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11/11/2019

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA


CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS
MEDICINA VETERINÁRIA
DEPARTAMENTO CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS
ROTEIRO DA AULA
ANDROLOGIA VETERINÁRIA

EXAME ANDROLÓGICO
NO CÃO Cenário
Exame
andrológico na IA
PET
espécie canina

Profª. Ana Paula Martini

4 de novembro de 2019

SETOR PET – CENÁRIO MUNDIAL SETOR PET – CENÁRIO BRASIL

• Faturamento do mercado PET: • Faturamento de R$ 18,9 bilhões em 2016 (4,9% sobre 2015)
• Previsão para 2020 é que esse número cresça para R$ 20 bilhões.
• 20,3 bilhões em 2017
1º EUA
2º Reino Unido
3º Brasil
• IBGE 2016: As famílias brasileiras
2013 – 132 milhões de pets
cuidam de 52 milhões de cães e
2018 – 139
45 milhões milhões de pets
de crianças.

• A tendência é que terá cada vez mais espaço para os animais, pois a
população pet deve crescer 5% ao ano, enquanto que a de humanos
menos de 1%.

SETOR PET – CENÁRIO BRASIL

2018: 54,2

2018: 23,9

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RAÇAS

Guia
Policiais – Apoio, farejador e resgate
Pastoreio
Guarda
Terapia
Companhia

REPRODUÇÃO????

Exame andrológico na
espécie canina

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Exame andrológico - finalidades PUBERDADE

 Confirmação de fertilidade;  6 e 9 meses de idade;


 Para a venda ou compra;  Geralmente com mudança hábito micção;
 Controle de produção espermática diária; Espermatozoides no ejaculado: 7-9 meses;
 Doadores de sêmen; Reprodutor ativo após 1 ano de idade;
 Orientação para infertilidade;
 Alterações testiculares
Descida dos testículos (maioria ao nascer)
• Displasia coxo femoral Ao nascimento da ninhada observar esta característica (até 30-45d)
• Criptorquidismo

• Brucella

EXAME ANDROLÓGICO NO
PUBERDADE x MATURIDADE MACHO

Puberdade: inicio da produção hormonal • Identificação


• Anamnese
Maturidade: • Exame clínico geral
genética
Fêmea – ovulação • Exame clínico especial
Macho – atividade espermática • Diagnóstico
• Prognóstico
ambiente nutrição • Tratamento

Avaliação da aptidão reprodutiva

• Exame do sistema reprodutor;

• Medições testiculares;

• Palpação testicular e prostática;

• Avaliação seminal;

• Ecografía de testículo e próstata;

• Provas para doenças infecciosas– Erliquiose, babesiose, leishmaniose,


herpesvirose e brucelose

Modelo desenvolvido por Dra Marilu Gioso

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Sistema reprodutor do macho

Bexiga
Bulbo Próstata
uretral

Bulbo Deferentes
cavernoso
Glande
Anatomia do sistema reprodutor do macho
Pênis
Examinado em ereção completa;

Rigido e não flexível (osso peniano)

(1 a 2 cm da glande) Bulbo da
Escroto glande

Próstata

• Única glândula sexual acessória presente,

• Prostopatias - Importância clínica significativa

• Tamanho do animal (P<2,0cm; M=3,0cm; G=4,0cm; GG=5,0cm )


• Idade do animal

• Cães novos: região pélvica;

• Cães velhos: atrofia, região abdominal;

• Palpar tamanho (variável), consistência e textura via retal;

• Bilobulada, simétrica, indolor, sem irregularidades e consistência uniforme;

Sistema reprodutor do macho

Ductos Deferentes
medial aos testículos,
direção cranial ao anel inguinal e
termina dorsal à próstata;

Corpo do Testículo
+ comum Epidídimo Comp: 2-4 cm x (diam) 1,5-2,5 cm
dorsais aos
testículos, Posição horizontal, simétricos,
similares em
livres e tensoelástico na palpação;
tamanho
e forma
Cauda do
Carcinoma prostático Hiperplasia prostática benigna epidídimo

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Sistema reprodutor do macho


Pênis
Pênis e osso peniano

Área vascular do
Osso peniano Bulbo da glande

Avaliação da Cópula e libido

Cortejo

Identificação de cio Cópula


(papel do olfato)
Feromônio: metil-hidroxibenzoato.

FATORES QUE AFETAM O COMPORTAMENTO


INFERTILIDADE MASCULINA SEXUAL

Meio ambiente

• Dominância
Impotência • Diminuição ou ausência de libido • Tutores
coeundi • Libido normal, incapacidade para • Piso, luz e barulho
copular
Incapacidade para copular ou falta de libido Experiência

• Jovens ou adultos inexperientes

Impotência • Alterações hormonais Preferência do companheiro e Dominância


generandi • Alterações espermáticas • Fêmea é mais seletiva

Incapacidade para fertilizar


Sorribas 2006

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Impotência Generandi

Desordens funcionais:
• Ausência ou diminuição de espermatozoides no
ejaculado
• Azoospermia com libido normal

Instrumental para a colheita digital


Coleta do sêmen – avaliar potentia generandi

Métodos de coleta do sêmen Estímulo visual ou por odor cuidado!!!

• Manipulação digital/Massagem***

• Eletroejaculação

• Vagina artificial

• Colheita do fundo vaginal

• Colheita da cauda do epidídimo 2 a 4 minutos

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Sorribas 2006

Limpeza da região

Manipulação digital do pênis Ejaculado

• Massagem do prepúcio Frações do sêmen:

• Primeira fração – pré-espermática (plasma): origem prostática (0,1 a 2 ml)


• Deslizamento da bainha prepucial até ultrapassar
o bulbo da glande antes da ereção completa > limpeza e estabilização do pH na uretra

• Pressão moderada sobre o pênis logo atrás do • Segunda fração – espermática (sêmen): origem epididimo (0,1 a 4 ml)
bulbo entre o dedo indicador e polegar
> rica em espermatozoides
• Evitar contato do pênis com o material de coleta
• Terceira fração – prostática (plasma): origem prostática (1 a 25 ml)

> diluidor natural

Coletar todas frações??? Tempos da eliminação das frações do ejaculado

• Ejaculação da fração pré-espermática: 1 a 2 min

• Ejaculação da fração espermática: 30 a 60 seg (cão


imóvel)

• Ejaculação da terceira fração: 10 a 45 min (tenta


girar a perna durante a ejaculação)

Sorribas 2006

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Avaliação do sêmen
Falhas...

Imediatamente após a colheita


1. Falha em expor o pênis
2. Tempo de exposição do pênis
• Macroscópica : volume, aspecto, coloração
3. Aplicação de força excessiva na manipulação
4. Material de coleta frio • Microscópica: motilidade, vigor, concentração e morfologia
5. Local de coleta inadequado
6. Presença de observadores/proprietários • Avaliação física: pH e osmolaridade

70% motilidade
3 vigor
70% sptz normais
[ ] 4-400x10⁶sptz/ml
pH 6,3-7

Morfologia espermática

Coloração ou câmara úmida

Defeitos maiores (10%)


Defeitos menores (20%)

Produção espermática

Influenciada pela:
Idade;
Tamanho testicular e da próstata;
Frequência coleta de ejaculado;
Repouso sexual;
Estimulação;
Cães em coleta: 25% menos células;

Para IA: 150-200x10⁶sptz total

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Sêmen para IA Sêmen fresco


Fresco
MAIS COMUM - melhores índices
pouca flexibilidade de uso
Com diluente aumenta viabilidade (12-48h) • Diluidor empregado: próprio líquido prostático;
Resfriado • Segunda colheita: quando volume não suficiente
• maior flexibilidade que o fresco no seu emprego
para IA;
• Viabiliza o transporte
• Utiliza diluente (72h, 5ºC) • IA intra-vaginal: aumento de volume com adição
Congelado de líquido prostático ou diluente
maior flexibilidade – tempo indeterminado
Diminui motilidade ao descongelamento
Dose: 150-200 milhões de sptz viáveis
Sobrevida de 18-24h pós descongelamento IA em 10 a 15 minutos pós coleta

Sêmen resfriado Diluidores

• Inprenha
• Minitube
• Prolongar a viabilidade do sêmen • Botufarma - Botudog

• Temperatura de manutenção: 4 a 5°C; • Leite desnatado


• Elemento que contém • Fração prostática
• Período de utilização: 4 a 9 dias; substâncias necessárias para • Lactose a 11%
• Diluidores para resfriamento manter ou aumentar a viabilidade • TRIS
espermática • Água de coco
• CLONE (Cryogenic)
• Manter 5ºC • Laciphos 478, Biociphos
W482 (França)

Sêmen congelado Sucesso do congelamento

• Diluidor+Crioprotetor: Glicerol 6-8% • Qualidade da amostra de sêmen


DMS (dimetil-sulfóxido) : cão e gato • Adição dos diluidores
Metanol (cão)
Polivinilpirrolidona (cão) • Diluição
• Congelamento e descongelamento
• Resfriamento: 5°C por 3h
• Envase: palhetas 0,5ml
• Vapor de nitrogênio e botijão

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Regime de coletas

• Frequência de Coleta do sêmen – 1 a 2 coletas semanais

• Intervalo – 4 a 5 dias

Inseminação Artificial
• Local da coleta

Emprego da IA Técnicas de IA

• Machos adultos idosos (alterações anatômicas e • IA via intra-vaginal: deposição do sêmen na


articulares) vagina

• Disseminação de material genético


• Redução de custos e estresse com transporte dos • IA via intra-uterina: deposição do sêmen no útero
animais
• Fêmeas dominantes

• Emprego tecnologia reprodutiva (intra-uterina)

Materiais necessários para IA intra-vaginal Morani 2018,Sorribas 2006

• Seringa descartável de 6 a 12ml;

• Tubo conector de borracha de 1cm;

• pipeta plástica;
• Material mantido a 38°C antes de utilizar;

• Luvas

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IA intra-uterina IA intra-uterina – cateter norueguês

• Deposição do sêmen no útero;

• Pela via intra-cervical: catéter noruegués ou


endoscópio com fibra ótica (não cirúrgica);

• Pela via intra-uterina: por laparotomia ou


laparoscopia (cirúrgica)

IA intra-uterina - endoscopia
Cancannon 2003

IA intra-uterina - cirurgia Doses inseminantes


Cancannon 2003

• 150 a 200 x 106

• Sêmen congelado-descongelado:
35 a 50 x 106

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Índices de fertilidade Sucesso na reprodução - MACHO

• 1- Habilidade física para a copula


• 2- Presença da libido
• 3- Habilidade de produzir espermatozoides normais

Sorribas 2006 Perguntas?

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