1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 3
2. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DE SANÇÃO ADMINISTRATIVA .......................................... 4
3. TIPOS DE SANÇÕES ADMINISTRATIVAS .............................................................................. 4
4. AUTORIDADES COMPETENTES PARA A APLICAÇÃO DAS SANÇÕES EM ÂMBITO
MUNICIPAL ..................................................................................................................................... 11
5. CONDUTAS E PREMISSAS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PARA APLICAÇÃO DE
SANÇÃO .......................................................................................................................................... 12
6. REGULAMENTO GERAL DO CÓDIGO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E
CONTABILIDADE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO – RGCAF........................... 19
7. ASPECTOS RELATIVOS À MULTAS ....................................................................................... 20
8. ASPECTOS RELACIONADOS À FISCALIZAÇÃO .................................................................. 23
9. CADASTRAMENTO NO SISTEMA MUNICIPAL SIGMA ...................................................... 24
10. CADASTRAMENTO NO CEIS E CNEP ............................................................................... 24
11. LEGISLAÇÕES, ENUNCIADOS E VOTOS .......................................................................... 26
2
1. INTRODUÇÃO
3
2. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS DE SANÇÃO ADMINISTRATIVA
Entende-se como sanção administrativa a penalidade prevista em lei,
regulamento, edital e/ou contrato, aplicada pelo ente federativo no exercício de
função sancionadora na instância administrativa, sendo consequência de determinado
fato típico, observados os Princípios Constitucionais do contraditório, da ampla defesa
e do devido processo legal.
As sanções podem ser entendidas como consequências de determinado ato
omissivo ou comissivo, consubstanciados na inobservância ou observância inadequada
de determinado comando inserto na norma jurídica, cuja aplicação deve ser manejada
pelos órgãos e autoridades que detêm competência para aplicá-las.
No caso das sanções administrativas em licitações e contratos, estas são
consequências de determinado ato ou de um conjunto de atos praticados por
licitantes e/ou contratados pela Administração Pública que causem ou possam causar
prejuízo à Administração e/ou que violem normas de observância obrigatória.
As sanções administrativas podem ser também definidas como um conjunto de
penalidades previstas na legislação e impostas aos contratados que não tenham
cumprido total ou parcialmente suas obrigações contratuais com a Administração
Pública Municipal.
A aplicação de sanção pela administração, quando houver descumprimento do
contrato, não é ato discricionário do gestor, é sua obrigação. A seguir, é apresentado
o entendimento do Tribunal de Contas da União sobre a obrigação da aplicação de
sanção.
Acórdão 2916/2013 – Plenário “O não cumprimento do contrato enseja
aplicação das sanções previstas à empresa contratada, não se tratando de decisão
discricionária dos gestores. ”
Acordão 2445/2012 – Plenário “A aplicação de multa à empresa pela
Administração Pública, quando verificada a ocorrência de infração especificada em
contrato, configura obrigação e não faculdade do gestor. ”
4
I. Advertência
(Art. 87, inciso I)
Advertência
Consiste em
comunicação formal ao
contratado, advertindo-lhe
sobre o descumprimento
Multa
de obrigação legal
assumida e/ou cláusula
contratual ou em razão de
falha na execução do
objeto do contrato,
determinando que seja
Suspensão e Impedimento
sanada a impropriedade,
informando, ainda, que
constatada a reincidência,
sanção mais elevada
poderá ser aplicada. Declaração de Inidoneidade
5
recíprocas, seja qual for a denominação utilizada (Art. 2º, parágrafo único da Lei
Federal nº 8.666/1993).
Os efeitos da aplicação dessa sanção têm fomentado tema bastante complexo,
sendo objeto de controversa discussão hermenêutica, tendo, de um lado, o
posicionamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, em vários acórdãos, filiou-
se à tese ampliativa da aplicação da penalidade de suspensão; e de outro, o Tribunal
de Contas da União (TCU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) que interpretam a
questão de maneira restritiva.
Os textos legais dos incisos III e IV, do artigo 87 da Lei Federal nº 8.666/1993,
utilizam expressões diferentes na descrição de cada sanção: no inciso III, o legislador
se vale do termo “Administração”; no IV, do termo “Administração Pública”.
A própria Lei de Licitações apresenta, em seu artigo 6º, conceitos diferentes
para essas duas expressões:
6
Em síntese, o Tribunal de Contas da União, quanto à
amplitude da aplicação da sanção, interpreta, de forma
inequívoca, que a suspensão temporária de participação em
licitação e o impedimento de contratar com um órgão da
Administração não tem o condão de gerar consequências para
toda a Administração Pública, uma vez que adstritos seus efeitos
somente ao órgão ou entidade que aplicou a sanção, além de
configurar, dentro de adequada gradação, pena mais branda do
que a declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com toda a Administração
Pública (Art. 87, inciso IV, da Lei federal nº 8.666/1993).
A distinção feita pelo TCU, consagrada pela AGU (Parecer
nº 02/2013/GT/Portaria nº 11, de 10/08/2012), evidencia a
interpretação de que a sanção de suspensão de licitar e contratar
remete seus efeitos à “Administração” e a sanção de declaração
de inidoneidade, por sua vez, impõe seus efeitos à
“Administração Pública”.
d) Conclusão
Considerados os postulados da proporcionalidade e da razoabilidade, que
demandam adequação da penalidade ao desvio de conduta cometido, na hipótese em
que a autoridade sancionadora expressamente decidir pela aplicação da sanção de
suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a
Administração, por prazo não superior a dois anos, conforme inciso III do artigo 87 da
Lei Federal nº 8.666/1993, exatamente por não se justificar a imposição de penalidade
mais grave, a melhor interpretação, com relação a extensão dos efeitos na instância
administrativa, é a que impede o responsável de licitar ou contratar, observados os
limites da pena imposta, no âmbito da administração direta e indireta do ente
federativo que tiver aplicado a sanção, neste particular, o Município do Rio de Janeiro.
7
IV. Declaração de Inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração
Pública (Art. 87, inciso IV)
A declaração de inidoneidade impossibilitará o fornecedor ou interessado de
participar de licitações e formalizar contratos com todos os órgãos e entidades da
Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
A aplicação desta sanção é de competência exclusiva do Secretário Municipal,
conforme o caso, podendo a reabilitação ser requerida em prazo definido em Lei, após
a sua aplicação.
8
3.2 Lei 14.133/20121 - Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos
A Lei Federal nº 14.133/2021 impõe a observância de
determinada gradação das sanções
consideradas natureza e gravidade da
infração cometida, peculiaridades do caso
concreto, circunstâncias agravantes e/ou LEI 14.133/21
atenuantes e reais danos daí advindos
para a Administração.
Desse modo, infrações graves com
dano efetivo para a Administração
demandam sanções rigorosas; infrações contratuais
com pouca ou nenhuma gravidade poderão ser sanadas com multa ou advertência,
observados os princípios da proporcionalidade e razoabilidade.
Com base na Lei de Licitações e Contratos Administrativos, são quatro as
espécies de sanções:
9
3) Impedimento para licitar ou contratar (Art. 156, inciso III, Lei Federal nº
14.133/2021)
Em relação ao rol de sanções da Lei Federal nº 14.133/2021 comparado ao da
Lei Federal nº 8.666/1993, houve apenas alteração da nomenclatura da sanção de
“suspensão temporária” para “impedimento de licitar e contratar”, sendo que as
inovações de fato se situam no campo da procedimentalização e dos limites das
sanções.
Em relação à sanção de impedimento de licitar e contratar, esta se restringe ao
âmbito da Administração Pública Direta e Indireta do ente federativo que tiver
aplicado a pena limitada ao prazo de três anos.
4) Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar (Art. 156, inciso IV, Lei
Federal nº 14.133/2021)
Em relação à sanção de declaração de inidoneidade para licitar ou contratar,
esta impedirá o responsável de licitar ou contratar no âmbito da Administração Pública
direta e indireta de todos os entes federativos pelo prazo mínimo de três e o máximo
de seis anos, não podendo, o sancionado, participar de qualquer outra licitação em
território nacional.
A Lei de Licitações e Contratos Administrativos
prevê expressamente que a aplicação de qualquer
das sanções não exclui, em hipótese alguma, a
obrigação de reparação integral do dano causado à
Administração Pública, assim, na ocorrência de dano
sempre haverá a obrigação de sua recomposição
pelo contratado, independentemente da aplicação
de quaisquer das espécies de sanção.
10
589 a 602) além da legislação geral que
fundamentou a contratação.
Ordenadores Delegados
Subsecretários
Subcontroladores
Subprocuradores
Chefias de Gabinete dos Secretários
Coordenadores Regionais de Educação e seus
assessores adjuntos
1
Competência ampliada sugerida neste manual em virtude da desatualização do RGCAF.
11
5. CONDUTAS E PREMISSAS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PARA
APLICAÇÃO DE SANÇÃO
5.1 CONDUTAS E PREMISSAS QUE DEVEM SER OBSERVADAS
O processo administrativo para aplicação de sanção é o instrumento pelo qual
se assegura o respeito aos princípios da legalidade, finalidade, motivação,
razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança
jurídica, interesse público e eficiência.
Nestes processos é importante que os responsáveis (vide seção 4) pela
aplicação da sanção observem, dentre outras, as seguintes condutas:
Atuar conforme a lei e o direito;
Atuar segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
Divulgar de maneira oficial os atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de
sigilo, observando inclusive a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais a
respectiva regulamentação municipal;
Promover a adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações,
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias,
observando a dosimetria e proporcionalidade das ações e decisões;
Indicar os fatos que fundamentam a decisão de sancionamento;
Observar as formalidades essenciais à garantia dos direitos dos contratados;
Adotar formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,
segurança e respeito aos direitos dos administrados;
Garantir os direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à
produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam
resultar sanções e nas situações de litígio;
Observar a proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as
previstas em lei;
Dar impulsão, de ofício, no processo administrativo, sem prejuízo da atuação
dos interessados.
12
Conferir prazo para a defesa prévia inferior ao previsto na norma ou contrato;
Aplicar sanção sem atentar à dosimetria e à proporcionalidade;
Fixar prazos incompatíveis para o cumprimento do ato de correção da
irregularidade, conduzindo o contratado à reincidência;
Deixar, injustificadamente, de aplicar sanção;
Deixar de registrar nos sistemas adequados as sanções aplicadas;
Deixar de requerer a complementação de garantias após o seu uso;
Deixar de motivar a decisão que aplica a sanção;
Deixar de fornecer informações dos atos processuais ao sancionado.
13
ser dirigida ao responsável pela representação da empresa, no caso, quem for
designado no respectivo contrato social, ou, não o designando, por seus diretores e
sócios.
5.4 DOSIMETRIA
Na dosimetria da sanção devem ser considerados minimamente:
A natureza e a gravidade da infração cometida;
as peculiaridades do caso concreto;
as circunstâncias agravantes ou atenuantes;
os danos que dela provierem para a Administração Pública;
a reincidência na prática de conduta faltosa.
Assim, deve ser evitado o rigor excessivo ou, ao contrário, que a sanção seja tão
branda que o contratado deixe de considerar como danosas as consequências
14
advindas do descumprimento parcial ou total do objeto do contrato, ou seja, a sanção
deve ser compatível com a gravidade do ato praticado.
A proporcionalidade e a razoabilidade na aplicação da sanção devem ser
analisadas na hipótese concreta pelo administrador, vez que uma conduta que poderia
ser considerada como uma infração de gravidade mediana, dependendo das
circunstâncias, pode causar graves prejuízos para a Administração, devendo, por isso,
ser o contratado punido com adequado rigor.
15
Lei Federal nº 8.666/1993
16
Lei Federal nº 14.133/2021
17
Lei Federal nº 14.133/2021
18
6. REGULAMENTO GERAL DO CÓDIGO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E
CONTABILIDADE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO – RGCAF
No âmbito municipal, a regulamentação da aplicação das sanções consta do
Título XV, Capítulo IV do RGCAF, abrangendo os artigos 589 a 597 que tratam da
aplicação das sanções e os artigos 598 a 602 que tratam dos recursos.
Tema Artigo
19
7. ASPECTOS RELATIVOS À MULTAS
7.1 Diferenças entre multas e glosas
É importante destacar que a multa não deve ser confundida com a glosa.
Enquanto a primeira tem caráter sancionatório em relação ao contratado, a segunda
tem caráter de ressarcimento à administração.
O instituto da glosa se trata de autorização da Administração Pública em reter
no faturamento os valores destinados para pagamento do fornecedor, geralmente nos
casos de inadimplemento contratual por parte do contratado e nos casos de não
alcance de níveis de serviço contratados, hipótese que depende de medição do serviço
executado.
A glosa tem caráter esporádico, momentâneo, extraordinário e normalmente
afeta os recursos de modo parcial, mas podendo, excepcionalmente, alcançá-los
integralmente.
Quanto à retenção de pagamento (glosa), a Lei nº 8.666/93, em seu artigo 79,
inciso I, c/c artigo 80, inciso IV, prevê a possibilidade de retenção do pagamento
devido ao particular/contratado na hipótese de rescisão unilateral do contrato,
motivada pelo inadimplemento das obrigações assumidas pelo particular/contratado,
bem como a retenção se dará até o limite dos eventuais prejuízos causados à
Administração. A mesma previsão consta na nova Lei de Licitações nº 14.133/21, nos
termos dos artigos 138, inciso I, c/c 139, inciso IV, bem como o artigo 193, inciso II.
Quanto à aplicação da multa, o artigo 86, § 2º da Lei nº 8.666/93 prevê que “A
multa, aplicada após regular processo administrativo, será descontada da garantia do
respectivo contratado. Já a nova Lei de Licitações n° 14/133/21 prevê no artigo 156, §
8º, que se a multa aplicada e as indenizações cabíveis forem superiores ao valor de
pagamento eventualmente devido pela Administração ao contratado, além da perda
desse valor, a diferença será descontada da garantia prestada ou será cobrada
judicialmente.
20
no prazo de 03 (três) dias úteis, contados da ciência da aplicação da
penalidade ou da publicação no Diário Oficial. Se a multa aplicada for de
valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá a
CONTRATADA pela diferença, que será descontada dos pagamentos
eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente.
21
Passo 4: Caso a garantia não seja suficiente para cobrir o valor total da multa, o
órgão ou entidade poderá realizar os procedimentos de desconto nos valores a
serem pagos pela administração conforme previsto na Lei 8.666/93 e na Lei
14.133/2021;
Passo 5: Caso esses valores não sejam suficientes, deverá ser realizada a
inscrição em dívida ativa, ou seja, cobrança judicial.
Os procedimentos necessários para inscrição em dívida ativa devem ocorrer
junto à Procuradoria da Dívida Ativa - PG /PDA, observando o valor mínimo de
inscrição exigido pela Procuradoria e o pressuposto de ter havido contraditório e
ampla defesa da entidade sancionada.
A administração poderá solicitar a inscrição em dívida ativa caso não haja
pagamento do DARM sem passar por todas as etapas anteriores, contudo,
recomenda-se o cumprimento das referidas etapas, uma vez que o custo para
administração pública de realizar a cobrança via dívida ativa é mais alto do que o
procedimento puramente administrativo.
É importante ressaltar que antes de aplicar a multa, deve ser concedido o
contraditório e ampla defesa, por meio de comunicação Oficial e nos prazos definidos
na legislação e nos termos contratuais, se for o caso, sob risco de haver
questionamentos judiciais futuros e ocorrer a invalidação da sanção aplicada.
22
8. ASPECTOS RELACIONADOS À FISCALIZAÇÃO
23
9. CADASTRAMENTO NO SISTEMA MUNICIPAL SIGMA
As regras para cadastramento de sanções no SIGMA estão dispostas na
Resolução Conjunta SMA/CGM n° 097/2007, sendo de observância obrigatória. A
referida Resolução também trata da forma de publicação das sanções.
Os procedimentos operacionais relativos ao SIGMA para cadastramento das
sanções estão previstos na Portaria A/CSIL n° 25/2007.
O cadastramento das sanções no SIGMA é fundamental não só para efeitos de
registro transparente e controle, mas também pela sua integração com o Sistema
FINCON.
As pessoas físicas e jurídicas declaradas inidôneas ou suspensas do Cadastro de
Fornecedores da Secretaria Municipal de Administração serão bloqueadas no Sistema
FINCON, ficando impedidas de licitar, contratar e celebrar convênios com esta
Administração, e somente serão desbloqueadas após a suspensão ou baixa das
referidas sanções no Sistema SIGMA.
O sistema de Contabilidade e Execução Orçamentária – FINCON replica a base
de dados do SIGMA referente às multas aplicadas.
24
a responsável pela inserção da sanção no CEIS, conforme art.71 do Decreto Municipal
n° 46.195/2019.
10.2 Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP)
O Cadastro Nacional de Empresas Punidas
(CNEP) apresenta a relação de empresas que sofreram
quaisquer das punições previstas na Lei Federal nº
12.846/2013 (Lei Anticorrupção). Estas sanções podem
ser de multa e publicação extraordinária de decisão condenatória, ambas decorrentes
de Processos Administrativos de Responsabilização - PARs.
Ao dar transparência às punições, o CNEP funciona como um importante
instrumento de controle social pela sociedade. Por ele, também é possível acompanhar
os acordos de leniência firmados pelas empresas com o poder público, salvo se esse
procedimento vier a causar prejuízo às investigações e ao processo administrativo de
responsabilização, caso em que não será registrado. Eventual descumprimento aos
termos do acordo de leniência igualmente deverá ser incluído no sistema.
A Lei Federal nº 12.846/2013 trouxe a obrigatoriedade para os entes públicos,
de todos os Poderes e esferas de governo, de manter o cadastro atualizado.
Em âmbito municipal, a Controladoria Geral do Município é a responsável por
informar e manter atualizados os registros no CNEP.
25
11. LEGISLAÇÕES, ENUNCIADOS E VOTOS
11.1 Decretos Municipais
Enunciado PGM nº 25
A perda da regularidade fiscal ou trabalhista da contratada no curso da
execução do contrato não autoriza a retenção de pagamentos devidos, sob pena de
enriquecimento sem causa, ressalvada a hipótese prevista no art. 2972 do CAF.
Em tais casos, a Administração deve impor sanções contratuais à parte
inadimplente, nos termos dos artigos 86 a 88 da Lei Federal nº 8.666/1993, podendo
inclusive rescindir o contrato, de acordo com a conveniência e oportunidade
identificada no caso concreto.
2
Artigo 297 do CAF – Art. 472 do RGCAF.
26
Nos termos do artigo 297 do CAF, a Administração Municipal pode reter
pagamentos quando não comprovado o recolhimento das obrigações trabalhistas ou
previdenciárias exclusivamente relacionadas aos empregados que prestarem serviços à
Administração no contrato específico celebrado com esta, em valor limitado ao
montante total do débito estimado, para resguardo de eventual responsabilidade
solidária ou subsidiária municipal.
A ausência de retenção ou a liberação de verba retida quando não comprovado
o recolhimento das obrigações trabalhistas ou previdenciárias deve ser justificada no
processo administrativo.
Voto nº 5375/2016
A sanção de suspensão temporária e impedimento de contratar com a
Administração, prevista no art. 87, III, da Lei Federal nº 8.666/1993, tem caráter
nacional, não se limitando à esfera do órgão ou entidade que a aplicou.
Em complemento ao voto do Tribunal de Contas do Município, destaca-se o
seguinte acórdão do TCU sobre a suspensão temporária de licitar.
27
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