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Curso Direito Tributário (Teoria e Exercícios) p/ AFRF (ESAF)

Prof. Alberto Macedo


Aula 12 – Garantias, Privilégios e Administração Tributária

Conteúdo
1. GARANTIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ......................................... 2

1.1. PRESUNÇÃO DE FRAUDE NA ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO DE BENS OU


RENDAS ................................................................................................................................................. 5

1.2. PENHORA ON-LINE .................................................................................................................. 5

1.3. PROVA DE QUITAÇÃO DE TODOS OS TRIBUTOS ........................................................ 6

2. PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ...................................... 9

2.1. NA FALÊNCIA ........................................................................................................................... 10

2.2. NOS PROCESSOS DE INVENTÁRIO E ARROLAMENTO ............................................. 14

2.3. NOS PROCESSOS DE LIQUIDAÇÃO JUDICIAL OU VOLUNTÁRIA ......................... 16

2.4. CONCURSO DE PREFERÊNCIA ENTRE PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO


PÚBLICO .............................................................................................................................................. 16

3. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ................................................... 25

3.1. FISCALIZAÇÃO ........................................................................................................................ 25

3.2. DÍVIDA ATIVA.......................................................................................................................... 33

3.3. CERTIDÕES NEGATIVAS...................................................................................................... 37

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1. GARANTIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao


crédito tributário não exclui outras que sejam expressamente
previstas em lei, em função da natureza ou das características do
tributo a que se refiram.

Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito


tributário não altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a
que corresponda.

GARANTIAS do crédito tributário => Normas que tratam de proteger o


direito do Estado de haver o crédito
tributário que lhe é devido.

As garantias previstas no CTN NÃO SÃO UMA LISTA TAXATIVA, porque o


próprio CTN permite à lei ordinária dos entes políticos (U, E, DF, M) prever
outras.

Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados


bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do
crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer
origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa
falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de
inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da
constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os
bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

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TOTALIDADE DOS BENS E DAS RENDAS RESPONDE PELO PAGAMENTO DO


CRÉDITO TRIBUTÁRIO:
Não é só o bem envolvido no tributo que responde, mas a totalidade dos
bens e rendas. Exemplo: Se eu tenho uma dívida de IPTU que ultrapassa o
próprio valor do bem imóvel, isso não impede de eu ser cobrado no valor
total da dívida.

RESPONDEM PELO PAGAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO...

... a TOTALIDADE dos bens


e das rendas,...

...de QUALQUER
origem ou natureza,...

...do SUJEITO PASSIVO,


seu ESPÓLIO, ou
sua MASSA FALIDA,...

...INCLUSIVE os gravados
por ÔNUS REAL ou
CLÁUSULA de
INALIENABILIDADE ou
IMPENHORABILIDADE,...

...EXCETUADOS unicamente
...SEJA QUAL FOR A DATA
os bens e rendas que a LEI
da constituição do ônus ou
declare ABSOLUTAMENTE
da cláusula,...
IMPENHORÁVEIS.

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ÔNUS REAIS => São obrigações que limitam a fruição e a disposição da


propriedade. Representam direitos sobre coisa alheia e
prevalecem erga omnes. Exemplos: servidão predial,
enfiteuse, usufruto, uso, habitação, superfície, hipoteca,
penhor e anticrese.

Assim, num imóvel hipotecado, ou seja, dado em garantia a uma dívida que
seu proprietário possui, a hipoteca (garantia real que o credor tem de que o
devedor honrará a dívida) não prevalece sobre a dívida tributária que o
proprietário possua.

BENS IMPENHORÁVEIS ≠ BENS ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS

BENS ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS => art.649, exceto seu inciso I,


CPC:

(i) Móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a


residência do executado, salvo os de elevado valor ou que
ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio
padrão de vida;
(ii) Vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado,
salvo se de elevado valor;
(iii) Vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos
de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do
devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os
honorários de profissional liberal, exceto quando em caso de penhora
para pagamento de prestação alimentícia;
(iv) Livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou
outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de
qualquer profissão;
(v) Seguro de vida;
(vi) Materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas
forem penhoradas;
(vii) Pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
trabalhada pela família;
(viii) Recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação
compulsória em educação, saúde ou assistência social;

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(ix) Quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40


(quarenta) salários mínimos;
(x) Recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei,
por partido político.

Como o art.184, CTN, fala que inclusive os gravados por cláusula de


inalienabilidade ou impenhorabilidade respondem pelo crédito tributário, os
bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, apesar de
absolutamente impenhoráveis pelo art.649, I, CPC, respondem também pelo
crédito tributário, POIS PREVALECE A NORMA GERAL TRIBUTÁRIA, com força
de lei complementar.

1.1. PRESUNÇÃO DE FRAUDE NA ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO DE BENS


OU RENDAS

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens


ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a
Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como
dívida ativa.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de
terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes
ao total pagamento da dívida inscrita.

NOTIFICADO OFICIALMENTE o sujeito passivo a respeito DA INSCRIÇÃO do


crédito na Dívida Ativa da Fazenda Pública, qualquer começo de alienação ou
oneração do bem ou renda gozará de PRESUNÇÃO ABSOLUTA de fraude.

A fraude É AFASTADA se o devedor comprovar que reservou bens ou rendas


suficientes para o pagamento da dívida inscrita.

1.2. PENHORA ON-LINE

Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado,


não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem
encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a
indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão,
preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades
que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao
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registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do


mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no
âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. (Incluído
pela LC nº 118, de 2005)
§ 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-
se-á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediato
levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem
esse limite. (Incluído pela LC nº 118, de 2005)
§ 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que
trata o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação
discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade
houverem promovido. (Incluído pela LC nº 118, de 2005)

Órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens


=> REGISTRO PÚBLICO DE IMÓVEIS; DETRAN

Autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais


=> BANCO CENTRAL, COMISSÃO DE VALORES IMOBILIÁRIOS

Quando a Procuradoria do ente político ajuíza a ação de execução fiscal,


instruída com a Certidão de Dívida Ativa, e o devedor tributário,
devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo
legal ou não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz se vale de um
sistema informatizado chamado “Bacen Jud”, disponibilizado pelo
Banco Central, para que o juiz faça o bloqueio da conta bancária do devedor,
ATÉ O LIMITE do valor total exigível.

1.3. PROVA DE QUITAÇÃO DE TODOS OS TRIBUTOS

Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de


quitação de todos os tributos.

A exigência da prova de quitação dos tributos deve ser feita por aqueles
que têm o poder de controle sobre certos atos judiciais ou
administrativos.

É o caso do juiz no processo de falência, que encerra a falência por


sentença, se aprovadas as contas do administrador judicial (art.156, Lei
11.101/2005).
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Art. 191-A. A concessão de recuperação judicial depende da


apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o
disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei.

Conforme o art.47 da Lei 11.101/2005, “a recuperação judicial tem por


objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do
devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego
dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a
preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade
econômica”.

A Recuperação Judicial é concedida por decisão judicial. Mais uma vez, o juiz
com o poder-dever de exigir a prova da quitação dos tributos.

Art.151, CTN => Suspensão de exigibilidade do crédito tributário


Art.205, CTN => Prova de quitação de tributo por certidão negativa
Art.206, CTN => Certidão positiva com efeito de negativa

Ou seja, se houver alguma hipótese de suspensão de exigibilidade e a


consequente certidão positiva com efeito de negativa emitida, essa situação
equivale à prova de quitação de tributos exigida para a concessão de
recuperação judicial, nos termos do art.191-A, CTN.

Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou


adjudicação será proferida sem prova da quitação de todos os
tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas.

O juiz que tem que proferir a sentença de homologação de partilha ou


adjudicação também tem o poder-dever de exigir a prova da quitação dos
tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas.

Essa exigência também há para a partilha amigável (extrajudicial), nos


termos do art.1.031, CPC:

Art. 1.031. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos


termos do art. 2.015 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 -
Código Civil, será homologada de plano pelo juiz, mediante a prova
da quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas

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rendas, com observância dos arts. 1.032 a 1.035 desta Lei. (Redação
dada pela Lei nº 11.441, de 2007)

Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum


departamento da administração pública da União, dos Estados, do
Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará
contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o
contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os
tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à
atividade em cujo exercício contrata ou concorre.

Aqui, em vez do juiz, a cobrança da exigência recai sobre a autoridade


administrativa.

O dispositivo do CTN fala em quitação dos tributos devidos à Fazenda


Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou
concorre. Por aqui, se uma empresa quisesse celebrar contrato de
fornecimento de sua mercadoria para um Estado, bastaria que estivesse
somente com as obrigações relativas ao ICMS em dia.

Mas, na verdade, a Lei 8.666/1993 prevê a necessidade de prova de


regularidade fiscal com as três Fazendas, federal, estadual e
municipal, para habilitação nas licitações (art.27, IV, c/c art.29, III), ou
seja, mais exigente que o art.193, CTN.

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EXIGÊNCIA DA PROVA DE QUITAÇÃO DOS TRIBUTOS:

Extinção das
obrigações do falido

Concessão de
Recuperação Judicial Juiz

Sentença de
Julgamento de Partilha
ou Adjudicação

Departamento da
Contrato ou Proposta Administração Pública
em Concorrência da U, E, DF, M, ou
Pública Autarquia

2. PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Preferências
Art.186, caput. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja
qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os
créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de
trabalho. [...]

Quando há falência, recuperação judicial, inventário, arrolamento e


liquidação de empresas, há cobrança coletiva de créditos, e aí,
aplicam-se essas regras de preferência.

- Os vencimentos dos créditos são antecipados


- Os créditos são ordenados em classes
- Só se passa a pagar para a classe seguinte quando a classe acima foi
integralmente paga

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FALÊNCIA

REGRAS SOBRE OS PRIVILÉGIOS DO


CRÉDITO TRIBUTÁRIO
COBRANÇA COLETIVA
RECUPERAÇÃO

(art.186 a 190, CTN)


JUDICIAL

(Juízo Universal)
DE CRÉDITOS
INVENTÁRIO ou
ARROLAMENTO

LIQUIDAÇÃO DE
EMPRESAS

Pelo art.187, caput, CTN, “A cobrança judicial do crédito tributário não é


sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação
judicial, concordata, inventário ou arrolamento”.

Isso quer dizer que os credores em geral têm que ter seus créditos
habilitados na cobrança coletiva de créditos, ou seja, no processo que
tramita no juízo universal. Mas a Fazenda Pública não necessita disso. A
Ação de Execução Fiscal proposta pela Fazenda Pública continua seu curso,
sendo uma exceção àquele juízo universal.

Mas, como o crédito tributário não tem preferência absoluta (o que veremos
a seguir), se satisfeito o credor (Fazenda Pública) no processo de execução
fiscal, esse crédito tributário é remetido ao juízo falimentar para lá ser
distribuído conforme a ordem legal de preferência (REsp 399.724 RS).

2.1. NA FALÊNCIA

Art.186, Parágrafo único. Na falência:


I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou
às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar,

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nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem


gravado;
II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência
dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e
III – a multa tributária prefere apenas aos créditos
subordinados.

2.1.1. Créditos Extraconcursais


O art.188, caput, CTN, traz a definição de créditos tributários
extraconcursais:

Art. 188, caput. São extraconcursais os créditos tributários


decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo
de falência. [...]

Mas o conceito de créditos extraconcursais é mais amplo, abrangendo,


por exemplo, quaisquer créditos que surgiram em decorrência da
administração da massa falida, após a decretação da falência.

Entre esses, podemos citar (i) as remunerações devidas ao administrador


judicial da massa falida e aos seus auxiliares e (ii) os créditos derivados da
legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a
serviços prestados após a decretação da falência (créditos trabalhistas
extraconcursais) (art.84, I, Lei nº 11.101/2005)

A lista completa dos créditos extraconcursais na falência encontra-se no


art.84 da Lei nº 11.101/2005.

2.1.2. Importâncias Passíveis de Restituição

As IMPORTÂNCIAS PASSÍVEIS DE RESTITUIÇÃO são os bens pertencentes a


terceiros que no momento da decretação da falência estavam sob o poder do
devedor.

Também se incluem neste conceito a coisa vendida a crédito que foi


entregue ao devedor dentro dos 15 dias anteriores ao requerimento de
falência, caso ainda não alienada, conforme art.85, Lei 11.101/2005.

2.1.3. Créditos Com Garantia Real, No Limite do Valor do Bem


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Se um banco efetua empréstimo para uma empresa, e para garantir esse


empréstimo, constitui-se, em garantia, hipoteca (espécie de garantia real)
sobre imóvel da empresa, o crédito decorrente dessa garantia real prevalece
sobre o crédito tributário, até o limite do valor do bem imóvel.

Lembre-se: Garantia real constituída após a inscrição do crédito tributário


em dívida ativa = PRESUNÇÃO DE FRAUDE.

2.1.4. Créditos Decorrentes de Legislação do Trabalho – Limite de


150 Salários Mínimos Por Credor

Limites e condições créditos legislação trabalhista (art.186, parágrafo


único, II, CTN) =>
Limite de 150 salários mínimos por credor, para evitar
abusos ao se considerar de natureza alimentícia salários
milionários (art.83, I, Lei 11.101/2005).

2.1.5. Crédito Tributário Extraconcursal Contestado

Art.188, § 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes


ao processo competente, mandando reservar bens suficientes à
extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não
puder efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido,
quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da
Fazenda Pública interessada.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos processos de concordata.

O crédito tributário extraconcursal, surgido no decorrer do processo de


falência, deve ser pago ou contestado imediatamente pela massa falida, pois
ainda não está definitivamente constituído.

Se contestado, não vai ser no juízo falimentar, mas sim no juízo


especializado em matéria tributária.

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A partir do exposto acima, temos a seguinte ordem de preferência dos


créditos, na FALÊNCIA:

1º) Créditos da Legislação do Trabalho, limitados até 150 salários mínimos por
credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho

2º) Créditos com garantia real, até o limite do valor do bem gravado

3º) Créditos tributários, excetuadas as multas tributárias

4º) Créditos com privilégio especial

5º) Créditos com privilégio geral

6º) Créditos quirografários

7º) Multas contratuais, multas tributárias e penas pecuniárias por infração de leis
penais ou administrativas

8º) Créditos subordinados

Detalhes sobre essa classificação podem ser vistos no art.83 da Lei nº


11.101/2005.

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2.2. NOS PROCESSOS DE INVENTÁRIO E ARROLAMENTO


Art. 189. São pagos preferencialmente a quaisquer créditos
habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos
do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo
do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo
de inventário ou arrolamento.
Parágrafo único. Contestado o crédito tributário, proceder-se-á na
forma do disposto no § 1º do artigo anterior.

Processo de INVENTÁRIO => processo onde se avaliam bens do de cujus e,


depois de pagos os impostos, as dívidas e as despesas forenses, partilha-se
entre os sucessores o que sobrar.

Processo de ARROLAMENTO => procedimento simplificado, quando há


acordo entre herdeiros maiores e capazes sobre a partilha e os valores ou
valor dos bens não ultrapassa um mínimo legal (arts.1.031 a 1038, CPC).

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Lembra-se do diagrama da responsabilidade tributária pessoal do espólio, do


sucessor e do cônjuge meeiro, na Aula 09?

Momento 1 Momento 2 Momento 3

FG1 FG2

MORTE =

ABERTURA PARTILHA

FG = FATO GERADOR

Em momento 1, nem há de cujus ainda:


O vivo é o contribuinte

Em momento 2, existe o espólio:


Para FG1:
DE CUJUS - CONTRIBUINTE
ESPÓLIO - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA PESSOAL
(art.131, III, CTN)

Para FG2:
ESPÓLIO - CONTRIBUINTE
INVENTARIANTE - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA “SOLIDÁRIA”
(art.134, IV, CTN)

Em momento 3:
Para FG1:
DE CUJUS - CONTRIBUINTE
SUCESSOR E MEEIRO - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA PESSOAL
(art.131, II, CTN)

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Então, “os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou


de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou
arrolamento” de que fala o art.189, caput, CTN, são aqueles de FG1 e FG2.

Se houver crédito tributário contestado, deve-se proceder da mesma forma


prevista no §1º do art.188, CTN (art.189, parágrafo único, CTN).

2.3. NOS PROCESSOS DE LIQUIDAÇÃO JUDICIAL OU VOLUNTÁRIA

Art. 190. São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos


tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de
direito privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis
no decurso da liquidação.

Ocorre a liquidação da pessoa jurídica de direito privado quando seu ativo


é transformado em dinheiro a fim de ser distribuído aos sócios, depois de
efetuados os pagamentos de todas as dívidas e encargos da sociedade.

ATENÇÃO: NA LIQUIDAÇÃO, A PREFERÊNCIA É ABSOLUTA PARA OS


CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS.

2.4. CONCURSO DE PREFERÊNCIA ENTRE PESSOAS JURÍDICAS DE


DIREITO PÚBLICO
Art. 187. Parágrafo único. O concurso de preferência somente se
verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte
ordem:
I - União;
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;
III - Municípios, conjuntamente e pró rata.

Os credores em geral têm que ter seus créditos habilitados na cobrança


coletiva de créditos. Mas a Fazenda Pública não necessita disso.

O que há é o concurso de preferência ocorre entre as Fazendas Públicas dos


entes federados.

Esse tratamento diferenciado privilegiando, primeiro a União, e depois, os


Estados, Distrito Federal e Territórios, foi considerado constitucional pelo
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STF, ainda na vigência do ordenamento anterior (Emenda Constitucional


01/1969 à CF1967), conforme súmula 563:
O concurso de preferência a que se refere o parágrafo único do art.187
do Código Tributário Nacional é compatível com o disposto no art. 9º,
I, da Constituição Federal.

O art.29 da Lei 6.830/1980 estendeu a essas pessoas jurídicas de direito


público às respectivas autarquias, o que o STF entendeu não extrapolar o
trazido pelo CTN (RE 54.990 SP).

Nesse concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público, se


sobrar algum crédito após a União ter seus créditos satisfeitos, esse saldo
restante é dividido proporcionalmente entre Estados e Distrito Federal
proporcionalmente, conforme o valor do crédito de cada um.

Se sobrar algum crédito após os Estados e o Distrito Federal terem seus


créditos satisfeitos, esse saldo restante é dividido proporcionalmente entre
os Municípios proporcionalmente, conforme o valor do crédito de cada um.

01- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO 2005 ESAF) Consoante o caput do art. 186 do Código
Tributário Nacional, o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual
for a natureza ou o tempo da sua constituição, ressalvados os créditos
decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.
Entretanto, por força de alteração legislativa havida recentemente no
referido artigo, e de súmula editada pelo Superior Tribunal de Justiça, pode-
se afirmar que, na falência, o crédito tributário:
a) Prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado.
b) Para que possam preferir ao crédito tributário, os créditos decorrentes da
legislação do trabalho serão limitados à quantia equivalente a 100 (cem)
salários-mínimos.
c) A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a habilitação em
processo de falência.
d) Não prefere à restituição de adiantamento de contrato de câmbio, que
deve ser atendida antes de qualquer crédito.
e) A multa tributária não prefere aos créditos subordinados.

Resolução

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a) ERRADO. NÃO Prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem
gravado (art.186, parágrafo único, I, in fine, CTN).
b) ERRADO. Para que possam preferir ao crédito tributário, os créditos
decorrentes da legislação do trabalho serão limitados à quantia equivalente
a 100 150 (cem cento e cinquenta) salários-mínimos (art.186, parágrafo
único, II, CTN c/c art.83, I, Lei 11.101/2005).
c) ERRADO. A cobrança judicial do crédito tributário NÃO é sujeita a
habilitação em processo de falência (art.187, caput, CTN).
d) CERTO. Não prefere à restituição de adiantamento de contrato de câmbio,
que deve ser atendida antes de qualquer crédito.
É o teor da Súmula 307, STJ:
A restituição de adiantamento de contrato de câmbio, na falência,
deve ser atendida antes de qualquer crédito.

e) ERRADO. A multa tributária não prefere APENAS aos créditos


subordinados (art.186, parágrafo único, III, CTN).

GABARITO: D

02- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2003 ESAF) Avalie o


acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as
falsas; em seguida, marque a opção correta.
( ) Os bens do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida gravados por
ônus real respondem pelo pagamento do crédito tributário da Fazenda
Pública.
( ) Não se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas
por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito
tributário regularmente inscrito como dívida ativa em fase de execução, na
hipótese de terem sido reservados bens ou rendas suficientes ao total
pagamento da dívida em fase de execução.
( ) Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será
proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do
espólio, ou às suas rendas.
a) F, V, F
b) F, F, V
c) F, F, F
d) V, V, V
e) V, V, F

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(V) Art.184, CTN.


(V) Art.185, CTN.
(V) Art.192, CTN.

GABARITO: D

03- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF) Observe as


seguintes proposições e verifique se cada uma delas é verdadeira (V) ou
falsa (F). Em seguida, assinale a opção que ofereça a seqüência correta.
1.ª - Os créditos tributários devem ser pagos antes do referente a
obrigações trabalhistas, rateando-se entre os trabalhadores o resíduo, se o
patrimônio do devedor for insuficiente para o pagamento integral do direito
destes.
2.ª - Contestado o crédito tributário, o litígio processar-se-á à parte,
prosseguindo normalmente o processo de falência; porém reservam-se
neste bens suficientes para o total pagamento do crédito tributário e os
acréscimos legais, se a massa falida não puder garantir o crédito tributário
na forma diferente.
3.ª - Segundo decorre a contrario sensu da letra do Código Tributário
Nacional, isoladamente considerada, pode ser admitida proposta, em
concorrência pública junto ao Estado, de quem deva tributos somente à
União.
a) V, V, V
b) F, V, V
c) F, F, F
d) V, F, F
e) F, F, V

Resolução

1.ª – FALSO. Os créditos tributários devem ser pagos antes DEPOIS do


referente a obrigações trabalhistas, RESSALVADOS OS CRÉDITOS
DERIVADOS DA LEGISLAÇÃO DO TRABALHO QUE SUPERAREM O LIMITE DE
150 SALÁRIOS MÍNIMOS POR CREDOR (art.186, caput, CTN, c/c art.83, I,
Lei 11.101/2005).
OBSERVAÇÃO: ESSE ITEM ERA FALSO TAMBÉM À ÉPOCA DA PROVA, POIS
JÁ HAVIA RESSALVA À LEGISLAÇÃO DO TRABALHO E, PELA
JURISPRUDÊNCIA, CRÉDITOS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRABALHO.
2.ª – VERDADEIRO. (art.188, §1º, CTN).
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3.ª - VERDADEIRO. A ALTERNATIVA FALA “ISOLADAMENTE CONSIDERADA”


PARA DEIXAR CLARO QUE NÃO QUER CONSIDERAR OUTRA LEGISLAÇÃO A
RESPEITO. ENTÃO, CONSIDERANDO SÓ O CTN, OS TRIBUTOS CUJA PROVA
DE QUITAÇÃO É NECESSÁRIO SÃO SOMENTE OS DA FAZENDA PÚBLICA
INTERESSADA. NESSE SENTIDO, A ALTERNATIVA ESTÁ VERDADEIRA.
MAS CABE REGISTRAR QUE A LEI 8.666/1993 PREVÊ A NECESSIDADE DE
PROVA DE REGULARIDADE FISCAL COM AS TRÊS FAZENDAS, FEDERAL,
ESTADUAL E MUNICIPAL PARA HABILITAÇÃO NAS LICITAÇÕES (art.27, IV,
c/c art.29, III, CTN), OU SEJA, MAIS EXIGENTE QUE O ART.193, CTN.

GABARITO: B

04- (ADVOGADO IRB BRASIL RESSEGUROS 2006 DIREITO


TRIBUTÁRIOS ESAF) Da obrigação tributária principal decorre o crédito
tributário, com a mesma natureza. Sobre a obrigação tributária, nos termos
do art. 113 e seguintes do Código Tributário Nacional (Lei n. 5.172, de 25 de
outubro de 1966), é correto afirmar-se que
a) em processo de falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial
ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à
disposição do juízo falimentar pelo prazo de um ano, contado da data de
alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos
extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
b) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato
gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigação tributária,
observados os procedimentos do Código Tributário Nacional.
c) a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito
tributário a terceira pessoa, vinculada ou não ao fato gerador da respectiva
obrigação, desde que se exclua totalmente a responsabilidade do
contribuinte.
d) uma vez verificado o nascimento da obrigação tributária, com a realização
do fato gerador, o sujeito passivo torna-se imediatamente compelível ao
pagamento do tributo pertinente, sendo desnecessária a prática de
quaisquer atos formais por parte do sujeito ativo, em quaisquer hipóteses.
e) a responsabilidade por infrações da legislação tributária somente é
excluída pela denúncia espontânea da infração quando acompanhada do
pagamento do tributo devido e dos juros de mora.

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a) CERTO. Art.133, §3º, CTN.


b) ERRADO. a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do
fato gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigação
tributária, observados os procedimentos do Código Tributário Nacional a
serem estabelecidos em lei ordinária (art.116, parágrafo único, CTN).
c) ERRADO. a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo
crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ou não ao fato gerador da
respectiva obrigação, desde que se exclua EXCLUINDO totalmente a
responsabilidade do contribuinte OU ATRIBUINDO-A A ESTE EM CARÁTER
SUPLETIVO DO CUMPRIMENTO TOTAL OU PARCIAL DA REFERIDA
OBRIGAÇÃO (art.128, CTN).
d) ERRADO. PARA o sujeito passivo torna-se imediatamente compelível ao
pagamento do tributo pertinente, É NECESSÁRIA a prática DO LANÇAMENTO
POR PARTE do sujeito ativo (art.142, CTN).
e) ERRADO. a responsabilidade por infrações da legislação tributária
somente é excluída pela denúncia espontânea da infração quando
acompanhada, SE FOR O CASO, do pagamento do tributo devido e dos juros
de mora (art.138, CTN).

GABARITO: A

05- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 DIREITO TRIBUTÁRIO E


PROCESSUAL TRIBUTÁRIO) O crédito tributário, face à sua importância
como principal fonte de receita no orçamento público, é cercado de diversos
privilégios e garantias. Sobre esses, é incorreto afirmar-se que:
a) como regra, respondem pelo seu pagamento a totalidade dos bens e de
rendas, de qualquer natureza ou origem, do sujeito passivo.
b) na execução fiscal, existe hipótese em que o juiz pode decretar a
indisponibilidade dos bens e direitos do sujeito passivo.
c) a existência de um rol de disposições no Código Tributário Nacional
pertinente às garantias e privilégios do crédito tributário não impede o
surgimento posterior de outras, referentes a tributos específicos, em suas
respectivas leis de regência.
d) nos casos de falência, o crédito tributário e todos os seus acréscimos
legais encontram-se igualmente posicionados na ordem de preferência.
e) os créditos trabalhistas preferem ao crédito tributário.

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a) CORRETO. Art.184, CTN.


b) CORRETO. na execução fiscal, existe hipótese (DE O DEVEDOR
TRIBUTÁRIO, DEVIDAMENTE CITADO, NÃO PAGAR NEM APRESENTAR BENS
À PENHORA NO PRAZO LEGAL E NÃO FOREM ENCONTRADOS BENS
PENHORÁVEIS) em que o juiz pode decretar a indisponibilidade dos bens e
direitos do sujeito passivo (art.185, CTN).
c) CORRETO. a existência de um rol de disposições no Código Tributário
Nacional pertinente às garantias e privilégios do crédito tributário não
impede o surgimento posterior de outras, referentes a tributos específicos,
em suas respectivas leis de regência (art.183, CTN).
d) INCORRETO. nos casos de falência, o crédito tributário e todos os seus
acréscimos legais DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO encontram-se igualmente EM
POSIÇÃO distinta, na ordem de preferência. A multa tributária só prefere os
créditos subordinados (art.186, parágrafo único, III, CTN).
e) CORRETO. Art.186, caput, CTN.

GABARITO: D

06- (AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL AFTE-RN 2005 ESAF)


Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo.
I. O Código Tributário Nacional veda que lei estadual autorize os órgãos da
administração pública estadual direta a aceitar proposta em concorrência
pública sem que o proponente faça prova da quitação de todos os tributos
devidos à Fazenda Pública Estadual, relativos à atividade em cujo exercício
concorre.
II. Os créditos tributários vencidos e vincendos, exigíveis no decurso do
processo de falência, devem ser pagos preferencialmente a quaisquer outros
e às dívidas da massa, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do
trabalho e os protegidos por garantia real.
III. A cobrança judicial do crédito tributário não está sujeita à habilitação em
inventário, exceto se houver herdeiro civilmente incapaz.
a) Somente I é verdadeira.
b) Somente II é verdadeira.
c) Somente I e II são verdadeiras.
d) Somente I e III são verdadeiras.
e) Todas são falsas.

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I. FALSA. O Código Tributário Nacional NÃO veda que lei estadual autorize os
órgãos da administração pública estadual direta a aceitar proposta em
concorrência pública sem que o proponente faça prova da quitação de todos
os tributos devidos à Fazenda Pública Estadual, relativos à atividade em cujo
exercício concorre. ISSO POR CAUSA DA EXPRESSÃO CONSTANTE NO
INÍCIO DO ART.193, CTN: “SALVO QUANDO EXPRESSAMENTE AUTORIZADO
POR LEI”.

II. FALSA. Os créditos tributários vencidos e vincendos, exigíveis no decurso


do processo de falência, devem ser pagos preferencialmente a quaisquer
outros e às dívidas da massa (DÍVIDAS DA MASSA SÃO CRÉDITOS
EXTRACONCURSAIS. TÊM PREFERÊNCIA SOBRE OS CRÉDITOS
TRIBUTÁRIOS – art.186, parágrafo único, I, CTN), ressalvados os créditos
decorrentes da legislação do trabalho e os protegidos por garantia real (NO
LIMITE DO VALOR DO BEM GRAVADO - art.186, parágrafo único, I, CTN) ou
do acidente de trabalho (art.186, caput, CTN).

III. FALSA. A cobrança judicial do crédito tributário não está sujeita à


habilitação, em inventário, exceto se houver herdeiro civilmente incapaz
SEM EXCEÇÃO (Art.187, CTN).

GABARITO: E

07- (ADVOGADO IRB 2004 ESAF) Avalie as afirmações adiante e marque,


em seguida, a opção de resposta correta.
I. Compete exclusivamente à União instituir contribuições de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
ressalvada a faculdade conferida aos Estados e ao Distrito Federal para
instituir contribuição de intervenção no domínio econômico que se destine ao
financiamento de programas de infraestrutura de transportes.
II. O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for
integral e em dinheiro.
III. Na hipótese de não terem sido reservados bens ou rendas suficientes ao
total pagamento da dívida, presume-se fraudulenta a alienação ou oneração
de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com
a Fazenda Pública por crédito tributário regularmente constituído e inscrito
em dívida ativa.
a) somente I e II são verdadeiras.
b) somente I e III são verdadeiras.
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c) somente II e III são verdadeiras.


d) somente III é verdadeira.
e) somente II é verdadeira.

Resolução

I. FALSA. Compete exclusivamente à União instituir contribuições de


intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, ressalvada a faculdade conferida aos Estados e ao Distrito
Federal para instituir contribuição de intervenção no domínio econômico que
se destine ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes
(art.149, caput, CF88).

II. VERDADEIRA. Súmula 112, STJ:


“o depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se
for integral e em dinheiro”.

III. FALSA. NA ÉPOCA DA PROVA, A ALTERNATIVA ERA FALSA, POIS AINDA


NÃO TINHA ADVINDO A LC 118/2005, QUE ALTEROU (ANTECIPOU) O
MOMENTO A PARTIR DO QUAL SE PRESUMIA FRAUDULENTA A ALIENAÇÃO
OU ONERAÇÃÕ DE BENS OU RENDAS: DE “crédito tributário regularmente
inscrito como dívida ativa em fase de execução” PARA “crédito tributário
regularmente constituído e inscrito em dívida ativa” (art.185, CTN).

GABARITO: E

08- (ADVOGADO IRB 2004 ESAF) Avalie o acerto das afirmações adiante
e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a
resposta correta.
( ) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário na forma estabelecida
pelo Código Tributário Nacional impede que corra o prazo prescricional da
ação da Fazenda Pública para cobrança do crédito.
( ) O crédito tributário prefere a qualquer outro, ressalvados os créditos
protegidos por garantia real habilitados em processo falimentar e os
decorrentes da legislação trabalhista.
( ) Inclui-se na expressão “crédito tributário” a multa moratória imposta em
decorrência do não pagamento do tributo na época do vencimento.

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( ) Na hipótese de haver herdeiros incapazes civilmente, a cobrança judicial


do crédito tributário fica sujeita à habilitação em inventário.
a) F, V, V, V
b) F, F, V, V
c) F, F, F, V
d) V, F, V, F
e) V, V, F, F

Resolução

(V) PORQUE COM A suspensão da exigibilidade do crédito tributário AINDA


NÃO HOUVE A CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
(F) O crédito tributário prefere a qualquer outro, ressalvados os créditos
protegidos por garantia real habilitados em processo falimentar e os
decorrentes da legislação trabalhista OU DO ACIDENTE DO TRABALHO.
(V) Inclui-se na expressão “crédito tributário” a multa moratória imposta em
decorrência do não pagamento do tributo na época do vencimento, PORQUE
“A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se
em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária” (art.113,
§3º), e “O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma
natureza desta” (art. 139).
(F) A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de
credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata,
inventário ou arrolamento (Art. 187, CTN).

GABARITO: D

3. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

3.1. FISCALIZAÇÃO

3.1.1. Poderes das Autoridades Fiscais

Dispositivos da CF88 importantes sobre Fiscalização Tributária:

3.1.1.1. Pressupostos Constitucionais

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Art.37, XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados,


do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras
específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas
atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na
forma da lei ou convênio.

Art.145, §1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal


e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,
facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.

Art. 167. São vedados: IV - a vinculação de receita de impostos a


órgão, fundo ou despesa, ressalvadas [...] a destinação de
recursos [...] para realização de atividades da administração
tributária, como determinado[...] pelos arts. [...] 37, XXII,[...].

3.1.1.2. Legislação Tributária sobre Fiscalização

Voltando ao CTN:

Art. 194. CTN. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei,


regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da
natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das
autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua
aplicação.

As diversas atividades das autoridades administrativas em sua atuação de


fiscalização têm de ser reguladas pela LEGISLAÇÃO tributária por conta da
especificidade de cada tributo.

Por exemplo. A fiscalização do IPTU deve possuir procedimentos específicos


estabelecidos pela legislação bem distintos daqueles da fiscalização do
Imposto de Renda, por exemplo, que atua muito mais com documentação
contábil, na necessidade de se verificar a renda do contribuinte.

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Art.194, parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo


aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não,
inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de
caráter pessoal.

PESSOA NATURAL ou JURÍDICA; IMUNE ou ISENTA; CONTRIBUINTE ou NÃO

NÃO IMPORTA,
A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA SOBRE FISCALIZAÇÃO A ELAS SE APLICA

Além de a condição de imunidade e de isenção deverem ser periodicamente


checadas pela fiscalização, pessoas que se encontrem nessas situações
podem ser eleitas pela lei para ser responsáveis tributárias.

Por exemplo, nada impede de a lei municipal prever uma entidade


beneficente que goze de imunidade tributária de ser responsável tributária
por reter na fonte o ISS relativo aos serviços que ela toma de prestadores
de serviço.

3.1.1.3. Prerrogativa de Examinar Livros Comerciais, Documentos


etc.

Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação


quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do
direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos,
papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou
produtores, ou da obrigação destes de exibi-los.
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e
fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão
conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários
decorrentes das operações a que se refiram.

A lei não pode excluir ou limitar o direito do Fisco de realizar o exame nos
objetos e documentos em geral do contribuinte, mas esse só deve alcançar
até onde vai o interesse da fiscalização. É o sentido da Súmula 439, STF:

Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer


livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.

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O prazo de prescrição é de 5 anos a contar da constituição definitiva


do crédito tributário, mas ele está sujeito a várias hipóteses de
interrupção (por exemplo, despacho do juiz que ordena a citação) e de
suspensão (por exemplo, no curso do processo de execução, de 1 ano
enquanto não localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais
possa recair a penhora).

Então, não é correto afirmar que os livros e documentos deverão ficar


guardados por 5 anos. É muito mais que isso, em regra.

LIVROS OBRIGATÓRIOS => o Fisco não pode exigir um livro comercial não
obrigatório, mas se o sujeito passivo o possuir, não pode se negar a
apresentá-lo ao Fisco, caso solicitado.

3.1.1.4. Pessoas Obrigadas a Prestar Informações ao Fisco

Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à


autoridade administrativa todas as informações de que
disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:
I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais
instituições financeiras;
III - as empresas de administração de bens;
IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
V - os inventariantes;
VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em
razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a
prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante
esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

“QUE A LEI DESIGNE” => deixa clara a não taxatividade da lista de pessoas
obrigadas a prestar informações à autoridade fiscal em razão de seu cargo,
ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Ou seja, a LEI ORDINÁRIA
do ente tributante pode listar outros obrigados a prestar informações ao
Fisco.

3.1.1.5. Instituições Financeiras e o Sigilo Bancário


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A LC 105/2001 ampliou os poderes de investigação do Fisco, passando este


a ter acesso, independentemente de autorização judicial, aos livros e
registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de
depósitos e aplicações financeiras.

Neste mister, recente julgado do STF, de 15.12.2010, entendeu que a LC


105/2001 (juntamente com a legislação que rege a matéria: Lei
9.311/1996 e Decreto 3.724/2001) é conflitante com a CF88, pelo
afastamento do sigilo bancário do cidadão, pessoa natural ou jurídica,
em favor da Receita Federal, sem ordem emanada do Poder Judiciário.

RE 389.808 PR
SIGILO DE DADOS – AFASTAMENTO. Conforme disposto no inciso XII
do artigo 5º da Constituição Federal, a regra é a privacidade quanto à
correspondência, às comunicações telegráficas, aos dados e às
comunicações, ficando a exceção – a quebra do sigilo – submetida ao
crivo de órgão equidistante – o Judiciário – e, mesmo assim, para
efeito de investigação criminal ou instrução processual penal. SIGILO
DE DADOS BANCÁRIOS – RECEITA FEDERAL. Conflita com a Carta da
República norma legal atribuindo à Receita Federal – parte na relação
jurídico-tributária – o afastamento do sigilo de dados relativos ao
contribuinte.

No entanto, o tema foi também objeto de Repercussão Geral no RE


601.314 SP, que ainda aguarda julgamento. Veja ementa do reconhecimento
da repercussão geral (em 22.10.2009):

CONSTITUCIONAL. SIGILO BANCÁRIO. Fornecimento de informações


sobre movimentação bancária de contribuintes, pelas instituições
financeiras, diretamente ao fisco, sem prévia autorização judicial (lei
complementar 105/2001). Possibilidade de aplicação da lei
10.174/2001 para apuração de créditos tributários referentes a
exercícios anteriores ao de sua vigência. RELEVÂNCIA JURÍDICA DA
QUESTÃO CONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

Em suma, a discussão da repercussão geral reside em dois pontos:


1º) Se a LC 105/2001, particularmente seu art.6º, fere os princípios
constitucionais da proteção à intimidade e ao sigilo de dados, previstos no
art.5º, X e XII, CF88;
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2º) Se a facultatividade, dada à Receita Federal, de utilizar as informações


prestadas pelas instituições financeiras – inicialmente para a fiscalização da
extinta CPMF – pode se estender para verificar a existência de crédito
tributário de outros tributos relativos a períodos anteriores ao de sua
vigência (Lei nº 10.174/2001 que alterou o §3º do art.11 da Lei nº
9.311/1996).

3.1.1.6. Auxílio de Força Pública

Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o


auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e
reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no
exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação de
medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure
fato definido em lei como crime ou contravenção.

Um dos fundamentos constitucionais expressos para esse dispositivo é o


art.37, XVIII:
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão,
dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência
sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.

O “e reciprocamente” autoriza, ao menos em tese, que a autoridade


administrativa estadual ou municipal peça auxílio para a força pública
federal.

3.1.2. Deveres das Autoridades Fiscais

3.1.2.1. Dever de Documentar o Início e o Prazo Máximo do


Procedimento de Fiscalização

Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a


quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários
para que se documente o início do procedimento, na forma da
legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão
daquelas.
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados,
sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando
lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à
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fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este


artigo.

3 funções para o Termo de Início de Fiscalização:


(i) Precisar o início do prazo para o procedimento fiscal;
(ii) Possibilidade de antecipar o termo inicial do prazo decadencial
(art.173, parágrafo único, CTN), se esse início de fiscalização se der
antes do primeiro dia do exercício àquele em que poderia ter sido
efetuado o lançamento (art.173, I, CTN);
(iii) Afastar a possibilidade de denúncia espontânea por parte do sujeito
passivo, prevista no art.138, CTN.

O prazo para conclusão do procedimento fiscal pode ser prorrogado.

3.1.2.2. Vedada a Divulgação de Informações Obtidas em Razão do


Ofício

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a


divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de
informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica
ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a
natureza e o estado de seus negócios ou atividades.
§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos
no art. 199, os seguintes:
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça;
II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da
Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração
regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade
respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que
se refere a informação, por prática de infração administrativa.
§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da
Administração Pública, será realizado mediante processo
regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à
autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a
transferência e assegure a preservação do sigilo.
§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a:
I – representações fiscais para fins penais;
II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;
III – parcelamento ou moratória.

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Exceções à Não Divulgação de Informação (SEM quebra do sigilo


fiscal):

(i) Requisição de Autoridade Judiciária – equipara-se a autoridade


judiciária para os fins dessa requisição as Comissões Parlamentares
de Inquérito (CPI) que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, conforme manifestou-se o STF no MS 24.749 DF.

(ii) Solicitações de Autoridade Administrativa no Interesse da


Administração Pública, com o objetivo de investigar o sujeito passivo
por prática de infração administrativa.

SEM quebra porque é divulgação só para autoridade pública.

Exceções à Não Divulgação de Informação (COM quebra do sigilo


fiscal):

(i) Representação Fiscal para Fins Penais – quando, na fiscalização, a


autoridade administrativa detecta a configuração, por exemplo, de
crime contra a ordem tributária em tese. Tem, assim, que representar
para fins penais ao Ministério Público, titular da ação penal pública.

Só haverá crime contra a ordem tributária (arts. 1º e 2º da Lei


8.137/1990) se o crédito se mantiver, no fim do processo
administrativo fiscal. Por isso que o art.83 da Lei 9.430/1996
prescreve que a representação fiscal para fins penais só será
encaminhada ao Ministério Público após proferida a decisão final na
esfera administrativa, e sendo mantido o crédito tributário.

(ii) Inscrição na Dívida Ativa – importante porque a partir da sua


publicação no diário oficial considera-se intimado o devedor, e
consequentemente presume-se fraudulenta qualquer alienação ou
oneração de bens ou rendas (art.185, CTN)

(iii) Parcelamento ou Moratória.

3.1.2.3. Assistência Mútua para Fiscalização e Permuta de


Informações

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Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a
fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na
forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou
convênio.
Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida
em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com
Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de
tributos.

Depende de LEI ou CONVÊNIO => no âmbito NACIONAL.



Depende de ACORDO ou CONVÊNIO => no âmbito INTERNACIONAL.

3.2. DÍVIDA ATIVA

Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito


dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa
competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento,
pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os
efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.

No diagrama “Constituição do crédito tributário” (Aulas 10 e 11, página 4),


vimos que se o crédito tributário persistir, após as possibilidades de sua
extinção ou exclusão, ele estará definitivamente constituído.

A partir daí, como diz o art.201, CTN, se: (i) esgotado o prazo fixado em
lei para o seu pagamento; ou (ii) houver decisão final que manteve o
crédito tributário, então ele será encaminhado para INSCRIÇÃO EM
DÍVIDA ATIVA.

INSCREVER O CRÉDITO TRIBUTÁRIO EM DÍVIDA ATIVA = registrar o


devedor com sua dívida no cadastro da Procuradoria (“repartição
administrativa competente”) do ente político, lavrando-se um termo (TERMO
DE INSCRIÇÃO DA DÍVIDA ATIVA) no livro da dívida ativa (livro este que
hoje é eletrônico).

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Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela


autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem
como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de
outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora
acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a
disposição da lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se
originar o crédito.

A partir desse termo, gera-se a CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA, título


executivo extrajudicial que irá instruir a ação de execução fiscal.

Art.202. Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos


deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.

3.2.1. Presunção de Certeza e Liquidez – Efeito de Prova Pré-


Constituída

Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de


certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e
pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou
do terceiro a que aproveite.

CERTEZA – que já está confirmada pelo direito como existente.

LIQUIDEZ - com valor preciso, já delimitado.


O fato de os juros de mora continuarem correndo não afasta a liquidez da
certidão, bastando que sejam conhecidos os índices oficiais de juros para se
chegar ao valor atualizado.

A PRESUNÇÃO É RELATIVA – admite prova em contrário, como, por


exemplo, se o devedor tributário aparece com o comprovante de pagamento
do tributo que lhe é cobrado em fase de execução fiscal. Será extinta sua
obrigação.

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3.2.2. Omissão ou Erro nos Requisitos do Termo de Inscrição

Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo


anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da
inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade
poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante
substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo,
acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá
versar sobre a parte modificada.

Se o vício apresentado for mero defeito formal, sem afetar o direito de


defesa do contribuinte, entende o STF que não há necessidade de
decretação de nulidade da certidão (AgRg no AI 81.681).

Também não é possível substituir a Certidão de Dívida Ativa (CDA) por conta
de erro material no lançamento. Aqui, cabe sim novo lançamento, bem
como o decorrente direito ao contraditório e à ampla defesa, num novo
processo administrativo fiscal (REsp 87.768 SP).

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DIAGRAMA PÓS CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO:

Garantir como?
Constituição definitiva 1) Depósito em dinheiro
crédito tributário 2) Fiança Bancária
3) Nomear Bens à Penhora
Esgotado o
prazo para
Juiz defere a inicial Garantido o

Ação de Execução
pagamento

Crédito tributário

Ajuizamento da
em Dívida Ativa
INSCRIÇÃO do

CERTIDÃO de
e manda citar o juízo, o

Dívida Ativa
Emissão da
executado para: executado

Fiscal
- Pagar: oferece
OU
ou Embargos
- Garantir o juízo
Decisão Final em
Processo Regular

Daqui para frente:


Alienação ou Oneração de
Bens ou Rendas
=
PRESUNÇÃO DE FRAUDE
(exceto se reservou bens
ou rendas suficientes) Juiz julga e
Prazo limite para se
decide em 1ª
sanar a nulidade na
Instância
Certidão de Dívida
Ativa

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3.3. CERTIDÕES NEGATIVAS

Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de


determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão
negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que
contenha todas as informações necessárias à identificação de sua
pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o
período a que se refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos
em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez)
dias da data da entrada do requerimento na repartição.

3.3.1. Certidão Positiva com Efeito de Negativa

Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a


certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em
curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

3 situações de Certidão Positiva com Efeito de Negativa:


(i) Existência de Créditos Não Vencidos
(ii) Créditos em Curso de Cobrança Executiva em que Tenha Sido
Efetivada a Penhora – se já houve a penhora de bens que garantem
a dívida, não há por que não permitir a emissão da Certidão Positiva
com Efeito de Negativa, já que o direito do Fisco está garantido.
(iii) Créditos cuja Exigibilidade esteja Suspensa – são as hipóteses do
art.151, CTN.

3.3.2. Dispensa da Apresentação da Certidão Negativa

Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será


dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento,
quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a
caducidade de direito, respondendo, porém, todos os
participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de
mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja
responsabilidade seja pessoal ao infrator.
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Essa é uma hipótese muito aplicável no caso de licitações, em que uma


demora na emissão da certidão negativa, ou positiva com efeito de negativa,
pode levar o contribuinte a perda de prazo no procedimento licitatório, com
sua consequente exclusão do mesmo.

3.3.3. Certidão Negativa Emitida com Erro Contra a Fazenda Pública

Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que


contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza
pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário
e juros de mora acrescidos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a
responsabilidade criminal e funcional que no caso couber.

Erro contra a Fazenda Pública => não gera responsabilidade pessoal ao


funcionário

Dolo ou Fraude => responsabilidade pessoal do
funcionário.

Pela literalidade do dispositivo, para fins de concurso público, não haverá


responsabilidade solidária do funcionário com o sujeito passivo.

3.3.4. Contagem de Prazos na Legislação Tributária

Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão


contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia de início e
incluindo-se o de vencimento.
Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de
expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva
ser praticado o ato.

Um exemplo:
Prazo de 15 dias, a contar da data do fato gerador do tributo, para
apresentar determinada declaração.

Fato gerador em 01.02 (3ª feira).


4ª feira de cinzas em 16.02 (meio expediente).

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Quando vence o prazo para entrega da declaração?

Se fato gerador em 01.02, começa a contagem em 02.02. Último dia seria


16.02. Mas como 16.02 não é dia de expediente normal, não pode vencer
nesse dia o vencimento do prazo, vencendo, então, somente, em 17.02. Ou
seja, 17.02 é o último dia para a entrega da declaração.

09- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Assinale,


abaixo, a opção que, segundo decorre do Código Tributário Nacional, contém
afirmação falsa.
a) A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e
liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída, dispensando a autoridade
exeqüente, portanto, do ônus de provar sua legitimidade.
b) A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior ou o
erro a eles relativo são causas de nulidade da inscrição e do processo de
cobrança dela decorrente.
c) A nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância,
mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo,
acusado ou interessado, o prazo para defesa, que somente poderá versar
sobre a parte modificada.
d) À certidão positiva, de que conste a existência de créditos não vencidos, o
Código Tributário Nacional atribuiu o mesmo efeito de certidão negativa.
e) A certidão de que conste a existência de créditos vencidos mas que
estejam em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa, tem efeito de certidão
negativa.

Resolução

a) FALSA. A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta


RELATIVA de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída,
dispensando a autoridade exeqüente, portanto, do ônus de provar sua
legitimidade. É UMA MANIFESTAÇÃO DE PRESUNÇÃO DE LEGALIDADE,
LEGITIMIDADE E VERACIDADE (art.204, CTN).
b) VERDADEIRA. Art.203, CTN.
c) VERDADEIRA. Art.203, CTN.
d) VERDADEIRA. Art.206, CTN.
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e) VERDADEIRA. Art.206, CTN.

GABARITO: A

10- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Sobre a


Administração Tributária e o poder de fiscalizar, assinale a opção correta.
a) Iniciado o procedimento fiscalizatório pela autoridade administrativa, com
a lavratura de Termo de Início de Fiscalização, tem-se a antecipação do
prazo decadencial que, normalmente, ocorreria com o lançamento.
b) Diante de requisição da autoridade administrativa de apresentação de
informações sigilosas, não pode o agente público responsável pelo
deferimento negar-se a entregá-la.
c) Em que pese o dever de sigilo da autoridade fiscal, o Código Tributário
Nacional autoriza a divulgação de informações relativas a representações
fiscais para fins penais, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e
parcelamento ou moratória.
d) A Constituição Federal estabeleceu que as administrações tributárias da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios atuarão de forma
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações
fiscais, independentemente a existência de lei ou convênio.
e) Verificada a existência de crime contra a ordem tributária, praticado por
particular, deve a autoridade administrativa representar ao Ministério
Público, mesmo antes de proferida decisão final, na esfera administrativa,
sobre a exigência do crédito tributário.

Resolução

a) ERRADA. Iniciado o procedimento fiscalizatório pela autoridade


administrativa, com a lavratura de Termo de Início de Fiscalização, tem-se a
antecipação DO INÍCIO do prazo decadencial que, normalmente, ocorreria
com o lançamento. E MESMO ASSIM, SOMENTE SE ELA OCORRER ANTES DO
PRIMEIRO DIA DO EXERCÍCIO SEGUINTE A QUE SE REFERE O ART.173, I,
CTN.
b) ERRADA. Diante de requisição da autoridade administrativa de
apresentação de informações sigilosas, não pode o agente público
responsável pelo deferimento negar-se a entregá-la. SE É UM AGENTE
PÚBLICO, SENDO DE OUTRO ENTE TRIBUTANTE, HÁ QUE HAVER CONVÊNIO
ENTRE OS ENTES (art.199, parágrafo único, CTN).
c) CORRETA. Art.198, §3º, CTN.

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d) ERRADA. A Constituição Federal estabeleceu que as administrações


tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros
e de informações fiscais, independentemente a existência NA FORMA de lei
ou convênio (art.37, XXII, CF88).
e) ERRADA. Verificada a existência de crime contra a ordem tributária,
praticado por particular, deve a autoridade administrativa representar ao
Ministério Público, mesmo antes SÓ DEPOIS de proferida decisão final, na
esfera administrativa, sobre a exigência do crédito tributário (art.83, Lei
9.430/1996).

GABARITO: C

11- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Diz o Código


Tributário Nacional que “a legislação tributária, observado o disposto nesta
Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza
do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades
administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação”. A legislação
mencionada, salvo disposição em contrário, aplica-se, exclusivamente,
a) a pessoas naturais ou jurídicas que sejam contribuintes do imposto a que
alude a norma respectiva.
b) a pessoas naturais ou, quando se trate de pessoa jurídica, a seus
diretores ou representantes legais.
c) a todas as pessoas que se achem em seu campo de incidência, inclusive
às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.
d) a pessoas jurídicas que sejam contribuintes ou responsáveis por tributos
em geral ou pelo tributo específico a que se refira.
e) a pessoas naturais ou jurídicas não imunes, inclusive às que sejam
isentas ou não tributadas por força de norma infraconstitucional (leis,
decretos etc.).

Resolução

a) ERRADO. NÃO EXCLUSIVAMENTE A contribuintes (ART.194, parágrafo


único, CTN).
b) ERRADO. a pessoas naturais ou, quando se trate de pessoa jurídica, a
seus diretores ou representantes legais. ACRESCENTE-SE AS QUE TAMBÉM
NÃO SÃO CONTRIBUINTES (ART.194, parágrafo único, CTN).

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c) CERTO. a todas as pessoas que se achem em seu campo de incidência,


inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter
pessoal (ART.194, parágrafo único, CTN).
d) ERRADO. a pessoas jurídicas que sejam contribuintes ou responsáveis por
tributos em geral ou pelo tributo específico a que se refira. ACRESCENTE-SE
AS PESSOAS NATURAIS (ART.194, parágrafo único, CTN).
e) ERRADO. a pessoas naturais ou jurídicas não imunes, inclusive às que
sejam isentas ou não tributadas por força de norma infraconstitucional (leis,
decretos etc.) ACRESCENTE-SE AS QUE GOZEM DE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
OU DE ISENÇÃO DE CARÁTER PESSOAL. (ART.194, parágrafo único, CTN).

GABARITO: C

12- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF) A legislação


tributária que regular, em caráter geral, ou especificamente em função da
natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das
autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação,
aplica-se apenas
a) às pessoas naturais residentes e domiciliadas no País, que sejam ou
devam ser inscritas no cadastro de pessoas físicas
b) às pessoas jurídicas, que sejam contribuintes do tributo a que se refira,
inscritas ou não no cadastro próprio
c) a pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto às que gozem de
imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal
d) a pessoas em geral, contribuintes ou não, inclusive às imunes e às que
gozem de isenção de caráter pessoal
e) a pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto às que gozem de
imunidade tributária

Resolução

a) ERRADO. às pessoas naturais residentes e domiciliadas no País, que


sejam ou devam ser inscritas no cadastro de pessoas físicas FF(art.194,
parágrafo único, CTN).
b) ERRADO. às pessoas jurídicas, que sejam contribuintes do tributo a que
se refira, inscritas ou não no cadastro próprio (art.194, parágrafo único,
CTN)
c) ERRADO. a pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto às INCLUSIVE
AS que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal
(art.194, parágrafo único, CTN)
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d) CERTO. (art.194, parágrafo único, CTN)


e) ERRADO. a pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto às que gozem
de imunidade tributária (art.194, parágrafo único, CTN).

GABARITO: D

13- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Com relação


ao crédito inscrito na divida ativa, que goza de presunção de certeza e
liquidez e tem efeito de prova pré-constituída, é correto afirmar que:
A Não está sujeito à prescrição
B Suspende a prescrição por cinco anos
C Suspende a prescrição por cento e oitenta dias ou até a distribuição de
execução fiscal
D Suspende a decadência por cinco anos
E Suspende a decadência por cento e oitenta dias ou até a distribuição da
execução fiscal

Resolução

A ERRADO. Não está sujeito à prescrição SUSPENDERÁ A PRESCRIÇÃO,


PARA TODOS OS EFEITOS DE DIREITO, POR 180 DIAS, OU ATÉ A
DISTRIBUIÇÃO DA EXECUÇÃO FISCAL, SE ESTA OCORRER ANTES DE FINDO
AQUELE PRAZO (art.2º, §3º, Lei 6.830/1980).
B ERRADO. Suspende a prescrição por cinco anos 180 DIAS, OU ATÉ A
DISTRIBUIÇÃO DA EXECUÇÃO FISCAL, SE ESTA OCORRER ANTES DE FINDO
AQUELE PRAZO (art.2º, §3º, Lei 6.830/1980).
C CERTO. Suspende a prescrição por cento e oitenta dias ou até a
distribuição de execução fiscal (art.2º, §3º, Lei 6.830/1980).
D ERRADO. Suspende a decadência por cinco anos SUSPENDERÁ A
PRESCRIÇÃO, PARA TODOS OS EFEITOS DE DIREITO, POR 180 DIAS, OU
ATÉ A DISTRIBUIÇÃO DA EXECUÇÃO FISCAL, SE ESTA OCORRER ANTES DE
FINDO AQUELE PRAZO (art.2º, §3º, Lei 6.830/1980).
E ERRADO. Suspende a decadência PRESCRIÇÃO por cento e oitenta dias ou
até a distribuição da execução fiscal (art.2º, §3º, Lei 6.830/1980).

GABARITO: C

14- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010


DIREITO TRIBUTÁRIO ESAF) Constitui dívida ativa tributária a
proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição
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administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para


pagamento, pela lei ou decisão proferida em processo regular. Sobre a
dívida ativa, julgue os itens a seguir:
I. o termo de inscrição da dívida ativa (CDA) tem função precípua de
materializar a dívida ativa tributária regularmente inscrita na repartição
administrativa, instrumentalizando pela Fazenda Pública, ação executória
fiscal pertinente;
II. a inscrição em dívida ativa pressupõe prévio inadimplemento do
contribuinte; entretanto, é necessária a prévia notificação deste para
pagamento antes do ajuizamento da ação fiscal;
III. tendo o contribuinte apurado e declarado o montante do tributo devido
e, portanto confessado a obrigação correspondente, deveria ter efetuado o
pagamento no prazo estipulado pela legislação fiscal. Não o realizando, o
crédito tributário deve ser inscrito na Dívida Ativa da União;
IV. a inscrição em dívida ativa (art. 201 do CTN), enquanto ato interno da
Administração (controle de legalidade), não tem influência no curso do prazo
prescricional e só se faz necessária em não havendo o adimplemento
espontâneo da obrigação tributária.
Estão corretos:
a) apenas os itens I, II e III.
b) apenas os itens I, III e IV.
c) apenas os itens I e II.
d) apenas os itens II, III e IV.
e) todos os itens estão corretos.

Resolução

I. CORRETO. o termo de inscrição da dívida ativa (CDA) tem função precípua


de materializar a dívida ativa tributária regularmente inscrita na repartição
administrativa, instrumentalizando pela Fazenda Pública. E ESSA DÍVIDA É
MATERIALIZADA QUANDO NELE CONSTAM: (i) o nome do devedor e, sendo
caso, o dos co-responsáveis; (ii) sempre que possível, o domicílio ou a
residência de um e de outros; (iii) a quantia devida e a maneira de calcular
os juros de mora acrescidos; (iv) a origem e natureza do crédito,
mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; (v) a
data em que foi inscrita; (vi) sendo caso, o número do processo
administrativo de que se originar o crédito (art.202, CTN).
II. ERRADO. a inscrição em dívida ativa pressupõe prévio inadimplemento do
contribuinte; entretanto, é necessária a prévia notificação deste para

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pagamento antes do ajuizamento da ação fiscal. É PRESUNÇÃO RELATIVA


(art.204);
III. CORRETO. Tendo o contribuinte apurado e declarado o montante do
tributo devido e, portanto confessado a obrigação correspondente, deveria
ter efetuado o pagamento no prazo estipulado pela legislação fiscal. Não o
realizando, o crédito tributário deve ser inscrito na Dívida Ativa da União.
AQUI SE DESCREVEU O LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. EM NÃO
OCORRENDO O PAGAMENTO CORRESPONDENTE, NÃO É NECESSÁRIO
NOTIFICAR O CONTRIBUINTE PARA EVENTUAL PROCESSO ADMINISTRATIVO
FISCAL. PODE-SE INSCREVER O CRÉDITO TRIBUTÁRIO, JÁ CONSTITUÍDO,
NA DÍVIDA ATIVA. ESSE É O ENTENDIMENTO DO STJ:
Súmula 436, STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte
reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário,
dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

IV. CORRETO. a inscrição em dívida ativa (art. 201 do CTN), enquanto ato
interno da Administração (controle de legalidade), não tem influência no
curso do prazo prescricional e só se faz necessária em não havendo o
adimplemento espontâneo da obrigação tributária.
TEM INFLUÊNCIA SOBRE O PRAZO PRESCRICIONAL, ANTES DESSA
INSCRIÇÃO, A CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, QUE
SE DÁ COM O ENCERRAMENTO DA INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA, SEJA
TENDO PASSADO O PRAZO PARA O SUJEITO PASSIVO IMPUGNAR OU
RECORRER, SEJA AO FINAL DA ÚLTIMA INSTÂNCIA DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO FISCAL.
SE HOUVER ADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA, EXTINGUIU-SE O
CRÉDITO TRIBUTÁRIO, NÃO HAVENDO QUE FALAR EM INSCREVÊ-LO EM
DÍVIDA ATIVA.

GABARITO: B

15- (ANALISTA TÉCNICO DA SUSEP – ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS


GESTÃO DE TRIBUTOS 2010 – ESAF) A atividade fiscalizatória, essencial
à manutenção do equilíbrio financeiro governamental, considerando o grau
de relevância das receitas oriundas dos tributos no orçamento, possui
determinadas prerrogativas de acordo com o Código Tributário Nacional-
CTN. Sobre o tema, assinale a opção incorreta.
a) A atividade de fiscalização decorre de lei e não pode ser inibida; já o
resultado da fiscalização está sujeito ao mais amplo controle judicial.

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b) O CTN prevê obrigação inequívoca de qualquer pessoa jurídica de dar à


fiscalização tributária amplo acesso aos seus registros contábeis, bem como
às mercadorias e aos documentos respectivos.
c) Havendo negativa ou mera obstaculização, por parte da pessoa sujeita à
fiscalização, à exibição de livros e documentos contábeis, pode o Fisco
buscar, judicialmente, acesso a eles, desde que haja a fundada suspeita de
irregularidade.
d) Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer
disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar arquivos
ou documentos de comerciantes, ou da obrigação destes de exibi-los.
e) Se o agente da Administração Pública Tributária exigir a apresentação dos
livros e o contribuinte negá-los, poderá haver o lançamento do crédito
tributário por arbitramento.

Resolução

a) CORRETA. A atividade de fiscalização decorre de lei e não pode ser inibida


(“NÃO TÊM APLICAÇÃO QUAISQUER DISPOSIÇÕES LEGAIS EXCLUDENTES
OU LIMITATIVAS DO DIREITO DE EXAMINAR MERCADORIAS, LIVROS,
ARQUIVOS, DOCUMENTOS, PAPÉIS E EFEITOS COMERCIAIS OU FISCAIS,
DOS COMERCIANTES INDUSTRIAIS OU PRODUTORES, OU DA OBRIGAÇÃO
DESTES DE EXIBI-LOS” – art.195, caput, CTN); já o resultado da
fiscalização está sujeito ao mais amplo controle judicial (art.5º, XXXV, CF88
– “A LEI NÃO EXCLUIRÁ DA APRECIAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO LESÃO OU
AMEAÇA A DIREITO”).

b) CORRETA. O CTN prevê obrigação inequívoca de qualquer pessoa jurídica


de dar à fiscalização tributária amplo acesso aos seus registros contábeis,
bem como às mercadorias e aos documentos respectivos (arts.195 e 197,
CTN).

c) INCORRETA. Havendo negativa ou mera obstaculização, por parte da


pessoa sujeita à fiscalização, à exibição de livros e documentos contábeis,
pode o Fisco buscar, judicialmente, O AUXÍLIO DA FORÇA PÚBLICA
FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL PARA TER ACESSO A ELES acesso a
eles, desde que haja a fundada suspeita de irregularidade (art.200, CTN).

d) CORRETA. Art.195, CTN.

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e) CORRETA. Se o agente da Administração Pública Tributária exigir a


apresentação dos livros e o contribuinte negá-los, poderá haver o
lançamento do crédito tributário por arbitramento (“..., SEMPRE QUE SEJAM
OMISSOS OU NÃO MEREÇAM FÉ AS DECLARAÇÕES OU OS
ESCLARECIMENTOS PRESTADOS, ...” – art.148, CTN).

GABARITO: C

35 (ANALISTA TÉCNICO DA SUSEP – ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS GESTÃO


DE TRIBUTOS 2010 – ESAF) - Depois de esgotado o prazo fixado (em lei ou
decisão final proferida em processo administrativo fiscal) para o pagamento
de determinado tributo, o crédito respectivo é inscrito em dívida ativa
tributária, por meio de um termo de dívida ativa. Assinale, entre os itens a
seguir, o único que não é de indicação obrigatória no respectivo termo para
todos os tributos. [25.2. Dívida Ativa]
a) O nome do devedor e a indicação de seu domicílio.
b) O número do processo administrativo de que se originar o crédito.
c) A origem e a natureza do crédito, com a menção específica à disposição
legal em que seja fundado.
d) A data em que foi inscrita.
e) A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos.

Resolução

GABARITO: B

16- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 DIREITO TRIBUTÁRIO E


PROCESSUAL TRIBUTÁRIO ESAF) Em determinados casos previstos em
lei, como para participar de concorrência pública, ou para ter deferido seu
programa de recuperação judicial, poderá ser exigido que o contribuinte faça
prova da quitação de seus tributos por meio de certidão negativa de
tributos. Entretanto, tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão
positiva em que conste:
I. a existência de crédito não vencido.
II. a existência de crédito em curso de cobrança judicial, em que esteja
garantido o juízo, por penhora ou depósito em garantia.
III. a existência de crédito cuja exigibilidade esteja suspensa.
IV. a existência de crédito prescrito.
Estão corretos:
a) Apenas os itens I, II e III.
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b) Apenas os itens I e II.


c) Apenas os itens I, III e IV.
d) Apenas os itens II, III e IV.
e) Todos os itens.

Resolução

I. CORRETO. Art.206, CTN.


II. CORRETO. Art.206, CTN.
III. CORRETO. Art.206, CTN.
IV. INCORRETO. a existência de crédito prescrito. NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL
PARA ESSA HIPÓTESE.

GABARITO: A

17- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL PGFN 2006 DIREITO


TRIBUTÁRIO - ESAF) Considerando os temas “administração tributária” e
“repartição de receitas tributárias”, julgue os itens abaixo e marque, a
seguir, a opção que apresenta a resposta correta.
I. A pessoa jurídica imune está obrigada a submeter-se ao exame de sua
contabilidade pela autoridade fiscal.
II. Os profissionais submetidos às regras do sigilo profissional não estão
obrigados a auxiliar o Fisco com informações de seus clientes.
III. Pertencem aos municípios o equivalente a 25% da arrecadação da União
havida com o Imposto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza –
IR de contribuintes domiciliados em seu território.
IV. Os estados têm direito à parcela da arrecadação da União havida com o
Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI.
a) Todos os itens estão corretos.
b) Todos os itens estão errados.
c) Apenas o item I está errado.
d) Apenas o item III está errado.
e) Apenas o item II está correto.

Resolução

I. CERTO. Art.194, parágrafo único, CTN.


II. CERTO. Os profissionais submetidos às regras do sigilo profissional não
estão obrigados a auxiliar o Fisco com informações de seus clientes. É O
CASO DE ADVOGADOS, MÉDICOS, PSICÓLOGOS, SACERDOTES etc.
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III. ERRADO. Pertencem aos municípios o equivalente a 25% 100% da


arrecadação da União havida com o Imposto Sobre a Renda e Proventos de
Qualquer Natureza – IR de contribuintes domiciliados em seu território
INCIDENTE NA FONTE, SOBRE RENDIMENTOS PAGOS, A QUALQUER
TÍTULO, POR ELES, SUAS AUTARQUIAS E PELAS FUNDAÇÕES QUE
INSTITUÍREM E MANTIVEREM (art.158, CF88).
IV. CERTO. Os estados têm direito à parcela da arrecadação da União havida
com o Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI. NO CASO, 21,5% DE
IPI + IRFONTE PARA FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS (ART.159, I,
“A”, CF88), E 10% IPI PARA ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (ART.159, II,
CF88).

GABARITO: D

18- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL – TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO 2006 DIREITO TRIBUTÁRIO – ESAF) Em determinadas
situações, como para participar de processo licitatório promovido pela
Administração Pública, a lei pode exigir que o contribuinte comprove estar
em dia com os tributos e contribuições que deva recolher, por meio de
certidão negativa. Sobre esta, podemos afirmar que
a) tem os mesmos efeitos de certidão negativa documento firmado pela
autoridade competente que indique a existência de crédito vincendo, ou sob
execução garantida por penhora, ou com a exigibilidade suspensa.
b) será sempre expedida nos termos em que tenha sido solicitada pelo
interessado, no prazo de 15 (quinze) dias da data de entrada do
requerimento na repartição.
c) a certidão negativa expedida com culpa, dolo ou fraude, que contenha
erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o servidor que a
expedir, pelo crédito e juros de mora acrescidos.
d) caso o servidor seja responsabilizado pessoalmente, na via
administrativa, pelo fornecimento de certidão que contenha erro contra a
Fazenda Pública, não há que se falar em responsabilidade criminal.
e) havendo permissão legal, poderá ser dispensada a prova de quitação de
tributos, ou seu suprimento, quando se tratar de prática de ato
indispensável para evitar a caducidade de direito.

Resolução

a) CORRETA. Art.206, CTN.

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b) ERRADA. será sempre expedida nos termos em que tenha sido solicitada
pelo interessado, no prazo de 15 10 (quinze dez) dias da data de entrada do
requerimento na repartição (art.205, parágrafo único, CTN).
c) ERRADA. a certidão negativa expedida com culpa, dolo ou fraude, que
contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o
servidor que a expedir, pelo crédito e juros de mora acrescidos (art.208,
caput, CTN).
d) ERRADA. caso o servidor seja responsabilizado pessoalmente, na via
administrativa, pelo fornecimento de certidão que contenha erro contra a
Fazenda Pública, não há que se falar em responsabilidade criminal ISSO NÃO
EXCLUI A RESPONSABILIDADE CRIMINAL (art.208, parágrafo único, CTN).
e) ERRADA. havendo permissão legal INDEPENDENTEMENTE DE
DISPOSIÇÃO LEGAL PERMISSIVA, poderá ser dispensada a prova de
quitação de tributos, ou seu suprimento, quando se tratar de prática de ato
indispensável para evitar a caducidade de direito (art.207, CTN).

GABARITO: A

19- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL – TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO 2006 DIREITO TRIBUTÁRIO – ESAF) É vedada a
divulgação, por parte da Fazenda Nacional e de seus servidores, de
informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado
de seus negócios ou atividades. Trata-se de regra contida no Código
Tributário Nacional que consagra o sigilo fiscal, a que se submetem todos os
servidores da administração tributária, que, no entanto, comporta algumas
exceções. Avalie os itens abaixo e, em seguida, marque a opção correta.
I. A autoridade judiciária pode requisitar informações protegidas por sigilo,
no interesse da justiça.
II. Não é vedada a divulgação de informações relativas a representações
fiscais para fins penais.
III. A Fazenda Pública da União poderá permutar informações com Estados
estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos,
independentemente de previsão em tratados, acordos ou convênios.
IV. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios poderão permutar entre si informações sigilosas, desde que haja
expressa previsão legal.
a) Todos os itens estão corretos.
b) Há apenas um item correto.
c) Há três itens corretos.
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d) Há dois itens corretos.


e) Todos os itens estão errados.

Resolução

I. CORRETO. A autoridade judiciária pode requisitar informações protegidas


por sigilo, no interesse da justiça (art.198, §1º, I, CTN).
II. CORRETO. Não é vedada a divulgação de informações relativas a
representações fiscais para fins penais (art.198, §3º, I, CTN).
III. ERRADO. A Fazenda Pública da União poderá permutar informações com
Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de
tributos, independentemente de DESDE QUE HAJA previsão em tratados,
acordos ou convênios (art.199, CTN).
IV. ERRADO. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios poderão permutar entre si informações sigilosas,
desde que haja expressa previsão legal OU EM CONVÊNIO (art.199, caput).

GABARITO: D

20- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL MG 2005 – ESAF)


Considerando o tema “administração tributária”, marque com (V) a assertiva
verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente.
( ) É legal o exame dos livros contábeis das pessoas imunes.
( ) Mesmo os profissionais submetidos às regras do segredo profissional
devem prestar, quando solicitadas, informações ao Fisco sobre seus clientes.
( ) Fica automaticamente inscrito em Dívida Ativa o tributo lançado não pago
e não objeto de impugnação ou recurso administrativo.
( ) É ilegal a concessão de certidão positiva com efeito de negativa se
existente crédito tributário ainda não vencido.
a) V, F, F, V
b) F, F, F, V
c) F, F, V, V
d) V, F, F, F
e) V, V, F, V

Resolução

(V) É legal o exame dos livros contábeis das pessoas imunes (art.194,
parágrafo único, CTN).

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(F) Mesmo os profissionais submetidos às regras do segredo profissional


NÃO devem prestar, quando solicitadas, informações ao Fisco sobre seus
clientes (art.197, parágrafo único, CTN).
(F) Fica automaticamente inscrito A inscrição em Dívida Ativa o tributo
lançado não pago e não objeto de impugnação ou recurso administrativo
NÃO É AUTOMÁTICA.
(F) NÃO É ilegal a concessão de certidão positiva com efeito de negativa se
existente crédito tributário ainda não vencido (art.206, CTN).

GABARITO: D

21- (GESTOR FAZENDÁRIO GEFAZ – MG 2005 ESAF)


a) Os livros obrigatórios contendo a escrita fiscal e comercial devem ser
conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários das
operações a que se refiram.
b) As pessoas imunes não podem ser submetidas a nenhuma espécie de
fiscalização.
c) É vedado, em qualquer hipótese, o intercâmbio de informações sigilosas
entre entes da Administração Pública.
d) É possível, desde que haja requerimento expresso e identificado, a
divulgação pelo servidor de informações fiscais obtidas em razão do cargo.
e) É vedada a comunicação ao Ministério Público de conduta supostamente
criminosa, conhecida em razão do cargo.

Resolução

a) CERTA. Art.195, parágrafo único, CTN.


b) ERRADA. As pessoas imunes não podem ser submetidas a nenhuma
espécie de fiscalização (art.194, parágrafo único, CTN).
c) ERRADA. É vedado, em qualquer hipótese, o intercâmbio de informações
sigilosas entre entes da Administração Pública SERÁ REALIZADO MEDIANTE
PROCESSO REGULARMENTE INSTAURADO, E A ENTREGA SERÁ FEITA
PESSOALMENTE À AUTORIDADE SOLICITANTE, MEDIANTE RECIBO, QUE
FORMALIZE A TRANSFERÊNCIA E ASSEGURE A PRESERVAÇÃO DO SIGILO
(art.198, §2º, CTN).
d) ERRADA. É possível, desde que haja requerimento expresso e
identificado, a divulgação pelo servidor de informações fiscais obtidas em
razão do cargo APENAS NOS TERMOS DO CTN.

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e) ERRADA. NÃO É vedada a comunicação ao Ministério Público de conduta


supostamente criminosa, conhecida em razão do cargo (representações
fiscais para fins penais – art.198, §3º, I, CTN).

GABARITO: A

22- (GESTOR FAZENDÁRIO GEFAZ – MG 2005 ESAF)


a) Considera-se automaticamente inscrito em dívida ativa o tributo vencido
e não pago, que não tenha sido objeto de impugnação ou recurso
administrativo.
b) Só depois de inscrito em dívida ativa é que o crédito pode ser considerado
exigível.
c) A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem
presunção relativa de liquidez e certeza.
d) A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem
presunção absoluta de liquidez e certeza.
e) A certidão positiva com efeito de negativa de débitos pode ser concedida
apenas nos casos em que a exigibilidade do tributo estiver suspensa.

Resolução

a) ERRADO. o tributo vencido e não pago, que não tenha sido objeto de
impugnação ou recurso administrativo, NÃO É automaticamente inscrito em
dívida ativa. NORMALMENTE, AS LEGISLAÇÕES DOS ENTES POLÍTICOS
PREVÊEM UM PRAZO PARA A SUA INSCRIÇÃO.
b) ERRADO. Só depois de ENCERRADA A INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA é
que o crédito pode ser considerado exigível, QUANDO ENTÃO PODE SER
INSCRITO EM DÍVIDA ATIVA (art.201, CTN).
c) A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem
presunção relativa de liquidez e certeza (art.204, CTN).
d) ERRADO. A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial
e tem presunção absoluta RELATIVA de liquidez e certeza (art.204, CTN).
e) ERRADO. A certidão positiva com efeito de negativa de débitos pode ser
concedida apenas nos casos em que a exigibilidade do tributo estiver
suspensa. PODE TAMBÉM QUANDO EXISTÊNCIA DE CRÉDITOS NÃO
VENCIDOS E EM CURSO DE COBRANÇA EXECUTIVA EM QUE TENHA SIDO
EFETIVADA A PENHORA (art.206, CTN).

GABARITO: C

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23- (PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL PGDF 2004 ESAF) Marque


a assertiva que apresenta resposta correta.
a) Pedido de compensação de exação tida por inconstitucional com tributos
da mesma espécie, formulado administrativamente, impede a Fazenda
Pública de ajuizar execução fiscal sem antes apreciar e decidir o pleito.
b) É permitida a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto
de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da
respectiva decisão judicial.
c) Constitui requisito essencial do termo de inscrição da dívida ativa a
indicação do período de apuração das infrações.
d) Não tem os mesmos efeitos de certidão negativa a certidão de que conste
a existência de créditos tributários cuja exigibilidade esteja suspensa.
e) A dívida ativa regularmente inscrita goza de presunção absoluta de
certeza e liquidez.

Resolução

a) CORRETA. Pedido de compensação de exação tida por inconstitucional


com tributos da mesma espécie, formulado administrativamente, impede a
Fazenda Pública de ajuizar execução fiscal sem antes apreciar e decidir o
pleito. SUSPENDE COMO RECLAMAÇÃO (IMPUGNAÇÃO) (art.151, III, CTN).
b) ERRADA. NÃO É permitida a compensação mediante o aproveitamento de
tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito
em julgado da respectiva decisão judicial (art.170-A, CTN).
c) ERRADA. Constitui requisito essencial do termo de inscrição da dívida
ativa a indicação do período de apuração das infrações. NÃO É REQUISITO
ESSENCIAL DO TERMO DE INSCRIÇÃO DA DIVIDA ATIVA (art.202, CTN).
d) ERRADA. Não tem os mesmos efeitos de certidão negativa a certidão de
que conste a existência de créditos tributários cuja exigibilidade esteja
suspensa (art.206, CTN).
e) ERRADA. A dívida ativa regularmente inscrita goza de presunção absoluta
RELATIVA de certeza e liquidez (art.204, caput, CTN).

GABARITO: A

24- (PROCURADOR JURÍDICO DA CÂMARA DE VEREADORES


MUNICÍPIO SANTA BÁRBARA D’OESTE 2010 FMP-RS) Pedro é citado
em ação de execução fiscal, como devedor de determinada quantia relativa

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à Imposto Municipal. Efetuada a penhora sobre bem que garante a


totalidade da dívida, Pedro tem direito à
(A) certidão negativa de débito.
(B) certidão positiva de débito.
(C) certidão positiva de débito com efeito de negativa.
(D) certidão de dívida ativa, narrando a penhora.
(E) certidão judicial narratória, apenas.

Resolução

Art. 206, CTN. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a


certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em
curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

No art.206, CTN, apresentam-se as hipóteses de certidão positiva com efeito


de negativa.

GABARITO: C

25- (DEFENSOR PÚBLICO-RO 2010 FMP-RS) Assinale a alternativa


correta:
(A) Na classificação dos créditos falimentares, os créditos trabalhistas e por
acidente de trabalho preferem a todos os outros, inclusive aos
extraconcursais.
(B) A preferência dos créditos trabalhistas derivados da relação empregatícia
está limitada a cento e cinqüenta salários mínimos por credor.
(C) Os créditos tributários preferem aos créditos com garantia real ou
especial.
(D) Os créditos parafiscais não gozam de prioridade alguma, sendo
classificados como quirografários.
(E) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

Resolução

A) ERRADA. Na classificação dos créditos falimentares, os créditos


trabalhistas e por acidente de trabalho preferem a todos os outros, inclusive
EXCETO aos extraconcursais (art.84 c/c art.83 Lei 11.101/2005).
(B) CORRETA. A preferência dos créditos trabalhistas derivados da relação
empregatícia está limitada a cento e cinqüenta salários mínimos por credor.
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(C) Os créditos tributários NÃO preferem aos créditos com garantia real ou
especial (art.186, parágrafo único, I, CTN).
(D) ERRADA. Os créditos parafiscais não gozam de prioridade alguma, sendo
classificados como quirografários GOZAM DA MESMA PRIORIDADE QUE OS
TRIBUTÁRIOS.
(E) ERRADA. Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

GABARITO: B

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Questões Comentadas e Resolvidas nesta Aula

01- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO 2005 ESAF) Consoante o caput do art. 186 do Código
Tributário Nacional, o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual
for a natureza ou o tempo da sua constituição, ressalvados os créditos
decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.
Entretanto, por força de alteração legislativa havida recentemente no
referido artigo, e de súmula editada pelo Superior Tribunal de Justiça, pode-
se afirmar que, na falência, o crédito tributário:
a) Prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado.
b) Para que possam preferir ao crédito tributário, os créditos decorrentes da
legislação do trabalho serão limitados à quantia equivalente a 100 (cem)
salários-mínimos.
c) A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a habilitação em
processo de falência.
d) Não prefere à restituição de adiantamento de contrato de câmbio, que
deve ser atendida antes de qualquer crédito.
e) A multa tributária não prefere aos créditos subordinados.

02- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2003 ESAF) Avalie o


acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as
falsas; em seguida, marque a opção correta.
( ) Os bens do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida gravados por
ônus real respondem pelo pagamento do crédito tributário da Fazenda
Pública.
( ) Não se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas
por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito
tributário regularmente inscrito como dívida ativa em fase de execução, na
hipótese de terem sido reservados bens ou rendas suficientes ao total
pagamento da dívida em fase de execução.
( ) Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será
proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do
espólio, ou às suas rendas.
a) F, V, F
b) F, F, V
c) F, F, F
d) V, V, V
e) V, V, F

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03- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF) Observe as


seguintes proposições e verifique se cada uma delas é verdadeira (V) ou
falsa (F). Em seguida, assinale a opção que ofereça a seqüência correta.
1.ª - Os créditos tributários devem ser pagos antes do referente a
obrigações trabalhistas, rateando-se entre os trabalhadores o resíduo, se o
patrimônio do devedor for insuficiente para o pagamento integral do direito
destes.
2.ª - Contestado o crédito tributário, o litígio processar-se-á à parte,
prosseguindo normalmente o processo de falência; porém reservam-se
neste bens suficientes para o total pagamento do crédito tributário e os
acréscimos legais, se a massa falida não puder garantir o crédito tributário
na forma diferente.
3.ª - Segundo decorre a contrario sensu da letra do Código Tributário
Nacional, isoladamente considerada, pode ser admitida proposta, em
concorrência pública junto ao Estado, de quem deva tributos somente à
União.
a) V, V, V
b) F, V, V
c) F, F, F
d) V, F, F
e) F, F, V

04- (ADVOGADO IRB BRASIL RESSEGUROS 2006 DIREITO


TRIBUTÁRIOS ESAF) Da obrigação tributária principal decorre o crédito
tributário, com a mesma natureza. Sobre a obrigação tributária, nos termos
do art. 113 e seguintes do Código Tributário Nacional (Lei n. 5.172, de 25 de
outubro de 1966), é correto afirmar-se que
a) em processo de falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial
ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à
disposição do juízo falimentar pelo prazo de um ano, contado da data de
alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos
extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
b) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato
gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigação tributária,
observados os procedimentos do Código Tributário Nacional.
c) a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito
tributário a terceira pessoa, vinculada ou não ao fato gerador da respectiva
obrigação, desde que se exclua totalmente a responsabilidade do
contribuinte.
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d) uma vez verificado o nascimento da obrigação tributária, com a realização


do fato gerador, o sujeito passivo torna-se imediatamente compelível ao
pagamento do tributo pertinente, sendo desnecessária a prática de
quaisquer atos formais por parte do sujeito ativo, em quaisquer hipóteses.
e) a responsabilidade por infrações da legislação tributária somente é
excluída pela denúncia espontânea da infração quando acompanhada do
pagamento do tributo devido e dos juros de mora.

05- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 DIREITO TRIBUTÁRIO E


PROCESSUAL TRIBUTÁRIO) O crédito tributário, face à sua importância
como principal fonte de receita no orçamento público, é cercado de diversos
privilégios e garantias. Sobre esses, é incorreto afirmar-se que:
a) como regra, respondem pelo seu pagamento a totalidade dos bens e de
rendas, de qualquer natureza ou origem, do sujeito passivo.
b) na execução fiscal, existe hipótese em que o juiz pode decretar a
indisponibilidade dos bens e direitos do sujeito passivo.
c) a existência de um rol de disposições no Código Tributário Nacional
pertinente às garantias e privilégios do crédito tributário não impede o
surgimento posterior de outras, referentes a tributos específicos, em suas
respectivas leis de regência.
d) nos casos de falência, o crédito tributário e todos os seus acréscimos
legais encontram-se igualmente posicionados na ordem de preferência.
e) os créditos trabalhistas preferem ao crédito tributário.

06- (AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL AFTE-RN 2005 ESAF)


Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo.
I. O Código Tributário Nacional veda que lei estadual autorize os órgãos da
administração pública estadual direta a aceitar proposta em concorrência
pública sem que o proponente faça prova da quitação de todos os tributos
devidos à Fazenda Pública Estadual, relativos à atividade em cujo exercício
concorre.
II. Os créditos tributários vencidos e vincendos, exigíveis no decurso do
processo de falência, devem ser pagos preferencialmente a quaisquer outros
e às dívidas da massa, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do
trabalho e os protegidos por garantia real.
III. A cobrança judicial do crédito tributário não está sujeita à habilitação em
inventário, exceto se houver herdeiro civilmente incapaz.
a) Somente I é verdadeira.
b) Somente II é verdadeira.
c) Somente I e II são verdadeiras.
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d) Somente I e III são verdadeiras.


e) Todas são falsas.

07- (ADVOGADO IRB 2004 ESAF) Avalie as afirmações adiante e marque,


em seguida, a opção de resposta correta.
I. Compete exclusivamente à União instituir contribuições de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
ressalvada a faculdade conferida aos Estados e ao Distrito Federal para
instituir contribuição de intervenção no domínio econômico que se destine ao
financiamento de programas de infraestrutura de transportes.
II. O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for
integral e em dinheiro.
III. Na hipótese de não terem sido reservados bens ou rendas suficientes ao
total pagamento da dívida, presume-se fraudulenta a alienação ou oneração
de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com
a Fazenda Pública por crédito tributário regularmente constituído e inscrito
em dívida ativa.
a) somente I e II são verdadeiras.
b) somente I e III são verdadeiras.
c) somente II e III são verdadeiras.
d) somente III é verdadeira.
e) somente II é verdadeira.

08- (ADVOGADO IRB 2004 ESAF) Avalie o acerto das afirmações adiante
e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a
resposta correta.
( ) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário na forma estabelecida
pelo Código Tributário Nacional impede que corra o prazo prescricional da
ação da Fazenda Pública para cobrança do crédito.
( ) O crédito tributário prefere a qualquer outro, ressalvados os créditos
protegidos por garantia real habilitados em processo falimentar e os
decorrentes da legislação trabalhista.
( ) Inclui-se na expressão “crédito tributário” a multa moratória imposta em
decorrência do não pagamento do tributo na época do vencimento.
( ) Na hipótese de haver herdeiros incapazes civilmente, a cobrança judicial
do crédito tributário fica sujeita à habilitação em inventário.
a) F, V, V, V
b) F, F, V, V
c) F, F, F, V
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d) V, F, V, F
e) V, V, F, F

09- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Assinale,


abaixo, a opção que, segundo decorre do Código Tributário Nacional, contém
afirmação falsa.
a) A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e
liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída, dispensando a autoridade
exeqüente, portanto, do ônus de provar sua legitimidade.
b) A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior ou o
erro a eles relativo são causas de nulidade da inscrição e do processo de
cobrança dela decorrente.
c) A nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância,
mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo,
acusado ou interessado, o prazo para defesa, que somente poderá versar
sobre a parte modificada.
d) À certidão positiva, de que conste a existência de créditos não vencidos, o
Código Tributário Nacional atribuiu o mesmo efeito de certidão negativa.
e) A certidão de que conste a existência de créditos vencidos mas que
estejam em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa, tem efeito de certidão
negativa.

10- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Sobre a


Administração Tributária e o poder de fiscalizar, assinale a opção correta.
a) Iniciado o procedimento fiscalizatório pela autoridade administrativa, com
a lavratura de Termo de Início de Fiscalização, tem-se a antecipação do
prazo decadencial que, normalmente, ocorreria com o lançamento.
b) Diante de requisição da autoridade administrativa de apresentação de
informações sigilosas, não pode o agente público responsável pelo
deferimento negar-se a entregá-la.
c) Em que pese o dever de sigilo da autoridade fiscal, o Código Tributário
Nacional autoriza a divulgação de informações relativas a representações
fiscais para fins penais, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e
parcelamento ou moratória.
d) A Constituição Federal estabeleceu que as administrações tributárias da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios atuarão de forma
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações
fiscais, independentemente a existência de lei ou convênio.

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e) Verificada a existência de crime contra a ordem tributária, praticado por


particular, deve a autoridade administrativa representar ao Ministério
Público, mesmo antes de proferida decisão final, na esfera administrativa,
sobre a exigência do crédito tributário.

11- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Diz o Código


Tributário Nacional que “a legislação tributária, observado o disposto nesta
Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza
do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades
administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação”. A legislação
mencionada, salvo disposição em contrário, aplica-se, exclusivamente,
a) a pessoas naturais ou jurídicas que sejam contribuintes do imposto a que
alude a norma respectiva.
b) a pessoas naturais ou, quando se trate de pessoa jurídica, a seus
diretores ou representantes legais.
c) a todas as pessoas que se achem em seu campo de incidência, inclusive
às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.
d) a pessoas jurídicas que sejam contribuintes ou responsáveis por tributos
em geral ou pelo tributo específico a que se refira.
e) a pessoas naturais ou jurídicas não imunes, inclusive às que sejam
isentas ou não tributadas por força de norma infraconstitucional (leis,
decretos etc.).

12- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF) A legislação


tributária que regular, em caráter geral, ou especificamente em função da
natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das
autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação,
aplica-se apenas
a) às pessoas naturais residentes e domiciliadas no País, que sejam ou
devam ser inscritas no cadastro de pessoas físicas
b) às pessoas jurídicas, que sejam contribuintes do tributo a que se refira,
inscritas ou não no cadastro próprio
c) a pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto às que gozem de
imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal
d) a pessoas em geral, contribuintes ou não, inclusive às imunes e às que
gozem de isenção de caráter pessoal
e) a pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto às que gozem de
imunidade tributária

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13- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Com relação


ao crédito inscrito na divida ativa, que goza de presunção de certeza e
liquidez e tem efeito de prova pré-constituída, é correto afirmar que:
A Não está sujeito à prescrição
B Suspende a prescrição por cinco anos
C Suspende a prescrição por cento e oitenta dias ou até a distribuição de
execução fiscal
D Suspende a decadência por cinco anos
E Suspende a decadência por cento e oitenta dias ou até a distribuição da
execução fiscal

14- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010


DIREITO TRIBUTÁRIO ESAF) Constitui dívida ativa tributária a
proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição
administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para
pagamento, pela lei ou decisão proferida em processo regular. Sobre a
dívida ativa, julgue os itens a seguir:
I. o termo de inscrição da dívida ativa (CDA) tem função precípua de
materializar a dívida ativa tributária regularmente inscrita na repartição
administrativa, instrumentalizando pela Fazenda Pública, ação executória
fiscal pertinente;
II. a inscrição em dívida ativa pressupõe prévio inadimplemento do
contribuinte; entretanto, é necessária a prévia notificação deste para
pagamento antes do ajuizamento da ação fiscal;
III. tendo o contribuinte apurado e declarado o montante do tributo devido
e, portanto confessado a obrigação correspondente, deveria ter efetuado o
pagamento no prazo estipulado pela legislação fiscal. Não o realizando, o
crédito tributário deve ser inscrito na Dívida Ativa da União;
IV. a inscrição em dívida ativa (art. 201 do CTN), enquanto ato interno da
Administração (controle de legalidade), não tem influência no curso do prazo
prescricional e só se faz necessária em não havendo o adimplemento
espontâneo da obrigação tributária.
Estão corretos:
a) apenas os itens I, II e III.
b) apenas os itens I, III e IV.
c) apenas os itens I e II.
d) apenas os itens II, III e IV.
e) todos os itens estão corretos.

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15- (ANALISTA TÉCNICO DA SUSEP – ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS


GESTÃO DE TRIBUTOS 2010 – ESAF) A atividade fiscalizatória, essencial
à manutenção do equilíbrio financeiro governamental, considerando o grau
de relevância das receitas oriundas dos tributos no orçamento, possui
determinadas prerrogativas de acordo com o Código Tributário Nacional-
CTN. Sobre o tema, assinale a opção incorreta.
a) A atividade de fiscalização decorre de lei e não pode ser inibida; já o
resultado da fiscalização está sujeito ao mais amplo controle judicial.
b) O CTN prevê obrigação inequívoca de qualquer pessoa jurídica de dar à
fiscalização tributária amplo acesso aos seus registros contábeis, bem como
às mercadorias e aos documentos respectivos.
c) Havendo negativa ou mera obstaculização, por parte da pessoa sujeita à
fiscalização, à exibição de livros e documentos contábeis, pode o Fisco
buscar, judicialmente, acesso a eles, desde que haja a fundada suspeita de
irregularidade.
d) Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer
disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar arquivos
ou documentos de comerciantes, ou da obrigação destes de exibi-los.
e) Se o agente da Administração Pública Tributária exigir a apresentação dos
livros e o contribuinte negá-los, poderá haver o lançamento do crédito
tributário por arbitramento.

16- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 DIREITO TRIBUTÁRIO E


PROCESSUAL TRIBUTÁRIO ESAF) Em determinados casos previstos em
lei, como para participar de concorrência pública, ou para ter deferido seu
programa de recuperação judicial, poderá ser exigido que o contribuinte faça
prova da quitação de seus tributos por meio de certidão negativa de
tributos. Entretanto, tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão
positiva em que conste:
I. a existência de crédito não vencido.
II. a existência de crédito em curso de cobrança judicial, em que esteja
garantido o juízo, por penhora ou depósito em garantia.
III. a existência de crédito cuja exigibilidade esteja suspensa.
IV. a existência de crédito prescrito.
Estão corretos:
a) Apenas os itens I, II e III.
b) Apenas os itens I e II.
c) Apenas os itens I, III e IV.
d) Apenas os itens II, III e IV.
e) Todos os itens.
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17- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL PGFN 2006 DIREITO


TRIBUTÁRIO - ESAF) Considerando os temas “administração tributária” e
“repartição de receitas tributárias”, julgue os itens abaixo e marque, a
seguir, a opção que apresenta a resposta correta.
I. A pessoa jurídica imune está obrigada a submeter-se ao exame de sua
contabilidade pela autoridade fiscal.
II. Os profissionais submetidos às regras do sigilo profissional não estão
obrigados a auxiliar o Fisco com informações de seus clientes.
III. Pertencem aos municípios o equivalente a 25% da arrecadação da União
havida com o Imposto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza –
IR de contribuintes domiciliados em seu território.
IV. Os estados têm direito à parcela da arrecadação da União havida com o
Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI.
a) Todos os itens estão corretos.
b) Todos os itens estão errados.
c) Apenas o item I está errado.
d) Apenas o item III está errado.
e) Apenas o item II está correto.

18- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL – TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO 2006 DIREITO TRIBUTÁRIO – ESAF) Em determinadas
situações, como para participar de processo licitatório promovido pela
Administração Pública, a lei pode exigir que o contribuinte comprove estar
em dia com os tributos e contribuições que deva recolher, por meio de
certidão negativa. Sobre esta, podemos afirmar que
a) tem os mesmos efeitos de certidão negativa documento firmado pela
autoridade competente que indique a existência de crédito vincendo, ou sob
execução garantida por penhora, ou com a exigibilidade suspensa.
b) será sempre expedida nos termos em que tenha sido solicitada pelo
interessado, no prazo de 15 (quinze) dias da data de entrada do
requerimento na repartição.
c) a certidão negativa expedida com culpa, dolo ou fraude, que contenha
erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o servidor que a
expedir, pelo crédito e juros de mora acrescidos.
d) caso o servidor seja responsabilizado pessoalmente, na via
administrativa, pelo fornecimento de certidão que contenha erro contra a
Fazenda Pública, não há que se falar em responsabilidade criminal.

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e) havendo permissão legal, poderá ser dispensada a prova de quitação de


tributos, ou seu suprimento, quando se tratar de prática de ato
indispensável para evitar a caducidade de direito.

19- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL – TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO 2006 DIREITO TRIBUTÁRIO – ESAF) É vedada a
divulgação, por parte da Fazenda Nacional e de seus servidores, de
informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado
de seus negócios ou atividades. Trata-se de regra contida no Código
Tributário Nacional que consagra o sigilo fiscal, a que se submetem todos os
servidores da administração tributária, que, no entanto, comporta algumas
exceções. Avalie os itens abaixo e, em seguida, marque a opção correta.
I. A autoridade judiciária pode requisitar informações protegidas por sigilo,
no interesse da justiça.
II. Não é vedada a divulgação de informações relativas a representações
fiscais para fins penais.
III. A Fazenda Pública da União poderá permutar informações com Estados
estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos,
independentemente de previsão em tratados, acordos ou convênios.
IV. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios poderão permutar entre si informações sigilosas, desde que haja
expressa previsão legal.
a) Todos os itens estão corretos.
b) Há apenas um item correto.
c) Há três itens corretos.
d) Há dois itens corretos.
e) Todos os itens estão errados.

20- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL MG 2005 – ESAF)


Considerando o tema “administração tributária”, marque com (V) a assertiva
verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente.
( ) É legal o exame dos livros contábeis das pessoas imunes.
( ) Mesmo os profissionais submetidos às regras do segredo profissional
devem prestar, quando solicitadas, informações ao Fisco sobre seus clientes.
( ) Fica automaticamente inscrito em Dívida Ativa o tributo lançado não pago
e não objeto de impugnação ou recurso administrativo.
( ) É ilegal a concessão de certidão positiva com efeito de negativa se
existente crédito tributário ainda não vencido.
a) V, F, F, V
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b) F, F, F, V
c) F, F, V, V
d) V, F, F, F
e) V, V, F, V

21- (GESTOR FAZENDÁRIO GEFAZ – MG 2005 ESAF)


a) Os livros obrigatórios contendo a escrita fiscal e comercial devem ser
conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários das
operações a que se refiram.
b) As pessoas imunes não podem ser submetidas a nenhuma espécie de
fiscalização.
c) É vedado, em qualquer hipótese, o intercâmbio de informações sigilosas
entre entes da Administração Pública.
d) É possível, desde que haja requerimento expresso e identificado, a
divulgação pelo servidor de informações fiscais obtidas em razão do cargo.
e) É vedada a comunicação ao Ministério Público de conduta supostamente
criminosa, conhecida em razão do cargo.

22- (GESTOR FAZENDÁRIO GEFAZ – MG 2005 ESAF)


a) Considera-se automaticamente inscrito em dívida ativa o tributo vencido
e não pago, que não tenha sido objeto de impugnação ou recurso
administrativo.
b) Só depois de inscrito em dívida ativa é que o crédito pode ser considerado
exigível.
c) A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem
presunção relativa de liquidez e certeza.
d) A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem
presunção absoluta de liquidez e certeza.
e) A certidão positiva com efeito de negativa de débitos pode ser concedida
apenas nos casos em que a exigibilidade do tributo estiver suspensa.

23- (PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL PGDF 2004 ESAF) Marque


a assertiva que apresenta resposta correta.
a) Pedido de compensação de exação tida por inconstitucional com tributos
da mesma espécie, formulado administrativamente, impede a Fazenda
Pública de ajuizar execução fiscal sem antes apreciar e decidir o pleito.
b) É permitida a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto
de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da
respectiva decisão judicial.

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c) Constitui requisito essencial do termo de inscrição da dívida ativa a


indicação do período de apuração das infrações.
d) Não tem os mesmos efeitos de certidão negativa a certidão de que conste
a existência de créditos tributários cuja exigibilidade esteja suspensa.
e) A dívida ativa regularmente inscrita goza de presunção absoluta de
certeza e liquidez.

24- (PROCURADOR JURÍDICO DA CÂMARA DE VEREADORES


MUNICÍPIO SANTA BÁRBARA D’OESTE 2010 FMP-RS) Pedro é citado
em ação de execução fiscal, como devedor de determinada quantia relativa
à Imposto Municipal. Efetuada a penhora sobre bem que garante a
totalidade da dívida, Pedro tem direito à
(A) certidão negativa de débito.
(B) certidão positiva de débito.
(C) certidão positiva de débito com efeito de negativa.
(D) certidão de dívida ativa, narrando a penhora.
(E) certidão judicial narratória, apenas.

25- (DEFENSOR PÚBLICO-RO 2010 FMP-RS) Assinale a alternativa


correta:
(A) Na classificação dos créditos falimentares, os créditos trabalhistas e por
acidente de trabalho preferem a todos os outros, inclusive aos
extraconcursais.
(B) A preferência dos créditos trabalhistas derivados da relação empregatícia
está limitada a cento e cinqüenta salários mínimos por credor.
(C) Os créditos tributários preferem aos créditos com garantia real ou
especial.
(D) Os créditos parafiscais não gozam de prioridade alguma, sendo
classificados como quirografários.
(E) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

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