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Universidade Federal de Alagoas – UFAL

Laboratório de Geotecnia – LabGeo/CTEC

Jaqueline Sampaio da Costa


Igor de Farias Silva

Laboratório de Mecânica dos Solos


Relatório no 3: Ensaio de Limite de Liquidez, Limite
de Plasticidade, Índice de Plasticidade, Limite de
Contração e Ensaio de Compactação

Este relatório de ensaios é parte do sistema de


avaliação da disciplina Laboratório de
Mecânica dos Solos

Semestre Letivo: 2021.1


Professora: Jéssika Cosme

Maceió, 04 de fevereiro de 2022


Conteúdo
1. Resumo ........................................................................................................ 3
2. Introdução .................................................................................................... 4
3. Limite de Liquidez, Limite de Plasticidade e Limite de Concentração .......... 7
3.1 Equipamentos e Procedimentos ........................................................... 7
3.1.1 Equipamento para determinação do limite de liquidez ....................... 7
3.1.2 Procedimentos para a Determinação do Limite de Liquidez .............. 7
3.1.3 Equipamento para determinação do Limite de Plasticidade .............. 9
3.1.4 Procedimentos para a determinação do Limite de Plasticidade ......... 9
3.1.5 Equipamento para determinação do Limite de Contração ............... 10
3.1.6 Procedimentos para determinação do Limite de Contração ............ 11
3.2 Resultados Experimentais................................................................... 12
3.3 Interpretação de Resultados ............................................................... 15
3.4 Conclusões ......................................................................................... 15
4. Ensaio de Compactação ............................................................................ 16
4.1 Equipamento e Procedimentos para ensaio de Compactação ............ 16
4.1.1 Equipamento para ensaio de Compactação .................................... 16
4.1.2 Procedimento para ensaio de Compactação ................................... 17
4.2 Resultado Experimentais .................................................................... 18
4.3 Interpretação de Resultados ............................................................... 19
4.4 Conclusões ......................................................................................... 20
5. Conclusões Gerais ..................................................................................... 20
6. Referências ................................................................................................ 20
1. Resumo

O presente relatório tem como objetivo expressar os resultados obtidos


para dois ensaios laboratoriais dos quais tem como foco definir primeiramente
os limites de Atterberg que são: limite de liquidez, limite de plasticidade do solo,
que por sua vez possui o índice de plasticidade e o limite de contração. para o
segundo ensaio definir a curva de compactação, mediante a obtenção de massa
específica aparente seca máxima e o teor de umidade ótima. assim como a curva
de saturação para S=100%.

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2. Introdução

Para definir os limites de Atterberg, se faz necessário ensaios que


determinam os limites de consistência do solo. O estado físico do solo é descrito
por essa consistência em questão, o grau de ligação entre as partículas das
substâncias mediante a coesão que se aplica a solos finos, tem sua consistência
correlacionada à quantidade de água existente no solo, em outras palavras o
teor de umidade.

um exemplo bem claro sobre o comportamento do solo mediante ao teor


de umidade presente nele é a argila que quando possui uma quantidade
excessiva de água, torna-se uma lama que se comporta como líquido viscoso
com uma resistência ao cisalhamento quase que nula, sendo assim fácil
compreender que essa argila em questão encontra-se em estado líquido.

Se permanecemos com o exemplo da argila, no qual começamos a reduzir


o teor de água presente nessa lama, através de secagem lenta, notamos que a
argila começará a oferecer certa resistência à deformação, sendo de fácil
manipulação e moldagem, sem que seu volume varie, e totalmente desprovida
de trincas. Esse estado da argila é o estado plástico. Ou seja, o limite de
Plasticidade (LP) é o limite no qual o solo começa a se quebrar em pequenas
peças, quando enrolado em bastões de 3 mm de diâmetro, logo o menor teor de
umidade em que o solo se comporta plasticamente.

À medida que a argila perde água através da evaporação, ocorre a


diminuição do seu volume e aumento da rigidez, até que torna-se quebradiça,
portanto encontra-se em estado semi-sólido. A Partir desse ponto em diante da
secagem, a argila continua a se contrair até atingir o volume mínimo, atingindo
o volume mínimo ele se manterá constante, dando início a entrada de ar pelos
poros da argila o que resulta na tonalidade mais clara, com maior dureza,
denotando o estado sólido. sendo esse o limite de Contração (LC).

Os limites de Atterberg que marcam a transição de cada estágio do solo


mediante ao teor de umidade é representado pela figura a seguir.

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Figura 1 – Gráfico representativo dos limites de Atterberg.

Fonte: Roteiro experimental, 2022.

Para determinar o limite de Liquidez (LL) através do auxílio do aparelho


de Casagrande que permite determinar o teor de umidade que, com 25 golpes,
une os bordos inferiores de uma canelura aberta que possui um centímetro de
comprimento na massa de solo, por um cinzel de dimensões padronizadas.
Assim tornando possível a determinação da curva de fluidez, na qual resulta da
representação gráfica marcando-se num eixo o número de golpes, em escala
logarítmica, e no outro o teor de umidade, numa escala decimal, como o exemplo
apresentado a seguir.
Figura 2 – Gráfico de Limite de Liquidez.

Fonte: Roteiro experimental, 2022.

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O ensaio de compactação tem como objetivo determinar a relação entre
o teor de umidade e a massa específica aparente seca de solos quando
compactados. A Compactação de um solo é o processo manual ou mecânico
que visa reduzir o volume de seus vazios através da expulsão do ar presente,
aumentando o seu peso específico, portanto melhorando as propriedades tais
como resistência, permeabilidade e compressibilidade. Sendo um dos mais
importantes procedimentos de estudo e controle de qualidade de aterros de solo
compactado, seguindo a norma ABNT NBR 7182. O ensaio é repetido para
diferentes teores de umidade, no qual para cada um deles é determinado o peso
específico aparente, no qual com os valores obtidos, traça-se a curva como a
figura a seguir.

Figura 3 - ᵞd vs Teor de umidade.

Fonte: Roteiro experimental, 2022.

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3. Limite de Liquidez, Limite de Plasticidade e Limite de
Concentração
3.1 Equipamentos e Procedimentos

3.1.1 Equipamento para determinação do limite de liquidez


- Estufa capaz de manter a temperatura de 60 a 65ºC e 105 a 110ºC;
- Cápsula de porcelana com aproximadamente 120mm de diâmetro;
- Espátula de lâmina flexível com aproximadamente 80mm de
comprimento e 20mm de largura;
- Aparelho de Casagrande;
- Cinzel com as características normalizadas;
- Recipientes adequados (pares de vidros de relógio com grampo), que evitem a
perda de umidade da amostra;
- Balança com resolução de 0,01g e sensibilidade compatível;
- Gabarito para verificação da altura de queda da concha;
- Esfera de aço com 8mm de diâmetro.

3.1.2 Procedimentos para a Determinação do Limite de Liquidez


A - Foi colocado a amostra na cápsula de porcelana, feito isso, foi adicionado
água destilada em pequenos incrementos (iniciou-se com 15 a 20cm³ e logo
após 1 a 3cm³), foi amaçado e revolvido, continuamente com vigor com auxílio
da espátula, de forma a obter uma pasta homogenia, com consistência tal que
se fez necessário cerca de 35 golpes para fechar a ranhura.

B - Foi levado em consideração que o tempo de homogeneização deveria estar


compreendido entre 15 e 30 min, sendo o maior intervalo de tempo para os solos
mais argilosos.

C - Com a concha do aparelho de Casagrande na mão, transferimos parte da


mistura para a concha, moldando-a de forma que na parte central a espessura
foi da ordem de 10mm.

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D - Assim realizando toda a operação de maneira que não ficasse bolhas de ar
no interior da mistura.
E- Feito os procedimentos acima, o excesso de solo foi retornado para a cápsula.
F - Foi dividido a massa de solo em duas partes, passando o cinzel através da
mesma, de maneira a abrir uma ranhura em sua parte central, normalmente à
articulação da concha. O cinzel foi deslocado perpendicular à superfície da
concha.
G - Recolocou-se, cuidadosamente a concha no aparelho golpeando contra a
base, deixando cair em queda livre, foi girado a manivela a uma razão de duas
voltas por segundo. Foi anotado o número de golpes necessários para que as
bordas inferiores da ranhura se unissem ao longo de 13mm de comprimento
aproximadamente.
H - Foi transferido imediatamente, uma pequena quantidade do material de que
se encontra junto das bordas que se uniram para um recipiente adequado para
determinação da umidade.
I - Foi transferido o restante da massa para à amostra e homogeneizado durante
pelo menos 3 minutos, assim foi amassado e revolvido vigorosamente e
continuamente com auxílio da espátula.
J - Foi repetido o processo descrito em (c) e (i), obtendo o 2º ponto de ensaio.
K - Foi repetido o processo de modo a obter pelo menos três pontos de ensaio,
que cobriu o intervalo de 35 a 15 golpes.

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3.1.3 Equipamento para determinação do Limite de Plasticidade
- Estufa capaz de manter a temperatura de 60º - 65ºC e de 105º - 110ºC;
- Cápsula de porcelana com aproximadamente 120mm de diâmetro;
- Espátula de lâmina flexível, com aproximadamente 80mm de comprimento e
20mm de largura;
- Recipiente adequados, tais como pares de vidros de relógio com grampo, que
evitem a perda de umidade da amostra;
- Balança que permita pesar nominalmente 200g, com resolução de 0,01g;
- Gabarito cilíndrico para comparação, com 3mm de diâmetro e 100mm de
comprimento;
- Placa de vidro de superfície esmerilhada, com cerca de 30cm de lado

3.1.4 Procedimentos para a determinação do Limite de Plasticidade


A - Colocou-se a amostra na cápsula de porcelana, adicionou-se água destilada
em pequenos incrementos amassando e revolvendo-o vigorosamente e
continuamente, com o auxílio da espátula, de forma a obter uma pasta
homogênea, de consistência plástica. No qual o tempo total de homogeneização
esteve compreendido entre 15 e 30mim, sendo o maior intervalo de tempo para
solos mais argilosos.

B - Foi tomado cerca de 10g da amostra assim preparado de formar uma


pequena bola, que foi enrolada sobre uma placa de vidro com pressão suficiente
da mão para lhe dar a forma de um cilindro.

C - Foi considerado que se a amostra se fragmentar antes de atingir o diâmetro


de 3mm, retorna-se para a cápsula de porcelana, de modo a adicionar água
destilada, homogeneizando durante pelo menos por 3min, amassando de forma
vigorosa e revolvendo continuamente com auxílio da espátula e repetindo o
procedimento descrito no (c).

D - Se porventura a amostra atingir o diâmetro de 3mm sem se fragmentar,


amassando o material e repetindo o procedimento descrito em (c).

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E - Caso ocorresse fragmento o cilindro, com diâmetro de 3mm e comprimento
da ordem de 10 cm (o que pode ser verificado com o gabarito de comparação),
transferir imediatamente as partes do mesmo para um recipiente adequado, para
determinação da umidade.
F - Foi se repetido as operações a partir do item ( c ) de modo a obter pelo menos
três valores de umidade.

3.1.5 Equipamento para determinação do Limite de Contração


-Balança com precisão de 0,01g;
- Cápsula de porcelana;
-Cápsula para moldagem do corpo de prova: cápsula cilíndrica, metálica de
fundo plano, com cerca de 40mm de diâmetro e 10mm de altura (cápsula de
contração);
-Proveta graduada, capacidade de 25ml;
-Placa de vidro com três pinos de metal, para mergulhar a pastilha de solo no
mercúrio;
-Cuba de vidro de cerca de 50mm de diâmetro e 25mm de altura;
-Espátula com lâmina flexível de cerca de 80mm de comprimento e 20mm de
largura;
-Régua de aço de cerca de 30cm de comprimento;
-Estufa;
-Mercúrio;
- Vaselina esterilizada.

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3.1.6 Procedimentos para determinação do Limite de Contração
A - Colocou-se a amostra em uma cápsula de porcelana;

B – Foi acrescentado uma quantidade de água destilada, suficiente para encher


os vazios do solo, formar uma pasta uniforme, em que seja fácil moldar o corpo
de prova sem bolhas de ar;

C - A umidade do solo deverá corresponder ao limite de liquidez; a quantidade


de água a ser adicionada pode ser determinada com o uso da fórmula:

𝑃𝑎𝑚
𝑎 = 𝐿𝐿 × Equação 1
100

Foi realizado o resto do procedimento mediante a seguinte orientação:

D - Homogeneizar a umidade amostra com o auxílio de uma espátula, durante


aproximadamente 5 minutos, até que se obtenha uma pasta uniforme e sem
bolhas de ar;
E - Untar as paredes laterais da cápsula de moldagem com vaselina a fim de
impedir a aderência do solo às paredes da cápsula;
F - Colocar no centro do molde uma quantidade de amostra, equivalente a 1/3
do volume do molde;
G - Bater a cápsula de encontra a uma superfície firme, protegida com folhas de
papel;
H - Repetir mais duas vezes os passos (f) e (g), enchendo-se completamente a
cápsula de contração;

Deverá tomar-se cuidado para retirar todas as bolhas de ar contidas na amostra;

I - O solo em excesso deverá ser retirado, para que se tenha um volume


conhecido;
J - Deixar o corpo de prova secar ao ar até que se verifique uma mudança de
cor;
K - A seguir colocar o corpo de prova em estufa, com temperatura entre 105º -
110ºC, até se verificar constância de peso;

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L- Determinar com aproximação de 0,01g, o peso do solo seco contido na
cápsula (Ps); m) coloca-se na cápsula de porcelana, a cuba de vidro cheia de
mercúrio, removendo-se o excesso por pressão da placa de vidro;
N - Colocar a pastilha cuidadosamente sobre o mercúrio, na cuba;
O - Pressionar com os dedos a placa de vidro, de modo que os 3 pinos obriguem
a pastilha a mergulhar inteiramente no mercúrio;

Deverá ser tomadas as devidas precauções para evitar que ocorra a


permanência de ar entre a placa e vidro e a pastilha.

P – Medir com uma proveta o volume de mercúrio deslocado pela pastilha. Este
volume é igual ao volume do solo seco (Vs).

3.2 Resultados Experimentais


Foram utilizados os dados da amostra 2 para o ensaio de limite de
liquidez. Posteriormente, foram calculados o peso da água, peso do solo seco e
a umidade.

Tabela 1: Dados do ensaio de Limite de Liquidez.


LIMITE DE LIQUIDEZ

CAP Pbu Pbs Pcap Pag Pss Umidade N.golpes


12 46.17 45.04 41.4 1.13 3.64 31.04 39
37 47.43 45.94 41.25 1.49 4.69 31.77 27
33 49.16 47.32 41.62 1.84 5.70 32.28 23
39 49.78 47.90 42.4 1.88 5.50 34.18 17
48 51.21 48.96 42.58 2.25 6.38 35.27 14
Fonte: Autores, 2022.

Após isso, obtivemos o gráfico 1 e sua respectiva equação, com ela foi possível
obter o teor de umidade correspondente a 25 golpes, que corresponde ao limite
de liquidez do solo.

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Figura 4 – Gráfico do N° de Golpes versus Umidade.

Fonte: Autores, 2022.

Utilizando a equação 1, foi possível obter o resultado em torno de 32,50%.

y = 31861e-0,22x Equação 2

Onde,
y = 25.

Para o limite de plasticidade, foram obtidos os resultados dispostos na


tabela 2, onde foram calculados o peso da água, peso do solo seco, umidade e
o limite de plasticidade.

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Tabela 2: Dados do ensaio de Limite de Plasticidade.
LIMITE DE PLASTICIDADE

CAP Pbu Pbs Pcap Pag Pss Umidade LP


42 59.84 59.53 58.34 0.31 1.19 26.05
35 58.36 58.15 57.4 0.21 0.75 28.00
50 62.66 62.46 61.67 0.20 0.79 25.32 26
28 63.11 62.89 62.07 0.22 0.82 26.83
13 44.41 44.15 43.16 0.26 0.99 26.26
Fonte: Autores, 2022.

Para o cálculo do limite de plasticidade realizamos a média entre os


valores de umidade, como disposto na figura a seguir.

Tabela 3: Primeira média da umidade.


Média Umidade
26.49 Média
27,81 0.05
25,17 -0.05
Fonte: Autores, 2022

Após a obtenção da média foram atribuídos +5% e -5% ao valor da média.


Desta forma, criamos um intervalo que os valores de umidade deveriam estar
dentro. Visto que, o valor 28 não estava dentro, refizemos a média dos valores
de umidade, mas desta vez sem o mesmo. Logo, obtivemos os valores
disponibilizados abaixo.

Tabela 4: Segunda média da umidade,


Média Umidade
26.11 Média
27,42 0.05
24,80 -0.05
Fonte: Autores, 2022.

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Como todos os valores faziam parte do intervalo definido, então temos
que o limite de plasticidade é 26.
Por fim, realizamos o cálculo do índice de plasticidade (IP) pela seguinte
expressão: IP= limite de liquidez –limite de plasticidade. Logo, IP vale 6,50.
Posteriormente, calculamos o limite de contração (LC), utilizando a equação 3.

𝑉 1
𝐿𝐶 = ( 𝑆 − ) × 𝑋 × 𝑃𝑎 × 100(%) Equação 3
𝑃 𝑃 𝑆 𝑆

Tabela 5: Limite de contração.

LIMITE DE CONTRAÇÃO

P1 V1 P.s V.s ɣ.s ɣ. Água LC


CP1 18,44 9,7 13,57 8,2 2,788 1 24,56
CP2 18,5 9,7 13,84 8,3 2,788 1 24,10
Fonte: Autores, 2022.

3.3 Interpretação de Resultados

Sabemos que os ensaios citados acima, servem para determinar os


limites de consistência do solo. No caso, do limite de liquidez que indica o valor
da umidade no qual o solo passa do estado líquido para o estado plástico. Sendo
assim, temos que o valor da umidade em que ocorre essa transição é em torno
de 32,50 %.
O limite de plasticidade é o valor da umidade em que no solo ocorre a
transição entre o estado plástico para o semi-sólido. Desta forma, é o menor teor
de umidade em que o solo se comporta plasticamente. Na amostra 2, temos que
o menor teor de umidade é 26%.
Já o limite de contração é o valor da umidade em que o solo transita entre
o estado semi-sólido para o estado sólido. A amostra 2 apresenta o valor de
24,33.

3.4 Conclusões
O solo estudado possui índice de plasticidade dentro do intervalo 1 e 7,
indicando que o mesmo é classificado como fracamente plástico dentro da
classificação de Jenkins. Quando a amostra apresentar o valor de 32,50 %, a

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mesma apresenta um comportamento moldável, sem alterar seu volume. Mas
ao atingir o valor de 26% a amostra começa a apresentar trincas e faturas ao ser
trabalhada. E por fim, quando atinge o valor de 24,33, não mais se contrai ao ser
seca.

4. Ensaio de Compactação
4.1 Equipamento e Procedimentos para ensaio de Compactação
4.1.1 Equipamento para ensaio de Compactação

-Balanças que permitam pesar 10 kg e 200g, resoluções de 1g e 0,01g


respectivamente;
- Peneiras de 19 e 4,8 mm;
- Estufa capaz de manter a temperatura entre 105º e 110ºC;
- Cápsulas metálicas, com tampa, para determinação de umidade;
- Bandejas metálicas;
- Régua de aço biselada com comprimento de 30cm;
- Espátulas de lâmina flexível, com 10cm e 2cm de largura e 12cm de
comprimento;
-Cilindro metálico pequeno (cilindro de Proctor), composto de base e colarinho,
com as dimensões especificadas pela NBR 7182;
-Cilindro metálico grande (cilindro de CBR), composto de base, colarinho e disco
espaçador, com as dimensões especificadas pela NBR 7182;
-Soquete pequeno – com massa de 2500±10g e altura de queda de 305±2mm
(NBR7182);
- Soquete grande – com massa de 4536±10g e altura de queda de 457±2mm
(NBR7182);
-Provetas de vidro com capacidade de 1000cm³, 200cm³ e 100cm³, com
graduações de 10, 2 e 1cm³, respectivamente;
- Extrator de corpo de prova;
-Conchas metálicas com capacidade de 1000cm3 e 500cm3;
-Base rígida;
- Papel filtro com diâmetro igual ao do molde empregado.

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4.1.2 Procedimento para ensaio de Compactação

Ensaio realizado com reuso de material, sobre amostras preparadas com


secagem prévia até a umidade higroscópica
Fixar o molde cilíndrico à sua base, acoplar o cilindro complementar e
apoiar o conjunto em uma base rígida. Caso se utilize o cilindro grande, colocar
o disco espaçador. Se necessário, colocar uma folha de papel filtro com diâmetro
igual ao do molde utilizado, de modo a evitar a aderência do solo compactado
com a superfície metálica da base ou do disco espaçador.
Na bandeja metálica, com auxílio da proveta de vidro, adicionar água
destilada, gradativamente e revolvendo continuamente o material, de forma a se
obter teor de umidade em torno de 5% abaixo da umidade ótima presumível.
Após completa homogeneização, proceder à sua compactação, atendo-se ao
soquete, número de camadas e número de golpes por camada correspondentes
à energia desejada. A compactação de cada camada deve ser precedida de uma
ligeira escarificação da camada subjacente.
Após a compactação da última camada, retirar o cilindro complementar
depois de escarificar o material cm contato com a parede do mesmo, com auxílio
de espátula. Deve haver um excesso de, no máximo, 10mm de solo compactado
acima do molde que deve ser removido e rasado com auxílio de régua biselada.
Feito isso, remover o molde cilíndrico de sua base e, no caso do cilindro
pequeno, rasar também a outra face.
Pesar o conjunto, com resolução de 1g, e, por subtração do peso do molde
cilíndrico, obter o peso úmido do solo compactado, Ph. g. Com auxílio do
extrator, retirar o corpo-de-prova do molde e do centro do mesmo, tomar uma
amostra para determinação da umidade, h.
Destorroar o material, com auxílio de desempenadeira e da espátula, até
que passe integralmente na peneira de 4,8mm ou na de 19mm, respectivamente,
conforme a amostra, após preparada, tenha ou não passado integralmente na
peneira de 4,8mm.
Juntar o material assim obtido com o remanescente na bandeja e
adicionar água destilada, revolvendo o material, de forma a incrementar o teor

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de umidade de aproximadamente 2%. Repetir as operações descritas até se
obter cinco pontos, sendo dois no ramo seco, um próximo à umidade ótima,
preferencialmente no ramo seco e dois no ramo úmido da curva de compactação.

4.2 Resultado Experimentais

Inicialmente, foram calculados o volume do molde, umidade teórica, peso


do solo úmido, densidade do solo úmido, peso da água, peso do solo seco,
umidade de ensaio, umidade média, densidade solo seco e umidade ótima.

Para obter a massa específica aparente seca máxima, utilizamos a equação 4.

𝑃ℎ ×100
𝑃 = Equação 4
𝑉×(100 + ℎ)

Tabela 6: Dados do ensaio de compactação.

Fonte: Autores, 2022.

Através dos dados acima, foi possível obter o gráfico abaixo.

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Figura 5 – Gráfico Peso específico aparente seco.

Peso específico aparente seco (γd)


1,650
γdmáx Teor de Umidade vs γdmáx
1,600
Curva de Saturação
1,550
Polinomial (Teor de Umidade
vs γdmáx)
1,500
Polinomial (Curva de
Saturação)
1,450

1,400 y = -0,0017x2 + 0,0657x + 0,934


10 13 16 19 22 25 28 31 34 37

Teor de umidade (W)%


Fonte: Autores, 2022.

Ao aumentar a energia de compactação é obtido o valor para a umidade


ótima. Desta forma, temos o ponto de inflexão que foi obtido através da linha de
tendência. A seguir temos a equação proveniente da curva de tendencia.

Y = -20,366 × X 2 + 9,3574 × X + 0,8185 Equação 5

Onde o par de pontos (x,y) do ponto de inflexão para a curva que define a linha
de tendencia é:

X = 0,23
Y= 1,89

4.3 Interpretação de Resultados


Na curva de saturação temos os vazios de ar igual a zero. Pois, quanto
mais compactado for o solo, menor o volume de vazios. Temos o teor de
umidade ótima sendo 23% e o γdmáx sendo 1,89.

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4.4 Conclusões
Temos que o solo fica mais denso dificultando a passagem de água,
consequentemente, aumenta sua impermeabilidade. Quando maior a umidade,
menor a densidade. Uma vez, que os filmes de água em torno dos grãos
aumentam. Pelo valor de γdmáx e a curva ser abatida, podemos classificar o
solo como sendo solo siltoso.

5. Conclusões Gerais

Por tanto, pode-se afirmar que quanto mais compactado o solo, menor
será a deformação que o mesmo sofrerá após receber uma carga. Ou seja, o
solo fica mais estável após o processo. Os solos siltosos são de difícil
compactação no campo.

Para o primeiro ensaio nota-se que à medida que a água evapora, o solo
se endurece, reduzindo o teor de umidade, e consequentemente, perde sua
capacidade de fluir, mas o mesmo poderá ser moldado e ter sua firma
conservada. Vale ressaltar que o solo vai de um fluido denso até o estado sólido,
isto ocorre gradualmente à medida que a água vai evaporando.

6. Referências

Consistência do Solo - Ensaios Geotécnicos - Ensaios de Limite de Liquidez (LL)


e de Plasticidade (LP). - https://www.suportesolos.com.br/blog/consistencia-do-
solo-ensaios-geotecnicos-ensaios-de-limite-de-liquidez-ll-e-de-plasticidade-
lp/33/ Acessado em: 4 de fev. de 2022.
Compactação de Solos – Ensaios Geotécnicos – O Ensaio e as Energias de
Compactação. - https://www.suportesolos.com.br/blog/compactacao-de-solos-
ensaios-geotecnicos-o-ensaio-e-as-energias-de-compactacao/68/ Acessado
em: 4 de fev. de 2022.
Ensaio de Compactação: Como deve ser feito e dicas fundamentais e
https://www.degraus.com.br/ensaio-de-compactacao/ Acessado em: 4 de fev. de
2022.

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