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Em meados de 1941 o quartel-general da RAAF decidiu formar unidades de treino nos estados do sul e do
leste em grupos semi-geográficos e semi-funcionais separados das áreas de comando. Isso levou ao
estabelecimento, em Agosto, do Grupo de Treino N.º 1 em Melbourne, cobrindo Victoria, Tasmânia e
Austrália do Sul, e do Grupo de Treino N.º 2 em Sydney, cobrindo Nova Gales do Sul e Queensland. Ao
mesmo tempo, a Área de Comando Central foi dissolvida e as suas responsabilidades divididas entre as
áreas de comando Sul e Norte, e o Grupo de Treino N.º 2.[12][13] A Área de Comando Ocidental, única
entre os pares, manteve a responsabilidade pelo treino na sua área, bem como pelas operações e
manutenção.[13] Em Novembro de 1941 todas as aeronaves disponíveis dos esquadrões n.º 14 e 25, bem
como oito aeronaves Avro Ansons da Escola de Treino de Voo de Serviço N.º 4, participaram da busca do
HMAS Sydney depois deste ter sido afundado pelo navio mercante armado alemão Kormoran; um Hudson
e um Anson localizaram cada um botes salva-vidas com a tripulação de Kormoran.[14][15]
Em Janeiro de 1942 a Área de Comando do Norte foi dividida na Área de Comando Noroeste e na Área de
Comando Nordeste, com o objectivo de melhor combater a ameaça japonesa no norte da Austrália e na
Nova Guiné, respectivamente, após a eclosão da Guerra do Pacífico.[1][16] Em Maio uma nova área de
comando, a oriental, foi criada para controlar as unidades em Nova Gales do Sul e no sul de
Queensland.[17] Por necessidade geográfica, as responsabilidades operacionais das áreas do sul da RAAF
concentravam-se na patrulha marítima e na guerra anti-submarina, enquanto as áreas do norte
concentravam-se na defesa aérea e no bombardeio ofensivo.[18] As aeronaves da Área de Comando
Ocidental fizeram o seu primeiro ataque submarino no dia 2 de Março, contudo rapidamente souberam que
estavam a atacar o USS Sargo, que não se identificou antes do ataque; o submarino americano ficou
danificado, mas conseguiu continuar a viagem para Fremantle.[19][20] A identificação de navios amigos era
um problema contínuo; as patrulhas da RAAF frequentemente tinham que partir sem os últimos relatórios
de inteligência naval sobre o transporte aliado, e os navios podiam, em qualquer caso, desviar-se das suas
rotas planeadas. Muitas vezes, era difícil para os observadores em aeronaves em movimento rápido
distinguir as bandeiras aliadas num navio, e as tripulações dos navios nem sempre reconheciam
imediatamente as aeronaves da RAAF, mesmo quando estas
empregavam os faróis de identificação de modo a serem
identificadas.[21]
Em Abril de 1943, a Área de Comando Ocidental controlava quatro unidades de combate: o Esquadrão N.º
14, com bombardeiros de reconhecimento Bristol Beaufort a partir de Pearce, o Esquadrão N.º 25,
dedicado a missões de bombardeamento de mergulho com aviões Wirraway, também a partir de Pearce, o
Esquadrão N.º 76, equipado com caças P-40 Kittyhawk em Potshot (Golfo de Exmouth), e o Esquadrão
N.º 85, que operava caças CAC Boomerang de Pearce. a Área de Comando Ocidental foi também capaz
de empenhar as aeronaves Catalina da Asa de Patrulha N.º 10 da Marinha dos EUA, com base em
Crawley, para missões de reconhecimento e anti-submarino.[38] Os Beaufort e Catalina voaram várias
centenas de patrulhas marítimas durante 1943.[39] Em Março de 1944 a Área de Comando Ocidental
entrou em alerta máximo em resposta às preocupações de que uma força naval japonesa invadiria a
Austrália Ocidental. Perth foi reforçada com os esquadrões n.º 452 e 457, e o Golfo de Exmouth com os
esquadrões n.º 18, 31 e 120, contudo não se deu nenhum ataque japonês e as unidades foram orientadas a
regressar às suas bases.[40] A meio do ano a Marinha dos EUA retirou a Asa de Patrulha N.º 10, reduzindo
a capacidade da Área de Comando Ocidental de realizar
reconhecimento marítimo de longo alcance; assim, os quinze aviões
Beaufort ainda operacionais do Esquadrão N.º 14 tiveram que fazer
patrulhas de até 22 horas de duração para procurar submarinos
alemães reportados na área.[41][42] A partir de 31 de Maio de 1944,
o efectivo do quartel-general da Área de Comando Ocidental era de
686 elementos, incluindo 118 oficiais.[43]
A 2 de Setembro de 1945, após o fim da Guerra do Pacífico, a Área do Sudoeste do Pacífico foi dissolvida
e o Comando Aéreo assumiu novamente o controlo total de todos os seus elementos operacionais.[52] Em
Outubro, Hannah entregou o comando ao capitão de grupo Douglas Wilson.[53] A força aérea encolheu
drasticamente com a desmobilização; muitas unidades de guerra viram o estabelecimento de prazos para a
sua dissolução em vários estágios, incluindo esquadrões de bombardeiros de reconhecimento até ao final de
1945, e outras unidades de bombardeiros até Setembro de 1946.[54] Em Dezembro de 1945 o Esquadrão
N.º 14 foi dissolvido em Pearce.[55] Já o Esquadrão N.º 25 repatriou ex-prisioneiros de guerra das Índias
Orientais Holandesas para a Austrália, uma missão que decorreu até Janeiro de 1946; a unidade foi então
dissolvida em Julho daquele ano.[56] Wilson foi colocado na lista de aposentamentos em Fevereiro de 1946,
e Hannah assumiu novamente o comando temporário da Área de Comando Ocidental até ser enviado para
a Grã-Bretanha em Outubro daquele ano.[57][58] O capitão de grupo Bill Garing assumiu o cargo de
comandante no mês seguinte, altura pela qual o efectivo do quartel-general era composto por 117
elementos, incluindo 31 oficiais.[59]
A partir de Outubro de 1953 a RAAF foi reorganizada de um sistema de comando-e-controlo com base na
geografia para um baseado em função. Em Fevereiro de 1954 as organizações funcionais recém-
constituídas — o Home Command, o Comando de Treino e o Comando de Manutenção — assumiram o
controlo de todas as operações, treino e manutenção, respectivamente, da Área de Comando
Ocidental.[2][70] Esta continuou a existir mas apenas, de acordo com o Melbourne Argus, como um dos
"pontos de controlo remoto" do Home Command.[71] O quartel-general da área foi dissolvido no dia 30 de
Novembro de 1956.[72]
Ordem de batalha
No dia 30 de Abril de 1942, a ordem de batalha da Área de Comando Ocidental compreendia:[25]
Estação de Pearce
Esquadrão N.º 14 (reconhecimento geral)
Esquadrão N.º 25 (uso geral)
Esquadrão N.º 35 (transporte)
Esquadrão N.º 77 (combate aéreo)
Quartel-general do Sector de Caça N.º 6, em Perth
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