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ACÁCIO MIGUEL JONE JONASSE

(Infantaria)

EMPREGO DO PELOTÃO DE INFANTARIA NO RECONHECIMENTO DE ZONA,


ESTUDO DE CASO BATALHÃO INDENDENTE DE QUELIMANE (2018 - 2021)

Trabalho de Investigação Aplicada submetido à


Direcção Científica da Academia Militar
‟Marechal Samora Machelˮ, como requisito para
a obtenção do grau académico de Licenciatura em
Ciências Militares na especialidade de Infantaria.

Orientador:_____________________________

Ernesto Jeremias Ngovo


(Tenente)

Nampula

2021
FOLHA DE APROVAÇÃO
(Acácio Miguel Jone Jonasse)

EMPREGO DO PELOTÃO DE INFANTARIA MOTORIZADA NO


RECONHECIMENTO DE ZONA: ESTUDO DE CASO DO BATALHÃO
INDENDENTE DE QUELIMANE (2018-2021)

Este Trabalho de Investigação Aplicada (TIA) foi julgada e aprovada para a obtenção de titulo
de licenciatura em ciências militares na especialidade de infantaria pela Academia Militar
tendo sido atribuído a nota…………….( ) valores .

Nampula aos ………/………/2021

O corpo jurado
Presidente da mesa de júri
……………………………………………………………………………….
( )

Oponente
…………………………………………………………………………….
( )

O Orientador
……………………………………………………………………………..
Ernesto Jeremias Ngovo
(Tenente)

DECLARAÇÃO DE HONRA

iii
DECLARAÇÃO DE HONRA

Declaro que este Trabalho de Investigação Aplicada (TIA) é resultado da minha investigação
pessoal e das orientações do meu tutor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas
são devidamente mencionadas no texto, as notas e a bibliografia final. Declaro ainda que este
trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau
académico.

Nampula, aos …/…/2021

O Declarante

………………………………………………………………

Acácio Miguel Jone Jonasse

(Aspirante-a-oficial de infantaria)

iv
DEDICATÓRIA

Aos meus pais Miguel Jone Jonasse e Bibiana Henriques Nangonga, aos meus irmãos. que
sempre deram o seu máximo para que eu me formasse, ao meu tio Damásio Jone que esteve
sempre a par durante todo meu percurso, até o dia da sua morte e aos colegas que sempre
estiveram comigo nos bons e maus momentos.

v
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradecer a Deus, pelo dom da vida e pela sua protecção incondicional por
conseguir superar os obstáculos da vida das coisas abstractas e concretas pela milagrosa
misericórdia graça dando me forças e sabedoria, ao comando da academia militar
especialmente a vasta equipa de professores, instrutores da Academia Militar por terem
conseguido criar um ambiente favorável e propício para que eu pudesse aprender com boa
formação e qualidade.

Ao supervisor Tenente Ernesto Jeremias Ngovo pelo papel que teve como orientador, pela
dedicação paciência e preocupação para comigo, pela disponibilidade que sempre
demonstrou, pela orientação objectiva e esclarecida.

Ao director do curso Coronel Alfredo Vencha pelos ensinamentos que sempre deu para
comigo durante a minha formação.

Aos meus pais por terem me trazido ao mundo e por me terem prestado apoio, desde o início
da minha formação: pai e mãe expresso o meu muito obrigado por tudo!

A todos os militares e civis com os quais foi possível discutir o tema do trabalho e que,
normalmente contribuíram para o despertar da minha atenção e conseguir um melhor
resultado, aquele que directa ou indirectamente contribuíram para este trabalho e que,
involuntariamente não foram aqui referidos.

O meu muito obrigado.

vi
EPÍGRAFE

Conheça o inimigo e a si mesmo e você obterá a vitória


sem qualquer perigo; Conheça o terreno e as condições
da natureza, e você sempre será vitorioso.

Sun Tzu

vii
LISTA DE ABREVIATURAS, ACRÓNIMOS E SIGLAS

AM Academia Militar

AMMSM Academia Militar Marechal Samora Machel

BIQ Batalhão independente de Quelimane

CFO Curso de formação de oficiais

FADM Forças armadas de defesa de Moçambique

FPLM Forças Populares de Libertação de Moçambique

FRELIMO Frente de Libertação de Moçambique

IN Inimigo

NBQR Nuclear Biológico Químico E radioactivo

PCA Posto de Comando Avançado

PEL Pelotão

PIMRZ Pelotão de Infantaria Motorizada no Reconhecimento de Zona

PTDM Processo de Tomada de Decisão Militar

RENAMO Resistência Nacional de Moçambique

TIA Trabalho de investigação aplicada

viii
RESUMO

O presente (TIA) subordina-se ao tema: Emprego do pelotão de infantaria motorizado no


reconhecimento da zona, caso batalhão independente de Quelimane (2018 - 2021). E tem como o
problema da pesquisa o seguinte: de qual forma o Batalhão Independente de Quelimane emprega o
Pelotão de Infantaria motorizada no reconhecimento de zona. A qual se traçou o objectivo geral é de
analisar a utilização do pelotão de infantaria motorizada no reconhecimento de zona. Partindo destes
objectivos, foram sugeridas as seguintes questões de pesquisa, “as formas de usar, a caracterização dos
factores que influenciam no uso do Pelotão de Infantaria Motorizada no Reconhecimento de Zona.
Tecnicamente a colecta de dados desta pesquisa, o proponente delimita quanto a abordagem
qualitativa, ao abrigo do método indutivo, o proponente analisa a pesquisa bibliográfica contemplada
da pesquisa de campo que culmina a entrevista semi-estruturada. A entrevista inclui dez militares com
mínimo vinte quatro meses de exercício neste batalhão, estratificadas em cinco oficiais, três sargentos
e dois praças. Após o estudo, permitiu-nos perceber que o comandante do pelotão com a sua equipe
que compõe o pelotão, quando se trata de operações de reconhecimento na área, o comandante do
pelotão de infantaria motorizada teve o homem reconhecido em seu pelotão, no qual este se infiltra no
terreno inimigo, do mesmo sujeita-se em homogeneizar a custa informações precisas e adequadas
requeridas ao seu superior. Sugere-se que as unidades militares priorizem a formação dos infantes no
que diz respeito ao uso de forças de infantaria motorizada no reconhecimento de zona, tanto na teoria e
prática.

Palavras-chaves: Emprego; Infantaria Motorizada; Pelotão; Reconhecimento.

ix
ABSTRACT

The present (TIA) is under the theme: Use of the motorized infantry platoon in reconnaissance of the
area, in the case of the independent Quelimane battalion (2018 - 2021). And the research problem is
the following: how the Independent Battalion of Quelimane uses the Motorized Infantry Platoon in
reconnaissance of the zone. The general objective is to analyze the use of the motorized infantry
platoon in reconnaissance of the zone. Based on these objectives, the following research questions
were suggested, “how to use, the characterization of the factors that influence the use of the Motorized
Infantry Platoon in Zone Recognition. Technically the data collection of this research, the proponent
defines the qualitative approach, under the inductive method, the proponent analyzes the
bibliographical research contemplated in the field research that culminates the semi-structured
interview. The interview includes ten soldiers with a minimum of twenty-four months of exercise in
this battalion, stratified into five officers, three sergeants and two soldiers. After the study, it allowed
us to realize that the platoon commander with his team that makes up the platoon, as it comes to
reconnaissance operations in the area, the motorized infantry platoon commander had the man
recognized in his platoon, in which this it infiltrates the enemy's terrain, from which it is subject to
homogenize at the expense of precise and adequate information required from its superior. It is
suggested that military units prioritize infantry training with regard to the use of motorized infantry
forces in zone reconnaissance, both in theory and in practice.

Keywords: Employment; Motorized Infantry; Platoon; Recognition.

x
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÃO

Indice de Quadros

Quadro 1. Composição do Pelotão de Infantaria......................................................................22


Quadro 2. Panoramas ilustrativa do tipo de instrumento a utilizar para com os participantes. 38
Quadro 3. Categorias, Objectivos específicos, Questões de Investigação e técnicas de colecta
de dados............................................................................................................................39

Indice de Imagem/Fotos

Foto 1. Panorama da entrada do Batalhão Independente de Quelimane...................................54


Foto 2. Estado Maior do Batalhão Independente de Quelimane..............................................54

xi
Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

SUMÁRIO

FOLHA DE APROVAÇÃO.....................................................................................................III

DECLARAÇÃO DE HONRA.................................................................................................IV

DEDICATÓRIA........................................................................................................................V

AGRADECIMENTOS.............................................................................................................VI

EPÍGRAFE..............................................................................................................................VII

LISTA DE ABREVIATURAS, ACRÓNIMOS E SIGLAS..................................................VIII

RESUMO..................................................................................................................................IX

ABSTRACT...............................................................................................................................X

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÃO....................................................................................................XI

INDICE DE QUADROS..........................................................................................................XI

INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................14

1.1. Objectivos..................................................................................................................................................16
CAPÍTULO I: REVISÃO TEÓRICA.......................................................................................18

1.2. Generalidades conceituais..........................................................................................................................18


1.2.1. Emprego............................................................................................................................................18
1.2.2. Missões do Comandante do Pelotão.................................................................................................18
1.2.3. Comandante no Comando-Missão....................................................................................................19
1.2.4. Dirigir o Processo Operacional.........................................................................................................19
1.2.5. Compreender, Visualizar, Descrever, Dirigir, Liderar e Avaliar......................................................20
1.2.6. Pelotão...............................................................................................................................................22
1.2.7. Organização de Pelotão de Infantaria...............................................................................................22
1.2.8. Infantaria...........................................................................................................................................23
1.2.9. Missões Básicas da Infantaria...........................................................................................................24
1.2.10. Operação...........................................................................................................................................27
1.2.11. Emprego do pelotão de infantaria motorizada no reconhecimento de zona.....................................30
CAPITULO II. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................................33

2.1. Método de abordagem................................................................................................................................33

2.2. Tipo de pesquisa quanto á forma de abordagem........................................................................................34

2.3. Quanto aos Objectivos...............................................................................................................................34

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

2.4. Tipo de pesquisa quanto à natureza...........................................................................................................35

2.5. Quanto aos Procedimentos Técnicos.........................................................................................................35

2.6. Pesquisa Bibliográfica...............................................................................................................................35

2.7. Pesquisa de campo.....................................................................................................................................36

2.8. Método científico.......................................................................................................................................36

2.9. Técnicas de Colecta de Dados...................................................................................................................37


2.9.1. Entrevista...........................................................................................................................................37
2.9.2. Limitação do Estudo.........................................................................................................................38
2.9.3. Questões Éticas.................................................................................................................................38
2.9.4. Modelo de apresentação e discussão de dados..................................................................................38
CAPÍTULO III. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS...........40

2.9.5. Breve Historial..................................................................................................................................41

3.4. Apresentação e tratamento de dados.........................................................................................................42


3.5. Operação de reconhecimento............................................................................................................42

3.6. Formas de emprego do pelotão de Infantaria Motorizada no reconhecimento de zona........................43

3.7. A missão do comandante do pelotão de Infantaria Motorizada no reconhecimento de zona...................44

3.8. Factores que influenciam no emprego do pelotão de Infantaria Motorizada no reconhecimento de zona
45
3.9. Dificuldades do Pelotão de Infantaria Motorizada no Reconhecimento de zona.............................46
CONCLUSÃO..........................................................................................................................47

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................49

APÊNDICE...............................................................................................................................51

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

INTRODUÇÃO

Moçambique é considerado um País potencialmente rico, detentor de recursos minerais e


naturais extremamente importantes, salientando-se o gás natural, petróleo e o carvão mineral.
Portanto, esses recursos têm chamado atenção e motivo de cobiça por parte dos Países mais
ricos e potentes do mundo. Porém, o país beneficia-se de uma localização geoestratégica
privilegiada, pois, localiza-se perto das rotas mundiais importantes, como o canal de
Moçambique banhado pelo Oceano Índico que avia rotas marítimas.

Actualmente, verifica-se a cada dia os desafios pelos quais o país tem passado no domínio
político-militar, necessitando cada vez mais afinados recursos humanos e matérias das FADM
a partir do nível considerado estratégico até do pelotão, para fazer face a diversas missões,
especialmente, as operações de reconhecimento de zona. Com isso, o reconhecimento se
constitui na principal fonte de informações, onde, a colecta, avaliação e difusão dessas
informações é uma das importantes atribuições da Arma que, para isso, conta com meios
especializados.

O presente Trabalho de Investigação Aplicada (TIA) enquadra-se no âmbito do Curso de


Formação de Oficiais para a obtenção do grau de licenciatura em ciências militares na
Academia Militar Marechal Samora Machel e tem como tema “Emprego do Pelotão de
Infantaria Motorizada no Reconhecimento de Zona, Batalhão Independente de
Quelimane”. O mesmo tem como período correspondente dos anos (2018 – 2021), foi neste
período que o autor durante a sua formação acompanhou os conflitos que decorreram no
centro do pais do território Moçambicano. Contudo, torna-se como motivação a dificuldade
de conhecer o inimigo, o seu modo operando e as características da área de operações.

Actualmente muitos dos conflitos militares sucedem mais frequentemente dentro dos
Estados, do que entre Estados, isto é, actualmente verifica-se quase inexistência de guerras
entre Estados, em que estas guerras que decorrem na actualidade são guerras de guerrilha ou
terrorismo continuam resultando em vítimas fatais, sejam elas militares e civis.

Um dos dilemas com que as informações se deparam no instrumento militar não é apenas a
incerteza do futuro, mas também a falta de estudo sobre a identificação de posições inimigas,
obter notícias acerca do terreno, inimigo e/ou população numa zona de influência inimiga.
Portanto, a informação pretendida pode ser referente a itinerários, obstáculos, contaminação
Nuclear, Biológica ou Química ou pontos importantes.

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

As FADM têm sofrido ataques surpresos ou emboscadas durante a patrulha de


reconhecimento no teatro operacional centro e norte, por forças inimigas. Porém, estes
malfeitores fazem se passar de população civil e também em algumas incursões envergam a
farda das FADM, somente aparecem no momento oportuno para actuar, seja contra a força
militar ou pela população civil. A forma de combater esta alterada pelo demanda de
informações do epicentro comando inimigo e a localização certa desta força inimiga,
contribuindo deste modo para a complexidade do campo de batalha. Assim, dificulta a
compreensão e visualização do problema, perturbando a natureza e concepção operacional da
operação.

No entanto, é pertinente para que FADM, façam uma análise profunda e detalhada de
acordo com alguns indicadores, pesquisando de modo a encontrar as possíveis lacunas que
dificultam o cumprimento com êxito das missões nobres das FADM de defender a pátria face
a qualquer conflito armado.

É nesse propósito que a partir da indução feita em torno do tema surge a seguinte pergunta de
pesquisa: De qual forma o Batalhão Independente de quelimane Emprega o Pelotão de
Infantaria Motorizada no reconhecimento de zona?

A escolha do tema justifica-se na medida em que, desde o início da utilização de armas de


fogo nos exércitos, as informações têm influenciado decisivamente o decorrer das guerras, e
porque a obtenção de informação assume-se cada vez mais, como um esforço permanente e
uma tarefa necessária ao planeamento e execução de operações militares. O que motivou o
proponente a escolher o tema em investigação, foi durante as aulas de Reconhecimento e
táctica de Infantaria, quando se abordou assuntos relacionados ao emprego do pelotão de
infantaria no reconhecimento de zona, a designação a aleatória do tema transcendeu o almejo
que inflamou muito mais o interesse e curiosidade que ao pesquisador e decidiu fazer um
estudo mais aprofundado e ter detalhes mais concisos.

A escolha do local de pesquisa, Batalhão Independente de Quelimane (BIQ), foi pelo facto de
ser uma das unidades que emprega os militares em várias missões. A delimitação temporal,
foi em 2018 o ano de ingresso do proponente na Academia Militar (AM) e começou a ter
contacto com as ciências militares, e o ano 2021 é o ano que termina o seu curso e a
elaboração do Trabalho de Investigação Aplicada.

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

O trabalho é visto pelo pesquisador como importante na medida em que ela perspectiva
benefícios as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, bem como a instituição de sua
formação. O trabalho pode servir de base científica para a investigação de assuntos
relacionados a empregabilidade do pelotão de Infantaria Motorizada no Reconhecimento e
também serem estudadas certas propostas apresentadas no trabalho que podem ser usadas na
melhoria da formação dos infantes para que tenham domínio de actuarem neste tipo de
operações.

Contudo, os desafios que se colocam aos tirocinantes de Infantaria exigem deles a


componente de saber fazer, que é um instrumento adquirido através de aprendizagens
práticas, de modo que consigam desempenhar com eficácia e eficiência as funções de
Empregar o Pelotão de Infantaria no Reconhecimento de Zona.

I.1. Objectivos

Os objectivos definem de um modo geral o que se pretende alcançar com a realização da


pesquisa. Assim, os futuros Oficiais de Infantaria se forem formados com exactidão, para
fazer face a qualquer tipo de missão, estes podem dirigir, controlar e coordenar os seus
homens para cumprir qualquer tipo de missão, especialmente, o Emprego do Pelotão de
Infantaria no Reconhecimento de Zona, para descobrir, prevenir e impedir ou a neutralizar as
acções de reconhecimento inimigo. Constitui objectivo geral do trabalho o seguinte:

Analisar as formas de emprego do pelotão de Infantaria Motorizada no


reconhecimento de zona.

Para operacionalizar o objectivo geral, o proponente traçou os seguintes objectivos


específicos:

Identificar as formas de emprego do pelotão de Infantaria Motorizada no


reconhecimento de zona;

Conhecer os factores que influenciam no emprego do pelotão de Infantaria


Motorizada no reconhecimento de zona;

Identificar as dificuldades do Pelotão de Infantaria Motorizada no


Reconhecimento de zona.

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

Olhando para aquilo que foi o problema proposto, o pesquisador apresenta as seguintes
questões de pesquisa que contribuem para a ocorrência de tal fenómeno:

QI 1: Quais as formas de emprego do pelotão de Infantaria Motorizada no reconhecimento de


zona?
QI 2: Quais são os factores que influenciam no emprego do pelotão de Infantaria Motorizada
no reconhecimento de zona?
QI 3: Quais as dificuldades do emprego do pelotão de Infantaria Motorizada no
reconhecimento de zona?

Para a sua melhor compreensão e situar os leitores, o trabalho obedeceu a estrutura e


organização seguinte:
Introdução onde se está alinhado o tema e sua delimitação temporal e espacial, a
problematização e o problema de estudo, seguindo-se a justificativa da escolha do tema em
estudo, os objectivos gerais e específicos e por fim as questões de investigação.
Capítulo I- compreende a Revisão da literatura onde se faz entrelaçamento de informações
relevante dentro do contexto temático que dá o suporte ao trabalho guiado pelas palavras-
chave, isto é, neste capítulo fala-se de tudo possível sobre o emprego do pelotão de Infantaria
Motorizada no Reconhecimento de zona.

Capítulo II- compreende os procedimentos metodológicos, que são os caminhos que foram
seguidos na elaboração do trabalho, partindo da sua forma de abordagem, seguindo até aos
instrumentos de colecta de dados e os seus participantes de pesquisa. Neste capítulo é
caracterizado o campo de pesquisa e apresentados e confrontados os dados que pesquisador
conseguiu adquirir dos participantes de pesquisa usando as técnicas de Entrevista.

Capítulo III- o último capítulo tratou-se de apresentação, análise e interpretação de dados,


colhidos durante o trabalho de campo. Após a apresentação de dados no terceiro capítulo, é
apresentada a conclusão do estudo e as propostas d autor, seguindo as referências
bibliográficas e apêndices.

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(2018 - 2021)

CAPíTULO I: REVISÃO TEÓRICA

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

Segundo Gil (2007), a revisão teórica é desenvolvida com base em material já elaborado
constituído principalmente de livros e artigos científicos e permite verificar o estado do
problema a ser pesquisado, sob o especto teórico e de outros estudos e pesquisas já realizados.

Neste capítulo relacionado com a revisão de literatura abordar-se-ão conteúdos estudados por
vários autores que de alguma forma tratam do emprego do pelotão de Infantaria Motorizada
no reconhecimento de zona como uma prática decorrente nas suas operações.

I.2. Generalidades conceituais

I.2.1. Emprego

Dicionário Integral da Língua Portuguesa (2005), ‟afirma que empregar significa usar, aplicar

(p.122).

I.2.2. Missões do Comandante do Pelotão

Segundo Manual de Companhia de Atiradores (2001), refere que:


O Comandante do Pelotão de Infantaria é o responsável pela preparação,
treino e disciplina do pessoal do seu pelotão, o seu papel é de primordial
importância em operações, razão pela qual deve ser proficiente no emprego
táctico da sua unidade e equipamentos colocados à sua disposição,
necessitando para isso, de ser profundamente conhecedor das suas capacidades
e limitações (p. 11).

O Manual de companhia de atiradores (2001) diz que:

O Comandante do Pelotão exerce o comando e direcção de tropas através dos


Comandantes de secções e do sargento do Pelotão. O Comandante do Pelotão
emprega sua unidade com base nas ordens do Comandante da Companhia e
tendo em atenção os factores de decisão MITM-T que se traduz em: Missão,
Inimigo, Terreno, Meios, e Tempo disponível (p. 11).

Neste contexto, considerando o expresso acima, importa que os actuais Comandantes dos
Pelotões sejam competentes e proficientes, capazes de operarem em todo o espectro do
conflito, em ambientes conjuntos, e com capacidade para usar essa característica na condução
de operações de forma inovadora, e suficientemente corajosos e audaciosos para identificar e
explorar as oportunidades que o ambiente operacional lhes colocar.

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

O exercício do Comando e Controlo por parte do Comandante afirma-se no processo de


tomada de decisão militar, ou procedimentos de comando, consoante o escalão a que se
encontra, e através de um sistema de comando e controlo das tropas.

I.2.3. Comandante no Comando-Missão

Manual da Companhia de Atiradores (2001), afirma que ‟o comando-missão é o exercício da


autoridade e direcção do Comandante através de ordens para proporcionar a iniciativa, de
acordo com a sua intenção para preparar líderes ágeis e adaptáveis na condução de operações
em todo o espectro” (p. 3).

O Comandante lidera e harmoniza a arte de Comando e a ciência do Controlo integrando as


funções de combate para cumprir a missão. Enquanto o comando é uma função pessoal do
Comandante, o controlo envolve toda a força.

Manual da Companhia de Atiradores (2001), diz que ‟a arte de comando é o exercício criativo
e hábil da autoridade através da tomada de decisão e da liderança. Apoiados por redes e
sistemas de comando-missão, os comandantes sintetizam o conhecimento proveniente de
todos os níveis - superior, subordinado e lateral - aplicando-o posteriormente em todos os
escalões de comando em que se incluem” (p. 3 ).

Como deixa entender o Manual da Companhia de Atiradores (2001), para garantir o


cumprimento da missão em todo o espectro das Operações, o Comandante:

 Dirige o processo operacional;


 Compreende, visualiza, descreve, dirige, lidera e avalia as operações.

I.2.4. Dirigir o Processo Operacional

Manual da Companhia de Atiradores (2001), afirma que:


O comandante dirige o processo operacional. Enquanto, o estado-maior executa funções
essenciais que ampliam a eficácia das operações, os Comandantes desempenham o papel
central no processo operacional, combinando a arte do comando e a ciência do controlo,
orientados pela sua experiência, conhecimento, educação, aptidões e intuição, utilizando a
liderança para traduzir as suas decisões em acção (p. 3 ).

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

I.2.5. Compreender, Visualizar, Descrever, Dirigir, Liderar e Avaliar

Para o Manual da Companhia de Atiradores (2001), ‟os comandantes compreendem o problema e


visualizam o estado final desejado, a natureza e a concepção operacional da operação. Descrevem o
tempo, espaço, recursos, finalidade e acção, dirigem as funções de combate e lideram e avaliam
continuamente as operações” (p. 3).
Compreender

A compreensão permite ao comandante estabelecer o contexto da situação em que se


vai desenrolar a operação através da análise do inimigo ou adversário e de outras
variáveis, que fornecem a informação para desenvolver e enquadrar os problemas
operacionais que se lhe deparam. Para compreender cabalmente a situação
operacional, o comandante necessita frequentemente de se deslocar na sua área de
operações, dialogar com os seus subordinados e observar o seu desempenho. Isto
permite antecipar prováveis ameaças, oportunidades e necessidades de informação que
vão ser a base da sua visualização da operação (Manual da Companhia de Atiradores,
2001, p. 4).

Vários factores contribuem para o aprofundamento da compreensão da situação, como por


exemplo a formação do comandante, as suas capacidades, experiência e percepção. A
formulação das necessidades de informação crítica do comandante, o emprego de oficiais de
estado-maior são elementos determinantes para a compreensão da situação antes e durante a
operação, (Manual da Companhia de Atiradores, 2001).
Visualizar
A visualização do comandante é um processo mental que desenvolve a compreensão da
situação, o estado final desejado e a sequência das acções pelas quais a força atinge o estado
final. A visualização do comandante é o ponto de partida para o desenvolvimento e
entendimento da informação que este pretende transmitir na sua intenção e na directiva de
planeamento A missão atribuída a um comandante é o foco da sua visualização que devido ao
dinamismo das operações militares é um processo contínuo, (Manual da Companhia de
Atiradores, 2001, p.4). Descrever
Após a visualização, o Comandante transmite ao seu estado-maior e comandantes
subordinados, o resultado da sua análise, para que estes partilhem o seu entendimento
da situação táctica (missão e intenção). O comandante deve assegurar-se que os
subordinados compreendem a sua visualização antes de iniciarem o seu próprio
planeamento, (Manual da Companhia de Atiradores, 2001, p. 5).

Dirigir

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

De acordo com Manual da Companhia de Atiradores (2001), os comandantes dirigem todos


os aspectos das operações, assumindo a direcção variadas formas durante o planeamento,
preparação e execução das operações através de:
 Preparação e aprovação de planos e ordens;
 Atribuição e refinamento das missões, tarefas, composição e articulação de forças e
medidas de controlo baseadas nas alterações da situação;
 Posicionamento de unidades com a intenção de maximizar o potencial de combate,
antecipar acções, criar e preservar opções de manobra;
 Posicionamento de elementos chave para assegurar observação e supervisão nos
locais e tempo críticos;
 Ajustamento das prioridades de apoio e atribuição de recursos de acordo com as
ameaças e oportunidades;
 Aceitação de riscos que criem oportunidades para ganhar, manter e explorar a
iniciativa;
 Estabelecimento de temas (por vezes mensagens) para actividades de informação e
influência;
 Emprego das reservas.
Liderar
Após a tomada de decisão, os Comandantes, dirigem as suas forças durante a
execução, fornecendo a força de carácter, coragem moral e vontade para seguir as suas
decisões. Quando alterarem as suas decisões, devem saber quando e o que decidir para
fazer face a mudanças na situação. Os líderes eficazes actuam pela presença física,
pelo que os comandantes devem considerar cuidadosamente onde devem estar,
equilibrando a necessidade de motivar os soldados com a de manter uma perspectiva
global de toda a operação, (Manual da Companhia de Atiradores, 2001, p.10).

A presença do Comandante na frente demonstra uma vontade de partilhar o perigo e permite-


lhe avaliar a situação, liderança e moral dos soldados das unidades subordinadas. A presença
na frente permite aos comandantes sentir a dimensão humana do conflito, sobretudo quando o
medo e a fadiga reduzem a eficácia. De considerar ainda que, os Comandantes devem liderar
pelo exemplo, colocando-se lado a lado com os seus soldados, pelo que, não podem permitir
que as vantagens decorrentes da tecnologia da informação comprometam a sua obrigação de
liderar pelo exemplo, (Manual da Companhia de Atiradores, 2001).

Avaliar

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A avaliação auxilia os comandantes a compreender as condições actuais em que se inserem e


determinar o desenrolar da operação. O comandante mantém uma perspectiva global,
comparando a situação actual com a inicialmente prevista. Requer um pensamento crítico,
inspirado quando possível, pela participação do comandante na concepção operacional,
(Manual da Companhia de Atiradores, 2001, p.11).

As informações fornecidas pelos Comandantes subordinados permitem muitas vezes


moldar a forma como os comandantes identificam, enquadram e procuram resolver um
problema. Esta informação é utilizada para desenvolver indicadores e para avaliar o
progresso no sentido de atingir um resultado positivo podendo assumir a forma de
objectivos intermédios que as unidades devem atingir para alcançar o estado final
desejado. Quando a avaliação revela uma variação significativa da visualização inicial, o
comandante deve reformular o problema e desenvolver um novo plano se necessário,
(Manual da Companhia de Atiradores, 2001p.11).

I.2.6. Pelotão

De acordo com o Manual da Companhia de Atiradores (2001), pelotão é um tipo de unidade


militar, tipicamente composta por entre 35 a 44 homens. Normalmente, o pelotão é
considerado a menor unidade militar sob o comando de um oficial subalterno, coadjuvado por
um sargento. De acordo com Escola prática de Infantaria (2002), cada pelotão de atiradores
inclui três secções comandadas por segundo sargento ou furriel, além de um comandante do
pelotão e de um sargento de pelotão, cada secção inclui duas esquadras.

I.2.7. Organização de Pelotão de Infantaria

Departamento de Pessoal do Estado-Maior General (2018) afirmam que o pelotão de


infantaria é constituído por comandante do pelotão, adjunto comandante do pelotão e três
secções, cada secção é constituída por 10 elementos, totalizando 32 homens.

Quadro 1. Composição do Pelotão de Infantaria

N/O Função Orgânica Patente Orgânica


1 Comandante do pelotão Tenente
2 Adj. Cdte do pelotão 1º Sargento
3 Comandante da secção (x3) 2º Sargento
4 Adj. Cdte (x3) Furriel
5 Atir. de PKT (x3) 1º Cabo
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6 Condutor Mecânico (x3) 1º Cabo


7 Atir. de RPG-7 (x3) 2º Cabo
8 Atir. AKM (adj. RPG-7) (x3) Soldado
9 Atirador de RPK (x3) Soldado
10 Atir. AKM-Soldado (x9) Soldado
Fonte: Departamento de Pessoal do Estado-Maior General (2018)

De acordo com o Departamento de Pessoal do Estado-Maior General (2018) afirma que o


Pelotão de Infantaria possui o seguinte armamento:

 RPG-7- 03
 KPVT-03
 RPK -03
 Pistolas MAKAROV ou TT- 01,
 AKM-23 e
 BOCAS DE MORTEIRO 60 mm -02.

I.2.8. Infantaria

É uma força apeada organizada e equipada para combater em qualquer e contra qualquer tipo
de inimigo, com tudo a sua vocação é combater a infantaria inimiga em terreno restrito como
floresta, cidade e montanhas (Manual da companhia de atiradores 2001).

De acordo com o EME, (1997), a infantaria é uma Arma do Exército constituindo uma força
militar preparada para actuar em todas as situações, paz, crise ou conflito, em todos tipos de
terreno e sob quaisquer condições meteorológicas. Desloca-se a pé ou em viaturas de rodas ou
de lagartas, podendo ser transportada ou lançada por meio aéreo. Inclui militares das forças
especiais (Comandos, Operações Especiais e Pára-quedistas).

Para obter êxitos num campo de batalha com essas características a infantaria terá de:
Conhecer o inimigo, isto é, conhecer a sua organização e equipamento o modo como combate

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e ainda as suas possibilidades e limitações; ver o campo de batalha através dos devidos meios
pórticos.

A infantaria apresenta as seguintes tendências actuais na sua evolução: equipamento mais rico
e sofisticado, maior dotação de viaturas munida de aparelhos ópticos, armamento anticarro
mais numeroso e meios de transmissão e electrónicos capazes de visualizar o campo de
batalha. Campo de batalha é o ambiente que o Comandante deve compreender para aplicar
com sucesso o potencial de combate. Inclui o espaço aéreo, terrestre, marítimo, forças amigas,
inimigas, instalações, condições meteorológicas, espectros electromagnéticos e ambiente de
informações na área de interesse (Manual da Companhia de atiradores, 2012).

Conjugando os dois últimos conceitos de forma generalizadas se infere e se concebe o


conceito de Pelotão de Infantaria, na qual se tem como:

Um pelotão de infantaria, qualquer que seja sua natureza, é uma tropa de valor da unidade,
particularmente, apta para realizar o combate a pé, ainda que, utilizando-se de meios de
transportes terrestres, aéreos ou aquáticos para o seu deslocamento. É, por excelência, a
tropa do combate aproximado, com capacidade de operar em qualquer terreno e sob
quaisquer condições climáticas ou meteorológicas, (Manual de campanha Batalhões de
Infantaria C7 - 20, 2003, pp. 1 -2).

I.2.9. Missões Básicas da Infantaria

A infantaria tradicional no passado, era a força principal para destruir as unidades inimigas.
Portanto, no combate moderno a infantaria é usada na perseguição de forças inimigas em
terreno restrito, sobretudo em áreas urbanas, onde forças mais rápidas como blindados são
incapazes de manobrar ou de evitarem ser emboscadas.

Manual de Campanha de Operações (1997), “afirma que a missão básica de infantaria é


cerrar sobre o inimigo, a fim de destrui-lo ou capturá-lo, utilizando o fogo, o movimento e o
combate aproximado, bem como manter o terreno e controlar áreas, inclusive suas populações
e seus recursos (p.20).

As missões básicas da infantaria em combate são fundamentalmente as seguintes:

No ataque: procurar o contacto com o inimigo destruí-lo ou aprisiona-lo. Isto é, é cerrar sobre
o inimigo a fim de destrui-lo ou capturá-lo, utilizando o fogo, o movimento e a acção de
choque;

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(2018 - 2021)

Na defesa: impedir que o inimigo se apodere de determinada zona do terreno, para que
procura destruir as suas forças pelo fogo e manobra. Isto é, consiste em manter o terreno,
detendo e repelindo o ataque inimigo por meio do fogo e do combate aproximado, ou
destruindo o pelo contra-ataque. Também, a infantaria pode valer-se de meios blindados nas
operações ofensivas e defensivas, a fim de aproveitar a capacidade deles para manobrar sobre
o inimigo e destrui-lo, ou para aproveitar o êxito próprio ou de outras forças.

I.2.9.1. Tipos de Unidades de Infantaria

A Infantaria da actualidade, coerente com as mais modernas doutrinas de combate existentes


na actualidade e atendendo às necessidades impostas pelas características dos diferentes
terrenos (teatro de operações).

Para Manual de Companhia de tiradores (2001), ‟possui os seguintes tipos de tropas


especializadas: Infantaria Simples, Ligeira ou Leve; Infantaria Motorizada; Infantaria
Aerotransportada; Infantaria Aeromóvel (p. 77).

Limitações

Capacidade de durar na acção, com seus meios orgânicos, restrito a um período de 48


(quarenta e oito) horas; vulnerável ao operar em terreno aberto; sua mobilidade em
combate restringe-se a do homem a pé; reduzido apoio de fogo e apoio logístico
orgânicos que limitam sua capacidade de durar na acção; seus meios orgânicos de
transporte destinam-se, principalmente, para as acções de comando e controle, apoio
de fogo e apoio logístico. Vulnerável a acções aéreas, (Manual de Companhia de
atiradores 2001, p. 81).
De várias supracitadas focámo-nos na infantaria Motorizada, na qual se tem de forma
generalizada o seguinte:

I.2.9.1.1. Infantaria Motorizada

Possibilidades:

Manual de Companhia de atiradores (2001), afirma que:

A Infantaria Motorizada tem a missão de cerrar sobre o inimigo a fim destruí-lo,


utilizando o fogo, o movimento e o combate aproximado, como também, pode
executar varias operações de, de reconhecimento modo bater dados sobre o inimigo
ou manter o terreno, detendo e repelindo o ataque inimigo por meio do fogo, do
contra-ataque e do combate aproximado. A mobilidade é a do homem á pé ( p.79).

Segundo o Manual de companhia de atiradores (2001), refere que:

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Operar, ofensiva e defensivamente, em terreno variado e em áreas urbanas, sob


quaisquer condições meteorológicas; particularmente apto para operações de
infiltração; realizar operações com forças mecanizadas e blindadas; participar em
acções de segurança de área de retaguarda; integrar uma força combinada para
operações anfíbias; participar de operações da defesa interna e em acções de defesa
territorial; ser reforçado com meios de combate, apoio ao combate e apoio logístico
(p.80).
Limitações

Sua mobilidade táctica restringe-se a do homem a pé; seus meios orgânicos de


transporte destinam-se, principalmente, para as acções de comando e controle, apoio
logístico e apoio de fogo orgânicos; participar, com limitações, em operações
aeromóveis, aerotransportadas e ribeirinhas; limitada protecção contra blindados;
limitada protecção contra os efeitos de armas químicas, biológicas e nucleares;
limitada acção de choque; vulnerável a acções aéreas, (Manual de Companhia de
atiradores 2001, p. 80).

I.2.9.1.2. Reconhecimento

Em todos os escalões é importante ter em conta todas informações que permitam caracterizar
o inimigo, visto ser de grande importância para o planeamento e posteriores decisões que
levam ao cumprimento da missão. Sendo assim, o reconhecimento tem como principal
objectivo a obtenção de informações necessárias para o planeamento e emprego das forças.

“Reconhecimento é esforço orientado que em campanha se realiza para colher notícias sobre o
inimigo, as condições meteorológicas, o terreno ou determinados recursos” (Soares &
Adelino, 1962-1963). Por isso é necessário que se especifique o tipo de reconhecimento, ou os
métodos de reconhecimento que se trata para que os mais leigos na matéria não caiam num
paradoxo. Normalmente, é direccionado para a obtenção de uma notícia específica, por
período de tempo curto e é realizado antes da operação sendo depois desenvolvida a operação
(EME, 2012).

O Reconhecimento identifica as características do terreno, obstáculos ao movimento das


forças regulares e do inimigo e o dispositivo das forças inimigas e da população civil, para
que o comandante possa manobrar as suas forças.

O Reconhecimento é essencial, antes do movimento ocupação de zonas de reunião, para


proteger a força e preservar o seu potencial de combate. Contribui também para manter a
força o maior tempo possível fora do contacto com o inimigo, para que esta se possa
concentrar na operação decisiva.

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O Reconhecimento faz parte das tarefas de transição que são tarefas conduzidas para apoio ao
planeamento, preparação e execução de outros tipos de operações. No contexto de operações
ofensivas ou defensivas não se assumem como decisivas; em regra, constituem-se como de
moldagem ou de sustentação (EME, 2012).

I.2.10. Operação

Operação é uma acção militar necessária para o cumprimento de uma missão estratégica,
táctica, de serviços, de treino ou administrativa; o processo para atingir os objectivos para
cada batalha ou campanha em combate, incluindo movimentos, reabastecimentos, manobras
de grande ataque de defesa. (EME, 1987).

‟A operação inclui o planeamento, preparação, execução e avaliação para atingir os


objectivos de qualquer empenhamento, batalha, operação de grande envergadura ou
companhia, (EME, 1987).

I.2.10.1. Operações de Reconhecimento terrestre

As operações de reconhecimento terrestre são operações executadas para obter através


da observação visual ou outro método de detecção, informações sobre actividades e
recursos do inimigo ou potencial inimigo, ou dados sobre as condições
meteorológicas, geográficas, hidrográficas ou população local de uma determinada
área. (EME, 2005).

I.2.10.2. Tipos de Operações de Reconhecimento

De acordo com o EME, (2005), as unidades de reconhecimento podem executar (4) quatro
tipos de operações de reconhecimento terrestre. Sendo elas:

 Reconhecimento de Itinerário;
 Reconhecimento de Zona;
 Reconhecimento de Área;
 Reconhecimento em Força.

I.2.10.2.1. Reconhecimento de Itinerário

Um itinerário é uma linha de comunicação que pode ser materializada por uma estrada,
caminho-de-ferro ou um corredor de mobilidade todo terreno. Quando um comandante

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pretende utilizar um determinado itinerário para o movimento das suas forças, recorre às
unidades de reconhecimento (EME, 2005).

O reconhecimento de itinerário tem como finalidade fornecer informações relativas às


condições do itinerário, tais como, obstáculos, classificação de pontes e actividade inimiga e
civil ao longo desse itinerário. O reconhecimento de itinerário abrange ainda o terreno
adjacente e pode surgir no seguimento de uma missão de reconhecimento de zona ou
reconhecimento de área, (EME, 2005).

Numa operação de reconhecimento de itinerário, o número de pelotões de reconhecimento


influencia directamente o número de itinerários que se pode reconhecer, uma vez que cada
pelotão apenas possui capacidade para reconhecer um itinerário de cada vez (EME, 2005).

I.2.10.2.2. Reconhecimento de Área

O reconhecimento de área tem como finalidade obter informações detalhadas relativas ao


terreno ou actividade inimiga numa determinada área delimitada. Essa área pode ser
materializada por uma povoação, uma linha de alturas, um bosque, um aeródromo ou outros
locais para a realização das operações podendo simplesmente constituir um único ponto como
uma ponte ou uma instalação. As áreas são normalmente mais reduzidas que as zonas e não
são contíguas a outras áreas de reconhecimento, (EME, 2005).

Tarefas

Segundo EME, (2005), durante uma operação de reconhecimento de área, uma unidade de
reconhecimento pode executar as seguintes tarefas:

 Estabelecer contacto, informar e eliminar resistências inimigas que surjam na área de


operações e possam causar adversidade ao movimento da força principal;
 Reconhecer todos os locais que possam ser utilizados pelo inimigo de forma a obter
vantagem em combate;
 Reconhecer todas as áreas edificadas, pontes, desfiladeiros, curvas de estrada e áreas
contaminadas;
 Identificar locais de passagem a vau e pontos de passagem ou ponto de
contornamento para obstáculos existentes.

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1.1.8.1 Reconhecimento de Zona

O Reconhecimento de zona destina-se à obtenção de informações sobre o inimigo, terreno e


itinerários dentro de uma zona específica. “Executa-se quando a situação inimiga é vaga, o
conhecimento do terreno é limitado ou a zona tenha sofrido alterações derivadas de operações
de combate” (EME, 2005).
O Reconhecimento de Zona tem como objectivo obter noticias acerca do terreno,
inimigo e/ou população numa zona. A informação pretendida pode ser referente a
itinerários, obstáculos contaminação Nuclear, Biológica ou Química (NBQ) ou pontos
importantes. É normalmente o reconhecimento mais complexo e demorado, sendo
também o que abrange uma área maior. Este reconhecimento pode ser feito numa
operação de força de cobertura, durante a progressão. Pode fazer-se caso a informação
sobre a localização do inimigo ou a existência e estado dos itinerários seja
desconhecida. A dimensão das zonas a atribuir a cada unidade depende dos factores de
decisão (EME, 1987).

Esforço orientado no sentido de se obterem notícias detalhadas sobre todos os itinerários,


obstáculos, terreno e forças inimigo ou população, num espaço de terreno entre limites.

Antes de se colocar forças no terreno, são executadas operações de reconhecimento de zona.


A finalidade é fornecer informações relativas a itinerários, obstáculos, terreno, forças hostis
quando estas são escassas. De todas as operações de reconhecimento terrestre, o
reconhecimento de zona é a mais demorada e deliberada uma vez que é conduzida em zonas
extensas e exige um emprego lado a lado das unidades de reconhecimento terrestre (EME,
2005).

Numa operação de reconhecimento de zona estão contidas várias operações de


reconhecimento de área e itinerário. Nas operações de reconhecimento de zona, normalmente
é constituída uma reserva que vai actuar como Força de Intervenção Rápida (FIR) capaz de
actuar rapidamente em qualquer local da área de operações (EME, 2005). É a missão de
reconhecimento mais extensa, demorada e executa-se para:

 Procurar e estudar itinerários para a força principal;


 Detectar obstáculos;
 Localizar o inimigo ou possíveis locais onde o inimigo possa actuar.

Existem três métodos para a execução do reconhecimento de zona: Método da Ventoinha;


Método dos Itinerários Convergentes e o Método dos Sectores Sucessivos.

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I.2.10.2.3. Reconhecimento em Força

Quando o inimigo se encontra numa determinada área e não se conseguem obter informações
adequadas através de outros meios de reconhecimento, executa-se uma operação de
reconhecimento em força. A finalidade é descobrir ou testar o potencial, dispositivo e
reacções inimigas através de acções de combate. O reconhecimento em força é uma operação
caracterizada por um cariz agressivo onde se pretende determinar as fraquezas inimigas para
as poder explorar. Distingue-se das outras operações de reconhecimento na medida em que
visa obter informação somente relativa à força inimiga, descorando o terreno, (EME, 2005).

As operações de reconhecimento em força não são exclusividade das unidades de


reconhecimento, podendo ser executadas por outras unidades de manobra. Geralmente, apenas
são executadas por unidades de escalão batalhão ou superior, (EME, 2005).

Segundo EME (2005), numa operação de reconhecimento em força, a unidade de manobra


pode executar as seguintes tarefas:

 Executar uma penetração na zona de segurança do inimigo de forma a determinar a


sua dimensão e composição;
 Identificar a localização das posições principais inimigas;
 Atacar as posições principais de forma a obrigar o inimigo a empregar as suas
reservas, forças de contra-ataque, meios de apoio de fogos e sistemas de armas
específicos;
 Obrigar o inimigo a mudar de posição.

I.2.11. Emprego do pelotão de infantaria motorizada no reconhecimento de zona

O emprego do pelotão de Infantaria por ser uma subunidade táctica básica, pode operar
isoladamente com objectivo de fornecer informações relativas a itinerários, obstáculos,
terreno, forças hostis quando estas são escassas, nesta operação de reconhecimento de zona
estão contidas várias operações de reconhecimento de área e itinerário, Nas operações de
reconhecimento de zona, e normalmente é constituída uma reserva que vai actuar como Força
capaz de actuar rapidamente em qualquer local da área de operações (Manual de Companhia
de atiradores 2001; EME, 2005).

Inimigo

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De acordo com O Manual de Campanha de Operações, (1997), ‟refere-se a uma entidade,


grupo ou força identificada como hostil e contra a qual o uso da força é autorizado. Um
inimigo também é designado por combatente e encontra-se abrangido pela leiˮ (p.14).

1.1.8.2 Método da Ventoinha

O comandante de pelotão define vários pontos de reunião no objectivo, vários itinerários, o


pontos de reunião no objectivo tem vários itinerários adjacentes. Quando se chega ao primeiro
ponto, o comandante de pelotão lança as suas equipas ao reconhecimento ficando uma de
reserva.

1.1.8.2.1 Método dos Itinerários convergente

O EME, (1997), afirma que neste método o comandante de pelotão selecciona itinerários ao
longo da sua zona de acção, vários pontos intermédios e um ponto de junção. A partir do
posto de reunião no objectivo, o comandante divide o pelotão em equipas que através dos
diferentes itinerários se dirigem para os pontos intermédios e nesses mesmos pontos executam
o reconhecimento. O reconhecimento termina após passar novamente as linhas amigas.

1.1.8.2.2 Método dos Sectores Sucessivos

O comandante de pelotão divide a zona de acção em vários sectores. Dentro de cada sector
executa-se o método dos itinerários convergentes, e reúnem-se num ponto de junção para
fazer a disseminação da informação. Executa-se esta acção antes de passar ao próximo sector.

‟Na defesa: impedir que o inimigo se apodere de determinada zona do terreno, para que
procura destruir as suas forças pelo fogo e manobra. Isto é, consiste em manter o terreno,
detendo e repelindo o ataque inimigo por meio do fogo e do combate aproximado, ou
destruindo-o pelo contra-ataque (EME, 1997).

1.1.8.2.3. Factores que influenciam no emprego do pelotão de infantaria motorizada no


reconhecimento de zona

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De acordo com EME, (1997) a hora do amanhecer é conhecida por mudanças na visibilidade
causadas pelas condições atmosféricas, o momento em que o nevoeiro se levanta, pode ser
previsível ou ser característico de uma determinada área, numa época específica do ano.

Em condições de visibilidade reduzida é necessária uma previsão e um estudo detalhado sobre


a maneira de obter o maior rendimento dos meios disponíveis. As forças devem estar aptas,
em tais circunstâncias, a executar todo o tipo de operações e explorar inteiramente as
condições proporcionadas.

A falta de equipamento moderno, instrução e treino adequados não permitem fazer com que
as tropas executem operações em condições de visibilidade limitada tal como são executadas
em condições normais de luminosidade diurna. A situação exigirá, no entanto, um acréscimo
de esforço humano e um maior apoio de serviços. Dando um contributo, o proponente diz que
a empregabilidade do pelotão de Infantaria Motorizada pode ser influenciada por vários
factores, como no caso de terreno, as condições meteorológicas que dificultem a
manobrabilidade das forças, bem como a utilização dos meios, bem como na actuação em
condições de visibilidade reduzida. A força pode enfrentar varias dificuldades no
cumprimento de varias missões.

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CAPITULO II. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Segundo Gil (2008) pode-se definir método como caminho para se chegar a determinado fim.
E método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicas adoptadas para
se atingir o conhecimento. Para a realização deste projecto, foram utilizados vários
procedimentos, que abaixo são descritos, dos quais permitirão construir o quadro teórico
sobre o objecto de estudo.

Para Lakatos e Marconi (2002), metodologia, são procedimentos sistemáticos e regras


utilizadas/estabelecidas por determinado método para a descrição e explicação de fenómenos,
isto é, aquilo que é necessário fazer para que a pesquisa atinja resultados desejados. Por via
disso, para efetivação do estudo consistirá em consulta bibliográfica, revistas ou documentos
já publicados que falam sobre o tema proposto.

II.1. Método de abordagem

Na perspectiva de Silva e Menezes (2001) “Método científico ou método de abordagem é o


conjunto de processos ou operações mentais que se devem empregar na investigação. É a
linha de raciocínio adaptada no processo de pesquisa” (p.25). No entendimento de Gil (1999)
pode-se definir método como caminho para se chegar a determinado fim. E método científico
como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adaptados para se atingir o
conhecimento.

O proponente da pesquisa usou o método-indutivo. Lakatos e Marconi (2002), considera que


no método método-indutivo, ‟o conhecimento científico é o único caminho seguro para a
verdade dos factos, isto é, as circunstâncias e a frequência com que ocorre determinado
fenómeno por meio da indução para chegar-se a conclusões que são apenas prováveis (p.27).

O proponente usou este método indutivo, porque este método se mostra como o caminho mais
acessível e como ocorre determinado fenómeno por meio de indução para chegas as possíveis
conclusões.

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II.2. Tipo de pesquisa quanto á forma de abordagem

A forma de abordagem qualitativa, o proponente opta pela qualitativa na medida em


que se quer analisar dados qualitativos, ou seja, valorativos e não julgáveis sob ponto
de vista estatísticos.
De acordo com Medeiros (2007), afirma que:

A pesquisa qualitativa não se preocupa com a representatividade numérica, mas, sim,


com aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização,
buscando explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito, mas não
quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à prova de factos,
pois, os dados analisados não – métricos (suscitados e de interacção) e se valem de
diferentes abordagens. Contudo, quanto a este especto, a pesquisadora usou uma
pesquisa qualitativa porque permite que o ambiente natural seja a fonte directa para
colecta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave (p. 34).

Na investigação qualitativa tivemos a preocupação de pesquisar determinadas atitudes,


acções, opiniões e tentar saber as maneiras de como o batalhão de infantaria motorizada de
Quelimane emprega o pelotão de infantaria motorizada no reconhecimento de zona.

O proponente recorreu a abordagem qualitativa pelo facto da sua pesquisa se inserir nas
pesquisas sociais e as suas abordagens inclinam-se as percepções humanas e não a dados
estatísticos.

II.3. Quanto aos Objectivos

Quanto aos objectivos existem vários tipos de objectivos exploratória e descritiva o


proponente optou-se pela pesquisa exploratória.

Para Gil (2007), “Pesquisa exploratória, proporciona maior familiaridade com o problema,
com vista a torná-lo explícito ou a construir hipóteses, envolve levantamento bibliográfico,
entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas ao problema pesquisado e análise
de exemplos que estimulem a compreensão” (p. 43).

O proponente opta a este tipo de pesquisa pela dimensão na aquisição de dados usados os
instrumentos técnicas que proporcionam maior familiaridade e aproximação do investigador
ao campo de pesquisa.

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II.4. Tipo de pesquisa quanto à natureza

Quanto à natureza o proponente usou a pesquisa aplicada pois, na óptica de Ribeiro e Silva
(2004) “a intenção das pesquisas desta natureza, é gerar conhecimentos para aplicação prática
dirigida à solução de problemas específicos que envolvem verdades de interesses locais” (p.
14). Segundo Ruiz (2009), “a pesquisa aplicada consiste na utilização do conhecimento da
pesquisa básica e da tecnologia para se obter aplicações práticas como produtos ou processos”
(p. 34).

Optou-se pela natureza da pesquisa, pelo facto deste tipo de pesquisa, traduzir na sua essência,
possíveis sugestões para a solução ou melhoramento do problema estudado.

II.5. Quanto aos Procedimentos Técnicos

Na perspectiva de Medeiros (2007), “a pesquisa bibliográfica e a documental representam a


pesquisa de fonte de papel, enquanto a pesquisa de campo baseia-se na colecta de dados junto
a pessoas directamente no local da ocorrência dos factos” (p. 11).

Optou-se, por esta pesquisa pois o desenrolar do trabalho baseou-se no material já publicado
constituído principalmente de livros, artigos periódicos e material disponibilizado na internet.

II.6. Pesquisa Bibliográfica

Prodanov e Freitas (2013), ‟deixa entender que “a pesquisa bibliográfica quando elaborada a
partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em
periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material
cartográfico, internet, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto direito com todo
material já escrito sobre o assunto da pesquisa” (p.54). Para a presente pesquisa, o proponente
decidiu aplicar a pesquisa bibliográfica, porque esta pesquisa foi elaborada a partir de material
já publicado, relacionado com o tema, constituído principalmente de livros, artigos periódicos
e com o material disponibilizado na Internet, os mesmos consistiram em ser observados e
descritos de formas detalhadas de textos específicos.

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II.7. Pesquisa de campo

Para Gil (1991), ‟a pesquisa de campo consiste na “observação de factos como ocorrem. Não
permite isolar e controlar as variáveis, mas perceber e estudar as relações estabelecidas” (p.7).
A escolha da psquisa do campo por parte do proponente prende-se essencialmente ao facto
desta consistir na colecta de dados no campo onde ocorrem os fenómenos, e tendo deslocado
ao local da ocorrência dos factos para melhor se aperceber do assunto. E neste caso é o campo
de pesquisa onde a pesquisadora colectou os dados para inferir o problema em estudo.

A escolha da psquisa do campo por parte da proponente prende-se essencialmente ao facto


desta consistir na colecta de dados nocampo onde ocorrem os fenómenos, que nste caso é o
campo de pesquisa onde a pesquisadora colectou os dados para inferir o problema em estudo.
A escolha da psquisa do campo por parte do proponente prende-se essencialmente ao facto
desta consistir na colecta de dados no campo onde ocorrem os fenómenos, que nste caso é o
campo de pesquisa onde o pesquisador colectou os dados para inferir o problema em estudo.

II.8. Método científico

Gil (1991), Método científico “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adoptados


para se atingir o conhecimento” (p.26). Os métodos que fornecem as bases lógicas a
investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-indutivo, hipotético-dedutivo, dialéctico e
fenomenológico.
A escolha do método indutivo é porque parte do particular para o geral, onde a autora inicia o
seu estudo através de fenómenos particulares, isto é, acontecimentos numa unidade onde é seu
campo de estudo, mas com perspectiva generalista.

Neste método, parte-se da observação de factos ou fenómenos cujas causas se deseja


conhecer, e a seguir procura-se compara-los com finalidade de descobrir as relações existentes
entre eles e finalmente procede-se a generalização, com base na relação verificada entre os
factos ou fenómenos.

A escolha do método indutivo é porque parte do particular para o geral, onde o autor inicia o
seu estudo através de fenómenos particulares, isto é, acontecimentos numa unidade onde é seu
campo de estudo, mas com perspectiva generalista.

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

II.9. Técnicas de Colecta de Dados

Segundo Ruiz (2009), “Instrumentos de recolha de dados correspondem aos diversos


procedimentos ou a utilização de diversos recursos peculiares a cada objecto de pesquisa
dentro das diversas etapas, ou seja, a técnica é a instrumentalização específica da acção”.
Dependendo dos objectivos desta pesquisa, no sentido de obter informações coerentes e
fidedignas dos resultados desta, a proponente usou o seguinte instrumento (p. 138).

II.9.1. Entrevista

Entrevista Segundo Lakatos e Marconi (2003) “a entrevista é um encontro entre duas pessoas,
a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma
conversação de natureza profissional. É um procedimento utilizado na investigação social,
para a colecta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema
social” (p. 105). De acordo com Lakatos e Marconi (2002), a entrevista semiestruturada “é
aquela que tem como característicos questionamentos básicos que são apoiados nas teorias e
hipóteses que se relacionam ao tema da pesquisa”.

II.9.1.1. Entrevista semi-estruturada

Neste caso, o tipo de entrevista adoptado foi a semiestruturada, Gil (1999) afirma que “o
entrevistador permite ao entrevistado falar livremente sobre o assunto, mas quando este se
desvia do tema original, esforça-se para a sua retomada” (p. 120). Apoiando-se a este autor,
esse tipo de entrevista é muito utilizado quando se deseja delimitar o volume das informações,
obtendo assim um direccionamento maior para o tema, intervindo a fim de que os objectivos
sejam alcançados.

A escolha da entrevista formal para a colecta de dados da presente pesquisa foi por ser uma
técnica que permite escolher as percepções pessoais de forma detalhada e precisa, e durante o
processo, o entrevistador pode ter a curiosidade de se inteirar sobre o assunto debatido
fugindo um pouco do guião de entrevista.

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

II.9.1.2. Participantes da Pesquisa

No processo da recolha de dados, foi possível seleccionar elementos que constituem


participantes da pesquisa. Que por seu turno, é composta por cerca de 10 elementos dentre os
quais três (5) oficiais, (3) sargentos, (2) praças.

Quadro 2. Panoramas ilustrativa do tipo de instrumento a utilizar para com os participantes

Grupo alvo Técnica de colecta de Número de


dados intervenientes
Oficiais do BIQ Entrevista semi-estruturada 05
Sargento do BIQ Entrevista semi-estruturada 03
Praças do BIQ Entrevista semi-estruturada 02
Total --------- 10
Fonte: autor, (2021)

II.9.2. Limitação do Estudo

Quanto a limitações da pesquisa dizer que o processo de procura de conhecimentos é derivado


de dificuldades e impasses, nisto dá acreditar que em situações de exercício de uma actividade
é sempre acompanhado de obstáculos. Portanto, neste trabalho houve impasses na localização
de material que forneceu informação sobre emprego do pelotão de infantaria motorizada no
Reconhecimento de Zona.

II.9.3. Questões Éticas

Por questões éticas as entrevistas tiveram o princípio de garantia de confidencialidade e o


anonimato dos participantes que não quiseram identificar-se. Elas foram feitas com roteiros de
perguntas abertas, visando captar o máximo de cada interlocutor para uma melhor avaliação
qualitativa do conteúdo da sua mensagem. Os dados colhidos através da entrevista, foram
tratados seguindo o método da análise de conteúdo. O resumo das referências de interpretação
do texto a seguir mostra como se encontra estruturada essa análise.

II.9.4. Modelo de apresentação e discussão de dados

O modelo de apresentação e discussão de dados escolhido pelo pesquisador foi o modelo de


análise de conteúdo, por se tratar de um modelo que de forma detalhada descreve e interpreta
os dados ou conteúdo colhido no campo.

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

A análise de conteúdo configura-se como “conjunto de técnicas de análise das comunicações


que utiliza procedimentos sistemáticos e objectivos de descrição do conteúdo das mensagens”
(Grossi, 2015, p. 40).

Vendo na perspectiva da finalidade da análise de conteúdo, ela está virada ao processo de


tratamento de dados, como pode se verificar quando Grossi (2015) diz que a análise de
conteúdo visa a determinação e caracterização mais ou menos parcial das condições de
produção de textos.

Gil (1999) acrescenta ainda que o tratamento de dados objectiva a sua posterior validação e
significação, pois a medida em que as informações obtidas são confrontadas com informações
já existentes e assim chegando-se a amplas generalizações.

Quadro 3. Categorias, Objectivos específicos, Questões de Investigação e técnicas de colecta de dados

Técnicas de
Objectivos Específicos Questões de Investigação Categorias colecta de
dados
Identificar as formas Formas de emprego
de emprego do pelotão Quais as formas de do pelotão de
de Infantaria emprego do pelotão de Infantaria
Entrevista
Motorizada no Infantaria Motorizada no Motorizada no
reconhecimento de reconhecimento de zona? reconhecimento de
zona; zona
Factores que
Analisar os factores
Como caracterizar os influenciam no
que influenciam no
factores que influenciam emprego do pelotão
emprego do pelotão de
no emprego do pelotão de de Infantaria Entrevista
Infantaria Motorizada
Infantaria Motorizada no Motorizada no
no reconhecimento de
reconhecimento de zona? reconhecimento de
zona;
zona
Dificuldades do
Listar as dificuldades do
Quais as dificuldades do Pelotão de
Pelotão de Infantaria
emprego do pelotão de Infantaria
Motorizada no Entrevista
Infantaria Motorizada no Motorizada no
Reconhecimento de
reconhecimento de zona? Reconhecimento de
zona.
zona
Fonte: O Proponente, (2021)

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

CAPÍTULO III. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

Neste capítulo faz-se apresentação, análise e interpretação de dados, recolhidos no campo de


pesquisa através do instrumento de pesquisa escolhido pelo autor da pesquisa.

Seguidamente antes de fazer-se analise e interpretação de dados o proponente faz uma


discrição geral do campo de pesquisa, em segundo faz a análise das informações recolhidas
segundo as perguntas da pesquisa e no final a conclusão e as sugestões que surgem durante o
desenvolvimento trabalho.

“A interpretação dos fenómenos e a atribuição de significados são básicas no processo de


pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas” (Silva & Menezes,
2001).

3.1. Descrição do campo de estudo

Nesta fase pretende-se facultar um breve historial sobre o campo de pesquisa, isto é, o local
onde o autor vai colher dados pertinentes para a consecução da pesquisa.

A pesquisa para o presente trabalho de investigação aplicada, foi levada a cabo na Província
de Zambézia, em particular, cidade de Quelimane onde localiza-se o Batalhão de Infantaria de
Quelimane, bairro de Chuabo Dembe.

3.2. Aspectos gerais do Município de Quelimane

O número 1 do artigo 6 da Lei 2/97, de 18 de Fevereiro e Artigo 25 da Lei 11/97, de 31 de


Maio, estabelece que os municípios devem respeitar os interesses próprios comuns e
específicos das populações respectivas como o desenvolvimento económico e social local, o
meio ambiente, saneamento básico e qualidade de vida, saúde, educação, cultura e desporto,
polícia da autarquia, urbanização, habitação e garantir os trabalhos de limpeza urbana da sua
área de jurisdição (Administração Estatal 2014).

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

3.3. Breve caracterização do local de pesquisa

A cidade de Quelimane é a capital e maior cidade da Província da Zambézia. Localiza-


se nas margens do rio dos Bons Sinais, acerca de 20 km do Oceano Índico. Possui um
porto fluvial com canais acostáveis e infra-estruturas adaptadas à navegação marítima
de grande tonelagem. O porto é um dos principais impulsionadores das suas principais
actividades económicas (MAE, 2014).

É o quarto Município maior do País e possui um importante significado e potencial


socioeconómico local e regional. Tem limites geográficos, o distrito de Nicoadala a Norte e
Oeste; o distrito de Inhassunge a Sul e o Oceano Indico a Este. Portanto, a cidade de
Quelimane é um Município de categoria 1 “C” e foi uma das primeiras 33 autarquias criadas à
luz da Lei nº 29/97, de 11 de Fevereiro, sendo classificado como um Município de Cidade, de
acordo com nº 4 do Artigo 2 da Resolução 7/87, de 25 de Abril e do nº 2 do Artigo 1 da Lei
10/97, de 31 de Maio ( MAE, 2014).

É o maior e mais importante dos 6 Municípios da província da Zambézia.


Administrativamente, divide-se em quatro postos administrativos urbanos, dos quais um
corresponde a cidade cimento, com arruamentos bem definidos e os restantes 3 são
periféricos, sem definição de ruas. Contudo, aliada a baixa altitude e ao elevado nível do
lençol freático, Quelimane enfrenta grandes problemas de drenagem residente-fluvial, facto
que contribui na degradação das vias de acesso, tanto no bairro cimento como nos bairros
periféricos (MAE, 2014).

Sendo estas obrigações das autarquias como forma de responder a essas exigências para
atingir um desenvolvimento sustentável, o défice de habilidades de recursos humanos,
financeiros e materiais, continua a ser uma ameaça ao sistema de gestão local comprometendo
a prestação destes serviços básicos, MAE (2014).

II.9.5. Breve Historial

O Batalhão de Infantaria de Quelimane (BIQ), localiza-se na Província da Zambézia, Cidade


de Quelimane, bairro de Chuabo Dembe.

Neste contesto o BIQ tal como hoje se chama surge pelo 1° Batalhão de Infantaria
Motorizada, pertencente a 7ª Brigada de Cuamba que se estacionou na Zambézia
particularmente no Distrito de Mocuba em 1981, foi transformado em Comando Militar

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

Provincial da Zambézia, em que em 1985 criou-se o Posto do Comando Avançado (PCA) em


Quelimane

Daí que o Batalhão de Infantaria de Quelimane, é resultado do Acordo Geral de Paz em Roma
de 04 de Outubro de 1992, isto é, é o coeficiente da unificação das Forças Armadas de
Moçambique (FPLM) do Governo e dos Guerrilheiros da RENAMO. Este Batalhão surge,
instala-se efectivamente em Quelimane no dia 15 de Julho de 1994 com o propósito de
defender os espaços terrestres, aéreo e marítimo da Província da Zambézia e garantir a livre
circulação de pessoas e bens nesta região da pátria amada.

3.4. Apresentação e tratamento de dados

A priori se argumenta que a entrevista sucedida realizou se com auxílio gravador de voz,
acompanhado com anotações ordenada de perguntas, tendo sido posteriormente distribuídos
aos entrevistados. As respostas obtidas dos inquiridos foram submetidas a uma análise de
conteúdo, e comparadas entre si o que permitiu que se retirassem as respectivas conclusões.

Visando tratar os dados com vista a interpretar a coerência do problema, tendo como base as
questões de investigação que se afirmam na presente pesquisa. Portanto, a amostra constituída
por dez (10) elementos de forma estratificada em três classes, se tem como entrevistado cinco
(5) Oficias, três (3) sargentos e dois (2) praças, tendo tido informações de acordo com os
instrumentos de colecta anteriormente definidas. Durante apresentação dos dados, o
proponente decidiu codificar os participantes da seguinte maneira: Oficiais (O), Sargento ( S)
e Praças (P).

Este capítulo apresenta a análise e interpretação de dados, obedecendo a seguinte sequência:


apresentação das questões seguidas das respectivas respostas.

3.5. Operação de reconhecimento

A informação têm influenciado decisivamente o decorrer das guerras, e porque a obtenção de


informação assume-se, cada vez mais, como um esforço permanente e uma tarefa necessária
ao planeamento e execução de operações militares. No que concerne a este conteúdo,
perguntou –se: O que entendes por uma operação de reconhecimento?

No sentido de satisfazer a questão colocada os militares afecto no Batalhão Independente de


Quelimane apresentaram os seguintes depoimentos:
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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

‟(S1, S2, S3, P3, P2), afirmam que reconhecimento é toda a missão realizada com o fim de se
obter informação sobre o terreno que se pretende operar, o inimigo, condições
meteorológicas, a população se é hostil ou não as nossas forças, através de órgãos sensórias
que é a visão e audição e outros meios como escutas, drones e avionetas ˮ.

Com os depoimentos dos militares afecto no Batalhão independente de Quelimane há uma


concordância com as teorias do (Regulamento de Campanha, 2005, parte IV, p. 12-39).

As operações de reconhecimento são operações executadas para obter através da observação


visual ou outro método de detecção, informações sobre actividades e recursos do inimigo ou
potencial inimigo, ou dados sobre as condições meteorológicas, geográficas, hidrográficas ou
população local de uma determinada área.”

Assim sendo, num contraste entrelaçados se consigna que operações de reconhecimento são
operações efectuadas pelos militares com vista a obter informações sobre o inimigo, através
da observação visual ou outro método de detecção.

3.6. Formas de emprego do pelotão de Infantaria Motorizada no reconhecimento


de zona

Tendo-se como objectivo de Identificar as formas de emprego do pelotão de Infantaria


Motorizada no reconhecimento de zona o proponente colocou a seguinte questão:

Como é que se emprega o Pelotão de Infantaria Motorizada no Reconhecimento de Zona?


No sentido de satisfazer a questão colocada os militares afecto no Batalhão Independente de
Quelimane apresentaram os seguintes depoimentos:

‟O1, O2 ,O3 afirmam que o comandante do Pelotão junto do seu efectivo que compõe o
Pelotão quando se trata de operação de reconhecimento de zona, o comandante do pelotão de
infantaria tem tido o homem de reconhecimento no seu pelotão, em que este penetra no
terreno fazendo-se passar de inimigo, para obter informação sobre a população se é hostil ou
não as nossas forças ˮ.

‟S1, S2 o comandante do Pelotão realiza o reconhecimento com os seus comandantes de


secção ou poderá mandar executar patrulhamentos com objectivos específicos para obter

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

informações relativamente ao terreno, ou informações que possam ser aproveitadas pelas


nossas forças”.

Uma enfoque firme dos depoimentos dos militares afecto no Batalhão independente de
Quelimane capta-se a concordância em simultâneo com as teorias do Manual da Companhia
de Atiradores conjugado com o EME, (2005) cooperam, que o emprego do pelotão de
Infantaria por ser uma subunidade táctica básica, em que esta pode operar isoladamente com
objectivo de fornecer informações relativas a itinerários, obstáculos, terreno, forças hostis
quando estas são escassas, nesta operação de reconhecimento de zona estão contidas várias
operações de reconhecimento de área e itinerário. Nas operações de reconhecimento de zona,
e normalmente é constituída uma reserva que vai actuar como Força capaz de actuar
rapidamente em qualquer local da área de operações.

Contudo, os dados apresentados nesta categoria, habilitam consignar que o Pelotão de


Infantaria Motorizada no Reconhecimento de Zona que o seu comandante do pelotão com a
sua equipe que compõe o pelotão, quando se trata de operações de reconhecimento na área, o
comandante do pelotão de infantaria motorizada teve o homem reconhecido em seu pelotão,
no qual este se infiltra no terreno inimigo, do mesmo sujeita-se em homogeneizar a custa
informações precisas e adequadas requeridas ao seu superiores.

3.7. A missão do comandante do pelotão de Infantaria Motorizada no


reconhecimento de zona

Todo o comandante do pelotão tem missões fundamentais de modo a empregar de boa forma
possível o seu pelotão em todas as missões que lhe forem atribuídas para que ele possa ter o
domínio o controle do seu efectivo. Deste modo perguntou-se o seguinte: Qual é a missão do
comandante do pelotão durante a execução do reconhecimento de zona?

No sentido de satisfazer a questão colocada os militares afecto no Batalhão Independente de


Quelimane apresentaram os seguintes depoimentos:

‟(O1, O2, O3, S3, P2), alegam que a missão do comandante do pelotão durante a execução do
reconhecimento de zona é de velar pelo cumprimento da missão do pelotão”.

Tendo os depoimentos dos militares afecto no Batalhão independente de Quelimane, vibra


compactua com as teorias do Manual de atiradores de companhia (2001), o comandante do

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
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Pelotão exerce o comando e direcção de tropas através dos comandantes de secções e do


sargento do Pelotão. O Comandante do Pelotão emprega sua unidade com base nas ordens do
Comandante da Companhia e tendo em atenção os factores de decisão MITM-T que se traduz
em: Missão, Inimigo, Terreno, Meios, e Tempo disponível (p. 11).
Com isto, os dados apresentados se pode concluir que o comandante do pelotão exerce o
comando e direcção das de tropas através dos comandantes das secções, o comandante do
pelotão emprega o seu pelotão com base nas ordens do escalão superior.

3.8. Factores que influenciam no emprego do pelotão de Infantaria Motorizada no


reconhecimento de zona

Com objectivo de analisar os factores que influenciam no emprego do pelotão de Infantaria


Motorizada no reconhecimento de zona colocou-se a seguinte questão: O emprego do pelotão
de infantaria motorizada na operação de Reconhecimento de Zona, pode ser influenciado
pelo espaço e o tempo?
No sentido de satisfazer a questão colocada os militares afecto no Batalhão Independente de
Quelimane apresentaram os seguintes depoimentos:

‟(O2, O4, O5), descrevem que o reconhecimento de zona é a mais demorada e avaliada, uma
vez que é conduzida em zonas extensas e exige um emprego lado a lado das unidades de
reconhecimento”.

‟(O3, S1, S2, P1, P2), explicam que o reconhecimento de zona pode ser influenciado pelo
espaço e pelo tempo, o espaço é um dos elementos a ter em conta numa operação de
reconhecimento, ou seja, o pelotão de infantaria deve procurar obter informações precisas
sobre o espaço ocupado pelo inimigo, enquanto que o tempo é um factor chave pois o
reconhecimento deve ser realizado por tempo ininterrupto e os dados sobre o inimigo, o
terreno e a visibilidade devem chegar em tempo oportuno que possibilite ao comandante o
planeamento do ataque ou defesa) ˮ

Os depoimentos dos entrevistados vem a ser reforçado pelo Manual Estado-Maior do Exército
(EME,1997) afirma que a hora do amanhecer é conhecida por mudanças na visibilidade
causadas pelas condições atmosféricas, o momento em que o nevoeiro se levanta, pode ser
previsível ou ser característico de uma determinada zona, numa época específica do ano.

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

Todavia, com os dados apresentados nesta categoria, consigna-se que o Pelotão de Infantaria
Motorizada no Reconhecimento de Zona, é influenciado pelo espaço e pelo tempo, visto que,
o pelotão de infantaria deve procurar obter informações precisas sobre o espaço ocupado pelo
inimigo, enquanto que o tempo é o factor chave pois o reconhecimento deve ser realizado em
tempo ininterrupto, podendo assim, colher todos os dados sobre o inimigo, o terreno e as
condições meteorológicas.

3.9. Dificuldades do Pelotão de Infantaria Motorizada no Reconhecimento de zona

Com objectivo de listar as dificuldades do Pelotão de Infantaria Motorizada no


Reconhecimento de zona colocou a seguinte questão: Quais os factores que influenciam no
emprego do pelotão de Infantaria Motorizada no reconhecimento de zona?

‟(O1, O2, O3, S3, P2), afirmam que os factores que podem influenciar no emprego do pelotão
de infantaria no reconhecimento de zona são: a falta de maior apropriados tais como, viaturas
para a locomoção das forças de um ponto para outro, avionetas e drones que facilitam a
visualização terreno ou zona que se pretende reconhecer”.

Dos depoimentos dos militares afecto no Batalhão independente de Quelimane nota-se a


conjugação com as teorias Manual de Campanha Batalhões de Infantaria C7-20 (2003) Sua
mobilidade táctica restringe-se a do homem a pé; seus meios orgânicos de transporte
destinam-se, principalmente, para as acções de comando e controle, apoio logístico e apoio de
fogo orgânicos; participar, com limitações, em operações aeromóveis, aerotransportadas e
ribeirinhas; limitada protecção contra blindados; limitada protecção contra os efeitos de armas
químicas, biológicas e nucleares; limitada acção de choque; vulnerável a acções aéreas.

Contudo, os dados apresentados nesta categoria, se consigna que o Pelotão de Infantaria


Motorizada no Reconhecimento de Zona tem tido varias dificuldades no emprego do seu
pelotão, pela falta de maior de transporte que facilitam o transporte das tropas, meios de
observação que facilitam a observação do terreno ou zona que se pretende reconhecer.

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
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CONCLUSÃO

A abordagem feita sobre o Emprego do Pelotão de Infantaria Motorizada no Reconhecimento


de Zona, caso Batalhão Independente de Quelimane (2018 – 2021), teve como objectivo
geral: Analisar as formas do emprego do Pelotão de Infantaria Motorizada no
Reconhecimento de Zona e teve como inquietação central: “De que maneira o Batalhão
Independente de Quelimane emprega o Pelotão de Infantaria Motorizada no Reconhecimento
de Zona?,”. Para o efeito foram apresentados e discutidos os dados resultantes das análises
feitas às diferentes opiniões dos militares entrevistados, nomeadamente os oficiais, sargentos,
praças, caso Batalhão Independente de Quelimane.

Após, a apresentação, análise e interpretação de dados, o estudo conclui-se que o Comandante


do Pelotão junto do seu efectivo que compõe o Pelotão quando se trata de operação de
reconhecimento de zona, ele tem tido um homem em que este penetra no terreno fazendo-se
passar de inimigo, para obter informação sobre a população se é hostil ou não as nossas
forças, meios que o inimigo usa, pontos importantes, as vulnerabilidades e possibilidades do
terreno e o inimigo. Com isso, os elementos usados para Reconhecimento de Zona são os
recursos humanos e materiais. Isto é, os recursos humanos são os militares e civis, através dos
seus órgãos sensoriais que é a visão e audição. O espaço e o tempo também podem influenciar
negativamente no emprego do pelotão de infantaria motorizada no reconhecimento de zona,
visto que, o pelotão de infantaria deve procurar obter informações precisas sobre o espaço
ocupado pelo inimigo, enquanto que o tempo é o factor chave pois o reconhecimento deve ser
realizado em tempo ininterrupto, podendo assim, colher todos os dados sobre o inimigo, o
terreno e as condições meteorológicas.

Contudo, notou-se também, que Pelotão de Infantaria Motorizada no Reconhecimento de


Zona tem tido varias dificuldades no emprego do seu pelotão, pela falta de meios de
transporte que facilitam o transporte das tropas, meios de observação que facilitam a
observação do terreno ou zona que se pretende reconhecer, proporciona consequências
negativas o Pelotão de Infantaria Motorizada no terreno real, face a esta preocupação
comprovou-se que as unidades militares das FADM em particular, Batalhão Independente de
Quelimane não proporciona exercícios práticas sobre o emprego do Pelotão de Infantaria
Motorizada na Operação de Reconhecimento de Zona em soldados, facto este, que pode ter
consequências negativas as Operações no terreno real.

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SUGESTÕES

É de primordial importância apresentar propostas que visam a melhoria no emprego do


pelotão de Infantaria Motorizada nas operações de reconhecimento de zona. Nesse contexto,
apresentam-se as seguintes propostas:

 Haja aulas de preparação combativa no que diz respeito ao emprego do pelotão da


infantaria motorizada no reconhecimento de zona, na teoria assim como na prática;
 Haja ao longo da instrução cenários tácticos que exigem maior reflexo nos soldados
de infantaria sobre como é feita a operação de reconhecimento de zona, durante uma
missão e também de modo a incutir maior esforço neles até ao emprego do pelotão
infantaria motorizada no reconhecimento de zona;
 Haja exercícios práticos intensivos de modo que os soldados da infantaria
aperfeiçoem e formulem a melhor modalidade de acção a empreender a realização
reconhecimento de zona.

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(2018 - 2021)

APÊNDICE

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”


DIRECÇÃO CIENTÍFICA
Apêndice : Guião de entrevista dirigido aos Oficiais, Sargentos e Praças
Em detrimento da realização do Presente Trabalho de Investigação Aplicada de tema
“Emprego do Pelotão de Infantaria Motorizada no Reconhecimento de Zona“. A
entrevista enquadra-se no âmbito de produção da monografia para a obtenção de grau de
Licenciatura Ciências Militares, peço a vossa melhor colaboração respondendo as questões de
forma objectiva e com sinceridade, que é extremamente fundamental na recolha de
informação necessário para análise. Vale ressaltar que não existem respostas certas muito
menos erradas para cada item a ser apresentado. Portanto, cada uma das respostas terá o seu
devido tratamento para obtenção do resultado desejado e a informação a ser disponibilizada
será totalmente anónima e confidencial.
1. Como é que se emprega o Pelotão Infantaria Motorizada no Reconhecimento de Zona?
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2. O que entendes por uma operação de reconhecimento?
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3. Quais são os meios usados num Reconhecimento de Zona?


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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

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4. Qual é o contributo do Pelotão de infantaria Motoriza no Reconhecimento de Zona?
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5. Qual é a importância da realização de uma operação de Reconhecimento de Zona?
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6. O emprego do pelotão de Infantaria Motorizada na operação de Reconhecimento de Zona
pode ser influenciado pelo espaço e o tempo?
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7. Os Recursos materiais modernos de reconhecimento contribuem para a eficácia do emprego


do Pelotão de Infantaria Motorizada no Reconhecimento de Zona?
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8. Como é que a falta de exercícios práticos de emprego do Pelotão de Infantaria Motorizada
no operação de Reconhecimento de Zona, pode influenciar negativamente no terreno real?
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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

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Foto 1. Panorama da entrada do Batalhão Independente de Quelimane

Fonte: Autor (2021)

Foto 2. Estado Maior do Batalhão Independente de Quelimane

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Emprego do Pelotão de Infantaria no reconhecimento de zona, Batalhão Independente de Quelimane
(2018 - 2021)

Fonte: Autor (2021)

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