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e o CEO
DOMINADOR
A VIRGEM SUBMISSA E O
CEO DOMINADOR
JOSIANE VEIGA
2020
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida
ou transmitida por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e
gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem autorização
escrita da autora.
Esta é uma obra de ficção. Os fatos aqui narrados são produto da imaginação.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real deve ser
considerado mera coincidência.
Romance
ISBN – 9798559017969
O som de saltos altos chegou aos meus ouvidos. Eu sabia que Luana
estava ali pelo cheiro de rosas do seu perfume. Levantei-me e fui até o
corredor, na desculpa de vê-la.
Desculpa... Apenas isso, uma justificativa. Na última semana eu estava
sempre arrumando chances para ir até o corredor, onde ficava a mesa de
minha secretária.
A verdade é que, quando saiu do escritório, Geovanna fechou a porta.
Assim, eu não podia observá-la da minha mesa. E não vê-la era...
Deus...
Geo...
Como fui capaz de chamá-la assim?
A lembrança do sonho daquela noite me tomou de assalto. Eu quase
podia sentir o gosto dela em minha boca, sentir seu toque em minha pele... o
gemido contra meus ouvidos.
A mulher que me levou ao êxtase durante a madrugada era diferente da
mulher de rosto sério sentada perto do corredor.
Eu devia estar ficando maluco. Era isso.
Me aproximei de sua mesa enquanto percebia Luana chegando
próximo.
— Então? Vai encontrar Patrícia? Achei que começaríamos a disputa
após nossa reunião.
Eu sorri para minha rival, que no fundo era uma amiga.
— Não combinamos isso.
— Não vou discutir por esse motivo, Alex. Não me preocupo com sua
visita a Laureana. Sei que Patrícia vai te expulsar de lá. Ela nos odeia.
— Acho que o fato de tentarmos ficar com o hotel dela tem parte nisso.
Luana cruzou os braços sobre o peito. Ela era uma mulher linda, quase
uma modelo. Não morávamos tão longe de Horizontina e eu sempre me
perguntava se ela não tinha algum parentesco com Gisele Bündchen.
— Bom, não vim por esse motivo. Na verdade — ela girou em direção
à Geovanna —, percebi que nunca lanchamos juntas. Quer almoçar comigo?
Com Luana eu nunca tinha certeza se era uma tentativa de amizade, de
encontrar uma sabotadora aos meus planos, ou se ela estava dando em cima
de Geovanna. De qualquer forma, eu neguei pela minha secretária.
— Teremos compromisso à tarde, em Laureana. Por isso vamos
almoçar juntos.
— Você vai tirar da sua secretária até o direito de almoçar com quem
quer? Oh, Alex... você nunca fez o tipo ciumento.
Eu sorri, tentando ser debochado. Mas, a realidade é que eu estava a
cada momento mais assustado, mais sem reação diante das minhas próprias
ações.
A verdade? Queria pegar Geovanna naquele momento e guardá-la
dentro de mim, onde ninguém a visse, ninguém tocasse nela, ninguém falasse
com ela. E eu nem sabia por que estava assim. Nos poucos dias que
começamos a trabalharmos juntos, comecei a sentir a cada momento que o
espaço dela invadiu o meu, que o cheiro dela dominou meus instintos, algo
sobrenatural me puxava em sua direção.
Luana deu tchau com a mão e se afastou. Nesse momento virei em
direção a Geovanna.
— Espero que não se incomode de almoçarmos juntos. Choveu durante
a noite, e as estradas para Laureana estão em péssimas condições, então
pretendo ir logo após o meio-dia — disse, enquanto mexia nos papeis em sua
mesa, de forma aleatória.
O olhar dela queimava. Desviei o meu.
— Realmente não me importo. Apenas, a péssima lasanha do
restaurante de Noeli não é algo que eu queira de almoço.
— Podemos lanchar na cafeteria.
De repente minhas mãos tocaram um rabisco numa folha branca. Era
um desenho mal feito, mas eu reconheceria o local ali expresso em qualquer
momento da minha vida.
— É o casarão?
— Sim.
— Você o desenhou?
— Eu tentei — ela sorriu pela primeira vez e meu mundo inteiro virou
do avesso. — Às vezes, quando tenho uma folga, eu costumo desenhá-lo,
para nunca me esquecer dos detalhes. — Ela apontou uma das janelas. — Eu
adoro a forma como as janelas ficam em abóbodas, me lembra os arcos
romanos.
Minha boca estava seca. Eu fazia a mesma coisa em um pequeno bloco
de notas. Jamais contei aquilo para alguém, porque era demais esquisito.
Geovanna, contudo, não parecia temer julgamentos.
— Você gosta da casa? — indaguei, como quem não quer nada.
— Eu amo aquela casa — ela assumiu, sem medo.
Estava ali, gritando na minha direção, o motivo do porquê eu não
conseguir desviar o olhar dela desde que ela passou a ser minha secretária.
Por algum acaso, a casa escolheu essa garota para mim.
— Onde você esteve esse tempo todo? — murmurei.
— Eu sempre estive aqui, Alex. Acho que apenas você não me viu
antes.
De fato, eu não a tinha visto. Mas, agora, eu jamais a perderia de vista
novamente.
Eu nem queria ter parado para comer, mas depois de meus últimos
problemas com secretárias e estagiárias, eu não precisava que Geovanna
apontasse o quanto eu era um chefe abusivo que sequer a deixava se
alimentar, na ânsia de resolver minhas ambições.
Foi assim que viemos parar nesse local.
Podia ser qualquer lugar no mundo, mas, Esperança era um cu de
mundo e o único lugar que servia qualquer coisa era o Restaurante de Noeli e
sua detestável lasanha de bordas quentes e interior congelado.
Que escolha tive, então, senão trazer Geovanna a cafeteria onde a linda
Tatiana saltitava entre meses sorrindo para clientes como se algum deles
tivesse qualquer chance com aquela mulher.
Sentada ao meu lado, Geovanna pareceu nervosa. Não tenho certeza se
ela é de sair, já que nunca a vi em lugar nenhum de Esperança, nem mesmo
na praça, sua única saída do apartamento é para o trabalho.
Ela observa a tudo curiosa, parece uma criança. Claro, isso é a única
coisa nela que pode ser legada a infantilidade. Geovanna já é uma mulher
crescida, por baixo da transparência daquela camisa horrorosa eu consigo
visualizar as bordas de seus seios e a pele delicada.
Estamos bem no fundo da cafeteria, o mais isolado possível dos outros
moradores de Esperança.
Não que eu não quisesse que os outros me vissem com ela.
Definitivamente eu não me importava. Mas, era estranho. Eu estava sempre
perto de beldades, e de repente eu andava com o patinho feio?
Seria alvo de comentários, certamente.
O problema é que aquele patinho feio estava muito próximo de se
tornar um cisne.
Eu sabia disso. Eu podia ver o brilho por trás dos óculos de aros
grossos, das roupas feias, e do cabelo penteado num coque, repuxado com
tanta força que eu me perguntava se não doía.
Quando essa mulher se tornasse de fato uma mulher, seria arrebatador.
Será que eu estaria ali para ver? Será que eu poderia ser o homem a fazer
isso?
Interrompo meus pensamentos, dando-me conta do que pensava,
assustado. Quis ir mais fundo nessas questões que estavam sendo despertadas
desde que começamos a trabalhar juntos, mas fui interrompido com a
chegada de Tatiana e seu olhar intimidador.
— O que deseja?
— Café, pão de queijo... Tem torta?
— É uma cafeteria, óbvio que tem torta.
Eu arqueei as sobrancelhas, curioso com aquele atendimento grosseiro.
— Eu fiz alguma coisa?
— Vocês não querem comprar Laureana?
Por que diabos toda a cidade agia como se aquele hotel falido fosse
uma joia preciosa, um monumento a essa cidade de bosta?
— E?
— E eu vou pedir para Matteo e Max te darem uma coça!
Quase ri, apesar de perceber que Geovanna, ao meu lado, levou a sério
a ameaça.
— Seu marido te deixa mandar em outros homens? Achei que um Gatti
fosse mais ciumento.
— Bruno confia em mim. Nem tente vir de gracinhas para o meu lado,
que a mim você não engana. Mas, não espero que homens como os que
trabalham em Lanceiros entendam isso.
Geovanna estava claramente desconfortável. Por algum motivo, aquilo
me deixou nervoso. Eu queria colocá-la num potinho e protegê-la do que
viria.
— Homens que trabalham em Lanceiros? O que quer dizer?
Eu sabia o que ela queria dizer. Homens que trabalham em Lanceiros
não prestam.
Tempos antes, Tamara, a esposa de Dante, foi vista entrando no
escritório dos Gatti. Com certeza a mulher foi procurar ajuda jurídica para um
divórcio. Não sei se a questão foi adiante, mas Dante saiu da empresa para
salvar seu casamento.
Ficou claro que a fama de maus maridos, maus amigos, maus parceiros
de negócio nos precediam.
É, eu não era bem vindo aqui. Contudo, eu só queria levar Geovanna
para comer algo antes do embate com Patrícia.
— Bom, se puder trazer o que pedi e nos dar licença, tenho algumas
questões a resolver com a minha secretária — pedi a Tatiana, que nem se
dignou a me olhar.
— Querida, se conselho fosse bom a gente não dava, vendia, mas vou
te dar um mesmo assim: fuja. — Tatiana disse, firme.
Eu não gostei nada disso. Mesmo assim, fiquei em silêncio. Ela voltou
ao balcão e eu voltei minha atenção completa para minha secretária.
— O conselho da moça foi interessante. Fugir... O quão perigoso você
é? — indaga ela.
Seu rosto tem uma diversão que ela não consegue esconder. Ela quer,
mas não consegue.
Era uma nova faceta. Estava descobrindo muitas novas nos últimos
dias.
— Você vai fugir? — pergunto, recostando-me na cadeira.
Nossos dedos resvalam levemente. É um toque curto e singelo, mas
explode algo entre nós. Não dá para aguentar. É mais forte que tudo.
Ela gira os olhos e eu volto minha atenção ao menu.
— O que dirá a Patrícia? — ela questiona.
— Só Deus sabe. Eu já disse de tudo, já fiz de tudo... na última vez que
a vi, ela tentou me bater com uma vassoura.
— Por que querem tanto Laureana?
— Não sei direito. Talvez quando eu for o presidente, descubra.
— E se Luana for?
— Luana não vai me vencer.
— Você subestima demais as mulheres.
— Você acha?
Eu quase não resisti em contar a ela que as mulheres com quem me
relacionava sempre era dominadoras. Virgens pudicas nunca se aproximavam
de mim. Ovelhas sempre temiam o lobo.
Mas, não Geovanna.
Talvez ela não pudesse ver o perigo.
Nós dois paramos de falar quando Tatiana aparece quase jogando o
café no meu colo.
— Iludindo a menina, Alex? — O deboche de Tatiana é nítido. — Se
você precisar de ajuda, basta fazer um sinal de que eu dou uma surra nele —
Tatiana pisca para Geovanna.
Eu faço uma carranca para ela que nem se importa. Maldita mulher.
Bruno Gatti devia botar rédeas nessa égua indomável.
Observei o café espumado. Eu adorava café expresso, acho que está na
hora de comprar uma cafeteira em capsulas, porque vir a cafeteria estava
começando a sair dos planos.
— Diga-me, Geovanna... você cresceu em Esperança?
— Sim. Você não se lembra de mim?
— Fiquei muito tempo fora. Fui para um abrigo em Encanto quando
ainda era um menino.
Ela pareceu surpresa. Calculei nossa idade, e percebi que quando eu fui
enviado embora, Geovanna ainda devia ser um bebê.
— A vida não foi fácil para você — ela calculou com exatidão. —
Somos parecidos nisso.
— Não foi fácil para você também?
— Mercadoria defeituosa — ela apontou para baixo, para a perna
menor. — Minha mãe me chamava assim.
Mais uma mãe horrível. E eu sabia que havia tantas em Esperança.
Essa cidade com certeza era parte de algo ruim, terra amaldiçoada há
gerações. Mas, eu ainda podia sentir a fagulha do bem tentando se infiltrar. O
amor entre algumas pessoas naquela terra denotava que nem todos estavam se
deixando levar.
Eu, ao menos, sentia que ainda tinha uma chance...
E a minha chance estava ali, diante de mim, o olhar curioso em minha
direção.
— O que foi? — ela indagou. — Está me olhando estranho.
— Me fale sobre a casa — pedi. — Você disse que a amava.
Ela tomou um gole do café, enquanto parecia meditar nas palavras que
diria. Eu sabia que ela temia falar a verdade, e tudo que eu queria era dizer:
“pode dizer, estou aqui, não vou julgá-la, eu sinto a mesma coisa”, mas me
mantive quieto.
E se tudo que eu divagava era apenas fruto da minha imaginação?
— Você sonha com ela?
— Com ela?
— Com a casa.
— Às vezes.
— Sonhou essa noite?
O rosto dela enrubesceu e meu corpo enrijeceu na ciência de que ela
havia feito amor comigo lá, no mesmo sonho.
— Você sente isso, não sente?
— Não faço ideia do que está falando — ela murmurou.
Minha mão deslizou por debaixo da mesa e eu toquei no seu joelho.
Ela não se assustou, apenas me encarou com apreensão. Ela me temia ou
temia o que sentia por mim?
— Você está molhada?
— É indelicado de sua parte me perguntar isso...
— Não é indelicado quando você já é minha.
Estava ali. Eu não tinha certeza, mas meu corpo jamais me enganaria
dessa forma. Estava louco por ela. Estava louco pela mulher por detrás
daqueles óculos horríveis e daquelas roupas sem cor e sem graça. A mulher
que se revelava para mim na casa, nos meus sonhos.
Ela afastou o joelho.
— Acho melhor irmos.
E se levantou.
Enquanto a seguia, dou-me conta, de repente, que quero que ela confie
em mim. Que se agarre em mim. Que eu seja o único homem no mundo para
ela.
Por quê?
Aconteceu. Meu coração pulsando desse jeito no peito não dá margem
para outra interpretação.
Pela primeira vez na vida quero conquistar, não tomar.
O carro atolou. Não precisava ser um gênio para saber que isso iria
acontecer. Para se andar naquela região se precisava de um 4X4, mas o meu
sedan era minha única opção porque sempre considerei que o carro de um
executivo devia ser de acordo com o cargo.
— Acho que a granja do torto não fica tão longe. Podemos ir andando
até lá e ver se ele nos ajuda com o trator — ela sugeriu.
Era a melhor coisa a se fazer, mas eu não estava conseguindo
raciocinar.
O carro atolado, a conversa com Patrícia, meu cargo na presidência,
nada disso mais tinha importância. Estava quase saltando em cima da mulher
ao meu lado. Respirei fundo, fechei os olhos e tentei manter a calma.
Isso não podia estar acontecendo comigo. Talvez fosse falta de mulher.
Desde quando ela veio trabalhar comigo, eu não transava. Tirando os sonhos,
eu não tive contato com sexo desde que meu olhar encontrou o de Geovanna
naquela reunião. E eu era do tipo que estava sempre disposto e sempre
vivenciando o prazer erótico.
Contudo... agora nem conseguia me ver com outra mulher. O cheiro
dela estava me deixando louco, a voz dela me fazia ficar duro, meu
pensamento não conseguia se desviar de Geovanna.
A porta do passageiro abriu e ela saiu do carro. O que faria? A segui e
a percebi indo até a parte frontal, observando o pneu enfiado em um buraco.
— Eu posso ir andando até Max...
— Matteo também fica perto — apontei. — Qualquer um deles tem um
trator...
— Ou você pode chamar o seguro.
Me aproximei dela. A estrada era cercada por árvores frondosas, um
ambiente isolado e frio. Pus a mão no bolso do casaco, sentindo um arrepio
enquanto o vento cortava pelo sul.
— Talvez se colocássemos galhos de árvores no buraco, o pneu
consiga pegar aderência.
— Pode ser...
A verdade é que eu não me importava com a porra do pneu, do carro,
do isolamento. Eu só queria ficar ali olhando para ela, conhecendo-a mais,
descobrindo seus segredos.
— Por que não me retalhou quando eu a toquei na cafeteria?
Ela permaneceu em silêncio. O vento balançou suas madeixas que se
soltaram do coque, e a saia ao mesmo tempo, fazendo-a uma figura mítica de
um quadro renascentista.
— Por que não me estapeou quando lhe perguntei se estava molhada?
E por que diabos eu estava fazendo aquele tipo de pergunta? Como um
porco assediador?
— Eu não vou tocá-la aqui, não se preocupe. Não precisa me temer por
causa do isolamento, jamais forçaria uma mulher — quis deixar claro,
entendendo errado seu silêncio.
Foi então que seu olhar cruzou o meu. Havia fogo e calor ali. Aquilo
me despedaçou.
— Diga, Geo...
Diga... a mesma palavra usada durante o sonho. Era uma ordem.
Uma ordem para quê?
Dou-me conta, então que a quero submissa, a primeira mulher que
quero assim.
A quero implorando, de joelhos... me chamando de dono.
— Não posso — seu soluço cortou minha alma.
— Por que não?
— Porque não estamos nos meus sonhos...
Era a confirmação que eu precisava.
— Estamos nos encontrando no casarão, não é?
Seu olhar ficou assustado e ela tentou fugir. Segurei seu braço,
impedindo-a.
Foi o que precisou. O toque explodiu meu sangue em fogo puro. Logo,
minha boca tomou a dela, enquanto meu corpo a subjugava contra a lataria do
carro.
O gosto de Geovanna não era diferente do que eu sentia na boca, fruto
dos meus sonhos. Ela era doce com aroma de canela. A língua dela era
quente e eu pude senti-la contra meus dentes, numa batalha desesperada por...
Pelo quê?
Deslizei minha mão pela sua coxa e cheguei na parte molhada da
calcinha. Eu sabia que ela estava me ansiando e não era de agora. Seu corpo
estremeceu contra o meu e eu disse a mim mesmo que devia recompensá-la
por todo esse tempo em que ela me desejou e não me teve.
Eu me aliviei em outras mulheres, mas Geo não fez isso com outros
homens. Era dela, portanto, o direito ao primeiro prazer.
Deslizei suas pernas por minha cintura, enquanto as costas dela se
inclinavam sobre o capô. Em segundos, ela estava encaixada contra o monte
elevado do meu pau, duro como aço.
Não importa mais porra nenhuma. Que o mundo se exploda.
Meus dedos ágeis puxam a calcinha dela para o lado. Eu sinto seus
pelos eriçados contra meus dedos. Quero afundar a boca ali, mas tudo que
faço e forçar sua boceta contra meu caralho duro.
— Alex — ela soluça, esfregando-se contra meu pau.
— Diga, Geo — ordeno.
— Meu senhor... — ela geme, não conseguindo se controlar mais.
Eu quero responder, mas nem consigo respirar enquanto começo a
roçar meu pau duro através de nós, para cima e para baixo. Estou vestido,
mas mesmo as roupas, não tiram a intimidade gritante do ato.
Estou prestes a dar a ela o primeiro orgasmo. O primeiro de muitos.
Seguro suas nádegas para ajudar a balançar sua boceta contra o meu
pau.
— Esfregue em cima de mim — explico porque ela definitivamente
não sabe como fazer. — Assim você vai gozar.
Ela grita meu nome. E então ela goza. Seu suco borbulha em cima da
minha protuberância na calça.
Cuido dela num abraço cálido até que ela se acalme. Seu corpo treme e
dói. A dor boa.
— É... certamente se alguém souber disso, ambos estamos na rua.
CEO bom ou não, Carla vai me matar.
Não era o momento de eu dizer isso, mas estranhamente é tudo que eu
penso. Se ela for despedida, perderei minha secretária e a mulher que mais
quero na vida desde nunca.
Geovanna suspira.
— Então esse será nosso segredo — diz.
E eu sei que aquilo despertou algo novo nela. Algo novo em mim.
Traços das amarras que nos seguravam foram simplesmente arrebentados
pelo destino.
Agora era a hora de seguirmos nossa sina.
Capítulo Cinco
Geovanna
Meu corpo ainda tremia quando ouvimos o som ritmado de uma patrola
se aproximando. Alex se afastou brevemente, escondendo sua saliência com
o casaco, enquanto me ajudava a ficar em pé, alisando minha saia sobre
minhas pernas.
— Você está bem? — ele indagou.
Não, eu não estava bem. Estava assustada e nervosa com os
acontecimentos. Tudo estava indo muito rápido e eu me sentia zonza com
essa velocidade.
Há duas semanas Alex nem me olhava. Há duas semanas, meus sonhos
e desejos com ele eram apenas pensamentos platônicos de uma virgem sem
esperança. Há duas semanas o casarão era apenas parte de um segredo
guardado no coração.
Desde então Alex me via diferente, meus desejos pareciam estar
saciados, meu sonho, por algum motivo, parecia ligado a ele, e a casa, de
repente, era ambos, tomando vida.
A casa nos clamava, nos queria. Aos dois. Juntos.
— Geo...
— Não me chame assim — pedi.
Não porque não gostava, mas porque ficava ainda mais arrepiada.
— Eu sempre te chamo assim.
— Apenas nos sonhos que tive com você.
— Também tive os mesmos sonhos, Geo...
— Isso é loucura...
— Mas...
— Maluquice. Impossível de acontecer.
— Está acontecendo.
O trator estava cada vez mais próximo. Eu olhei para a estrada,
sabendo que ele surgiria no horizonte a qualquer momento. Empurrei
levemente Alex, tentando fugir.
— O que vamos fazer, Geo?
— Eu... Eu não sei.
Andei até a porta do carro. Alex me seguiu.
— Na cama sou o dominante, mas fora dela, sinto que é você que
manda. Me diga o que fazer, e eu farei — ele parecia implorar.
Minha boca abriu, pasma. Sua fragilidade era tão gritante. Por alguns
segundos, senti que Alex aproveitaria a reação para outro beijo, mas o
empurrei antes que o fizesse.
Ao longe, agora eu podia ver Max e um dos seus filhos. Acenei,
chamando-os. O olhar de Alex queimava em mim, mas não tinha coragem de
me afundar nele.
Estava completamente apavorada. O que diabos estava acontecendo?
Sempre fui cética, não acreditava nesse negócio de almas gêmeas, ou balelas
como essa, mas por que então nós dois parecíamos ter nos encontrado depois
de tanto tempo, sendo que passamos boa parte de nossas vidas esbarrando um
no outro, sem, contudo, nos reconhecermos?
— Fica comigo, Geo — ele pediu.
Agora o trator estava a poucos metros, me afastei dele e andei na
direção da máquina.
— Bom dia, Max...
— Senhorita — o homem me cumprimentou, segurando a ponta de seu
chapéu de palha.
— Senhora — Alex disse, baixo, atrás de mim. — Senhora Franco.
Minha pele se arrepiou, mas por sorte Max não o ouviu.
— Pode nos ajudar? — indaguei ao homem.
Ele assentiu.
Estava ansiosa para sair daquela estrada. Fazer o que tivesse que fazer
em Laureana e voltar correndo para a segurança do meu apartamento.
Queria ficar longe de Alex e do que ele me fazia sentir, na mesma
proporção que cada pedaço dele me perturbava e me chamava.
Ele era tentador. Tanto quanto a casa.
Nós não nos vimos no final de semana. Também não sonhei com ele, o
que era uma sorte, porque eu precisava respirar para seguir adiante.
— O que faço, Sr. Shin? — indaguei ao meu gato durante o café da
manhã de segunda-feira.
Shin nunca miava. Mas, eu conseguia lê-lo através dos olhos
enigmáticos.
E ele parecia me dizer o inevitável. Eu não conseguiria escapar do que
quer que for que estava acontecendo com Alex, mesmo que fugisse do
estado, do país, do planeta. Porque a ligação, assim que aconteceu, se tornou
mais forte e potente do que qualquer outra coisa, e não se quebraria.
Beijei meu gato, enquanto me despedia. De alguma forma, sua resposta
para mim me fez entender que se era para eu beber dessa água, a melhor coisa
era me atirar logo no poço.
— Algum problema?
— Ministério da saúde reclamando de novo sobre a química dos
cigarros. Que merda, os fumantes sabem que faz mal, deixe-nos em paz —
resmungo. — Vou precisar do relatório sobre a quantidade de Nicotina. Traga
a minha sala também as análises da DDT, Fenol e Formol. Eu preciso do
relatório sobre o Pineno.
— Pineno?
— É um aromatizante. Você sabe onde encontrar?
— No sistema?
— Não. Estão fora do sistema porque ainda não é seguro. Ah —
circulo pela sala, de um lado para o outro. — Eu não quero que Luana veja o
relatório.
— Por que não?
— Esqueceu que ela também quer a Presidência?
Eu balancei minha cabeça.
— Achei que o divisor de águas seria conseguir Laureana.
Sagaz. Geovanna era muito inteligente.
— Geo, precisamos conversar.
Eu nunca bati numa mulher, nem mesmo gritei com uma mulher, em
meus mais de trinta anos de idade. E em poucos minutos, Geovanna me fez
estapeá-la. Era apenas um tapa leve, eu sei que não a machuquei, mas não
conseguia evitar a culpa e a vergonha.
— Eu não sou esse tipo de homem.
— Eu sei...
— Você me deixou louco... essa sua ameaça...
— Eu estava bem vivendo platonicamente o que eu sinto por você,
Alex. Mas, você apareceu e tornou carnal o que só havia em sonhos. Agora,
só quero que cumpra sua parte. Exijo que cumpra sua parte.
Era justo. Mas, eu ainda temia seguir adiante. Quando acontecesse, eu
sabia que o resto de controle que ainda tinha em mim mesmo iria se exaurir.
Geovanna iria me manipular e fazer de mim o que ela quisesse.
— Gostaria de vir ao meu apartamento hoje à noite? — questiono,
fazendo-a arquear as sobrancelhas.
Ela venceu. A primeira de muitas das suas vitórias.
Capítulo Sete
Geovanna
E depois que começou, não mais pôde parar. Acariciá-lo era como um
vício, impossível cessar depois de experimentar a primeira vez.
Era o êxtase.
Diana jogou a cabeça para trás, sentindo o pico das sensações, o gozo a
tomá-la. E então veio o orgasmo, fazendo-a dar um grito mudo de prazer,
enquanto a cabeça voltava a posição natural, fazendo com que seu olhar
resvalasse, sem querer, na janela.
— O que houve?
Existe uma urgência entre nós que não são ditas em palavras.
Minhas costas ficam retas e minhas pernas ficam rígidas quando ele
chupa meu clitóris e, em seguida, mergulha de volta para a minha entrada.
Vou gozar. É tão rápido, mas somos jovens e tudo é rápido para nós. O tempo
perdeu sua importância.
Minha respiração vem em ondas curtas.
Eu me balanço contra seu rosto e aperto seu cabelo, empurrando-o mais
profundo. Estou tão perto. Meus mamilos endurecem, e eu quero tanto que
seu pau esteja dentro de mim. Eu preciso dele.
Ohhh...Tão perto.
Ele se afasta e eu quase reclamo por ele me deixar no limite, mas ele
rapidamente empurra dois dedos para dentro e massageia meu clitóris com
sua língua.
Ah!
Eu não sei quem sou. A Fran reprimida perdeu-se naquela boca. Minha
boceta aperta em torno de sua língua, e ele geme quando eu sinto as ondas de
excitação vazarem pelas minhas coxas.
Eu o amo.
Eu o amo.
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Josiane Biancon da Veiga nasceu no Rio Grande do Sul. Desde cedo, apaixonou-se por
literatura, e teve em Alexandre Dumas e Moacyr Scliar seus primeiros amores.
Aos doze anos, lançou o primeiro livro “A caminho do céu”, e até então já escreveu mais
de vinte livros, dos quais, vários se destacaram em vendas na Amazon Brasileira.
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https://www.instagram.com/josianeveigaescritora/