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HERCULES MOSTEIRO ROZO

M .·. M .·. - CIM 50110


M .·. I .·. 2012/2013
A.·. R.·. L.·. S.·. MARTIM AFONSO SAMARITÁ Nº 450
OR.·. DE SANTOS/SP - GLESP
2º. Diácono do Venerável Colégio da GLESP / Adm 2013/2016
2º. Vig.·. – Excelsa Loja de Perfeição Redenção - Or.·. de Santos
Capítulo Rosa Cruz Perfeição - Or.·. de Santos – Grau 18
Companheiro do Capítulo do Santo Real Arco de Jerusalém - Or.·. de Santos

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MAÇONARIA e ARQUITETURA encontram-se INTIMAMENTE associadas.
A maçonaria, podemos dizer que é a Arte de talhar a pedra bruta;
A arquitetura, é a Arte de conformar o espaço.
Ambas partilham características comuns:
- são simultaneamente operativas e especulativas;
- balançam nessa eterna luta entre o mundo dos interesses e o mundo dos valores;
- atingem a sua qualidade no equilíbrio entre a razão e a emoção, no equilíbrio entre
a poética e a erudição.

Luís Conceição, Arquiteto, Prof. Universitário e M.·. M.·.

A construção de uma edificação é algo que envolve muito trabalho, muito


empenho, e sobretudo o domínio de técnicas precisas, transmitidas por alguém,
para quem o ofício já não tenha segredos (Mestre), para outro alguém
ignorante no ofício (Aprendiz), no qual se iniciou e com um longo caminho na
sua frente rumo à perfeição. Aprendiz

Mestre

Um ofício, qualquer que seja, precisa não só de alguém que tenha conhecimentos
para nele atuar, mas também de utilizar as ferramentas adequadas à realização das
tarefas.

A tarefa do Aprendiz começa, desde logo, por identificar essas ferramentas:

- quais são;
- como se chamam;
- para que servem;
- quando se utilizam;
- como se utilizam.

Picaretas, marretas, machados, alavancas, nível (composto por uma superfície reta
com um círculo do qual pende um prumo), o esquadro, o compasso, o cinzel, as
marretas com cabeças circulares, machados e martelos.

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O esquadro e o compasso eram tão importantes para construções que se
transformaram em símbolos dos maçons nos tempos modernos.

Corporações de Ofício

Na Idade Média as profissões organizaram-se em corporações de ofício, nas quais, poucos


tinham a oportunidade de ingressar, tal a necessidade de cada corporação guardar
ciosamente os seus segredos, os seus conhecimentos.

“O objetivo principal da corporação de ofício foi estabelecer um sistema completo


de controle industrial sobre todos os que estavam associados no exercício de uma
vocação comum”.

A participação geral era dividida em três graus de mestres, jornaleiros


(companheiro) e aprendizes, mas qualquer jornaleiro podia se tornar um mestre,
de modo que, até onde a habilidade era considerada, havia somente duas classes.

O mestre fornecia cama e comida, treinamento técnico, às vezes um salário pequeno,


às vezes escolaridade, supervisionava sua conduta e, geralmente, ficava com o
menino no lugar dos pais; o garoto, por sua vez, era obrigado a não ser cativo, de
boa compleição física, um fiel operário e atento ao bem-estar de seu mestre.

O costume da aprendizagem, permanece arraigado em nosso próprio sistema


maçônico para nos lembrar de que um candidato aos nossos “mistérios” precisa
tanto de treinamento quanto o jovem dos tempos antigos, que batia à porta de uma
corporação.

Os membros se reuniam mensalmente num banquete, tinham estatutos, discutiam


em conjunto os interesses comuns, eram solidários, fraternos e leais por principio,
acertavam em comum as suas divergências. Eram tipicamente uma associação de
classe, o embrião de uma loja maçônica especulativa atual.

Tal aconteceu com os pedreiros franceses responsáveis pela construção de


Catedrais.

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Os seus ensinamentos só eram transmitidos a aprendizes, sendo estes, homens de
características especiais e tinham reconhecidas capacidades de integrar uma
comunidade tão eclética.

Essa comunidade era formada, então, de autênticos edificadores, construtores dos


mais belos monumentos que ainda hoje se podem admirar.

Construções sólidas, duradouras, quase intemporais, encerrando em si um saber


acumulado, só desvendado ou acessível a muito poucos.

MAÇONARIA E ARQUITETURA

L'Idea della Architettura Universale


("A Ideia Universal de Arquitectura"),
publicado em Veneza (1615)
Vincenzo Scamozzi

Vincenzo Scamozzi (1548 -1616) foi um arquiteto e teórico de arquitetura italiano.


Nasceu em Vicenza e atuou sobretudo na sua terra natal e em Veneza.

A influência de Scamozzi espalhou-se um pouco por toda a parte devido a tratado que
publicou.

Scamozzi também discutiu a cerca dos métodos de construção dos edifícios

ARQUITETURA GÓTICA
AS CATEDRAIS

A catedral, na tradição cristã, deve ser a casa de Deus na terra e, como tal, “reflexo
da ordem e da beleza que resplandecem em Seu trono”.

Os construtores medievais, grupos de Pedreiros Livres que desempenhavam seu ofício


em toda a Europa, foram os criadores dos mais fascinantes testemunhos de
inteligência e fé no final da Idade Média, as catedrais góticas.

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Essas obras revelam a genialidade dos mestres construtores e algumas de suas
técnicas.

A catedral era, seguindo uma visão hierárquica da igreja, meramente uma moradia
para bispos e sua assembleia religiosa. Porém, com o clima de grande disputa no
início do período gótico, essas catedrais assumiram grandes proporções, tornando-se
verdadeiros monumentos.

A construção de uma catedral gótica formigava com dúzias de trabalhadores


dispostos em times de trabalho e que recebiam por aquilo que faziam.

O mestre construtor atuava como um projetista, um artista e ainda como um


artesão. Com o auxílio de réguas, compassos, esquadros e outras poucas
ferramentas geométricas, ele fazia as plantas da catedral.

Cada construção era supervisionada por um mestre construtor e por volta de 30


artesãos especialistas. Esses especialistas e alguns de seus mais habilidosos
trabalhadores se moviam de função em função, aplicando lições aprendidas e
passadas de um a um.

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Aí está a origem das Lojas Maçônicas modernas, que aproveitaram a estrutura das
lojas de construtores medievais, suas ferramentas e algumas práticas e a isto
associaram conhecimentos iniciáticos milenares, patrimônio intelectual da
humanidade, anterior ao cristianismo.

Construção de uma Catedral Gótica

A planta básica da catedral gótica pouco diferia das encontradas em catedrais de


períodos anteriores (catedrais românicas).

Sob a forma de uma cruz, a catedral se dividia basicamente em: nave, transeptos, e
coro.

Na parte inferior da cruz se situava a nave central circundada por naves laterais;

Na faixa horizontal existiam os transeptos e o cruzeiro, e na base da nave tinha-se a


fachada principal;

Existiam ainda torres, porém de localização variada.

Planta básica gótica Planta básica românica

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Arquitetura romana Arquitetura gótica
Séculos XII ao XV Séculos X ao XII

Legenda:

1. Capela Radial
2. Deambulatório (charola)
3. Altar
4. Coro
5. Corredores laterais do coro
6. Cruzeiro
7. Transepto
8. Contraforte
9. Nave
10. Nave lateral
11. Fachada, portal.

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A fundação das catedrais tinha por volta de 9 metros de profundidade e era formada
por camadas de pedras (blocos de calcário) assentadas com argamassa
cuidadosamente dosada de areia, cal e água sobre a terra argilosa no fundo da
escavação.

Fundação da Catedral
Macaulay, David.
Construção de uma Catedral.
Martins Fontes, São Paulo, 1988

Devido ao custo, os andaimes eram mínimos, assim os trabalhadores confiavam sua


alma a Deus e andavam sobre flexíveis plataformas.

Um perigoso momento para os trabalhadores ocorria quando as paredes atingiam


suas alturas finais e os troncos de madeira para o telhado deviam ser elevados a
essas alturas.

O telhado era colocado antes da construção das abóbadas. Auto-portantes, os


telhados serviam de plataforma para a subida do maquinário empregado na
construção das abóbadas de pedra.

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Também no "canteiro" da catedral estavam presentes os artesãos especialistas em
fazer e juntar pedaços de coloridos e brilhantes vidros para completar os buracos
deixados entre as pedras e formar enormes e belos vitrais. Várias cores eram obtidas
unindo óxidos de metais e vidro fundido. O vidro era soprado e trabalhado em forma
de cilindro e, após resfriado, cortado, com a ajuda de um instrumento a base de ferro
quente, em pequenos pedaços, geralmente menores que a própria palma da mão.

Vitral da catedral de Bourges


A Anunciação

Desta forma, a permanência intacta da maioria das catedrais góticas, sua beleza e
grandiosidade atestam o desenvolvido conhecimento de princípios estruturais detidos
pelos mestres construtores e, além disso, mostram uma capacidade maior dos
mesmos: o ilusionismo, pois até os dias de hoje parecem construções realizadas em
outro mundo.

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Catedrais francesas

Embora estivesse preso ao juramento de silêncio em não revelar os segredos de Arte


Operativa aos não-iniciados, Matthauss Röriczer, falecido em 1492, quebrou o mesmo
publicando muitos detalhes que até então permaneciam escondidos nos livros de anotações
reservados dos mestres construtores.

Embora a única obra publicada por Matthäus Röriczer fosse um pequeno panfleto, ela tem
importância fundamental por ser a única sobrevivente da geometria sagrada maçônica
medieval. Essa obra, intitulada On the Ordination of Pinacles, forneceu a solução de como
erigir um pináculo de proporções corretas a partir de uma dada planta baixa. Por volta do
final do período medieval, os mestres estavam produzindo obras-primas do gótico flamboyant
e perpendicular pelos meios mais simples. As plantas de execução (conhecidas na Inglaterra
como “plats”) eram preparadas pelos mestres até nos seus mínimos detalhes.

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Sistema Estrutural de uma catedral Gótica

As catedrais românicas possuíam um sistema estrutural baseado em espessas


paredes e abóbadas semicirculares localizadas logo abaixo do telhado. Dispostas
como indicado na figura, as paredes tinham que ser espessas e com poucas
aberturas, pois resistiam tanto aos esforços verticais, quanto aos esforços horizontais
gerados pelo vento, abóbadas e telhado.

Estrutura de uma catedral românica

De acordo com a finalidade espiritual buscada no estilo gótico, as catedrais deveriam


possuir: elevadas alturas, grande luminosidade e uma plena continuidade entre o
início de seus pilares e o cume de suas abóbadas.

Vista interna de uma catedral gótica - José Bracons. Saber Ver - Arte Gótica
Martins Fontes. São Paulo, 1992
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Assim, em 1180 na construção da Catedral de Notre Dame, um novo sistema
estrutural foi projetado tornando possíveis todos esses requisitos. Formado por um
complexo sistema de abóbadas ogivais (diferentemente das semicirculares românicas,
eram pontiagudas, mais flexíveis e de maior adaptação),arcobotantes, esbeltos
pilares e contrafortes, a estrutura da catedral gótica venceu elevadas alturas e
extensos vãos.

Como se desejava que as paredes da nave central tivessem pouca espessura e


fossem cobertas por vitrais para dar luminosidade à catedral, os esforços horizontais
não poderiam ser resistidos por essas paredes. A solução encontrada foi transferi-los
por meio de arcobotantes a grandes e pesados contrafortes colocados na periferia da
igreja.

Estrutura de uma catedral gótica

Os esforços horizontais provenientes do telhado e das abóbadas eram recebidos pelos


arcobotantes (já fora da catedral) e transferidos aos contrafortes, que os
descarregavam sobre a fundação.

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Esquema dos esforços em uma catedral gótica
The Builders.
Marvels of Engeneering.
National Geographic. Washington D.C., 1992

Desta forma, com os elementos resistentes aos esforços horizontais colocados longe
das paredes, estas não precisavam ser baixas e espessas (como nas catedrais
românicas), possibilitando a presença de grande e belos vitrais (busca da grande
luminosidade), grande altura e garantindo a plena continuidade da catedral, desde o
início de seus pilares até o cume de suas abóbadas.

Cathédrale St-Etienne d’Auxerre (Yonne)

Pilar

As abóbadas em ogiva assentam em pilares Os motivos vegetais são privilegiados

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A coluna costuma ser caracterizada por uma estrutura mais esbelta e esguia em
prumo (tradicionalmente de secção cilíndrica podendo também ser poligonal) e que
acarreta um significado histórico, decorativo e simbólico mais acentuado.
Os materiais de construção podem variar entre a pedra, alvenaria, madeira, metal ou
mesmo tijolo atingindo-se uma grande variedade formal e decorativa que se pode
observar desde a antiguidade.

Portais da Biblioteca de Celso


Ruinas de Éfeso - Turquia

Uma coluna é um elemento arquitetônico destinado a receber as cargas verticais de


uma obra de arquitetura (arco, arquitrave, abóbada) transmitindo-as à fundação.
Embora tenha a mesma função de um pilar, este é geralmente mais robusto e de
secção quadrada, (o que poderia corresponder genericamente ao corpo da coluna).

As colunas que decoram os templos maçônicos

Os Templos Maçônicos Modernos são decorados em seu interior por uma série de
variadas colunas, mas, antes de descrevermos os tipos de cada uma, vamos primeiro
conceituar o que vem a ser uma coluna.

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As presenças físicas das mesmas nos Templos Maçônicos variam conforme o rito ou a
potência adotada pela Loja, mas de uma forma geral podemos apresentar os estilos
mais usados na construção dessas colunas.

De estilo Grego: As Colunas Dórica, Jônica e Coríntia;

De estilo Latino: A toscana;

De estilo Egípcio: A papiriforme com capitel em gomo florado.

A Ordem Dórica é a mais rústica das três ordens arquitetônicas gregas.

Dentre suas características é possível citar as colunas desprovidas de base, capitel


despojado, arquitrave lisa, friso com métopas e tríglifos, e mútulos sob o frontão.

Coluna de Ordem Dórica

Surge nas costas do Peloponeso, ao sul e apresenta-se no auge no século V a.C..


É principalmente empregada no exterior de templos dedicados a divindades
masculinas e é a mais simples das três ordens gregas definindo um edifício em geral
baixo e de carácter sólido.

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A Ordem Jônica é uma das ordens arquitetônicas clássicas.

Suas colunas possuem capitéis ornamentados com duas volutas, altura nove vezes
maior que seu diâmetro, arquitrave ornamentada com frisos e base simples.

Coluna de Ordem Jônica

Surge a leste, na Grécia oriental e seria, por volta de 450a.c., adoptada também por
Atenas.
Desenvolvendo-se paralelamente ao dórico apresenta, no entanto, formas mais
fluidas e uma leveza geral, sendo mais utilizado em templos dedicados a divindades
femininas.

A Ordem Coríntia é a mais ornamentada das três ordens arquitetônicas gregas.


As colunas de ordem coríntia têm de 9 a 11 vezes a medida do diâmetro da base.
Exemplos de templos de ordem coríntia são: Templo de Zeus (Atenas), Templo de
Apolo (Olímpia).
Foi tendência no final do século V a.C. e o início do século IV a.C.

Coluna de Ordem Coríntia

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É característica do final do século V a.C. e, utilizada inicialmente só no interior, é um
estilo notoriamente mais decorativo e trabalhado.
A coluna possui geralmente dez módulos de altura e o fuste é composto por vinte e
quatro caneluras afiadas.
O capitel apresenta uma profusão decorativa de rebentos e folhas de acanto tendo-se
tornado o capitel de uso generalizado na época romana.

A Ordem Toscana é desenvolvida na época romana e trata-se de uma simplificação


de mesmas proporções do dórico.

A coluna dispõe de base e apresentam sete módulos de altura, o fuste é liso, sem
caneluras, e o capitel simples.

Coluna de Ordem Toscana

Os romanos inventaram a ordem toscana que é uma versão modificadas das ordens
gregas.

A ordem toscana é uma versão simplificada da coluna dórica e é identificável por seu
fuste simples sem ranhuras e por ter um capitel de ábaco.

Coluna de Ordem Compósita

As colunas da ordem compósita são uma combinação das ordens jônicas e coríntias.

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São chamadas de compósitas porque seus capitéis possuem arabescos espirais
encontrados em uma coluna jônica e porque são decoradas com folhas de acanto
encontradas em uma coluna coríntia.

Em relação às Colunas gregas e à Latina toscana, a papiriforme é a que apresenta as


diferenças mais gritantes, pois as colunas egípcias tiram em geral suas formas das
palmeiras ou dos papiros, com suas nervuras e seu movimento impetuoso para o alto
(CHEVALIÉ, 2002).

Capitéis de Colunas em estilo Papiriforme

No R:.E:.A:.A:., por exemplo, se diz que em cada lado da entrada do templo,


encostada na parede do Ocidente ficam duas colunas papiriformes, proporcionais à
altura da porta, estando as mesmas situadas dentro do Templo.

Coluna papiriforme em um Templo Maçônico

No mesmo Rito, mas só que sendo praticado em uma Loja que esteja filiada
ao GOB, as mesmas colunas encontram-se no exterior do templo ao lado da
porta de entrada.

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As colunas em estilo grego encontram-se distribuídas no interior do templo.
Nos templos em que se trabalha no R:.E:.A:.A:., as mesmas fazem-se presentes
sobre as mesas do Ven:. M:., do 1º Vig:. e do 2º Vig:., sendo assim distribuídas:

na mesa do Venerável Mestre fica uma coluneta em estilo Dórico,


na mesa do 1º Vigilante fica uma coluna em estilo Jônico e
na mesa do 2º Vigilante uma em estilo Coríntio.

No Grande Oriente do Brasil não se utilizam tais colunetas nas mesas do Venerável e
de seus Vigilantes, mas nos demais ritos maçônicos aceitos e reconhecidos pelo
Grande Oriente do Brasil elas são encontradas.

Os Ritos Brasileiro e Schröeder ainda as utilizam.

Adonhiramita, ao invés de se utilizar de colunas egípcias no pórtico do templo, se vale


de duas colunas gregas em estilo coríntio.

A Coluna toscana talvez seja a menos utilizada na decoração de Templos Maçônicos,


uma vez que a única referência encontrada sobre a mesma é no R:.E:.A:.A:.
praticado nas Grandes Lojas, em que se diz que ao lado do sólio devem estar
presentes duas colunas deste estilo, sendo uma à direita e a outra à esquerda.

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Na Arquitetura
– edifícios, jardins, espaços urbanos, monumento erigido em cemitérios e sepulcros;
- várias marcas, símbolos e suportes canônicos foram sendo deixados, ao longo dos
tempos, por Arquiteto Maçons ou apenas por Pedreiros Livres, como pegadas desse
tempo “intemporal” e desse espaço “atípicos”, e simultaneamente universais, que
caracterizam a Augusta Ordem e a infinita cadeia de união que a forma:
do Oriente ao Ocidente,
do Norte ao Sul,
do Zênite ao Nadir,
do passado ao presente
do presente ao futuro;

entre o meio dia e a meia noite.

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Museu do Louvre, em Paris, um templo maçônico?

Em 6 de Maio de 1791 foi aprovado um projeto - lei determinando que o Palácio do


Louvre passaria a funcionar como Museu permanente, graças às iniciativas do
Marquês de Marigny, superintendente geral dos edifícios do Rei, e do seu sucessor, o
Conde de Angivillier, ambos membros ativos da Franco-Maçonaria em Paris, com
papel destacado na Revolução.

É aqui que aparece pela primeira vez, após as reformas arquitetônicas do palácio para
ser adaptado a museu, a referência singular da planta estrutural do Louvre ser
idêntica à planta de uma Loja Maçônica. Isto porque o Louvre está ordenado em três
partes distintas, tal qual um templo maçônico, para as quais não faltam inclusive
símbolos decorativos exportados da Maçonaria.

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Tal como um templo maçônico, que tem o formato dum duplo quadrado ou retângulo,
também o Louvre possui estrutura quase retangular e reparte-se em três alas tal qual
aquele está ordenado:

– A Ala Richelieu, ao Norte, corresponde ao lugar dos Aprendizes. Representa o


vestíbulo exterior da Loja, onde os não-iniciados são recebidos, e que é assim uma
espécie de “espaço profano”, tal qual o adro das igrejas onde se reúne o povo.

– A Ala Denon, ao Sul, corresponde ao lugar dos Companheiros. Representa a nave


ou “espaço sagrado” da Loja, onde os iniciados se reúnem.

– A Ala Sully, a Oriente, sendo o lugar dos Mestres. Expressa o centro da Loja, o
“lugar secreto” correspondendo ao “Santo dos Santos” (Sanctum Sanctorum), onde
os iniciadores se reúnem.

A Capela de Rosslyn, ou Catedral de Rosslyn, foi construída em 1446, em Rosslyn,


na Escócia. Foi fundada por William Sinclair, conde de Caithness, com o nome
de Collegiate Chapel of St.Matthew.

É atravessada pelo meridiano de Paris. Diz a lenda que ela foi construída
pelos Cavaleiros Templários para proteger o Santo Graal, que, como se diz, está em
baixo da rosa. Rosslyn é a linha rosa original, por isso a tal lenda. Foi popularizada no
romance O Código da Vinci pelo autor americano Dan Brown.

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Tem-se certeza que, no século XVIII as portas e janelas da maioria das casas de
Paraty eram pintadas em branco e azul, o chamado azul hortênsia da Maçonaria
Simbólica.
A exemplo de Óbidos, em Portugal, que é uma cidade maçônica, também pintada de
branco e azul hortênsia, Paraty foi urbanizada por Maçons.

Mas a simbologia está muito mais presente em Paraty do que podemos imaginar.
Outro exemplo típico é a proporção dos vãos entre as janelas, em que o segundo
espaço é o dobro do primeiro, e o terceiro é a soma dos dois anteriores;
Isto é, A+B=C, ou seja, a soma das partes é igual ao todo, que se resume no
retângulo áureo de concepção maçônica.

Até as plantas das casas, feitas na escala 1: 33.33, têm a marca da simbologia dos
maçons, desta vez da Ordem Filosófica, cujo grau máximo é o de no. 33.
Este número é uma referência muito forte. Paraty possui 33 quarteirões e, na
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administração municipal da época, existia o cargo de Fiscal de Quarteirão, exercido
por 33 fiscais.

Este casarão, de bonito estilo arquitetônico que direciona aos estilos entre 1920 a
1930. Uma certa influência da simbologia maçônica é detectada nos detalhes
arquitetônicos decorativos, da parte final superior, à esquerda, da edificação.
As duas colunas que ladeiam o pequeno triângulo acima das portas. Atualmente, este
edifício sedia a Secretaria de Tributação do Munícipio, e antes, sediou a Prefeitura
Municipal de Mossoró RN.

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Em 1924, passou a funcionar no prédio atual, que abrigava um amplo ambulatório de
pediatria, com lactário e ala de internação para as crianças, dando origem a um
hospital infantil. Logo depois, em 1939, foi inaugurado o Hospital Infantil da Gota de
Leite e devido ao abandono de crianças no hospital, foi criado o Internato.

Gota de Leite – Santos /SP

Quinta da Regaleira – Sintra / Portugal

A quinta de 4 hectares, o palácio, rodeado de luxuriantes jardins, lagos, grutas e


construções enigmáticas, lugares estes que ocultam significados alquímicos, como os
evocados pela a Maçonaria, os Templários e Rosa Cruz. Modela o espaço em traçados
mistos, que evocam a arquitetura romântica, gótica, renascentista e manuelina.

A Alquimia, a Maçonaria e os Templários, por exemplo, incorporam teorias, rituais e


procedimentos herméticos que se integram no âmbito do esoterismo.
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Na tipologia do misticismo judaico, firmado na procura de Deus e na experiência da
divindade, o esoterismo baseia-se, fundamentalmente, na lei das correspondências,
que visa encontrar, através do recurso à analogia, relações simbólicas entre o divino
e o terreno, entre o transcendente e o imanente, entre o visível e o invisível, entre o
homem e o universo.

Construtor: António Augusto Carvalho Monteiro, pelo traço do arquiteto italiano Luigi
Manini

Quinta da Regaleira
Sintra / Portugal

Cemitério dos Prazeres / Lisboa – Portugal

Túmulo de António Augusto Carvalho Monteiro

O jazigo, localizado do lado esquerdo na alameda de quem entra no Cemitério,


ocupando uma área com o lugar, o tamanho e a forma do secretário num
templo maçônico referenciando a igreja como oriente, ostenta múltipla e
variada simbologia.

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A porta tem uma abelha gravada na aldraba, carregando uma caveira. A abelha,
diligente e trabalhadora, representa o maçom no seu esforço organizado.

O gradeamento, que podemos ver nas traseiras do jazigo, ostenta a


simbologia do vinho e do pão, o espírito e o corpo. Corujas,símbolos de sabedoria
ornamentam o jazigo, assim como as papoilas-dormideiras que simbolizam a morte.

Hercules M. Rozo
M.’. M.’.
ARLS “Martim Afonso – Samaritá” – 450 (GLESP)
Oriente de Santos – São Paulo

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