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PLANT BASED DIET 3
No entanto, o uso da “dieta à base de plantas” se modificou ao
longo do tempo e passou a ser referida a dietas vegetarianas e que
incluem quantidades limitadas de alimentos de origem animal,
como a dieta do mediterrâneo. Os adeptos à dieta plant-based
podem ser categorizados em 6 grupos. Segundo a Sociedade
Vegetariana Brasileira, “é considerado vegetariano todo aquele que
exclui de sua alimentação todos os tipos de carnes, aves e peixes e
seus derivados, podendo ou não utilizar laticínios ou ovos”.
Lacto-ovo-vegetarianos:
ingestão de laticínios e ovos, com exclusão de carne, frango ou
frutos do mar;
Ovo-vegetarianos:
Lacto-vegetarianos:
ingestão de laticínios e exclusão de ovos, carnes, aves e frutos do
mar;
Veganos:
Pescetarianos:
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As dietas plant-based fornecem benefícios físicos bem
estabelecidos, que derivam, em parte, da restrição de alimentos de
origem animal. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o
consumo de uma dieta saudável ao longo da vida ajuda a prevenir a
desnutrição em todas as suas formas, bem como uma série de
Doenças Crônicas Não-transmissíveis (DCNT’S), e deve conter frutas,
vegetais, legumes, sementes e grãos integrais, alimentos que
compõem a base da alimentação plant-based.
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Os adeptos à dieta plant-based devem conhecer os grupos de
alimentos e combiná-los para melhorar a obtenção de nutrientes e
aumentar a capacidade antioxidante do organismo, fortalecer o
sistema imunológico e melhorar marcadores inflamatórios. No
planejamento dietético, deve haver o consumo de cereais,
leguminosas, oleaginosas, amiláceos, legumes, verduras, frutas,
óleos e alguns alimentos de origem animal. É importante variar e
combinar os alimentos escolhidos dentro de cada grupo alimentar.
E as proteínas?
As proteínas estão disponíveis em diversas variedades de fontes
dietéticas, que podem ser consumidas por meio de alimentos de
origem vegetal e, em menor quantidade, animal, bem como
suplementos esportivos.
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Quando combinadas, as proteínas vegetais fornecem todos os
aminoácidos essenciais e são considerados fonte de proteína,
mesmo que não sejam consideradas proteínas de alto valor
biológico, como as proteínas de origem animal.
CEREAIS VERDURAS
FRUTAS
LEGUMINOSAS
Caqui, banana, manga, maçã,
Todas as variedades de feijões, pera, figo, uva, melancia etc.
grão-de-bico, lentilhas, ervilhas,
favas e assemelhados, soja e
seus derivados, como tofu, ÓLEOS
missô, tempeh etc.
Azeite de oliva, e óleos de soja,
girassol, linhaça, entre outros.
OLEOGINOSAS
LEGUMES
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A Dietary Reference Intake (DRI) sugere que a ingestão total da
dieta referente às necessidades proteicas seja de 10 a 35% do valor
calórico total, para indivíduos de ambos os gêneros. No entanto,
não há um padrão diferenciado de consumo para indivíduos plant-
based.
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Crescimento de
adeptos à plant
based
No início do século 21,
estimava-se que 4 bilhões de
pessoas viviam
principalmente com uma
dieta plant-based, alguns por
escolha e outros por limites
causados pela escassez de
safras, água doce e recursos
energéticos.
Na Europa, o consumo de
substitutos de carne à base
de vegetais representou 40%
do mercado mundial em No Brasil, 14% da população
2019, e está previsto um se declara vegetariana,
crescimento de 60% até 2025, segundo pesquisa do IBOPE
devido a preocupações com a inteligência conduzida em
saúde, segurança alimentar e Abril de 2018. Nas regiões
bem-estar do reino animal. metropolitanas de São Paulo,
Curitiba, Recife e Rio de
Nos EUA, durante o ano de Janeiro este percentual sobe
2019, o varejo de alimentos à para 16%.
base de plantas cresceu 8
vezes mais rápido que o
mercado de alimentos em
geral.
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A estatística representa um crescimento de 75% em relação a 2012,
quando a mesma pesquisa indicou que a proporção da população
brasileira nas regiões metropolitanas que se declararam
vegetarianas era de 8%.
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Duas em cada três pessoas ouvidas estariam dispostas a consumir
menos carne em busca de hábitos saudáveis, maior consumo de
água, frutas e verduras e redução de açúcar.
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Mundialmente, cerca de 70% dos consumidores estão mudando de
dieta para prevenir obesidade, diabetes e colesterol. É importante
verificar do que são feitos esses alimentos, nem sempre por ser
vegano é sinônimo de saudável.
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PLANT BASED DIET
Mais
vegetais
Os dados mostram ainda que 46% dos brasileiros com este perfil
pararam de consumir carne, ao menos uma vez por semana, por
vontade própria.
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Impacto na
microbiota
intestinal
Dieta baseada em
vegetais
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colesterol, responsáveis por perpetuar processos inflamatórios
endoteliais, e redução em 29% da prevalência de doença
cardiovascular isquêmica.
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Plant-based e saúde intestinal
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Os filos microbianos presentes no TGI são os Firmicutes, Bacteroi-
detes, no qual representam 90% da microbiota, Actinobacterias,
Proteobacterias, Fusobacteria e Verrucomicrobia.
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Ao contrário da dieta plant-based, os onívoros possuem em sua
microbiota microrganismos potencialmente nocivos tolerantes à
bile, uma vez que o padrão alimentar desses indivíduos são
caracterizados pelo consumo excessivo de alimentos de origem
animal com alto teor de gordura saturada e níveis aumentados de
ácidos biliares. Além disso, encontra-se grandes quantidades de
bactérias resistentes no ambiente intestinal se comparado com a
microbiota de vegetarianos e veganos.
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As gorduras são consideradas fonte eficiente de energia e, com
base nos dados atuais, tanto a qualidade quanto a quantidade da
ingestão de gordura provenientes da dieta pode influenciar a
composição da microbiota intestinal.
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Em contraste, a ingestão elevada de alimentos de origem animal
pode ter papel significativo na patogênese de doenças
inflamatórias intestinais, uma vez que podem alterar a composição
microbiana intestinal com aumento de bactérias patogênicas e
diminuição de bactérias benéficas.
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PLANT BASED DIET
Impacto
na saúde:
obesidade,
diabetes,
doenças
cardiovas-
culares
As dietas plant-based são
associadas a menor risco de
diabetes tipo 2, doenças
cardiovasculares e outros
fatores de risco
cardiometabólico. As
Diretrizes Dietéticas dos EUA
(2015-2020) recomendam
vários padrões dietéticos para
prevenção de doenças
crônicas, o que inclui o padrão
plant-based. Ao mesmo
tempo, alertam sobre a
ingestão excessiva de grãos
refinados e açúcares.
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Doenças cardiometabólicas,
ou seja, doença isquêmica
do coração, acidente
vascular encefálico (AVE),
obesidade e diabetes
representam um fardo
substancial para a saúde. As
dietas a base de
plantas são estratégias eficazes para melhorar a ingestão de
nutrientes e, ao mesmo tempo, estão associadas à diminuição de
mortalidade e risco de obesidade, diabetes tipo 2 e doenças
coronarianas.
Doenças cardiovasculares
A doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de mortalidade,
responsável por uma em cada quatro mortes no mundo, o que
representa cerca de 31% de todas as mortes. A causa subjacente de
DCV é a aterosclerose.
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PLANT BASED DIET
Gerenciar fatores de risco associados à aterosclerose torna possível
retardar ou reverter o desenvolvimento da doença e, em última
análise, reduzir o risco de DCV. Fatores de risco subjacentes
incluem pressão arterial elevada, dislipidemia, sobrepeso,
obesidade e diabetes tipo 2, bem como fatores de risco
comportamentais, como tabagismo, dieta desequilibrada, com alto
teor de açúcar e gorduras totais, e sedentarismo.
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Padrões alimentares predominantemente baseados em vegetais,
como as dietas plant-based enfatizam uma maior ingestão de
frutas, vegetais, leguminosas, produtos de grãos inteiros, nozes,
sementes e óleos vegetais e ingestão limitada de alimentos de
origem animal, como laticínios com baixo teor ou sem gordura,
carnes magras e peixes.
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Os padrões da dieta baseada em plantas e, especialmente vegana,
melhoram a glicemia em jejum pós-prandial e colesterol sérico em
comparação com planejamentos nutricionais convencionais.
Obesidade
A prevalência de sobrepeso e obesidade está aumentando em todo
o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais
de 1,3 bilhão de adultos em todo o mundo estão acima do peso, e
outros 600 milhões estão obesos. O sobrepeso e a obesidade estão
associados a uma maior mortalidade por todas as causas. Observa-
se que valores de Índice de Massa Corporal (IMC) tendem a
aumentar com o aumento da frequência do consumo de produtos
de origem animal, especialmente os ricos em gorduras saturadas,
como as carnes. Por outro lado, observa-se que adeptos à dieta
plant-based apresentam valores de IMC mais baixos.
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A gestão do controle glicêmico é um dos pilares mais importantes
do tratamento da diabetes tipo 2. O controle glicêmico otimizado
reduz o risco de complicações microvasculares. Grande parte dos
estudos observacionais demonstram associação positiva entre
níveis reduzidos de glicose e o menor risco de doença
cardiovascular.
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Vários mecanismos explicam os efeitos benéficos
cardiometabólicos da dieta a base de plantas, como menor
ingestão calórica, aumento da ingestão de fibras, redução da
ingestão de gordura saturada e colesterol, maior ingestão de ácidos
graxos poli-insaturados e monoinsaturados, aumento da ingestão
de antioxidantes e micronutrientes, maior ingestão de proteína
vegetal e maior ingestão de esteróis vegetais. A redução na
ingestão de energia devido à menor densidade energética dos
alimentos vegetais pode produzir benefícios cardiometabólicos
antes mesmo de ocorrer qualquer alteração no peso corporal. A
fibra contribui para o volume da dieta sem adicionar calorias
digeríveis, o que leva à saciedade e perda de peso. Além disso, a
fibra solúvel se liga aos ácidos biliares no intestino delgado e
aumenta a excreção fecal de sais biliares, o que contribui para a
redução de colesterol e glicose sérica.
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PLANT BASED DIET
Plant based diet pode
não ser para todos
Os riscos e benefícios que envolvem a dieta plant-based geram
debates e estão longe de alcançar um consenso. Nas últimas
décadas, novas metodologias abalaram certezas, reformaram
conceitos e evoluíram para importantes mudanças de paradigma.
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Neste contexto complexo, pesa também a própria definição de
vegetarianismo encontrada na dieta plant-based, que varia do
consumo exclusivo de vegetais até dietas mais flexíveis, com
consumo preferencial de vegetais mas com tolerância para alguns
alimentos de origem animal, como o leite e seus derivados, os ovos,
o mel, peixes e frutos do mar.
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Contudo, para alguns, a dieta plant based pode não ser uma boa
estratégia, visto que podem não tolerar grandes quantidades de
fibras alimentares ou quando há fermentação bacteriana excessiva,
o que predispõe desconfortos intestinais com presença de gases,
flatulência, distensão abdominal e prejuízo na absorção de alguns
nutrientes.
Proteínas
Embora os vegetais proporcionem menor oferta proteica em
relação aos alimentos de origem animal, as dietas plant-based são
adequadas e, geralmente, excedem as necessidades de proteínas,
especialmente quando proteínas animais e vegetais são
combinadas.
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Vitamina B12 (cianocobalamina)
Os vegetarianos e, em especial os veganos, apresentam,
geralmente, redução do nível sérico de vitamina B12, que pode se
agravar com a duração da dieta ou conduta nutricional
inadequada. Adeptos da dieta plant-based podem desenvolver
sintomas de deficiência devido à redução da ingestão de alimentos
de origem animal.
Ferro
O ferro não heme encontrado em vegetais como legumes, grãos
integrais, frutas secas e folhas verde-escuras apresenta absorção
menor do que o ferro heme encontrado na carne. Adicionalmente,
substâncias presentes nos alimentos como vitamina C, polifenóis e
fitatos podem facilitar ou dificultar a absorção intestinal do ferro.
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Em geral, dietas vegetarianas são ricas em ferro não heme e a
ocorrência de deficiência de ferro não difere da encontrada em
indivíduos onívoros.
Cálcio
A ingestão de cálcio em lacto-ovo-vegetarianos não difere da
ingestão de onívoros. Da mesma forma, a densidade mineral óssea
não difere. Com a redução de laticínios e outros alimentos de
origem animal sem acompanhamento nutricional, pode acarretar
em deficiência de cálcio e comprometimento ósseo.
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PLANT BASED DIET 32
Uma dieta plant-based
equilibrada e variada, além
de proporcionar oferta
nutricional adequada,
também promove saúde e
previne inúmeras doenças
crônicas responsáveis por
perda de qualidade de vida e
diminuição da expectativa
de vida. Evidências
comprovam os benefícios
das dietas baseadas em
vegetais com redução do
consumo excessivo de
energia e substâncias
associadas ao
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Low FODMAP
vegetariana
As intolerâncias não alérgicas naturalmente presente em uma
ampla variedade de alimentos são os carboidratos fermentáveis
denominados “FodMaps”, que denotam oligo-di-mono-sacarídeos
fermentáveis e polióis. Esse grupo de carboidratos é conhecido por
desencadear sintomas em pacientes que apresentam sintomas
gastrointestinais funcionais, como na SII. Alguns alimentos são
considerados precipitantes dos sintomas gastrointestinais
presentes em doenças inflamatórias intestinais, como a Síndrome
do Intestino Irritável (SII).
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PLANT BASED DIET
Em 1959, a hipolactasia foi o primeiro distúrbio relatado causado
pela absorção prejudicada de sacarídeos. Desde então, muitos
outros sacarídeos foram documentados como causadores de
sintomas gastrointestinais. Os FodMaps podem ser encontrados
em uma variedade de alimentos, como frutas, vegetais, legumes e
cereais, mel, laticínios e adoçantes. A abordagem de baixos
FodMaps não é apenas uma “dieta de evasão”, é também uma
ferramenta de diagnóstico para testar a tolerância do paciente a
alimentos, o que permite eliminá-los ou reduzi-los da dieta e
promover mudanças significativas em seu estilo de vida.
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Dois principais mecanismos de ação foram propostos para o efeito
dos FodMaps na indução dos sintomas gastrointestinais. Os
carboidratos de cadeia curta mal absorvidos presentes no lúmen
intestinal apresentam efeito osmótico, o que aumenta a
distribuição de água para o lúmen. A entrega acelerada de
carboidratos fermentáveis para o cólon leva à fermentação por
bactérias do cólon, o que resulta na produção de gases. Os efeitos
combinados do aumento do fornecimento de água e a produção
de gases pela fermentação bacteriana causam distensão, dor e
desconforto abdominal em pacientes com hipersensibilidade.
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Oligossacarídeos, frutanos e
galacto-oligossacarídeos
Possuem maior comprimento de cadeia e são encontrados
naturalmente em alimentos como trigo e centeio, legumes, nozes,
cebola e alho. Não há enzimas capazes de digerir os frutanos e
oligossacarídeos, e como resultado, podem ser mal absorvidos e,
por serem considerados altamente fermentáveis, produzem gases
resultantes da digestão bacteriana e contribuem para distensão e
dor abdominal e flatos excessivos, observados na SII.
Dissacarídeos
É a lactose e o açúcar encontrados em produtos lácteos que
requerem a enzima lactase para absorção. A atividade da lactase
pode ser reduzida em certas origens étnicas, como a asiática, com o
aumento da idade e durante períodos de inflamação intestinal,
como da Doença de Crohn (DC) ativa. Muitos possuem produção
adequada de lactase para digestão de lactose e, como tal, não há
necessidade de restrições como parte de uma dieta baixa em
FodMaps.
Monossacarídeos
Considera-se monossacarídeo o açúcar, encontrado em frutas e
alguns vegetais, incluindo melancia, manga, maçãs, pêra e mel.
A frutose também pode ser usada para adoçar produtos
industrializados, na forma de xarope de milho.
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A distensão abdominal resulta em dor e inchaço, e, se a frutose for
consumida em grandes quantidades, pode contribuir para diarreia
e motilidade alterada. Inicialmente, havia foco na má absorção de
frutose e sua contribuição para os sintomas presentes na SII, no
entanto, evidências recentes identificaram que a quantidade de
frutose mal absorvida é geralmente pequena, e que sua presença
pode levar a sintomas intestinais independente da sua má
absorção. A frutose é pouco absorvida em todo o intestino, e sua
absorção lenta e progressiva cria efeito osmótico, tendo sido
completamente absorvido ou não.
Polióis
São identificados em alimentos como manitol e Sorbitol,
encontrado em maçãs, pêra, frutas de caroço, couve-flor, cogumelo
e ervilha. Estes polióis, coo xilytol e isomalte são utilizados como
adoçantes artificiais em gomas de mascar e balas sem açúcar.
Polióis como a frutose são lentamente absorvidos ao longo do
intestino e são susceptíveis ao efeito osmótico. Sintomas intestinais
causados pelos polióis também são independentes de sua
proporção de absorção. Eles também devem, portanto, sempre
serem considerados contribuintes potenciais para os sintomas
intestinais.
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PLANT BASED DIET 38
Pacientes vegetarianos
As leguminosas são importantes fontes de proteínas, fibras e
nutrientes essenciais, como folato, ferro, zinco, cálcio e magnésio.
Tanto os galacto-oligossacarídeos quanto os frutanos presentes nas
leguminosas são prebióticos, que podem aumentar o crescimento
de bactérias comensais que conferem benefícios à saúde. A
importância de identificar as variedades de leguminosas e a
tolerância individual do paciente pode auxiliar na adequação
nutricional.
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PLANT BASED DIET 39
Considerações finais.
As dietas veganas têm ganhado popularidade nos últimos anos,
uma vez que vários distúrbios clínicos e doenças causadas pelo
consumo de produtos de origem animal ainda ocorrem com
frequência em países desenvolvidos. As dietas veganas são seguras
como qualquer dieta, com ou sem carne. Quando bem planejadas,
como todas devem ser, as dietas veganas promovem o crescimento
e desenvolvimento adequados e podem ser adotados em qualquer
ciclo de vida, inclusive na gestação e na infância.
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Nós, humanos, somos, em última análise, responsáveis por saúde
social, social e planetária. Ao diminuir a dependência em produtos
cárneos, individualmente e globalmente, nós podemos nos mover
em direção a uma visão de mundo mais saudável e certamente
mais sustentável. Essa jornada começa com o primeiro passo. A
redução global do consumo de alimentos de origem animal
representa, assim, uma das soluções mais promissoras para a
preservação do ambiente e a garantia da segurança alimentar para
as futuras gerações .
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Referências
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