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INTRODUÇÃO

Dízimos: devemos praticá-lo? Esse tema mexe com a fé das pessoas e devido
a questão do Dízimo estar presente nas igrejas e ser muito questionado. É
muito desafiador falar sobre Dízimo nos dias atuais, mesmo que essa doutrina
seja milenar, esse estudo continua sendo muito atual.

Várias abordagens já foram feitas a partir desse tema, pois estudar a prática
dos dízimos, um dogma presente nas igrejas, poderia ir por vários nichos tanto
sociológico, histórico, religioso, mas inicialmente, o desenvolvimento desse
tema estará ligado ao âmago que é Jesus.

Muito ainda há que se estudar sobre este tema. Muitas discussões têm se
levantado sobre dar o dízimo ou não. Na verdade, qual será a expressão
correta? Entregar, devolver ou pagar?

A ORIGEM DOS DÍZIMOS


Definição:

A palavra dízimo significa “décima parte de algo; décimo. Contribuição dada


pelos fiéis à igreja que, geralmente, corresponde à décima parte de seus
rendimentos”. A primeira passagem bíblica que fala sobre dízimo, é no antigo
testamento, ou antiga aliança, “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e
vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E bendito seja Abrão o Deus
altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de
tudo”. (Gênesis,14: 19-20). Jacó quando fugia do seu irmão Esaú porque tinha
roubado a primogenitura, votou ao Senhor dizendo:

“Fez um voto ao Senhor dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta


viagem que faço, e me der pão para comer, e vestidos para vestir: E eu em paz
tornar à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus, e essa pedra ponho
posto por coluna será casa de Deus; Tudo quanto me deres certamente te
darei o dízimo. (GÊNESIS 28:20-22.).

DÍZIMO SOB A LEI MOSAICA

O Dízimo foi instituído por Deus logo após o povo de Israel sair do Egito por
intermédio de Moisés. O Senhor instruiu o povo dizendo que, os filhos de Levi
foram separados para o serviço ministerial, e que os “Levitas exercem na tenda
da congregação, por esse ministério exclusivo dos Levitas, então o Senhor
autorizou a tomar os dízimos dos filhos de Israel”.

Dízimo para os Levitas: “Eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os
dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exercem, o ministério
da tenda da congregação”. (NÚMEROS 18:21) “Então virá o levita (pois nem
parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão
dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus
te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem”. (DETEURONÔMIO
14:29) “Estes são os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés para os
filhos de Israel, no monte Sinai”. (NÚMEROS 27: 34) “Mas os Levitas
administrarão o ministério da tenda da congregação, e levarão sobre si a sua
iniquidade: Pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no dos filhos de
Israel nenhuma herança herdarão”. (NÚMEROS 18: 23)

Dízimo Cerimonial: era usado para prover as festas e festivais religiosos de


Israel “Então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher
o Senhor teu Deus; E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma,
por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te
pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor teu Deus, e alegra-te, tu e a tua
casa”. “Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo
ano, e os recolherás dentro das tuas portas” (Deuteronômio 14: 22-28)

Dízimo para os pobres:  “Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem
contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas,
e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a
obra que as tuas mãos fizerem” (Deuteronômio, 14: 22-29).

Dízimo para os sacerdotes:  Também no mesmo dia se nomearam homens


sobre as câmaras, dos tesouros, das ofertas alçadas, das primícias, dos
dízimos, para ajuntarem nelas, dos campos das cidades, as partes da lei para
os sacerdotes e para os levitas; porque Judá estava alegre por causa dos
sacerdotes e dos levitas que assistiam ali”. (Neemias, 12: 44).

Dízimo em Malaquias: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e


dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois
amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação.
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha
casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não
vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que
não haja lugar suficiente para a recolherdes” (Malaquias, 3:8-10).

A observância dos dízimos nos dias atuais tem sido um assunto muito
questionado nas igrejas. Muitas discussões têm se levantado sobre a prática
dos dízimos. Abraão, o pai da fé, foi o pioneiro de forma voluntária e liberal
movido pelo Espírito Santo a devolver o dízimo. “Ora, não foi Abraão, nosso pai
na fé, justificado por obras, quando ofereceu seu próprio filho Isaque sobre o
altar” (Tiago 2:21). Abraão viveu 645 anos antes da lei ser dada a Moisés no
monte Sinai.

Vale a pena ressaltar que a palavra de Deus jamais muda, ela é viva, atual,
eterna, e nunca ficará ultrapassada.

DÍZIMO A LUZ DO NOVO TESTAMENTO

A palavra dízimo na nova aliança é três vezes mencionada, “E disse Jesus:


“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim a rogar, mas
cumprir” (Mateus, 5:17). Há passagem bíblica em que o Senhor Jesus confirma
que o dízimo tem que ser observado também pelos cristãos nos dias atuais
(Mateus 23:23). “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que pagais o dízimo
da hortelã, do endro e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da
lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade”. Nessa passagem o Senhor Jesus
em hipótese alguma aboliu a prática do dízimo; somente pessoas desprovidas
de uma boa hermenêutica e de nenhuma formação teológica, afirmam uma
coisa desse gênero. O Senhor Jesus nessa passagem estava trabalhando o
espírito cristão dos fariseus e escribas.

No evangelho de Lucas o Senhor demostra outro exemplo que devemos


praticar o dízimo “Subiram dois homens para orar, um cheio de orgulho porque
dava dízimo, e o publicano muito humilde, falou assim: ‘Tem misericórdia de
mim porque sou um pecador’, ele reconheceu que era um necessitado.

Dois homens subiram ao templo para orar; uma era fariseu e o outro,
publicano. O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não
sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como
este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto
ganho. “Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu,
mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’.
“Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de
Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.
(LUCAS 18: 10-14.).

E por fim em Hebreus fica provado, a “superioridade de Cristo sobre a velha


dispensação”, e aqui, de modo particular, sobre o sacerdócio judaico. Refere-
se a Melquisedeque e ao dízimo que Abraão lhe pagou, acrescentando que
esse Melquisedeque era figura de Cristo”.

Sendo Melquisedeque figura de Cristo, quando Abraão lhe deu o dízimo,


estava dando-o, em figura, ao próprio Cristo. Se o crente Abraão deu o dízimo
a Melquisedeque, tipo de Cristo, os crentes hoje devem dá-lo ainda àquele que
é sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque. O pensamento
do versículo 8 pode ser assim parafraseado: “Enquanto no sistema mosaico
recebem dízimos homens que morrem, isto é, os sacerdotes, na dispensação
da graça, tipificada por Melquisedeque e Abraão, recebe dízimos aquele de
quem se testifica que vive para sempre, Jesus Cristo.” Jesus, pois, recebe
dízimos até hoje dos crentes fiéis, através da igreja que ele instituiu e incumbiu
da propagação do evangelho.
“ A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por
interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz;

Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os
dízimos dos despojos.  E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio
têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos,
ainda que tenham saído dos lombos de Abraão.

E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de
quem se testifica que vive.

E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou
dízimos” (Hebreus, 7: 1-10)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É evidente que Jesus em seu ministério terreno não prometeu riquezas aqui na
terra e sim no céu “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o
que tens e dá o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.
(Mateus, 19:21). “E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm
ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mateus, 8:20).
“Os céus são os céus do Senhor; mas a terra a deu aos filhos dos homens”
(Salmos, 115:16). Nessa passagem o Senhor nos esclarece muito bem que a
terra está aí para ser conquistada por qualquer um que se esforce. O próprio
Deus falou com Josué “ Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este
povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria” “Tão-somente esforça-te e
tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que
meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem
para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que
andares” (Josué, 1:6-7).

O verdadeiro seguidor de Jesus deve contribuir para a igreja na expansão do


Evangelho. O mais importante é a vontade de contribuir, não a quantidade
oferecida (2 Coríntios 9:6-7). Manter a igreja é responsabilidade de seus
membros. Não querer contribuir com a obra de Deus indica um mau sinal.
A igreja é o instrumento de Deus para levar o Evangelho da Salvação ao
mundo. Contribuir para a manutenção da igreja é contribuir para a Salvação de
mais pessoas. Dar ajuda financeira também é importante para que a igreja
possa investir no cuidado e no amadurecimento daqueles que já são salvos (2
Coríntios 9:12-13).
Ofertar para a igreja também é uma forma de agradecer a Deus e colocar sua
confiança nele. Quando você dá uma parte de seu dinheiro a Deus, você está
reconhecendo que sua vida depende de dele e Ele que providencia aquilo que
necessita. Ofertar é demonstrar em ação que você ama mais a Deus que ao
dinheiro (Mateus 6:24).
O Novo Testamento recomenda ter o compromisso de ofertar regularmente
com uma quantia fixa (1 Coríntios 16:2). Além de dar alguma estabilidade
financeira à igreja, isso ajuda você a organizar seu orçamento pessoal. Ofertar
de maneira regular é uma forma sábia de gerir suas finanças e de apoiar a
expansão do Evangelho.
Saiba para onde vai o dinheiro do seu dízimo
Se você tem vontade no coração de ofertar ou dizimar, mas gostaria de saber
onde o seu dinheiro será aplicado, pergunte à liderança da sua igreja! Não
fique com dúvidas, você como membro tem esse direito.

Num Geral um relatório financeiro anual (prestação de contas), é apresentado


a quem pedir Participe das assembleias fiscais da igreja, dê sugestões e
ofereça sua ajuda. Coopere com sua igreja para o crescimento do Evangelho!

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