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ÍNDICE

1. Tomada de Decisão

2. Gerenciamento de Crises

3. Capacitação da Liderança

4. Reuniões de Alto Rendimento


TOMADA DE DECISÃO

O conteúdo deste capítulo trata da maneira correta de se exercer a tomada de


decisões. Como devemos fazê-lo? Existe uma metodologia para tal? Quais são e
como se dão os tipos de decisões que se manifestam na vida administrativa?

Essencialmente, “o processo decisório divide-se em um conjunto de oito passos, que


começa com a identificação do problema e os critérios de decisão. Depois é
necessário desenvolver, analisar e selecionar uma alternativa que pode resolver o
problema. Em seguida, implementar a alternativa e, por fim, fazer uma avaliação da
eficácia da decisão. Essa metodologia pode ser aplicada nas decisões pessoais e
profissionais, seja para definir onde passar as férias ou até mesmo optar pelo
lançamento de um produto ou serviço no mercado.”1

Bases de decisões2

Decisões baseadas em instintos

Esse tipo de decisão costuma estar relacionado às questões de sobrevivência,


este modelo decisório auxilia um adulto a evitar situações de perigo. Algumas
características relacionadas a esse tipo de decisão são: Agir antes de pensar;
não controlar as ações e se basear no passado para tomar uma ação.

Em nossa rotina administrativa eclesiástica, sempre enfrentaremos momentos


que exigirão de nós uma ação de tomada de decisão. Assim sendo, esse
assunto tem sido bastante debatido pelo mundo, levando líderes e
administradores a reflexões bastante profundas e acuradas.

Uma das principais motivações que nos levam a tomar uma decisão acontece
justamente em decorrência característica descrita no primeiro parágrafo:
instinto. É comum que, desprezando estrutura e metodologia, tomemos
decisões baseados no simples instinto.

Uma das características essenciais desse tipo de postura é o “agir antes de


pensar”, coisa que pode acarretar numa decisão incorreta que, por sua vez,
pode apresentar consequências desastrosas para a organização.

1
Disponível em http://blog.uplexis.com.br/tomada-de-decisao-o-que-e/. Acesso: 08.04.18
2
PESCADA, Carlos Alberto. As Fases Do Processo De Tomada De Decisão. Disponível em
http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/as-fases-do-processo-de-tomada-de-deciso/. Acesso: 08.04.18
Todas as decisões precisam obrigatoriamente submeter-se à ação do Espírito
Santo, em especial nos casos em que as repercussões da ação impactam a
vida das pessoas sob sua responsabilidade.

Decisões baseadas em valores

O fato de tomarmos decisões baseadas em valores é que queremos


experimentar um sentimento do que acreditamos. Se valorizamos a
honestidade, queremos tomar decisões em que a honestidade faça parte.
Organizações que baseiam as suas decisões nos valores que acreditam, estão
entre as maiores do mundo.

Diferentemente do primeiro tipo apresentado, a decisão baseada em valores


apresenta características de excelência. De fato, as maiores organizações do
mundo tomam suas decisões baseadas nos valores em que acreditam.

As organizações eclesiásticas possuem como fundamento de valor para sua


existência a Bíblia Sagrada, a palavra de Deus. Nossas decisões no ambiente
eclesiástico devem, portanto, estar obrigatoriamente subordinadas e
orientadas pelo texto das Escrituras.

Decisões baseadas na consciência

Decisões conscientes costumam ser tomadas com a racionalidade, são


decisões que criam um intervalo entre a criação de significados e a decisão a
ser tomada. Esse intervalo nos possibilita exercitar a reflexão, o pensamento,
para que assim, possamos utilizar uma base lógica de raciocínio para entender
o que de fato está ocorrendo.

Esse terceiro tipo de decisão nos apresenta uma diferença significativa em


relação ao primeiro exemplo. Há na racionalidade um tempo, isto é, um
momento para a avaliação e julgamento, de forma que, se devo agir, penso
antes de fazê-lo.

É obrigação da administração eclesiástica ter em mente uma percepção


precisa da realidade para que o raciocínio seja positivo para a ação decisória.

Tipos de decisões3

Decisões programadas

3
PESCADA, Carlos Alberto. As Fases Do Processo De Tomada De Decisão. Disponível em
http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/as-fases-do-processo-de-tomada-de-deciso/. Acesso: 08.04.18
Essas decisões geralmente são aquelas utilizadas em acontecimentos
anteriores para resolução de problemas que já foram resolvidos. As vantagens
de utilizar decisões programadas costumam ser a economia de tempo e
energia gasta intelectualmente dos gestores.

Percebe-se que esse modelo é muito parecido com o processo de manutenção


programada de um carro. Você se programa no espaço de tempo em que se
faz uso deste carro para a sua manutenção, de forma que há uma data
referencial para se verificar peças do carro, amortecedores, troca de óleo, etc...

Decisões não programadas

Aqui é necessário a utilização do processo de tomada de decisão, onde cada


ponto precisa ser estudado a fundo, para chegar a um consenso bem definido,
limitando a oportunidade de erros.

O ideal no processo administrativo é que as decisões sejam feitas de forma


programada. Decisões não programadas são mais arriscadas, apresentando
consequências muitas vezes surpreendentes.

Isto não significa dizer que todas as decisões não programadas sejam erros, é
claro. É certamente ideal que imprevistos não aconteçam, mas, se
acontecerem, é bom que o administrador esteja preparado, em comunhão com
Deus e em sintonia com a equipe que o assessora.

Modelos de tomada de decisão4

Modelo Racional:

a. Detecção do problema: através dos sensores que a organização possui


e que possibilitam aos gestores tomar conhecimento das disfunções
organizacionais, que as levam para caminhos diferentes dos
planejados, comprometendo a consecução de suas metas;

É claro que esse trabalho está sobretudo relacionado à tomada de


decisões no ambiente secular, corporativo ou empresarial. Mas, com
base nessas informações, é possível adequarmos o conceito para o
ambiente eclesiástico.

4
SegLOUSADA, Mariana e VALENTIM, Marta Lígia Pomim. Modelos de tomada de decisão e sua relação com
a informação orgânica. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/pci/v16n1/a09v16n1.pdf. Acesso: 08.04.18
b. Início do fluxo do processo decisório:

➢ Coleta de informações: fase de diagnóstico, reunião da maior


quantidade de dados possíveis;

➢ Análise criteriosa de informações: estabelecimento de uma


correlação das informações coletadas com variáveis presentes
no ambiente, atribuindo-lhes relevância, para serem utilizadas na
solução de problemas;

➢ Identificação de alternativas: busca de alternativas para eleger


um critério de julgamento das alternativas propostas, através de
uma lista de quesitos com pesos de importância para a
organização;

➢ Opção pela melhor alternativa: segundo um mecanismo pré-


definido, para assegurar a legitimidade da escolha; e

➢ Consecução dos objetivos organizacionais: através da


implantação da alternativa compreendida como a melhor,
espera-se que isso redunde na consecução dos objetivos
organizacionais no tempo previsto.

Modelo Processual (Fases Decisórias):

a. Identificação: reconhece a necessidade de tomar uma decisão e


desenvolve a compreensão das questões implicadas na decisão.
Consiste em rotinas de reconhecimento e rotinas de diagnóstico do
problema;

b. Desenvolvimento: desenvolvimento de uma ou mais soluções para um


problema, crise ou oportunidade. Consiste na busca (memória, passiva,
armadilha, ativa) e rotinas de criação;

c. Seleção: avalia as alternativas e escolhe uma delas.

Modelo Processual (Rotinas de Apoio):

a. Rotinas de controle: guiam o processo decisório e consistem em


planejamento, determinam os limites do espaço da decisão;
b. Rotinas de comunicação: reúnem e distribuem a informação como parte
do processo decisório;

c. Rotinas políticas: importantes nos processos estratégicos, pois podem


assumir a forma de barganha, de persuasão ou de cooptação.

Modelo Anárquico:

a. Resolução: é a tomada de decisão que ocorre depois de se pensar


sobre o problema, por determinado tempo;

b. Inadvertência: uma escolha é adotada rápida e incidentalmente, para


outras escolhas serem feitas;

c. Fuga: ocorre quando os problemas abandonam a escolha, quando não


há resolução do problema.

Modelo Político:

Para a abordagem política, a organização é vista como um conjunto de atores,


que podem ser indivíduos ou grupos, dotados de interesses e objetivos
próprios, controlando diferentes recursos como: autoridade, status, recursos,
ideias e informações.

A organização não tem objetivos claros a priori. Os indivíduos ou grupos


conduzem estratégias particulares a partir de uma situação própria. (NIOCHE
et al., 1993, p. 307).
GERENCIAMENTO DE CRISES

Definição

É um método administrativo que visa a redução de prejuízos no momento em que


ocorre uma disrupção, por motivos internos ou externos, no processo normal de
determinada organização.

O gerenciamento de crise não é uma ciência exata, pois cada crise apresenta
características exclusivas, exigindo, soluções particulares, que exigem uma
cuidadosa análise e reflexão.5

Segundo Joep Cornelissen, ”As crises podem ter origem em diversos fatores e em
diversas condições. Podem ser resultados de causas naturais, acidentes, ataques,
entre outros, que não podem ser previstos ou evitados, mas também podem decorrer
de falhas dentro da organização, falhas de gerenciamento ou planejamento.“6

Gestão em situações de crise

A ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência


Complementar) organizou um Manual de Gestão de Crise e Imagem que é
compartilhado nos ambiente corporativos e empresariais.

De fato, esse documento não foi criado tendo em vista a realidade eclesiástica, porém
há trechos em que o manual pode ser usado para se compreender a importância de
termos pleno conhecimento dos papéis que precisamos desempenhar em momentos
de crise.

Em situações de crise a imagem de uma organização fica comprometida


negativamente uma vez que os públicos estratégicos se desestabilizam. São tantas
as informações contrárias e as interpretações errôneas ou distorcidas que há
necessidade de uma ação proativa e imediata que compreenda, entre outras, a
implementação de ações de comunicação interna e de comunicação externa.

Um dos primeiros resultados que podemos perceber em momentos de crise é a


mancha que a imagem da organização pode sofrer. No caso de uma igreja, por
exemplo, um acidente dentro do prédio pode passar a mensagem de que a igreja não
teve a preocupação com os membros desde a fase de concepção do projeto.
5
JUNIOR, IrioDória. Gerenciamento de Crises. Disponível em: http://cidadaossp.files.wordpress.com/2010/
06/apostila_gerenciamento_de_crises.pdf. Acesso em 23.03.2013.
6
Cornelissen, J. (2014). Corporate communication: A guide to theory and practice. Sage.
É muito importante que nessas situações de crise possamos comunicar a mensagem,
primeiro de forma interna e posteriormente de forma externa - e sempre fazendo-o de
forma honesta, sem jamais faltar com a verdade. É crucial que tomemos uma postura,
não apenas interna mas também exteriorizada, para gerar segurança em todas as
pessoas, envolvidas sou não.

O ponto principal da gestão de crise é a prevenção, por meio da identificação de


sinais internos ou externos que anunciam a sua chegada e da preparação de
estrutura para enfrentá-la. A gestão da crise não é porta de saída, mas de entrada
para a terceira fase: a reconquista da confiança na instituição para manter a
atividade presente e perpetuá-la no futuro.

Todas as vezes em que enfrentamos uma situação crítica, seja em qualquer


ambiente, porém mais especificamente no ambiente eclesiástico/ministerial é comum
que, à medida em que apresentamos respostas sinceras numa velocidade razoável e
tomamos decisões assertivas (propondo ações relevantes e imediatas), a
credibilidade da organização seja restabelecida, voltando à sua normalidade em
pouco tempo.

Em situação de crise é recomendável que seja instalado imediatamente um Comitê


de Crise, composto por integrantes de cada área específica da organização. Os
integrantes do comitê devem se reunir, periodicamente, para analisar medidas
preventivas e os focos da crise. Todos devem estar disponíveis 24 horas por dia.

Não podemos trabalhar com improvisações quando enfrentamos uma crise no


ambiente eclesiástico. Essa confiança exagerada de que não enfrentaremos
problemas porque nossa instituição é espiritual é bastante equivocada. Não é pelo
fato de estarmos reunidos como igreja de Cristo que não enfrentaremos crises.

Assim sendo, o bom líder deve conhecer o nome das pessoas que tem competência
e habilidade para tratar de assuntos específicos, podendo convocá-las conforme as
situações ocorram.

A chefia do Comitê de Crise deve ficar a cargo de um profissional da instituição com


autoridade e autonomia para tomar decisões sobre conteúdo de comunicados e
textos a serem divulgados, bem como, delegar atribuições, estabelecer metas e
prazos de ações.
Em suma, o Comitê de Crise analisa o problema, define a estratégia, o teor das
mensagens, as metas e ações a serem adotadas.

O Plano de Gerenciamento de Crises

Um plano de gerenciamento de crises (CMP -


Crisis Management Plan) é um documento que
descreve os processos que uma organização
usará para responder a uma situação crítica que
afetaria negativamente sua reputação ou
capacidade de operação.7

Um plano eficaz de gerenciamento de crises deve:

1. Identificar os membros da equipe que irá compor o grupo ou o Comitê de Crise


para ser acionado em caso de ocorrer um evento grave que ameace a
organização;

2. Documentar quais critérios serão utilizados para determinar uma crise.

Obs.: Cada organização deverá fazer um levantamento bastante completo


para classificar os tipos e a intensidade de eventos que possam ser
classificados como ameaças de “crise grave”, incluindo o potencial de
gravidade;

3. Estabelecer sistemas de monitoramento e práticas para detectar sinais de


alerta precoce de qualquer crise potencial, as chamadas “bandeiras
vermelhas”. Isso vale também para as redes sociais;

4. Indicar quem será o porta-voz em caso de crise, incluindo um substituto, ambos


preparados e treinados. Desnecessário dizer que eles devem ser treinados em
Media Training;

5. Fornecer uma lista de contatos-chave de emergência, para serem localizados


com rapidez, inclusive fins de semana, feriados, durante a noite, não importa
onde estiverem;

6. Documento que precisará ser notificado em caso de crise e como essa


notificação será feita;

7
FORNI, João José. Como construir um plano de crise básico. Disponível em:
https://www.comunicacaoecrise.com/site/index.php/comentarios/1031-como-construirum-plano-de-crise-básico.
Acesso: 09.04.18
7. Identificar um processo para avaliar o incidente e sua potencial gravidade, e
avaliar o impacto sobre as instalações e os funcionários;

8. Identificar procedimentos para responder à crise e pontos de reunião de


emergência onde os funcionários podem ir, levando em conta também uma
possível interdição por eventual acidente ou invasão; ter uma alternativa “B”
para reunião;

9. Organizar um processo de simulação para testar a eficácia do plano de


gerenciamento de crises e atualizá-lo regularmente.

Em todos os momentos, a administração e liderança precisa preservar o nome da


igreja. Evidentemente isso não significa compactuar com erros e esconder
responsabilidades, mas sim preservar o número de homens e mulheres que estão
servindo ao Senhor e na maioria dos casos não são responsáveis pela maior parte
das crises que a igreja enfrenta;
CAPACITAÇÃO DE LIDERANÇA

“O líder não precisa de cargo, qualquer pessoa


que tenha influência sobre a outra é líder. O que
importa é sua capacidade de influenciar”.
John C. Maxwell

Vivemos num tempo de euforia na capacitação de lideranças. É muito importante


percebermos que não devemos confundir o título de líder com o exercício da liderança
em si. O significado mais real e profundo da palavra “liderança” está associado a
“influencia”, de forma que um cargo que oficialize o papel do líder é dispensável.

Tiago nos informa que os líderes e os mestres vão receber um julgamento mais
rigoroso que os outros crentes quando estiverem diante de Deus. Por quê? Por causa
de sua grande capacidade de influenciar. Quando um discípulo comete um erro, ele
atinge a si mesmo e, possivelmente, sua família. Quando um líder erra, ele atinge a
maioria de seus seguidores.

Características da Liderança8

Com base da biografia de diversos líderes da história da humanidade, iremos agora


compartilhar algumas lições deixadas por eles para que possamos compreender a
importância do papel de um líder na organização eclesiástica-ministerial.

Líderes fazem cada um sentir-se valioso

“Um grande homem demonstra sua grandeza


pelo modo como lida com os pequenos homens”.
Thomas Carlyle

Na formação da liderança é muito importante termos em mente essa lição. Não


é incomum que um indivíduo que se torne um líder acabe por buscar uma
superioridade em relação a seus subordinados para além daquela ditada pelo
posicionamento hierárquico. Para tal, esse mal líder tende a desprezar aqueles
abaixo de si.

Líderes trabalham junto com outros líderes

“Eu não uso apenas toda a inteligência que tenho,


mas toda aquela que eu posso obter
emprestada”.
Thomas Woodrow Wilson

8
TOLER, Stan. Minutos de motivação para líderes. CPAD: Rio de Janeiro, 2009.
Tomas Wilson no ensina que quanto maior for a influência positiva das pessoas
ao meu redor, maior êxito eu terei no exercício de minha liderança. É bom que
um líder atente-se às sugestões e impressões de outras pessoas, dando
ouvidos aos homens e mulheres de Deus com bagagem e sabedoria que
podem nos auxiliar e contribuir na construção de uma liderança eficaz.

Líderes são bons comunicadores

“Para ser eficaz, os líderes devem saber como


comunicar suas visões efetivamente e como atrair
a cooperação dos outros”.
Michael Z. Hackman

É muito importante que um líder saiba se comunicar, se apresentar e falar de


maneira clara e coesa. Uma boa comunicação não resume-se a apenas uma
apresentação meramente estética/visual ou excelência no pronunciamento e
conhecimento do vernáculo. O líder que sabe se comunicar expressa suas
ideias por meio de um canal que deve ser compreendido por quem ouviu.

Lideranças extraordinárias sempre conseguem transferir suas ideias através


da simplicidade de suas mensagens, sendo compreendidas por aqueles que
as ouvem. A sinceridade é a grande base para essa boa comunicação:
pessoas que não tentam construir um discurso baseado na ilusão conseguem
atingir o coração de seus subordinados e exercer liderança de excelência na
casa do Senhor.

Líderes enfatizam o que é positivo

“O entusiasmo é contagioso. É difícil permanecer


neutro ou indiferente na presença de um
pensador positivo”.
Melvin Maxwell

Um grande líder sempre será otimista, em especial se os seus ideais estão


alinhados com a palavra de Deus. É impossível que, diante dos objetivos e
metas traçadas pela Bíblia Sagrada, eu me torne uma pessoa desanimada e
pessimista, pois a própria Escritura me dá forças para avançar.

Líderes são aprendizes

“Se você para de aprender hoje, você para de


liderar amanhã”. “Na verdade, o momento em que
você parar de crescer, você começa a morrer”.
Howard Hendrics
Líderes de verdade não param de estudar e buscar uma habilitação para sua
vida, tanto no campo secular quanto no campo espiritual. Uma liderança que
não estuda e não busca formação está fadada ao fracasso total e morte plena.

Líderes dividem o sucesso com a equipe

“Sozinhos nós podemos fazer muito pouco; juntos


nós podemos fazer muito mais”.
Hellen Keller

No mundo secular corporativo e empresarial, quem não souber trabalhar em


equipe está descartado do mercado de trabalho. No ambiente eclesiástico isso
também é uma realidade.

O cristão tem a característica de viver em comunhão com seu irmão, de forma


que quando trabalhamos em equipe as possibilidades de resultados assertivos
aumentam significativamente.

Líderes resolvem problemas que os outros temem

“Aqueles que tentam fazer alguma coisa e falham


são infinitamente melhores do que aqueles que
não tentam fazer nada e têm sucesso”.
David Martin Lloyd Jones

“Na busca pelo ótimo, não se faz o bom”.


Comandante Rolim Amaro

Muitas pessoas vivem sem destaque e reconhecimento porque se


acomodaram em suas posições. Se vocês está ganhando, tem a obrigação de
ganhar cada vez mais. Na atividade ministerial, devemos sempre aspirar àquilo
que é maior no trabalho para o reino do Senhor, pois a motivação é espiritual.

Líderes são construtores de equipes

“Vir junto é o início, manter-se junto é o


progresso; trabalhar junto é o sucesso”.
Henry Ford

Cada vez mais estamos nos tornando intolerantes uns com os outros. Esse
comportamento tem proporções globais, e isso é muito preocupante, ainda
mais quando se manifesta dentro da igreja, com irmãos que não conseguem
trabalhar em equipe ou compreender o princípio bíblico da hierarquização.

Líderes fornecem recursos para realizar o trabalho


“Um bom objetivo da liderança é ajudar aqueles
que estão fazendo insuficientemente a fazerem
bem e ajudar aqueles que estão fazendo bem a
fazerem igualmente melhor”.
Jim Rohn

Os grandes líderes não escondem recursos, pelo contrário: o grande líder


fornece condições para que haja o desenvolvimento de seu liderato, até
mesmo para fomentar o surgimento de um outro líder. Às vezes a insegurança
de uma liderança é tão grande que ela esconde recursos de seus
subordinados, algo antibíblico, antiético e imoral.

Líderes claramente definem as obrigações do trabalho

“As pessoas têm um desempenho melhor quando


as regras da liderança são definidas”.
Stan Toler

Às vezes participamos de reuniões da igreja onde somos cobrados de algo que


não sabíamos que era nossa responsabilidade, pois a liderança não soube
definir razoavelmente as responsabilidades e funções de cada um dos
indivíduos.

Por isso, o rendimento é excelente na medida em que as lideranças definem


bem cada um dos papéis que devem ser exercidos por seus liderados.

Líderes celebram as realizações significativas

“O talento não faz de você bom a não ser que ele


seja reconhecido por mais alguém”.
Robert Half

Observe que a boa liderança celebra as realizações significativas e retribui o


esforço empregado por seus subordinados, sendo relevante à medida em que
é pública.
REUNIÕES DE ALTO RENDIMENTO

Nesta aula iremos observar quais são as características de uma reunião proveitosa
e quais sãos os diversos tipos de reuniões que existem hoje.

Tipos de Reunião9

Reunião geral

O propósito deste tipo de reunião é levar assuntos a todas as áreas da


organização. Normalmente um número elevado de pessoas participam.
Reuniões deste tipo são importante para a socialização de um grande grupo.

No ambiente eclesiástico, essas reuniões podem ser verificadas em especial


em nossas reuniões gerais de obreiros. A reunião geral se caracteriza pela
participação da liderança ou da coordenação de diversos departamentos e
ministérios da igreja.

Reunião de planejamento

As reuniões de planejamento servem para estabelecer conjuntamente ou


formular objetivos e metas de trabalho da organização. As quantificações
almejadas e os prazos são estabelecidos neste tipo de reunião, e os
responsáveis, escolhidos e determinados.

Diferentemente do primeiro tipo, a reunião de planejamento apresenta um


número de pessoas um pouco menor. Esta reunião é constituída daqueles que
fazem parte da elaboração do planejamento estratégico da organização.

É importante notar que esse tipo de reunião pode ser visto de duas maneiras:
primeiro, um pequeno grupo de pessoas responsável por elaborar o
planejamento propriamente dito. Segundo, pode também se misturar com a
reunião geral quando há a necessidade de se compartilhar as informações
para a liderança no todo ou para um grupo mais significativo.

Reunião de informação

9
BOFF, Rubem José. Técnicas de Reunião: Ferramentas para Gestão. Disponível em
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache: PZzK_xJXfBQJ:187.45.244.77/ojs-
2.4.6/index.php/InterLink/article/download/34/63+&cd=6&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br. Acesso: 09.04.18.
Este tipo de reunião serve para transmitir informações, não estimular debates.
A participação das pessoas será mínima quando o propósito da reunião for
puramente informativo. Este tipo de reunião pode envolver o recebimento ou a
divulgação de informações ou ambas.

Nesse tipo de reunião geralmente são comunicadas as decisões que foram


tomadas. Aqui, os debates já aconteceram, de forma que agora apenas
compartilho aquilo que foi decidido. Geralmente é aqui que se compartilha
regras normativas e situações protocolares.

Reunião para tomada de ação

As reuniões para tomada de ação são reuniões onde se decide o que fazer.
Nestas reuniões, devem ser distribuídas pequenas tarefas e responsabilidades
pelas ações a cada pessoa em específico, com um prazo definido para a sua
realização.

Quando reunimos um grupo de pessoas sob nossa responsabilidade, esse tipo


de reunião serve para especificarmos quais tarefas deverão ser desenvolvidas
por quais pessoas, deixando bem claro o papel a ser cumprido por cada um
dos integrantes da organização.

Reunião de resolução de problemas

Este tipo de reunião, um dos mais comuns, pode também ser chamado de
reunião para tomada de decisões. A relação entre a tomada de decisões e a
resolução de problemas é muito importante

A exemplo de situações de alta complexidade, a presença de um grupo de


especialistas pensando numa resposta possível para agradar uma demanda
certamente aumenta a possibilidade de que a decisão tomada seja mais
assertiva.

Reunião criativa

As reuniões criativas servem para gerar ideias inovadoras. A seção de debates


livres pode ser uma das melhores formas desse tipo de reunião. O
brainstorming ou tempestade de ideias é uma técnica que possibilita um grupo
de pessoas reunirem-se e utilizar suas ideias, mas que possam chegar a um
denominador comum e com qualidade, gerando assim ideias inovadoras.

Esse tipo de reunião não é muito comum no ambiente eclesiástico. Quando


tratamos de reuniões criativos, não podemos ter um número muito grande de
pessoas, devendo realizá-la por meio de grupos menores como a liderança,
por exemplo.

É muito importante extrair através do estímulo à criatividade, diversos


pensamentos inovadores que permitirão o avanço significativo e de qualidade
das atividades ministeriais e eclesiásticas.

Reunião de treinamento

As reuniões de treinamento podem almejar criar novas capacitações, um


melhor conhecimento e desenvolvimento de novos procedimentos da
organização. Os participantes devem ser capazes de utilizar esse novo
conhecimento no trabalho.

Reunião social

As reuniões sociais são ótimas para entrar em contato com os amigos ou para
conhecer novas pessoas. Possuem caráter informal e acontecem em ambiente
propício, tanto dentro como fora do local de trabalho.

Basicamente, essas reuniões são um momento específico em que não estou


lidando com dados, gráficos ou resultados. Ela apresenta um caráter informal
e fraternal, isto é, um momento de descontração e leveza que é muito
importante para a preservação da saúde mental dos envolvidos.

Não faça uma reunião se10:

a. Não tiver tempo para preparar.

b. Houver outro método de comunicação que também resolva a questão.

c. Estiver lidando com um tópico sensível ou uma questão de pessoal em que


uma abordagem individual seria a melhor opção.

d. For preciso solicitar uma série de opiniões individuais.

10
Disponível em http://hbrbr.uol.com.br/check-list-para-planejar-sua-proxima-grande-reuniao/.
Acesso: 09.04.18.
Checklist para preparação de uma reunião

AÇÃO SIM NÃO

Identificou o objetivo da reunião?

Certificou-se de que ela é realmente necessária?

Elaborou uma pauta preliminar?

Selecionou os participantes corretos e designou papéis?

Decidiu onde e quando realizar a reunião?

Confirmou a disponibilidade do espaço?

Enviou o convite?

Enviou a pauta preliminar para os principais participantes e


interessados?

Enviou leituras preliminares ou solicitações que exijam um preparo


antecipado?

Acompanhou as questões junto aos convidados pessoalmente, se


apropriado?

Escolheu o processo de tomada de decisão que será adotado (voto


por maioria, consenso do grupo ou escolha do líder)?

Identificou, organizou e testou qualquer equipamento que seja


necessário?

Finalizou a pauta e a distribuiu a todos os participantes?

Preparou- se (elaborou apresentações, imprimiu o material a ser


distribuído, etc…)?

Reuniões de alta performance11

a. Toda reunião deve ser orientada por fatos e dados. Estes são, por sua vez,
traduzidos na forma de Indicadores.

b. Todo indicador deve ter uma Meta que seja clara e específica.

11
SANTOS, Wellington P. Reunião de Alta Performance - Boas Práticas. Disponível em
https://pt.linkedin.com/pulse/reuni%C3%A3o-de-alta-performanceboas-pr%C3%A1ticas-wellington-
santos. Acesso: 09.04.18.
c. A dinâmica da reunião deve estar direcionada para que seja apresentada uma
Análise do Desvio de cada indicador em relação à sua meta. Assim, se o
indicador está dentro da meta, pouco ou nenhum tempo deve ser atribuído à
esta discussão. Indicadores que desviarem da meta (não atingimento da meta),
devem ser alvo de uma Análise de Desvio.

d. A análise de desvio deve ser conduzida utilizando-se as ferramentas


adequadas (Ishikawa – espinha de peixe, 5 porquês, paretos, etc). Mas todo
este trabalho deve ser conduzido fora da reunião. Na reunião, apenas as
Conclusões da Análise do Desvio devem ser apresentadas.

e. As conclusões da análise de desvio podem usar o Método FCA (Fato, Causa,


Ação) ou (Fact, Cause, Action). uma Gestão Visual (quadro de vidro ou branco,
para escrever com pincel atômico numa sala de reuniões) é importante para
que o compromisso das pessoas seja explicitado, e possa dar uma aparência
de uma reunião que é de todos, participativa.

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