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Trabalho da Língua Portuguesa

1- Trabalhar, morrer, estudar, divertir. Usar estas palavras em todos os níveis


de linguagem: corrente, familiar, calão, gíria e literário.

Os registos de língua ou variações diafásicas resultam da adequação do uso da


língua a cada situação particular de comunicação. Assim, um mesmo falante
pode adoptar diferentes registos no mesmo dia, consoante o grau de
familiaridade que tem com os interlocutores, o tipo de situação em que fala (ou
escreve) e até a mensagem que pretende transmitir. Um exemplo: enquanto aos
amigos podemos dizer bué, aos professores já diremos muito e num trabalho
escrito ainda poderemos optar por deveras ou extremamente. Podemos, então,
falar de graus ou níveis de língua: do mais baixo (popular) para o mais elevado
(literário). Porém, a mudança de registo não se verifica apenas no léxico.
Também na construção das frases e até na pronúncia das palavras há diferenças,
de uns registos para os outros.1

Palavra trabalhar
Nível familiar: alô João, vais trabalhar hoje?
Nível corrente: o Médico trabalha todos os dias.
Nível literário: No período matutino e vespertino, jovens, velhos e mulheres
abandonam as suas casas e vão à procura de pão. (=vão trabalhar).
Calão: oh gajos, vamos jobar!
Gíria: O professor foi labutar no período nocturno.

Palavra morrer:
Nível familiar: Meu amigo, informo-te que meu irmão morreu.
Nível corrente: O Pedro faleceu ontem.
Nível literário: ontem, a Ana foi para junto de Deus(=morreu).
Calão : O gajo esticou o pernil .
Gíria: A Maria obitou.
Palavra estudar
Nível familiar: Filho, estudar é uma boa coisa.
Nível corrente. Na Escola Secundária de Meconta os alunos estudam de
segunda à sexta-feira.
Nível literário: Os alunos da vila de Meconta têm a oportunidade de trepar
vários degraus nas escadas das ciências.
Calão: estes tipos não gostam de preparar as lições pa!
Gíria – Nós gostamos de marrar (estudar)

Palavra divertir:

Nível familiar: Papá, vou brincar.

Nível corrente: os rapazes gostam muito de divertir.

Nível literário: Naquele piquenique os namorados, abraçados, dançavam


acompanhando o ritmo da música.

Calão: O João já não pode brincar com os outros, logo está fudido.

Gíria: No terceiro tempo do nosso horário temos furo, logo vamos relaxar.

2 – FORMAS DE TRATAMENTO

Pronomes de tratamento são axiônimos, ou seja, nomes que constituem


formas corteses de tratamento, expressões de reverência, títulos
honoríficos, etc. São pronomes como outros quaisquer, inclusive
empregados da mesma forma que os pronomes pessoais, porém são
utilizados em situações formais específicas antepondo-se a determinadas
palavras que designam cargos ou posições sociais de prestígio, como já
mencionado acima.

A conjugação dos pronomes de tratamento é da 3ª pessoa, mas


normalmente se identificam mais com a segunda pessoa, já que se referem
à pessoa com quem se fala. Um exemplo disso é o pronome “você” que
substitui o pronome “tu” em muitas regiões que tem como língua oficial a
língua portuguesa. A substituição já está tão comum que os pronomes “tu” e
“vós” estão aos poucos tornando-se arcaicos, já que estão rapidamente
perdendo a frequência de seu uso.

Alguns gramáticos mais modernos já chegam até a incluir o pronome “você”


entre os pronomes pessoais.

Quanto ao emprego de iniciais maiúsculas ou minúsculas nos pronomes de


tratamento, há ainda um certo impasse, porém alguns gramáticos sugerem
que se use letras minúsculas nos pronomes mais usuais ou comuns, tais
quais: senhor, senhora, doutor, dona, dom, senhorita, professor, você. Já
nos demais pronomes, menos usuais e mais formais, utiliza-se letras
maiúsculas, como por exemplo: Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa
Santidade, etc.

Quando se trata das abreviações, no entanto, utiliza-se apenas iniciais


maiúsculas, e nunca minúsculas.

a) Imperador – Vossa Majestade Imperial


b) Papa – Vossa Santidade
c) Director Provincial: Exmo. Senhor
d) Embaixador - Vossa Excelência
e) Nosso trabalhador doméstico - Tu

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