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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA

Nome Completo: Caroline Grangeiro Fagundes


Matrícula: 01402268
Curso: Gestão de Serviço Jurídico e Notariais

Nas últimas décadas, a preocupação com a prevenção e proteção ao


meio ambiente, bem como o desenvolvimento sustentável passaram a fazer
parte da maioria dos textos constitucionais. E no Brasil não foi diferente. Em
nosso país, o meio ambiente passou a ter uma tutela constitucional somente na
Constituição de 1988, a qual inseriu um capítulo específico sobre o tema,
observando-se, porém, que a questão ambiental é tratada em diversas outras
partes do texto constitucional. E, para proteger tal direito, nossa Constituição
Federal44 estabeleceu que: Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. A inserção de
tal capítulo trouxe transformações para a questão ambiental em nosso país,
conforme se passará a expor adiante.
Ao tratar dos efeitos da constitucionalização, Virgílio Afonso da Silva45
destaca a unificação da ordem jurídica e a necessidade da sua simplificação.
Para o referido autor, por meio da unificação, as normas constitucionais se
tornariam, progressivamente, o fundamento comum dos diversos ramos do
Direito. Do mesmo modo, a unificação acabaria relativizando a distinção entre
direito público e privado, uma vez que a Constituição passaria a ser a base
fundamentadora de todos os princípios da ordem jurídica. O segundo efeito
destacado pelo autor consiste na denominada simplificação da ordem jurídica,
uma vez que a Constituição passa a ser a “norma de referência” de todo o
ordenamento jurídico. Logo, a Constituição Federal de 1988 fez muito mais do
que simplesmente atribuir proteção constitucional ao meio ambiente. Ao inserir
a dignidade da pessoa humana entre os fundamentos de nossa República,
visando assegurar direitos como a vida digna e a saúde, considerando-os
fundamentais.
A Constituição criou o cenário perfeito para se chegar a uma conclusão
importante: a de que o meio ambiente, além de ser matéria constitucional, é,
também, um direito fundamental de todos os seres humanos. E, na medida em
que o meio ambiente passa a ser considerado um direito fundamental
autônomo, essa circunstância traz consequências para toda a ordem jurídica.
Discorrendo a respeito das consequências do reconhecimento do meio
ambiente como direito humano fundamental, Jorge Alberto de Oliveira
Marum46 afirma que tal direito passa a ser irrevogável, eis que passa ele a se
constituir como verdadeira cláusula pétrea do regime constitucional brasileiro.

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