feita a um agrupamento de empresas, estas associar- grama de concurso, o modelo . . . (6)
-se-ão, obrigatoriamente, antes da celebração do con- 12.7 — Na forma de apresentação da proposta, obser-
trato, na modalidade jurídica de . . . (3) varão ainda os concorrentes o estabelecido nos n.os 10
10 — Tipo de empreitada e forma da proposta: e 11, na parte aplicável.
10.1 — A empreitada é por . . . (preço global, série 12.8 — A proposta com variantes ao projecto, ou a
de preços ou segundo regime misto de preço global parte dele, será devidamente identificada e encerrada
e série de preços). no mesmo invólucro que contenha a proposta base.
10.2 — A proposta de preço, elaborada em confor- 12.9 — Os elementos escritos e desenhados relativos
midade com os modelos n.os 1 ou 2 do anexo III do às variantes serão devidamente identificados e encer-
Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março, e em duplicado, rados no invólucro que contenha os restantes documen-
será redigida em língua portuguesa, sem rasuras, entre- tos que instruem a proposta.
linhas ou palavras riscadas, sempre com o mesmo tipo 13 — Proposta base:
de máquina, se for dactilografada ou processada infor- 13.1 — A apresentação de propostas condicionadas,
maticamente, ou com a mesma caligrafia e tinta, se for nos termos do n.o 11, ou de propostas com variantes
manuscrita. ao projecto, nos termos do n.o 12, não dispensa o con-
10.3 — A proposta será assinada pelo concorrente ou corrente da apresentação de proposta para a execução
seu representante e de acordo com o estabelecido no do projecto do dono da obra nos exactos termos em
n.o 17.2. que foi posto a concurso (proposta base).
10.4 — O preço da proposta será expresso em escu- 13.2 — Nas propostas condicionadas e nas propostas
dos, podendo sê-lo também em euros, e não incluirá com variantes ao projecto serão consideradas não escri-
o imposto sobre o valor acrescentado (4). tas quaisquer reservas ou condicionamentos a essas pro-
10.5 — A proposta de preço deverá ser sempre acom- postas que não sejam expressamente indicados como
panhada pela lista de preços unitários que lhe serviu tais e formulados nos precisos termos dos artigos 77.o
de base. e 78.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março.
11 — Proposta condicionada: 13.3 — Fora dos casos previstos nos n.os 11 e 12, as
11.1 — Não é/É (5) admitida a apresentação de pro- propostas apresentadas pelos concorrentes são consi-
postas que envolvam alterações da(s) seguinte(s) cláu- deradas como totalmente incondicionadas, tendo-se
sula(s) do caderno de encargos: . . . (prazo de execução como não escritas quaisquer condições divergentes do
diferente do estabelecido no caderno de encargos, etc.). caderno de encargos ou alternativas de qualquer natu-
11.2 — A proposta condicionada deverá satisfazer, na reza que constem dessas mesmas propostas ou de outros
parte aplicável, o disposto no n.o 10 deste programa documentos que as acompanhem, com excepção dos
de concurso e será elaborada de acordo com o modelo aspectos técnicos constantes da memória descritiva e
n.o 3 do anexo III do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de justificativa do modo de execução da obra.
Março, devendo indicar o valor que atribui a cada uma 14 — Valor para efeito do concurso:
das condições especiais na mesma incluídas e que sejam O valor para efeito do concurso é de . . . (7) (por
diversas das previstas no caderno de encargos. extenso), não incluindo o imposto sobre o valor acres-
11.3 — A proposta condicionada será devidamente centado.
identificada e encerrada no mesmo invólucro que con- 15 — Documentos de habilitação dos concorrentes:
tém a proposta base referida no n.o 13. 15.1 — Documentos a apresentar por todos os con-
12 — Proposta com variante ao projecto: correntes:
12.1 — Não é/É (5) admitida a apresentação pelos a) Documento comprovativo da regularização da
concorrentes de variantes ao projecto (ou parte dele). situação contributiva para com a segurança
12.2 (Quando aplicável) — As variantes ao projecto social portuguesa emitido pelo Instituto de Ges-
patente não/só (5) poderão envolver alterações às con- tão Financeira da Segurança Social e, se for
dições seguintes: . . . (aspectos fundamentais condicio- o caso, certificado equivalente emitido pela
nantes das concepções a propor). autoridade competente do Estado de que a
12.3 (Quando aplicável) — As variantes à parte do empresa seja nacional ou no qual se situe o
projecto patente não/só (5) poderão envolver alterações seu estabelecimento principal; qualquer dos
às condições seguintes: . . . (cláusulas do caderno de documentos referidos deve ser acompanhado de
encargos e peças ou dados do projecto patente). declaração, sob compromisso de honra, do cum-
12.4 — As variantes ao projecto ou a parte dele devem primento das obrigações respeitantes ao paga-
conter todos os elementos necessários para a sua perfeita mento das quotizações para a segurança social
apreciação e para a justificação do método de cálculo no espaço económico europeu;
utilizado, devendo ser elaboradas com uma sistemati- b) Declaração comprovativa da situação tributária
zação idêntica à da proposta base e em termos que regularizada, emitida pela repartição de finan-
permitam a sua fácil comparação com esta. ças do domicílio ou sede do contribuinte em
12.5 — Os elementos que as variantes ao projecto ou Portugal, de acordo com o previsto no artigo 3.o
a parte dele devem conter, conforme referido no n.o 12.4, do Decreto-Lei n.o 236/95, de 13 de Setembro,
são os respeitantes à natureza e volume dos trabalhos e, se for o caso, certificado equivalente emitido
previstos, ao programa de trabalhos, aos meios e pro- pela autoridade competente do Estado de que
cessos de execução adoptados, aos preços unitários e a empresa seja nacional ou no qual se situe o
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seu estabelecimento principal; qualquer dos do mesmo), adequado à obra posta a concurso,
documentos referidos deve ser acompanhado de que indique os elementos de referência relativos
declaração, sob compromisso de honra, do cum- à idoneidade, à capacidade financeira e econó-
primento das obrigações no que respeita ao mica e à capacidade técnica que permitiram
pagamento de impostos e taxas no espaço eco- aquela inscrição e justifique a classificação atri-
nómico europeu; buída nessa lista, emitido por uma das entidades
c) Documento emitido pelo Banco de Portugal, indicadas no n.o 1 do anexo I e, se for o caso,
no mês em que o concurso tenha sido aberto, declaração que mencione os subempreiteiros.
no mês anterior ou posterior, que mencione as
responsabilidades da empresa no sistema finan- 15.3 — Outros documentos a apresentar apenas pelos
ceiro e, se for o caso, documento equivalente concorrentes não titulares de certificado de classificação
emitido pelo banco central do Estado de que
a empresa seja nacional ou no qual se situe o de empreiteiro de obras públicas emitido pelo IMOPPI
seu estabelecimento principal; ou que não apresentem certificado de inscrição em lista
d) Cópia autenticada da última declaração perió- oficial de empreiteiros aprovados, bem como pelos con-
dica de rendimentos para efeitos de IRS ou IRC, correntes nacionais dos Estados signatários do Acordo
na qual se contenha o carimbo «Recibo» (8) sobre Contratos Públicos, da Organização Mundial do
e, se for o caso, documento equivalente apre- Comércio, referidos no anexo II:
sentado, para efeitos fiscais, no Estado de que a) Caso se trate de concorrente de um dos Estados
a empresa seja nacional ou no qual se situe o mencionados no anexo VIII do Decreto-Lei n.o 59/99,
seu estabelecimento principal; se se tratar de de 2 de Março, certificado de inscrição no registo a
inicio de actividade, a empresa deve apresentar que se refere o mesmo anexo, com todas as inscrições
cópia autenticada da respectiva declaração; em vigor;
e) Certificados de habilitações literárias e profis- b) Certificados do registo criminal dos representantes
sionais dos quadros da empresa e dos respon- legais da empresa ou documentos equivalentes emitidos
sáveis pela orientação da obra, designadamente: pela autoridade judicial ou administrativa competente
do Estado de que a empresa seja nacional ou no qual
Director técnico da empreitada; se situe o seu estabelecimento principal;
Representante permanente do empreiteiro c) Documento que comprove que a empresa não se
na obra;
encontra em estado de falência, de liquidação, de ces-
sação de actividade, nem se encontra sujeita a qualquer
f) Lista das obras executadas da mesma natureza meio preventivo da liquidação de patrimónios ou em
da que é posta a concurso, acompanhada de qualquer situação análoga, ou tenha o respectivo pro-
certificados de boa execução relativos às obras cesso pendente, emitido pela autoridade judicial ou
mais importantes; os certificados devem referir administrativa competente do Estado de que a empresa
o montante, data e local de execução das obras
e se as mesmas foram executadas de acordo seja nacional ou no qual se situe o seu estabelecimento
com as regras da arte e regularmente concluídas; principal;
g) Declaração, assinada pelo representante legal d) Documentos comprovativos da inexistência das
da empresa, que mencione o equipamento prin- seguintes situações:
cipal a utilizar na obra e, se for o caso, o equi- d1) Sanção administrativa por falta grave em maté-
pamento de características especiais, indicando, ria profissional, se entretanto não tiver ocorrido
num e noutro caso, se se trata de equipamento a reabilitação;
próprio, alugado ou sob qualquer outra forma; d2) Sanção acessória de privação do direito de par-
h) Declaração, assinada pelo representante legal ticipar em arrematações ou concursos públicos
da empresa, que mencione os técnicos, serviços que tenham por objecto a empreitada ou a con-
técnicos e encarregados, estejam ou não inte- cessão de obras públicas, o fornecimento de
grados na empresa, a afectar à obra, para além
dos indicados na alínea e); bens e serviços, a concessão de serviços públicos
i) (Se for o caso, de acordo com o disposto no e a atribuição de licenças ou alvarás, durante
artigo 70.o, n.o 1 do Decreto-Lei n.o 59/99, de o período de inabilidade legalmente previsto;
2 de Março) Relativamente à capacidade finan- d3) Sanção acessória de interdição da prática dos
ceira e económica os concorrentes deverão apre- seguintes actos motivada pela admissão de
sentar ainda os seguintes documentos: . . . menores a trabalhos proibidos ou condiciona-
dos, durante o período de inabilidade legal-
15.2 — Outros documentos a apresentar apenas pelos mente previsto:
concorrentes titulares de certificado de inscrição em lista Celebração de contratos de fornecimentos,
oficial de empreiteiros aprovados de um dos Estados obras públicas, empreitadas ou prestações
mencionados no anexo I: de serviços com o Estado ou outras enti-
a) Certificado de classificação de empreiteiro de dades públicas, bem como com instituições
obras públicas (ou cópia autenticada do mesmo) particulares de solidariedade social com-
emitido pelo IMOPPI, contendo as autorizações participadas pelo orçamento da segurança
referidas no n.o 6.2, e, se for o caso, declaração social;
que mencione os subempreiteiros; Celebração de contratos de exploração da
concessão de serviços públicos;
ou, caso o concorrente não possua o certificado indicado Apresentação de candidatura a apoios dos
na alínea a): fundos comunitários;
b) Certificado de inscrição em lista oficial de d4) Sanção administrativa ou judicial pela utilização
empreiteiros aprovados (ou cópia autenticada ao seu serviço de mão-de-obra, legalmente
N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 953
indicando-se o nome ou denominação social do con- tendo em conta os elementos de referência solicitados
corrente e a designação da empreitada. no anúncio do concurso ou no convite para a apre-
17.6 — Os invólucros a que se referem os números sentação de propostas e com base nos documentos indi-
anteriores são encerrados num terceiro, igualmente cados no n.o 15 deste programa de concurso.
opaco, fechado e lacrado, que se denominará «Invólucro Finda esta verificação, deve a comissão excluir os con-
exterior», indicando-se o nome ou denominação social correntes que não demonstrem aptidão para a execução
do concorrente, a designação da empreitada e a entidade da obra posta a concurso em relatório fundamentado
que a pôs a concurso, para ser remetido sob registo onde constem as razões das admissões e exclusões, que
e com aviso de recepção, ou entregue contra recibo, será notificado a todos os concorrentes para efeitos do
à entidade competente. n.o 6 do artigo 98.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de
18 — Prazo de validade da proposta: Março.
18.1 — Decorrido o prazo de 66 dias, contados a partir 20 — Esclarecimentos a prestar pelos concorrentes:
da data do acto público do concurso, cessa, para os 20.1 — Sempre que, na fase de qualificação dos con-
concorrentes que não hajam recebido comunicação de correntes, a entidade que preside ao concurso tenha
lhes haver sido adjudicada a empreitada, a obrigação dúvidas sobre a real situação económica e financeira
de manter as respectivas propostas. de qualquer dos concorrentes, poderá exigir deles e soli-
18.2 — Se os concorrentes nada requererem em con- citar de outras entidades todos os documentos e ele-
trário dentro dos 8 dias seguintes ao termo do prazo mentos de informação, inclusive de natureza contabi-
previsto no número anterior, considerar-se-á o mesmo lística, indispensáveis para o esclarecimento dessas
prorrogado por mais 44 dias. dúvidas.
19 — Qualificação dos concorrentes: 20.2 — À entidade que preside ao concurso assiste
19.1 — Os concorrentes deverão comprovar a sua o direito de se poder informar das condições técnicas
capacidade financeira, económica e técnica, nos termos actuais de qualquer dos concorrentes junto da entidade
dos artigos 67.o e seguintes do Decreto-Lei n.o 59/99, competente.
de 2 de Março, e de acordo com o estabelecido neste 20.3 — Os concorrentes poderão, dentro do prazo do
programa de concurso. concurso, apresentar, em volume lacrado, quaisquer ele-
19.2 — Quando, justificadamente, o concorrente não mentos técnicos que julguem úteis para o esclarecimento
estiver em condições de apresentar os documentos exi- das suas propostas e não se destinem à publicidade,
gidos pelo dono da obra relativos à sua capacidade finan- não devendo, em caso algum, esses elementos contrariar
ceira e económica, nomeadamente por ter iniciado a o que conste dos documentos entregues com a proposta,
sua actividade há menos de três anos, pode comprovar nem ser invocados para o efeito de interpretação destes
essa capacidade através de outros documentos que o últimos.
dono da obra julgue adequados para o efeito. 21 — Critério de adjudicação das propostas:
19.3 — A fixação de critérios de avaliação da capa- O critério de apreciação das propostas será o
cidade financeira e económica dos concorrentes para seguinte: . . . (9) (indicação, em termos percentuais ou
a execução da obra posta a concurso deverá ser feita numéricos, do grau de importância dos factores e even-
com base no quadro de referência constante da portaria tuais subfactores que o compõem, bem como do método
em vigor publicada ao abrigo do artigo 8.o do Decre- e ou fórmula matemática de ponderação dos mesmos
to-Lei n.o 61/99, de 2 de Março, não podendo ser factores).
excluído nenhum concorrente que, no mínimo, apre- 22 — Audiência prévia:
sente cumulativamente os valores do quartil inferior pre- 22.1 — A decisão de adjudicação será precedida de
vistos nessa portaria. audiência prévia escrita dos concorrentes.
19.4 — Na avaliação da capacidade técnica dos con- 22.2 — Os concorrentes têm 10 dias após a notificação
correntes para a execução da obra posta a concurso, do projecto de decisão final para se pronunciarem sobre
deverão ser adoptados os seguintes critérios: o mesmo.
22.3 — A notificação fornece os elementos necessá-
a) Comprovação da execução de, pelo menos, uma rios para que os interessados fiquem a conhecer todos
obra de idêntica natureza da obra posta a con- os aspectos relevantes para a decisão, nas matérias de
curso, de valor não inferior a . . . (indicar um facto e de direito, indicando também as horas e o local
valor não superior a 60 % do valor estimado onde o processo poderá ser consultado.
do contrato); 22.4 — Salvo decisão expressa em contrário, a enti-
b) Adequação do equipamento e da ferramenta dade competente para a realização da audiência prévia
especial a utilizar na obra, seja próprio, alugado é a comissão de análise de propostas.
ou sob qualquer outra forma, às suas exigências 23 — Minuta do contrato, notificação, adjudicação e
técnicas; caução:
c) Adequação dos técnicos e os serviços técnicos, 23.1 — O concorrente cuja proposta haja sido pre-
estejam ou não integrados na empresa, a afectar ferida fica obrigado a pronunciar-se sobre a minuta do
à obra. contrato no prazo de cinco dias após a sua recepção,
findo o qual, se o não fizer, se considerará aprovada
19.5 — Os critérios acima referidos apenas poderão a mesma minuta.
ser alterados quando se trate de obras cuja elevada com- 23.2 — Caso o adjudicatário recorra a subempreitei-
plexidade técnica, especialização e dimensão o jus- ros, deve depositar junto do dono da obra, previamente
tifiquem. à celebração do contrato ou ao início dos trabalhos,
19.6 — A comissão de abertura do concurso, nomeada consoante se trate ou não de autorizações necessárias
nos termos do n.o 1 do artigo 60.o do Decreto-Lei para a apresentação a concurso, as cópias dos contratos
n.o 59/99, de 2 de Março, deverá, após a realização do de subempreitada que efectue. Estes contratos devem
acto público do concurso, proceder à avaliação da capa- obedecer ao disposto na cláusula 1.6 do caderno de
cidade financeira, económica e técnica dos concorrentes, encargos.
N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 955
ANEXO I
23.3 — O concorrente preferido será notificado da
adjudicação e do valor da caução, sendo-lhe, simulta- Entidades que possuem listas oficiais de empreiteiros aprovados,
neamente, fixado um prazo, nunca inferior a seis dias, a que se referem os n.os 6.1, alínea b), e 15.2
para prestar a caução, sob pena de a adjudicação cadu-
car, de acordo com o disposto no n.o 2 do artigo 110.o 1:
e no artigo 111.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Na Bélgica:
Março.
23.4 — Todos os concorrentes são notificados da Ministère des Communications et de l’Infras-
adjudicação, por escrito, no prazo de 15 dias após a tructure (MCI), Administration de la
prestação da caução, sendo-lhes enviado o respectivo Réglementation de la circulation et de
relatório justificativo, o qual conterá os fundamentos l’Infrastructure, Service Qualité, Direction
da preterição das respectivas propostas, bem como as agrément et spécifications, Rue de la Loi,
características e vantagens relativas da proposta selec- 155, B — 1040 Bruxelas, Bélgica; telef:
cionada e o nome do adjudicatário, de acordo com o 32-2-287.31.11; fax: 32-2-287.31.51;
disposto no n.o 3 do artigo 110.o do Decreto-Lei
n.o 59/99, de 2 de Março. Em Espanha:
23.5 — O valor da caução é o fixado na cláusula 1.11
Subdirección General de Normativa y Estu-
do caderno de encargos.
dios Tecnicos, Secretaria General Tecnica,
24 — Encargos do concorrente: Ministerio de Fomento Paseo de la Cas-
24.1 — São encargos do concorrente as despesas ine- tellana, 67, E-28071, Madrid, Espanha;
rentes à elaboração da proposta, incluindo as de pres- telef: 34-915977268; fax: 34-915978592;
tação de caução.
24.2 — São ainda da conta do concorrente as despesas Na Grécia:
e encargos inerentes à celebração do contrato, nos ter-
mos do n.o 4 do artigo 119.o do Decreto-Lei n.o 59/99, Ministry of Environment, Planification and
de 2 de Março. Public Works (YPEHODE), Direction of
25 — Legislação aplicável: Registers and Technical Professions/D 15,
Em tudo o omisso no presente programa de concurso, 196-198, Ippokratous street, Athens 11471,
observar-se-á o disposto no Decreto-Lei n.o 59/99, de Grécia; telef: 301 6432184; fax: 301 6411904;
2 de Março, e restante legislação aplicável.
26 — Fornecimento de exemplares do processo: Na Itália:
As cópias do processo do concurso referidas no n.o 1.3
Comitato Nazionale Italiano per la Manuten-
serão fornecidas nas condições seguintes:
zione, Via Barberini, 68, 00187 Roma, Itá-
lia; telef: 06/4745340; fax: 39/6/4745512.
Preço:. . . (de custo)
...........................................
2 — Em Portugal:
(1) A classificação como empreiteiro geral numa dada categoria Instituto dos Mercados de Obras Públicas e Par-
só pode ser exigida quando a obra envolva de forma principal a exe- ticulares e do Imobiliário (IMOPPI), Avenida
cução de trabalhos enquadráveis nas subcategorias determinantes para do Duque de Loulé, 110, 1069-010 Lisboa;
a classificação como empreiteiro geral nessa categoria. telef: 213136100; telef. Linha Azul: 213155726;
(2) Esta alínea aplica-se quando a obra não envolva de forma
principal a execução de trabalhos enquadráveis nas subcategorias fax: 213529767; e-mail: imoppilmail.telepac.pt,
determinantes para a classificação como empreiteiro geral ou quando, http://www.imoppi.pt
podendo ser exigível a classificação como empreiteiro geral, o dono
da obra não a exija.
(3) São admissíveis quaisquer formas de associação reguladas pelo
quadro legal vigente, designadamente agrupamentos complementares ANEXO II
de empresas, agrupamentos europeus de interesse económico e con-
sórcios. Porém, tratando-se de consórcio, este só pode revestir a moda- A lista actualizada dos Estados signatários do Acordo
lidade de consórcio externo, conforme previsto no Decreto-Lei
n.o 231/81, de 28 de Julho.
sobre Contratos Públicos, da Organização Mundial do
(4) A proposta de preço deverá ser expressa em euros quando Comércio, é objecto de publicação no Diário da Repú-
a moeda corrente deixar de ser o escudo. blica pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Actual-
(5) Eliminar o que não interessa. mente é a seguinte a lista desses Estados, para além
(6) A redacção a adoptar será adequada a cada caso, de acordo
com o modelo aplicável e tendo em conta o que é estipulado no de Portugal:
programa do concurso e no caderno de encargos.
(7) O valor para efeitos de concurso é, na empreitada por preço Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha,
global, o preço base do concurso; na empreitada por série de preços, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália,
é o custo provável dos trabalhos estimado sobre as medições do
projecto.
Luxemburgo, Países Baixos, Reino Unido e Sué-
(8) O carimbo de «Recibo» tem de ser entendido como o carimbo cia (como Estados membros da União Europeia)
ou menção que comprove que a declaração foi entregue na competente e ainda Aruba (Países Baixos), Canadá, Coreia
repartição de finanças. do Sul, Estados Unidos da América, Hong-Kong,
(9) Dever-se-á atender ao disposto nos artigos 105.o ou 132.o do
Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março, consoante se trate de concurso Israel, Listenstaina, Noruega, Singapura, Suíça
público ou de concurso limitado, respectivamente. e Japão.
956 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001
SECÇÃO II ANEXO
subempreiteiros através do nome e morada, ou firma no caderno de encargos de especificações técnicas que
e sede e respectivo número de certificado de classifi- mencionem produtos de fabrico ou proveniência deter-
cação de empreiteiro de obras públicas ou de certificado minada ou processos especiais que tenham por efeito
de inscrição em lista oficial de empreiteiros aprovados). favorecer ou eliminar determinadas empresas. É, desig-
5 — Mais declara que renuncia ao foro especial e se nadamente, proibida a indicação de marcas comerciais
submete em tudo o que respeitar à execução do seu ou industriais, de patentes ou modelos, ou de uma ori-
contrato ao que se achar prescrito na legislação por- gem ou produção determinadas, sendo, no entanto,
tuguesa em vigor. autorizadas tais indicações quando acompanhadas da
Data. menção «ou equivalente», sempre que não seja possível
(Assinatura.) formular uma descrição do objecto da empreitada com
recurso a especificações suficientemente precisas e inte-
(*) Eliminar o que não interessa.
ligíveis por todos os interessados.
Caderno de encargos tipo
II — Cláusulas gerais do caderno de encargos tipo
SECÇÃO I Índice:
Empreitadas com projecto do dono da obra por preço global, 1 — Disposições gerais:
por série de preços ou segundo regime misto 1.1 — Disposições e cláusulas por que se rege a emprei-
tada.
I — Memorando para a utilização das cláusulas gerais
do caderno de encargos tipo
1.2 — Regulamentos e outros documentos normativos.
1.3 — Regras de interpretação dos documentos que
1 — As cláusulas gerais do caderno de encargos tipo regem a empreitada.
farão parte, sempre que exista projecto do dono da obra, 1.4 — Esclarecimento de dúvidas na interpretação dos
dos cadernos de encargos relativos às empreitadas por documentos que regem a empreitada.
preço global, às empreitadas por série de preços, às 1.5 — Projecto.
empreitadas segundo regime misto de preço global e 1.6 — Subempreitadas.
série de preços e ainda às empreitadas por percentagem, 1.7 — Execução simultânea de outros trabalhos no local
com as alterações indicadas na secção II. da obra.
2 — É desejável que os serviços organizem cadernos 1.8 — Actos e direitos de terceiros.
de encargos tipo que contemplem certos conjuntos de 1.9 — Patentes, licenças, marcas de fabrico ou de comér-
obras mais correntes. Neste caso, as cláusulas gerais cio e desenhos registados.
do caderno de encargos tipo poderão ser completadas 1.10 — Outros encargos do empreiteiro.
com outras cláusulas gerais adoptadas pelos serviços. 1.11 — Caução.
Estas últimas não deverão, no entanto, alterar ou res- 2 — Objecto e regime da empreitada:
tringir o âmbito de aplicação das primeiras. 2.1 — Objecto da empreitada.
3 — A regra geral definida no n.o 1 poderá não ser 2.2 — Modo de retribuição do empreiteiro.
aplicável em circunstâncias particulares. Em tais casos, 3 — Pagamentos ao empreiteiro:
as alterações introduzidas e que não resultem da própria 3.1 — Disposições gerais.
fórmula daquelas cláusulas gerais carecem de aprovação 3.2 — Adiantamentos ao empreiteiro.
da entidade competente e deverão ser claramente assi- 3.3 — Descontos nos pagamentos.
naladas nos documentos que instruem os processos de 3.4 — Mora no pagamento.
concurso e os contratos. 3.5 — Regras de medição.
4 — Além das cláusulas gerais dos cadernos de encar- 3.6 — Revisão de preços do contrato.
gos tipo, os cadernos de encargos deverão conter, con- 4 — Preparação e planeamento dos trabalhos:
forme os casos, as especificações técnicas referidas no 4.1 — Preparação e planeamento da execução da obra.
anexo II ao Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março, nas 4.2 — Preparação e planeamento de empreitadas
condições estabelecidas no artigo 65.o do mesmo comuns à mesma obra.
diploma. 4.3 — Desenhos, pormenores e elementos de projecto
5 — Os cadernos de encargos conterão também as a apresentar pelo empreiteiro.
especificações técnicas a que devam satisfazer os mate- 4.4 — Plano de trabalhos e plano de pagamentos.
riais e elementos de construção quanto à sua qualidade, 4.5 — Modificação do plano de trabalhos e do plano
dimensões, formas e demais características, bem como de pagamentos.
as tolerâncias admitidas, e, bem assim, sempre que 5 — Prazos de execução:
necessário, os seguintes elementos relativos a ensaios: 5.1 — Prazos de execução da empreitada.
Regras de amostragem; 5.2 — Prorrogação dos prazos de execução da emprei-
Modo de preparação e embalagem das amostras; tada.
Ensaios previstos para a verificação da qualidade, 5.3 — Multas por violação dos prazos contratuais.
distinguindo expressamente os que serão obri- 5.4 — Prémios.
gatoriamente promovidos e custeados pelo 6 — Fiscalização e controlo:
empreiteiro; 6.1 — Direcção técnica da empreitada e representante
Regras de decisão relativamente aos resultados dos do empreiteiro.
ensaios. Serão introduzidas ainda, quando neces- 6.2 — Representantes da fiscalização.
sárias, indicações relativas às condições de arma- 6.3 — Custo da fiscalização.
zenagem e depósito. 6.4 — Livro de registo da obra.
7 — Condições gerais de execução da empreitada:
6 — Salvo em casos excepcionais justificados pelo 7.1 — Informações preliminares sobre o local da obra.
objecto da empreitada, não é permitida a introdução 7.2 — Condições gerais de execução dos trabalhos.
958 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001
dimensionais da obra e à disposição relativa das dizem respeito. O projecto variante deve ser acompa-
suas diferentes partes; nhado de nota justificativa, particularmente nos casos
b) As folhas de medições discriminadas e referen- em que inclua inovações tecnológicas relativamente ao
ciadas e os respectivos mapas resumo de quan- projecto patenteado, e obedecer, no que for aplicável,
tidades de trabalhos prevalecerão sobre quaisquer às disposições legais para a elaboração de projectos de
outras no que se refere à natureza e quantidade obras públicas.
dos trabalhos, sem prejuízo do disposto nos arti- 1.5.6 — Os elementos do projecto que não tenham
gos 14.o e 15.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 sido patenteados no concurso deverão ser submetidos
de Março; à aprovação do dono da obra e ser sempre assinados
c) Em tudo o mais prevalecerá o que constar da pelos seus autores, que deverão possuir para o efeito,
memória descritiva e restantes peças do pro- nos termos da lei, as adequadas qualificações académicas
jecto. e profissionais.
1.5.7 — Salvo disposição em contrário, competirá ao
1.4 — Esclarecimento de dúvidas na interpretação empreiteiro a elaboração dos desenhos, pormenores e
dos documentos que regem a empreitada: peças desenhadas do projecto a que se refere a cláu-
1.4.1 — As dúvidas que o empreiteiro tenha na inter- sula 4.3, bem como dos desenhos correspondentes às
pretação dos documentos por que se rege a empreitada alterações surgidas no decorrer da obra. Concluídos os
devem ser submetidas à fiscalização da obra antes de trabalhos, o empreiteiro deverá entregar ao dono da
se iniciar a execução do trabalho sobre o qual elas obra uma colecção actualizada de todos estes desenhos,
recaiam. No caso de as dúvidas ocorrerem somente após elaborados em transparentes sensibilizados de material
o início da execução dos trabalhos a que dizem respeito, indeformável e inalterável com o tempo, ou através de
deverá o empreiteiro submetê-las imediatamente à fis- outros meios, desde que aceites pelo dono da obra.
calização, juntamente com os motivos justificativos da 1.6 — Subempreitadas:
sua não apresentação antes do início daquela execução. 1.6.1 — A responsabilidade de todos os trabalhos
1.4.2 — A falta de cumprimento do disposto na cláu- incluídos no contrato, seja qual for o agente executor,
sula anterior torna o empreiteiro responsável por todas será sempre do empreiteiro e só dele, salvo no caso
as consequências da errada interpretação que porven- de cessão parcial da posição contratual devidamente
tura haja feito, incluindo a demolição e reconstrução autorizada, não reconhecendo o dono da obra, senão
das partes da obra em que o erro se tenha reflectido. para os efeitos indicados expressamente na lei, a exis-
1.5 — Projecto: tência de quaisquer subempreiteiros que trabalhem por
1.5.1 — O projecto a considerar para a realização da conta ou em combinação com o adjudicatário.
empreitada será o patenteado no concurso, salvo se no 1.6.2 — O dono da obra não poderá opor-se à escolha
programa de concurso ou neste caderno de encargos do subempreiteiro pelo empreiteiro de obras públicas
for determinada ou admitida a apresentação de variantes adjudicatário da obra, salvo se aquele não dispuser de
pelos concorrentes, nos termos dos artigos 12.o ou 20.o condições legais para a execução da obra que lhe foi
do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março, caso em que subcontratada. O empreiteiro não poderá proceder à
o projecto apresentado pelo empreiteiro e aceite pelo substituição dos subempreiteiros sem autorização do
dono da obra ficará a substituir o projecto patenteado dono da obra.
ou a parte a que diz respeito. 1.6.3 — Todas as subempreitadas devem ser objecto
1.5.2 — Em qualquer dos casos indicados na cláusula de contratos, a elaborar nos termos do disposto no
anterior, bem como no previsto no artigo 11.o do Decre- artigo 266.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março,
to-Lei n.o 59/99, de 2 de Março, devem ser observadas dos quais devem constar necessariamente os seguintes
as disposições legais relativas à elaboração de projectos elementos:
de obras públicas, designadamente as contidas na Por-
taria de 7 de Fevereiro de 1972, que contém as instruções a) Identificação de ambas as entidades outorgan-
para o cálculo dos honorários referentes aos projectos tes, indicando o seu nome ou denominação
de obras públicas (1), bem como as previstas no artigo 4.o social, número fiscal de contribuinte ou de pes-
do Decreto-Lei n.o 155/95, de 1 de Julho. soa colectiva, estado civil e domicílio ou, no caso
1.5.3 — O autor do projecto deve prestar a necessária de ser uma sociedade, a respectiva sede social
assistência técnica ao dono da obra, tanto na fase de e, se for caso disso, as filiais que interessam
concurso e adjudicação como na fase de execução da à execução do contrato e os nomes dos titulares
obra, de acordo com o estabelecido no artigo 9.o da dos corpos gerentes ou de outras pessoas com
portaria referida na cláusula anterior. poderes para obrigar no acto;
1.5.4 — No caso em que a adjudicação tenha recaído b) Identificação dos títulos de que constem as auto-
sobre proposta com variante ao projecto ou a parte dele, rizações para o exercício da actividade de
entende-se que a referida variante contém todos os ele- empreiteiro de obras públicas;
mentos necessários para a sua perfeita apreciação, e c) Especificação técnica da obra que for objecto
que se encontra completada com os esclarecimentos, do contrato;
pormenores, planos e desenhos explicativos, com o grau d) Valor global do contrato;
de desenvolvimento a que se refere o n.o 1 do artigo 12.o e) Forma e prazos de pagamento, os quais devem
do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março. ser estabelecidos em condições idênticas às pre-
1.5.5 — Na fase de preparação e planeamento a que vistas no contrato entre o dono da obra e o
se refere a cláusula 4 e no caso referido na cláusula 1.5.4, empreiteiro.
o empreiteiro completará os elementos de projecto por
ele apresentados a concurso por forma que sejam atin- 1.6.4 — No que se refere à alínea c) da cláusula ante-
gidas uma pormenorização e especificação pelo menos rior, devem ser indicados os trabalhos a realizar. No
idênticas às do projecto patenteado ou da parte a que que se refere à alínea d) da cláusula anterior, deve cons-
960 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001
tar do contrato o que for acordado quanto à revisão a que respeitem quaisquer patentes, licenças, marcas,
de preços. desenhos registados e outros direitos de propriedade
1.6.5 — O empreiteiro não poderá subempreitar mais industrial.
de 75 % do valor da obra que lhe foi adjudicada. 1.9.2 — Se o dono da obra vier a ser demandado por
1.6.6 — O regime previsto na cláusula anterior é igual- ter sido infringido na execução dos trabalhos qualquer
mente aplicável às subempreitadas subsequentes. dos direitos mencionados na cláusula anterior, o emprei-
1.6.7 — As cópias dos contratos devem ser deposi- teiro indemnizá-lo-á de todas as despesas que, em con-
tadas junto do dono da obra, previamente à celebração sequência, haja de fazer e de todas as quantias que
do contrato do qual emergem, ou previamente ao início tenha de pagar, seja a que título for.
dos trabalhos, consoante se trate de autorizações neces- 1.9.3 — O disposto nas cláusulas 1.9.1 e 1.9.2 não é,
sárias para apresentação a concurso ou de outras todavia, aplicável a materiais e a elementos ou processos
autorizações. de construção definidos neste caderno de encargos para
1.6.8 — O empreiteiro tomará as providências indi- os quais se torne indispensável o uso de direitos de
cadas pela fiscalização por forma que esta, em qualquer propriedade industrial quando o dono da obra não indi-
momento, possa distinguir o pessoal do empreiteiro do que a existência de tais direitos.
pessoal dos subempreiteiros presentes na obra. 1.9.4 — No caso previsto na cláusula anterior, o
1.7 — Execução simultânea de outros trabalhos no empreiteiro, se tiver conhecimento da existência dos
local da obra: direitos em causa, não iniciará os trabalhos que envol-
1.7.1 — O dono da obra reserva-se o direito de exe- vam o seu uso sem que a fiscalização, por ele consultada,
cutar ele próprio ou de mandar executar por outrem, o notifique, por escrito, de que o pode fazer.
conjuntamente com os da presente empreitada e na 1.10 — Outros encargos do empreiteiro:
mesma obra, quaisquer trabalhos não incluídos no con- 1.10.1 — Salvo disposição em contrário deste caderno
trato, ainda que sejam de natureza idêntica à dos de encargos, correrão por conta do empreiteiro, que
contratados. se considerará, para o efeito, o único responsável:
1.7.2 — Os trabalhos referidos na cláusula anterior
a) A reparação e a indemnização de todos os pre-
serão executados em colaboração com a fiscalização,
juízos que, por motivos imputáveis ao adjudi-
de modo a evitar demoras e outros prejuízos.
catário e que não resultem da própria natureza
1.7.3 — Quando o empreiteiro considere que a nor-
ou concepção da obra, sejam sofridos por ter-
mal execução da empreitada está a ser impedida ou
ceiros até à recepção definitiva dos trabalhos
a sofrer atrasos em virtude da realização simultânea
em consequência do modo de execução destes
dos trabalhos a que se refere a cláusula 1.7.1, deverá
últimos, da actuação do pessoal do empreiteiro
apresentar a sua reclamação no prazo de cinco dias a
ou dos seus subempreiteiros e fornecedores e
contar da data da ocorrência, a fim de superiormente
do deficiente comportamento ou da falta de
se tomarem as providências que as circunstâncias
segurança das obras, materiais, elementos de
imponham.
construção e equipamentos;
1.7.4 — Nos casos da cláusula anterior, o empreiteiro
b) As indemnizações devidas a terceiros pela cons-
terá direito:
tituição de servidões provisórias ou pela ocu-
a) À prorrogação do prazo do contrato por período pação temporária de prédios particulares neces-
correspondente ao do atraso porventura veri- sários à execução da empreitada.
ficado na realização da obra em consequência
da suspensão ou do abrandamento do ritmo de 1.10.2 — Considera-se encargo do empreiteiro pro-
execução dos trabalhos: mover os seguros indicados neste caderno de encargos.
b) À indemnização dos prejuízos que demonstre 1.11 — Caução:
ter sofrido. 1.11.1 — O valor da caução é de. . . % (5 % ou outro
valor fixado nos termos do n.o 2 do artigo 113.o do
1.8 — Actos e direitos de terceiros: Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março) do preço total
1.8.1 — Sempre que o empreiteiro sofra atrasos na do contrato e será prestado por depósito em dinheiro
execução da obra em virtude de qualquer facto impu- ou em títulos emitidos ou garantidos pelo Estado ou
tável a terceiros, deverá, no prazo de oito dias a contar mediante garantia bancária, ou ainda por seguro-caução,
da data em que tome conhecimento da ocorrência, infor- conforme escolha do adjudicatário e de acordo com os
mar, por escrito, a fiscalização, a fim de o dono da modelos constantes do anexo a este caderno de encargos.
obra ficar habilitado a tomar as providências que estejam 1.11.2 — Em casos excepcionais, devidamente justi-
ao seu alcance. ficados e publicitados, pode o dono da obra estipular
1.8.2 — Se os trabalhos a executar na obra forem sus- um valor mínimo mais elevado para a caução, não
ceptíveis de provocar prejuízos ou perturbações a um podendo este, contudo, exceder 30 % do preço total do
serviço de utilidade pública, o empreiteiro, se disso tiver respectivo contrato, mediante prévia autorização da
ou dever ter conhecimento, comunicará, antes do início entidade tutelar, quando existir.
dos trabalhos em causa, ou no decorrer destes, esse 1.11.3 — Será dispensada a prestação de caução ao
facto à fiscalização, para que esta possa tomar as pro- adjudicatário que apresente contrato de seguro ade-
vidências que julgue necessárias perante a entidade con- quado da execução da obra pelo preço total do res-
cessionária ou exploradora daquele serviço. pectivo contrato, e também do respectivo projecto, se
1.9 — Patentes, licenças, marcas de fabrico ou de for o caso. Aplicar-se-á o mesmo regime caso exista
comércio e desenhos registados: assunção de responsabilidade solidária com o adjudi-
1.9.1 — Serão inteiramente de conta do empreiteiro catário, pelo preço total do respectivo contrato, por enti-
os encargos e responsabilidades decorrentes da utili- dade bancária reconhecida.
zação na execução da empreitada de materiais, de ele- 1.11.4 — O depósito em dinheiro ou em títulos será
mentos de construção ou de processos de construção efectuado em Portugal, em qualquer instituição de cré-
N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 961
dito, à ordem da entidade que for indicada pelo dono nos preços que lhes forem, em cada caso, especifica-
da obra, devendo ser especificado o fim a que se destina. mente aplicáveis.
1.11.5 — Quando o depósito for efectuado em títulos, 3.2 — Adiantamentos ao empreiteiro:
estes serão avaliados pelo respectivo valor nominal, salvo 3.2.1 — As condições de concessão de adiantamento
se, nos últimos três meses, a média da cotação na bolsa ao empreiteiro, para além das referidas nos artigos 214.o
de valores ficar abaixo do par, caso em que a avaliação e seguintes do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março,
será feita em 90 % dessa média. são as que constam deste caderno de encargos.
1.11.6 — Em obras de valor inferior a 5000 contos 3.3 — Descontos nos pagamentos:
e sempre que o dono da obra o estabeleça, a caução 3.3.1 — O desconto para garantia do contato será
será substituída pela retenção de 10 % dos pagamentos de . . . % (5 %, salvo se outra percentagem for fixada,
a efectuar. nos termos do artigo 211.o, n.o 1, do Decreto-Lei
2 — Objecto e regime da empreitada: n.o 59/99, de 2 de Março), excepto nos casos em que
2.1 — Objecto da empreitada: o adjudicatário tenha prestado contrato de seguro pelo
2.1.1 — A empreitada tem por objecto a realização preço total do contrato.
dos trabalhos definidos, quanto à sua espécie, quan- 3.3.2 — O desconto para garantia pode, a todo o
tidade e condições técnicas de execução, no projecto tempo, ser substituído por depósito de títulos, garantia
e neste caderno de encargos. bancária ou seguro-caução, nos mesmos termos que a
2.1.2 — O projecto a considerar para efeitos do esta- caução.
belecido na cláusula 2.1.1 será o definido na cláusula 1.5. 3.3.3 — O dono da obra deduzirá ainda nos paga-
2.1.3 — As condições técnicas de execução dos tra- mentos parciais a fazer ao empreiteiro:
balhos da empreitada serão as deste caderno de encargos a) As importâncias necessárias ao reembolso dos
e as que eventualmente vierem a ser acordadas em face adiantamentos e à liquidação das multas que
do projecto ou variante aprovados. lhe tenham sido aplicadas, nos termos, respec-
2.2 — Modo de retribuição do empreiteiro: tivamente, dos artigos 215.o e 233.o do Decre-
2.2.1 — O regime da empreitada, quanto ao modo to-Lei n.o 59/99, de 2 de Março;
de retribuição do empreiteiro, é o estabelecido neste b) 0,5 % para a Caixa Geral de Aposentações, nos
caderno de encargos e corresponderá a uma das hipó- termos da legislação aplicável;
teses seguintes, podendo, eventualmente, ser estabele- c) Todas as demais quantias que sejam legalmente
cidos diferentes modos de retribuição para distintas par- exigíveis.
tes da obra ou diferentes tipos de trabalho:
3.4 — Mora no pagamento:
a) Empreitada por preço global: a empreitada é 3.4.1 — O juro previsto na lei para a mora no paga-
realizada por preço global e, assim, o montante mento das contas liquidadas e aprovadas será obriga-
da remuneração a receber pelo empreiteiro é toriamente abonado ao empreiteiro, independente-
previamente fixado e corresponde à realização mente de este o solicitar, e incidirá sobre a totalidade
de todos os trabalhos necessários para a exe- em dívida.
cução da obra ou parte da obra objecto do con- 3.4.2 — O pagamento do juro previsto na cláusula
trato (será, todavia e conforme os casos, acres- anterior deverá efectuar-se até 22 dias depois da data
cido ou deduzido ao preço da empreitada, em em que haja tido lugar o pagamento dos trabalhos, revi-
conformidade com o disposto nos artigos 15.o sões ou acertos que lhes deram origem.
e demais aplicáveis do Decreto-Lei n.o 59/99, 3.5 — Regras de medição:
de 2 de Março, o valor dos trabalhos que resul- 3.5.1 — Os critérios a seguir na medição dos trabalhos
tem da rectificação de erros ou omissões do pro- serão os estabelecidos no projecto, neste caderno de
jecto, nos termos do artigo 14.o do mesmo encargos ou no contrato.
diploma); 3.5.2 — Se os documentos referidos na cláusula ante-
b) Empreitada por série de preços: a empreitada rior não fixarem os critérios de medição a adoptar,
é realizada por série de preços e, assim, as observar-se-ão para o efeito, pela seguinte ordem de
importâncias a receber pelo empreiteiro serão prioridade:
as que resultarem da aplicação dos preços uni- a) As normas oficiais de medição que porventura
tários estabelecidos no contrato por cada espé- se encontrem em vigor;
cie de trabalho a realizar às quantidades desses b) As normas definidas pelo Laboratório Nacional
trabalhos realmente executadas; de Engenharia Civil;
c) Regime misto: sendo a obra executada em parte c) Os critérios geralmente utilizados ou, na falta
por preço global e em parte por série de preços, deles, os que forem acordados entre o dono
aplicar-se-ão as regras definidas nas alíneas a) da obra e o empreiteiro.
e b) às parcelas correspondentes da empreitada.
3.6 — Revisão de preços do contrato:
3 — Pagamentos ao empreiteiro: 3.6.1 — A revisão dos preços contratuais, como con-
3.1 — Disposições gerais: sequência de alteração dos custos de mão-de-obra, de
3.1.1 — O pagamento ao empreiteiro dos trabalhos materiais ou de equipamentos de apoio durante a exe-
incluídos no contrato far-se-á por medição, com obser- cução da empreitada, será efectuada nos termos da legis-
vância do disposto nos artigos 202.o e seguintes do lação sobre revisão de preços. A modalidade a adoptar
Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março, se outras con- é a fixada neste caderno de encargos.
dições não forem estabelecidas neste caderno de encar- 3.6.2 — No caso de eventual omissão do contrato rela-
gos. tivamente à fórmula de revisão de preços, aplicar-se-á
3.1.2 — O pagamento dos trabalhos a mais será feito a fórmula tipo estabelecida para obras da mesma
nos mesmos termos da cláusula anterior, mas com base natureza.
962 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001
3.6.3 — Se a revisão for feita na modalidade de garan- 3.6.6 — Nos casos previstos na cláusula 1.6, deverá
tia de preços pelo dono da obra, observar-se-ão as con- constar dos contratos entre o empreiteiro e os seus
dições seguintes: subempreiteiros o que entre eles for acordado quanto
à revisão de preços.
a) Os custos de mão-de-obra e de materiais, fixados 4 — Preparação e planeamento dos trabalhos:
de acordo com os valores médios praticados no 4.1 — Preparação e planeamento da execução da
mercado, são os indicados neste caderno de obra:
encargos ou no título contratual; 4.1.1 — O empreiteiro é responsável:
b) A garantia de custo de mão-de-obra abrange
exclusivamente as profissões enumeradas neste a) Perante o dono da obra, nos termos da cláu-
caderno de encargos; sula 1.6, pela preparação, planeamento e coor-
c) A garantia de custo de mão-de-obra não denação de todos os trabalhos da empreitada,
abrange os encargos de deslocação e de trans- seja qual for o agente executor, bem como pela
porte do pessoal do empreiteiro nem os agra- preparação, planeamento e execução dos tra-
vamentos correspondentes à prestação de tra- balhos necessários à aplicação, em geral, das
balho em horas extraordinárias que não estejam normas sobre segurança, higiene e saúde no tra-
expressamente previstas neste caderno de encar- balho vigentes e, em particular, das medidas
gos; consignadas no Plano de Segurança e Saúde,
d) A revisão de preços relativa ao custo de mão- da responsabilidade do dono da obra, elaborado
-de-obra incidirá sobre o valor correspondente na fase de projecto e já patenteado em concurso;
à percentagem fixada na legislação sobre revisão b) Perante as entidades fiscalizadoras, pela pre-
de preços; paração, planeamento e coordenação dos tra-
e) O empreiteiro obriga-se a enviar à fiscalização balhos necessários à aplicação das medidas
o duplicado das folhas de salários pagos na obra, sobre segurança, higiene e saúde no trabalho
do qual lhe será passado recibo, no prazo de em vigor, bem como pela aplicação do docu-
cinco dias a contar da data de encerramento mento indicado na alínea i) da cláusula seguinte.
das folhas;
f) Em anexo ao duplicado das folhas de salários, 4.1.2 — A preparação e o planeamento da execução
o empreiteiro obriga-se a enviar também um da obra compreendem, além dos trabalhos preparatórios
mapa com a relação do pessoal e respectivos ou acessórios previstos no artigo 24.o do Decreto-Lei
salários e encargos sociais a que corresponda n.o 59/99, de 2 de Março:
ajustamento de preços no qual figurem os mon- a) A apresentação pelo empreiteiro ao dono da
tantes calculados na base dos que forem garan- obra de quaisquer dúvidas relativas aos mate-
tidos, dos efectivamente despendidos e as cor- riais, aos métodos e às técnicas a utilizar na
respondentes diferenças a favor do dono da obra execução da empreitada;
ou do empreiteiro; b) O esclarecimento dessas dúvidas pelo dono da
g) O dono da obra pode exigir ao empreiteiro a obra;
justificação de quaisquer salários ou encargos c) A apresentação pelo empreiteiro das reclama-
sociais que figurem nas folhas enviadas à fis- ções previstas no n.o 1 do artigo 14.o do Decre-
calização; to-Lei n.o 59/99, de 2 de Março;
h) Os preços garantidos para os materiais são con- d) A apreciação e decisão do dono da obra das
siderados como preços no local de origem do reclamações a que se refere a alínea c);
fornecimento ao empreiteiro e não incluem, e) O estudo e definição pelo empreiteiro dos pro-
portanto, os encargos de transporte e os que cessos de construção a adoptar na realização
a este forem inerentes, salvo se neste caderno dos trabalhos;
de encargos se especificar de outra forma; f) A apresentação pelo empreiteiro dos desenhos
i) Se para a aquisição de materiais de preço garan- de construção, dos pormenores de execução e
tido tiverem sido facultados adiantamentos ao dos elementos do projecto que, nos termos da
empreiteiro, as quantidades de materiais adqui- cláusula 4.3, lhe competir elaborar;
ridos nessas condições não são susceptíveis de g) A elaboração e apresentação pelo empreiteiro
revisão de preços a partir das datas de paga- dos planos definitivos de trabalhos e de paga-
mento dos respectivos adiantamentos; mentos;
j) Independentemente do direito de vigilância h) A aprovação pelo dono da obra dos documentos
sobre os preços relativos à aquisição de mate- referidos nas alíneas f) e g);
riais de preço garantido, o dono da obra tem i) A elaboração de documento do qual conste o
o direito de exigir do empreiteiro a justificação desenvolvimento prático do Plano de Segurança
dos respectivos preços. e Saúde, devendo analisar, desenvolver e com-
plementar as medidas aí previstas, em função
3.6.4 — Os diferenciais de preços, para mais ou para do sistema utilizado para a execução da obra,
menos, que resultem da revisão de preços da empreitada em particular as tecnologias e a organização de
serão incluídos nas situações de trabalhos. trabalhos utilizados pelo empreiteiro. O docu-
3.6.5 — Os materiais cujos preços são garantidos mento deverá conter a avaliação dos riscos, a
poderão ser fornecidos ao empreiteiro, directa ou indi- previsão dos meios adequados à prevenção de
rectamente, pelo dono da obra, conforme for julgado acidentes relativamente a todos os trabalhado-
mais conveniente ao interesse deste, excepto se o res e ao público em geral, bem como a pla-
empreiteiro demonstrar já haver adquirido os materiais nificação das actividades de prevenção, de
necessários para a execução dos trabalhos, ou na medida acordo com as técnicas construtivas a utilizar
em que o tiver feito. em obra.
N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 963
4.1.3 — Os actos previstos na cláusula anterior deve- d) Especificar quaisquer outros recursos, exigidos
rão realizar-se nos prazos que para o efeito, e dentro ou não neste caderno de encargos, que serão
dos limites estabelecidos nos artigos 14.o e 159.o do mobilizados para a realização da obra;
Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março, se encontrem e) Não subverter o plano de trabalhos a que se
fixados neste caderno de encargos. refere a alínea c) do n.o 1 do artigo 73.o do
4.2 — Preparação e planeamento de empreitadas Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março.
comuns à mesma obra:
4.2.1 — O dono da obra reserva-se o direito de, por 4.4.3 — No caso de se encontrarem previstas consig-
si próprio ou através de entidade por ele designada, nações parciais, o plano de trabalhos deverá especificar
coordenar a preparação e planeamento dos trabalhos os prazos dentro dos quais elas terão de se realizar,
da presente empreitada com os de qualquer outra que para não se verificarem interrupções ou abrandamentos
venha a contratar para a execução da mesma obra. no ritmo de execução da empreitada.
4.2.2 — O empreiteiro terá, todavia, direito a ser 4.4.4 — O plano de pagamentos deverá conter a pre-
indemnizado dos prejuízos que sofra sempre que, por visão, quantificada e escalonada no tempo, do valor dos
virtude das exigências da coordenação referida, os seus trabalhos a realizar pelo empreiteiro, na periodicidade
direitos contratuais sejam atingidos ou fique impossi- definida para os pagamentos a efectuar pelo dono da
bilitado de dar cumprimento ao plano de trabalhos obra, de acordo com o plano de trabalhos a que diga
aprovado. respeito.
4.2.3 — No caso referido na cláusula 4.2.1, sem pre- 4.5 — Modificação do plano de trabalhos e do plano
juízo do disposto na cláusula 4.1 relativamente a cada de pagamentos:
empreitada, a preparação, o planeamento e a coorde- 4.5.1 — O dono da obra poderá alterar em qualquer
nação dos trabalhos das diferentes empreitadas pelo momento o plano de trabalhos em vigor, ficando o
dono da obra deve abranger a avaliação dos riscos pro- empreiteiro com direito a ser indemnizado dos danos
fissionais decorrentes da execução, em simultâneo, de sofridos em consequência dessa alteração, mediante
várias empreitadas na mesma obra, bem como a previsão requerimento a apresentar nos 10 dias subsequentes à
dos meios adequados à prevenção de acidentes rela- data em que aquela lhe haja sido notificada.
tivamente aos trabalhadores e ao público em geral. 4.5.2 — O empreiteiro pode, em qualquer momento,
4.3 — Desenhos, pormenores e elementos de projecto propor modificações ao plano de trabalhos ou apresen-
a apresentar pelo empreiteiro: tar outro para substituir o vigente, justificando a sua
4.3.1 — Quando a adjudicação se basear em projecto proposta, sendo a modificação ou o novo plano aceites
do dono da obra, o empreiteiro deverá apresentar, desde que deles não resulte prejuízo para a obra ou
durante o período de preparação e planeamento dos prorrogação dos prazos de execução.
trabalhos, e para os efeitos da alínea f) da cláusula 4.1.2, 4.5.3 — Em quaisquer situações em que, por facto
os desenhos de construção e os pormenores de execução não imputável ao empreiteiro e que se mostre devi-
expressamente exigidos neste caderno de encargos. damente justificado, se verifique a necessidade de o
4.3.2 — Se a adjudicação for baseada em variantes plano de trabalhos em vigor ser alterado, deverá aquele
do empreiteiro, este deverá apresentar, nos termos da apresentar um novo plano de trabalhos e o correspon-
referida alínea f) da cláusula 4.1.2, todas as peças escritas dente plano de pagamentos adaptado às circunstâncias,
e desenhadas necessárias ao cumprimento do disposto devendo o dono da obra pronunciar-se sobre eles no
na cláusula 1.5. prazo de 22 dias.
4.3.3 — Salvo nos casos em que este caderno de encar- 4.5.4 — Decorrido o prazo referido no número ante-
gos determine o contrário, o empreiteiro poderá, para rior sem que o dono da obra se pronuncie, consideram-se
os efeitos do disposto na cláusula 4.3.1, escolher livre- os planos como aceites.
mente as soluções de execução a adoptar. 4.5.5 — Sempre que se altere o plano de trabalhos,
4.4 — Plano de trabalhos e plano de pagamentos: deverá ser feito o consequente reajustamento do plano
4.4.1 — No prazo estabelecido neste caderno de de pagamentos.
encargos ou no contrato, que não poderá exceder 44 dias 5 — Prazos de execução:
e que se contará sempre a partir da data da consignação, 5.1 — Prazos de execução da empreitada:
deverá o empreiteiro apresentar, nos termos e para os 5.1.1 — Os trabalhos da empreitada deverão iniciar-se
efeitos dos artigos 159.o e seguintes do Decreto-Lei na data fixada no respectivo plano e ser executados den-
n.o 59/99, de 2 de Março, o plano definitivo de trabalhos tro dos prazos globais e parcelares estabelecidos neste
e o respectivo plano de pagamentos, observando na sua caderno de encargos (2).
elaboração a metodologia fixada neste caderno de 5.1.2 — Na contagem dos prazos de execução da
encargos. empreitada consideram-se incluídos todos os dias decor-
4.4.2 — O plano de trabalhos deverá, nomeadamente: ridos, incluindo sábados, domingos e feriados.
a) Definir com precisão as datas de início e de 5.2 — Prorrogação dos prazos de execução da emprei-
conclusão da empreitada, bem como a sequên- tada:
cia, o escalonamento no tempo, o intervalo e 5.2.1 — A requerimento do empreiteiro, devidamente
o ritmo de execução das diversas espécies de fundamentado, poderá o dono da obra conceder-lhe
trabalho, distinguindo as fases que porventura prorrogação do prazo global ou dos prazos parciais de
se considerem vinculativas e a unidade de tempo execução da empreitada.
que serve de base à programação; 5.2.2 — O requerimento previsto na cláusula anterior
b) Indicar as quantidades e a qualificação profis- deverá ser acompanhado dos novos planos de trabalhos
sional da mão-de-obra necessária, em cada uni- e de pagamentos, com indicação, em pormenor, das
dade de tempo, à execução da empreitada; quantidades de mão-de-obra e do equipamento neces-
c) Indicar as quantidades e a natureza do equi- sário ao seu cumprimento e, bem assim, de quaisquer
pamento necessário, em cada unidade de tempo, outras medidas que para o efeito o empreiteiro se pro-
à execução da empreitada; ponha adoptar.
964 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001
5.2.3 — Se houver lugar à execução de trabalhos a 5.4 — Prémios — em caso algum haverá lugar à atri-
mais e desde que o empreiteiro o requeira, o prazo buição de prémios.
para a conclusão da obra será prorrogado nos seguintes 6 — Fiscalização e controlo:
termos: 6.1 — Direcção técnica da empreitada e represen-
tante do empreiteiro:
a) Sempre que se trate de trabalhos a mais da 6.1.1 — O empreiteiro obriga-se, sob reserva de acei-
mesma espécie dos definidos no contrato, pro- tação pelo dono da obra, a confiar a direcção técnica
porcionalmente ao que estiver estabelecido nos da empreitada a um técnico com a qualificação mínima
prazos parcelares de execução constantes do indicada neste caderno de encargos.
plano de trabalhos aprovado e atendendo ao 6.1.2 — Após a assinatura do contrato e antes da
seu enquadramento geral na empreitada; consignação, o empreiteiro confirmará, por escrito, o
b) Quando os trabalhos forem de espécie diversa nome do director técnico da empreitada, indicando a
dos que constam no contrato, por acordo entre sua qualificação técnica e ainda se o mesmo pertence
o dono da obra e o empreiteiro, considerando ou não ao seu quadro técnico. Esta informação será
as particularidades técnicas da execução. acompanhada por uma declaração subscrita pelo técnico
designado, com assinatura reconhecida, assumindo a res-
5.2.4 — Na falta de acordo quanto ao cálculo da pror- ponsabilidade pela direcção técnica da obra e compro-
rogação do prazo contratual previsto na cláusula ante- metendo-se a desempenhar essa função com proficiência
rior, proceder-se-á de acordo com o disposto no n.o 4 e assiduidade.
do artigo 151.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março. 6.1.3 — As ordens, os avisos e as notificações que
se relacionem com os aspectos técnicos da execução
5.2.5 — Os pedidos de prorrogação referidos nas
da empreitada deverão ser cumulativamente dirigidos
cláusulas 5.2.1 a 5.2.3 deverão ser apresentados até directamente ao director técnico.
22 dias antes do termo do prazo cuja prorrogação é 6.1.4 — O director técnico da empreitada deverá
solicitada, a não ser que os factos em que se baseiam acompanhar assiduamente os trabalhos e estar presente
hajam ocorrido posteriormente. no local da obra sempre que para tal seja convocado.
5.2.6 — Sempre que ocorra suspensão dos trabalhos 6.1.5 — O dono da obra poderá impor a substituição
não decorrente da própria natureza destes últimos nem do director técnico da empreitada, devendo a ordem
imputável ao empreiteiro, considerar-se-ão automatica- respectiva ser fundamentada por escrito.
mente prorrogados, por período igual ao da suspensão, 6.1.6 — O empreiteiro ou um seu representante per-
o prazo global de execução da obra e os prazos par- manecerá no local da obra durante a sua execução,
celares que, dentro do plano de trabalhos em vigor, devendo estar habilitado com os poderes necessários
sejam afectados por essa suspensão. para responder, perante o fiscal da obra, pela marcha
5.3 — Multas por violação dos prazos contratuais: dos trabalhos.
5.3.1 — Se o empreiteiro não concluir a obra no prazo 6.1.7 — As funções de director técnico da empreitada
contratualmente estabelecido, acrescido de prorroga- podem ser acumuladas com as de representante do
ções graciosas ou legais, ser-lhe-á aplicada, até ao fim empreiteiro, ficando então o mesmo director com os
dos trabalhos ou à rescisão do contrato, a multa diária poderes necessários para responder, perante o fiscal da
estabelecida no artigo 201.o do Decreto-Lei n.o 59/99, obra, pela marcha dos trabalhos.
de 2 de Março, se outra não for fixada neste caderno 6.1.8 — Sempre que este caderno de encargos exija
de encargos. a indicação de outros técnicos que intervenham na exe-
5.3.2 — Se o empreiteiro não respeitar qualquer cução dos trabalhos, o empreiteiro entregará à fisca-
prazo parcial vinculativo fixado neste caderno de encar- lização, no mesmo prazo estabelecido na cláusula 6.1.2,
gos, o dono da obra fica com a faculdade de, inde- documento escrito indicando precisamente o nome, a
pendentemente do disposto no artigo 161.o do Decre- qualificação, as atribuições de cada técnico e a sua posi-
to-Lei n.o 59/99, de 2 de Março, aplicar a multa diária ção no organograma da empresa.
estabelecida no n.o 2 do artigo 201.o do Decreto-Lei 6.1.9 — O empreiteiro designará um responsável pelo
n.o 59/99, de 2 de Março. cumprimento da legislação aplicável em matéria de segu-
5.3.3 — Se o atraso respeitar ao início da execução rança, higiene e saúde no trabalho e, em particular,
da empreitada, de acordo com o plano de trabalhos pela correcta aplicação do documento referido na alí-
em vigor, aplicar-se-á ao empreiteiro a multa estabe- nea i) da cláusula 4.1.2.
lecida no artigo 162.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 6.2 — Representantes da fiscalização:
6.2.1 — O dono da obra notificará o empreiteiro da
de Março, se outra não for fixada neste caderno de
identidade dos representantes que designe para a fis-
encargos. calização local dos trabalhos. Quando a fiscalização seja
5.3.4 — Para efeitos da cláusula anterior, entende-se constituída por dois ou mais representantes, o dono da
que os meios a utilizar pelo empreiteiro no início dos obra designará um deles para chefiar, como fiscal da
trabalhos são os previstos no plano de trabalhos em obra, e, sendo um só, a este caberão tais funções.
vigor. 6.2.2 — O fiscal da obra deverá dispor de poderes
5.3.5 — A multa prevista na cláusula 5.3.1 poderá ser, bastantes e estar habilitado com os elementos indispen-
a requerimento do empreiteiro ou por iniciativa do dono sáveis a resolver todas as questões que lhe sejam postas
da obra, reduzida a montante adequado, sempre que pelo empreiteiro para o efeito da normal prossecução
se mostre desajustada em relação aos prejuízos reais dos trabalhos.
sofridos pelo dono da obra. 6.2.3 — A obra e o empreiteiro ficam também sujeitos
5.3.6 — As multas previstas na cláusula 5.3.2, para à fiscalização que, nos termos da lei, incumba a outras
a falta de cumprimento de prazos parciais vinculativos, entidades.
e da cláusula 5.3.3, para o atraso no início dos trabalhos, 6.3 — Custo da fiscalização:
poderão ser reduzidas ou anuladas, nos termos do n.o 3 6.3.1 — Quando o empreiteiro, por sua iniciativa e
do artigo 201.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março. sem que tal se encontre previsto neste caderno de encar-
N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 965
gos ou resulte de caso de força maior, proceda à exe- 7.4 — Alterações ao projecto propostas pelo emprei-
cução de trabalhos fora das horas regulamentares ou teiro:
por turnos, o dono da obra poderá exigir-lhe o paga- 7.4.1 — O empreiteiro, sempre que, nos termos do
mento dos acréscimos de custo das horas suplementares artigo 30.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março,
de serviço a prestar pelos representantes da fiscalização. propuser qualquer alteração ao projecto, deverá apre-
6.4 — Livro de registo da obra: sentar, conjuntamente com ela e além do que se esta-
6.4.1 — O empreiteiro deverá organizar um registo belece na referida disposição legal, todos os elementos
da obra, em livro adequado, com as folhas numeradas necessários à sua perfeita apreciação.
e rubricadas por si e pela fiscalização e contendo uma 7.4.2 — Os elementos referidos na cláusula anterior
informação sistemática e de fácil consulta dos aconte- deverão incluir, nomeadamente, a memória ou nota
cimentos mais importantes relacionados com a execução descritiva e explicativa da solução seguida, com indi-
dos trabalhos. cação das eventuais implicações nos prazos e custos e,
6.4.2 — Os factos a consignar obrigatoriamente no se for caso disso, peças desenhadas e cálculos justifi-
registo da obra são, para além dos referidos no n.o 2 cativos e especificações de qualidade da mesma, em con-
do artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março, formidade com o disposto na cláusula 1.5.
os indicados neste caderno de encargos. 7.5 — Patenteamento do projecto e demais documen-
6.4.3 — O livro de registo será rubricado pela fisca- tos no local dos trabalhos:
lização e pelo empreiteiro em todos os acontecimentos 7.5.1 — O empreiteiro deverá ter patente no local da
nele registados e ficará ao cuidado deste último, que obra, em bom estado de conservação, o livro de registo
o deverá apresentar sempre que solicitado pela primeira da obra e um exemplar do projecto deste caderno de
ou por entidades oficiais com jurisdição sobre os encargos e dos demais documentos a respeitar na exe-
trabalhos. cução da empreitada, com as alterações que neles hajam
7 — Condições gerais de execução da empreitada: sido introduzidas.
7.1 — Informações preliminares sobre o local da obra: 7.5.2 — Nos estaleiros de apoio da obra deverão igual-
7.1.1 — Independentemente das informações forne- mente estar patentes os elementos do projecto respei-
cidas nos documentos integrados no contrato, enten- tantes aos trabalhos aí em curso.
de-se que o empreiteiro se inteirou localmente das con- 7.6 — Cumprimento do plano de trabalhos:
dições aparentes de realização dos trabalhos referentes 7.6.1 — Se outra periodicidade não for fixada neste
à empreitada. caderno de encargos, o empreiteiro informará mensal-
mente a fiscalização dos desvios que se verifiquem entre
7.1.2 — A falta de informações relativas às condições
o desenvolvimento efectivo de cada uma das espécies
locais, ou a sua inexactidão, só poderá servir de fun-
de trabalhos e as previsões do plano aprovado.
damento para as reclamações quando os trabalhos a
7.6.2 — Quando os desvios assinalados pelo emprei-
que der origem não estejam previstos no projecto nem
teiro, nos termos da cláusula anterior, não coincidirem
sejam notoriamente previsíveis na inspecção local rea-
com os reais, a fiscalização notificá-lo-á dos que con-
lizada na fase do concurso.
sidera existirem.
7.2 — Condições gerais de execução dos trabalhos: 7.6.3 — Se o empreiteiro injustificadamente retardar
7.2.1 — A obra deve ser executada de acordo com a execução dos trabalhos previstos no plano em vigor,
as regras da arte e em perfeita conformidade com o de modo a pôr em risco a conclusão da obra dentro
projecto, com este caderno de encargos e com as demais do prazo contratual, ficará sujeito ao disposto no
condições técnicas contratualmente estipuladas, de artigo 161.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março.
modo a assegurarem-se as características de resistência, 7.7 — Ensaios:
durabilidade e funcionamento especificadas nos mesmos 7.7.1 — Os ensaios a realizar na obra ou em partes
documentos. da obra para verificação das suas características e com-
7.2.2 — Relativamente às técnicas construtivas a portamentos são os especificados neste caderno de
adoptar, fica o empreiteiro obrigado a seguir, no que encargos e os previstos nos regulamentos em vigor e
seja aplicável aos trabalhos a realizar, o conjunto de constituem encargo do empreiteiro.
prescrições técnicas definidas nos termos das cláusu- 7.7.2 — Quando o dono da obra tiver dúvidas sobre
las 1.2.2 e 1.2.3. a qualidade dos trabalhos, pode tornar obrigatória a
7.2.3 — O empreiteiro poderá propor a substituição realização de quaisquer outros ensaios além dos pre-
dos métodos e técnicas de construção ou dos materiais vistos, acordando previamente, se necessário, com o
previstos neste caderno de encargos e no projecto por empreiteiro sobre as regras de decisão a adoptar.
outros que considere preferíveis, sem prejuízo da obten- 7.7.3 — Se os resultados dos ensaios referidos na cláu-
ção das características finais especificadas para a obra. sula anterior não se mostrarem satisfatórios e as defi-
7.3 — Erros ou omissões do projecto e de outros ciências encontradas forem da responsabilidade do
documentos: empreiteiro, as despesas com os mesmos ensaios e com
7.3.1 — O empreiteiro deverá comunicar à fiscaliza- a reparação daquelas deficiências ficarão a seu cargo,
ção, logo que deles se aperceba, quaisquer erros ou sendo, no caso contrário, de conta do dono da obra.
omissões que julgue existirem no projecto e nos demais 8 — Pessoal:
documentos por que se rege a execução dos trabalhos, 8.1 — Disposições gerais:
bem como nas ordens, nos avisos e nas notificações da 8.1.1 — São da exclusiva responsabilidade do emprei-
fiscalização. teiro as obrigações relativas ao pessoal empregado na
7.3.2 — A falta de cumprimento da obrigação esta- execução da empreitada, à sua aptidão profissional e
belecida na cláusula 7.3.1 torna o empreiteiro respon- à sua disciplina.
sável pelas consequências do erro ou da omissão, se 8.1.2 — O empreiteiro é obrigado a manter a polícia
se provar que agiu com dolo ou negligência incompatível e boa ordem no local dos trabalhos e a retirar destes,
com o normal conhecimento das regras da arte. sempre que lhe seja ordenado, o pessoal que haja des-
966 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001
respeitado os agentes do dono da obra, provoque indis- 8.4.2 — A tabela de salários mínimos a que o emprei-
ciplina ou seja menos probo no desempenho dos seus teiro se encontra sujeito deverá estar afixada, por forma
deveres. bem visível, no local da obra.
8.1.3 — A ordem referida na cláusula anterior deverá 8.5 — Pagamento de salários:
ser fundamentada por escrito quando o empreiteiro o Em caso de atraso do empreiteiro no pagamento dos
exija, mas sem prejuízo da imediata suspensão do salários aos seus trabalhadores, o dono da obra poderá
pessoal. satisfazer os que se encontrarem comprovadamente em
8.1.4 — As quantidades e a qualificação profissional dívida, descontando nos primeiros pagamentos a efec-
da mão-de-obra aplicada na empreitada deverão estar tuar ao empreiteiro as somas despendidas para esse fim.
de acordo com as necessidades dos trabalhos, tendo em 9 — Instalações, equipamentos e obras auxiliares:
conta o respectivo plano. 9.1 — Trabalhos preparatórios e acessórios:
8.2 — Horário de trabalho: 9.1.1 — O empreiteiro é obrigado a realizar todos os
8.2.1 — O empreiteiro obriga-se a ter patente no local trabalhos que, por natureza ou segundo o uso corrente,
da obra o horário de trabalho em vigor. devam considerar-se preparatórios ou acessórios dos que
8.2.2 — O empreiteiro terá sempre no local da obra, constituem objecto do contrato.
à disposição de todos os interessados, o texto dos con- 9.1.2 — Entre os trabalhos a que se refere a cláusula
tratos colectivos de trabalho aplicáveis. anterior compreendem-se, designadamente, salvo deter-
8.2.3 — Excepto quando este caderno de encargos minação expressa em contrário deste caderno de encar-
expressamente o impeça, o empreiteiro poderá realizar gos, os seguintes:
trabalhos fora das horas regulamentares, ou por turnos,
desde que, para o efeito, obtenha autorização do orga- a) A montagem, construção, desmontagem e
nismo oficial competente e dê a conhecer, por escrito, demolição do estaleiro, incluindo as correspon-
com antecedência suficiente, o respectivo programa à dentes instalações, redes provisórias de água,
fiscalização. de esgotos, de electricidade e de meios de tele-
8.2.4 — Sempre que este caderno de encargos expres- comunicações, vias internas de circulação e tudo
samente interdite os trabalhos fora das horas regula- o mais necessário à montagem, construção, des-
mentares ou por turnos, os mesmos só poderão ter lugar montagem e demolição do estaleiro;
desde que a urgência da execução da obra ou outras b) A manutenção do estaleiro;
circunstâncias especiais o exijam e a fiscalização o c) Os necessários para garantir a segurança de
autorize. todas as pessoas que trabalhem na obra,
8.3 — Segurança, higiene e saúde no trabalho: incluindo o pessoal dos subempreiteiros, e do
8.3.1 — O empreiteiro fica sujeito ao cumprimento público em geral, para evitar danos nos prédios
das disposições legais e regulamentares em vigor sobre vizinhos e para satisfazer os regulamentos de
segurança, higiene e saúde no trabalho relativamente segurança, higiene e saúde no trabalho e de polí-
a todo o pessoal empregado na obra, sendo da sua conta cia das vias públicas;
os encargos que de tal resultem. d) O restabelecimento, por meio de obras provi-
8.3.2 — O empreiteiro é ainda obrigado a acautelar, sórias, de todas as servidões e serventias que
em conformidade com as disposições legais e regula- seja indispensável alterar ou destruir para a exe-
mentares aplicáveis, a vida e a segurança do pessoal cução dos trabalhos previstos no contrato e para
empregado na obra e a prestar-lhe a assistência médica evitar a estagnação de águas que os mesmos
de que careça por motivo de acidente no trabalho. trabalhos possam originar;
8.3.3 — Em caso de negligência do empreiteiro no
e) A construção dos acessos ao estaleiro e das ser-
cumprimento das obrigações estabelecidas nas cláusu-
ventias internas deste;
las 8.3.1 e 8.3.2, a fiscalização poderá tomar, à custa
dele, as providências que se revelem necessárias, sem f) O levantamento, guarda, conservação e repo-
que tal facto diminua as responsabilidades do emprei- sição de cabos, canalizações e outros elementos
teiro. encontrados nas escavações e cuja existência se
8.3.4 — O empreiteiro apresentará, antes do início encontre assinalada nos documentos que fazem
dos trabalhos e, posteriormente, sempre que a fisca- parte integrante do contrato ou pudesse veri-
lização o exija, apólices de seguro contra acidentes de ficar-se por simples inspecção do local da obra
trabalho relativamente a todo o pessoal empregado na à data da realização do concurso;
obra. g) O transporte e remoção, para fora do local da
8.3.5 — Das apólices constará uma cláusula pela qual obra ou para locais especificamente indicados
a entidade seguradora se compromete a mantê-las váli- neste caderno de encargos, dos produtos de
das até à conclusão da obra e ainda que, em caso de escavação ou resíduos de limpeza;
impossibilidade de tal cumprir por denegação no h) A reconstrução ou reparação dos prejuízos que
decurso desse prazo, a sua validade só terminará 30 dias resultem das demolições a fazer para a execução
depois de ter feito ao dono da obra a respectiva da obra;
comunicação. i) Os trabalhos de escoamento de águas que afec-
8.3.6 — O empreiteiro responderá plenamente, tem o estaleiro ou a obra e que se encontrem
perante a fiscalização, pela observância das condições previstos no projecto ou sejam previsíveis pelo
estabelecidas nas cláusulas 8.3.1 a 8.3.5 relativamente empreiteiro quanto à sua existência e quanti-
a todo o pessoal empregado na obra. dade à data da apresentação da proposta, quer
8.4 — Salários mínimos: se trate de águas pluviais ou de esgotos quer
8.4.1 — Os salários mínimos a pagar a todo o pessoal de águas de condutas, de valas, de rios ou outras;
empregado na obra, incluindo o de quaisquer subem- j) A conservação das instalações que tenham sido
preiteiros, serão os que resultarem do disposto no cedidas pelo dono da obra ao adjudicatário com
artigo 144.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março. vista à execução da empreitada;
N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 967
l) A reposição dos locais onde se executaram os 9.4 — Redes de água, de esgotos, de energia eléctrica
trabalhos em condições de não lesarem legíti- e de telecomunicações:
mos interesses ou direitos de terceiros ou a con- 9.4.1 — O empreiteiro deverá construir e manter em
servação futura da obra, assegurando o bom funcionamento as redes provisórias de abastecimento
aspecto geral e a segurança dos mesmos locais. de água, de esgotos, de energia eléctrica e de teleco-
municações definidas neste caderno de encargos ou no
9.1.3 — O empreiteiro é obrigado a realizar à sua projecto ou, na sua omissão, que satisfaçam as exigências
custa todos os trabalhos que devam considerar-se pre- da obra e do pessoal.
paratórios ou acessórios dos que constituem objecto do 9.4.2 — Salvo indicação em contrário deste caderno
contrato, com excepção dos definidos na alínea a) da de encargos, a manutenção e a exploração das redes
cláusula 9.1.2, que são da responsabilidade do dono da referidas na cláusula anterior, bem como as diligências
obra e que constituirão um preço contratual unitário. necessárias à obtenção das respectivas licenças, são de
9.1.4 — O estaleiro e as instalações provisórias obede- conta do empreiteiro, por inclusão dos respectivos encar-
cerão ao que se encontre estabelecido na legislação em gos nos preços por ele propostos no acto do concurso.
vigor e neste caderno de encargos, devendo o respectivo 9.4.3 — Sempre que na obra se utilize água não potá-
estudo ou projecto ser previamente apresentado ao dono vel, deverá colocar-se, nos locais convenientes, a ins-
da obra para verificação dessa conformidade, quando crição «Água imprópria para beber».
tal expressamente se exija neste caderno de encargos. 9.4.4 — As redes provisórias de energia eléctrica
deverão obedecer ao que for aplicável da regulamen-
9.1.5 — A limpeza do estaleiro, em particular no que
tação em vigor.
se refere às instalações e aos locais de trabalho e de
9.4.5 — As redes definitivas de água, esgotos e energia
estada do pessoal, deverá ser organizada de acordo com
eléctrica poderão ser utilizadas durante os trabalhos.
a regulamentação aplicável.
9.5 — Equipamento:
9.1.6 — A identificação pública bem como os sinais 9.5.1 — Constitui encargo do empreiteiro, salvo esti-
e avisos a colocar no estaleiro da obra devem respeitar pulação em contrário deste caderno de encargos, o for-
a legislação em vigor. As entidades fiscalizadoras podem necimento e utilização das máquinas, aparelhos, uten-
ordenar a colocação dos sinais ou avisos em falta e a sílios, ferramentas, andaimes e todo o material indis-
substituição ou retirada dos que não se encontrem pensável à boa execução dos trabalhos.
conformes. 9.5.2 — O equipamento a que se refere a cláusula
9.2 — Locais e instalações cedidos para implantação anterior deve satisfazer, quer quanto às suas caracte-
e exploração do estaleiro: rísticas quer quanto ao seu funcionamento, ao estabe-
9.2.1 (Quando aplicável) — Os locais passíveis de ins- lecido nas leis e regulamentos de segurança aplicáveis.
talação do estaleiro são os indicados neste caderno de 10 — Outros trabalhos preparatórios:
encargos. 10.1 — Trabalhos de protecção e segurança:
9.2.2 — Os locais e, eventualmente, as instalações que 10.1.1 — Para além das medidas a que se refere a
o dono da obra ponha à disposição do empreiteiro cláusula 9.1.2, constitui encargo do empreiteiro a rea-
devem ser exclusivamente destinados à implantação e lização dos trabalhos de protecção e segurança espe-
exploração do estaleiro relativo à execução dos tra- cificados no projecto ou neste caderno de encargos, tais
balhos. como os referentes a construções e vegetação existentes
9.2.3 — Se os locais referidos na cláusula 9.2.1 não nos locais destinados à execução dos trabalhos e os rela-
satisfizerem totalmente as exigências de implantação do tivos a construções e instalações vizinhas destes locais.
estaleiro, o empreiteiro solicitará ao dono da obra a 10.1.2 — Quando se verificar a necessidade de tra-
obtenção dos terrenos complementares necessários. balhos de protecção não definidos no projecto, o emprei-
9.2.4 — Se o empreiteiro entender que os locais e teiro avisará o dono da obra, propondo as medidas a
as instalações referidos na cláusula 9.2.1 não reúnem tomar, e interromperá os trabalhos afectados, até deci-
os requisitos indispensáveis para a implantação e explo- são daquele.
ração do seu estaleiro, será da sua iniciativa e respon- 10.1.3 — No caso a que se refere a cláusula anterior
sabilidade a ocupação de outros locais e a utilização e estando envolvidos interesses de terceiros, o dono da
de outras instalações que para o efeito considere obra procederá aos contactos necessários com as enti-
necessários. dades envolvidas, a fim de decidir das medidas a tomar.
9.2.5 — O empreiteiro não poderá, sem autorização 10.1.4 — O empreiteiro deverá tomar as providências
do dono da obra, realizar qualquer trabalho que modi- usuais para evitar que as instalações e os trabalhos da
fique as instalações cedidas pelo dono da obra e, se empreitada sejam danificados por inundações, ondas,
tal lhe for expressamente exigido neste caderno de tempestades ou outros fenómenos naturais.
encargos, será obrigado a repô-las nas condições iniciais 10.1.5 — Quando, pela sua natureza, os trabalhos a
uma vez concluída a execução da empreitada. executar estejam particularmente sujeitos à incidência
9.3 — Instalações provisórias: de fenómenos naturais específicos, tais como cheias,
9.3.1 — As instalações provisórias destinadas ao fun- inundações, ondas, ventos, tempestades e similares,
cionamento dos serviços exigidos pela execução da serão fornecidas aos concorrentes, integradas no pro-
empreitada devem obedecer ao disposto na cláu- cesso do concurso, as informações adequadas sobre o
sula 9.1.4 e ser submetidas à aprovação da fiscalização. nível que esses fenómenos usualmente assumem, as
9.3.2 — O uso de qualquer parte da obra para alguma características que revestem e, se for o caso, a época
das instalações provisórias dependerá de autorização da do ano em que se verificam, entendendo-se que o adju-
fiscalização. dicatário não poderá invocar como caso de força maior
os que venham eventualmente a ocorrer, a não ser que:
9.3.3 — Aquela autorização não dispensará o emprei-
teiro de tomar as medidas adequadas a evitar a dani- a) Atinjam níveis, apresentem características ou se
ficação da parte da obra utilizada. verifiquem em épocas diferentes das que, de
968 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001
acordo com as aludidas informações, devam 10.4.4 — O empreiteiro obriga-se a conservar as mar-
considerar-se normais; cas ou referências e a recolocá-las, à sua custa, em con-
b) A emergência de qualquer dano consequente dições idênticas, quer na localização definitiva quer num
dos fenómenos referidos derive de planeamento outro ponto, se as necessidades do trabalho o exigirem,
ou condições ou métodos de execução dos tra- depois de ter avisado a fiscalização e de esta haver con-
balhos impostos pelo dono da obra, ou de qual- cordado com a modificação da piquetagem.
quer outro facto não imputável ao empreiteiro. 10.4.5 — O empreiteiro é ainda obrigado a conservar
todas as marcas ou referências visíveis existentes que
10.2 — Demolições e esgotos: tenham sido implantadas no local da obra por outras
10.2.1 — Consideram-se incluídas no contrato as entidades e só proceder à sua deslocação desde que
demolições que se encontrem previstas no projecto ou autorizado e sob orientação da fiscalização.
neste caderno de encargos. 11 — Materiais e elementos de construção:
10.2.2 — Os trabalhos de demolição referidos na cláu- 11.1 — Características dos materiais e elementos de
sula anterior compreendem a demolição das construções construção:
cuja existência seja evidente e que ocupem locais de 11.1.1 — Os materiais e elementos de construção a
implantação da obra, salvo indicação em contrário deste empregar na obra terão as qualidades, dimensões, for-
caderno de encargos, bem como a remoção completa, mas e demais características definidas nas peças escritas
para fora do local da obra ou para os locais definidos e desenhadas do projecto, neste caderno de encargos
neste caderno de encargos, de todos os materiais e entu- e nos restantes documentos contratuais, com as tole-
lhos, incluindo as fundações e canalizações não utili- râncias normalizadas ou admitidas nos mesmos docu-
zadas e exceptuando apenas o que o dono da obra auto- mentos.
rize a deixar no terreno. 11.1.2 — Sempre que o projecto, este caderno de
10.2.3 — O empreiteiro tomará as precauções neces- encargos ou o contrato não fixem as características de
sárias para assegurar em boas condições o desmonte materiais ou elementos de construção, o empreiteiro
e a conservação dos materiais e elementos de construção não poderá empregar materiais que não correspondam
especificados neste caderno de encargos, sendo respon- às características da obra ou que sejam de qualidade
sável por todos os danos que eventualmente venham inferior aos usualmente empregues em obras que se
a sofrer. destinem a idêntica utilização.
10.2.4 — Os materiais e elementos de construção a 11.1.3 — No caso de dúvida quanto aos materiais a
que se refere a cláusula anterior são propriedade do empregar nos termos da cláusula anterior, devem obser-
dono da obra. var-se as normas portuguesas em vigor, desde que com-
10.2.5 — Quaisquer esgotos ou demolições de obras, patíveis com o direito comunitário, ou, na falta destas,
que houver necessidade de fazer e que não tenham sido as normas utilizadas na Comunidade Europeia.
previstos no contrato, serão executados pelo empreiteiro
11.1.4 — Nos casos previstos nas cláusulas 11.1.2 e
em regime de série de preços unitários, se outro não
11.1.3, o empreiteiro proporá, por escrito, à fiscalização
for acordado.
a aprovação dos materiais ou elementos de construção
10.3 — Remoção de vegetação:
escolhidos. Esta proposta deverá ser apresentada, de
10.3.1 — Consideram-se incluídos no contrato os tra-
balhos necessários aos desenraizamentos, às desmata- preferência, no período de preparação e planeamento
ções e ao arranque de árvores existentes na área de da empreitada e sempre de modo que as diligências
implantação da obra ou em outras áreas definidas no de aprovação não comprometam o cumprimento do
projecto ou neste caderno de encargos, devendo os plano de trabalhos nem o prazo em que o dono da
desenraizamentos ser suficientemente profundos para obra se deverá pronunciar.
garantirem a completa extinção das plantas. 11.1.5 — O empreiteiro poderá propor a substituição
10.3.2 — Compete ainda ao empreiteiro a remoção contratual de materiais ou de elementos de construção,
completa, para fora do local da obra ou para os locais desde que, por escrito, a fundamente e indique em por-
definidos neste caderno de encargos, dos produtos resul- menor as características que esses materiais ou elemen-
tantes dos trabalhos referidos na cláusula anterior, bem tos deverão satisfazer e o aumento ou diminuição de
como a regularização final do terreno. encargos que da sua substituição possa resultar, bem
10.3.3 — Os produtos da remoção de vegetação a que como o prazo em que o dono da obra se deverá
se refere a cláusula anterior são propriedade do dono pronunciar.
da obra. 11.1.6 — O aumento ou diminuição de encargos resul-
10.4 — Implantação e piquetagem: tantes da imposição ou aceitação pelo dono da obra
10.4.1 — O trabalho de implantação e piquetagem de qualquer das características de materiais ou elemen-
será efectuado pelo empreiteiro, a partir das cotas, dos tos de construção será, respectivamente, acrescido ou
alinhamentos e das referências fornecidas pelo dono deduzido do preço da empreitada.
da obra. 11.2 — Amostras padrão:
10.4.2 — O empreiteiro deverá examinar no terreno 11.2.1 — Sempre que o dono da obra ou o empreiteiro
as marcas fornecidas pelo dono da obra, apresentando, o julgue necessário, este último apresentará amostras
se for caso disso, as reclamações relativas às deficiências de materiais ou elementos de construção a utilizar, as
que eventualmente encontre e que serão objecto de veri- quais, depois de aprovadas pelo fiscal da obra, servirão
ficação local pela fiscalização, na presença do adju- de padrão.
dicatário. 11.2.2 — As amostras deverão ser acompanhadas, se
10.4.3 — Uma vez concluídos os trabalhos de implan- a sua natureza o justificar ou for exigido pela fisca-
tação, o empreiteiro informará desse facto, por escrito, lização, de certificados de origem e de análises ou
a fiscalização, que procederá à verificação das marcas ensaios feitos em laboratório oficial.
e, se for necessário, à sua rectificação, na presença do 11.2.3 — Sempre que a apresentação das amostras
adjudicatário. seja de iniciativa do empreiteiro, ela deverá ter lugar,
N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 969
na medida do possível, durante o período de preparação conta do empreiteiro as despesas feitas com todos os
e planeamento da obra e, em qualquer caso, de modo ensaios realizados; em caso de aprovação, o dono da
que as diligências de aprovação não prejudiquem o cum- obra suportará as despesas relativas aos ensaios a que
primento do plano de trabalhos. ele próprio tenha mandado proceder e aos que tenham
11.2.4 — A existência do padrão não dispensará, toda- incidido sobre a terceira amostra.
via, a aprovação de cada um dos lotes de materiais ou 11.3.11 — Na aceitação ou rejeição de materiais ou
de elementos de construção entrados no estaleiro, con- elementos de construção, de acordo com o resultado
forme estipula a cláusula 11.4. dos ensaios efectuados, observar-se-ão as regras de deci-
11.2.5 — As amostras padrão serão restituídas ao são estabelecidas para cada material ou elemento neste
empreiteiro a tempo de serem aplicadas na obra. caderno de encargos, nos regulamentos e documentos
11.3 — Lotes, amostras e ensaios: normativos aplicáveis ou, na sua omissão, as que forem
11.3.1 — Os materiais e elementos de construção definidas por acordo antes da realização dos ensaios.
serão divididos em lotes, de acordo com o disposto neste 11.4 — Aprovação dos materiais e elementos de
caderno de encargos ou, quando ele for omisso a tal construção:
respeito, segundo as suas origens, tipos e, eventual- 11.4.1 — Os materiais e elementos de construção não
mente, datas de entrada na obra. poderão ser aplicados na empreitada senão depois de
11.3.2 — De cada um dos lotes colher-se-ão, sempre aprovados pela fiscalização.
que necessário, três amostras, nos termos estabelecidos 11.4.2 — A aprovação dos materiais e elementos de
neste caderno de encargos, para cada material ou ele- construção será feita por lotes e resulta da verificação
mento, destinando-se uma delas ao empreiteiro, a outra de que as características daqueles satisfazem as exigên-
ao dono da obra e ficando a terceira de reserva na cias contratuais.
posse deste último. 11.4.3 — A aprovação ou rejeição dos materiais e ele-
11.3.3 — A colheita das amostras e a sua preparação mentos de construção deverá ter lugar nos oito dias
e embalagem serão feitas na presença da fiscalização subsequentes à data em que a fiscalização foi notificada,
e do empreiteiro, competindo a este último fornecer por escrito, da sua entrada no estaleiro, considerando-se
todos os meios indispensáveis para o efeito. Estas ope- aprovados se a fiscalização não se pronunciar no prazo
rações obedecerão às regras estabelecidas neste caderno referido, a não ser que a eventual realização de ensaios
de encargos, nos regulamentos e documentos norma- exija período mais largo, facto que, no mesmo prazo,
tivos aplicáveis ou, na sua omissão, às que forem defi- será comunicado ao empreiteiro.
nidas por acordo prévio. 11.4.4 — No momento da aprovação dos materiais e
11.3.4 — As amostras não ensaiadas serão restituídas elementos de construção proceder-se-á à sua perfeita
ao empreiteiro logo que se verifique não serem neces- identificação. Se, nos termos da cláusula anterior, a
sárias.
aprovação for tácita, o empreiteiro poderá solicitar a
11.3.5 — Nos casos em que este caderno de encargos
presença da fiscalização para aquela identificação.
não estabeleça expressamente a obrigatoriedade de rea-
11.5 — Casos especiais:
lização de ensaios, as amostras do dono da obra e do
empreiteiro podem ser ensaiadas em laboratórios de 11.5.1 — Os materiais ou elementos de construção
reconhecida competência, à escolha de cada um deles. sujeitos a homologação ou classificação obrigatórias só
11.3.6 — Nos casos em que a obrigatoriedade de rea- poderão ser aceites quando acompanhados do respectivo
lização de ensaios não esteja estabelecida expressamente documento de homologação ou classificação, emitido
neste caderno de encargos, o dono da obra poderá, com por laboratório oficial, mas nem por isso ficarão isentos
base ou não nos ensaios, rejeitar provisoriamente quais- dos ensaios previstos neste caderno de encargos.
quer lotes. Essa rejeição só se considerará, porém, defi- 11.5.2 — Para os materiais ou elementos de constru-
nitiva se houver acordo entre as partes. ção sujeitos a controlo completo de laboratório oficial
11.3.7 — Nos casos em que este caderno de encargos não serão exigidos ensaios de recepção relativamente
estabeleça a obrigatoriedade de realização dos ensaios às características controladas quando o empreiteiro for-
previstos, o empreiteiro promoverá por sua conta a rea- neça documento comprovativo emanado do mesmo
lização dos referidos ensaios em laboratório escolhido laboratório; não se dispensará, contudo, a verificação
por acordo com o dono da obra ou, se tal acordo não de outras características, nomeadamente as geométricas.
for possível, num laboratório oficial. 11.5.3 — A fiscalização poderá verificar, em qualquer
11.3.8 — Nos casos a que se refere a cláusula anterior, parte, o fabrico e a montagem dos materiais ou ele-
o dono da obra poderá rejeitar o lote ensaiado, se os mentos em causa, devendo o empreiteiro facultar-lhe,
resultados dos ensaios realizados não forem satisfató- para o efeito, todas as informações e facilidades neces-
rios. Essa rejeição só se considerará, porém, definitiva sárias. A aprovação só será, todavia, efectuada depois
se houver acordo entre as partes ou se os ensaios hou- da entrada na obra dos materiais ou elementos de cons-
verem sido realizados em laboratório oficial ou, ainda, trução referidos.
se a natureza dos mesmos não permitir a sua repetição 11.6 — Depósito e armazenagem de materiais ou ele-
em condições idênticas. mentos de construção:
11.3.9 — Em todas as hipóteses em que, nos termos 11.6.1 — O empreiteiro deverá possuir em depósito
das cláusulas 11.3.1 a 11.3.8, a rejeição de materiais as quantidades de materiais e elementos de construção
ou elementos de construção tiver carácter meramente suficientes para garantir o normal desenvolvimento dos
provisório e não for possível estabelecer acordo entre trabalhos, de acordo com o respectivo plano, sem pre-
o dono da obra e o empreiteiro, promover-se-á o ensaio juízo da oportuna realização das diligências de apro-
da terceira amostra em laboratório oficial, consideran- vação necessárias.
do-se definitivos, para todos os efeitos, os seus resul- 11.6.2 — Os materiais e elementos de construção
tados. deverão ser armazenados ou depositados por lotes sepa-
11.3.10 — Sempre que os materiais ou elementos de rados e devidamente identificados, com arrumação que
construção forem rejeitados definitivamente, serão da garanta condições adequadas de acesso e circulação.
970 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001
11.6.3 — Desde que a sua origem seja a mesma, o tituições de materiais ou equipamentos e a executar
dono da obra poderá autorizar que, depois da respectiva todos os trabalhos de reparação que sejam indispen-
aprovação, os materiais e elementos de construção não sáveis para assegurar a perfeição e o uso normal da
se separem por lotes, devendo, no entanto, fazer-se sem- obra nas condições previstas.
pre a separação por tipos. 12.3.2 — Exceptuam-se do disposto na cláusula ante-
11.6.4 — O empreiteiro assegurará a conservação dos rior as substituições e os trabalhos de conservação que
materiais e elementos de construção durante o seu arma- derivem do uso normal da obra ou de desgaste e depre-
zenamento ou depósito. ciação normais consequentes da sua utilização para os
11.6.5 — Os materiais e elementos de construção fins a que se destina.
deterioráveis pela acção dos agentes atmosféricos 12.4 — Restituição dos depósitos e quantias retidas
podem ser indicados taxativamente ou a título exem- e extinção da caução:
plificativo neste caderno de encargos. Em qualquer caso, 12.4.1 — Feita a recepção definitiva de toda a obra,
os mesmos serão obrigatoriamente depositados em serão restituídas ao empreiteiro as quantias retidas como
armazéns fechados que ofereçam segurança e protecção garantia ou a qualquer outro título a que tiver direito
contra as intempéries e humidade do solo. e promover-se-á, pela forma própria, a extinção da cau-
11.6.6 — Os materiais e elementos de construção exis- ção prestada.
tentes em armazém ou depósito e que se encontrem 12.4.2 — A demora superior a 22 dias na restituição
deteriorados serão rejeitados e removidos para fora do das quantias retidas e na extinção da caução, quando
local dos trabalhos, nos termos da cláusula seguinte. imputável ao dono da obra, dá ao empreiteiro o direito
11.7 — Remoção de materiais ou elementos de cons- de exigir juro das respectivas importâncias, calculado
trução: sobre o tempo decorrido desde o dia seguinte ao do
decurso daquele prazo, com base na taxa mencionada
11.7.1 — Os materiais e elementos de construção
no n.o 1 do artigo 213.o do Decreto-Lei n.o 59/99, de
rejeitados provisoriamente deverão ser perfeitamente
2 de Março.
identificados e separados dos restantes.
12.4.3 — No caso de caução prestada por depósito
11.7.2 — Os materiais e elementos de construção em dinheiro e de reforço de garantia em numerário
rejeitados definitivamente serão removidos para fora do nos termos do artigo 211.o do Decreto-Lei n.o 59/99,
local dos trabalhos no prazo que a fiscalização da obra de 2 de Março, a restituição compreenderá, além do
estabelecer, de acordo com as circunstâncias. capital devido, os juros entretanto vencidos.
11.7.3 — Em caso de falta de cumprimento pelo 12.4.4 — É título bastante para a extinção das cauções
empreiteiro das obrigações estabelecidas nas cláusu- a apresentação junto das entidades que as emitiram de
las 11.7.1 e 11.7.2, poderá a fiscalização fazer transportar duplicado ou cópia autenticada do auto de vistoria pre-
os materiais ou os elementos de construção em causa visto no n.o 1 do artigo 227.o do Decreto-Lei n.o 59/99,
para onde mais convenha, pagando o que necessário de 2 de Março.
for, tudo à custa do empreiteiro, mas dando-lhe prévio
conhecimento da decisão. (1) Esta portaria foi alterada por portaria de 22 de Novembro
11.7.4 — O empreiteiro, no final da obra, terá de de 1974 e por portaria de 5 de Março de 1986.
(2) No caso de a adjudicação recair em proposta condicionada,
remover do local dos trabalhos os restos de materiais os prazos a ter em consideração serão os estabelecidos na aludida
ou elementos de construção, entulhos, equipamento, proposta.
andaimes e tudo o mais que tenha servido para a sua (3) Poderá ser estabelecido prazo inferior, se devidamente jus-
execução, dentro do prazo estabelecido neste caderno tificado pela natureza do trabalho ou pelo prazo previsto de utilização
da obra.
de encargos.
12 — Recepção e liquidação da obra:
ANEXO A QUE SE REFERE O N.o 1.11.1 DESTE CADERNO DE ENCARGOS
12.1 — Recepção provisória:
12.1.1 — Logo que a obra esteja concluída ou que, Modelo de guia de depósito
por força do contrato, parte ou partes dela possam ou
devam ser recebidas separadamente, proceder-se-á, a Escudos: . . .$. . .
pedido do empreiteiro ou por iniciativa do dono da obra,
à sua vistoria para o efeito da recepção provisória, nos Vai . . ., residente (ou com escritório) em . . ., na . . .,
termos dos artigos 217.o e seguintes do Decreto-Lei depositar na . . . (sede, filial, agência ou delegação)
n.o 59/99, de 2 de Março. da . . . (instituição) a quantia de . . . (por extenso, em
12.1.2 — Verificando-se pela vistoria realizada que moeda corrente) (em dinheiro ou representada por) . . .,
existem trabalhos que não estão em condições de ser como caução exigida para a empreitada de . . ., para
recebidos, considerar-se-á efectuada a recepção provi- os efeitos do n.o 1 do artigo 112.o do Decreto-Lei
sória em toda a extensão da obra que não seja objecto n.o 59/99, de 2 de Março. Este depósito fica à ordem
de deficiência. de . . . (entidade), a quem deve ser remetido o respectivo
conhecimento.
12.2 — Prazo de garantia:
Data.
12.2.1 — O prazo de garantia é de cinco anos (3) con- Assinaturas.
tados a partir da data da recepção provisória.
12.2.2 — Caso tenham ocorrido recepções provisórias Modelo de garantia bancária
parcelares, o prazo de garantia fixado na cláusula ante-
rior é igualmente aplicável a cada uma das partes da O Banco . . ., com sede em . . ., matriculado na Con-
obra que tenham sido recebidas pelo dono da obra. servatória do Registo Comercial de . . ., com o capital
12.3 — Obrigações do empreiteiro durante o prazo social de . . ., presta a favor de . . ., garantia autónoma,
de garantia: à primeira solicitação, no valor de . . ., correspondente
12.3.1 — Durante o prazo de garantia o empreiteiro a . . . (percentagem), destinado a garantir o bom e inte-
é obrigado a fazer, imediatamente e à sua custa, as subs- gral cumprimento das obrigações que . . . (empresa adju-
N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 971
dicatária) assumirá no contrato que com ela a . . . (dono 1 — Cláusula geral 1.2.1 — indicação dos regulamen-
da obra) vai outorgar e que tem por objecto . . . (desig- tos e dos documentos normativos a observar para a exe-
nação da empreitada), regulado nos termos da legislação cução dos diferentes trabalhos.
aplicável (Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março). 2 (*) — Cláusula geral 1.2.2 — definição das especi-
O Banco obriga-se a pagar aquela quantia à primeira ficações técnicas.
solicitação da . . . (dono da obra) sem que esta tenha 3 (*) — Cláusula geral 1.5 — enumeração das peças
de justificar o pedido e sem que o primeiro possa invocar do projecto patenteadas no concurso, de acordo com
em seu benefício quaisquer meios de defesa relacionados o estabelecido no n.o 5 do artigo 63.o do Decreto-Lei
com o contrato atrás identificado ou com o cumprimento n.o 59/99, de 2 de Março, e no artigo 7.o da Portaria
das obrigações que . . . (empresa adjudicatária) assume de 7 de Fevereiro de 1972 [em qualquer dos casos pre-
com a celebração do respectivo contrato. vistos no título II do Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de
O Banco deve pagar aquela quantia no dia seguinte Março, o projecto deverá incluir também documento
ao do pedido, findo o qual, sem que o pagamento seja relativo à avaliação dos principais riscos decorrentes da
realizado, contar-se-ão juros moratórios à taxa mais ele- execução do mesmo, quer para os trabalhadores quer
vada praticada pelo Banco para as operações activas, para o público em geral, o qual, na fase de preparação
sem prejuízo de execução imediata da dívida assumida e planeamento dos trabalhos, deverá ser completado
por este. com o documento previsto na alínea i) da cláusula geral
A presente garantia bancária autónoma não pode em 4.1.2].
qualquer circunstância ser denunciada, mantendo-se em 4 — Cláusula geral 1.6 — indicação de quaisquer dis-
vigor até à sua extinção, nos termos previstos na legis- posições suplementares relativamente a subempreitei-
lação aplicável (Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março). ros.
Data. 5 — Cláusula geral 1.6.3, alínea b) — apresentação de
Assinaturas. cópia autenticada do(s) respectivo(s) certificado(s) de
classificação de empreiteiro de obras públicas ou do
Modelo de seguro-caução à primeira solicitação
certificado de inscrição em lista oficial de empreiteiros
A companhia de seguros . . ., com sede em . . ., matri- aprovados contendo as autorizações exigidas para a exe-
culada na Conservatória do Registo Comercial de . . ., cução de certas partes da obra.
com o capital social de . . ., presta a favor de . . . (dono 6 — Cláusula geral 1.6.10 — indicação das providên-
da obra) e ao abrigo de contrato de seguro-caução cele- cias destinadas a distinguir o pessoal do empreiteiro
brado com . . . (tomador do seguro), garantia à primeira do pessoal dos subempreiteiros.
solicitação, no valor de . . ., correspondente a . . . (per- 7 — Cláusula geral 1.9.3 — indicação dos materiais
centagem), destinada a garantir o bom e integral cum- e dos elementos ou processos de construção preconi-
primento das obrigações que . . . (empresa adjudicatá- zados no projecto relativamente aos quais se tenha
ria) assumirá no contrato que com ela a . . . (dono da conhecimento da existência de direitos de propriedade
obra) vai outorgar e que tem por objecto . . . (designação industrial.
da empreitada), regulado nos termos da legislação apli- 8 (*) — Cláusula geral 1.10.2 — indicação dos seguros
cável (Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março). a promover pelo empreiteiro.
A companhia de seguros obriga-se a pagar aquela 9 (*) — Cláusulas gerais 2.1.1 e 2.1.3 — delimitação
quantia nos cinco dias úteis seguintes à primeira soli- do objecto da empreitada, quando as peças do projecto
citação da . . . (dono da obra) sem que esta tenha de não sejam suficientes para o efeito, e definição das con-
justificar o pedido e sem que a primeira possa invocar dições técnicas de execução dos trabalhos.
em seu benefício quaisquer meios de defesa relacionados 10 (*) — Cláusula geral 2.2.1 — definição do regime
com o contrato atrás identificado ou com o cumprimento da empreitada, quanto ao modo de retribuição do
das obrigações que . . . (empresa adjudicatária) assume empreiteiro, de acordo com o n.o 1 do artigo 8.o do
com a celebração do respectivo contrato. Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março. Quando para
A companhia de seguros não pode opor à . . . (dono a mesma empreitada se prevêem diferentes modos de
da obra) quaisquer excepções relativas ao contrato de retribuição, serão indicadas as partes da obra ou os tipos
seguro-caução celebrado entre esta e o tomador do de trabalhos a que se aplicam os diferentes regimes.
seguro. 11 — Cláusula geral 3.1.1 — indicação do modo de
A presente garantia, à primeira solicitação, não pode pagamento ao empreiteiro, quando não for feito por
em qualquer circunstância ser revogada ou denunciada, medição. Outras indicações relativas às condições de
mantendo-se em vigor até à sua extinção ou cancela- pagamento: periodicidade das medições, fracciona-
mento, nos termos previstos na legislação aplicável mento em prestações fixas ou variáveis.
(Decreto-Lei n.o 59/99, de 2 de Março). 12 — Cláusula geral 3.2.1 — condições de concessão
Data. de adiantamento ao empreiteiro.
Assinaturas. 13 — Cláusula geral 3.3.1 — fixação do desconto para
garantia, quando diferente da taxa de 5 % do valor de
III — Cláusulas complementares do caderno de encargos tipo
cada pagamento.
As cláusulas a seguir indicadas destinam-se a com- 14 — Cláusula geral 3.5.1 — indicação dos critérios
plementar as disposições legais e as cláusulas gerais do a seguir na medição dos trabalhos, quando não estejam
caderno de encargos tipo, nos termos e dentro dos limi- indicados no projecto.
tes estabelecidos naquelas disposições e cláusulas gerais. 15 (*) — Cláusula geral 3.6 — fórmulas aplicáveis no
As cláusulas assinaladas com um asterisco serão obri- caso de revisão de preços por fórmula.
gatoriamente incluídas nos cadernos de encargos de 16 (*) — Cláusula geral 3.6.1 — fixação da modali-
todos os concursos. As restantes serão incluídas nos dade de revisão de preços.
cadernos de encargos dos concursos sempre que sejam 17 (*) — Cláusula geral 3.6.2, alínea a) — indicação
de aplicação. dos custos de mão-de-obra e de materiais a considerar,
972 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001
quando a revisão for feita na modalidade de garantia 38 — Cláusulas gerais 9.1.1 e 9.1.3 — indicação dos
de preços pelo dono da obra. trabalhos que, por natureza ou segundo o uso corrente,
18 (*) — Cláusula geral 3.6.2, alínea b) — enumera- devam considerar-se preparatórios ou acessórios e que
ção das profissões abrangidas pela garantia de custo não constituem encargo do empreiteiro.
de mão-de-obra. 39 — Cláusula geral 9.1.2, alínea a) — indicação das
19 — Cláusula geral 3.6.2, alínea c) — encargos com redes provisórias que devam ser conservadas no local.
a mão-de-obra abrangidos pela garantia de custo de 40 — Cláusula geral 9.1.2, alínea e) — referência à
mão-de-obra. localização de cabos, canalizações e outros elementos
20 — Cláusula geral 3.6.2, alínea h) — encargos com cuja existência seja conhecida e não estejam indicados
o transporte de materiais incluídos nos preços garan- no projecto.
tidos. 41 — Cláusulas gerais 9.1.2, alínea f), 10.2.2 e
21 (*) — Cláusula geral 4.1.3 — indicação dos prazos 10.3.2 — indicação dos locais destinados à colocação dos
em que deverão ter lugar os actos de preparação e pla- produtos de escavação ou resíduos de limpeza — alí-
neamento da execução da obra. nea f) da cláusula geral 9.1.2 —, dos materiais e entulhos
22 — Cláusula geral 4.3.1 — indicação dos desenhos resultantes das demolições — cláusula geral 10.2.2 — e
de construção e pormenores de execução a apresentar dos produtos resultantes da remoção de vegeta-
pelo empreiteiro. ção — cláusula geral 10.3.2.
23 — Cláusula geral 4.3.3 — condicionamentos a que 42 (*) — Cláusula geral 9.1.4 — indicação das con-
devem satisfazer as soluções de execução a adoptar pelo dições a que devem satisfazer o estaleiro e as instalações
empreiteiro quando não indicadas no projecto. provisórias.
24 (*) — Cláusula geral 4.4.1 — indicação do prazo 43 — Cláusula geral 9.2.1 — indicação dos locais e,
para apresentação do plano de trabalhos e do plano eventualmente, das instalações e serviços postos à dis-
de pagamentos (contado a partir da data da consig- posição do empreiteiro para a implantação e exploração
nação) e da metodologia a adoptar para a sua ela- do estaleiro.
boração. 44 — Cláusula geral 9.2.5 — indicação, em relação às
25 — Cláusula geral 4.4.2, alínea a) — indicação das instalações cedidas, da obrigatoriedade da sua reposição
fases que devam ser consideradas vinculativas na ela- nas condições iniciais.
boração do plano de trabalhos, bem como da unidade 45 — Cláusula geral 9.4.1 — definição das redes pro-
de tempo que servirá de base à programação. visórias de abastecimento de água, de esgotos e de ener-
26 — Cláusula geral 4.4.2, alínea d) — indicação de gia eléctrica a construir pelo empreiteiro.
recursos a mobilizar para a execução da empreitada que 46 — Cláusula geral 9.4.2 — atribuição das diligências
devem ser considerados no plano de trabalhos. e encargos relacionados com as redes provisórias.
27 (*) — Cláusulas gerais 5.1.1 e 5.1.2 — indicação
47 — Cláusula geral 9.5.1 — indicação do equipa-
do prazo global da empreitada e, eventualmente, de
mento para execução dos trabalhos cujo fornecimento
prazos parcelares.
não constitui encargo do empreiteiro.
28 — Cláusulas gerais 5.3.1 e 5.3.3 — fixação das mul-
tas diárias aplicáveis ao empreiteiro por não cumprir 48 — Cláusula geral 10.1.1 — indicação dos trabalhos
o prazo de execução dos trabalhos e por não iniciar de protecção e segurança que constituem encargo do
os trabalhos de acordo com o plano. empreiteiro para além dos que, por natureza ou segundo
29 (*) — Cláusula geral 6.1.1 — indicação da quali- o uso corrente, como tal são considerados.
ficação mínima que deve possuir o director técnico da 49 — Cláusula geral 10.1.5 — indicação dos níveis que
empreitada. usualmente assumem, das características que revestem
30 — Cláusula geral 6.1.8 — indicação da qualifica- e, se for caso disso, da época do ano em que se verificam
ção a exigir a certos técnicos encarregados da execução os fenómenos naturais específicos a que os trabalhos
dos trabalhos. estejam particularmente sujeitos.
31 (*) — Cláusula geral 6.1.9 — indicação do respon- 50 — Cláusula geral 10.2.1 — indicação dos trabalhos
sável pelo cumprimento das disposições em matéria de de demolição que, não se encontrando definidos no pro-
higiene, saúde e segurança. jecto, devam ser realizados pelo empreiteiro.
32 — Cláusula geral 6.2.3 — indicação das entidades 51 — Cláusula geral 10.2.2 — indicação das constru-
que, para além do dono da obra, possam exercer acções ções cuja demolição não compete ao empreiteiro.
de fiscalização dos trabalhos. 52 — Cláusula geral 10.2.3 — indicação dos materiais
33 — Cláusula geral 6.3.1 — indicação dos trabalhos e elementos de construção relativamente aos quais o
a realizar fora das horas regulamentares ou por turnos. empreiteiro deva assegurar em boas condições o res-
34 (*) — Cláusula geral 6.4.2 — indicação, taxativa ou pectivo desmonte e conservação.
exemplificativa, dos acontecimentos a consignar obri- 53 — Cláusula geral 10.3.1 — delimitação das áreas
gatoriamente no livro de registo da obra. em que deverão ser efectuados desenraizamentos, des-
35 — Cláusula geral 7.6.1 — fixação da periodicidade matações e arranque de árvores.
que o empreiteiro deverá observar nas informações à 54 — N.o 1 do artigo 167.o do Decreto-Lei n.o 59/99,
fiscalização sobre o desenvolvimento dos trabalhos. de 2 de Março — localização de pedreiras, saibreiras,
36 — Cláusula geral 7.7.1 — fixação dos ensaios que, areeiros ou semelhantes que o empreiteiro poderá
para além dos indicados nos regulamentos em vigor, explorar para a obra.
devem ser realizados na obra ou em partes dela para 55 — Cláusula geral 11.1.1 — definição das qualida-
verificação das suas características ou comportamento des, dimensões, formas e demais características a que
e, bem assim, das regras para a apreciação dos resultados devem obedecer os materiais e elementos de construção
dos mesmos. a empregar na obra e respectivas tolerâncias.
37 — Cláusula geral 8.2.3 — eventual proibição da 56 — Cláusula geral 11.3.1 — indicações sobre o
realização de trabalhos fora das horas regulamentares modo de divisão em lotes dos materiais e elementos
ou por turnos. de construção.
N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 973
57 — Cláusula geral 11.3.3 — indicações sobre o pêndios para o efeito indicados no contrato, tendo em
modo de colheita, preparação e embalagem de amostras conta a revisão de preços, se a ela houver lugar.
para ensaio de materiais e elementos de construção. 3 — Pagamentos ao empreiteiro:
58 — Cláusulas gerais 11.3.5 e 11.3.7 — indicações 3.1 — Disposições gerais:
sobre a obrigatoriedade de realização de ensaios. 3.1.1 — O pagamento ao empreiteiro dos trabalhos
59 — Cláusula geral 11.3.11 — fixação das regras de realizados far-se-á mediante a apresentação dos docu-
decisão a adoptar perante os resultados dos ensaios de mentos comprovativos das despesas efectuadas, em con-
materiais ou elementos de construção e que não se formidade com o disposto no artigo 43.o do Decreto-Lei
encontrem estabelecidas nos regulamentos e documen- n.o 59/99, de 2 de Março, com as condições estabelecidas
tos normativos aplicáveis. no contrato.
60 — Cláusula geral 11.6.5 — indicação, taxativa ou 3.1.2 — As despesas relativas à exploração e depre-
exemplificativa, dos materiais e elementos de construção ciação de instalações e redes provisórias, a fornecimen-
que serão depositados obrigatoriamente em armazéns tos e a outros encargos inerentes ao funcionamento e
fechados. manutenção do estaleiro, salvo no que se refere a pes-
61 (*) — Cláusula geral 11.7.4 — prazo durante o soal, serão liquidadas de acordo com os quantitativos
qual o empreiteiro no final da obra terá de remover para o efeito previstos no contrato.
os restos de materiais e elementos de construção, entu- 3.1.3 — As despesas com o pessoal necessário à mon-
lhos, equipamento, andaimes e tudo o mais que tenha tagem, exploração e desmontagem do estaleiro serão
servido para a sua execução. liquidadas pela forma estabelecida no contrato para o
62 — Cláusula geral 12.2.1 — indicação do prazo de restante pessoal empregado na obra.
garantia, quando diferente de cinco anos. 3.1.4 — As despesas de pessoal relativas à direcção
técnica da obra e à tripulação das máquinas serão liqui-
dadas de acordo com os quantitativos para o efeito pre-
SECÇÃO II vistos no contrato.
Empreitadas por percentagem 3.2 — Adiantamentos ao empreiteiro:
Não são admitidos adiantamentos ao empreiteiro.
São aplicáveis as cláusulas indicadas na secção I com 3.3 — Descontos nos pagamentos:
as seguintes alterações: .............................................
3.3.3 — O dono da obra deduzirá ainda nos paga-
II — Cláusulas gerais do caderno de encargos tipo mentos parciais a fazer ao empreiteiro:
e) A elaboração pelo empreiteiro, em colaboração gerais da empreitada indicados no n.o 2.4 da proposta
com o dono da obra, dos planos definitivos de anexa ao programa de concurso tipo.
trabalhos e de pagamentos; .............................................
f) A aprovação pelo dono da obra dos documentos 10.2 — Demolições e esgotos:
referidos na alínea d); 10.2.1 — Quaisquer esgotos ou demolições de obras
g) A elaboração de documento do qual conste, em que houver necessidade de fazer serão executados pelo
concreto, a avaliação dos riscos profissionais empreiteiro de acordo com o disposto na cláusula 10.2.2,
decorrentes da execução da empreitada, bem devendo os respectivos encargos ser incluídos nos encar-
como a previsão dos meios adequados à pre- gos gerais da empreitada indicados no n.o 2.4 da pro-
venção de acidentes relativamente a todos os posta anexa ao programa de concurso tipo.
trabalhadores e ao público em geral. 10.2.2 — O empreiteiro tomará as precauções neces-
sárias para assegurar em boas condições o desmonte
4.1.3 — Os actos previstos na cláusula anterior deve- e a conservação dos materiais e elementos de construção
rão realizar-se nos prazos que se encontrem fixados especificados neste caderno de encargos, sendo respon-
neste caderno de encargos. sável por todos os danos que eventualmente venham
............................................. a sofrer.
4.3.3 — O empreiteiro não poderá, para os efeitos 10.2.3 — Os materiais e elementos de construção a
do disposto na cláusula 4.3.1, escolher livremente as que se refere a cláusula 10.2.2 são propriedade do dono
soluções de execução a adoptar. da obra.
4.4 — Plano de trabalhos e plano de pagamentos: 10.3 — Remoção de vegetação:
4.4.1 — No prazo estabelecido neste caderno de 10.3.1 — Os trabalhos necessários aos desenraiza-
encargos ou no contrato, que não poderá exceder 44 dias mentos, às desmatações, ao arranque de árvores e à
e que se contará sempre a partir da data da consignação, regularização final do terreno que houver necessidade
deverá o empreiteiro elaborar, em colaboração com o de fazer serão executados pelo empreiteiro de acordo
dono da obra, o plano definitivo de trabalhos e o res- com o disposto nas cláusulas seguintes, devendo os res-
pectivo plano de pagamentos da empreitada, observando pectivos encargos ser incluídos nos encargos gerais da
na sua elaboração a metodologia fixada neste caderno empreitada indicados no n.o 2.4 da proposta anexa ao
de encargos. programa de concurso tipo.
............................................. 10.3.2 — Os desenraizamentos devem ser suficiente-
9 — Instalações, equipamentos e obras auxiliares: mente profundos para garantir a completa extinção das
............................................. plantas.
9.1.3 — O custo dos trabalhos que devam conside- 10.3.3 — Os produtos resultantes dos trabalhos refe-
rar-se preparatórios ou acessórios dos que constituem ridos nas cláusulas anteriores são propriedade do dono
objecto do contrato deve ser incluído nos encargos gerais da obra e serão removidos para os locais por ele
da empreitada indicados no ponto n.o 2.4 da proposta indicados.
anexa ao programa de concurso tipo. .............................................
............................................. 11 — Materiais e elementos de construção:
9.2.4 — O empreiteiro não poderá ocupar outros .............................................
locais ou utilizar outras instalações sem autorização do 11.1.6 — Os encargos resultantes da imposição ou
dono da obra. aceitação, pelo dono da obra, de qualquer das carac-
............................................. terísticas de materiais ou elementos de construção serão
9.4.2 — As diligências necessárias à obtenção das incluídos nos encargos gerais da empreitada indicados
licenças para a instalação das redes referidas na cláu- no n.o 2.4 da proposta anexa ao programa de concurso
sula 9.4.1 competem ao empreiteiro, devendo os res- tipo.
pectivos encargos, bem como os encargos decorrentes .............................................
da sua manutenção e exploração, ser incluídos nos encar- 11.7.4 — O empreiteiro, no final da obra, terá de
gos gerais da empreitada indicados no n.o 2.4 da pro- remover do local dos trabalhos os restos de materiais
posta anexa ao programa de concurso tipo. ou elementos de construção, entulhos, equipamento,
............................................. andaimes e tudo o mais que tenha servido para a sua
9.5 — Equipamento: execução, dentro do prazo estabelecido neste caderno
9.5.1 — As máquinas, aparelhos, utensílios, ferramen- de encargos, sendo os respectivos custos da responsa-
tas, andaimes e restante equipamento a utilizar na exe- bilidade do dono da obra.
cução dos trabalhos devem satisfazer, quer quanto às
suas características quer quanto ao seu funcionamento, (1) As indemnizações devidas a terceiros pela constituição de ser-
vidões provisórias ou pela ocupação temporária de prédios particulares
o estabelecido nas leis e regulamentos de segurança necessários à execução da empreitada devem ser incluídas nos encar-
aplicáveis. gos gerais da empreitada indicados no ponto 2.4 da proposta anexa
9.5.2 — Os encargos decorrentes do fornecimento e ao programa de concurso tipo.
utilização do equipamento referido na cláusula anterior
devem ser incluídos nos encargos gerais da empreitada III — Cláusulas complementares do caderno de encargos tipo
indicados no n.o 2.4 da proposta anexa ao programa
de concurso tipo. As cláusulas a seguir indicadas destinam-se a com-
10 — Outros trabalhos preparatórios: plementar as disposições legais e as cláusulas gerais do
10.1 — Trabalhos de protecção e segurança: caderno de encargos tipo, nos termos e dentro dos limi-
10.1.1 — Os encargos decorrentes da realização dos tes estabelecidos naquelas disposições e cláusulas gerais.
trabalhos de protecção e segurança especificados no pro- As cláusulas assinaladas com um asterisco serão obri-
jecto ou neste caderno de encargos, para além dos indi- gatoriamente incluídas nos cadernos de encargos de
cados na cláusula 9.1.2, devem ser incluídos nos encargos todos os concursos. As restantes serão incluídas nos
N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 975
cadernos de encargos dos concursos sempre que sejam boração do plano de trabalhos, bem como da unidade
de aplicação. de tempo que servirá de base à programação.
1 — Cláusula geral 1.2.1 — indicação dos regulamen- 19 — Cláusula geral 4.4.2, alínea d) — indicação de
tos e dos documentos normativos a observar para a exe- recursos a mobilizar para a execução da empreitada que
cução dos diferentes trabalhos. devem ser considerados no plano de trabalhos.
2 (*) — Cláusula geral 1.2.2 — definição das especi- 20 (*) — Cláusulas gerais 5.1.1 e 5.1.2 — indicação
ficações técnicas. do prazo global da empreitada e, eventualmente, de
3 (*) Cláusula geral 1.5 — enumeração das peças do prazos parcelares.
projecto patenteadas no concurso, de acordo com o esta- 21 — Cláusulas gerais 5.3.1 e 5.3.3 — fixação das mul-
belecido no n.o 5 do artigo 63.o do Decreto-Lei n.o 59/99, tas diárias aplicáveis ao empreiteiro por não cumprir
de 2 de Março, e no artigo 7.o da portaria de 7 de o prazo de execução dos trabalhos — cláusula 5.3.1 — e
Fevereiro de 1972 [o projecto deverá incluir também por não iniciar os trabalhos de acordo com o
documento relativo à avaliação dos principais riscos plano — cláusula 5.3.3.
decorrentes da execução do mesmo, quer para os tra- 22 (*) — Cláusula geral 6.1.1 — indicação da quali-
balhadores quer para o público em geral, o qual, na ficação mínima que deve possuir o director técnico da
fase de preparação e planeamento dos trabalhos, deverá empreitada.
ser completado com o documento previsto na alínea i) 23 — Cláusula geral 6.1.8 — indicação da qualifica-
da cláusula geral 4.1.2]. ção a exigir a certos técnicos encarregados da execução
4 — Cláusula geral 1.6 — indicação de quaisquer dis- dos trabalhos.
posições suplementares relativamente a subempreitei- 24 (*) — Cláusula geral 6.1.9 — indicação do respon-
ros. sável pelo cumprimento das disposições em matéria de
5 — Cláusula geral 1.6.3, alínea b) — apresentação de higiene, saúde e segurança.
cópia autenticada do(s) respectivo(s) certificado(s) de 25 — Cláusula geral 6.2.3 — indicação das entidades
classificação de empreiteiro de obras públicas ou do que, para além do dono da obra, possam exercer acções
certificado de inscrição em lista oficial de empreiteiros de fiscalização dos trabalhos.
aprovados contendo as autorizações exigidas para a exe- 26 — Cláusula geral 6.3.1 — indicação dos trabalhos
cução de certas partes da obra. a realizar fora das horas regulamentares ou por turnos.
6 — Cláusula geral 1.6.10 — indicação das providên- 27 (*) — Cláusula geral 6.4.2 — indicação, taxativa ou
cias destinadas a distinguir o pessoal do empreiteiro exemplificativa, dos acontecimentos a consignar obri-
do pessoal dos subempreiteiros. gatoriamente no livro de registo da obra.
7 — Cláusula geral 1.9.3 — indicação dos materiais 28 — Cláusula geral 7.6.1 — fixação da periodicidade
e dos elementos ou processos de construção preconi- que o empreiteiro deverá observar nas informações à
zados no projecto relativamente aos quais se tenha fiscalização sobre o desenvolvimento dos trabalhos.
conhecimento da existência de direitos de propriedade 29 — Cláusula geral 7.7.1 — fixação dos ensaios que,
industrial. para além dos indicados nos regulamentos em vigor,
devam ser realizados na obra ou em partes dela para
8 (*) — Cláusula geral 1.10.2 — indicação dos seguros
verificação das suas características ou comportamento
a promover pelo empreiteiro.
e, bem assim, das regras para a apreciação dos resultados
9 (*) — Cláusulas gerais 2.1.1 e 2.1.3 — delimitação
dos mesmos.
do objecto da empreitada, quando as peças do projecto 30 — Cláusula geral 8.2.3 — eventual proibição da
não sejam suficientes para o efeito e definição das con- realização de trabalhos fora das horas regulamentares
dições técnicas de execução dos trabalhos. ou por turnos.
10 (*) — Cláusula geral 2.2.2 — fixação do limite per- 31 — Cláusula geral 9.1.2, alínea a) — indicação das
centual a aplicar ao custo total dos trabalhos executados. redes provisórias que devam ser conservadas no local.
11 — Cláusula 3.1.1 — indicações relativas às condi- 32 — Cláusula geral 9.1.2, alínea e) — referência à
ções de pagamento. localização de cabos, canalizações e outros elementos
12 — Cláusula 3.3.1 — fixação do desconto para cuja existência seja conhecida e não estejam indicados
garantia, quando diferente da taxa de 5 % do valor de no projecto.
cada pagamento. 33 — Cláusula geral 9.1.2, alínea f) — indicação dos
13 — Cláusula geral 3.5.1 — indicação dos critérios locais destinados à colocação de produtos de escavação
a seguir na medição dos trabalhos, quando não estejam ou resíduos de limpeza.
indicados no projecto. 34 (*) — Cláusula geral 9.1.4 — indicação das con-
14 — Cláusula geral 3.6.2 — indicações relativas à dições a que devem satisfazer o estaleiro e as instalações
revisão das verbas prefixadas no contrato e da percen- provisórias.
tagem limite aplicável às despesas com pessoal. 35 — Cláusula geral 9.2.1 — indicação dos locais e,
15 (*) — Cláusula geral 4.1.3 — indicação dos prazos eventualmente, das instalações e serviços postos à dis-
em que deverão ter lugar os actos de preparação e pla- posição do empreiteiro para a implantação e instalação
neamento da execução da obra. do estaleiro.
16 — Cláusula geral 4.3.1 — indicação dos desenhos 36 — Cláusula 9.2.5 — indicação, em relação às ins-
de construção e pormenores de execução a apresentar talações cedidas, da obrigatoriedade da sua reposição
pelo empreiteiro. nas condições iniciais.
17 (*) — Cláusula geral 4.4.1 — indicação do prazo 37 — Cláusula geral 9.4.1 — definição das redes pro-
para apresentação do plano de trabalhos e do plano visórias de abastecimento de água, de esgotos e de ener-
de pagamentos (contado a partir da data da consig- gia eléctrica a construir pelo empreiteiro.
nação) e da metodologia a adoptar para a sua ela- 38 — Cláusula geral 10.1.1 — indicação dos trabalhos
boração. de protecção e segurança que constituem encargo do
18 — Cláusula geral 4.4.2, alínea a) — indicação das empreiteiro, para além dos que, por natureza ou
fases que devam ser consideradas vinculativas na ela- segundo o uso corrente, como tal são considerados.
976 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 44 — 21 de Fevereiro de 2001
39 — Cláusula geral 10.1.5 — indicação dos níveis que Ao abrigo do disposto no artigo 64.o do referido
usualmente assumem, das características que revestem Estatuto:
e, se for caso disso, da época do ano em que se verificam Manda o Governo, pelo Ministro da Educação, o
os fenómenos naturais específicos a que os trabalhos seguinte:
estejam particularmente sujeitos. 1.o
40 — Cláusula geral 10.2.2 — indicação dos materiais
e elementos de construção relativamente aos quais o Plano de estudos
empreiteiro deva assegurar em boas condições o res- É autorizado o funcionamento do curso bietápico de
pectivo desmonte e conservação. licenciatura em Cardiopneumologia, a ministrar na
41 — Artigo 167.o, n.o 1, do Decreto-Lei n.o 59/99, Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, do Instituto
de 2 de Março — localização de pedreiras, saibreiras, Politécnico de Saúde do Norte, nas instalações que este-
areeiros ou semelhantes que o empreiteiro poderá jam autorizadas nos termos da lei.
explorar para a obra.
42 — Cláusula geral 11.1.1 — definição das qualida-
des, dimensões, formas e demais características a que 2.o
devem obedecer os materiais e elementos de construção Regulamentação
a empregar na obra e respectivas tolerâncias.
43 — Cláusula geral 11.3.1 — indicações sobre o 1 — O curso ora autorizado rege-se pelo disposto no
modo de divisão em lotes dos materiais e elementos Regulamento Geral dos Cursos Bietápicos de Licen-
de construção. ciatura em Tecnologias da Saúde, aprovado pela Por-
44 — Cláusula geral 11.3.3 — indicações sobre o taria n.o 3/2000, de 4 de Janeiro.
modo de colheita, preparação e embalagem de amostras 2 — Ao curso bietápico de licenciatura em Cardio-
para ensaio de materiais e elementos de construção. pneumologia da Escola Superior de Saúde do Vale do
45 — Cláusulas gerais 11.3.5 e 11.3.7 — indicações Ave, do Instituto Politécnico de Saúde do Norte, apli-
sobre a obrigatoriedade de realização de ensaios. ca-se o disposto na alínea b2) do n.o 1 do artigo 13.o
46 — Cláusula geral 11.3.11 — fixação das regras de do Regulamento Geral dos Cursos Bietápicos de Licen-
decisão a adoptar perante os resultados dos ensaios de ciatura das Escolas de Ensino Superior Politécnico,
materiais ou elementos de construção e que não se aprovado pela Portaria n.o 413-A/98, de 17 de Julho,
encontrem estabelecidas nos regulamentos e documen- alterada pela Portaria n.o 533-A/99, de 22 de Julho.
tos normativos aplicáveis.
47 — Cláusula geral 11.6.5 — indicação, taxativa ou 3.o
exemplificativa, dos materiais e elementos de construção Reconhecimento do grau
que serão depositados obrigatoriamente em armazéns
fechados. 1 — É reconhecido o grau de bacharel pela conclusão
48 — Cláusula geral 12.2.1 — indicação do prazo de com aproveitamento de todas as unidades curriculares
garantia, quando diferente de cinco anos. que integram o plano de estudos do 1.o ciclo do curso.
2 — É reconhecido o grau de licenciado pela con-
clusão com aproveitamento de todas as unidades cur-
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO riculares que integram o plano de estudos do 2.o ciclo
do curso.
Portaria n.o 105/2001 4.o
de 21 de Fevereiro Duração do 2.o ciclo
A requerimento da CESPU — Cooperativa de Ensino O 2.o ciclo do curso tem a duração de dois semestres.
Superior Particular e Cooperativo, C. R. L., entidade
instituidora da Escola Superior de Saúde do Vale do 5.o
Ave, do Instituto Politécnico de Saúde do Norte, reco-
nhecido como de interesse público pelo Decreto-Lei Plano de estudos
n.o 404/99, de 14 de Outubro, ao abrigo do disposto É aprovado o plano de estudos do curso, nos termos
no Estatuto do Ensino Superior Particular e Cooperativo do anexo à presente portaria.
(aprovado pelo Decreto-Lei n.o 16/94, de 22 de Janeiro,
alterado, por ratificação, pela Lei n.o 37/94, de 11 de
Novembro, e pelo Decreto-Lei n.o 94/99, de 23 de 6.o
Março); Condições de acesso
Instruído, organizado e apreciado o processo nos ter-
mos dos artigos 57.o e 59.o do referido Estatuto; As condições de acesso ao curso são as fixadas nos
Considerando o disposto no Regulamento Geral dos termos da lei.
Cursos Bietápicos de Licenciatura em Tecnologias da 7.o
Saúde (aprovado pela Portaria n.o 3/2000, de 4 de Número máximo de alunos
Janeiro);
Considerando o disposto no Regulamento Geral dos 1 — O número de novos alunos a admitir anualmente
Cursos Bietápicos de Licenciatura das Escolas de Ensino não pode exceder 50.
Superior Politécnico, aprovado pela Portaria 2 — A frequência global do curso não pode exceder
n.o 413-A/98, de 17 de Julho, alterada pela Portaria 150 alunos.
n.o 533-A/99, de 22 de Julho; 3 — Ao valor fixado no número anterior podem acres-
Considerando o disposto no Decreto-Lei n.o 320/99, cer 50 alunos admitidos ao abrigo da alínea b) do n.o 1
de 11 de Agosto; do artigo 13.o do Regulamento Geral dos Cursos Bie-