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ORIENTAÇÕES

CURRICULARES PRIORITÁRIAS
DO CEARÁ - (OCPC)
educação infantil & ensino fundamental
Governador do Estado do Ceará
Camilo Sobreira de Santana

Vice-Governadora do Estado do Ceará


Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretária de Educação do Estado do Ceará


Eliana Nunes Estrela

Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios (COPEM)


Márcio Pereira de Brito

Secretário Executivo de Ensino Médio e da Educação Profissional


Rogers Vasconcelos Mendes

Secretária Executiva de Gestão da Rede Escolar


Jussara Luna Batista

Secretário Executivo de Planejamento e Gestão Interna


Carlos Augusto Monteiro

Coordenadora de Cooperação com os Municípios (COPEM)


Maria Eliane Maciel Albuquerque

Coordenadora de Educação e Promoção Social (COEPS)


Maria Oderlânia Torquato Leite

EQUIPE GESTORA SEDUC


Articulador Regional COPEM Orientadora da Célula de Apoio e
Denylson da Silva Prado Ribeiro Desenvolvimento da Educação Infantil
Bruna Alves Leão
Orientador Cefae COPEM
Felipe Kokay Farias Gerente do Eixo de Currículo e Formação
da CADIN
Orientador Cemup COPEM Wandelcy Peres Pinto
Idelson Paiva Junior
Técnica do Eixo de Currículo e Formação
Gerente Ciclo de Alfabetização da CADIN
COPEM Aline Matos de Amorim
Rakell Leiry Cunha Brito
Coordenadoria da Diversidade e Inclusão
Gerente 4° e 5° ano COPEM Educacional
Caniggia Carneiro Pereira Tom Jones da Silva Carneiro

Gerente Anos Finais COPEM Design


Izabelle de Vasconcelos Costa Raimundo Elson Mesquita Vieira

Analista de Gestão COPEM


Caio Freire Zirlis
RESPONSÁVEIS PEDAGOGÍCOS

EDUCAÇÃO INFANTIL
Aline Matos de Amorim
Ana Maura Tavares dos Anjos Maria
Bruna Alves Leão
Elzilene Moreira Nóbrega
Wandelcy Peres Pinto

EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL

Língua Portuguesa Matemática


Ana Paula Silva Vieira Denylson da Silva Prado Ribeiro
Antônia Varele da Silva Gama Fernando Hélio dos Santos Costa
Cíntia Rodrigues Araújo Coelho Tábita Viana Cavalcante
Cintya Kelly Barroso Oliveira
Ednalva Menezes da Rocha Ciências da Natureza
Izabelle de Vasconcelos Costa Aécio de Oliveira Maia
Rafaella Fernandes de Araújo Caniggia Carneiro Pereira
Rakell Leiry Cunha Brito Galça Freire Costa de Vasconcelos Carneiro
Raquel Almeida de Carvalho
Ciências Humanas
Língua Inglesa Edinielson Figueiredo Santos (GEO)
Renata Uchoa Bezerra Kildery Amorim Maciel (HIS)

Arte Ensino Religioso


Francisca Lúcia de Jesus Bernardino Luiz Raphael Teixeira da Silva
Genivaldo Macário de Castro
Educação Física
Kessiane Fernandes Nascimento
Paula Matias Soares

Educação Escolar Indígena, Quilombola e


Educação para as Relações Étnico-Raciais
Hélia Maria Duarte Viana
João Aldenir Vieira da Silva
Kally Damasceno
Tom Jones da Silva Carneiro
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO....................................................................................................................6

EDUCAÇÃO INFANTIL..........................................................................................................8
Matriz Crianças Bem Pequenas...............................................................................................11
Matriz Crianças Pequenas.......................................................................................................17
Correlações Diretas..................................................................................................24
Matriz Correlações EI – 1º Ano.................................................................................................25

ENSINO FUNDAMENTAL......................................................................................................29
Língua Portuguesa – Anos Iniciais...........................................................................................33
Língua Portuguesa – Anos Finais.............................................................................................57
Artes – Anos Iniciais.................................................................................................................75
Artes – Anos Finais..................................................................................................................85
Educação Física – Anos Iniciais...............................................................................................89
Educação Física – Anos Finais................................................................................................95
Língua Inglesa – Anos Finais.................................................................................................101
Matemática – Anos Iniciais.....................................................................................................111
Matemática – Anos Finais......................................................................................................129
Ciências da Natureza – Anos Iniciais...................................................................143
Ciências da Natureza – Anos Finais....................................................................151
Geografia – Anos Iniciais.......................................................................................................161
Geografia – Anos Finais.........................................................................................................167
História – Anos Iniciais...........................................................................................................175
História – Anos Finais............................................................................................................181
Ensino Religioso – Anos Iniciais.............................................................................................189
Ensino Religioso – Anos Finais..............................................................................................193

REFERÊNCIAS....................................................................................................................197
APRESENTAÇÃO

O Governo do estado do Ceará, por meio da Secretaria da Educação (SEDUC) e em diálogo


com representantes Secretarias Municipais de Educação (SMEs), apresenta este documento
com o objetivo de auxiliar a reorganização das atividades pedagógicas nas redes de ensino
considerando o impacto causado pelo novo coronavírus (Covid-19). O distanciamento social
provocado pela pandemia trouxe a necessidade de repensar e replanejar o desenho curricular
anteriormente definido, considerando que este não atende mais às necessidades das crianças
e adolescentes.

Diante dessa nova realidade, a SEDUC, por meio da Coordenadoria de Cooperação com os
Municípios para Desenvolvimento da Aprendizagem na Idade Certa (COPEM), da
Coordenadoria de Educação e Promoção Social (COEPS), da Célula de Apoio e
Desenvolvimento da Educação Infantil (CADIN) e da Coordenadoria da Diversidade e Inclusão
Educacional (CODIN), apresenta as Orientações Curriculares Prioritárias do Ceará
(OCPC). O documento tem como objetivo auxiliar a organização das atividades pedagógicas
nas redes de ensino e nos municípios do Estado, contemplando as escolas regulares e as
escolas diferenciadas (indígenas e quilombolas), nas etapas da Educação Infantil (creche e
pré-escola) e do Ensino Fundamental (anos iniciais e anos finais) da Educação Básica,
considerando o ano de 2020 e 2021 (ou enquanto a rede municipal achar necessário).

É necessário, nesse processo de seleção, reorganização, utilização e aplicabilidade de objetos


de aprendizagem considerados prioritários para o pleno desenvolvimento de competências e
habilidades de aprendizagem nos diversos níveis e modalidades, não perder de vista questões
fundamentais relacionadas àquilo que constitui o sujeito histórico-social, que é a nossa criança
e o nosso estudante. Destacamos aqui o que constitui o processo de construção da identidade
desse sujeito através de suas relações com sua história de vida, com sua comunidade, com seu
território, sua cultura e também sua relação com a escola onde ele vivencia e constrói afetos na
convivência saudável e respeitosa com o diferente. Assim, a(o) educadora(or) sempre precisa
ter em mente as seguintes questões: a relação entre os campos de experiências e os objetos de
aprendizagem selecionados, bem como entre as habilidades escolhidas, promove avanços na
vida da criança e do estudante respeitando sua cultura local, suas vivências, possibilitando seu
desenvolvimento integral? As abordagens de ensino vão para além dos objetos de
aprendizagens e consideram o homem como agente transformador do mundo e da sociedade,
favorecendo as aprendizagens holísticas?

A SEDUC espera, com essa ação, oferecer às escolas das redes municipais e às escolas de
educação escolar indígena da rede estadual um instrumento orientador que possibilite
contribuir para a redução da defasagem do ensino, considerando o impacto causado pela
pandemia do novo coronavírus, e que assegure o direito de aprender a todos os estudantes da
Educação Básica das redes de ensino cearense.

“Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes”


Paulo Freire

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OCPC - EDUCAÇÃO INFANTIL
Professoras e professores,

É com satisfação que elaboramos este documento para apoiar e orientar os trabalhos
pedagógicos das escolas municipais na Etapa de Educação Infantil, em tempos de pandemia
da Covid-19. Este documento traz orientações com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Infantil (DCNEI), na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), no Documento
Curricular Referencial do Ceará (DCRC) e nas Orientações Curriculares para Educação Infantil
do Ceará. Além da observância desses referenciais, para as escolas indígenas e quilombolas, é
fundamental a utilização das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar
Indígena e para a Educação Escolar Quilombola, Resoluções, CNE/CEB n° 05, de 22 de j unho
de 2012 e n° 08, de 20 de novembro de 2012. A construção da presente matriz faz parte de uma
das ações da SEDUC e da COEPS/CADIN.

O Documento Curricular Referencial do Ceará (CEARÁ, 2019) e a Base Nacional


Comum Curricular (BRASIL, 2018) orientam para um arranjo curricular por campos de
experiências, que visam assegurar a articulação e a continuidade das aprendizagens das
crianças nas demais etapas da Educação Básica. As práticas pedagógicas das(os)
professoras(es) devem vincular e considerar as aprendizagens, os saberes e as experiências
das crianças, alinhadas ao conjunto de conhecimentos já sistematizados pela humanidade, ou
seja, o patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico” (BRASIL, 2010).

Os eixos norteadores da proposta pedagógica da Educação Infantil, as interações e a


brincadeira, ressaltados nas DCNEI (2009), na BNCC (2018) e no DCRC (2019) continuam
sendo reconhecidos e valorizados como eixos norteadores que favorecem à aprendizagem e
ao desenvolvimento dos bebês e das crianças. Portanto, essa organização ressalta que as
experiências concretas das crianças são elementos importantes para a seleção de novos
conhecimentos a serem agregados e para ampliação de suas vivências e suas interações e,
assim, construírem significados sobre si, sobre o outro e sobre o mundo em que vivem. Além
disso, possibilita aproximar o conhecimento sistematizado daquele expresso na vida cotidiana
delas. A figura abaixo destaca a organização curricular por campos de experiências, de forma
integrada e articulada aos direitos e aos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.

Fonte: Adaptado de BARRETO (2017)

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É de fundamental importância que a criança seja vista em sua integralidade e
indivisibilidade (nas dimensões expressivo-motoras, afetiva, cognitiva, linguística, ética,
estética e sociocultural) e no centro do planejamento curricular da(o) professora(or). As
aprendizagens e os conhecimentos das crianças devem ser evidenciados em atividades
propostas pela(o) professora(or), nas quais o cuidar e o educar são trabalhados de forma
indissociável e a criança é vista como protagonista de suas aprendizagens. Cabe à(ao)
professora(or), sobretudo, ter sensibilidade e uma aproximação real com elas, compreendendo-
as a partir do ponto de vista delas e do seu universo cultural e comunitário.

Para tanto, o trabalho docente realizado pelas(os) professoras(es) da Educação Infantil é


desafiador e exige compromisso para cuidar e educar de forma indissociável, além de um olhar
atento e observador para perceber as formas como as crianças se expressam através de suas
diferentes linguagens e como elas elaboram seus saberes infantis, através das interações e da
brincadeira. O acolhimento, a escuta, a observação e o registro são fundamentais para a criação
de ambientes lúdicos e significativos com melhores oportunidades para a construção de novas
aprendizagens e do desenvolvimento das crianças.

Nesse sentido, a Instituição de Educação Infantil deve assumir o compromisso de


organizar espaços de reflexão, de planejamento e de organização de novas práticas e de
procedimentos para acompanhar e avaliar, de forma democrática e permanente, o percurso e o
desenvolvimento das crianças em uma perspectiva processual e participativa, buscando
romper com formas de avaliação que desconsidera o potencial educativo das crianças.
Portanto, a etapa da Educação Infantil não se utiliza de processos avaliativos para a promoção
ou retenção das crianças, nem se limita a tarefas de controle e de resultados que, muitas vezes,
são orientadas por práticas descontextualizadas, centradas em conteúdos fragmentados.

A Instituição de Educação Infantil é o lugar, por excelência, para que as crianças


aprendam e se desenvolvam, em complementaridade com a ação da família, da sua
comunidade, do seu povo, da sua etnia. Nesse contexto, a ação intersetorial, integrando
programas e secretarias, levando em consideração o cenário atípico de pandemia da Covid-19
em todo o mundo, é imprescindível para que se assegurem os direitos das crianças ao cuidado,
à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à cultura, às artes, à
brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças.

Sendo assim, este documento tem como objetivo apresentar às escolas orientações
curriculares prioritárias para a etapa da Educação Infantil neste momento típico em nosso
Estado. Considerando a atual conjuntura, apresentamos um documento que não é fechado em
si mesmo, uma vez que são propostas flexíveis, que podem ser ajustadas a partir do
planejamento docente. Entendemos que a professora e o professor têm autonomia para
adequá-lo à sua realidade, garantindo uma educação equânime para todas as crianças. E aqui
entendemos equidade como garantir condições de aprendizagem adequadas às realidades das
crianças de modo que todas aprendam de forma satisfatória. independente de suas condições
socioeconômicas, territoriais, físicas ou de sua identidade étnico-racial dentre outros.
Unidades temáticas que agregam os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento aos
Temáticas Gerais vários Campos de Experiência e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento,
considerando as diferentes faixas etárias das crianças.
Desenvolvimento de práticas pedagógicas pelas(os) professoras(es), considerando a
Práticas que possibilitem
faixa etária e o planejamento de atividades
Organização curricular sugerida, tendo em vista as vivências e as experiências
Campos de Experiência
cotidianas das crianças

Objetivos de Aprendizagem Habilidades a serem mobilizadas, a partir de atividades vivenciadas pelas crianças,
e Desenvolvimento tendo em vista os Campos de Experiência.

Fonte: Adaptado de Bernardo (2020, p. 6) e Martins (2020, p. 6)


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