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Resumo Sobre o Texto Currículo Cultura e Sociedade

O texto de Antônio Flávio e Tomaz Tadeu discute a transformação do currículo que


deixou de ser uma área meramente técnica e passou a ter uma tradição critica guiada
por questões sociológicas, politicas e epistemológicas, levantando em questão o “por
quê” das formas de organização do conhecimento escolar e com o passar do tempo se
consolidando como artefato social e cultural.

Foi na Inglaterra que pela primeira vez o currículo foi colocado como foco principal da
sociologia da educação, pois o currículo sempre foi alvo de atenção para aqueles que
buscava entender e organizar os processos educativos. Mais somente no final do
século XIX nos estados unidos, que um grupo de educadores começou a tratar mais
sistematicamente de problemas e questões curriculares dando inicio a uma serie de
estudos e iniciativas que configuraram o surgimento de um novo campo, que tinha
como principal proposito planejar cientificamente as atividades pedagógicas e
controla-las de modo que o aluno não desviasse de metas e padrões pré-definidos.
Após a guerra civil a sociedade americana passou a difundir essas novas práticas e
valores derivados do mundo industrial, onde cooperação e especialização ao invés de
competição se tornaram os principais núcleos dessa nova ideologia, nesse caso o
sucesso da vida profissional passou a requerer evidências de mérito na trajetória
escolar. A industrialização e a urbanização da sociedade impossibilitaram a
preservação do tipo de vida e da homogeneidade da comunidade rural, além disso, a
chegada de imigrantes de diversos países com diferentes costumes e conduta trouxe
uma ameaça aos valores da classe media americana. Como consequência foi
pensado e criado um projeto nacional comum com o intuito de restaurar a
homogeneidade em desaparecimento e ensinar aos imigrantes crenças e
comportamento dignos de serem adotados.

Com isso a escola então foi vista como responsável e capaz de desempenhar tais
funções a fim de facilitar a adaptação de novas gerações ás transformações
econômicas, sociais e culturais que ocorriam, então o currículo foi considerado como
principal instrumento para excelência do controle social que se visava atingir,
evidenciando o proposito de ajustar a escola as novas necessidades da economia. O
texto nos trás uma linha do tempo abordando a história da teoria critica e da sociologia
e que o conhecimento corporificado como currículo educacional não pode ser mais
analisado fora de sua constituição social e histórica. Não é mais possível alegar
qualquer inocência a respeito do papel constitutivo do conhecimento organizado em
forma curricular e transmitido nas instituições educacionais. A teoria curricular não
pode mais, depois disso, se preocupar apenas com a organização do conhecimento
escolar, nem pode encarar de modo ingênuo e não problemático o conhecimento
recebido. O currículo existente, isto é, o conhecimento organizado para ser transmitido
nas instituições educacionais, passa a ser visto não apenas como implicado na
produção de relações assimétricas de poder interior da escola e da sociedade, mas
também como histórica e socialmente contingente.

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