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SEYYED HOSSEIN NASR é Diretor da
Academia Imperial Iraniana de Filosofia e
Professor de Filosofia da Universidade
de Teerã, e autor de numerosos livros já
traduzidos em vários países europeus e nos
Estados Unidos. ·
ZAHAR EDITORES
a cultura a serviço do progresso social
RIO DE JANEIRO
VIVER ATRAVÉS DO ZEN
D.T. Suzuki
O ZEN-BUDISMO
Christmas Humphreys
No presente livro, o autor, um dos mais lidos e respeitados
analistas e divulgadores dos ensinamentos de Bodhi-Dharma
no Ocidente, expõe com impecável clareza todos os
i aspectos do processo de Zen, tornando bastante compreensível
I um sistema de v:da freqüentemente desvirtuado por ·
i• maus intérpretes, mais interessados em explorar o
sensacionalismo e a "moda meditativa" que lavra episodicamente
em certos setores da sociedade que se caracterizam
pelo excesso de tempo ocioso.
O YOGA
Tara Michael
A autora, seguindo a linha de trabalho adotada por
indologistas de renome que tratar~_!ll em profundidade a
filosofia indiana, procura apresentar-nos um quadro sucinto,
mas completo, do que-- vem a ser o Yoga tradicional.
O cuidado em ilustrar sua obra com passagens das escrituras
sagradas da lndia e com citações de autores e mestres
(gurus) "modernos'' de reconhecida autoridade faz deste
livro uma chave para a compreensão global do Yoga em suas
dimensões mística, espiritual, social e cultural.
ZAHAR
EDITORES
O HOME M E A NATUR EZA
ESP!RITO E MATÉRIA
o Homem
e a Natureza
Tradução de
RAuL BEZERRA PEDREmA FILHO
RIO DE JANEIRO
Título original:
M an and N ature
capa de
JANE
1977
Impresso no Brasil
A. MARCO PALLIS
íNDICE
O Problema
39 "De forma que a ciência, seja antiga ou moderna, não pode jamais,
sem contradizer-se, provar uma tese idcalística e pcrmitit·-se a se1
uma base para se atacar um ponto de vista empírico-realista. Pcnsn-
dores idealistas têm que procurar outros meios d2 realizar sua noh"(
missão. Mas, por outro lado, a ciência não p'lde também se!· utiliznda
para erigir uma tese materialista." P. J. Chaudhury, The Philosophy
of Science: Calcutá, 1955.
40 Um renomado físico moderno, Vv. Heisenberg, csc1·cve: "Assim
como os corpos elementares regulares da filosofia de Platão, as pa!·-
tículas elementares da física moderna são definidas pelas condiçÕc'.
matemáticas de simetria; não são eternas e invariáveis c, portanto.
dificilmente o que se poderia chamar de "real" no verdadci ro scntich
da palavra. Antes, são simples representações dessas estruturas ma-
temáticas fundamentais às quais se chega nas tentativas de se subdi-
vidir progressivamente a matéria; representam o conteúdo das lei~
fundamentais da natureza. Para a ciência natural moderna não há
mais, de início, o objeto material, mas a forma, simetria matemática.
E dado que a simetria matemática é, em última análise, um conteúdo
intelectual, poderíamos dizer, nas palavras do Fausto de Goethe; "No
início era o verbo, o lagos". Conhecer este lagos em todos os seus de-
talhes particulares e com clareza total, com respeito à estrutura fun-
damental da matéria, é tarefa dos físicos atômicos dos dias atuais. . "
W. Heisenberg, M. Born, E. Schrodinger, P. Anger, On Modern Phu-
sics: Nova York, 1961, p. 19. Embora esta afirmação seja até certo
ponto verdadeira no que diz serem todas leis naturais e a compreensão
inteligível do conteúdo destas provenientes do próprio lagos, está cer-
tamente confundindo o ~reflexo': com a próp1·ia 'coisa ao identificar 0
conteúdo intelectual da_simetria matemática com o próprio logo.~. O
significado desta simetria -existe e é sentido pelos físicos, mas somente
a metafísica pode mostrar que ela é uma aplicação de um princípio
mais universal. Sem a metafísica, incide-se novamente no erro de
reduzir o mais elevado ao mais baixo, o Verbo à inteligibilidade mate-
mática da forma dos objetos materiais.
0 PROBLEMA 35
"~ Este ponto <1' v sta é especialmente desenvolvi elo por G. F. Stout
em seu livro God and N aturr: Cambridge, 1952.
r>n Ver por exemplo Yarnold, The Spii·itual Crisis of the Scientific
A,qe, pp. 54 e ss.
no "Assim, o método científico deve ser visto como um métod0 que
os cristãos empregam para obtc1· uma melhor compreensão da sah~d·l
ria ele Deus e das maravilhns d~ Sua Criação ... " Smethurst, Modern
Scir•ncc and Christian Belief, p. 71.
61 Vem-nos à memória a expressão de Oliver Chase: "Para a huma-
nidade há dois únicos sacramentos que revelam o significado e trans-
mitem a experiência da realidade: são eles o Universo criado e a
pessoa de Jesus Cristo" (citado por Raven, Natural Religion and Chris-
tian Theology, p. 105). Isto é reminiscente dos primeiros teólogos pro-
testantes americanos, como Jonathan Edwards, que se ocupavam do
sentido teológico da natureza.
62 Ver A. N. Whitehead, Science and the Modern Wo1'id, Capítulo L
63 "Não simplesmente a relação de motivo e conseqüência, nem de
causa e efeito, nem de pens,mento e expressão, nem de propósito e
instrumento, tampouco de fim e meios; mas é tudo isso de uma só
vez. Precisamos arranjar-lhe um outro nome; e há em algumas tra-
dições religiosas um elemento que, segundo a crença dos adeptos dessas
tradições, se relaciona tão intimamente com aquilo que desejamos. que
podemos de forma mais apropriada chamar esta concepção da relação
do eterno com a história, do espírito com a matéria, de concepção sa-
cramentaL" Temple, Naf11re, Man and God, pp. 481-2.
0 PROBLEMA 43
f! i' (' ;/ i
~; (~j-·.fJ.,
79 "Sugeri que a explicação científica 'vinda de baixo' tem de ~et'
suplementada por alguma coisa bem mais ampla e profunda: a inter-
pretação vinda de cima. Até que assim se proceda, nossa autoridadP.
sobre a verdade essencial cristã será débil e freqüentemente ineficaz."
Yarnold, The SpiTitual CTisis of the Scientific Age, p. 7.
so "A divisão de trabalho na aquisição de conhecimento, embora gere
novas ciências, já é um reconhecimento da unidade e integridade de
todo conhecimento e um desafio a expô-lo. Esta é uma abordagem bem
mais diferente do que tentar colocar juntos, como partes de um todo,
os resultados específicos das ciências específicas oü, utilizando os re-
sultados de uma delas, moldar os assuntos das demais. A natureza,
e não o talento do homem, concede ao conhecimento seu caráter inte-
gral. Isto sugere uma ciência da natureza que não é física, nem quí-
mica, ou coisa parecida, tampouco ciências sociais e similares. '"
F. J. E. Woodbridge, An Essay on NatuTe: Nova York, 1940, p. 58.
CAPITULO II
I
CAPÍTULO 1II
145 The Sacred Buoks uf the Hindus (org;. por B. D. Basu), vol. VI,
The Vaisesika Sutms of Kanada (trad. de Nandalal Sinha): Allahabad,
1923, p. 2.
146 "Do efeito danoso da tripla espécie de dor (surge) um desejo
de conhecer a forma de 1·emovê-la (a dor). Se das visíveis (formas
de removê-la), este (desejo) parecesse supét'fluo, não o seria, pois
estas formas não são nem absolutamente completas, nem duradouras."
The Samkhya Karika of Iswar Krishna (trad. de J. Davies): Calcutá,
1957, p. 6.
Fizemos algum uso para esta análise do Sam.khya 1 da obra persa
de D. Shayegan, que se encontra no prelo (Tehran Univ. Press).
A respeito do sistema Samkhya, ver A. B. Kheit, Samkhya System:
Calcutá, 1949, e B. N. Seal (VraJendranatha-Sila), Positive Sciences
of the Ancient Hindus: Londres, 1915.
147 "A forma de erradicar a raiz da aflição é portanto o guestionn.-
Jl1entopráti(!O da filosofia Samkhya." Dasgrupta, op. cit., p. 26D. ~ ~
PRINCÍPIOS METAFÍSICOS PERTINENTES À NATUREZA 91
167 Ver J. Needham, "Science and Society in East and \Vest", Cen-
taurus; v oi. 10, n.o 3, 1964, pp. 174-97.
168 Por ortodoxia não queremos dizer simplesmente seguir a inter-
pretação exotérica e literal de uma religião, mas j)Ossuir a __~
:<:orreta ( orthos-doxia) aos níveis tanto exotérico_gua-nf<Lesotéü~. Ver
F~oil, ''Orthodoxy and fritellectuality", em Language o/ the Self:
Madrasta, 1959, pp. 1-14.
100 0 HOMEM E A NATUREZA
226 "E/les [ especes] n'ont devant elles qu'une alterna tive: ou se main-
tenir inchangées, ou s'éteindre." Caullery, op. cit., pp. 84-5.
227 "Le succes de la théorie évolutioniste, c'est le succes des per-
sonnes faciles, il n' est point de bio-philosophie qui ne recoure à cette
fille complaisante: elle sert le matérialisme de Haeckel et de Lyssenko,
le lyrisme éperdu de Saint-Seine, l'anti-hasard de Cuénot, le spiritua-
lisme de Le Roy et de Leconte de Nouy, l'orthodoxie religieuse des
prétes, moines et princes de grand' clergie. Il existe aujourd'hui nn
scientisme clérical dont l'ardent empressement est manifeste pour l'évo-
lution: chez celle-ci se reconcilient les passionés de l'athéisme et les
croyants de stricte obédience." Bounoure, op. cit., p. 78.
CERTAS APLICAÇÕES À SITUAÇÃO CONTEMPORÂNEA 129
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