Reflexões
das cartas
de Tiago, I e
II Pedro e
Judas
17 Palavra do Redator
24 Lição 1 A Fé e as Provações
41 Lição 3 A Fé e as Obras
49 Lição 4 A Fé e as Palavras
57 Lição 5 A Fé e a Opressão
Não Reclame,
Agradeça!
9
Palavra Especial aos Pais
Dilene Monteiro
Psicopedagoga Institucional do Colégio Batista de Campos
17
Fé e Verdade: reflexões nas cartas de Tiago, I e II
Pedro e Judas. Essas cartas nos ensinam, valorosa-
mente, no que tange a nossa fé.
A fé, na verdade eterna, pode ser demonstrada por
meio de: atitudes, palavras, provações, relaciona-
mentos, bem como na espera do Mestre, na defesa
do Evangelho, enfim, a fé está presente nos círculos
existenciais da vida do discípulo de Jesus.
A pessoa, a qual nos conduzirá nessas reflexões,
será o Pr. Ronaldo Gomes de Souza, Pastor da Igreja
Batista no Jardim Aeroporto, em Campos dos Goy-
tacazes/RJ, a quem já agradecemos muito pelo be-
líssimo trabalho. O Pr. Ronaldo é professor das dis-
ciplinas: Grego e Exegese, da nossa amada FABERJ,
e um profundo expositor das Escrituras. Nossa ex-
pectativa é que, você, seja abençoado e fortalecido
em sua fé, via essas preciosas lições.
Não podemos deixar de mencionar, também, a
enorme gratidão à equipe de revisores da FABERJ,
bem como ao trabalho incansável das nossas Edu-
cadoras Cristãs na elaboração dos recursos didáti-
cos. Além, indubitavelmente, do brilhante trabalho
que o Pr. Rodrigo Zambrotti e toda a sua equipe têm
realizado no layout da nossa amada revista.
Por fim, alicerçados nesta fé bendita, cresçamos
em ‘unidade’, na ‘verdade do Senhor’. Que Deus te
abençoe, poderosamente!
18
Apresentação
Quem escreve
21
possui dois filhos: Raiana Pereira de Souza, exer-
cendo a medicina na cidade Rio de Janeiro, e
André Pereira de Souza, que está se preparan-
do para o ministério pastoral. Formou-se pelo
Seminário Teológico Batista Fluminense – hoje
FABERJ (1986) e possui o título de mestrado livre
em teologia (concentração em AT) no Seminá-
rio Teológico Batista do Sul do Brasil (1995). For-
mado em Psicologia (Universidade Estácio de
Sá – 2008) e especialista em Gestão de Educa-
ção pela UNOPAR (Universidade Norte do Pa-
raná - 2012). Foi coordenador do curso de teolo-
gia no Seminário Teológico Batista Fluminense
por cerca de 22 anos, onde também lecionou
diversas disciplinas. Atualmente, é professor de
grego e exegese no Novo Testamento na FA-
BERJ (Faculdade Batista do Estado do Rio de
Janeiro), Campos dos Goytacazes, RJ.
22
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a campanha!
Lição 1
A Fé e as
Provações
25
to, aflição e, no aspecto negativo, tentação, como al-
gumas de nossas versões traduzem. O contexto nos
leva à preferência por uma das palavras relacionadas
à aflição, provação. Quero chamar a atenção para o
verbo ‘passarem’ (peripésēte) que, literalmente, sig-
nifica “estarem totalmente cercados por”, que faz ser
ainda mais desafiador mantermos a alegria, pois não
se trata de provações distantes, esporádicas, mas
uma dura realidade de estarmos envolvidos, cerca-
dos por provações de todos os lados.
26
2. Colhendo frutos nas
provações (1:3-12)
Se não bastasse ensinar que devemos ter alegria
em meio às provações, o Apóstolo Tiago nos ensina
que há bons frutos a serem colhidos por tais circuns-
tâncias. Vejamos quais frutos são estes:
a) Perseverança: a palavra grega descreve o pe-
ríodo que o trabalhador suporta um trabalho pesa-
do e cansativo. As provações produzem resistência,
desde que conectadas com a fé ativa e dinâmica e
que avança mesmo sob as chicotadas do dia a dia.
Ao enfrentarmos e superarmos as tribulações pela
fé, nosso caráter se torna mais perseverante. O autor
Strong sustenta que: a perseverança é “...a caracte-
rística de um homem que não se desvia de seu pro-
pósito deliberado, sua lealdade à fé e piedade, até
mesmo pelas maiores provações e sofrimentos”.
b) Maturidade: “sejam maduros e íntegros” ou
“perfeitos e completos”. Entre os gregos, os termos
serviam para designar a chegada à maioridade ci-
vil, quando a pessoa se tornava responsável por si
mesma. O fruto desta vez é tornar-se maduro após
passar pelos estágios necessários para alcançar o
objetivo final. O fruto que nos alimenta passa por um
longo processo até estar pronto e da mesma forma é
a nossa caminhada em direção à maturidade. O ob-
jetivo é sermos completos, íntegros em cada área de
nossa vida, sem que haja falta de coisa alguma, não
no sentido de posses materiais, mas do caráter cris-
27
tão provado e aprovado, pronto para vivermos neste
mundo como aqueles que refletem a luz de Cristo.
Deus não se contenta com um trabalho inacabado, o
Senhor quer realizar uma obra perfeita e deseja que,
ao final, sejamos maduros e completos.
c) Oração: passar por provações requer sabedoria
e esta se adquire pela ‘oração’. Sabedoria não é co-
nhecimento, cultura ou filosofia especulativa. Não há
faculdade para aprendê-la; não é inata; não é con-
sequência da idade nem mesmo fruto da mera ob-
servação dos fatos da natureza. Ela é uma doação
de Deus. Sabedoria, no pensamento hebraico, sig-
nificava empregar o que se aprendia à uma manei-
ra correta de encarar a vida. Por isso, o conteúdo de
nossas orações ao passarmos pelas dificuldades é:
pedir-lhe sabedoria. Somos ensinados não apenas a
pedir, mas também como pedir. Devemos pedir com
fé, pois o maior empecilho para as respostas à ora-
ção é a incredulidade.
A pequena história, a seguir, ilustra muito bem o
pensamento a ser destacado: Certo pastor abordou
uma irmã que passava por grandes provações. Ela
teve um derrame, seu marido ficou cego e foi leva-
do para o hospital com chances reduzidas de cura.
O pastor disse à irmã: estou orando por você. O que
você está pedindo que Deus faça? - perguntou a irmã.
Estou pedindo que Deus a ajude e fortaleça – res-
pondeu o pastor. Agradeço suas orações - disse ela,
mas peça mais uma coisa. Ore para que eu tenha sa-
bedoria para não desperdiçar essa experiência toda!
28
d) Cumprimento das promessas: aquele que per-
severa ante as provações é bem-aventurado e rece-
berá a coroa da vida. Essas palavras estão no verso
12. “Bem-aventurado” é a mesma expressão do Ser-
mão do Monte (as bem-aventuranças – Mt 5:3-11), que
significa aquela pessoa digna de admiração e felici-
tação, que vive em bem-estar. ‘Persevera’ (hypoménō
no grego) significa ficar, permanecer, sustentar um
peso, o que, para o crente, só é possível mediante
a atuação do poder de Deus sobre ele. Estamos de
passagem neste mundo e este período é de prova-
ções, no intuito de sermos aprovados e recebermos a
promessa da coroa da vida. A palavra ‘aprovado’ tem
um belo significado aqui. Significa o que passa no
teste necessário e genuíno, portanto, aceitável após
ser verificado e validado. Esta era a palavra usada
para confirmar que uma moeda não era falsa, após
passar pela observação dos especialistas. Estamos,
neste mundo, sendo submetidos aos testes divinos.
Desse modo, Ele os aplica, avalia e aprova (ou re-
prova). A recompensa, a coroa da vida, é a mesma
prometida aos crentes da igreja de Esmirna (Ap 2:10),
que mesmo sob à ameaça de morte, perseveraram.
Conclusão
Wiersbe comenta que: “o Senhor precisa operar
em nós antes de poder operar por meio de nós. Deus
passou 25 anos trabalhando na vida de Abraão an-
tes de lhe dar o filho prometido. Trabalhou 30 anos
na vida de José, fazendo-o passar por “várias prova-
ções”, antes de colocá-lo no trono do Egito. Passou
80 anos preparando Moisés para 40 anos de servi-
ço. Cristo levou 3 anos para treinar seus discípulos e
construir o caráter deles”. Estes são exemplos com-
probatórios de que as provações refinam e fortale-
cem nossa fé. Ninguém gosta de passar por prova-
ções, porém, elas servem para nos fortalecer e ajudar
a crescer. É muito fácil seguir Jesus quando vai tudo
31
bem, mas a grande prova de nossa fé é quando pas-
samos por dificuldades. Será que amamos Jesus de
verdade ou somente queremos as coisas boas que
ele oferece? Será que estamos mesmo prontos para
seguir Jesus em todas as circunstâncias? A provação
é o teste eficaz da fé.
Leitura Diária
32
Lição 2
A Fé e o
Convívio
Social
33
bajulados, enquanto os mais pobres eram deixados
de lado, não recebiam a mesma atenção. A orien-
tação de Tiago é clara: o modo de agir em relação
às pessoas demonstra as verdadeiras convicções a
respeito de Deus.
Vamos nos deter, então, quais os fundamentos que
o cristão tem para não aceitar nem praticar a discri-
minação contra o seu próximo.
34
Em Jesus, aprendemos atitudes totalmente dife-
rentes. Ele experimentou rejeição no mais alto nível,
a ponto de ser condenado à morte por inveja e des-
peito dos líderes religiosos judeus. Entretanto, os ini-
migos de Jesus reconheceram que suas credenciais
eram diferenciadas: “Mestre, sabemos que és íntegro
e que ensinas o caminho de Deus conforme a verda-
de. Tu não te deixas influenciar por ninguém, porque
não te prendes à aparência dos homens.” (Mt 22:16b).
O episódio em que a viúva pobre oferece sua oferta é
mais uma prova de como Jesus olhava a questão do
favorecimento pessoal, (Mc 12:41-44), contrastando
com a tendência humana de julgar outros pela apa-
rência ou seu passado, coisas que são unicamente
exteriores. Saulo, quando se converteu, experimen-
tou essa desagradável situação. A igreja de Jerusa-
lém teve medo de recebê-lo, sendo necessário que
Barnabé tomasse a iniciativa de romper tais barreiras
(At 9:26-28).
Conclusão
Os princípios aqui estudados sobre o assunto “dis-
criminação” podem ser aplicados a todas as áreas
que a sociedade hoje tanto discute, de forma aca-
lorada, extremista e buscando mais o confronto do
que o diálogo. O fato de aprendermos, nesta lição,
que não devemos agir com discriminação, não signi-
fica que vamos abrir mão de princípios, valores e en-
sinos da Palavra de Deus, mesmo quando os assun-
tos são difíceis ou ‘polêmicos’. Vale dizer que, onde
a Palavra de Deus é assertiva, proposicional, não há
o que discutir, duvidar ou buscar um acordo com o
mundo. O que precisamos, é ter a mente e o cora-
ção abertos para apresentar a verdade com amor às
pessoas, lembrando que a Bíblia Sagrada diz que: “...
mas onde aumentou o pecado, transbordou a gra-
ça”. (Rm 5:20).
39
Para Pensar e Agir
1. Você tem dificuldade de dialogar com aqueles
que vivem e pensam diferente de você e respeitá-
-los?
2. Você consegue separar o fato de não discriminar
as pessoas com o não concordar necessariamente
com seus pensamentos e atitudes?
3. Você está consciente de a Bíblia Sagrada ser
proposicional, assertiva, em muitos assuntos que são
polêmicos na sociedade, mas que entre o ‘politica-
mente aceitável’ e os princípios eternos do Senhor,
estes têm preeminência e proeminência?
Leitura Diária
40
Lição 3
A Fé e
as Obras
41
ca, fruto da vivência ‘na’ e ‘da’ Palavra. Assim, o tipo
de fé que Tiago nos ensina é aquela que alguém
definiu da seguinte forma: “fé não é crer apesar das
evidências, mas obedecer apesar das consequên-
cias”.
1. A fé morta (2:14-17)
A fé morta seria um tipo de fé falsa e inútil. Analo-
gamente, assim como produtos de grandes marcas
sofrem com a falsificação do que produzem, mesmo
que a falsificação seja a mais bem feita, ainda assim
será algo falso. Do mesmo modo, aqueles que têm
a fé morta falam muito e agem pouco. As pessoas
com a fé morta colocam palavras no lugar de atos;
suas vidas não condizem com seus discursos. Elas
acreditam que suas palavras têm o mesmo valor de
obras, mas estão enganando a si mesmas.
42
por ele. Contudo, se tal cristão não faz coisa alguma
para suprir, dentro das suas próprias possibilidades,
as necessidades do que está carente, deve-se se
questionar tal fé. A falsa disposição para servir, faz
com que o Apóstolo irrompa em um veredito bem
claro (v.16): de que adianta tal fé? De que vale uma
fé em Deus que não observa os dois maiores man-
damentos: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo?”.
2. A fé demonstrada pelas
obras (2:18-20)
Destarte, não são as obras que produzem fé ou
favor de Deus. Não obstante, dos versos dezoito até
o verso vinte, há uma declaração surpreendente: até
os demônios creem, e tremem (grego fríssousin -
estremecer, ser atingido com extremo medo, estar
horrorizado, eriçar)! O uso desta ilustração é uma
declaração surpreendente e chocante aos cristãos
indecisos.
45
3. A fé eficaz (2:21-26)
Por outro lado, o Apóstolo Tiago nos lembra de
dois personagens do Antigo Testamento para nos
ensinar de que a fé produtiva é dinâmica, eficaz:
Abraão e Raabe. Dois personagens distintos, mas
que estão lado a lado, em Hebreus 11, na lista co-
nhecida como “galeria dos heróis da fé”.
46
buscar praticar.
Conclusão
Estudamos, nesta lição, que todo cristão madu-
ro ‘pratica a verdade’. Não está atrelado de forma
simplista a doutrinas antigas, mas as pratica na vida
diária. Tal cristão possui uma fé dinâmica tal como
47
Abraão e Raabe; uma fé que transforma a vida e que
se põe a trabalhar para Deus. É esta fé que precisa-
mos exercitar – produtiva, influenciadora, transfor-
madora.
Leitura Diária
48
Lição 4
A Fé e as
Palavras
49
tanto para o mal como para o bem. Ele nos ensina a
partir de seis figuras: o freio, o leme, o fogo, um ani-
mal venenoso, uma fonte e uma figueira. Essas seis
ilustrações podem ser agrupadas em três catego-
rias significativas, as quais revelam os três poderes
da língua.
Conclusão
Você já foi vítima de fofoca? Já fez fofoca? Pen-
se sobre os efeitos de umas palavrinhas soltas, di-
tas ‘sem querer’. Há um ditado popular que afirma o
seguinte: “pessoas inteligentes falam de ideias; pes-
55
soas comuns falam de coisas e pessoas medíocres
falam de outras pessoas”. Vamos ter cuidado com
nossas palavras!
Leitura Diária
56
Lição 5
A Fé e a
Opressão
57
a seguir.
62
mer e devorar são de intensidades diferentes. A ideia
que o texto nos dá é: assim como um fogo ‘devora’ o
que está sendo queimado, o apego às riquezas pode
devorar a vida de uma pessoa, acabar com ela, seus
valores, seu caráter. Certamente, muitas pessoas po-
dem se lembrar das denúncias envolvendo autorida-
des em conchavo com diferentes pessoas, solapan-
do, desviando verbas públicas para enriquecimento
pessoal; outras, aceitando suborno para oferecer e
receber vantagens em licitações, etc. Eis o alerta da
sabedoria: “Cuidado! Que ninguém o seduza com ri-
quezas; não se deixe desviar por suborno, por maior
que este seja. Acaso a sua riqueza, ou mesmo todos
os seus grandes esforços, dariam a você apoio e alí-
vio da aflição?” (Jó 36:18,19). (Ver também I Tm 6:17;
Sl 62:10).
Conclusão
O mundo não é justo e, às vezes, também agimos
de forma injusta. A Bíblia Sagrada afirma: “Sempre
haverá pobres na terra. Portanto, eu lhe ordeno que
abra o coração para o seu irmão israelita, tanto para
o pobre como para o necessitado de sua terra.” (Dt
15:11). Percebam que o texto expõe que é inevitável
a diferença econômica, mas preconiza que os mais
abastados devem ser liberais em atender os que têm
falta de.
64
Para Pensar e Agir
1. Você tem experimentado injustiças, opressões
existenciais que o(a) deixam triste e, às vezes, até
mesmo enfurecido(a)? Como este estudo o(a) ajuda
a encarar esta situação?
2. Você tem sido agraciado por Deus com bens
materiais? O que você tem feito deles?
3. Formas de honrar a Deus com seus bens: dizi-
mar, ofertar, participar do sustento missionário, aju-
dar alguém que não tem o que vestir, o que comer...
4. Precisamos ser proativos no clamor e ação por
justiça. Não fica bem aos cristãos: saquear, partici-
par de protestos violentos, mas podemos fazer mui-
to com nossas orações e ações, para que a justiça
se estabeleça e a opressão não domine.
Leitura Diária
65
Lição 6
A Esperança
na Verdade
1. O fundamento da nossa
esperança (1:3)
De nada adiantaria nossa esperança, se ela seguis-
se a máxima popular a qual afirma que “a esperança
é a última que morre”. A esperança do cristão não
morre jamais, pois está fundamentada na Rocha, a
qual é Cristo. A palavra grega para ‘esperança’, tem
o sentido de ‘expectativa do que é certo’, aguardan-
do quando acontecerá e não se acontecerá. Portan-
to, diferente do dito popular, a esperança do cristão
é uma “esperança viva”, compreendendo este senti-
mento em relação às promessas de Deus.
67
encoraja a enfrentar as lutas, uma vez que, por meio
delas, a salvação deles estava sendo aperfeiçoada,
pois Jesus é a fonte maior e única da regeneração.
Ainda mais, através da Sua ressurreição, temos as-
segurada nossa bem-aventurança futura e, enquan-
to mantivermos tal esperança, seremos guardados
nesta vida aqui. Pedro, como testemunha da ressur-
reição de Jesus, conduz os cristãos daquela e de to-
das as épocas, a verem a ‘esperança’ na ‘ressurreição’
como baseada na vitória de Cristo sobre a morte, que
afasta nosso olhar de nós mesmos para concentrá-lo
em Deus, que é o fundamento da esperança cristã.
69
rança espiritual eterna, independentemente dos so-
frimentos daqui. Essa visão requer ‘fé no poder de
Deus’, o qual nos guarda contra todos os inimigos,
tendo a capacidade de preservar todo cristão com-
prometido com Ele. Conquanto seja uma herança
para a eternidade, ela é um fato concluído, pronto e
esperando para ser manifestado no momento certo
“até chegar à salvação prestes a ser revelada no úl-
timo tempo (v.5)”.
3. Esperança em meio
às provações (1:6-9)
Nesta perspectiva, as tribulações fazem parte da
didática divina para nos ensinar e preparar. O texto
usa a palavra ‘provação’ em lugar de ‘tribulação’ ou
‘perseguição’, pois o apóstolo trata dos problemas
gerais que os cristãos enfrentam por estarem em
meio a uma sociedade incrédula. O problema do so-
frimento, geralmente, traz questionamentos aos cris-
tãos, mas o caminho para a nossa glorificação pre-
cisa passar pelo teste da resistência às provações.
Às vezes, há uma espécie de necessidade de que
os seguidores de Deus sejam afligidos; quando não
passam por provações, tendem a ficar descuidados
e quando têm prosperidade secular, provavelmente,
se voltam para o mundo. Todo esse processo purifi-
ca a alma da impureza e proporciona a manifestação
da integridade da fé em Jesus Cristo.
70
Podemos apresentar alguns aspectos da ‘prova-
ção’, a partir do texto:
71
de firmar o amor e alegria no Senhor (v.8) e glorificar
o Seu nome (v.7);
4. Esperança proclamada e
concretizada (1:10-12)
Ser cristão não é uma fuga do mundo presente por
causa da esperança eterna no céu. Mesmo nos mo-
mentos de sofrimento, de provações, o cristão pode,
pela fé e fortalecimento interior proporcionado pelo
Espírito Santo, transformar o sofrimento presente em
glória nos dias que vive aqui. E estes versos finais,
de nosso estudo, nos apresentam uma esperança
proclamada e concretizada, já a partir da vida neste
mundo em que as provações nos acompanham tão
72
de perto. Spurgeon disse: “Uma fé pequena leva a
alma ao céu; mas uma grande fé traz o céu para a
alma”.
Conclusão
No início da lição foi contestado um dito popular.
Agora, é apresentado outro: “quem espera, sempre
alcança”. Se acrescentarmos a expressão: “em Cris-
to”, então, o ditado fica completo e certo: “quem es-
pera em Cristo, sempre alcança”. Logo, mesmo que
venham as provações (e elas com certeza vêm e vi-
73
rão), elas não podem tirar nossa ‘esperança’. Peçamos
a Deus o fortalecimento, para crermos e vivermos
(n)essa verdade.
Leitura Diária
74
Lição 7
O Imperativo
da Santidade
75
suas atitudes estão distantes desse viés, pelo que
podemos sustentar que a santidade não pode estar
desligada da nossa vida cristã. O texto que estuda-
remos, hoje, nos mostra exatamente esta verdade
imperiosa para cada servo de Jesus.
Conclusão
Vivemos em meio à corrupção; ao olhar para o
lado, tudo o que vemos é sujeira. O cristão vive no
mundo, mas não pode se contaminar com a sujeira
dele. Caminha na podridão de um mundo distante
de Deus, mas, a partir do momento que é transfor-
mado por Cristo, pecado algum deve se agarrar a
ele. Não é porque estamos no mundo que, devemos
viver como o mundo. O barco é feito para estar na
água, mas a água no barco pode fazê-lo afundar. Es-
tamos, aqui, para fazer a diferença! É o imperativo da
santidade!
81
Para Pensar e Agir
1. Reflita no fato de que, você é chamado para uma
vida santa: uma busca contínua para ter vitórias so-
bre o pecado.
Leitura Diária
TER Salmo 93
82
Lição 8
A Verdade
para Fazer
a Diferença
83
Como igreja, temos a missão de fazermos a dife-
rença na vida das pessoas, de marcarmos a vida dos
nossos familiares, dos nossos colegas de trabalho,
enfim, da nossa sociedade. O texto desta lição nos
ensina tanto a importância de ser diferente como
de fazer a diferença.
85
2. Diferentes para fazer diferença na
vida pública (2:13-17)
Esses versículos começam pela expressão “por
causa do Senhor”. Tudo o que o cristão faz deve ser
para a glória do Senhor (I Coríntios 10:31), mas Pedro
destaca que os cristãos são representantes de Je-
sus Cristo na sociedade através de seu comporta-
mento. Esses versos apresentam um forte paralelo
com Rm. 13:1-7, em que Paulo fala da relação dos
cristãos com as autoridades instituídas, com ambos
ensinando o dever da submissão. Não era um tema
fácil para aquela época como não o é hoje.
86
as leis humanas conflitam com a consciência ilumi-
nada pelo Espírito Santo. Em casos assim, o próprio
Pedro é um exemplo do que deve ser feito, bem
como Daniel e seus amigos. (leiam At. 4:19,20; 5:29 e
Dn. 1:5-16; 3:13-18; 6:1-28).
Conclusão
Jesus nos chamou para fazermos diferença. A ex-
pressão “ser diferente” tem um peso no verbo que a
compõe. “Ser” indica nossa postura pessoal, princi-
palmente como alguém conhecedor da verdade. É
o nosso caráter e as nossas atitudes que produzem
frutos em nossa forma de ser. Já a expressão “fazer
a diferença” tem o centro no verbo “fazer”, que indi-
ca ação! Portanto, “fazer diferença” é a nossa ação
em relação ao mundo que está ao nosso redor e as
atitudes para com as outras pessoas.
91
Para Pensar e Agir
1. Você tem buscado ser diferente do padrão pe-
caminoso do mundo?
Leitura Diária
92
Lição 9
A Verdade no
Relacionamento
Conjugal
93
vivermos totalmente isolados, o que é verdade mais
determinante ainda na vida conjugal. Se, porventura,
você não for casado(a), aqui está uma ótima opor-
tunidade para aprender, antecipadamente, como se
relacionar com seu futuro cônjuge.
1. Submissão e casamento
saudável (3:1)
Muitos (principalmente algumas mulheres) têm di-
ficuldade com esse texto bíblico e o texto de Paulo
aos Efésios (5:22-33). Paulo estende seus ensinos para
a relação pais e filhos, enquanto Pedro fixa apenas o
relacionamento conjugal. Essa dificuldade origina-se
numa leitura parcial do texto, apegando-se à ordem
do Espírito Santo de submissão da mulher, interrom-
pendo a passagem neste ponto. Na realidade, a be-
leza de ambos os textos está no ensino do equilíbrio
no relacionamento entre homem e mulher no rela-
cionamento conjugal. Observem: “mulheres, sujei-
tem-se a seus maridos” (3:1); “maridos (...) tratem-nas
(suas mulheres) com honra, como parte mais frágil”
(3:7). Paulo diz: “Mulheres, sujeitem-se a seus mari-
dos” (Ef.5:22); “os maridos devem amar as suas mu-
lheres” (Ef.5:28). Creio que só uma grande má vontade
para não enxergar o perfeito equilíbrio nas orienta-
ções bíblicas para mulheres e maridos, o que resulta
em um relacionamento sadio no casamento.
2. Responsabilidades da esposa
na construção de um casamento
saudável (3:1-6)
Pedro apresenta três motivos pelos quais uma es-
posa cristã deve ser submissa ao marido, mesmo
quando este não é um cristão.
3. Responsabilidades do esposo
na construção de um casamento
saudável (3:7)
Aos maridos, o apóstolo faz algumas exortações
de caráter muito sério, que todos os esposos preci-
sam considerar. Primeiramente, ele exorta os espo-
sos a serem “sábios” no relacionamento. Essa palavra
significa inteligência, entendimento, conhecimento
adquirido pela experiência pessoal em um relacio-
namento direto. “É impressionante como duas pes-
soas casadas podem viver juntas por longo tempo
sem se conhecerem de verdade! A ignorância é pe-
rigosa em qualquer área da vida, mas especialmen-
te no casamento. O marido cristão precisa conhecer
as variações de humor, sentimentos, medos e es-
peranças da esposa. Precisa ‘ouvir com o coração’ e
97
se comunicar de maneira correta com ela.” (Wiesbe,
v.6, p.529). É compreender que a esposa é diferente
física, emocional e, mesmo espiritualmente, age e
reage diferente.
98
exceções, o homem é fisicamente mais forte, por-
tanto, o marido deve tratar a esposa como um vaso
caro, belo e frágil, que contém um tesouro precioso.
Conclusão
O âmbito doméstico é, sem dúvida, o mais deli-
cado para se viver os princípios cristãos. É muito im-
portante entender com clareza as funções que Deus
designou para o homem e para a mulher dentro do
casamento. A confusão existente sobre as funções
de cada um é a causa principal de muitos conflitos
conjugais. Ao idealizar o casamento, Deus deu a cada
cônjuge uma posição de serviço diferente do outro,
nem superior nem inferior, mas diferente. Para con-
seguir harmonia na vida familiar é essencial que os
esposos conheçam e aceitem seu próprio papel e o
de seu cônjuge.
99
Para Pensar e Agir
1. Como casais, vocês estão sendo companheiros
ou concorrentes? Lembrem-se de que são exemplo
para seus filhos.
Leitura Diária
100
Lição 10
O Sofrimento
em Nome da
Verdade
102
no. Claro que nem todas as dificuldades da vida são,
necessariamente, provações ligadas à fé em Cristo.
Muitas fazem parte da vida, e quase todos passam
por elas. Infelizmente, também há problemas causa-
dos pelo próprio ser humano, por decisões equivo-
cadas ou por causa da desobediência e do pecado.
As provações na vida do cristão não são um aci-
dente de percurso. O verbo “surgir” pode ser traduzi-
do também por “acompanhar”. Isto reafirma que ser
cristão e sofrer por amor a Cristo são inseparáveis.
A palavra final do v.12 – “acontecendo” – é um verbo
usado no Novo Testamento para referir-se principal-
mente à providência de Deus, que organiza todas as
ocorrências da vida para trabalhar em conjunto com
Seu propósito eterno. Portanto, as provações fazem
parte do plano de Deus, que tudo controla, visto que
todas as coisas cooperam para o bem dos que amam
a Deus e se submetem à sua vontade. (Rm.8:28).
103
tiva.
104
2. O Sofrimento leva a avaliar a vida
com Cristo (4:15-18)
O sofrimento, de forma geral, parece deixar as pes-
soas mais sensíveis e, no caso do cristão, pode ser
uma grande oportunidade para avaliar sua vida com
Cristo. Não se trata de ficar “caçando” pecado na pró-
pria vida para “explicar” o sofrimento, pois o livro de
Jó nos ensina a não fazermos isso. Mas é verdade
que no fogo da perseguição e do sofrimento, parece
que as coisas tendem a ficar mais claras, pois a pes-
soa se volta para si mesma, examinando sua vida em
vários aspectos.
106
crentes verdadeiros é difícil suportar as provações,
questiona-se qual será o destino daqueles que são
desobedientes a Deus, que, segundo Pedro, será
muito maior do que os cristãos são chamados a su-
portar, ou podem imaginar. A perspectiva “...daque-
les que não obedecem ao evangelho de Deus” é de
completa falta de esperança. Algo muito pior aguar-
da os desobedientes, quer sejam perseguidores pa-
gãos, quer cristãos infiéis.” A estes, resta o sofrimento
eterno por extrapolar a medida da ira de Deus.
107
Estas verdades implicam a onipotência e domínio
de Deus sobre os acontecimentos. Os cristãos per-
seguidos podem apoiar-se sobre esta verdade a sua
esperança inabalável. Esse compromisso não é algo
isolado, mas, sim, uma atitude constante. Ao retribuir
o mal com o bem, mesmo sofrendo por isso, o cris-
tão se entrega a Deus e seu cuidado para todas as
áreas e momentos da vida.
Conclusão
O que torna ainda mais inquietante é o silêncio de
Deus em algumas situações do sofrimento da hu-
manidade. Comumente, queremos respostas rápi-
das, pois o nosso tempo é limitado. No entanto, todo
sofrimento humano – especialmente dos cristãos –
precisa ser visto à sombra da cruz e da ressurreição
de Jesus. Sem a vitória sobre a morte, o sofrimento
humano não teria uma resposta cristã coerente. Se-
ria agonia, dor, sofrimento e fim. Mas pelo sofrimento
de Cristo, do qual cada cristão é participante neste
mundo, confiamos na glória que nos aguarda. Sob
esta perspectiva, devemos suportar as aflições da-
qui focados na gloriosa eternidade que nos aguarda
(Rm.8:18).
108
Para Pensar e Agir
1. Ser cristão e passar por sofrimento causa es-
panto para você? Foi Jonathan Edwards quem disse:
“A terra é tudo de melhor que o ímpio pode experi-
mentar e tudo de pior que um cristão experimenta-
rá”.
2. Diante do sofrimento você é capaz de ver as
provisões de Deus?
3. Você entende que os sofrimentos deste tempo
são passageiros enquanto a glória futura é perma-
nente?
Leitura Diária
109
Lição 11
Cristo é a
Verdade
Suficiente
110
1. A pessoa de Cristo é suficiente
(1:3,4)
O verso três, do capítulo primeiro, é o ponto central
da carta: “Seu divino poder nos deu todas as coisas de
que necessitamos para a vida e para a piedade...”. O
verbo “dar” indica uma ação de “dar como presente,
livremente”. Essa palavra está em um tempo verbal
no grego que significa algo que foi dado, está dado e
continuará dado, ou seja, tudo o que o cristão precisa
está para sempre garantido ao cristão para viver. Não
tudo o que ele deseja, mas tudo de que necessita.
Pedro tinha visto e vivenciado muitas demonstrações
do poder de Jesus, através dos milagres realizados
e suas próprias experiências (Mt.14:22-29). A palavra
poder (dynamis) indica uma energia constante e di-
nâmica habitando em Cristo por força da sua nature-
za divinal.
111
dão, excelência moral. São por estas qualidades que
Jesus Cristo chama os homens para si e, de forma
admirável, lhes oferece participação nessa glória e
virtude (v.3b).
113
cando ainda a cooperação generosa e dispendiosa.
Isto quer dizer que o cristão deve investir tudo o que
puder nesse tipo de cooperação com Deus, em sua
própria vida, para a honra dEle.
Conclusão
A caminhada do cristão neste mundo começa com
a fé em Jesus. No entanto, ela deve direcioná-lo ao
crescimento espiritual. Caso contrário, tal fé será uma
fé morta, improdutiva, inoperante, pobre nas coisas
espirituais (recordar a advertência de Tg.2:14-16). A fé
precisa, imperiosamente, conduzir ao crescimento
que, por conseguinte, gerará resultados práticos na
116
vida e no serviço cristãos. Viver esse estilo de vida,
o Cristianismo verdadeiro, torna difícil o crente ser
levado pelo engano dos falsos ensinos, dos falsos
mestres e dos que se afastam da fé genuína.
Leitura Diária
117
Lição 12
A Vitória da
Verdade
118
portanto nada pode ser tirado, modificado ou acres-
centado ao que está na Bíblia, inclusive sobre a se-
gunda vinda do Senhor. Esta vinda é certa e será vi-
sível a todos (Ap.1:7).
119
b) A demora é o exercício da paciência de
Deus
É a misericórdia divina que, bondosamente, ofere-
ce inúmeras oportunidades de arrependimento ao
pecador (v.9a). É a demonstração de que o Senhor
tem um plano para este mundo e que o está execu-
tando rigorosamente. Deus deseja que os pecadores
sejam salvos, (v.9, comp. I Tm.2:4). Obviamente, isso
não significa que todas as pessoas serão salvas, mas
que não há contentamento de Deus em condenar o
homem à perdição eterna.
Conclusão
Ao terminarmos estes dois estudos, um pequeno
estrato de uma carta tão atual e de mensagem ur-
gente, destacamos que os apóstatas, falsos mestres,
estão se reproduzindo assustadoramente nas igrejas
e seduzindo muitos cristãos imaturos. Portanto, é ne-
cessário que cada cristão cresça e se fortaleça es-
124
piritualmente, aproveitando todas as oportunidades
de proclamar a verdadeira mensagem aos perdidos.
Leitura Diária
125
Lição 13
A Defesa
da Verdade
126
Pedro (Ex.: II Pedro 2:1-3; 3:3ss), não é possível afirmar
que os destinatários das duas cartas são os mesmos.
O certo é que ambas estimulam os cristãos a leva-
rem a sério as advertências contra a apostasia.
127
pressão “foi entregue” ou “foi dada” é o verbo grego
paradotheísē, que significa dar em custódia (quando
alguém recebe algo para guardar e é responsável
por essa guarda). Desse modo, podemos sustentar
que Judas, com certeza, concorda com João: Todo
aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas
vai além dele, não tem Deus; quem permanece no en-
sino tem o Pai e também o Filho. Se alguém chega a
vocês e não trouxer esse ensino, não o recebam em
casa nem o saúdem. (II João 1:9,10).
b) Blasfemos (v.8b-11)
Descreve uma pessoa arrogante, desafiadora, in-
solente, que levianamente desafia a Deus e sua au-
toridade. O caráter dessas pessoas é ilustrado por
três personagens bíblicas: Caim, Balaão e Corá, to-
129
dos eles arrogantes diante de Deus. A forma correta
de enfrentar os apóstatas blasfemos é demonstra-
da nas palavras de Miguel para pôr fim ao embate
contra Satanás pelo corpo de Moisés: “o Senhor te
repreenda”.
c) Dissimulados (v.12)
Judas os chama de “rochas submersas”. Na nave-
gação, o timoneiro deve estar sempre alerta, pois
águas de aparência calma e segura podem escon-
der recifes traiçoeiros. Portanto, líderes espirituais e
cristãos em geral devem estar sempre de guarda.
d) Egoístas (v.12)
Caracterização que se dirige mais aos líderes após-
tatas. A Bíblia na Nova Versão Internacional traduz
como “pastores que só cuidam de si mesmos”. Fazem
tudo isso “sem qualquer recato”, expressão que tam-
bém pode ser traduzida por “sem qualquer medo”.
Esta é a diferença entre o verdadeiro pastor e o mer-
cenário: o primeiro preocupa-se com as ovelhas; o
segundo, apenas consigo mesmo.
e) Inúteis (v.12)
Nuvens que prometem chuvas, mas não a der-
ramam, são uma decepção para o agricultor cujas
plantações precisam encarecidamente de água. Os
apóstatas dão a impressão de serem pessoas que
130
podem oferecer ajuda espiritual e se vangloriam de
suas aptidões, mas são incapazes de concretizar coi-
sa alguma.
f) Infrutíferos (v.12)
“Árvores sem frutos”, “árvores duplamente mortas”.
Particularmente, gosto dessa última forma de tradu-
ção. Além de não ter frutos, também não têm raízes
(“desarraigadas”), por isso são árvores “duplamente
mortas”. São mortos porque não dão frutos e mortos
porque estão arrancados da terra. Temos aqui um
grande contraste com o homem piedoso do Salmo
1:3.
131
h) Decadentes (v.13b)
A comparação agora é com estrelas cadentes, ou
meteoros, que aparecem de repente, mas alguns
saem da órbita prevista e depois somem na escuri-
dão para nunca mais serem vistos. É perturbador e
muito triste ler ou ouvir histórias daqueles que um dia
se destacaram como líderes e hoje estão na escuri-
dão, caíram no esquecimento. E desses, alguns caí-
ram por causa do orgulho de enxergarem a si mes-
mos como estrelas.
Conclusão
As condições apresentadas por Judas são muito
parecidas com as de hoje. A principal forma de bata-
lhar pela fé é explicar e expor a realidade e verdade
das Escrituras Sagradas. Não é algo simples de ser
feito e, por incrível que pareça, nem sempre é bem
aceito. Precisamos exortar à fidelidade ao Evange-
lho. Somos de fato chamados por Judas a defender
esse evangelho (fé), dentro e fora das nossas igrejas.
Porém, isso exige conhecer as Escrituras. (I Pe.3:15).
Não podemos dar brechas para o inimigo. Estamos
na batalha pela fé e para alcançarmos a vitória nesta
132
luta, não podemos nos afastar da Palavra de Deus
nem descuidarmos de nossa saúde espiritual.
Leitura Diária
133
40° CONGRESSO DA AMBF
23, 24 e 25
S E T E M B R O
P R I M E I R A I G R E J A B AT I S TA E M R I O B O N I T O
Ficha Técnica
Revisão e Copidesque:
Ir. Simara Marques de Souza Mineiro
Ir. Leandro Sant’Anna da Silva Guimarães