Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
em
Pacientes com Câncer
Professora Márcia Fernandes Nishiyama
Especialista em Nutrição Clínica (Unopar/Londrina)
Mestre em Ciências da Saúde (UEM/Maringá)
Doutora em Ciência de Alimentos (UEM/Maringá)
Introdução
Segundo dados da OMS a cada ano o câncer (CA) atinge pelo
menos 9 milhões de pessoas e mata cerca de 5 milhões;
CA de pele não
Para 2030, 27 milhões de melanoma (182 mil
novos casos e 75 novos casos); próstata
Ocorrência de 576 mil
milhões vivem com a (69 mil), mama (57 mil),
novos casos (previsão
doença cólon e reto (33 mil),
2014/2015 no Brasil)
pulmão (27 mil),
(OMS) estômago (20 mil), colo
útero (15 mil).
Traqueia, Brônquios e
16.371 13,9
Pulmões
Próstata 15.576 13.3
Cólon e Reto 9.608 8,2
Estômago 9.387 8,0 Mortalidade
Esôfago 6.756 5,8
conforme a
Fígado e Vias biliares
6.181 5,3 localização primária
intrahepáticas
do tumor e sexo.
Pâncreas 5.497 4,7
Cavidade oral 4.974 4,2
Consequentemente o
câncer não é uma doença
única, mas uma categoria
genética de doenças
semelhantes em seu
alcance e diversidade.
O que é o Câncer?
Causas do Câncer
Radiação: os danos
Esse gene mutante podem ser por
Mutações genéticas radiação ionizante,
pode ser herdado,
resultam da perda como por exemplo,
embora algum gene
de um ou mais a de raio X,
ambiental possa
genes reguladores materiais
contribuir para sua
no núcleo da célula radioativos ou
expressão
dejetos e
escapamentos
Causas do Câncer
Anorexia
Perda tecidual
Atrofia da musculatura esquelética
Miopatia
Perda rápida de tecido gorduroso
Atrofia de órgãos viscerais
Anergia
Alterações Nutricionais no CA
Visão atual da Fisiopatologia da Caquexia:
CÂNCER
Resposta
Produtos Tumorais Imunológica
Citocinas
Alterações Metabólicas
Lipólise Depleção Proteica Anorexia
CAQUEXIA
(Teixeira Neto, 2012)
Alterações Metabólicas da Caquexia
Substrato Anormalidades Metabólicas
Energia Provavelmente relacionado ao aumento do gasto energético
Proteína Estado anabólico: tumor, fígado, baço
Estado catabólico: músculo esquelético
Carboidrato Intolerância à glicose
Aumento da produção de glicose
Aumento do turnover de glicose
Aumento da utilização de glicose
Lipídios Hiperlipidemia
Diminuição da lipogênese
Aumento da lipólise
Fatores Tumorais
- Fator mobilizador de lipídeos – LMF
- Fator mobilizador de proteínas – PMF (Teixeira Neto, 2012)
Alterações Nutricionais no CA
Origem da Desnutrição:
❑ Multifatorial
❑ Advinda de anorexia decorrente de fatores anoréticos produzidos
pelo tumor ou hospedeiro, dor e/ou obstrução do trato
gastrointestinal
❑ Agressão terapêutica anticancerosa (cirurgia, quimio e
radioterapia)
❑ Efeitos colaterais da radioterapia
Alterações Nutricionais no CA
Fatores que Contribuem para a Caquexia do Câncer
1. Redução da ingestão alimentar
• Anorexia
• Náuseas e vômitos
• Alteração do paladar e do olfato
2. Efeito local do tumor
• Odinofagia, disfagia
• Saciedade precoce
• Obstrução gástrica ou intestinal
• Má absorção
3. Alteração do metabolismo de CHO, PTN, LIP
4. Citoquinas
5. Efeitos do tratamento do CA
• Cirurgia
• Quimioterapia
• Radioterapia
• Psicossocial
(Cuppari, 2005)
Alterações Nutricionais no CA
Fatores Associados à Diminuição da Ingestão Alimentar
(Cuppari, 2005)
Alterações Nutricionais no CA
Fatores Associados à Diminuição da Ingestão Alimentar
Sintomas Fatores envolvidos na diminuição da ingestão alimentar
(Cuppari, 2005)
Alterações Nutricionais no CA
Implicações Nutricionais do Tratamento do Câncer do Aparelho Digestivo
Tratamento Repercussões Nutricionais
1. Cirúrgico:
a) Orofaringe Dependência de NE devido à redução do
acesso ao TGI, disfagia, digeusia, odinofagia,
aspiração crônica
Dietético
Antropométrico
Laboratorial
Avaliação do EN no doente oncológico
Perda
De
Peso
Presente em 45%
dos doentes ↑
adultos complicações
hospitalizados
PP maior ↓ tempo
que 10% sobrevida
DIETOTERAPIA
Orientações para a TN de
Pacientes em Radio e Quimioterapia
- Abordagem agressiva dos vômitos;
Necessidades Mudança de
Fracionamento
individuais consistência
(Cuppari, 2005)
Intervenção Nutricional
Dieta Oral Associada à Complementação Alimentar:
A dieta oral deve ser associada ao uso de complemento
quando o doente apresentar um ou mais dos seguintes
critérios:
- Aceitação não
- IMC < 18,5 kg/m² - Disfagia
atingir ¾ das
- Perda Peso > 5% - Anorexia
recomendações
nos últimos 6 - Recusa da sonda
nutricionais
meses nasoenteral
(Cuppari, 2005)
Intervenção Nutricional
Dieta Enteral Via Sonda Nasoenteral:
Esta dieta pode ser utilizada em posição pré
ou pós pilórica quando o doente apresentar
um ou mais dos seguintes critérios:
- Aceitação não
- IMC < 18,5 - Obstrução pelo
atingir 2/3 das
kg/m² tumor da
recomendações
- Perda Peso ≥ cavidade oral
nutricionais
10% nos últimos - Disfagia
6 meses - Anorexia
(Cuppari, 2005)
Intervenção Nutricional
Dieta Parenteral:
Deve ser bem avaliada e somente utilizada quando o TGI não estiver
funcionando ou se a TNE adequada não puder ser oferecida;
(Cuppari, 2005)
Recomendações Nutricionais para
Doentes com Câncer
Proteínas 0,8 a 1,0 g/kg/dia 1,0 a 1,2 g/kg/dia 1,5 a 2,5 g/kg/dia
(Cuppari, 2005)
Recomendações Nutricionais para
Doentes com Câncer
Paciente com câncer adulto e idoso, em tratamento Considerar oferta energética semelhante a
antineoplásico indivíduos saudáveis. Geralmente entre 25 a 30
kcal/kg/dia
Paciente com câncer idoso com IMC < 18,5 kg/m Considerar oferta energética de 32 a 38 kcal/kg/dia
Aversão a carne vermelha Substituir por leite e derivados. Ovos, soja, aves e peixes.
https://www.youtube.com/watch?v=ep354ZXKBEs
A morte é um dia que vale a pena viver | Ana Claudia Quintana Arantes