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Faculdade de Engenharia Civil

Disciplina:
GESTÃO DE EQUIPAMENTOS

Professor: ELDEMIR PEREIRA DE OLIVEIRA


Tópico da Aula:
CUSTOS DE MANUTENÇÃO
Gerência de Ativos
(Manutenção)

Prof. Dr. Júlio Facó

Material adaptado de
J.Haber - UFABC
CUSTOS DA MANUTENÇÃO

• Objetivo de uma empresa - obtenção lucro


• Lucro, a diferença do dinheiro que entra e sai.
• Foco no Dinheiro que entra - departamentos
de vendas e de produção, normalmente muito
bem administrados, com boa conceituação na
empresa e alvo de campanhas de incentivos,
prêmios de vendas e produção.
VISÃO TRADICIONAL
• Dinheiro que sai – compras e manutenção...
• O custo do departamento de manutenção –
mão de obra aplicadas nos serviços de
manutenção, materiais e peças aplicadas nos
equipamentos e material de consumo.
CUSTOS DA MANUTENÇÃO
• Custos - gerenciamento para que sejam o mínimo
e suficiente.
• A falta deste gerenciamento eficiente incorrerá
horas extras do pessoal de manutenção, peças
para reposição com pouco giro (estocadas há
muito tempo na empresa).
• Para um bom gerenciamento de manutenção é
necessário a administração correta dos custos
envolvidos nas diversas formas de manutenção.
MANUTENÇÃO CORRETIVA VERSUS
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
• Produção - manutenção preventiva regular, o que
resulta em uma probabilidade razoavelmente
baixa de falhas de equipamentos e máquinas.

• Quanto mais freqüente for a manutenção


preventiva, menor é a probabilidade de
ocorrerem falhas, mas, maior será o custo.

• Equilíbrio entre manutenção preventiva e


manutenção corretiva é estabelecido para
minimizar o custo total das paradas.
PROBABILIDADE DE FALHAS VS.
PERIODICIDADE DE MANUTENÇÃO
• Manutenção preventiva pouco freqüente
custará pouco para realizar, mas resultará em
alta probabilidade de falhas.

• Manutenção preventiva muito freqüente será


dispendiosa de realizar, mas reduzirá o custo
de ter que providenciar manutenção corretiva.
Este modelo de custos pode não refletir a
realidade em muitos sistemas de produção,
pois o custo de paradas depende
fundamentalmente da capacidade instalada
da empresa e seu nível de utilização, além do
sistema de produção ser contínuo ou por
lotes(bateladas).
PREVISIBILIDADE DE FALHAS
(CONFIABILIDADE)
Confiabilidade é a probabilidade de que um
equipamento, componente, peça dar como
resposta aquilo que dele se espera, durante
certo período de tempo e sob certas
condições.
Carro – partida
• Quanto mais vezes ele pegar, em relação ao
número de tentativas, mais confiável ele será.
• Se em 1000 vezes que damos a partida em
nosso carro, ele pega 995 vezes, dizemos que
sua confiabilidade é 0,995, ou 99,5%.
Confiabilidade de sistemas produtivos.
• Disponibilidade

Disponibilidade consiste numa medida que


indica a proporção do tempo total em relação
ao tempo que o dispositivo está disponível ao
cumprimento das funções para as quais foi
destinado.
Disponibilidade
D = tempo disponível para utilização
tempo disponível + tempo ocioso

tempo disponível é aquele durante o qual a


máquina ou equipamento está apto a operar sem
problemas;
tempo ocioso é aquele durante o qual o
equipamento não apresenta condições de
funcionamento, por estar sofrendo manutenção
ou intervenção.
Exemplo - agência de aluguel de carros.

Sempre, 10% dos veículos estão sofrendo


manutenção corretiva para corrigir defeitos
que não podem ser previstos (programados).

Essa agência apresenta uma disponibilidade


de 90%.
Razão de falha (FR)

É a probabilidade que um sistema não dar a resposta


que se espera.

a) (FR) % = número de falhas ocorridas x 100


número de tentativas efetuadas

No exemplo da partida no automóvel seria:

(FR) % = 5 x 100 = 0,50 %


1000
• Rt + (FR)t = 1

(Rt ) = Confiabilidade do sistema no intervalo t


(FR)t = razão de falha do sistema no mesmo
intervalo t

No caso da partida no carro


99,5 + 0,5 = 1
Razão de falha (FR)
b) (FR)n = número de falhas ocorridas
número de horas de operação

___ F_____
TTD – TNO

F = número de falhas no tempo total disponível


TTD = tempo total disponível
TNO =tempo não operacional
A fábrica de móveis Alvorada tem, entre seus
equipamentos de uso diário, uma serra
circular, considerada um equipamento crítico
em seu processo produtivo. Quando a serra
quebra ou apresenta defeitos, gasta-se, em
média, um dia para o reparo. Num dado ano,
a fábrica operou 255 dias e a serra (em
condições normais é ligada duas vezes por dia
– às 7.00 h e às 13.00 h) apresentou defeitos
cinco vezes. Determinar a confiabilidade e a
razão de falhas da serra no ano.
- (FR) % = número de falhas ocorridas x 100
número de tentativas efetuadas
(5/510) = 0,0098 ou 0,98 %
- (R) = 1 – 0,0098 = 0,9902 ou 99,02%

- Horas trabalhadas por dia = 8

TTD = 8 x 255 = 2.040 horas


TNO = 8 X 5 = 40
(FR)n 5/(2040 – 40) = 0,0025 falhas/hora
Tempo médio entre falhas (TMEF)
Esse parâmetro deve ser usado quando a razão
de falhas é constante.
Exemplo da partida no automóvel:
Sendo dadas 5 partidas no veículo a cada dia,
teríamos que as 1000 partidas foram dadas em
200 dias.
TMEF = 1/ (FR)n = 1/ 0,005
TMEF = 1/0,005 = 200
200/5 = 40 dias
Um torno CNC altamente
confiável opera em dois
turnos de 8 horas/dia,
durante 250 dias por ano. Nos
manuais que acompanharam
a documentação do torno
consta uma afirmação de que
a confiabilidade, levantada
em estudos efetuados em
equipamentos semelhantes é
de o,9994. Qual o tempo
médio entre falhas?
• Rt + (FR)t = 1

FR = 1 – 0,9994 = 0,0006

• TMEF = 1/ (FR) = 1/0,0006 = 1.667

• Se o torno for ligado 4 vezes ao dia:


1 falha a cada 417 dias
LEI DAS FALHAS
• Falhas de um equipamento ou componente:
– Ocorrem em função do uso; ou,
– São aleatórias.

• Todos componentes se deterioram com o uso.


• Falhas da partida – decorrentes do inicio de
operação, pois máquinas e equipamentos
exigem ajustes no decorrer de sua vida útil.
• Falhas aleatórias – é a fase mais “útil” do
equipamento, onde o número de falhas é
baixo.
• Falhas do desgaste – decorrem do uso
continuado (e às vezes excessivo) do
equipamento.
Informações adicionais
• Video Torno CNC em operação
– http://www.youtube.com/watch?v=SQRURZm-lsw

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