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RICARDO AMARAL
ISMARINA MOURA
Organizadores
TRANSEXUALIDADES:
O QUE PODE O CORPO?
MARCA DE FANTASIA
Rua Maria Elizabeth, 87/407
João Pessoa, PB. 58045-180
marcadefantasia@gmail.com
www.marcadefantasia.com
Capa:
© Laerte
T772
Transexualidades: o que pode o corpo? / Organizadores Nilton Milanez,
Ricardo Amaral e Ismarina Moura. – João Pessoa, PB: Marca de
Fantasia, 2019.
172 p.: il.
ISBN: 978-85-67732-97-8
CDU 392.6-55.3
RICARDO AMARAL
NILTON MILANEZ
O
PAULA CHIARETTI
JULIANA DE CASTRO SANTANA
NILTON MILANEZ
ISMARINA MENDONÇA DE MOURA
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MULHERES TRANSEXUAIS POLÍTICAS E SEUS MODOS DE ENUNCIAR A SI: UTOPIAS SELADAS E CORPO
Diputada Unión
12/05/2016 10/11/17 3.847 43 2
Tamara Adrian Afirmativa
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MILANEZ & MOURA
Data de Data de Nº de Nº de Nº de
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Pronunciamento EBC na
02/12/2015 05/06/18 330.245 2.500 1.000
da presidenta Rede
Merkel
17/06/2015 05/06/18 70.977 446 111 WELT
imBürgerdialog
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Série I: Vestimentas
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utopia propiciar aquilo que pode ser virado às avessas que dá a possibilidade de
o sujeito ser outro, transformar-se em outros espaços, saindo da esfera do íntimo
do corpo para o espaço do domínio público do corpo social.
O corpo dessas mulheres transexuais é marcado pelas utopias, pela
força e pelo desejo de se governar e ser governado diferentemente do modo que
temos sido conduzidos. Por isso, “o corpo na qualidade de discurso é
atravessado pelas utopias e heterotopias” (ARAÚJO, 2014, p. 9),o que permite
que os traços de morfologias corporais sejam redesignados e reorientados de
forma a produzir novas atitudes políticas encabeçadas por sujeitos trans. Os
traços, índices, marcas e sinais que denominamos como utopias seladas, a partir
de Foucault, é uma forma de enunciação das mulheres transexuais políticas,
pois por intermédio desse corpo utópico visual dado a ver pela construção de
séries tomando vídeos do youtube, materializam seus modos de se enunciar a
si enquanto sujeitos políticos.
As ações produzidas por esses sujeitos utópicos enunciam os modos de
dizer a verdade e de se enunciar a si na esfera pública. Este modo de dizer-se a
si denuncia os discursos pelos quais esse sujeito é atravessado, através de
posicionamentos e comportamentos materializados pelo corpo. Acreditamos que
“O que vai falar, por certo, é a própria pele. Apele será para nós, de agora em
diante, tomada como a linguagem e a palavra mais voraz sobre a qual o discurso
se mantém” (MILANEZ, 2015, p.106). No caso específico desta investigação, o
que vai falar, por certo, é o próprio corpo. O corpo vai ser para nós uma forma
de linguagem, o corpo sendo a palavra mais voraz que manterá a voz do discurso
das mulheres transexuais na política e na vida diária.
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_____. Outros espaços. Tradução de Inês Autran Dourado Barbosa. Ditos e escritos.
v.3, p. 411-422, 2001.
GAMA-KHALIL, Marisa Martins. Lar amargo lar: moradias insólitas nas narrativas de
Clarice Lispector e de Murilo Rubião. Brumar. Revista de investigación sobre lo
Fantástico, v.1, n.1, p. 57-78, 2013.
_____. Modos de enunciar a pele do corpo; quais os lugares de onde vêm a pele que
habito de Almodóvar. Imagem e(m) Discurso - A formação das modalidades
enunciativas. Campinas-SP: Pontes Editores, p. 97-117, 2015.
MILANEZ, Nilton; PRATA, Vilmar. Sujeito digital. Espaço, corpo e vídeos de suicídio
em uma cidadezinha qualquer no youtube. MOARA–Revista Eletrônica do Programa
de Pós-Graduação em Letras. ISSN: 0104-0944, v. 1, n. 43, p. 45-60, 2016.
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