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Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles,
para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles
também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos
um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que
o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste,
João 17:20-24
A oração que Jesus fez por todos aqueles que creram e um dia crerão em
seu nome expressa não apenas um desejo do coração do Salvador: é o maior
segredo para que o mundo conheça o amor de Deus!
3
1. Sobre o jejum
Na Palavra de Deus, o jejum está ligado à abstenção de alimentos para finalidades
espirituais. Não é greve de fome com o fim de barganhar com Deus e “merecer”
sua bênção. Não é dieta para propósitos físicos. O jejum é para concentrar-nos em
objetivos espirituais.
Muitas pessoas não gostam do jejum porque o associam a práticas ascéticas
extremistas da Idade Média, ao farisaísmo, a algum tipo de penitência, ou
simplesmente porque têm medo de sofrer problemas físicos como dores de
cabeça, fraqueza ou tonturas. Esses pensamentos são pensamentos de engano
que o inimigo insiste em colocar em nossa mente.
O fato é, na verdade, que a oração e o jejum são extremamente benéficos para
a vida do crente. Jesus os praticou e fortemente os recomendou aos discípulos.
Quando tratou do jejum, Jesus se preocupou com a questão da verdadeira
motivação, Mt 6.16-18. Não podemos pensar que o jejum tenha poder de mudar
a Deus ou forçá-lo a fazer algo que ele já tenha dito que faria.
Precisamos entender que o jejum está centrado em Deus: é para buscá-lo, para
adorá-lo, para dedicar-nos totalmente a ele e experimentarmos a sua vontade
para nós. A profetisa Ana adorava com jejuns, Lc 2.37; os profetas e mestres da
igreja de Antioquia jejuavam, At 13.2; Deus pergunta para quem jejuamos, Zc
7.5. O jejum é instrumento para a disciplina do corpo, 1 Co 9.27; é uma forma
poderosa de humilhar-nos diante de Deus, Sl 35.13, Is 58.9,14. A motivação mais
forte, contudo, é porque o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo declarou que seus
discípulos haviam de jejuar, Mt 9.15. Como resistir a esta expectativa de Jesus?
5
3. Orientações para a oração:
• Estabeleça seus objetivos: Quais são os motivos que estão levando você a orar e
jejuar? Há uma crise pessoal? Você está buscando renovação, direção de Deus ou
solução de algum problema?
Quando a sua motivação estiver bem definida dentro de você, estabeleça seus
alvos e escreva-os.
• Dedique diariamente pelo menos uma hora completa à oração;
• Teremos períodos de oração coletivos para toda a igreja, de 5 a 25 de agosto, nos
seguintes dias e horários, na IBC2:
Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam
em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que
eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à
plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me
amaste. João 17. 21-23
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ORE POR VOCÊ:
1. Peça a Deus que tire todo o ressentimento que talvez
você tenha contra seu irmão em Cristo, assim como toda
a malícia e egoísmo que pairam em sua vida;
2. Peça a Deus que o ajude a amar e respeitar seus irmãos
em Cristo;
3. Peça a Deus estratégias para abençoar cada vez mais
sua igreja.
ORE PELOS
Ore pelos outros: OUTROS
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Dia 2
UM ORGANISMO VIVO
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele
todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em
amor, na medida em que cada parte realiza a sua função, Efésios 4.15-16.
Temos aprendido que igreja não é um edifício, nem mesmo o que está contido
nele; não são os sacerdotes nem aqueles que trabalham nela. A palavra igreja,
ecclesia, no grego, significa assembleia, um ajuntamento de pessoas com uma
característica peculiar. São aqueles que foram tirados de um sistema e trazidos
para fora, separados. Os componentes da igreja são aqueles que um dia tiveram
seus pecados lavados e purificados no sangue de Jesus. A igreja do Senhor é
constituída de pessoas. Paulo afirmou: Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um
de vocês, individualmente, é membro desse corpo, 1 Co 12.27. A igreja é o corpo
de Cristo e nós individualmente somos membros desse corpo. Assim, a igreja não
é uma organização e sim um organismo vivo.
Ensinando a igreja de Corinto sobre os dons, Paulo declarou que todos os membros
do corpo são importantes e têm uma função a exercer. Todos são indispensáveis.
Todos são dignos de honra. Quando um membro sofre, todos sofrem; quando um
é honrado, todos se alegram, 1 Co 12.21-26.
Aos de Éfeso, Paulo fala que para haver crescimento e edificação do corpo, cada
parte tem de realizar sua função, cada parte tem de dar a sua cooperação. Isso
só é possível pelo auxílio das juntas. Juntas são as partes do corpo que ligam os
membros como os cotovelos, joelhos etc. Espiritualmente falando, a junta significa
a íntima comunhão entre os irmãos. As juntas promovem a unidade do corpo.
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ORE POR VOCÊ
1. Ore consagrando sua vida para servir a Deus e
contribuir para o crescimento do corpo de Cristo;
2. Peça a Deus que lhe dê sensibilidade à voz do Espírito
Santo e lhe mostre alguma atitude que não coopere para
a unidade do corpo;
3. Peça ao Espírito Santo que o ajude a exercer a sua
função no corpo e a cooperar para que todos trabalhem
em unidade.
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Dia 3
SOMENTE UM
Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de maneira digna da vocação que receberam.
Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com
amor. Façam todo o esforço para conservar a UNIDADE do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só
corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há
um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio
de todos e em todos. Efésios 4.1-6
Paulo fez um clamor à igreja em Éfeso: viver de maneira digna da vocação que
receberam. Os que receberam o dom da salvação em Jesus Cristo têm uma maneira
digna de viver. Ela se caracteriza pela humildade, mansidão e longanimidade,
aplicando todo esforço para conservar a UNIDADE do espírito. Perceba que esta
maneira de andar ou viver exige que haja UNIDADE e esforço para conservá-la;
perceba também que essa UNIDADE é do Espírito: inspirada, promovida, desejada
e possuída por ele.
Para tocar o nosso coração de maneira a mantermos a UNIDADE, Paulo afirma algo
muito forte, mas ao mesmo tempo muito negligenciado por nós. Somos UM só
corpo; somos habitação de UM mesmo Espírito; temos UMA mesma esperança,
UM mesmo Senhor, UMA mesma fé; passamos por UM mesmo batismo. Temos
UM só Deus e Pai de todos. Que coisa maravilhosa. Fomos lavados pelo mesmo
sangue; temos a mesma fé; somos filhos do mesmo Deus. Isto faz de nós IRMÃOS.
Temos tudo em comum. Se isso é verdade, por que temos tantos problemas de
relacionamento e tanta dificuldade de caminhar juntos?
Vamos ser sinceros. Nas nossas reuniões, quando olhamos para quem se assenta
ao nosso lado, consideramo-lo como nosso irmão? Consideramos aquele crente
mais simples, que pode ser nosso funcionário, como nosso irmão? Consideramos
aquele crente que pensa diferente de nós como nosso irmão? Sabemos que Deus
não faz acepção de pessoas: ele não vê como vê o homem. Este olha o exterior, a
aparência, porém o Senhor olha o coração.
Somos irmãos em Cristo, sabemos que Deus não faz acepção de pessoas, contudo
não somos idênticos. Devemos aprender a aceitar as nossas diferenças sem fazer
guerra por causa de detalhes com os quais não concordamos. Somos uma família,
de um mesmo sangue; podemos até brigar, mas nunca nos separar. A Bíblia nos
ensina a suportar uns aos outros. O termo “suportar” aqui tem o sentido de
tolerar, ou seja, reconhecer e respeitar opiniões ou práticas de outros. É claro que
se trata de tolerância bíblica, ou seja, aquela que não compromete os padrões de
santidade.
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Vamos fazer um pacto de UNIDADE, à semelhança de um casamento, no qual
prometemos amor, fidelidade e respeito. O que Deus nos pede é muito mais do
que tolerância: ele pede amor ao próximo.
ORE PELOS
Ore pelos outros: OUTROS
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Dia 4
APRENDENDO A ORAR
Vocês, orem assim: “Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu
Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada
dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes
cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre.
Amém”. Mateus 6.9-13
O nome “Oração do Pai Nosso” não dá uma noção correta do seu significado. Ela
não é uma oração do Senhor, mas um modelo que nos ensina a orar. O Senhor
não desejava que repetíssemos essas palavras e sim que aprendêssemos a orar.
Também o Senhor deseja que oremos ao Pai nosso que está nos céus. Pai é um
novo modo de os homens se dirigirem a Deus. Antes, chamavam-no de “Deus Todo-
Poderoso”, “Altíssimo Deus”, “o Deus Eterno” ou “Deus Jeová”; ninguém ousava
chamá-lo de “Pai”. Aqui, pela primeira vez, Deus é chamado de Pai, indicando que
só podem orar assim os que são salvos e têm a vida eterna. Somente os que são
gerados de Deus são seus filhos. Glória a Deus!
Essa oração pode ser dividida em três partes:
Você já pensou que o apóstolo Paulo ao dizer, apenas um ganha o prêmio, estaria
se referindo não à quantidade e sim à unidade? Todos nós corremos, mas só por
intermédio da unidade podemos vencer, ao “ser um só” é que alcançaremos o
prêmio.
Unidade nos coloca na frente da corrida, elimina a competição, remove o cansaço e
a angústia da independência, cura os desgastes da falta de perdão, traz a satisfação
da cooperação e estabelece a plena autoridade da igreja.
Mas há um segredo: só é possível ganhar esse prêmio subindo ao “pódio” da
cruz. Não existe unidade sem cruz. É lá que somos premiados com o verdadeiro
avivamento e com uma grande colheita. Unidade é o ponto de partida da nossa
carreira espiritual. Nesse sentido, a nossa vitória pessoal está condicionada a uma
vitória coletiva.
Paulo diz também que os que competem se submetem a um tratamento rigoroso.
Outra tradução usa a expressão “e todo aquele que luta, de tudo se abstém”. Muitas
vezes, nosso maior adversário somos nós mesmos. Barreiras internas, motivações
egoístas, inimizades, pecados ocultos, sentimentos facciosos, preconceitos e
outras coisas que precisam ser tratadas e vencidas. O ponto de partida para isso é
um quebrantamento profundo da alma que vem pelo entendimento da cruz.
A grande chave para prevalecer é “de tudo se abstém”. Tudo precisa estar no
altar. Tudo que Deus está pedindo precisa permanecer entregue: posições, títulos,
cargos, direitos, razão etc. Tudo na nossa vida precisa ser santificado pelo fogo da
renúncia. Só assim alcançaremos, de fato, a coroa incorruptível.
ORE
Ore PELOS
pelos outros: OUTROS
1. Ore por todos que estão participando dos 21 Dias de
Oração, para que busquem mais a santidade;
2. Ore para que os cristãos entendam o princípio da
unidade da igreja;
3. Ore para que a renúncia seja uma características
constante dos cristãos.
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Dia 6
CREDOR OU DEVEDOR?
Sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. 1 Coríntios 1.14
ORE
Ore PELOS
pelos outros: OUTROS
1. Ore para que cada cristão tenha um coração devedor;
2. Ore para que os cristãos tenham santidade e pureza de
coração;
3. Ore para que a igreja de cristo assuma uma postura de
generosidade para com os necessitados.
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Dia 7
CASA DIVIDIDA
Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será
arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá. Mateus 12.25
Certa vez, ao curar um endemoninhado cego e mudo, Jesus foi acusado de expelir
o demônio pelo poder de Belzebu. Jesus, ao responder àqueles que o acusavam,
trouxe um ensino de fundamental importância. Se aquele demônio foi expulso
pelo poder de Belzebu, o reino de Satanás estaria dividido e uma casa dividida
contra si mesma não prosperará.
Veja como a unidade é fundamental. Se ela não existe, a casa não subsiste. Isso
vale para qualquer instituição: famílias, empresas e igrejas. Por isso, esta tem sido
uma das áreas em que o inimigo mais trabalha para enfraquecer a Igreja.
São muitos os fatores que têm trazido divisão à igreja, mesmo na pequena igreja,
a Célula. Dentre eles podemos destacar:
1. Rebelião ou desrespeito à autoridade: pode-se afirmar que essa talvez seja
a maior arma de Satanás contra a igreja. Rebelião é algo que nasceu no coração
dele, que se rebelou contra a autoridade de Deus e quis assumir um lugar que
não era seu. A atitude de Davi, ao reconhecer a autoridade de Saul, mesmo sendo
perseguido por ele, é um exemplo para a igreja de como devemos agir nessa área.
2. Luta por posições ou ambição pessoal: Por mais incrível que possa parecer, luta
por posições têm sido um acontecimento comum no meio da igreja. Esta situação
perturbou até mesmo o grupo apostólico. A mãe de Tiago e João procurou Jesus
e lhe fez um apelo, para que seus filhos se assentassem ao lado de Jesus, quando
o reino fosse estabelecido. A reação dos outros discípulos foi imediata. Jesus
interveio e não permitiu que um “racha” fosse aberto no grupo. Nesse momento,
ele estabeleceu o célebre princípio do seu reino: quem quiser tornar-se grande
entre vós, será esse que vos sirva. Mt 20.26
3. Partidarismo: Na carta que escreveu aos coríntios, o primeiro assunto tratado
por Paulo foi o partidarismo que havia no meio da igreja. Ele afirmou: rogo-vos que
faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisão. Havia contendas entre
os irmãos porque se formaram grupos partidários de Paulo, Apolo, Cefas e Cristo.
Paulo ainda os chamou de carnais, crianças em Cristo, andando segundo homens.
4. Falta de perdão: Experimentamos muita dificuldade nessa área. Ninguém está
livre de ser ofendido e ferido pelo irmão e, muitas vezes, é difícil perdoar. Essa
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foi a preocupação de Pedro, quando ele pergunta a Jesus até quantas vezes se
deve perdoar ao irmão. Jesus respondeu que devemos perdoar quantas vezes for
necessário. A falta de perdão gera raiz de amargura, que traz perturbação e pode
contaminar a muitos, conforme relata o texto bíblico, Hb 12.15.
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Dia 8
O PODER DA ORAÇÃO EM CONJUNTO
Digo-lhes a verdade: Tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que
vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu. Também lhes digo que se dois de vocês
concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu
Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio
deles. Mateus 18.18-20
Algo especial acontece quando estamos juntos. Jesus estabeleceu três impor-
tantes princípios no texto acima:
1. O povo de Deus recebeu poder para ligar e desligar. Ligar tem o sentido de “é
permitido”, v.18;
2. O povo de Deus recebeu um poder especial mediante o acordo em oração, v.19;
3. O povo de Deus quando se reúne tem a segurança da presença de Jesus, v.20.
Existe poder na oração em concordância. Dá a dimensão de unidade, de se ter
um só coração e um só propósito. Quando isso acontece, as orações são respon-
didas. A igreja recebe poder para ligar e desligar. Quando oramos juntos, somos
“contaminados” pela necessidade da oração; o amor pelos irmãos e a unidade são
intensificados; a fé é fortalecida e o poder espiritual se multiplica, Rm 15.30; 2 Co
1.10-11.
Quando Jesus utiliza a expressão “digo-lhes a verdade”, ou em outra tradução “em
verdade, em verdade vos digo”, ele está usando a mesma força do amém. Amém
não é apenas assim seja e sim uma expressão muito mais forte que significa que
o que foi dito é firme e confiável. Os princípios ensinados podem ser aplicados
à nossa vida prática e às atividades do reino na terra, à igreja e aos membros do
corpo. E como dissemos, somente é alcançado pela oração conjunta e requer total
UNIDADE!
A palavra concordar, no grego symphoneo, significa soar juntos, fazer sinfonia. É
como em uma orquestra, cada um toca um instrumento, todos entram no momen-
to exato e o som é perfeito. Quando concordamos em unidade estamos fazendo
sinfonia e as nossas orações são respondidas e fazem o braço de Deus se mover.
Nós concordamos que vivemos momentos críticos em nossa nação. Nós também
concordamos que precisamos de um grande mover de Deus e que ele tem liber-
dade para operar em nós e no nosso meio. Aleluia!
Vamos concordar que o Brasil é do Senhor Jesus e é uma nação missionária. Vamos
concordar que ganharemos a cidade de Belo Horizonte para Jesus. Vamos concor-
dar que atingiremos o nosso alvo 5000 células até 2017. Vamos concordar que
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as nossas Células são uma bênção, verdadeiras maternidades de novas criaturas.
Vamos concordar em dar a Deus toda glória! A ele seja a glória para todo sempre,
amém!
24
Dia 9
Ele disse: “Escutem, todos os que vivem em Judá e em Jerusalém e o rei Josafá! Assim lhes diz o
SENHOR: ‘Não tenham medo nem fiquem desanimados por causa desse exército enorme. Pois a
batalha não é de vocês, mas de Deus. 2 Crônicas 20.15
O Antigo Testamento nos mostra inúmeras guerras da nação de Israel contra diver-
sos adversários. Elas são figura da guerra espiritual que travamos nos dias atuais,
pois como disse o apóstolo Paulo, a nossa luta não é contra seres humanos e sim
contra todas as forças espirituais do mal, Ef 6.12. O rei Josafá estava em situação
terrível; a nação fora cercada por um grande exército, constituído por três povos
e todos ficaram tremendamente receosos. O mesmo pode acontecer conosco.
Quantas vezes nossas Células, nossa igreja e a nossa nação são atacadas pelas
forças de Satanás?
A maneira como a nação, liderada por Josafá, lidou com aquela situação, tem mui-
to a nos ensinar. Podemos destacar o seguinte:
A dependência de Deus: Era humanamente impossível para o exército de Judá
vencer aquela batalha. O inimigo era poderoso e numeroso. Josafá declarou: Pois
não temos força para enfrentar esse exército imenso que vem nos atacar. Não
sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti. Precisamos aprender
a depender de Deus. Nós somos terrivelmente autossuficientes. Até dizemos que
precisamos de Deus, mas as nossas atitudes são contrárias ao que proferimos.
Confiamos demais no nosso preparo, na nossa escolaridade, nos nossos talentos.
Isso nos levará à derrota. Jesus afirmou: sem mim vocês não podem fazer coisa
alguma, Jo 15.5.
A unidade: O texto diz que todo o povo de Judá reuniu-se para buscar ajuda do
Senhor em jejum e oração. Todos entenderam a urgência da situação; todos es-
tavam dispostos ao sacrifício, abrindo mão de alguma coisa para estar juntos. Foi
um clamor nacional. Há poder na unidade. Quando temos um só coração e um só
propósito, o coração de Deus é tocado. Os nossos clamores são ouvidos e atendi-
dos. Aleluia!
25
A menção das promessas: Na sua oração, Josafá “lembrou” ao Senhor as
promessas que ele havia feito “clamaremos a ti em nossa angústia, e tu nos ouvirás
e nos salvarás”. Assim devemos andar e agir. O nosso Deus fez alianças conosco.
Ele está comprometido com suas promessas. Na Bíblia encontramos que Deus não
é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele
fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir? Nm 23.19. Aleluia! Após
possuir a terra prometida e despedir o povo, Josué lembrou-lhes que de todas as
promessas que Deus fizera, nenhuma havia deixado de se cumprir.
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Dia 10
A ORAÇÃO QUE LIBERTA
Pedro, então, ficou detido na prisão, mas a igreja orava intensamente a Deus por ele. Na noite
anterior ao dia em que Herodes iria submetê-lo a julgamento, Pedro estava dormindo entre
dois soldados, preso com duas algemas, e sentinelas montavam guarda à entrada do cárcere.
Repentinamente apareceu um anjo do Senhor, e uma luz brilhou na cela. Ele tocou no lado de
Pedro e o acordou. “Depressa, levante-se!”, disse ele. Então as algemas caíram dos punhos de
Pedro. Atos 12.5-7
O rei Herodes resolveu prender e maltratar aqueles que eram da igreja. Após
matar Tiago, mandou deter Pedro na prisão e submetê-lo a julgamento. Pedro
foi algemado e fortemente vigiado. O relato bíblico afirma que a igreja orava
intensamente por ele. Novamente a igreja, os irmãos em unidade! Naquela mesma
noite, um anjo do Senhor apareceu; as algemas de Pedro foram quebradas e ele
pôde sair da prisão de uma maneira maravilhosa.
Há poder na oração conjunta. Há poder na unidade. A oração faz os cativos serem
livres. É claro que Pedro não foi preso por algo errado que tivesse feito, mas o
poder que tentava matá-lo é o mesmo que atua no mundo tentando prender e
algemar as pessoas. É o poder de Satanás. E esse poder se desvanece, desaparece,
quando confrontado com o poder do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Por meio da intercessão da igreja nós temos:
1. Poder para cooperar com Deus, 1 Co 3.9;
2. Poder para resistir e derrotar Satanás, Tg 4.7;
3. Poder para transcender as leis da natureza, Êx 14.15;
4. Poder para obter ajuda dos anjos, Hb 1.14.
Não podemos nunca nos esquecer de que Deus escolheu executar muitos de
seus propósitos com a nossa cooperação. Isso não é incrível? Como fazemos isso?
Por meio da oração! Na verdade, este é o grande segredo da oração: Podemos
cooperar com Deus em qualquer lugar, tempo e tipo de necessidade.
A oração permite que entremos em casas, hospitais, repartições e tribunais.
Podemos firmar as mãos de um cirurgião em um momento de uma cirurgia por
meio da oração; podemos ministrar conforto a alguém aflito mesmo que ele
esteja a quilômetros de distância; podemos entrar no quarto de um governante e
suplicar que ele receba sabedoria. Não há distância nem placa de “proibido” que
nos impeça de entrar.
Vamos nos unir para interceder pelos cativos? Jesus é aquele que quebra as
algemas! Aleluia!
27
ORE POR VOCÊ
1. Peça a Deus que encha o seu coração de esperança e
ousadia;
2. Ore a Deus por coragem para dar novos passos;
3. Peça a Deus que o liberte de tudo aquilo que o afasta
dele.
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Dia 11
APRENDA COM A VIÚVA
Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar
sempre e nunca desanimar. Ele disse: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem
se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a
ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. “Por algum tempo ele se recusou.
Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os
homens, esta viúva está me aborrecendo; vou fazer- lhe justiça para que ela não venha mais
me importunar’ “. E o Senhor continuou: “Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não fará
justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu
lhes digo: Ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará
fé na terra?”. Lucas 18.1-8
Jesus contou uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desanimar. Se
observarmos atentamente, veremos que a parábola tem como personagens o juiz,
a viúva e o adversário. Usando a tipologia bíblica, podemos considerar que o juiz é
uma figura distorcida de Deus, pois Jesus o considerou um juiz iníquo; a mulher é
uma figura da igreja e o adversário é uma figura de Satanás. Devemos atentar para
o fato de que a parábola só tem sentido se houver o adversário; sem ele não há
causa alguma para julgar.
Essa parábola nos leva a considerar três aspectos da oração que não podem ser
negligenciados. O primeiro deles é: quem ora? É a mulher, a igreja. O segundo
é: a quem é dirigida a oração? A Deus, o justo juiz de toda a terra. O terceiro,
e que muitas vezes passa despercebido é, contra quem oramos? Contra o nosso
adversário, Satanás. Portanto, a igreja deve estar diante de Deus, o juiz, orando
para que sua causa contra o ADVERSÁRIO seja julgada. O Senhor vai fazer justiça
quando oramos como igreja, EM UNIDADE. A mulher é uma figura da IGREJA!
Sendo assim, não podemos desconsiderar o nosso adversário em nossas orações.
Adversário é adversário. Se há inimigo, então existe guerra. Reside aí toda a base
para a guerra espiritual. Nessa guerra não lutamos com armas carnais e sim
espirituais, 2 Co 10.4. Devemos nos revestir de toda a armadura de Deus. Também
não devemos ceder às tentações de Satanás. Pelo contrário, devemos resistir a ele,
Tg 4.7. Somos chamados a detê-lo, fazê-lo recuar e derrotá-lo. Não podemos ser
falhos na oração, excessivamente passivos e até mesmo complacentes.
A vitória de Jesus sobre as forças de Satanás foi completa. Jesus afirmou que o
príncipe deste mundo seria expulso, no grego ekballõ, mandar embora com
força, expulsar, conforme mencionado no evangelho de João 12.31-33. Na cruz,
ele despojou, no grego apekoyo, afastar completamente, despir completamente,
29
todas as autoridades demoníacas, Cl 2.14-15, publicamente expondo-os ao
desprezo. A vitória foi pública como acontecia antigamente quando os derrotados
eram trazidos cativos à vista de todos. Na cruz, Satanás e seus demônios foram
destruídos, no grego katargeo, colocar fora de ação, inutilizar, conforme afirma o
autor de Hebreus 2.14.
Jesus disse que deveríamos ser persistentes, perseverantes. Se aquele juiz que
era injusto, julgou a causa da mulher, quanto mais o Senhor não fará justiça aos
seus escolhidos que a ele clamam continuamente? É certo que fará justiça, e
depressa! Por isso devemos ser perseverantes e UNIDOS na oração. Jesus, então,
faz um questionamento: quando vier o filho do homem encontrará fé na terra?
Precisamos nos tornar um diferencial nos últimos dias. ORAR COM PERSEVERANÇA,
EM UNIDADE E COM MUITA FÉ.
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Dia 12
LIÇÕES DA BATALHA
Sucedeu que os amalequitas vieram atacar os israelitas em Refidim. Então Moisés disse a Josué:
“Escolha alguns dos nossos homens e lute contra os amalequitas. Amanhã tomarei posição no
alto da colina, com a vara de Deus em minhas mãos”. Josué foi então lutar contra os amalequi-
tas, conforme Moisés tinha ordenado. Moisés, Arão e Hur, porém, subiram ao alto da colina. En-
quanto Moisés mantinha as mãos erguidas, os israelitas venciam; quando, porém, as abaixava,
os amalequitas venciam. Quando as mãos de Moisés já estavam cansadas, eles pegaram uma
pedra e a colocaram debaixo dele, para que nela se assentasse. Arão e Hur mantiveram erguidas
as mãos de Moisés, um de cada lado, de modo que as mãos permaneceram firmes até o pôr do
sol. E Josué derrotou o exército amalequita ao fio da espada. Êxodo 17.8-13
O texto descreve um ataque sofrido pelo povo de Israel. Foi a primeira batalha,
ocorrida logo após a libertação do Egito. Esse relato, com sua riqueza de detalhes,
tem muito a nos ensinar sobre como agir nas batalhas que enfrentamos.
Independente da luta que tivermos, não podem nos faltar:
1. Discernimento espiritual
Moisés sabia que aquela guerra não seria decidida na frente de batalha, mas no
monte. Por isso ele se dirigiu para lá. É claro que era necessário enviar guerreiros
para a luta, mas o lugar mais importante daquela batalha era no alto da colina.
Moisés sabia tratar-se, antes de tudo, de uma batalha espiritual. Ele mesmo já
havia passado por experiência semelhante, quando foi a Faraó pela primeira vez
pedir pela libertação do povo. Faraó, em vez de chamar seu exército, convocou
seus feiticeiros. Tratava-se de batalha espiritual.
2. Intercessão
O andamento ou a tendência da batalha era resultado do que acontecia no alto
da colina. Quando Moisés mantinha as mãos erguidas, os israelitas prevaleciam,
quando suas mãos abaixavam, eram os amalequitas que prevaleciam. O que
isso nos ensina? Mãos levantadas significam intercessão e, logicamente, mãos
abaixadas, significam a falta dela. Moisés estava no alto da colina pedindo a
Deus em favor de seu povo. Temos de perceber o poder da intercessão. Temos
de perceber a influência do mundo espiritual sobre o mundo natural. Foi o que
aconteceu quando Daniel buscou a Deus em jejum, durante 21 dias, conforme
relatado no capítulo 10 de Daniel. Durante esse tempo houve verdadeiramente
uma batalha no mundo espiritual, até que a revelação pôde vir a Daniel.
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3. Cooperação e Unidade
Moisés não aguentaria, sozinho, aquela batalha de oração. O texto fala que
seus braços ficavam cansados e suas mãos abaixavam. A derrota era iminente.
Entretanto, o quadro foi mudado pela atitude de Arão e Hur que, percebendo
o problema, puseram-se a apoiar Moisés, colocando uma pedra para que ele
pudesse se assentar e segurando-lhe os braços para dar-lhe firmeza, até que a
vitória completa fosse alcançada. Moisés não estava sozinho; ele pôde contar com
a ajuda de seus irmãos. Precisamos uns dos outros, Precisamos ajudar uns aos
outros.
Vamos refletir um pouco mais. Qual foi o papel de cada um dos personagens?
Qual a lição a aprender com a atitude dos liderados? Quem foi o responsável pela
vitória? Qual a importância da intercessão dos liderados? Moisés era o líder do
povo. A sua luta era a luta de todos. Da mesma forma, a sua vitória seria a vitória
de todos. Moisés, Arão e Hur estavam juntos, com a mesma visão e o mesmo
propósito. ESTAVAM EM UNIDADE. Arão e Hur foram fundamentais para que a
vitória fosse alcançada.
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Dia 13
RECONSTRUA SUA VIDA
Nesse meio tempo fomos reconstruindo o muro, até que em toda a sua extensão chegamos à
metade da sua altura, pois o povo estava totalmente dedicado ao trabalho. Quando, porém,
Sambalate, Tobias, os árabes, os amonitas e os homens de Asdode souberam que os reparos
nos muros de Jerusalém tinham avançado e que as brechas estavam sendo fechadas, ficaram
furiosos. Todos juntos planejaram atacar Jerusalém e causar confusão. Mas nós oramos ao nosso
Deus e colocamos guardas de dia e de noite para proteger-nos deles. Neemias 4.6-9
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Dia 14
UM UNÇÃO TRANSBORDANTE
Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união! É como óleo precioso der-
ramado sobre a cabeça, que desce pela barba, a barba de Arão, até a gola das suas vestes. É
como o orvalho do Hermom quando desce sobre os montes de Sião. Ali o SENHOR concede a
bênção da vida para sempre. Salmo 133.1-3
Uma das declarações mais contundentes da Bíblia a respeito dos frutos da unidade en-
contra-se no texto acima: Que é bom e agradável quando os irmãos vivem em união. O
salmista usa duas figuras para demonstrar a sua afirmação: o óleo e o orvalho.
O ÓLEO
A primeira delas é o óleo sendo derramado sobre Arão, o sumo sacerdote. A Pa-
lavra de Deus afirma que somos sacerdócio real, povo de propriedade exclusiva
de Deus, 1 Pe 2.9. Arão representa a igreja do Senhor, aqueles que fazem parte
do corpo de Cristo. O óleo na Bíblia é símbolo do Espírito Santo. Quando Samuel
apanhou o chifre cheio de óleo e ungiu a Davi na presença de seus irmãos, o Es-
pírito do SENHOR apoderou-se dele, 1 Sm 16.12-13.
Assim, essa figura aponta para o derramamento do Espírito sobre a Igreja. Davi, o
autor do Salmo, fala de óleo derramado em três dimensões:
a) Óleo sobre a cabeça
O Espírito de Deus quer assumir o controle de nossa mente. Faz parte do processo
de transformação que o Senhor quer fazer em nós. Quando nos convertemos a
Cristo, recebemos a vida de Deus em nosso espírito, mas a nossa mente não nasce
de novo, ela precisa ser renovada, Rm 12.2. De uma maneira simples, podemos
dizer que renovar a mente significa ter os nossos valores transformados de um pa-
drão mundano para outros segundo a vontade de Deus. A palavra grega traduzida
por renovação tem também o sentido de restauração e de completa mudança para
melhor. Mente diz respeito à sede dos pensamentos, a partir da qual percebemos,
entendemos e avaliamos a realidade. Com renovação da mente, então, Paulo nos
ensina que é necessário que o cristão passe por um processo de troca de pensa-
mentos. Os pensamentos de acordo com o mundo e com a velha vida devem ser
trocados por outros, melhores, de acordo com a mente divina, os quais produzirão
uma nova vida.
b) Óleo sobre a barba
Percebe-se, pelo relato bíblico do Antigo Testamento, que os homens normalmente
usavam barba. Só adultos podem ter barba. Espiritualmente falando, a barba
significa plenitude, maturidade. O Espírito Santo deseja avançar na nossa
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transformação, de maneira que possamos ser como Jesus Cristo. A Bíblia, em
muitos versículos, afirma que a vontade do Pai é ter muitos filhos à imagem e
semelhança do seu primogênito. Por exemplo, Paulo, na carta aos Romanos,
declara que o destino que Deus traçou para aqueles que o amam e foram por
ele chamados é serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos. Rm 8.29.
c) Óleo sobre a orla das vestes
A consequência de o óleo ser derramado sobre a cabeça e depois sobre a barba é ir
para a gola das vestes. O significado da gola é de algo que extravasa, manifestando-
se exteriormente. O resultado disso é ver pessoas se aproximando de nós, sentindo
o perfume do óleo do Espírito e sendo atraídas por ele.
O ORVALHO
A segunda figura utilizada por Davi refere-se ao orvalho que desce do monte
Hermom para os montes de Sião. O monte Hermom, com 2814 metros de altitude,
está quase sempre coberto de neve, enquanto as terras ao redor queimam pelo
sol de verão. À noite, ele libera um orvalho que rega a terra aos seus pés, e os
montes mais baixos da cadeia de Sião, proporcionando fertilidade contínua. Isaías
profetizou sobre o derramamento do Espírito sobre a igreja usando uma figura
semelhante: Pois derramarei água na terra sedenta, e torrentes na terra seca;
derramarei meu Espírito sobre sua prole, e minha bênção sobre seus descendentes,
Is 44.3. O Espírito de Deus faz-nos férteis, dando fruto para a glória de Deus.
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Dia 15
UMA MISTURA PODEROSA
Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e
com os irmãos dele. Atos 1.14
Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar. (...) Todos ficaram cheios do
Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava. Atos 2.1,4
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Dia 16
TRANSFORMAÇÃO PELA ORAÇÃO
Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra
corajosamente. Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do
teu santo servo Jesus. Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram
cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus. Atos 4.29-31
Tendo levado os apóstolos, apresentaram-nos ao Sinédrio, para serem interrogados pelo sumo
sacerdote, que lhes disse: “Demos ordens expressas a vocês para que não ensinassem neste
nome. Todavia, vocês encheram Jerusalém com sua doutrina e nos querem tornar culpados do
sangue desse homem”. Atos 5.27-28
Certo dia, Pedro e João, ao irem ao Templo para orar, se depararam com um aleijado
que lhes pedia esmola. E foram instrumentos de Deus para curar aquele homem, o
que causou grande alvoroço no meio do povo. Aquela situação permitiu a Pedro falar
de Jesus para toda a multidão e muitos se converteram. As autoridades religiosas,
descontentes com o que acontecia, prenderam Pedro e João. No dia seguinte, foram
soltos, mas antes, interrogados e proibidos de pregar o nome de Jesus.
Uma vez soltos, Pedro e João se reuniram com seus companheiros e compartilharam
o acontecido. Então, juntos, começaram a orar, At 4.29-31. Pediram capacitação
para anunciar a palavra corajosamente e a operação de sinais e maravilhas. O lugar
onde eles estavam tremeu e todos ficaram cheios do Espírito.
Vemos mais uma vez a igreja orando, EM UNIDADE, com um coração e um
só propósito, e como consequência, o poder do Espírito Santo veio sobre eles.
Um sinal tremendo aconteceu; o local tremeu. Deus deseja fazer isto conosco:
chacoalhar nossa vida com a unção do alto para que nos torne poderosas e ousadas
testemunhas do evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo.
A mesma coisa pode acontecer em nossas Células, famílias e igrejas. Vamos clamar
a Deus. A nossa nação pode ser sacudida por esse poder. O Brasil, na verdade, não
precisa de uma reforma política, social ou econômica. O Brasil precisa ser coberto
com o sangue de Jesus e tocado pelo poder do Espírito Santo.
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ORE POR VOCÊ
1. Peça a Deus ousadia e poder do Espírito Santo para
obedecer a ele e comunicar o evangelho de Cristo;
2. Comece a ensinar os princípios de evangelho de Cristo,
com o objetivo de encher sua cidade da doutrina;
3. Peça a Deus companheiros cristãos decididos a espalhar a
palavra de Deus e juntos desenvolvam estratégias eficazes.
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Dia 17
A CHAVE DO EVANGELISMO
Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio
da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles
também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que
me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles
sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como
igualmente me amaste. João 17.20-23
A maior parte da população mundial tem consideração por Jesus, acha importante
seus ensinamentos, mas não crê que ele é o filho de Deus, enviado para salvar o
mundo e também não crê no amor de Deus.
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Dia 18
A CURA DE UMA NAÇÃO
Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afa-
star dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.
2 Crônicas 7.14
1. Humilhar-se
Humilhar-se tem o sentido de tornar-se humilde e não devemos associar isso com
pobreza. Devemos tomar o exemplo do Senhor Jesus que se humilhou tornando-
se obediente até a morte, Fp 2.5, ou seja, a humildade está ligada à obediência a
Deus.
2. Orar
O apóstolo Paulo nos ensina o que fazer em situações de aflição. Devemos fazer
as nossas petições a Deus com orações, súplicas e ações de graças, Fp 4.6. Orar é
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falar, declarar, fazer menção das promessas de Deus, profetizar com autoridade
baseado na infalível Palavra de Deus.
Deus tem uma promessa tríplice quando tomamos o remédio e elas estão inter-
ligadas:
• Dos céus o ouvirei;
• Perdoarei o seu pecado;
• E curarei a sua terra.
A nossa nação pode ser curada. Vamos, EM UNIDADE, tomar o remédio prescrito
por Deus.
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Dia 19
NÃO ANDE SOZINHO
Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim,
durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em
Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos. Atos 11.25-26
A Bíblia afirma que Barnabé era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé.
Mesmo assim, ele entendia o conceito da cooperação e também conhecia suas
limitações. Por isso, foi a Tarso buscar Saulo para ajudá-lo. Foi incrível a visão de
Barnabé e a direção de Deus na sua vida. Ele sabia que não podia andar sozinho e
por isso foi usado pelo Senhor para colocar Saulo no ministério. Posteriormente,
Barnabé e Saulo, JUNTOS, EM UNIDADE, foram instrumentos do Senhor para
abençoar toda a região de Antioquia, e foi ali que os discípulos, pela primeira vez,
foram chamados de cristãos.
Ao estudarmos a vida de Sansão, algo muito importante salta aos olhos. Apesar
de ser um nazireu, homem de Deus e muito usado por ele, Sansão estava sempre
sozinho. Nos momentos de suas lutas e dificuldades, não havia com quem
compartilhar e orar. Essa talvez tenha sido uma das causas de sua queda. Não
podemos andar sozinhos. Precisamos desenvolver relacionamentos. Toda a vida da
igreja é baseada em relacionamentos. Precisamos estar sob a liderança de alguém.
Algo fundamental para nós é ter alguém para prestar-lhe conta. É segurança para
nós. Por isso, ninguém deveria estar fora de uma Célula.
Vamos andar juntos. Juntos podemos amar, acolher, admoestar, servir, suportar,
perdoar, consolar, confessar os pecados UNS AOS OUTROS.
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ORE POR VOCÊ
1. Peça a Deus por um parceiro de oração, para que ele
seja intercessor de sua vida e esteja pronto para ouvi-lo;
2. Ore para que Deus o aproxime de pessoas com paixão
pela evangelização, para que juntos venham abençoar a
cidade;
3. Ore para que Deus abençoe suas amizades e seus
relacionamentos com as pessoas.
ORE PELOS
Ore pelos outros:OUTROS
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Dia 20
MULTIPLICANDO LÍDERES
Na igreja de Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Ci-
rene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. Enquanto adoravam o Senhor
e jejuavam, disse o Espírito Santo: “Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho
chamado”. Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as mãos e os enviaram. At 13.1-3
Uma igreja relevante anda EM UNIDADE, mesmo sendo constituída por pessoas
tão diferentes, busca a Deus de todo coração e multiplica líderes, para serem
instrumentos de Deus e tornar o evangelho conhecido em toda terra. Todos nós
precisamos estar envolvidos. Todos nós fazemos parte disso!
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ORE POR VOCÊ
1. Peça a Deus que faça de você um grande líder;
2. Peça a Deus que o use para levar vidas a Cristo e ajudá-
las a ganhar outros;
3. Ore por estratégias e materiais para ganhar, edificar,
treinar e enviar os novos discípulos.
ORE PELOS OUTROS
1. Ore para que pastores e líderes preparem suas igrejas
para ganhar, edificar, treinar e enviar pessoas;
2. Ore para que outros cristãos reconheçam a responsabili-
dade de fazer novos discípulos;
3. Ore pedindo ao Espírito Santo que convença o povo do
pecado e prepare os corações para receber a mensagem.
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Dia 21
GLORIFICANDO A DEUS
O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus,
para que com um só coração e uma só voz vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo. Romanos 15.5-6
Uma das frases que mais usamos em nossas reuniões é “Glória a Deus”. Temos
consciência do que realmente isso significa? Não se tornou para nós um chavão
evangélico? A Bíblia diz: quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa,
façam tudo para a glória de Deus, 1 Co 10.31.
A glória de Deus está relacionada ao seu esplendor, majestade, santidade, singularidade,
transcendência. Davi orou citando esses atributos enquanto consagrava as ofertas
trazidas para a construção do templo, 1 Cr 29.11. A glória de Deus também está ligada
à sua presença visível entre o seu povo, a chamada Shekinah. Isso aconteceu quando
a nuvem de glória encheu o tabernáculo no deserto, Êx 40.34-38. A glória de Deus
também se manifesta quando contemplamos o seu eterno poder, tão visível na criação.
A idolatria usurpa a glória de Deus, pois transfere a glória do criador para a criatura, o
que o Senhor de toda terra abomina, Is 42.8.
Há outra maneira de vislumbrarmos a glória de Deus: olhando para Jesus. Isaías,
quando profetizou a respeito de Jesus afirmou: a glória do SENHOR será revelada,
e, juntos, todos a verão, Is 40.5. João declarou que o Verbo tornou-se carne e viveu
entre nós, e nós vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, Jo 1.14.
O autor do livro de Hebreus escreveu: o Filho é o resplendor da glória de Deus e a
expressão exata do seu ser, Hb 1.3. Jesus é a expressão da glória de Deus. Ele subiu
ao céu, foi exaltado e voltará em glória. Aleluia!
A palavra glória, do grego doxa, significa o valor que as pessoas davam a outros por
suas ações e conquistas; está relacionada à honra, louvor, exaltação. Quando Jesus
veio a terra, suas atitudes eram sempre no sentido de glorificar o Pai:
• E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no
Filho, Jo 14.13;
• Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer, Jo 17.3.
A pergunta que se faz é: Como podemos viver uma vida que glorifica a Deus?
1. Com nosso corpo
Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu
próprio corpo, 1 Co 6.20.
O nosso corpo é de Deus, templo do Espírito Santo e não deve ser usado para a
impureza, Rm 6.12-13.
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2. Com boas obras
Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras
e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus, Mt 5.16.
Deus reservou para nós uma grande obra, Ef 2.8-10. As nossas atitudes devem
produzir glórias ao Senhor, 1 Pe 2.12.
3. Com frutos
Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus
discípulos, Jo 15.8.
Jesus nos designou para dar frutos permanentes, Jo 15.16. É pelo fruto que se
conhece a árvore, Mt 7.16-20.
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BIBLIOGRAFIA
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