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Guia Devocional

Redação: Magid Saab


Revisão: Zoraida Quiroga
Diagramação: Central de Comunicação

Belo Horizonte, Agosto de 2013


1a edição

Todos os direitos reservados à Igreja Batista Central


de Belo Horizonte
Apresentação

Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles,
para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles
também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos
um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que
o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste,
João 17:20-24

A oração que Jesus fez por todos aqueles que creram e um dia crerão em
seu nome expressa não apenas um desejo do coração do Salvador: é o maior
segredo para que o mundo conheça o amor de Deus!

Não é esse o nosso maior desejo como igreja?

Se quisermos alcançar o coração não só dos nossos amigos, familiares, vizinhos,


colegas de trabalho, mas de todos aqueles que o Senhor nos dá para cuidar; se
quisermos receber todas as promessas de Deus para nós, precisamos buscar
a unidade. Não há como expressar o amor de Cristo se nós, sua igreja, não
formos conhecidos como um único corpo. É por isso que convidamos você, que
é a família Central, a investir sua vida em jejum e oração durante os próximos
21 dias.

Para que sejamos um, vamos jejuar e clamar a Deus


nos próximos 21 dias;
Para que sejamos um, vamos permitir que o Espírito Santo
trabalhe em nós e nos molde de acordo com a Palavra de Deus;
Para que sejamos um, vamos nos permitir ser transformados,
exercitando a unidade enquanto nos amamos,
liberamos perdão e nos importamos uns com os outros;
Para que o mundo creia e saiba que Deus enviou seu Filho Jesus
por amor a eles, SEREMOS UM.

Só assim vamos celebrar os frutos das orações respondidas, a colheita


abundante e a unção do Espírito Santo prometidos para a igreja de Cristo. Esta
é a hora da sua vitória. Não deixe que nada o distraia do seu foco.

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1. Sobre o jejum
Na Palavra de Deus, o jejum está ligado à abstenção de alimentos para finalidades
espirituais. Não é greve de fome com o fim de barganhar com Deus e “merecer”
sua bênção. Não é dieta para propósitos físicos. O jejum é para concentrar-nos em
objetivos espirituais.
Muitas pessoas não gostam do jejum porque o associam a práticas ascéticas
extremistas da Idade Média, ao farisaísmo, a algum tipo de penitência, ou
simplesmente porque têm medo de sofrer problemas físicos como dores de
cabeça, fraqueza ou tonturas. Esses pensamentos são pensamentos de engano
que o inimigo insiste em colocar em nossa mente.
O fato é, na verdade, que a oração e o jejum são extremamente benéficos para
a vida do crente. Jesus os praticou e fortemente os recomendou aos discípulos.
Quando tratou do jejum, Jesus se preocupou com a questão da verdadeira
motivação, Mt 6.16-18. Não podemos pensar que o jejum tenha poder de mudar
a Deus ou forçá-lo a fazer algo que ele já tenha dito que faria.

Precisamos entender que o jejum está centrado em Deus: é para buscá-lo, para
adorá-lo, para dedicar-nos totalmente a ele e experimentarmos a sua vontade
para nós. A profetisa Ana adorava com jejuns, Lc 2.37; os profetas e mestres da
igreja de Antioquia jejuavam, At 13.2; Deus pergunta para quem jejuamos, Zc
7.5. O jejum é instrumento para a disciplina do corpo, 1 Co 9.27; é uma forma
poderosa de humilhar-nos diante de Deus, Sl 35.13, Is 58.9,14. A motivação mais
forte, contudo, é porque o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo declarou que seus
discípulos haviam de jejuar, Mt 9.15. Como resistir a esta expectativa de Jesus?

2. Orientações para o jejum


Para este período de 21 dias de oração e jejum recomendamos que todos façam o
jejum de carnes, doces e entretenimento.
Atenção:
• Se, por motivo de saúde, você não puder se abster de carne, escolha um tipo
de jejum que seja significativo para você;
• Vamos cortar a TV, redes sociais, jogos e outros tipos de entretenimento
durante os 21 dias de jejum, investindo o máximo do tempo em oração e leitura
da Bíblia.

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3. Orientações para a oração:
• Estabeleça seus objetivos: Quais são os motivos que estão levando você a orar e
jejuar? Há uma crise pessoal? Você está buscando renovação, direção de Deus ou
solução de algum problema?
Quando a sua motivação estiver bem definida dentro de você, estabeleça seus
alvos e escreva-os.
• Dedique diariamente pelo menos uma hora completa à oração;
• Teremos períodos de oração coletivos para toda a igreja, de 5 a 25 de agosto, nos
seguintes dias e horários, na IBC2:

Segunda a sexta-feira, de 6h30 às 8 horas e de 18h30 às 20 horas, na IBC2,


sendo que às sextas – feiras o horário de oração será de 18h30 às 24 horas.
Sábados, de 18h45 às 19h30, na IBC 2
Domingos, de 9h30 às 10 horas, na IBC2
Domingos, 30 minutos após o culto das 18h, na IBC2 e na IBC3

• Como posso me preparar espiritualmente para esta campanha?

• Peça ajuda ao Espírito Santo. Comece o jejum com arrependimento,


confessando cada pecado que o Espírito lhe mostrar e creia no perdão do
Senhor;
• Perdoe a cada um que o tenha ofendido. Não ore e jejue com o coração
amargurado;
• Se o seu pecado exige restituição ou conserto com alguém, faça-o logo no
começo do seu jejum;
• Encha-se do Espírito Santo: use músicas de adoração, prostre-se diante de
Deus de joelhos. Se você fala em línguas, invista tempo orando em línguas.
• Reconheça Jesus como Senhor e recuse-se a fazer sua própria vontade.
• Invista tempo louvando a Deus e agradecendo pelo que ele fará. Encha-
se de expectativas pelo mover do Senhor em sua vida. Creia nos milagres e
tenha uma atitude de louvor e gratidão. Creia que Deus é o mesmo e não
muda, assim como agiu com Daniel, ele fará com você: Não tenha medo,
Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e
humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em
resposta a elas, Dn 10.12.
• Ao mesmo tempo, faça guerra espiritual. Resista a todos os demônios que
têm se levantado contra você, sua família e seu ministério. Espere por muita
resistência espiritual no início do jejum. São comuns pressões na mente,
acusações e desânimo com o fim de nos fazer desistir.
• Ore pelos alvos estabelecidos para toda a igreja:
a) Pela liderança e seus familiares – pastores, coordenadores, discipuladores,
líderes de Células, diáconos e professores;
b)Pelas Células da igreja – pelas reuniões de Células, por unidade, renovação
espiritual, pela transformação da vida dos novos convertidos, pelos líderes
em treinamento, pelos eventos de colheita, Encontros com Deus, pelo
crescimento e pela multiplicação, a grande meta e evidência de Célula forte.
c) Pela Central – por avivamento espiritual, por operação de maravilhas
entre nós, pelas famílias, pelos jovens, pelas crianças e para que sejam
frustrados todos os esforços do inimigo para tentar impedir esta obra que
é de Deus.
d) Pelas igrejas evangélicas do nosso país – para que haja unidade entre as
igrejas brasileiras e para que os pastores liderem suas igrejas com o temor
e o amor de Deus.
e) Pelo Brasil – para que nossos governantes sejam cheios da sabedoria
e do temor de Deus na promoção da justiça e na solução dos principais
problemas que o país enfrenta. Que o povo brasileiro se converta ao Senhor
e veja a transformação em nossa sociedade quando virem a manifestação
da justiça, da paz e do amor de Deus.

4. Leitura do Guia Devocional


Durante os 21 dias, todos leremos o Guia Devocional “21 dias para que sejamos
um”, preparado pela liderança da IBC, contendo 21 pequenas mensagens, uma
para cada dia.
• A leitura do Guia Devocional é parte de nossa campanha de jejum e oração;
• Memorize o texto de João 17.20-24, contido na introdução do Guia.
• Reserve parte do tempo do seu devocional para ler a mensagem e meditar sobre ela;
• Peça ao Senhor para trabalhar intensamente em você de modo que suas
tremendas promessas se tornem realidade em sua vida. O alvo é que você, sua
família e sua Célula sejam impactados pelo Pai.
• Não leia o Guia Devocional todo de uma vez. Leia apenas uma mensagem por
dia. Cada mensagem corresponde a um dia de jejum e oração e contém um tema
edificante e desafiador.
Estamos prontos para começar. Vamos ser muito abençoados e toda a igreja sentirá
o resultado deste grande investimento quando virem o reflexo nos discípulos
tornando-se mais fortes e cheios do Espírito Santo. Lembre-se de que os 21 dias
de jejum e oração são um desafio para todos: você, sua família e sua Célula.
Que Deus se agrade de nós e nos abençoe ricamente.
Tudo somente por ele e para ele!
Pastores da Central
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Dia 1
A ORAÇÃO DE JESUS POR NÓS

Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam
em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que
eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à
plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me
amaste. João 17. 21-23

O capítulo 17 de João registra a chamada oração sacerdotal de Jesus. Nessa oração,


ele pede pelos discípulos, pois o tempo de sua partida havia chegado. O grande
clamor com o qual finaliza sua oração é pela unidade dos discípulos, na verdade, a
sua igreja. Por três vezes pede ao Pai que eles sejam um. Foi no Getsêmani, quando
pedia que a vontade do Pai se cumprisse, que Jesus orou desta mesma forma: por três
vezes. A repetição da mesma súplica sugere algo de vital importância e de significado
extraordinário.
O padrão de unidade estabelecido por Jesus para a igreja foi “assim como nós somos
um”. A nossa unidade tem de ser como a de Jesus e o Pai: santa e perfeita, expressando
a perfeição de Deus. A unidade é inerente à natureza divina e precisa ser enxertada na
natureza da igreja.
Essa é uma das poucas áreas em que Jesus exige a perfeição. O versículo 23, quando
ele declara “em plena unidade” também pode ser entendido como “perfeitos em
unidade”. Sabemos que a perfeição é praticamente impossível em muitas situações
e condições da vida humana. Porém, acerca da unidade, o padrão requerido por
Jesus é a perfeição. Assim sendo, moralmente falando, as motivações que norteiam
nossos relacionamentos podem e devem estar cem por cento purificadas de todo
ressentimento, malícia e egoísmo.
São tantas as promessas de Deus quando a igreja caminha unida, é algo tão maravilhoso.
Jesus afirmou que há poder na oração em concordância. Quando isso acontece, nossas
orações são respondidas, Mt 18.18-20. Davi profetizou que é bom e agradável viverem
unidos os irmãos e compara essa unidade ao derramamento do Espírito sobre a igreja,
Sl 133. Na oração sacerdotal, Jesus declara que, quando formos um, o mundo vai crer
que ele foi enviado pelo Pai e a consequência disso é que vamos experimentar uma
colheita abundante. Podemos declarar novamente: É maravilhoso!
A unidade é tão importante para a igreja, que Satanás trabalha fortemente para trazer
divisão. Jesus afirmou que uma casa dividida não subsistirá, Mt 12.25.
A preservação da unidade na igreja depende de cada um de nós. Nestes 21 dias de
jejum e oração, abra o seu coração, deixe que o Senhor molde o seu coração. Vivencie
o que ele tem para a sua vida por meio do ensino e do exercício da unidade.

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ORE POR VOCÊ:
1. Peça a Deus que tire todo o ressentimento que talvez
você tenha contra seu irmão em Cristo, assim como toda
a malícia e egoísmo que pairam em sua vida;
2. Peça a Deus que o ajude a amar e respeitar seus irmãos
em Cristo;
3. Peça a Deus estratégias para abençoar cada vez mais
sua igreja.

ORE PELOS
Ore pelos outros: OUTROS

1. Peça perdão a Deus pela desunião que há na igreja;


2. Ore para que haja verdadeira união espiritual e que os
cristãos se amem e se respeitem uns aos outros;
3. Ore pelos pastores da Central, para que juntos
desenvolvam planos de transformação, evangelização e
cuidado de vidas.

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Dia 2
UM ORGANISMO VIVO
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele
todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em
amor, na medida em que cada parte realiza a sua função, Efésios 4.15-16.

Temos aprendido que igreja não é um edifício, nem mesmo o que está contido
nele; não são os sacerdotes nem aqueles que trabalham nela. A palavra igreja,
ecclesia, no grego, significa assembleia, um ajuntamento de pessoas com uma
característica peculiar. São aqueles que foram tirados de um sistema e trazidos
para fora, separados. Os componentes da igreja são aqueles que um dia tiveram
seus pecados lavados e purificados no sangue de Jesus. A igreja do Senhor é
constituída de pessoas. Paulo afirmou: Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um
de vocês, individualmente, é membro desse corpo, 1 Co 12.27. A igreja é o corpo
de Cristo e nós individualmente somos membros desse corpo. Assim, a igreja não
é uma organização e sim um organismo vivo.

Ensinando a igreja de Corinto sobre os dons, Paulo declarou que todos os membros
do corpo são importantes e têm uma função a exercer. Todos são indispensáveis.
Todos são dignos de honra. Quando um membro sofre, todos sofrem; quando um
é honrado, todos se alegram, 1 Co 12.21-26.

Aos de Éfeso, Paulo fala que para haver crescimento e edificação do corpo, cada
parte tem de realizar sua função, cada parte tem de dar a sua cooperação. Isso
só é possível pelo auxílio das juntas. Juntas são as partes do corpo que ligam os
membros como os cotovelos, joelhos etc. Espiritualmente falando, a junta significa
a íntima comunhão entre os irmãos. As juntas promovem a unidade do corpo.

Na verdade, toda a vida da igreja é baseada em relacionamentos: pastoreio,


evangelização, pregação do evangelho, discipulado, Células. Por isso, as juntas
precisam funcionar em um acordo; em outras palavras, elas só funcionam quando
há unidade entre os irmãos.

Você tem feito a sua parte para que o corpo cresça?

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ORE POR VOCÊ
1. Ore consagrando sua vida para servir a Deus e
contribuir para o crescimento do corpo de Cristo;
2. Peça a Deus que lhe dê sensibilidade à voz do Espírito
Santo e lhe mostre alguma atitude que não coopere para
a unidade do corpo;
3. Peça ao Espírito Santo que o ajude a exercer a sua
função no corpo e a cooperar para que todos trabalhem
em unidade.

Ore pelos outros:


ORE PELOS OUTROS
1. Ore para que a liderança de sua igreja trabalhe sempre
em unidade;
2. Ore para que o amor de Cristo predomine nos
relacionamentos entre cristãos;
3. Ore para que as igrejas evangélicas brasileiras
trabalhem em unidade.

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Dia 3
SOMENTE UM
Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de maneira digna da vocação que receberam.
Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com
amor. Façam todo o esforço para conservar a UNIDADE do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só
corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há
um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio
de todos e em todos. Efésios 4.1-6

Paulo fez um clamor à igreja em Éfeso: viver de maneira digna da vocação que
receberam. Os que receberam o dom da salvação em Jesus Cristo têm uma maneira
digna de viver. Ela se caracteriza pela humildade, mansidão e longanimidade,
aplicando todo esforço para conservar a UNIDADE do espírito. Perceba que esta
maneira de andar ou viver exige que haja UNIDADE e esforço para conservá-la;
perceba também que essa UNIDADE é do Espírito: inspirada, promovida, desejada
e possuída por ele.
Para tocar o nosso coração de maneira a mantermos a UNIDADE, Paulo afirma algo
muito forte, mas ao mesmo tempo muito negligenciado por nós. Somos UM só
corpo; somos habitação de UM mesmo Espírito; temos UMA mesma esperança,
UM mesmo Senhor, UMA mesma fé; passamos por UM mesmo batismo. Temos
UM só Deus e Pai de todos. Que coisa maravilhosa. Fomos lavados pelo mesmo
sangue; temos a mesma fé; somos filhos do mesmo Deus. Isto faz de nós IRMÃOS.
Temos tudo em comum. Se isso é verdade, por que temos tantos problemas de
relacionamento e tanta dificuldade de caminhar juntos?
Vamos ser sinceros. Nas nossas reuniões, quando olhamos para quem se assenta
ao nosso lado, consideramo-lo como nosso irmão? Consideramos aquele crente
mais simples, que pode ser nosso funcionário, como nosso irmão? Consideramos
aquele crente que pensa diferente de nós como nosso irmão? Sabemos que Deus
não faz acepção de pessoas: ele não vê como vê o homem. Este olha o exterior, a
aparência, porém o Senhor olha o coração.
Somos irmãos em Cristo, sabemos que Deus não faz acepção de pessoas, contudo
não somos idênticos. Devemos aprender a aceitar as nossas diferenças sem fazer
guerra por causa de detalhes com os quais não concordamos. Somos uma família,
de um mesmo sangue; podemos até brigar, mas nunca nos separar. A Bíblia nos
ensina a suportar uns aos outros. O termo “suportar” aqui tem o sentido de
tolerar, ou seja, reconhecer e respeitar opiniões ou práticas de outros. É claro que
se trata de tolerância bíblica, ou seja, aquela que não compromete os padrões de
santidade.
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Vamos fazer um pacto de UNIDADE, à semelhança de um casamento, no qual
prometemos amor, fidelidade e respeito. O que Deus nos pede é muito mais do
que tolerância: ele pede amor ao próximo.

ORE POR VOCÊ


1. Peça perdão a Deus pelo pensamento preconceituoso
que você possa ter até mesmo de modo inconsciente;
2. Peça a Deus que o ajude a ser intercessor de seus
irmãos;
3. Peça a Deus que encha seu coração de amor pelos
irmãos da igreja.

ORE PELOS
Ore pelos outros: OUTROS

1. Ore para que Deus levante intercessores que orem


com sabedoria e discernimento em favor da unidade dos
membros da igreja;
2. Ore para que não haja preconceitos e discriminação na
igreja de Cristo;
3. Ore para que haja amor genuíno entre os cristãos e por
aqueles que não conhecem a Cristo.

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Dia 4
APRENDENDO A ORAR
Vocês, orem assim: “Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu
Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada
dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes
cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre.
Amém”. Mateus 6.9-13

Jesus estava pregando o sermão da montanha e falando sobre oração. E antes de


ensinar aos discípulos como orar, ele ensinou como não orar, fazendo referências
aos hipócritas e pagãos, Mt 6.5, 7.

Não como os hipócritas


A oração deve trazer comunhão com Deus e deve levar à manifestação de sua
glória. Os hipócritas buscam a sua própria glória, buscam os lugares públicos com
o fim de serem vistos pelos homens. Isso não pode ser considerado uma oração.
Não como os pagãos
Jesus também ensina que não devemos usar de vãs repetições, que no original tem
o sentido de rezas. Essa oração não tem nenhum significado. As muitas repetições
não produzem absolutamente nada.

O nome “Oração do Pai Nosso” não dá uma noção correta do seu significado. Ela
não é uma oração do Senhor, mas um modelo que nos ensina a orar. O Senhor
não desejava que repetíssemos essas palavras e sim que aprendêssemos a orar.
Também o Senhor deseja que oremos ao Pai nosso que está nos céus. Pai é um
novo modo de os homens se dirigirem a Deus. Antes, chamavam-no de “Deus Todo-
Poderoso”, “Altíssimo Deus”, “o Deus Eterno” ou “Deus Jeová”; ninguém ousava
chamá-lo de “Pai”. Aqui, pela primeira vez, Deus é chamado de Pai, indicando que
só podem orar assim os que são salvos e têm a vida eterna. Somente os que são
gerados de Deus são seus filhos. Glória a Deus!
Essa oração pode ser dividida em três partes:

PRIMEIRA PARTE: Relaciona-se com propósitos de Deus e expressa a inclinação do


nosso coração em relação a esses propósitos, que são três:
1. Santificado seja o teu nome: Deus deseja que o nome dele seja honrado,
revelado e adorado;
2. Venha o teu reino: Deus deseja que o reino dele seja estabelecido na terra.
O reino de Deus se estabelece onde Satanás perde espaço e suas obras são
destruídas. É responsabilidade da igreja trazer o reino de Deus;
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3. Seja feita a tua vontade: Deus deseja que sua vontade seja feita na terra, uma
vez que isso não acontece. A igreja como cooperadora de Deus deve orar para que
a vontade dele seja feita.
SEGUNDA PARTE: Relaciona-se com nossos interesses, pedidos de proteção que
levamos à presença de Deus. São três os nossos pedidos:
1. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia: Refere-se à nossa necessidade física. Essa
é a oração de um cristão por si mesmo, pedindo proteção ao Senhor;
2. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores:
Refere-se ao nosso relacionamento com os irmãos. Pedimos por uma consciência
sem culpa. Liberamos perdão aos irmãos;
3. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal: Refere-se à nossa
relação com Satanás. “Não nos deixe cair em tentação” é o lado negativo, e “livra-
nos do mal”, o positivo. Identificamos outra necessidade, a de termos paz, e por
isso pedimos a Deus que nos livre das mãos de Satanás.
TERCEIRA PARTE: Relaciona-se com a nossa declaração, constituindo-se de nossos
louvores a Deus. São três os nossos louvores:
1. Pois teu é o reino: O reino pertence ao Pai e não a Satanás. Não devemos cair
nas mãos de Satanás;
2. Pois teu é o poder: O poder é do Pai e não de Satanás. O Pai governa. Satanás
não tem poder sobre nós;
3. Pois tua é a glória: A glória é de Deus e não de Satanás. Toda glória ao Senhor!
Que princípios maravilhosos. Esse é um resumo dos ensinos de Jesus sobre a
chamada oração do Pai Nosso. Entretanto, há algo que, muitas vezes, passa
despercebido. Jesus estabelece um princípio de UNIDADE quando ensina a
maneira como devemos orar. Ele usa a primeira pessoa da plural: Pai nosso, pão
nosso, nossas dívidas, nossos devedores, não nos deixe cair em tentação, livra-nos
do mal. Que ministração poderosa. Não há egoísmo; nada é meu, mas de todos.
Que conceito de corpo, de interdependência.
Vamos aprender a orar desse modo? Vamos praticar intercessão?

ORE POR VOCÊ


1. Peça a Deus que te dê o desejo de orar e buscá-lo todos
os dias e faça de você um intercessor.
ORE PELOS OUTROS
1. Ore para que os cristãos reconheçam a importância da
oração e busquem a Deus diariamente.
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Dia 5
O SEGREDO DA VITÓRIA
Vocês não sabem que de todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram
de tal modo que alcancem o prêmio. Todos os que competem nos jogos se submetem a um
treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar
uma coroa que dura para sempre. 1 Co 9.24-25

Você já pensou que o apóstolo Paulo ao dizer, apenas um ganha o prêmio, estaria
se referindo não à quantidade e sim à unidade? Todos nós corremos, mas só por
intermédio da unidade podemos vencer, ao “ser um só” é que alcançaremos o
prêmio.
Unidade nos coloca na frente da corrida, elimina a competição, remove o cansaço e
a angústia da independência, cura os desgastes da falta de perdão, traz a satisfação
da cooperação e estabelece a plena autoridade da igreja.
Mas há um segredo: só é possível ganhar esse prêmio subindo ao “pódio” da
cruz. Não existe unidade sem cruz. É lá que somos premiados com o verdadeiro
avivamento e com uma grande colheita. Unidade é o ponto de partida da nossa
carreira espiritual. Nesse sentido, a nossa vitória pessoal está condicionada a uma
vitória coletiva.
Paulo diz também que os que competem se submetem a um tratamento rigoroso.
Outra tradução usa a expressão “e todo aquele que luta, de tudo se abstém”. Muitas
vezes, nosso maior adversário somos nós mesmos. Barreiras internas, motivações
egoístas, inimizades, pecados ocultos, sentimentos facciosos, preconceitos e
outras coisas que precisam ser tratadas e vencidas. O ponto de partida para isso é
um quebrantamento profundo da alma que vem pelo entendimento da cruz.
A grande chave para prevalecer é “de tudo se abstém”. Tudo precisa estar no
altar. Tudo que Deus está pedindo precisa permanecer entregue: posições, títulos,
cargos, direitos, razão etc. Tudo na nossa vida precisa ser santificado pelo fogo da
renúncia. Só assim alcançaremos, de fato, a coroa incorruptível.

Se quisermos o incorruptível do Reino de Deus, precisamos começar a realizar a obra


dele no espírito, eliminando as obras da carne. É necessário um “desabastecimento”
dos desejos da alma para liberar a unção, o vigor e as virtudes do Espírito Santo
sobre nós. Nosso “preparo físico” espiritual depende da nossa capacidade de
renunciar. Quanto maior a ausência da renúncia, maior a resistência do mundo
espiritual contra nós. Ganhamos velocidade e unidade quando entregamos tudo
o que Deus pede.
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ORE POR VOCÊ
1. Ore entregando tudo o que você é e o que você tem a
Deus;
2. Peça a Deus que trabalhe em você a busca constante
pela santidade;
3. Peça para Deus tirar qualquer vestígio de soberba, inveja,
competição e egoísmo do seu coração.

ORE
Ore PELOS
pelos outros: OUTROS
1. Ore por todos que estão participando dos 21 Dias de
Oração, para que busquem mais a santidade;
2. Ore para que os cristãos entendam o princípio da
unidade da igreja;
3. Ore para que a renúncia seja uma características
constante dos cristãos.

18
Dia 6
CREDOR OU DEVEDOR?
Sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. 1 Coríntios 1.14

Se desejamos servir a Deus em inteireza de coração e de uma maneira que some e


não subtraia, é necessário considerar o que Paulo afirmou: SOU DEVEDOR! Paulo
não tinha nada a ver nem com os gregos nem com os bárbaros; por que então se
sentia devedor a eles? Não deveria ser o contrário? Considerando toda sua obra,
Paulo não deveria se sentir como um credor?
Na igreja encontramos tanto pessoas com atitude de devedores como de credores.
Estes consideram que tudo deve girar em torno deles, de maneira a beneficiá-los;
aqueles consideram que por ter recebido o dom de Deus serão sempre devedores
a Jesus, por tudo o que ele fez por nós.
O devedor é uma pessoa que se integra e não fica na periferia apenas criticando
e dando soluções que nem ele mesmo se dispõe a fazê-las, tornando-se um
espectador alheio aos desafios.
O devedor é uma pessoa que serve. Este, na verdade, é o grande problema
daqueles que se consideram credores: não servem; preferem o comodismo ou o
fazem exigindo algo em troca. Não devemos ser cobradores. Não podemos cobrar
amor, atenção, reconhecimento, mesquinharias etc. Quando cobramos amor,
ficamos doentes. Vivemos em uma época de muito egoísmo: maridos cobram das
esposas, pais cobram dos filhos etc. Quantos de nós ficamos exigindo os nossos
direitos?
O devedor é uma pessoa que tem compaixão e não orgulho crítico; o credor
normalmente é indiferente ao sofrimento das pessoas. Paulo afirmou: a ninguém
fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros;
pois quem ama o próximo tem cumprido a lei. Rm 13.8. Devemos ter cuidado,
pessoas que não perdoam são cobradores.
O devedor é uma pessoa disposta ao sacrifício. Sabe que foi salvo pela graça, mas
também sabe que há um preço a ser pago para que o reino de Deus cresça e prospere.
Certa vez, para responder a uma questão de Pedro a respeito do número de vezes
que se deve perdoar a uma pessoa, Jesus contou a chamada parábola do credor
incompassivo, Mt 18.21-35. O foco da história é o perdão. Entretanto, podemos
encontrar aqui alguém que perdeu completamente a visão da graça do Senhor. O
homem chamado para o acerto de contas com o rei perdeu a visão de que era um
devedor. Posicionou-se como credor. O seu fim foi muito triste.
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E quanto a nós? Em que cadeira nos assentaremos? Seremos credores ou deve-
dores? Qual será a nossa posição? Como as nossas atitudes influenciarão nossa
casa, nosso círculo de amizades, nosso ministério e a igreja? O que faremos?

ORE POR VOCÊ


1. Ore pedindo perdão a Deus por alguma atitude egoísta
que tenha tido com alguém;
2. Peça ao Pai que lhe dê um coração de devedor, e não de
credor;
3. Peça a Deus que lhe dê um coração perdoador e cheio de
compaixão. Perdoe pela fé e não dependa de emoções.

ORE
Ore PELOS
pelos outros: OUTROS
1. Ore para que cada cristão tenha um coração devedor;
2. Ore para que os cristãos tenham santidade e pureza de
coração;
3. Ore para que a igreja de cristo assuma uma postura de
generosidade para com os necessitados.

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Dia 7
CASA DIVIDIDA
Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será
arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Mateus 12.25

Certa vez, ao curar um endemoninhado cego e mudo, Jesus foi acusado de expelir
o demônio pelo poder de Belzebu. Jesus, ao responder àqueles que o acusavam,
trouxe um ensino de fundamental importância. Se aquele demônio foi expulso
pelo poder de Belzebu, o reino de Satanás estaria dividido e uma casa dividida
contra si mesma não prosperará.
Veja como a unidade é fundamental. Se ela não existe, a casa não subsiste. Isso
vale para qualquer instituição: famílias, empresas e igrejas. Por isso, esta tem sido
uma das áreas em que o inimigo mais trabalha para enfraquecer a Igreja.
São muitos os fatores que têm trazido divisão à igreja, mesmo na pequena igreja,
a Célula. Dentre eles podemos destacar:
1. Rebelião ou desrespeito à autoridade: pode-se afirmar que essa talvez seja
a maior arma de Satanás contra a igreja. Rebelião é algo que nasceu no coração
dele, que se rebelou contra a autoridade de Deus e quis assumir um lugar que
não era seu. A atitude de Davi, ao reconhecer a autoridade de Saul, mesmo sendo
perseguido por ele, é um exemplo para a igreja de como devemos agir nessa área.
2. Luta por posições ou ambição pessoal: Por mais incrível que possa parecer, luta
por posições têm sido um acontecimento comum no meio da igreja. Esta situação
perturbou até mesmo o grupo apostólico. A mãe de Tiago e João procurou Jesus
e lhe fez um apelo, para que seus filhos se assentassem ao lado de Jesus, quando
o reino fosse estabelecido. A reação dos outros discípulos foi imediata. Jesus
interveio e não permitiu que um “racha” fosse aberto no grupo. Nesse momento,
ele estabeleceu o célebre princípio do seu reino: quem quiser tornar-se grande
entre vós, será esse que vos sirva. Mt 20.26
3. Partidarismo: Na carta que escreveu aos coríntios, o primeiro assunto tratado
por Paulo foi o partidarismo que havia no meio da igreja. Ele afirmou: rogo-vos que
faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisão. Havia contendas entre
os irmãos porque se formaram grupos partidários de Paulo, Apolo, Cefas e Cristo.
Paulo ainda os chamou de carnais, crianças em Cristo, andando segundo homens.
4. Falta de perdão: Experimentamos muita dificuldade nessa área. Ninguém está
livre de ser ofendido e ferido pelo irmão e, muitas vezes, é difícil perdoar. Essa

21
foi a preocupação de Pedro, quando ele pergunta a Jesus até quantas vezes se
deve perdoar ao irmão. Jesus respondeu que devemos perdoar quantas vezes for
necessário. A falta de perdão gera raiz de amargura, que traz perturbação e pode
contaminar a muitos, conforme relata o texto bíblico, Hb 12.15.

Paulo, quando instruía a Igreja de Corinto a respeito da Ceia do Senhor, afirmou


que precisamos discernir o corpo de Cristo, pois quem come e bebe sem discernir
o corpo, come e bebe juízo para si, 1 Co 11.29. Discernimos o corpo? Contribuí-
mos para a sua unidade ou para a sua divisão? Ninguém tem prazer em ferir a
si mesmo. Não devemos ferir o corpo. Somos parte dele? Que o Senhor nos dê
discernimento!

ORE POR VOCÊ


1. Peça a Deus que o Espírito Santo que revele a você quais
atitudes você tem tido que trazem divisão para a igreja;
2. Peça perdão a Deus e ajuda para que você lute contra o
inimigo em sua casa, no trabalho e na igreja;
3.Peça a Deus que o aproxime de pessoas que tenham fé e
estejam dispostas a lutar ao seu lado por uma conquista.

ORE PELOS OUTROS


1. Ore pelos pastores e líderes para que não haja luta por
posições nem ambição pessoal dentro da igreja;
2. Ore por um reavivamento espiritual de seus irmãos e da
igreja;
3. Ore para que não haja divisões dentro da igreja.

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Dia 8
O PODER DA ORAÇÃO EM CONJUNTO
Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que
vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu. Também lhes digo que se dois de vocês
concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu
Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio
deles. Mateus 18.18-20

Algo especial acontece quando estamos juntos. Jesus estabeleceu três impor-
tantes princípios no texto acima:
1. O povo de Deus recebeu poder para ligar e desligar. Ligar tem o sentido de “é
permitido”, v.18;
2. O povo de Deus recebeu um poder especial mediante o acordo em oração, v.19;
3. O povo de Deus quando se reúne tem a segurança da presença de Jesus, v.20.
Existe poder na oração em concordância. Dá a dimensão de unidade, de se ter
um só coração e um só propósito. Quando isso acontece, as orações são respon-
didas. A igreja recebe poder para ligar e desligar. Quando oramos juntos, somos
“contaminados” pela necessidade da oração; o amor pelos irmãos e a unidade são
intensificados; a fé é fortalecida e o poder espiritual se multiplica, Rm 15.30; 2 Co
1.10-11.
Quando Jesus utiliza a expressão “digo-lhes a verdade”, ou em outra tradução “em
verdade, em verdade vos digo”, ele está usando a mesma força do amém. Amém
não é apenas assim seja e sim uma expressão muito mais forte que significa que
o que foi dito é firme e confiável. Os princípios ensinados podem ser aplicados
à nossa vida prática e às atividades do reino na terra, à igreja e aos membros do
corpo. E como dissemos, somente é alcançado pela oração conjunta e requer total
UNIDADE!
A palavra concordar, no grego symphoneo, significa soar juntos, fazer sinfonia. É
como em uma orquestra, cada um toca um instrumento, todos entram no momen-
to exato e o som é perfeito. Quando concordamos em unidade estamos fazendo
sinfonia e as nossas orações são respondidas e fazem o braço de Deus se mover.
Nós concordamos que vivemos momentos críticos em nossa nação. Nós também
concordamos que precisamos de um grande mover de Deus e que ele tem liber-
dade para operar em nós e no nosso meio. Aleluia!
Vamos concordar que o Brasil é do Senhor Jesus e é uma nação missionária. Vamos
concordar que ganharemos a cidade de Belo Horizonte para Jesus. Vamos concor-
dar que atingiremos o nosso alvo 5000 células até 2017. Vamos concordar que
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as nossas Células são uma bênção, verdadeiras maternidades de novas criaturas.
Vamos concordar em dar a Deus toda glória! A ele seja a glória para todo sempre,
amém!

ORE POR VOCÊ


1. Peça a Deus que o encha com o Espírito Santo;
2. Pergunte a Deus os motivos pelos quais você e seus irmãos
devem orar;
3. Peça a Deus que o aproxime de pessoas que tenham fé e
estejam dispostas a lutar ao seu lado em oração.

ORE PELOS OUTROS


1. Ore por sua Célula, para que Deus dê saúde, unidade e
novas vidas alcançadas;
2. Ore por salvação em Belo Horizonte;
3. Peça pela consonância das orações e propósitos da igreja.

24
Dia 9

A BATALHA NÃO É SUA


Depois disso, os moabitas e os amonitas, com alguns dos meunitas, entraram em guerra contra
Josafá. Então informaram a Josafá: “Um exército enorme vem contra ti de Edom, do outro lado
do mar Morto”. Alarmado, Josafá decidiu consultar o SENHOR e proclamou um jejum em todo
o reino de Judá. Reuniu-se, pois, o povo, vindo de todas as cidades de Judá para buscar a ajuda
do SENHOR. 2 Crônicas 20.1-4

Ele disse: “Escutem, todos os que vivem em Judá e em Jerusalém e o rei Josafá! Assim lhes diz o
SENHOR: ‘Não tenham medo nem fiquem desanimados por causa desse exército enorme. Pois a
batalha não é de vocês, mas de Deus. 2 Crônicas 20.15

O Antigo Testamento nos mostra inúmeras guerras da nação de Israel contra diver-
sos adversários. Elas são figura da guerra espiritual que travamos nos dias atuais,
pois como disse o apóstolo Paulo, a nossa luta não é contra seres humanos e sim
contra todas as forças espirituais do mal, Ef 6.12. O rei Josafá estava em situação
terrível; a nação fora cercada por um grande exército, constituído por três povos
e todos ficaram tremendamente receosos. O mesmo pode acontecer conosco.
Quantas vezes nossas Células, nossa igreja e a nossa nação são atacadas pelas
forças de Satanás?
A maneira como a nação, liderada por Josafá, lidou com aquela situação, tem mui-
to a nos ensinar. Podemos destacar o seguinte:
A dependência de Deus: Era humanamente impossível para o exército de Judá
vencer aquela batalha. O inimigo era poderoso e numeroso. Josafá declarou: Pois
não temos força para enfrentar esse exército imenso que vem nos atacar. Não
sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti. Precisamos aprender
a depender de Deus. Nós somos terrivelmente autossuficientes. Até dizemos que
precisamos de Deus, mas as nossas atitudes são contrárias ao que proferimos.
Confiamos demais no nosso preparo, na nossa escolaridade, nos nossos talentos.
Isso nos levará à derrota. Jesus afirmou: sem mim vocês não podem fazer coisa
alguma, Jo 15.5.
A unidade: O texto diz que todo o povo de Judá reuniu-se para buscar ajuda do
Senhor em jejum e oração. Todos entenderam a urgência da situação; todos es-
tavam dispostos ao sacrifício, abrindo mão de alguma coisa para estar juntos. Foi
um clamor nacional. Há poder na unidade. Quando temos um só coração e um só
propósito, o coração de Deus é tocado. Os nossos clamores são ouvidos e atendi-
dos. Aleluia!

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A menção das promessas: Na sua oração, Josafá “lembrou” ao Senhor as
promessas que ele havia feito “clamaremos a ti em nossa angústia, e tu nos ouvirás
e nos salvarás”. Assim devemos andar e agir. O nosso Deus fez alianças conosco.
Ele está comprometido com suas promessas. Na Bíblia encontramos que Deus não
é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele
fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir? Nm 23.19. Aleluia! Após
possuir a terra prometida e despedir o povo, Josué lembrou-lhes que de todas as
promessas que Deus fizera, nenhuma havia deixado de se cumprir.

Quando o Senhor encontra corações dependentes, unidos e confiantes, ele


responde dizendo: “Não tereis de pelejar, a batalha é do SENHOR!” Glória a Deus.
Ele peleja por nós, confunde e derrota os nossos adversários. Ele é o Senhor dos
Exércitos!

ORE POR VOCÊ


1. Ore, jejue e peça para que Deus lhe dê uma fé inabalável;
2. Apresente suas batalhas ao Senhor;
3. Peça ao Senhor que traga a sua mente todas as vitórias
que ele já lhe deu e todas as promessas que ele fez a você.

ORE PELOS OUTROS


1. Ore pelo fortalecimento na fé de seus irmãos que estão
passando por batalhas;
2. Ore por milagres e manifestações do poder de Deus na
igreja;
3. Ore pela salvação das vidas que ainda não conhecem o
Senhor.

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Dia 10
A ORAÇÃO QUE LIBERTA
Pedro, então, ficou detido na prisão, mas a igreja orava intensamente a Deus por ele. Na noite
anterior ao dia em que Herodes iria submetê-lo a julgamento, Pedro estava dormindo entre
dois soldados, preso com duas algemas, e sentinelas montavam guarda à entrada do cárcere.
Repentinamente apareceu um anjo do Senhor, e uma luz brilhou na cela. Ele tocou no lado de
Pedro e o acordou. “Depressa, levante-se!”, disse ele. Então as algemas caíram dos punhos de
Pedro. Atos 12.5-7

O rei Herodes resolveu prender e maltratar aqueles que eram da igreja. Após
matar Tiago, mandou deter Pedro na prisão e submetê-lo a julgamento. Pedro
foi algemado e fortemente vigiado. O relato bíblico afirma que a igreja orava
intensamente por ele. Novamente a igreja, os irmãos em unidade! Naquela mesma
noite, um anjo do Senhor apareceu; as algemas de Pedro foram quebradas e ele
pôde sair da prisão de uma maneira maravilhosa.
Há poder na oração conjunta. Há poder na unidade. A oração faz os cativos serem
livres. É claro que Pedro não foi preso por algo errado que tivesse feito, mas o
poder que tentava matá-lo é o mesmo que atua no mundo tentando prender e
algemar as pessoas. É o poder de Satanás. E esse poder se desvanece, desaparece,
quando confrontado com o poder do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Por meio da intercessão da igreja nós temos:
1. Poder para cooperar com Deus, 1 Co 3.9;
2. Poder para resistir e derrotar Satanás, Tg 4.7;
3. Poder para transcender as leis da natureza, Êx 14.15;
4. Poder para obter ajuda dos anjos, Hb 1.14.
Não podemos nunca nos esquecer de que Deus escolheu executar muitos de
seus propósitos com a nossa cooperação. Isso não é incrível? Como fazemos isso?
Por meio da oração! Na verdade, este é o grande segredo da oração: Podemos
cooperar com Deus em qualquer lugar, tempo e tipo de necessidade.
A oração permite que entremos em casas, hospitais, repartições e tribunais.
Podemos firmar as mãos de um cirurgião em um momento de uma cirurgia por
meio da oração; podemos ministrar conforto a alguém aflito mesmo que ele
esteja a quilômetros de distância; podemos entrar no quarto de um governante e
suplicar que ele receba sabedoria. Não há distância nem placa de “proibido” que
nos impeça de entrar.
Vamos nos unir para interceder pelos cativos? Jesus é aquele que quebra as
algemas! Aleluia!
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ORE POR VOCÊ
1. Peça a Deus que encha o seu coração de esperança e
ousadia;
2. Ore a Deus por coragem para dar novos passos;
3. Peça a Deus que o liberte de tudo aquilo que o afasta
dele.

ORE PELOS OUTROS


1. Ore para que Deus dê ânimo novo aos irmãos a cada dia
para orar;
2. Peça a Deus que abra os olhos espirituais da igreja e
mostre as brechas que têm de ser fechadas;
3. Peça a Deus que fortaleça os relacionamentos familiares.

28
Dia 11
APRENDA COM A VIÚVA
Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar
sempre e nunca desanimar. Ele disse: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem
se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a
ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. “Por algum tempo ele se recusou.
Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os
homens, esta viúva está me aborrecendo; vou fazer- lhe justiça para que ela não venha mais
me importunar’ “. E o Senhor continuou: “Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não fará
justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu
lhes digo: Ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará
fé na terra?”. Lucas 18.1-8

Jesus contou uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desanimar. Se
observarmos atentamente, veremos que a parábola tem como personagens o juiz,
a viúva e o adversário. Usando a tipologia bíblica, podemos considerar que o juiz é
uma figura distorcida de Deus, pois Jesus o considerou um juiz iníquo; a mulher é
uma figura da igreja e o adversário é uma figura de Satanás. Devemos atentar para
o fato de que a parábola só tem sentido se houver o adversário; sem ele não há
causa alguma para julgar.
Essa parábola nos leva a considerar três aspectos da oração que não podem ser
negligenciados. O primeiro deles é: quem ora? É a mulher, a igreja. O segundo
é: a quem é dirigida a oração? A Deus, o justo juiz de toda a terra. O terceiro,
e que muitas vezes passa despercebido é, contra quem oramos? Contra o nosso
adversário, Satanás. Portanto, a igreja deve estar diante de Deus, o juiz, orando
para que sua causa contra o ADVERSÁRIO seja julgada. O Senhor vai fazer justiça
quando oramos como igreja, EM UNIDADE. A mulher é uma figura da IGREJA!
Sendo assim, não podemos desconsiderar o nosso adversário em nossas orações.
Adversário é adversário. Se há inimigo, então existe guerra. Reside aí toda a base
para a guerra espiritual. Nessa guerra não lutamos com armas carnais e sim
espirituais, 2 Co 10.4. Devemos nos revestir de toda a armadura de Deus. Também
não devemos ceder às tentações de Satanás. Pelo contrário, devemos resistir a ele,
Tg 4.7. Somos chamados a detê-lo, fazê-lo recuar e derrotá-lo. Não podemos ser
falhos na oração, excessivamente passivos e até mesmo complacentes.
A vitória de Jesus sobre as forças de Satanás foi completa. Jesus afirmou que o
príncipe deste mundo seria expulso, no grego ekballõ, mandar embora com
força, expulsar, conforme mencionado no evangelho de João 12.31-33. Na cruz,
ele despojou, no grego apekoyo, afastar completamente, despir completamente,

29
todas as autoridades demoníacas, Cl 2.14-15, publicamente expondo-os ao
desprezo. A vitória foi pública como acontecia antigamente quando os derrotados
eram trazidos cativos à vista de todos. Na cruz, Satanás e seus demônios foram
destruídos, no grego katargeo, colocar fora de ação, inutilizar, conforme afirma o
autor de Hebreus 2.14.

Jesus disse que deveríamos ser persistentes, perseverantes. Se aquele juiz que
era injusto, julgou a causa da mulher, quanto mais o Senhor não fará justiça aos
seus escolhidos que a ele clamam continuamente? É certo que fará justiça, e
depressa! Por isso devemos ser perseverantes e UNIDOS na oração. Jesus, então,
faz um questionamento: quando vier o filho do homem encontrará fé na terra?
Precisamos nos tornar um diferencial nos últimos dias. ORAR COM PERSEVERANÇA,
EM UNIDADE E COM MUITA FÉ.

ORE POR VOCÊ


1. Peça a Deus que tire toda forma de desânimo de sua
vida;
2. Ore continuamente por sua bênção;
3. Ore contra as tempestividades que podem abalar a busca
por Deus.
ORE PELOS OUTROS
1. Ore para que a igreja tenha mais atos de justiça na socie-
dade;
2. Ore para que Deus levante intercessores perseverantes
em favor da igreja;
3. Ore para que juntos possamos mostrar o reino de Deus
para as pessoas.

30
Dia 12
LIÇÕES DA BATALHA
Sucedeu que os amalequitas vieram atacar os israelitas em Refidim. Então Moisés disse a Josué:
“Escolha alguns dos nossos homens e lute contra os amalequitas. Amanhã tomarei posição no
alto da colina, com a vara de Deus em minhas mãos”. Josué foi então lutar contra os amalequi-
tas, conforme Moisés tinha ordenado. Moisés, Arão e Hur, porém, subiram ao alto da colina. En-
quanto Moisés mantinha as mãos erguidas, os israelitas venciam; quando, porém, as abaixava,
os amalequitas venciam. Quando as mãos de Moisés já estavam cansadas, eles pegaram uma
pedra e a colocaram debaixo dele, para que nela se assentasse. Arão e Hur mantiveram erguidas
as mãos de Moisés, um de cada lado, de modo que as mãos permaneceram firmes até o pôr do
sol. E Josué derrotou o exército amalequita ao fio da espada. Êxodo 17.8-13

O texto descreve um ataque sofrido pelo povo de Israel. Foi a primeira batalha,
ocorrida logo após a libertação do Egito. Esse relato, com sua riqueza de detalhes,
tem muito a nos ensinar sobre como agir nas batalhas que enfrentamos.
Independente da luta que tivermos, não podem nos faltar:

1. Discernimento espiritual
Moisés sabia que aquela guerra não seria decidida na frente de batalha, mas no
monte. Por isso ele se dirigiu para lá. É claro que era necessário enviar guerreiros
para a luta, mas o lugar mais importante daquela batalha era no alto da colina.
Moisés sabia tratar-se, antes de tudo, de uma batalha espiritual. Ele mesmo já
havia passado por experiência semelhante, quando foi a Faraó pela primeira vez
pedir pela libertação do povo. Faraó, em vez de chamar seu exército, convocou
seus feiticeiros. Tratava-se de batalha espiritual.

2. Intercessão
O andamento ou a tendência da batalha era resultado do que acontecia no alto
da colina. Quando Moisés mantinha as mãos erguidas, os israelitas prevaleciam,
quando suas mãos abaixavam, eram os amalequitas que prevaleciam. O que
isso nos ensina? Mãos levantadas significam intercessão e, logicamente, mãos
abaixadas, significam a falta dela. Moisés estava no alto da colina pedindo a
Deus em favor de seu povo. Temos de perceber o poder da intercessão. Temos
de perceber a influência do mundo espiritual sobre o mundo natural. Foi o que
aconteceu quando Daniel buscou a Deus em jejum, durante 21 dias, conforme
relatado no capítulo 10 de Daniel. Durante esse tempo houve verdadeiramente
uma batalha no mundo espiritual, até que a revelação pôde vir a Daniel.

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3. Cooperação e Unidade

Moisés não aguentaria, sozinho, aquela batalha de oração. O texto fala que
seus braços ficavam cansados e suas mãos abaixavam. A derrota era iminente.
Entretanto, o quadro foi mudado pela atitude de Arão e Hur que, percebendo
o problema, puseram-se a apoiar Moisés, colocando uma pedra para que ele
pudesse se assentar e segurando-lhe os braços para dar-lhe firmeza, até que a
vitória completa fosse alcançada. Moisés não estava sozinho; ele pôde contar com
a ajuda de seus irmãos. Precisamos uns dos outros, Precisamos ajudar uns aos
outros.

Vamos refletir um pouco mais. Qual foi o papel de cada um dos personagens?
Qual a lição a aprender com a atitude dos liderados? Quem foi o responsável pela
vitória? Qual a importância da intercessão dos liderados? Moisés era o líder do
povo. A sua luta era a luta de todos. Da mesma forma, a sua vitória seria a vitória
de todos. Moisés, Arão e Hur estavam juntos, com a mesma visão e o mesmo
propósito. ESTAVAM EM UNIDADE. Arão e Hur foram fundamentais para que a
vitória fosse alcançada.

ORE POR VOCÊ


1. Ore para Deus colocar ao seu lado pessoas que o ajudem a
lutar a batalha espiritual;
2. Pergunte a Deus contra o que você deve lutar;
3. Peça diariamente para Deus ajudá-lo a permanecer em
oração.

ORE PELOS OUTROS


1. Ore para que cada cristão entenda a força que a união
exerce sobre o poder das trevas;
2. Ore para que os cristãos não sejam levados pelo egoísmo;
3. Ore pelos membros de sua igreja, para que juntos possam
fazer muito para o avanço do reino de Deus.

32
Dia 13
RECONSTRUA SUA VIDA
Nesse meio tempo fomos reconstruindo o muro, até que em toda a sua extensão chegamos à
metade da sua altura, pois o povo estava totalmente dedicado ao trabalho. Quando, porém,
Sambalate, Tobias, os árabes, os amonitas e os homens de Asdode souberam que os reparos
nos muros de Jerusalém tinham avançado e que as brechas estavam sendo fechadas, ficaram
furiosos. Todos juntos planejaram atacar Jerusalém e causar confusão. Mas nós oramos ao nosso
Deus e colocamos guardas de dia e de noite para proteger-nos deles. Neemias 4.6-9

A nação de Israel havia se afastado de Deus e se voltado para a idolatria. Depois de


inúmeras advertências dos profetas, Jerusalém foi invadida e destruída, e o povo
foi levado cativo para a Babilônia. O cativeiro durou 70 anos, como fora profetizado
por Jeremias. No ano de 538 a.C., Ciro, rei da Pérsia, permitiu ao povo regressar e
iniciar a reconstrução do templo.
O livro de Esdras trata basicamente da reconstrução do templo. O de Neemias
trata da reconstrução dos muros e portas da cidade. Nesses livros as palavras mais
comuns são edificar, reedificar, restaurar.
Neemias significa “aquele a quem Jeová conforta”. Ele é um tipo de Espírito Santo
intercedendo por nós e nos dirigindo para que a obra de Deus na nossa vida seja
completada. Quando Neemias soube do estado de Jerusalém, ele buscou ajuda de
Deus em oração. Por quê? Porque Jerusalém era o lugar onde ficava o templo de
adoração ao Senhor, a morada do grande Deus. O nome de Deus estava nela. E o
estado daquela cidade era motivo de vergonha. Somos como Jerusalém: templos
do Senhor, lugar de sua habitação, carregamos o seu nome. Deus deseja a nossa
restauração e libertação, individualmente e como igreja. Entretanto, uma cidade
sem muros está sujeita à invasão do inimigo: está sem controle.
As palavras edificar, reedificar e restaurar fazem parte do vocabulário de Deus. É
o que ele mais deseja e quer fazer. Nós também temos um papel nesse processo,
o que exige de nós algumas posturas, perante as quais não podemos nos omitir.
1. Santidade
Cada um colaborou no trabalho de reconstruir os muros, ou em outras palavras, de
tapar as brechas. Precisamos estar atentos a isso. A Bíblia afirma que o salário do
pecado é a morte, Rm 6.23. Todo pecado traz consequências, faz separação entre
nós e o Senhor. Satanás pôde resistir à autoridade do sumo sacerdote porque
este estava com suas vestes sujas, Zc 3.1-3, que simbolizam vida de pecado. Em
situações de pecado, o inimigo encontra brechas para agir em nossa vida. Deus nos
chama a andar em santidade. Paulo escreveu aos tessalonicenses: Esta é a vontade
de Deus: a vossa santificação, 1 Ts 4.3. Andemos em santidade!
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2. Envolvimento
Todos se envolveram no trabalho de reconstruir os muros; não houve omissão.
A obra ficou pronta em 52 dias, algo inimaginável. Aquele grupo, liderado por
Neemias, estava UNIDO; possuía claramente a visão do que fazer. Isso nos mostra
que todos precisamos nos envolver e colaborar. Somos corpo de Cristo; todos nós
temos uma função; todos nós somos importantes. A omissão pode prejudicar todo
um grupo, seja uma Célula, uma família ou uma igreja. O encargo de fechar as
brechas é de todos nós.
3. Combate
O texto acima afirma que os inimigos ficaram furiosos quando souberam que os
reparos estavam avançando e as brechas estavam sendo fechadas. Planejaram
atacar a cidade e causar confusão. Entretanto, isso não impediu o povo de
prosseguir. Guardas foram colocados para a proteção 24 horas; aqueles que
trabalhavam portavam uma espada. Eles estavam em constante vigília.
O mesmo acontece espiritualmente. Quando entramos em processo de santificação,
os inimigos tentam impedir, criando situações adversas. Não devemos temê-los.
Deus é fiel e vai nos guardar. Quando homens maus avançarem contra mim para
destruir-me, eles, meus inimigos e meus adversários, é que tropeçarão e cairão, Sl
27.2. Essa é a palavra de Deus para nós.
4. Clamor
Além de colocar guardas em constante vigília, eles não abriram mão do clamor
a Deus. Eles tinham a convicção de que sem a intervenção de Deus aquela obra
não seria concluída. Por isso, eles oravam constantemente. Lembre-se de que a
expressão usada foi “ORAMOS”. Não havia omissão nessa área. Todos oravam.

ORE POR VOCÊ


1. Pergunte a Deus o que precisa ser reconstruído em sua
vida e em quais áreas;
2. Peça a Deus que trabalhe em você a dedicação e o amor
para com a obra dele;
ORE PELOS OUTROS
1. Ore para que todo espírito de confusão seja lançado fora
do meio dos cristãos;
2. Ore para que mais pessoas se disponham a vigiar em
oração uns pelos outros.

34
Dia 14
UM UNÇÃO TRANSBORDANTE

Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união! É como óleo precioso der-
ramado sobre a cabeça, que desce pela barba, a barba de Arão, até a gola das suas vestes. É
como o orvalho do Hermom quando desce sobre os montes de Sião. Ali o SENHOR concede a
bênção da vida para sempre. Salmo 133.1-3

Uma das declarações mais contundentes da Bíblia a respeito dos frutos da unidade en-
contra-se no texto acima: Que é bom e agradável quando os irmãos vivem em união. O
salmista usa duas figuras para demonstrar a sua afirmação: o óleo e o orvalho.

O ÓLEO
A primeira delas é o óleo sendo derramado sobre Arão, o sumo sacerdote. A Pa-
lavra de Deus afirma que somos sacerdócio real, povo de propriedade exclusiva
de Deus, 1 Pe 2.9. Arão representa a igreja do Senhor, aqueles que fazem parte
do corpo de Cristo. O óleo na Bíblia é símbolo do Espírito Santo. Quando Samuel
apanhou o chifre cheio de óleo e ungiu a Davi na presença de seus irmãos, o Es-
pírito do SENHOR apoderou-se dele, 1 Sm 16.12-13.
Assim, essa figura aponta para o derramamento do Espírito sobre a Igreja. Davi, o
autor do Salmo, fala de óleo derramado em três dimensões:
a) Óleo sobre a cabeça
O Espírito de Deus quer assumir o controle de nossa mente. Faz parte do processo
de transformação que o Senhor quer fazer em nós. Quando nos convertemos a
Cristo, recebemos a vida de Deus em nosso espírito, mas a nossa mente não nasce
de novo, ela precisa ser renovada, Rm 12.2. De uma maneira simples, podemos
dizer que renovar a mente significa ter os nossos valores transformados de um pa-
drão mundano para outros segundo a vontade de Deus. A palavra grega traduzida
por renovação tem também o sentido de restauração e de completa mudança para
melhor. Mente diz respeito à sede dos pensamentos, a partir da qual percebemos,
entendemos e avaliamos a realidade. Com renovação da mente, então, Paulo nos
ensina que é necessário que o cristão passe por um processo de troca de pensa-
mentos. Os pensamentos de acordo com o mundo e com a velha vida devem ser
trocados por outros, melhores, de acordo com a mente divina, os quais produzirão
uma nova vida.
b) Óleo sobre a barba
Percebe-se, pelo relato bíblico do Antigo Testamento, que os homens normalmente
usavam barba. Só adultos podem ter barba. Espiritualmente falando, a barba
significa plenitude, maturidade. O Espírito Santo deseja avançar na nossa
35
transformação, de maneira que possamos ser como Jesus Cristo. A Bíblia, em
muitos versículos, afirma que a vontade do Pai é ter muitos filhos à imagem e
semelhança do seu primogênito. Por exemplo, Paulo, na carta aos Romanos,
declara que o destino que Deus traçou para aqueles que o amam e foram por
ele chamados é serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos. Rm 8.29.
c) Óleo sobre a orla das vestes
A consequência de o óleo ser derramado sobre a cabeça e depois sobre a barba é ir
para a gola das vestes. O significado da gola é de algo que extravasa, manifestando-
se exteriormente. O resultado disso é ver pessoas se aproximando de nós, sentindo
o perfume do óleo do Espírito e sendo atraídas por ele.
O ORVALHO
A segunda figura utilizada por Davi refere-se ao orvalho que desce do monte
Hermom para os montes de Sião. O monte Hermom, com 2814 metros de altitude,
está quase sempre coberto de neve, enquanto as terras ao redor queimam pelo
sol de verão. À noite, ele libera um orvalho que rega a terra aos seus pés, e os
montes mais baixos da cadeia de Sião, proporcionando fertilidade contínua. Isaías
profetizou sobre o derramamento do Espírito sobre a igreja usando uma figura
semelhante: Pois derramarei água na terra sedenta, e torrentes na terra seca;
derramarei meu Espírito sobre sua prole, e minha bênção sobre seus descendentes,
Is 44.3. O Espírito de Deus faz-nos férteis, dando fruto para a glória de Deus.

Glória de Deus! É impressionante como a UNIDADE entre os irmãos dispara o


gatilho para o derramamento do Espírito sobre a igreja.

ORE POR VOCÊ


1. Peça a Deus que o encha do Espírito Santo;
2. Peça a Deus que lhe mostre por quem você deve orar;
3. Peça a Deus para trabalhar seus dons e assim poder
abençoar a vida das pessoas.
ORE PELOS OUTROS
1. Ore por comunhão genuína em nossa igreja;
2. Ore pela busca da santificação do povo de Deus;
3. Peça a Deus mais unção para os líderes das igrejas.

36
Dia 15
UMA MISTURA PODEROSA
Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e
com os irmãos dele. Atos 1.14
Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar. (...) Todos ficaram cheios do
Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava. Atos 2.1,4

O derramamento do Espírito havia sido prometido no passado. Isaías profetizou: Pois


derramarei água na terra sedenta, e torrentes na terra seca; derramarei meu Espírito
sobre sua prole, e minha bênção sobre seus descendentes, Is 44.3; e da mesma forma,
Joel: E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos
e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões. Até sobre
os servos e as servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, Jl 2.28-29.
Jesus também se referiu ao derramamento do Espírito no último dia da festa dos
Tabernáculos: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como
diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. Ele estava se referindo
ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até então o Espírito
ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não fora glorificado, Jo 7.37-39.
Após ter ressuscitado, Jesus, ao comer com os discípulos, deu-lhes esta ordem:
Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai, da qual lhes
falei. Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados
com o Espírito Santo, At 1.4-5. E assim os discípulos fizeram. Ficaram em Jerusalém,
E UNIDOS EM ORAÇÃO, esperavam pela promessa. Não parece estranho eles
orarem por algo que Jesus falara que ia acontecer? Mas não é. Daniel sabia que
o tempo do cativeiro na Babilônia estava terminando. No entanto, buscou a Deus
com fervor e pediu perdão pelos seus pecados e pelos pecados da nação. O Senhor
havia falado com Elias que mandaria chuva, e Elias foi para o monte clamar a ele
pela chuva. A oração faz mover o braço do Altíssimo; faz com que a sua vontade
seja feita e seu reino, estabelecido.
A mistura de promessa de Deus, oração e unidade é altamente explosiva. Atrai o
Espírito Santo e consequentemente gera poder; produz Pentecoste. Uma onda de
poder atingiu aquela cidade, todos foram impactados. Rapidamente, um grupo de
120 pessoas se tornou 3000. Uma unção de salvação foi liberada: E o Senhor lhes
acrescentava diariamente os que iam sendo salvos.
Certa vez, Jesus, ensinando sobre oração, declarou: Se vocês, apesar de serem
maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos céus
dará o Espírito Santo a quem o pedir! Lc 11.13. Peça. Jesus quer derramar do seu
Espírito. Nunca foi propósito de Jesus que vivêssemos nossa vida cristã sem a un-
ção e a capacitação do Espírito Santo. Receba poder para ser testemunha de Jesus!
37
ORE POR VOCÊ
1. Peça o revestimento do Espírito Santo em sua vida;
2. Peça mais poder de Deus;
3. Ore pelas pessoas a quem você irá testemunhar do Senhor
para que elas sejam tocadas pelo poder do Espírito Santo.

ORE PELOS OUTROS


1. Ore para que a união dos irmãos da igreja não seja
abalada;
2. Ore por mais poder e revelação de Deus na igreja;
3. Ore pela salvação das pessoas.

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Dia 16
TRANSFORMAÇÃO PELA ORAÇÃO
Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra
corajosamente. Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do
teu santo servo Jesus. Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram
cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus. Atos 4.29-31

Tendo levado os apóstolos, apresentaram-nos ao Sinédrio, para serem interrogados pelo sumo
sacerdote, que lhes disse: “Demos ordens expressas a vocês para que não ensinassem neste
nome. Todavia, vocês encheram Jerusalém com sua doutrina e nos querem tornar culpados do
sangue desse homem”. Atos 5.27-28

Certo dia, Pedro e João, ao irem ao Templo para orar, se depararam com um aleijado
que lhes pedia esmola. E foram instrumentos de Deus para curar aquele homem, o
que causou grande alvoroço no meio do povo. Aquela situação permitiu a Pedro falar
de Jesus para toda a multidão e muitos se converteram. As autoridades religiosas,
descontentes com o que acontecia, prenderam Pedro e João. No dia seguinte, foram
soltos, mas antes, interrogados e proibidos de pregar o nome de Jesus.
Uma vez soltos, Pedro e João se reuniram com seus companheiros e compartilharam
o acontecido. Então, juntos, começaram a orar, At 4.29-31. Pediram capacitação
para anunciar a palavra corajosamente e a operação de sinais e maravilhas. O lugar
onde eles estavam tremeu e todos ficaram cheios do Espírito.
Vemos mais uma vez a igreja orando, EM UNIDADE, com um coração e um
só propósito, e como consequência, o poder do Espírito Santo veio sobre eles.
Um sinal tremendo aconteceu; o local tremeu. Deus deseja fazer isto conosco:
chacoalhar nossa vida com a unção do alto para que nos torne poderosas e ousadas
testemunhas do evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo.

Mesmo tendo sido proibidos de ensinar, algo maravilhoso ocorreu, testemunhado


pela boca dos próprios religiosos: “Vocês encheram Jerusalém com a sua doutrina”.
Glória a Deus! A cidade foi cheia da presença do Senhor e sinais e prodígios eram
realizados.

A mesma coisa pode acontecer em nossas Células, famílias e igrejas. Vamos clamar
a Deus. A nossa nação pode ser sacudida por esse poder. O Brasil, na verdade, não
precisa de uma reforma política, social ou econômica. O Brasil precisa ser coberto
com o sangue de Jesus e tocado pelo poder do Espírito Santo.

39
ORE POR VOCÊ
1. Peça a Deus ousadia e poder do Espírito Santo para
obedecer a ele e comunicar o evangelho de Cristo;
2. Comece a ensinar os princípios de evangelho de Cristo,
com o objetivo de encher sua cidade da doutrina;
3. Peça a Deus companheiros cristãos decididos a espalhar a
palavra de Deus e juntos desenvolvam estratégias eficazes.

ORE PELOS OUTROS


1. Ore para que pastores e líderes de igrejas decidam encher
a cidade com a Palavra de Deus;
2. Ore para que as igrejas tomem a decisão de levar cada
habitante da cidade a conhecer o evangelho de Cristo;
3. Ore por um grande avivamento espiritual em sua cidade.

40
Dia 17

A CHAVE DO EVANGELISMO

Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio
da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles
também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que
me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles
sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como
igualmente me amaste. João 17.20-23

O texto acima é parte da chamada oração sacerdotal de Jesus. Como vimos


anteriormente, por três vezes Jesus clama para que haja unidade no meio do seu
povo e declara que, quando formos um, quando andarmos em UNIDADE, o mundo
vai crer que o Pai o enviou. E não apenas isso, mas também crerão no amor de Deus.

Nessa oração, Jesus estabelece um princípio-chave do evangelismo: de que as


pessoas creriam nele quando fôssemos um, como ele e o Pai são um. Em outras
palavras, experimentaremos uma colheita abundante, com multidões se rendendo
ao Senhor, quando andarmos em UNIDADE.

A maior parte da população mundial tem consideração por Jesus, acha importante
seus ensinamentos, mas não crê que ele é o filho de Deus, enviado para salvar o
mundo e também não crê no amor de Deus.

Para termos uma ideia


do tamanho do desafio
da igreja brasileira,
na tabela ao lado
são apresentadas as
informações sobre
o percentual de
evangélicos no Brasil,
por Estado, de acordo
com o censo do IBGE
realizado em 2010.

O Piauí é o estado com


menor percentual de
evangélicos com apenas
9,7%; Rondônia é o
41
maior, com 33,8%. No Brasil, apenas 22,2% da população se declarou evangélica.
Há muito que conquistar no nosso país.

A unidade destranca a porta fechada para o avanço do evangelho. Jesus orou


pedindo ao Pai: “Que eles sejam levados à plena UNIDADE”. Que assim seja! Que
a oração de Jesus seja respondida.

ORE POR VOCÊ


1. Agradeça a Deus porque um dia você ouviu a mensagem,
entregou sua vida a Cristo, e hoje pode dar fruto;
2. Se for o caso, peça perdão por não produzir frutos para
Deus;
3. Ore para que Deus te use para alcançar as pessoas do seu
círculo de relacionamentos que ainda não foram salvas.

ORE PELOS OUTROS


1. Ore por sua cidade, para que seu povo esteja aberto e
volte-se para Deus;
2. Ore pelos crentes de sua cidade para que testemunhe com
ousadia sobre a obra de Cristo em suas vidas;
3. Ore para que Deus desperte a igreja para a necessidade do
evangelismo.

42
Dia 18
A CURA DE UMA NAÇÃO
Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afa-
star dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.
2 Crônicas 7.14

Quando Salomão acabou de construir o Templo, o SENHOR lhe apareceu de noite e


disse ter ouvido a oração feita por ele. Nessa mesma visão, Deus ensina a Salomão
como agir, caso a nação passasse por situações de calamidade e destruição. A
orientação de Deus é o conhecido texto acima, e pode ser considerado como o
segredo para a cura de uma nação.
Qual é a nossa visão da realidade brasileira? Não vivemos situações de
calamidade? Por quais caminhos a nação brasileira tem andado? Vamos citar
alguns: desagregação familiar com altos índices de divórcio; imoralidade sexual,
idolatria, violência, tráfico de drogas e de pessoas, impunidade etc. Recentemente,
a população brasileira foi às ruas reclamar contra a corrupção que se expressa
por desvio de dinheiro para benefício próprio, ganância financeira, manipulação,
engano, mentira, falsidade, imoralidade, falta de amor etc. Quando olhamos para
dentro da igreja, não percebemos também essas “práticas” na vida da igreja e de
seus membros? A sede de poder, fama e riqueza que domina os políticos não está
presente na liderança das igrejas?
Precisamos aplicar o remédio de Deus para a cura da nação. O texto de 2 Cr 7.14
chama o povo de Deus a fazê-lo. A expressão é “se o meu povo, que se chama pelo
meu nome...”. Nós somos o povo de Deus. A expressão que o apóstolo Pedro usa
é “povo de propriedade exclusiva de Deus”. Nós carregamos o nome de Deus. A
tarefa é nossa, da igreja do Senhor; a tarefa é para todo o povo de Deus, o que traz
implícita a ideia da UNIDADE.

O remédio de Deus tem quatro componentes, nenhum deles pode faltar.

1. Humilhar-se
Humilhar-se tem o sentido de tornar-se humilde e não devemos associar isso com
pobreza. Devemos tomar o exemplo do Senhor Jesus que se humilhou tornando-
se obediente até a morte, Fp 2.5, ou seja, a humildade está ligada à obediência a
Deus.

2. Orar
O apóstolo Paulo nos ensina o que fazer em situações de aflição. Devemos fazer
as nossas petições a Deus com orações, súplicas e ações de graças, Fp 4.6. Orar é
43
falar, declarar, fazer menção das promessas de Deus, profetizar com autoridade
baseado na infalível Palavra de Deus.

3. Buscar a minha face


Buscar a presença de Deus é totalmente diferente de buscar suas bênçãos. Como
afirmou o profeta Jeremias, encontraremos a Deus, quando o buscarmos de todo
o coração. Jr 29.11.

4. Afastar-se de seus maus caminhos


A igreja precisa urgentemente se afastar de seus maus caminhos, o que significa se
arrepender. Arrependimento é deixar de andar no caminho do erro, do pecado e
se voltar para Deus e sua vontade. É uma tomada de decisão.

Deus tem uma promessa tríplice quando tomamos o remédio e elas estão inter-
ligadas:
• Dos céus o ouvirei;
• Perdoarei o seu pecado;
• E curarei a sua terra.

A nossa nação pode ser curada. Vamos, EM UNIDADE, tomar o remédio prescrito
por Deus.

ORE POR VOCÊ


1.Assuma um compromisso com Deus de amá-lo servi-lo de
todo o coração;
2. Peça a Deus para ajudá-lo a não tomar novamente
o controle de sua vida e conduzi-lo ao caminho do
arrependimento;
3. Peça a Deus que o ajude a ser sensível às oportunidades
que o Espírito Santo preparar para testemunhar a outras
pessoas.
ORE PELOS OUTROS
1. Ore pela salvação de nossa nação;
2. Ore para que haja arrependimento e temor do Senhor no
coração de nossas autoridades;
3. Ore pelo despertamento da igreja como agente de
transformação em nossa sociedade.

44
Dia 19
NÃO ANDE SOZINHO
Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim,
durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em
Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos. Atos 11.25-26

A igreja de Antioquia começou como resultado de uma grande perseguição que


sobreveio sobre os discípulos em Jerusalém. A mão do Senhor estava sobre os que
foram para lá, de tal maneira que muitos se converteram ao Senhor. A notícia do
que acontecia chegou até a igreja de Jerusalém, que enviou Barnabé até Antioquia,
tendo se tornado o primeiro líder daquela igreja nascente, At 11.19-23.

A Bíblia afirma que Barnabé era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé.
Mesmo assim, ele entendia o conceito da cooperação e também conhecia suas
limitações. Por isso, foi a Tarso buscar Saulo para ajudá-lo. Foi incrível a visão de
Barnabé e a direção de Deus na sua vida. Ele sabia que não podia andar sozinho e
por isso foi usado pelo Senhor para colocar Saulo no ministério. Posteriormente,
Barnabé e Saulo, JUNTOS, EM UNIDADE, foram instrumentos do Senhor para
abençoar toda a região de Antioquia, e foi ali que os discípulos, pela primeira vez,
foram chamados de cristãos.

Jesus tinha a preocupação de não deixar os seus discípulos fazerem a obra


sozinhos. Ele os enviava de dois em dois. Há um princípio espiritual importante em
andarmos juntos. É o princípio da concordância. Jesus disse que quando dois de
nós concordássemos a respeito de qualquer coisa que pedíssemos, seria concedida
pelo Pai que está nos céus, Mt 18.19. Não devemos andar sozinhos.

Ao estudarmos a vida de Sansão, algo muito importante salta aos olhos. Apesar
de ser um nazireu, homem de Deus e muito usado por ele, Sansão estava sempre
sozinho. Nos momentos de suas lutas e dificuldades, não havia com quem
compartilhar e orar. Essa talvez tenha sido uma das causas de sua queda. Não
podemos andar sozinhos. Precisamos desenvolver relacionamentos. Toda a vida da
igreja é baseada em relacionamentos. Precisamos estar sob a liderança de alguém.
Algo fundamental para nós é ter alguém para prestar-lhe conta. É segurança para
nós. Por isso, ninguém deveria estar fora de uma Célula.

Vamos andar juntos. Juntos podemos amar, acolher, admoestar, servir, suportar,
perdoar, consolar, confessar os pecados UNS AOS OUTROS.

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ORE POR VOCÊ
1. Peça a Deus por um parceiro de oração, para que ele
seja intercessor de sua vida e esteja pronto para ouvi-lo;
2. Ore para que Deus o aproxime de pessoas com paixão
pela evangelização, para que juntos venham abençoar a
cidade;
3. Ore para que Deus abençoe suas amizades e seus
relacionamentos com as pessoas.

ORE PELOS
Ore pelos outros:OUTROS

1. Ore para que os cristãos sejam acolhedores;


2. Ore para que a igreja mostre mais amor pelas pessoas,
especialmente para aquelas que vivem sozinhas;
3. Ore para que os crentes tenham consciência da
importância de viver em comunhão.

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Dia 20

MULTIPLICANDO LÍDERES
Na igreja de Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Ci-
rene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. Enquanto adoravam o Senhor
e jejuavam, disse o Espírito Santo: “Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho
chamado”. Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as mãos e os enviaram. At 13.1-3

A liderança da igreja de Antioquia começou com Saulo e Barnabé, mas passado


algum tempo, mais três irmãos haviam se juntado ao grupo. Vale a pena mencionar
a diversidade que havia entre eles. Barnabé era judeu, natural da ilha de Chipre;
Simeão era negro, provavelmente originário da África; Lúcio era da cidade líbia de
Cirene, talvez de origem árabe; Manaém, irmão de criação de Herodes, talvez fosse
romano; e finalmente Paulo, judeu, foi preparado para ser rabino e era versado em
filosofia. Saulo e Barnabé fizeram discípulos e formaram a liderança daquela Igreja
nascente.
Apesar de ser um grupo tão diverso, andava em perfeita UNIDADE e comunhão.
Reconhecia a importância de estar na presença de Deus em adoração e jejuns.
Não podemos abrir mão da comunhão e de buscar a Deus juntos, nas Células,
na família e na igreja. Temos investido pouco tempo na oração; muitos de nós
sequer jejuam. Esse quadro precisa mudar, para que a igreja seja verdadeiramente
dirigida pelo Senhor.
Quando buscamos a Deus em jejum e oração, ele fala de uma maneira poderosa:
“Disse o Espírito Santo”. O Espírito Santo fala. Glória a Deus. Precisamos ouvir a
voz do Senhor e andar segundo a sua direção. O Espírito de Deus deu uma ordem
clara: “Separem-me a Barnabé e a Saulo”. E a igreja obedeceu.
Quando a igreja obedece a Deus, a obra missionária cresce. O processo de
evangelização precisava ser multiplicado e o Espírito orientou para que começasse
com os seus principais líderes, os melhores. O Senhor deseja que ofereçamos o
melhor de nossa vida e o melhor de nossa igreja para a obra missionária, para a
obra de ganharmos pessoas para Jesus. Assim, a igreja impôs as mãos sobre os
dois líderes e os enviou.

Uma igreja relevante anda EM UNIDADE, mesmo sendo constituída por pessoas
tão diferentes, busca a Deus de todo coração e multiplica líderes, para serem
instrumentos de Deus e tornar o evangelho conhecido em toda terra. Todos nós
precisamos estar envolvidos. Todos nós fazemos parte disso!

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ORE POR VOCÊ
1. Peça a Deus que faça de você um grande líder;
2. Peça a Deus que o use para levar vidas a Cristo e ajudá-
las a ganhar outros;
3. Ore por estratégias e materiais para ganhar, edificar,
treinar e enviar os novos discípulos.
ORE PELOS OUTROS
1. Ore para que pastores e líderes preparem suas igrejas
para ganhar, edificar, treinar e enviar pessoas;
2. Ore para que outros cristãos reconheçam a responsabili-
dade de fazer novos discípulos;
3. Ore pedindo ao Espírito Santo que convença o povo do
pecado e prepare os corações para receber a mensagem.

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Dia 21
GLORIFICANDO A DEUS
O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus,
para que com um só coração e uma só voz vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo. Romanos 15.5-6

Uma das frases que mais usamos em nossas reuniões é “Glória a Deus”. Temos
consciência do que realmente isso significa? Não se tornou para nós um chavão
evangélico? A Bíblia diz: quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa,
façam tudo para a glória de Deus, 1 Co 10.31.
A glória de Deus está relacionada ao seu esplendor, majestade, santidade, singularidade,
transcendência. Davi orou citando esses atributos enquanto consagrava as ofertas
trazidas para a construção do templo, 1 Cr 29.11. A glória de Deus também está ligada
à sua presença visível entre o seu povo, a chamada Shekinah. Isso aconteceu quando
a nuvem de glória encheu o tabernáculo no deserto, Êx 40.34-38. A glória de Deus
também se manifesta quando contemplamos o seu eterno poder, tão visível na criação.
A idolatria usurpa a glória de Deus, pois transfere a glória do criador para a criatura, o
que o Senhor de toda terra abomina, Is 42.8.
Há outra maneira de vislumbrarmos a glória de Deus: olhando para Jesus. Isaías,
quando profetizou a respeito de Jesus afirmou: a glória do SENHOR será revelada,
e, juntos, todos a verão, Is 40.5. João declarou que o Verbo tornou-se carne e viveu
entre nós, e nós vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, Jo 1.14.
O autor do livro de Hebreus escreveu: o Filho é o resplendor da glória de Deus e a
expressão exata do seu ser, Hb 1.3. Jesus é a expressão da glória de Deus. Ele subiu
ao céu, foi exaltado e voltará em glória. Aleluia!

A palavra glória, do grego doxa, significa o valor que as pessoas davam a outros por
suas ações e conquistas; está relacionada à honra, louvor, exaltação. Quando Jesus
veio a terra, suas atitudes eram sempre no sentido de glorificar o Pai:
• E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no
Filho, Jo 14.13;
• Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer, Jo 17.3.
A pergunta que se faz é: Como podemos viver uma vida que glorifica a Deus?
1. Com nosso corpo
Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu
próprio corpo, 1 Co 6.20.
O nosso corpo é de Deus, templo do Espírito Santo e não deve ser usado para a
impureza, Rm 6.12-13.
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2. Com boas obras
Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras
e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus, Mt 5.16.
Deus reservou para nós uma grande obra, Ef 2.8-10. As nossas atitudes devem
produzir glórias ao Senhor, 1 Pe 2.12.

3. Com frutos
Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus
discípulos, Jo 15.8.
Jesus nos designou para dar frutos permanentes, Jo 15.16. É pelo fruto que se
conhece a árvore, Mt 7.16-20.

4. Com unidade espiritual


O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes um espírito de unidade, segundo
Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só voz vocês glorifiquem ao Deus
e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Rm 15.5-6.

Glorificamos a Deus quando andamos em UNIDADE!

ORE POR VOCÊ


1. Peça a Deus um coração mais grato todos os dias.
Lembre-se de começar o dia sempre agradecendo a Deus
pela sua vida;
2. Peça a Deus que encha seu coração de fé, esperança e
amor;
3. Ore para que essas qualidades produzam fruto na sua
vida pelo poder do Espírito Santo.

ORE PELOS OUTROS


1. Ore para que cada crente tenha fé, esperança e amor em
Cristo;
2. Ore para que os cristãos tenham um coração que glori-
fique a Deus;
3. Ore para que a igreja trabalhe para glorificar a Deus por
meio da unidade.

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BIBLIOGRAFIA

BORGES, Marcos de Souza. A oração do Justo. Editora Jocum, 2007

LINDSAY, Gordon. Um corpo um espírito um Senhor. Editora Atos.

QUEIROZ, Edison. Atos 1.8 em 40 dias, 40 dias de jejum e oração. Agência de


Transformação Global.

TENNEY, Tommy. O Dream Team de Deus. Editora Atos. 1999.

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