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Topografia

Prof. Marcos Timbó

3/26/2022
Objetivos
1. Compreensão dos conceitos, instrumentos e métodos de
Topografia e suas aplicações nas áreas de Engenharias,
Geografia, Geologia, Arquitetura e demais ciências que lidam
com informações e recursos do terreno.
2. Executar levantamentos de campo utilizando diferentes
métodos e instrumentos de topografia.
3. Compilar, calcular e processar as medições e dados de
campo, desenhar plantas topográficas, traçar perfis
topográficos, avaliar áreas de lotes, calcular volumes de
corte e aterro, fazer locações em campo de projetos e obras.

Sistema de avaliação
Prova Parcial 27 pontos
Prova Geral (final) 35 pontos
Seminários --- pontos
Trabalhos Práticos (somatório) 38 pontos
3/26/2022
TOTAL 100 pontos
Leituras Sugeridas
TIMBÓ ELMIRO, Marcos Antonio. Apostilas e Notas de aulas de
TOPOGRAFIA e de CARTOGRAFIA. IGC/UFMG.
MC CORMAC, Jack; SARASUA, Wayne e DAVIS, William. Topografia, Rio de
Janeiro, Ed. LTC, 2016. Ebook biblioteca UFMG
SILVA, Irineu e SEGANTINE, P C L, Topografia para Engenharia: teoria e
prática de Geomática, Ed. CAMPUS / ELSEVIER, 2015. Ebook bibl UFMG
GHILANI, Charles D. e WOLF, Paul, R. GEOMÁTICA. Pearson Education. São
Paulo, 2014. Ebook biblioteca UFMG
TULER, Marcelo, e SARAIVA, Sérgio, Fundamentos de Topografia. Porto
Alegre, Ed. BOOKMAN, 2014, 324p. Ebook biblioteca UFMG
CASACA, João. et al, Topografia Geral, Rio de Janeiro, Ed. LTC, 2005.
TULER, Marcelo, e SARAIVA, Sérgio, Fundamentos de Geodesia e
Cartografia. Porto Alegre, Ed. BOOKMAN, 2016, 242p. Ebook biblioteca UFMG
TULER, Marcelo, SARAIVA, Sérgio, e TEIXEIRA, André, Manual de Práticas de
Topografia. Porto Alegre, Ed. BOOKMAN, 2017, 144p. Ebook biblioteca UFMG
3/26/2022
Definição de Topografia
Ciência aplicada que trata dos princípios e métodos para
determinar, localizar e representar as feições e objetos
tridimensionais de uma certa extensão terrestre, incluindo o
fundo dos rios e mares e o interior das minas e túneis.
Historicamente remonta às antigas civilizações (Egípcios,
Gregos e Romanos) que já se utilizavam de instrumentos e
métodos rudimentares para delimitar propriedades. Desde
então a topografia vem evoluindo em seus métodos e
instrumentos com base no desenvolvimento da Matemática,
da Física, da Eletrônica e da Computação. Atualmente tem
várias aplicações em diversas atividades da sociedade
humana.

3/26/2022
Principio Geral da Topografia
Determinar posições tridimensionais X,Y, Z (Altitude) com teodolitos,
estações totais, GPS/GNSS e outros, Construir um modelo de
representação, planejar intervenções e demarcar planos no terreno.

N=Y
d12.senAz12 Dh = Di.sen.Z
d.cosAz

2 Dv = Di.cos.Z + At - Ap
Ap
X2 = X1 + d12.senAz12
X1 1 Y2 = Y1 + d12.cosAz12 Di
Dv
Alt2 = Alt1 + Di.cos.Z + At - Ap
Y1 Dh  z
E=X At

Estação Total: Teodolito digital equipado com medidor eletrônico,


processador, memória, coletores de dados, programas e dispositivos
de transferência de dados computador  estação
Teodolito Medição de distância a Trena
convencional

Medição de distância a Mira vertical (régua graduada)

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Estação Eletrônica (Estação Total)

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Disciplinas e tecnologias relacionadas e/ou
integradas com Topografia

 Cartografia
 Geodésia
 Sistema de Posicionamento Global-GPS/GNSS
 Fotogrametria – avião e drones
 Varredura Laser – LIDAR
 Softwares de Topografia
 Geoprocessamento e SIG

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Geodésia
Fornece redes de posições geodésicas de alta precisão na superfície da
Terra para dar suporte ao georeferenciamento preciso de informações.
Serve como infra estrutura e suporte para a topografia
Utiliza modelos sofisticados (geoide, elipsoide) para a Terra; cálculos
matemáticos e estatísticos rigorosos; instrumentos e métodos de
precisão.

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Sistema de Posicionamento Global GPS GNSS
Fornece posições geográficas com diferentes níveis de precisão
(desde dezenas de metros até milímetros - 30m a 1mm). É uma alternativa
e/ou complemento ao levantamento tradicional a estação.

SEGMENTO ESPACIAL
24 satélites
20.000 km de altitude
6 planos orbitais
Período de 12 horas siderais
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Função: transmitir sinais GPS
Sistema de Posicionamento Global GPS GNSS
SEGMENTO DO USUÁRIO
Receptores, softwares, metodologias, algoritmos e
aplicações para posição, velocidade e tempo.

Diversos Métodos:
Absoluto X Relativo
Código X Fase
Estático X Cinemático
Pós-Processado X
Tempo Real

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GNSS - Global Navigation Satellite System
INCORPORA TODOS OS SISTEMAS (existentes e em desenvolvimento):

GPS – Estados Unidos


GLONASS - Rússia
GALILEO - Europa
COMPASS - China

Posicionamento Relativo
- Estático e Cinemático
- Pós Processado e Tempo real
- Código e Fase da Onda
TERMINOLOGIA

PPP – posicionamento preciso por ponto


PPK – post proccessing kinenamatics
RTK – real time kinenamatics via rádio
3/26/2022 NTRIP – posicionamento relativo
cinemático em tempo real via internet
Fotogrametria
Fornece medidas confiáveis, mapeamento de precisão e modelos digitais
do terreno através de fotografias. Útil para mapear grandes áreas.

A FOTOGRAMETRIA é largamente
utilizada na elaboração de mapas
topográficos, ortofotomapas e modelos
digitais de terrenos. Atualmente é feito
3/26/2022 através de softwares e estações
fotogramétricas digitais
Fotogrametria por Dones e Vants
Tendência atual de baixo custo p/ pequenas áreas

Ortofotomosaicos

Nuvem de pontos Modelo 3D Modelo Digital de Superfície

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Varredura Laser (LIDAR)
Light Detection And Ranging

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Interferometria de imagens de Radar de Abertura
Sintética (InSAR)
 Técnica que permite a geração
de Modelos tridimensionais, com
base na diferença de fase entre
duas imagens de radar.

Mapeamento do mundo por InSAR – Missão SRTM


80% da Terra (119.56 M km2) disponibilidade gratuita em células de 90 metros

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Computação, Geoprocessamento, Sistemas de Informações
Geográficas, Softwares Topográficos
Ambientes de integração de tecnologias relacionadas a Topografia,
Geodésia, Cartografia, Geoprocessamento, etc.

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Representação cartográfica e topográfica da Terra
A representação da Terra (curva) através de plantas e mapas (planos)
envolve três aspectos importantes:

 Estudo da forma da Terra e definição de modelos matemáticos para


fins práticos
 Conversão das posições (coordenadas) esféricas para o plano do
mapa/planta (Sistema de Projeção)
 Adoção de escala de representação, visto não ser possível a
representação em verdadeira grandeza

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Forma e Dimensões da Terra
Superfície Topográfica
Forma verdadeira de existência real com vales e montanhas onde são feitas
as medições e observações

Geoide
Forma verdadeira, desconsiderados os vales e montanhas (feições pequenas
em relação ao globo). Nível médio das águas tranqüilas dos mares
prolongado pelos continentes. É a referência padrão para as altitudes

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Forma e Dimensões da
Terra
Elipsóide
Modelo matemático que mais se aproxima do a
Geoide. Superfície padrão para coordenadas b
planimétricas (lat, long). Mapas, cartas,
sistema GPS e sistemas de navegação usam o
modelo Elipsóidico.

a=b=r
Esfera
Simplificação do Geóide considerando o
achatamento da Terra pequeno. Usado em
cálculos auxiliares e simplificados.

Plano
Forma mais simplificada de representação da
Terra. Somente para representação local
(máximo 40/50 km). As medidas são projetadas
no plano topográfico local
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Integração das superfícies e modelos
As diferentes aplicações atuais exigem a integração dessas diferentes
visões, formas e modelos da Terra exigindo a convivência e a conversão de
dados .

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Datum Horizontal (SGR)
Sistema de referência para coordenadas planimétricas (latitude e longitude)
adotado para o país ou para o planeta inteiro.
Datum topocêntrico (local) definido na Datum geocêntrico (global) é
superfície pela Adoção de um elipsóide fixado no centro da terra
de referência fixado ao geoide em um (geocentro) orientado pelo
Ponto de coordenadas geodésicas (lat, polo e meridiano origem (Grw)
long) de origem orientado em um azimute
de origem
Datum topocêntrico

Datum Vertical
Sistema de referência altimétrico adotado no pais. Nível médio das águas calmas do mar.
É o Geoide representado pela média das observações de um marégrafo registradas por
período ideal de pelo menos 19 anos. O Brasil adota o marégrafo da Baia de Imbituba -
SC. Alt=0 m
Datuns Planimétricos usados no Brasil:
Córrego Alegre adotado até 1977 (topocêntrico em Minas Gerais)
a=6378388 m
b=6356911.95m
SAD-69 (South American Datum 1969) adotado até 2005 (topocêntrico em MG)
a=6378160 m
b=6356774.72 m
WGS84 (World Geodétic System 1984) mundial adotado para o GPS (geocêntrico)
a=6378137 m
b=6356752.31m
SIRGAS – novo dutum oficial adotado por Lei após 2005 (geocêntrico)
a=6378137 m
b=6356752.31m

Datum Altimétrico usado no Brasil:


Marégrafo de Imbituba – SC (NMM Altitude Zero)
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Coordenadas Geodésicas ou Geográficas
Elipsoide terrestre em malha de PARALELOS e MERIDIANOS
para localização inequívoca na Terra. Cada ponto tem:
Latitude Geográfica ou Geodésica (): angulo entre a normal ao elipsóide no
ponto e sua projeção equatorial. 0 a +90 Norte e 0 a -90 Sul

Longitude Geográfica ou Geodésica ():


angulo entre os planos do meridiano de
Greenwich e do meridiano do lugar. 0 a
+180 Este e 0 a -180 Oeste

Altitude Ortométrica (H): distância vertical


que se estende desde o nível médio do mar
(datum vertical) até o ponto considerado
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Coordenadas Planas Cartesianas
Coordenadas métricas cartesianas associadas ao plano da
projeção cartográfica adotada na representação do terreno
Eixo X = Este = E eixo X positivo apontando para Este
Eixo Y = Norte = N eixo Y positivo apontando para Norte
Meridiano Origem depende do sistema de projeção
Paralelo Origem depende do sistema de projeção
Falso Norte para evitar coordenadas Y negativas
Falso Este para evitar coordenadas X negativas

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Sistema de Projeção Cartográfica
Transformação matemática aplicada às posições esféricas (lat, long)
dos pontos da Terra para representá-los na superfície plana do mapa
(X,Y) de forma que as deformações inerentes possam ser controladas.

Existem inúmeras modalidades de


projeções que são classificadas de
diferentes formas

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Exemplos de Projeções do Mundo
Behrmann, Gall, Senoidal, Robinson

3/26/2022
Orientação (azimutes e rumos)
Azimute - ângulo de orientação de uma direção
terrestre a partir do ponto Norte do meridiano no
sentido horário variando de 0 a 360
Rumo - ângulo de orientação de uma direção
terrestre, variando de 0 a 90, a partir do Norte ou
do Sul do meridiano (o ponto que for mais próximo)
relacionado ao quadrante NE, NO, SE, SO

Quadrante NE: Rumo=Azimute


Quadrante SE: Rumo=180-Azimute
Quadrante SO: Rumo=Azimute-180
Quadrante NO: Rumo=360-Azimute
Contra Azimute = Azimute + 180º
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Contra Rumo = Rumo no Quadrante Oposto
Orientação (azimutes e rumos)
Azimute - ângulo de orientação de uma direção
terrestre a partir do Norte no sentido horário
variando de 0 a 360
Rumo - ângulo de orientação de uma direção
terrestre em relação ao quadrante NE, NO, SE, SO,
varia de 0 a 90. Parte do Sul ou Norte (do mais
próximo)

Quadrante NE: Rumo=Azimute


Quadrante SE: Rumo=180-Azimute
Quadrante SO: Rumo=Azimute-180
Quadrante NO: Rumo=360-Azimute
Contra Azimute = Azimute + 180º
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Contra Rumo = Rumo com o Quadrante Oposto
Sistema da projeção UTM (muito usado)

Divisão da Terra em 60 fusos de 6 graus

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Fuso UTM

3/26/2022
Fuso UTM
todos similares
exceto pelo MC

3/26/2022
Conceitos Gerais
PLANO TOPOGRÁFICO: plano
horizontal tangente à superfície de
nível da Terra no local do trabalho, é
perpendicular à linha vertical do lugar.
Todas as medidas feitas no terreno
através do levantamento Topográfico
são projetadas ortogonalmente neste
plano para representação em planta.

Difere das projeções cartográficas


onde as medidas são reduzidas ao
nível do elipsoide e submetidas às
equações da projeção cartográfica

ESCALA: redução gráfica para o desenho ou impressão da planta dada


como a relação entre a dimensão gráfica do objeto (d) e sua dimensão
no terreno (D) dada por E=d/D. A escolha obedece a alguns critérios.
1)Minúcia de detalhes desejada (uma casa pode ser desenhada apenas
como um símbolo ou com detalhes dos jardins e telhados).
2)2) Espaço disponível/conveniente no papel a ser feita a planta.
3)3) 3/26/2022
Limitação gráfica de 0.2 mm da acuidade visual humana. Qualquer
objeto do terreno em escala na planta deve ter 0,2 mm ou mais.
...Conceitos Gerais...
O levantamento topográfico convencional é baseado na medida de
ângulos horizontais, ângulos verticais e distâncias.
Ângulos Horizontais – são medidos no plano horizontal

Ângulos Verticais – são medidos no plano vertical (α e Z)


Distâncias - são medidas na superfície topográfica e convertidas para
os planos horizontal e vertical.
Erro Angular – nos polígonos fechados: ∑Ai=180(n-2)
a1=80 09’ a2=70 29’ a3=85 04’ a4=124 14’
Medição Indireta de ângulos e distâncias
Lei dos co senos: a2 = b2 + c2 - 2.b.c.Cos(A)
Lei dos senos: a/Sen(A)=b/Sen(B)=c/Sen(C)

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...Conceitos Gerais...
TRENAS – Instrumentos tradicionais para medir distâncias
curtas. A medição é feita de acordo com a situação do terreno.

1) Trena esticada na posição horizontal apoiada diretamente no


terreno plano, ou suspensa e nivelada em terreno inclinado com
apoio da baliza ou fio de prumo. (método prático e mais usado)

2) Trena esticada apoiada diretamente no próprio terreno de


inclinação uniforme. Há necessidade de medir a inclinação do
terreno e fazer cálculos para redução ao horizonte:
Dh = Di.cos ou Dh=Di.sen.Z.
Dv Di

ou cálculo do desnível Dh  z
Dv = Di.sen ou Dv=Di.cos.Z.

Para medir distâncias maiores que o comprimento da trena é


necessário prolongar o alinhamento das trenadas com auxilio
das balizas, a olho nu ou usando o teodolito.
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D_Total = T1 + T2 + ...+Tn
...Conceitos Gerais... Medição com Mira
Método em desuso atualmente

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...Conceitos Gerais...
A Medição geral com Mira
está em desuso atualmente

O Nivelamento Geométrico ou Direto com uso da Mira


É um método de uso corrente / atual

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Conceitos Gerais
MEDIDORES ELETRÔNICOS DE DISTÂNCIAS (MED) – é o
método mais prático e mais preciso, principalmente quando já
integrado nas estações totais. As estações integram medidores
eletrônicos, memória, processador e programas para cálculos
topográficos.

O princípio da medição eletrônica envolve um instrumento que


emite uma onda eletromagnética (laser) que é refletida pelo
prisma ou pelo alvo remoto de volta para o emissor o qual mede
o tempo (t) que a onda gasta para ir e voltar. A Distância é obtida
multiplicando a Velocidade da onda por ½Tempo de ida e volta.

Distâncias eletrônicas estão sujeitas a pequenos erros devidos


à refração atmosférica que podem ser reduzidos ou eliminados
mediante a correção com dados atmosféricos.

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Conceitos Gerais
MEDIDORES ELETRÔNICOS DE DISTÂNCIAS (MED)
A onda segue uma linha reta, portanto mede-se a distância inclinada. O
cálculo da distância plana horizontal é feito com as formulas.
Dh=Di.cos ou Dh=Di.sen.Z
2

Dv Di

Dh  z

1
Para altitudes em distâncias longas leva se em conta o efeito conjunto
da curvatura da Terra e da refração atmosférica

H2 = H1 + Di Sen  + Ai - Ao + 675 x 10-10 Di2 m


H2 = H1 + Di Cos Z + Ai - Ao + 675 x 10-10 Di2 m
H2 = H1 + Dh Cot Z + Ai - Ao + 675 x 10-10 Di2 m

3/26/2022
Coordenadas Polares e Retangulares
COORDENADAS POLARES – posição de um ponto definida por um angulo (A)
e uma distância (d). Método usado no levantamento de campo com teodolito
ou estação total. Requer poucos cálculos. Simples para o desenho da planta
com transferidor/escala ou com softwares adequados. Acumula erros no
desenho gráfico de poligonais, exceto usando softwares adequados.

COORDENADAS PLANAS-RETANGULARES – posição do ponto topográfico


definida pela abscissa (x) e ordenada (y) em relação aos eixos ortogonais X=E
e Y=N. Requer cálculos a partir das medidas de campo com
estações/teodolitos. Não acumula erros nos desenhos de poligonais no papel
milimetrado. Desenho fácil nos softwares de CAD/SIG. Usadas para desenhos
que requerem maior precisão; avaliação de áreas e volumes; e cálculo indireto
de azimutes, rumos, distâncias.
xij = dij sen Azij
N=Y yij = dij cos Azij
d12.senAz12
d.cosAz

2 Dh = Di.sen.Z
Dv = Di.cos.Z + At - Ap
X2 = X1 + d12.senAz12 Di
X1 1 Dv
Y2 = Y1 + d12.cosAz12
Y1 Dh  z
E=X
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Coordenadas Planas-Retangulares
COORDENADAS ABSOLUTAS - abscissas e ordenadas em relação à
origem do sistema. A origem do trabalho topográfico pode ser
referenciada a um sistema cartográfico. Por exemplo: UTM. Se for
arbitrária, é conveniente definir a origem dos eixos abaixo e a esquerda
dos limites da área, para evitar valores negativos. Coordenadas
absolutas são dadas por
XJ = Xi + xij ou XJ = Xi + dij sen Azij
YJ = Yi + yij ou YJ = Yi + dij cos Azij

DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS QUAISQUER é dada por


d ij =[[(Xj - Xi)2 + (Yj - Yi)] 2]1/2

AZIMUTE DE UM LADO: achar primeiro  (ângulo de rumo) dado por


 =Arctan[XJ - Xj] ou  =Arctan ΔX
[YJ - Yj] ΔY
Azimute Aij dado pelo quadrante do  (ângulo de rumo sem quadrante)
Primeiro quadrante Aij = Â ΔX + ΔY +
Segundo quadrante Aij = 180- Â ΔX + ΔY -
Terceiro quadrante
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Aij = 180+ Â ΔX - ΔY -
Quarto quadrante Aij = 360- Â ΔX - ΔY +
Levantamento pelo método de Irradiação
Usado em pequenas áreas e para complementar os levantamentos de
detalhes das poligonais fechadas. Como não tem controle dos erros,
depende dos cuidados do operador. Escolhe-se um ponto de situação
dominante de onde se avista toda a área a mapear. O desenho pode ser
feito por coordenadas polares (transferidor e escala ou softwares). Pode-
se, também, calcular as coordenadas planas-retangulares e desenhar no
papel milimetrado ou nos programas de CAD/SIG.

Exercício: Dadas as coordenadas do ponto


V1: Xv1=608000 m; Yv1=7803000 m; Hv1=800 m.
Fazer o desenho do terreno da caderneta
abaixo, por coordenadas polares, na escala
1:1000. Calcule o valor dos lados do terreno e
comparar com o desenho.
Vértice Pt Visado Âng Hor Ag Zen Fio s. Fio m Fio i. D. Plana Azimute Altitude coordX coordY
Norte Ver 0000’ 0000’
V1 Canto1 4500’ 8954’ 2000 1500 1000 100 m
Ai=1,55 Canto2 13500’ 9006’ 2500 1750 1000 150 m
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Canto3 22500’ 9016’ 2500 1750 1000 150 m
Canto4 31500’ 8948’ 2000 1500 1000 100 m
Levantamento pelo método de Poligonal aberta
Caminhamento aberto que não permite o controle dos erros
angulares e lineares, exigindo mais cuidados nas medições e cálculos

N
Exemplo, dada a posição X,Y do Ponto 1 280°18’
Azimutes, ângulos e Distâncias, Calcular:
Posição X,Y dos Pontos 2 e 3; 2
Distância e azimute P1 P3
40°30’ 1000 m
1200 m
Se houver erros angulares e linearaes, eles
serão propagados na sequência de pontos 1
X= 608000
3/26/2022 Y=7802000
3
Levantamento pelo método de Poligonal fechada
Processo mais confiável e mais utilizado. Consiste de uma poligonal
base lançada na área a ser mapeada. Amarram-se a ela todos os
detalhes e feições de interesse do terreno a serem levantados usando
processos auxiliares: irradiação, interseção, triangulação ou outra
poligonal secundária ou aberta. Permite o controle dos erros angulares
e lineares. Pode começar e terminar no mesmo ponto ou em pontos
diferentes, porém de posições X,Y conhecidas com precisão e acurácia

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Levantamento método de Poligonal fechada
O cálculo do caminhamento poligonal envolve as fases a seguir:

ERRO DE FECHAMENTO ANGULAR (EFA):


EFA = ΣAint - 180(n - 2)

TESTE DA TOLERÂNCIA ANGULAR: é variável com a finalidade do


trabalho e com a precisão do instrumento utilizado. (Ver NBR 13133)
Trabalhos fora da tolerância deve ser refeitos.

COMPENSAÇÃO ANGULAR: se o erro estiver dentro da tolerância,


cada ângulo interno é compensado com a soma da correção C.
C = -EFA / Quantidade de Ângulos

Ex: verificar a tolerância e compensar ângulos da poligonal de 4 lados


a1=8009’ a2=7029’ a3=8504’ a4=12414’ n=4 C=1’

ERRO DE FECHAMENTO LINEAR: são necessárias etapas a seguir:

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Levantamento por Poligonal fechada
CÁLCULO DOS AZIMUTES DOS LADOS POLIGONAIS
Azij = Azih + AnguloDireita

CÁLCULO DAS COORDENADAS DOS VÉRTICES POLIGONAIS


Xj = Xi + xij ou Xj = Xi + dij sen Azij
Yj = Yi + yij ou Yj = Yi + dij cos Azij

CÁLCULO DO ERRO LINEAR é dado pela diferença entre as


coordenadas de chegada XF, YF e de partida XI, YI no mesmo ponto.
Erro no Eixo X Ex = XF – XI
Erro no Eixo Y Ey = YF - YI
Erro unitário por metro em X Emx = Ex /Perímetro
Erro unitário por metro em Y Emy = Ey /Perímetro
Erro total Et = [ (Ex)2 + (Ey)2]1/2
Erro Relativo ER = 1: Perímetro / Et

TESTE DA TOLERÂNCIA LINEAR: variável com a finalidade do


trabalho. (Ver NBR 13133)
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Levantamento por poligonal fechada
COMPENSAÇÃO LINEAR - Se o erro na tolerância, cada ponto (n)
recebe correção proporcional ao perímetro caminhado, dada por:
Correçãox(n) = -PérimetroParcial / PerímetroTotal * Ex
Correçãoy(n) = -PérimetroParcial / PerímetroTotal * Ey

Onde
Correção x(n) = Correção da abcissa x no ponto n
Correção y(n) = Correção da ordenada y no ponto n
PérimetroParcial = Somatório dos lados desde a origem até o ponto n
PerímetroTotal = Somatório total dos lados poligonais

Exercicio: Dada a caderneta de poligonal a seguir. Calcular o erro de


fechamento angular; Fazer a compensação angular; Calcular os
azimutes e rumos dos lados poligonais; Calcular as coordenadas
planas-retangulares X,Y; Calcular os erros de fechamento linear Ex, Ey,
Et, Er; Verificar se está na tolerância de 1:1000; Fazer a compensação
linear do erro; Calcular as coordenadas dos dois furos de sondagem;
Calcular a distância e o azimute do Furo1 para o Furo 2
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Levantamento por poligonal fechada
Vertice Ponto visado Ângulo Ângulo Leitura da mira Distância Azimutes
Horizon Zenital fs fm fi plana verdadeiros
P1 P5 00 00’ 88 30’ 1800 1400 1000 79,95 10 30’
P2 130 13’ 92 18’ 1900 1450 1000 89,86 140 42’
FURO 1 170 54’ 95 40’ 1120 1060 1000 11,88 181 24’
P2 P1 00 00’ 87 42’ 1900 1450 1000 89,86 320 42’
P3 80 25’ 91 48’ 2000 1500 1000 99,90 41 06’
P3 P2 00 00’ 88 12’ 2000 1500 1000 99,90 221 06’
P4 50 43’ 93 54’ 1700 1350 1000 69,68 271 48’
P4 P3 00 00’ 86 06’ 1700 1350 1000 69,68 91 48’
P5 239 49’ 89 30’ 1804 1402 1000 80,39 331 36’
FURO 2 200 06’ 86 34’ 1100 1050 1000 9,96 291 54’
P5 P4 00 00’ 90 30’ 1804 1402 1000 80,39 151 36’
P1 38 55’ 91 30’ 1800 1400 1000 79,95 190 30’

Pto Azimute Dist plana Coord X Corr X Coord Y Corr Y X Y


Ajustada Ajustada
P1 500,00 1000,00 500,00 1000,00
P1–P2 140 42’ 89,86 m 556,92 -0,04 930,46 -0,05 556,88 930,41
P2– P3 41 06’ 99,90 m 622,59 -0,08 1005,74 -0,10 622,51 1005,64
P3–P4 271 48’ 69,68 m 552,94 -0,11 1007,93 -0,14 552,83 1007,79
P4–P5 331 36’ 80,39 m 514,70 -0,14 1078,64 -0,19 514,56 1078,45
P5–P1 190 30’ 79,75 m 500,17 -0,17 1000,23 -0,23 500,00 1000,00

Pt=419,58m Ex=+0,17 Ey=+0,23


P1–Furo1 181 24’ 11,88 m 499,71 988,12
P4–Furo2 291 54’ 9,96 m 543,59 1011,50

Xj=Xi + dij.senAzij Yj=Yi + dij.cosAzij Ex=Xf – Xi =0,17m Ey=Yf – Yi =0.23 m Et=(Ex2 + Ey2) ½ = 0,28m
Er=1: Pt/Et =1: (419,58/0,28) Er = 1:1499 Cxn=-(Ex/Pt).Pp Cyn = -(Ey/Pt).Pp
Dij=[(Xj3/26/2022
- Xi)2 + (Yj - Yi) 2] ½ Tg(AZij)=(Xj - Xi)/(Yj - Yi)
Leitura e Interpretação de Mapas, Cartas e plantas

 Informações marginais
 Escalas (Gráfica e Numérica)
 Datum Geodésico
 Sistema de Projeção
 Pontos cotados
 Curvas de níveis

 Legendas Símbolos e Convenções


 Extração de informações
 Distâncias e Direções
 Áreas
 Altitudes
 Declividades
 Perfis
3/26/2022
 Volumes
Leitura e Interpretação de Mapas, Cartas e Plantas

 Informações marginais
 Pontos cotados
 Curvas de níveis
 Legendas Símbolos e Convenções
 Extração de informações
 Distâncias e Direções
 Áreas
 Altitudes
 Declividades
 Perfis
3/26/2022
 Volumes
Leitura e Interpretação de Mapas/Cartas/ Plantas
Curvas de níveis
Pontos cotados

3/26/2022
Interpretação e Construção de Plantas e Mapas
Curvas de níveis e Pontos cotados

3/26/2022
Características gerais das curvas de níveis
 Mais próximas, maior declive
 Declive uniforme, espaçamento igual
 Perpendiculares ao maior declive
 Nunca se cruzam nem se juntam
 Sempre se fecham na planta ou fora
 V descendo a encosta nos divisores
 V subindo nos córregos e ravinas
 M nas confluências de rios, águas

3/26/2022
Características das curvas de níveis

3/26/2022
Características das curvas de níveis

3/26/2022
Interpolação e traçado das
curvas de níveis

3/26/2022
Divisores de águas e Delimitação de Bacias

3/26/2022
Modelos Digitais de Elevação
Representação matemática digital da distribuição
contínua do relevo dentro de uma área geográfica.
Armazenada em formato adequado para análise em
computadores.
Há várias ferramentas de geoprocessamento para
extrair análises derivadas de modelos digitais de
elevação.
Aplicação da Topografia na Mineração
Mineração a céu aberto:
Usam-se basicamente os métodos topográficos tradicionais com pequenas
variações devidas ao ambiente.

Mineração subterrânea:
Usam-se métodos topográficos tradicionais com as particularidades do
ambiente de escavação que tem presença de umidade, água, poeiras, gases,
obstáculos, máquinas, trilhos, estreitamentos de passagens, riscos de
explosão e quedas, etc. Portanto:

Pontos topográficos são fixados no teto ou nas laterais com necessidade de


iluminação artificial e uso de equipamentos especiais, adaptações de
métodos, uso de EPIs, etc.

3/26/2022
Trabalhos Subterrâneos
Métodos topográficos tradicionais com as particularidades do ambiente de
escavação: Pontos topográficos no teto ou nas laterais, umidade, água,
poeira, gases, riscos de explosão e quedas, estreitamentos, obstáculos,
passagem de máquinas, uso de EPI, iluminação, equipamentos especiais.

Condições especiais:
Locação de poços, tuneis e galerias, limites da extração/escavação, etc.
Levantamento no subsolo vinculado a um sistema topográfico na superfície
Necessidade da ligação entre o sistema da superfície e do subsolo

Preferência pelas Poligonais fechadas como na superfície


Cuidados especiais no uso de Poligonais abertas
As locações exigem cuidados redobrados
3/26/2022
Ligação com o Exterior: transporte de coordenadas,
azimutes e cotas da superfície para o subsolo
1) Se existir uma galeria de acesso: usa-se uma poligonal convencional
aberta ou fechada.
vista em planta

As cotas altimétricas podem ser transportadas pelo método de


nivelamento geométrico que confere maior precisão e acurácia

vista em perfil

3/26/2022
Ligação com o Exterior: transporte de coordenadas,
azimutes e cotas para o subsolo
2) Sem galeria de acesso:
Usam-se dois prumos em um poço vertical.

3/26/2022
Ligação com o Exterior: transporte de coordenadas,
azimutes e cotas para o subsolo
3) Sem galeria de acesso: Se houver dois poços verticais, usa-se um
prumo em cada poço, o que confere mais precisão / acurácia. Em qualquer
dos casos existe a opção de usar o giroteodolito.

4) Detalhe do transporte de
Cota no poço vertical

3/26/2022
Levantamento e Locação de Galerias e Detalhes
Usam-se as técnicas convencionais das poligonais, irradiações, triangulação,
etc. para o levantamento e/ou locação das galerias e detalhes. Dá-se
preferência às poligonais fechadas. Se isso não for possível, as poligonais
abertas exigem cuidados redobrados. Atualmente usam-se as estações totais
com medição de laser ativo, que permite fácil operação e dispensa prisma
refletor. Porém, as trenas e instrumentos convencionais ainda têm muito uso.

No levantamento detalhado do já construído


(as built) usam-se os equipamentos de escanner
a laser (LIDAR)

3/26/2022
Levantamento e Locação de Galerias e Detalhes
Materialização dos Pontos no chão no teto ou nas laterais

3/26/2022
Levantamento e Locação de Galerias e Detalhes
Levantamento e representação é feito através de Plantas, Perfis e Seções
Transversais. O total de Seções Transversais a levantar varia bastante, mas o
ideal é a medição de seções, sempre que houver variação na altura ou largura

3/26/2022
Exercícios
Desenhar na carta topográfica os limites de uma Unidade de Conservação (UC) cujas
coordenadas UTM, Fuso 23K, Datum SAD69 dos vértices são:
V1: E= 600175, N=7690850 V2: E= 603000, N=7691000 V3: E= 603425, N=7687700
V4: E= 600750, N=7687100 V5: E= 599900, N=7688875
Determinar o perímetro (soma dos lados) da UC utilizando a escala e calculando
através de coordenadas UTM, comparar os resultados.
Acrescentar a partir do vértice V5 da UC, uma trilha levantada no campo com azimutes
de bússola (magnético) e distâncias de trena, conforme a caderneta abaixo (lembre-se
de utilizar a declinação magnética atualizada e a convergência meridiana):.
Azimute (graus) 60 90 120
Distância (metros) 700m 500m 600m
Achar os trechos de maior e menor declividade na trilha e determine os valores

Achar as coordenadas UTM e coordenadas Geográficas da entrada (cruzamento da


divisa com a estrada, próximo ao Córrego da Onça) e da sede da UC (Faz São José).
Achar a distância em linha reta entre a sede e a entrada da UC, utilizando a escala e
calculando por coordenadas UTM, comparar os resultados, achar o valor topográfico.
Qual a distância pela estrada?
Achar o azimute entre a sede e a entrada da UC, utilizando o transferidor e calculando
por coordenadas UTM, comparar os resultados. Qual o azimute geográfico?

Digitalizar curvas de níveis e atribuir o valor de altitudes


3/26/2022
Exercícios
Encontrar as altitudes dos vértices da divisa da UC
Marcar com o símbolo  uma espécie vegetal encontrada na UC, nas coordenadas
UTM: E=601450 e N=7689900, Fuso 23K, WGS84, obtidas com equipamento GPS
Calcular a área total da UC pelo método de coordenadas e pela divisão em figuras
geométricas mais simples.
Identificar o ponto mais alto e o ponto mais baixo dentro da UC.
Identificar áreas de relevo plano e de relevo acidentado dentro da UC.
Identificar trechos de encostas com declividades entre 20% e 30%.
Identificar dentro da UC: rios, córregos e revinas, divisores de aguas, gargantas,
encostas concavas e convexas, declives uniformes, edificações, estradas e trilhas.
Demarcar na carta o divisor de águas do Córrego Boa Esperança.
Demarcar o divisor de águas entre o Córrego da Onça e o Córrego Paiol Velho.
Traçar o perfil topográfico do divisor de águas entre o Córrego da Onça e o Córrego
Paiol Velho.

3/26/2022

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