Você está na página 1de 16

NORMA REGULAMENTADORA NBR-14039

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE MÉDIA


TENSÃO 1,0kV a 36,2kV

JUNHO - 2021
1

INSTRUTOR

Rodrigo da Fonseca Leite


ENGENHEIRO ELETRICISTA / ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Profissional atuando nas áreas de Engenharia de Segurança do Trabalho e Elétrica, com


ênfase em Gerenciamento de Projetos. Experiência em Docência, Treinamentos de
Segurança, Implantação e Gestão de SSMA.
Vasta experiência nas áreas de Mineração Siderúrgia e no ramo Alimentício
Atualmente atuando conforme demanda em treinamentos, consultorias e projetos elétricos de
modernização de equipamentos, geração de Energia dentre outros.

FORMAÇÃO ACADÊMICA :

UNIMAIS - PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO (2019


– 2021).
PUC MINAS – PÓS GRADUAÇÃO EM GERENCIMENTO DE PROJETOS (2019 -2021).
CES - CL – GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA (2010 – 2017)
ESCOLA TÉCNICA MUNICIPAL OS PADRES DO TRABALHO - TÉCNICO EM ELETRÔNICA
(2008-2009).
2

ÍNDICE

1) PREFÁCIO .................................................................................................................................................... 3
1.1) Objetivos .............................................................................................................................................. 3
2) ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP) ................................................... 4
3) GERAÇÃO OU PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ...................................................................... 5
3.1) Geração Hidrelétrica. ........................................................................................................................... 5
3.2) Geração Termelétrica........................................................................................................................... 5
3.3) Outras Formas de Geração. ............................................................................................................... 6
4) TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................ 6
4.1) Equipamentos de uma subestação elétrica ................................................................................... 7
5) ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ............................................................................................................ 8
5.1) Programação e Planejamentos dos Serviços ............................................................................... 8
5.2) Trabalho em Equipe ............................................................................................................................. 9
5.3) Prontuário e Cadastro das instalações ........................................................................................... 9
5.4) Métodos de Trabalho ........................................................................................................................... 9
5.5) Comunicação ......................................................................................................................................... 9
6) ASPECTOS COMPORTAMENTAIS ...................................................................................................... 10
7) CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS .................................................................................. 11
8) RISCOS TÍPICOS NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA E SUA PREVENÇÃO ................... 11
8.1) Proximidade e contato com partes energizadas ........................................................................ 11
8.2) Indução .................................................................................................................................................. 12
8.3) Descargas atmosféricas.................................................................................................................... 13
8.4) Eletricidade estática ........................................................................................................................... 13
8.4) Campos Elétricos e Magnéticos ..................................................................................................... 13
8.4) Trabalho em Altura, Máquinas e Equipamentos Especiais ..................................................... 14
3

1) PREFÁCIO

O treinamento de segurança em sistema elétrico de potencia (SEP) e em suas proximidades, instituído pela
Norma Regulamentadora Nº 10, publicada pela portaria Nº 598, de 7 de dezembro de 2004 pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, tem como principal objetivo a segurança e a saúde de todos os trabalhadores que exerçam
suas atividades dentro das zonas controladas e de risco,influenciando em todo o processo de gestão das
empresas e levando a empregados e empregadores, a refletirem melhores maneiras de trabalhar em locais com
alto risco de acidentes no setor elétrico. Neste contexto, pode-se verificar a grande importância da
conscientização das empresas, no sentido de capacitar adequadamente os profissionais que atuam no SEP ou
em suas proximidades.

Esta apostila representa uma contribuição para o treinamento de segurança em instalações e trabalho em
eletricidade proposto pela NR-1 0 em sistemas elétricos de potência, e se propõe a apresentar os assuntos,
tentando formar um espírito de segurança e saúde nos trabalhadores.

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e Organismos de
Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por
representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades,
laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaboardos no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta
Pública entre os associados da ABNT e demais interessados.

1.1) Objetivos

Esta Norma estabelece um sistema para o projeto e execução de instalações elétricas de média tensão, com
tensão nominal de 1,0 kV a 36,2 kV, à freqüência industrial, de modo a garantir segurança e continuidade de
serviço.

Aplica-se a partir de instalações alimentadas pelo concessionário, o que corresponde ao ponto de entrega
definido através da legislação vigente emanada da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Também se
aplica a instalações alimentadas por fonte própria de energia em média tensão.

A Resolução 456:2000 da ANEEL define que ponto de entrega é ponto de conexão do sistema elétrico da
concessionária com as instalações elétricas da unidade consumidora, caracterizando-se como o limite de
responsabilidade do fornecimento.

A aplicação desta Norma não dispensa o respeito aos regulamentos de órgãos públicos aos quais a instalação
deva satisfazer. Em particular, no trecho entre o ponto de entrega e a origem da instalação, pode ser
necessário, além das prescrições desta Norma, o atendimento das normas e/ou padrões do concessionário
quanto à conformidade dos valores de graduação (sobrecorrentes temporizadas e instantâneas de fase/neutro)
e capacidade de interrupção da potência de curto-circuito.

Esta Norma não se aplica:

- Às instalações elétricas de concessionários dos serviços de geração, transmissão e distribuição de energia


elétrica, no exercício de suas funções em serviço de utilidade pública;

- Às instalações de cercas eletrificadas;

- Trabalhos com circuitos energizados.


4

2) ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA (SEP)

Aspectos Organizacionais

Concedente para regulação e fiscalização: ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.

- Geração;

- Transmissão e

- Distribuição de energia elétrica

As concessões são de responsabilidade do Ministério de Minas e Energia (MME)

Além da agência reguladora federal (ANEEL) e das estaduais, existem outros organismos também importantes
e vitais para a adequada coordenação da expansão e operação do sistema.

- ONS – Operador Nacional do Sistema, encarregado de planejar e coordenar a operação elétrica e energética
de todo o sistema brasileiro.

- EPE – Empresa de Planejamento Energético, encarregada de planejar a expansão dos sistemas elétricos e
energéticos.

- CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, responsável pelos contratos de compra e venda
de energia e pela contabilidade da energia fornecida ou recebida pelos geradores, distribuidores, consumidores
livres e comercializadores.

Sistema Elétrico de Potência (SEP) - em sentido amplo:

É o conjunto de todas as instalações e os equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de


energia elétrica.

O sistema elétrico brasileiro apresenta como particularidade, grandes extensões de linhas de transmissão e um
parque produtor de geração predominantemente hidráulica. O mercado consumidor (47,2 milhões de unidades)
concentra-se nas regiões Sul e Sudeste, mais industrializados. A região Norte é atendida de forma intensiva por
pequenas centrais geradoras, a maioria das termelétricas é à base de óleo diesel.

Os sistemas de energia elétrica organizam-se numa estrutura baseada em processos verticais e horizontais,
como você pode verificar no diagrama abaixo.
5

3) GERAÇÃO OU PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Normalmente, as fontes de energia elétrica, ditas convencionais são as usinas hidrelétricas de grande porte (com
potência acima de 30 MW) e as usinas termelétricas.

A geração de energia por usinas hidrelétricas representa mais de 70% de nossa produção, concentrando–se nas
regiões Sul e Sudeste do País.

3.1) Geração Hidrelétrica.

Usina Hidrelétrica É a usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por conversão da energia potencial
gravitacional da água.

Podemos encontrar usinas hidrelétricas do tipo:

- Usina (hidrelétrica) a fio d’água – usina hidrelétrica que utiliza diretamente a vazão do rio, tal como se apresenta
no local;

- Usina (hidrelétrica) com acumulação – usina hidrelétrica que dispõe do seu próprio reservatório de
regularização.

NOTA: Grandes usinas o nível de tensão na saída dos geradores está normalmente na faixa de 6 kV a 25 kV.

3.2) Geração Termelétrica.

Com relação às usinas termelétricas, são usina elétricas na qual a energia elétrica é obtida por conversão da
energia térmica apresentam em geral, como característica básica:

- Menor custo de construção;

- Maior custo de operação e de manutenção e


6

- Possibilidade de serem alocadas mais próximas do mercado consumidor.

Os tipos mais utilizados no Brasil são:

- Unidade (termelétrica) a combustão interna – unidade termelétrica cujo motor primário é um motor de
combustão interna;

- Unidade (termelétrica) a gás – unidade termelétrica cujo motor primário é uma turbina a gás;

-Unidade (termelétrica) a turbina – unidade termelétrica cujo motor primário é uma turbina a vapor;

-Usina nuclear – usina termelétrica que utiliza a reação nuclear como fonte térmica.

3.3) Outras Formas de Geração.

-Energia solar fotovoltaica;

-Geração Nuclear

- Usinas eólicas;

- Usinas utilizando-se da queima de biomassa (madeira e bagaço de cana-de-açúcar, por exemplo) e ;

-Usinas que utilizam a força das marés.

4) TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Baseados na função que exerce, pode-se definir transmissão como o transporte de energia elétrica caracterizada
pelo valor nominal de tensão:

- Entre a subestação elevadora de uma usina elétrica e a subestação abaixadora em que se inicia a
subtransmissão, alimentando um sistema de distribuição e fornecendo energia elétrica a um grande consumidor.

As subestações podem ser classificadas de acordo com o seu tipo, a sua função, as formas de instalação, os
níveis de tensão e as formas de comando e operação

Quanto à tensão elétrica As subestações elétricas também podem ser classificadas quanto ao nível de tensão
elétrica, ou seja: baixa, média, alta e extra-alta tensão.

- Baixa tensão: subestações com níveis de tensão de até 1 kV.

- Média tensão: subestações com níveis de tensão entre 1 kV e 34,5 kV, ou seja, 6,6 kV, 13,8 kV, 23 kV e 34,5
kV.

- Alta tensão: subestações com níveis de tensão entre 34,5 kV e 230 kV, ou seja, 69 kV, 138 kV e 230 kV.

- Extra-alta tensão: subestações com níveis de tensão maiores do que 230 kV, ou seja: 345 kV, 440 kV, 500 kV
e 750 kV.

Os sistemas de subtransmissão contam com níveis mais baixos de tensão, tais como 34,5 kV, 69 kV ou 88 kV.

NOTA: Sistema que opera em corrente contínua, Sistema de Itaipu (± 600 kV)

No caso de transmissão em corrente alternada, o sistema elétrico de potência é constituído basicamente de:

- Geradores

- Estações de elevação de tensão;

- Linhas de transmissão

- Subestações seccionadoras
7

- Estações transformadoras abaixadoras.

Na transmissão em corrente contínua, a estrutura é essencialmente a mesma, diferindo apenas pela presença
das estações conversoras junto à subestação elevadora (para retificação da corrente) e junto a subestação
abaixadora (para inversão da corrente) e, ainda, pela ausência de subestações intermediárias abaixadoras ou
de seccionamento.

As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior ao de linhas em corrente alternada,
enquanto que as estações conversoras apresentam custo elevado. Portanto, a transmissão em corrente contínua
apresenta-se vantajosa na interligação de sistemas com freqüências diferentes ou para a transmissão de energia
a grandes distâncias.

-Distribuição: Por definição, distribuição é a transferência de energia para os consumidores, a partir dos pontos
onde se considera terminada a transmissão (ou subtransmissão), até a medição de energia, inclusive

Dentre os outros níveis de tensão primária de distribuição:

- 2,3 kV; 3,8 kV; 6,6 kV; 11,9 kV; 13,8 kV; 25 kV; 34,5 kV.

Quanto ao nível de tensão de distribuição dos sistemas secundários

- 13.800/440; 440/220; 220/127; 380/220; volts

4.1) Equipamentos de uma subestação elétrica

- Barramentos - a função do barramento é interligar os circuitos e os equipamentos existentes na subestação.


A sua composição física deve atender às especificações técnicas do circuito e suportar os esforços de tração
impostos pela estrutura da subestação.

- Disjuntores - são considerados os principais equipamentos de proteção de uma subestação. Eles têm a
capacidade de conduzir, interromper e estabelecer correntes de carga, controlando as condições operacionais
do sistema elétrico. Vale ressaltar que os disjuntores devem ser instalados com os seus respectivos relés, já que
são responsáveis pela detecção das correntes elétricas do circuito. Os principais tipos de disjuntores são:
disjuntores a óleo, disjuntores a vácuo, disjuntores a ar comprimido e disjuntores a SF6.

- Religador - é um dispositivo sensor que restabelece a distribuição de energia em caso de falta momentânea.
Suas principais funções são detectar e interromper condições de sobrecorrente, bem como restaurar as
condições operacionais da linha.

- Chave fusível - é um dispositivo eletromecânico utilizado para proteção de transformadores, bancos de


capacitores e disjuntores. As principais características de operação são tensão nominal, nível básico de
isolamento para impulso (NBI), frequência da rede, corrente nominal e capacidade de interrupção. Observe a
figura em que há uma chave fusível instalada em uma subestação abrigada

- Chave seccionadora - serve para realizar manobras de seccionamento e isolação entre circuitos. Basicamente,
a seccionadora é uma extensão do circuito de potência que, quando acionada, abre e fecha os contatos fixo e
móvel. A seguir vemos uma chave seccionadora.

- Muflas - são utilizadas para manter as condições de isolamento elétrico nas conexões entre cabos, condutores
e barramentos. Esse item é essencial nas instalações de uma subestação devido à complexidade da isolação
em um SEP. Basicamente, existem dois tipos de muflas, as de porcelana e as poliméricas.

-Transformador de potencial - é muito utilizado em subestações. Os TPs reduzem a tensão do sistema para
níveis de tensões compatíveis de medida do circuito. Ou seja, fornecem tensões proporcionais aos circuitos de
alta tensão que estão sendo medidas. A ilustração a seguir mostra um típico transformador de potencial.

- Transformador de corrente (TCs) - são utilizados em aplicações de alta tensão, fornecendo correntes
suficientemente reduzidas para possibilitar o seu uso por equipamentos de medição, controle e proteção

- Transformador de força - operam em níveis de potência da ordem de MVA (Megavoltampère) e tensões


superiores a 69 kV. Dessa forma, são utilizados em subestações e em sistemas de geração e transmissão.
Observe a ilustração abaixo
8

- Relé de proteção - em sistemas elétricos de potência, o relé de proteção executa ações de controle sobre os
disjuntores, tendo em vista que o sistema de proteção não é composto apenas do próprio relé, mas de um
conjunto de subsistemas integrados para melhor atuação sobre o SEP

- Isoladores - são fundamentais em uma subestação. Eles, além de fornecerem isolamento às diversas partes
do SEP, auxiliam na suspensão de cabos e de barramentos. Os isoladores podem ser de porcelana, de vidro ou
de polímeros.

- Para-raios - são essenciais em uma subestação elétrica. Em geral, estão localizados nas entradas e nas saídas
de linha e nas extremidades dos barramentos para proteção contra sobretensões e contracorrentes promovidas
por chaveamentos e descargas atmosféricas. Também são localizados na entrada de transformadores e de
outros dispositivos de um SEP.

- Resistor de aterramento - são utilizados em subestações para limitar a corrente de falta de fase a um valor
que não danifique os equipamentos, permitindo, ainda, proteger a integridade física das pessoas. Ele atua em
conjunto com outros equipamentos de proteção, como, por exemplo: relés e disjuntores.

5) ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Segundo o texto da nova NR-10 em seu subitem 10.11.7., antes de iniciar os trabalhos em equipe, os seus
membros, em conjunto com o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia,
estudar e planejar as atividades, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de
segurança aplicáveis ao serviço em eletricidade.

Como sabemos, não se concebe nenhum trabalho, qualquer que seja sem o mínimo de organização. Com o
trabalho organizado possivelmente todos os objetivos propostos obterão o resultado esperado e alcançarão a
meta estabelecida. Essa organização, como cita o subitem 10.11.7 da NR-10, passa necessariamente, pelas
seguintes etapas:

- Avaliação Prévia;

- Estudo;

- Planejamento das atividades e ações.

Organizar o trabalho antes de executar qualquer tarefa é de fundamental importância.

5.1) Programação e Planejamentos dos Serviços

O planejamento constitui o processo de elaborar, pensar e fazer previsões estabelecendo fatos para atingir um
objetivo final, utilizando dados iniciais obtidos por pesquisas ou consultas, para poder prever e integrar todos os
elementos pertinentes a um problema, pois disso dependerá o sucesso da tarefa. O planejamento facilita o
aproveitamento do tempo, dos materiais, do equipamento e do pessoal. Sem planejamento, perde-se tempo, se
gasta energia, e o serviço sai mal feito, isso significa também, perda de dinheiro.

As seis perguntas abaixo permitem estabelecer um plano de atividades com antecedência para cada tarefa. O
que? Com quê? Onde? Como? Quem? Quando?

O Planejamento do serviço constitui-se em um dos fatores essenciais para a Prevenção de Acidentes de


Trabalho.

Nesta fase, podem-se detectar as condições inseguras e os riscos de acidentes que poderão ocorrer durante a
realização de uma determinada tarefa a ser executada.

Planejar é pensar antes, durante e depois de agir.


9

5.2) Trabalho em Equipe

Esta etapa consiste do planejamento das atividades que serão executadas, levantamento de recursos, formação
de equipe e definição de procedimentos básicos para a execução de atividades/trabalhos em sistemas e
instalações elétricas.

O trabalho em equipe pode ser descrito como um conjunto de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou
um determinado trabalho, e são interdependentes.

O trabalho em equipe valoriza cada indivíduo e permite que todos façam parte de uma mesma ação.

Dicas para o trabalho em equipe:

Seja paciente; Aceite as idéias dos outros; Valorize os colegas; Saiba dividir as tarefas; Trabalhe; Seja
participativo e solidário; Dialogue; Planeje; Evite ficar somente com o pensamento do grupo ; Aproveite o trabalho
em equipe

5.3) Prontuário e Cadastro das instalações

O Prontuário de Instalações Elétricas é um sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de
informações pertinentes às instalações e aos trabalhadores, deve ser organizado e mantido atualizado pelo
empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos
trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade.

Contém as informações do presente e do passado do equipamento e dos trabalhadores. Isso significa que todas
as alterações, especialmente, dos equipamentos devem ficar registradas.

Esse material deve conter o registro de todas as informações referentes às instalações e pessoas. O registro das
mudanças dentro das instalações atende também a necessidade de consulta das equipes de manutenção e
operação que vierem a trabalhar no local.

É muito importante registrar que o passado e o presente são essenciais para a projeção das tendências de
comportamento e estado das instalações elétricas e seus equipamentos.

Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco
elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a
saúde no trabalho.

5.4) Métodos de Trabalho

Na execução de qualquer serviço que envolva energia elétrica, a escolha do método de trabalho a ser adotado
pela equipe de trabalho é de fundamental importância para que se evite a ocorrência de acidentes.

A natureza do serviço a ser executado exige que o método de trabalho a ser adotado tenha as seguintes
características: Procedimentos padronizados e descritos; Controle efetivo dos riscos; Firme comportamento
ético; Todos os envolvidos possuam treinamento especifico para execução da atividade.

5.5) Comunicação

O processo de comunicação vai além da troca de informações e deve caminhar lado a lado com o processo de
gestão. Trata-se de um processo de estabelecimento de relação entre interlocutores, entre os setores da
empresa e entre as equipes de trabalho.

A comunicação em todas as formas e sentidos é fator primordial na prevenção de acidentes no setor elétrico.

A NR-10 no item define que: Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT (alta tensão), bem
como aqueles envolvidos em atividades no SEP (sistema elétrico de potência) devem dispor de equipamentos
que permitam a comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação
durante a realização do serviço.
10

As equipes devem dispor de meios de comunicação confiáveis, para manter contatos entre si, com o órgão de
manutenção a que estão subordinados, com o Despacho de Carga ou Centro de Operação ou com as
subestações.

Os Trabalhadores devem ser treinados no uso dos equipamentos de comunicação adotados pela empresa

Tenha certeza de que a mensagem foi compreendida

6) ASPECTOS COMPORTAMENTAIS

Segurança pode ter base no comportamento humano através do acompanhamento e da identificação do


comportamento do indivíduo em suas atividades no ambiente de trabalho. Para trabalhos no SEP, esses
componentes se tornam ainda mais relevantes pois são conhecidos os elevados riscos de acidentes em alta
tensão, condições adversas de trabalhos em altura, ambientes confinados etc. O desafio de se estudar esses
aspectos são para alcançar padrões de segurança melhorados através de modos de agir mais seguros.

- Liderança: Para ser um líder não é preciso necessariamente ser um gestor. Um líder deve assumir riscos e
se responsabilizar por suas atitudes, conhecendo os pontos positivos e os pontos a melhorar na equipe e em si
mesmo. É ser um porta-voz, motivando e influenciando as pessoas com quem trabalha a alcançarem seus
objetivos.

- Trabalho em equipe: Quando todo time se envolve para alcançar seus objetivos, nenhum membro da equipe
se sobrecarrega e o trabalho se torna mais produtivo e com maior chance de sucesso. Por esse motivo, as
organizações buscam colaboradores que saibam trabalhar em equipe.

- Motivação: tem a ver com o motivo pelo qual uma pessoa realiza uma ação. Ou seja, a motivação é algo que,
apesar de poder ser estimulado por fatores externos, é um comportamento genuinamente interno. Sendo assim,
as empresas buscam por colaboradores que possuam uma pré-disposição a executar o trabalho. Pessoas
motivadas trabalham felizes e comprometidas.

- Equilíbrio: Emocional Ninguém gosta de trabalhar ao lado de alguém que está todo dia de mau humor. Para
um colaborador, saber controlar as emoções, o estresse, a ansiedade, e separar a vida pessoal da profissional
é importante para manter a produtividade.

- Criatividade: Não é apenas voltada ao lado artístico, mas também a pensar fora da caixa em qualquer situação.
É analisar todos os aspectos ao seu redor para encontrar soluções rápidas e inovadoras. Ser criativo é ter
pensamento visionário e que acrescenta ideias à organização de forma ousada para obter bons resultados.

- Adaptabilidade: é ter a capacidade de ser flexível em qualquer ambiente, se adaptando às mudanças que
podem ocorrer na equipe ou na empresa. É saber contornar situações inesperadas e conviver com as diferenças,
encontrando formas de crescer até mesmo nas situações incômodas.

- Comunicação: é saber transmitir seu pensamento de forma clara e objetiva. Não é o diálogo em si, mas a boa
oratória, a dicção e o vocabulário bem construído. Uma boa comunicação entre um colaborador e seus colegas
de equipe diminui o risco de falhas e aumenta a produtividade.

- Negociação: é saber resolver conflitos internos através do diálogo tendo como objetivo o sucesso da
corporação como um todo. Saber negociar é saber balancear todas as ideias e fatores envolvidos, visando chegar
a um determinado objetivo.

- Empatia: é basicamente se colocar no lugar do outro. O colaborador deve tentar compreender o ponto de vista
dos colegas, entendendo como se comportam, quais são seus sentimentos e emoções. Um profissional que tem
empatia ajuda as pessoas com seus problemas e toma decisões pensando também no impacto que elas terão
nas outras pessoas.

- Aprendizado contínuo: Um profissional nunca pode se contentar com o conhecimento que tem. Ele precisa
estar sempre em busca de cursos, palestras, workshops, experiências e qualquer tipo de aprendizagem que
possa aumentar seu desempenho.

- Ética: Ter ética é agir com responsabilidade social. Um profissional qualificado tem ética e moral, sabe
diferenciar o certo do errado, age com integridade e colabora com a equipe.
11

- Prudência: O colaborador prudente analisa todas as possibilidades, descobrindo o que pode acontecer a cada
passo, sem colocar a carroça na frente dos bois. É pensar em todos os aspectos antes de uma atitude que pode
afetar seu projeto ou a própria empresa.

7) CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS

A ausência ou a deficiência de qualquer uma das condições abaixo impede o início ou prosseguimento de
serviços realizados em instalações elétricas do SEP. Vale ressaltar que estas condições são as principais, pois
na análise de risco do serviço, podemos constatar outras situações que possam impedir a execução da atividade:

- Falta de esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as
especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.

- Inexistência Total ou Parcial de Prontuário para os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW,
conforme o que preconiza a NR 10.

- Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico
de Potência – SEP, não podem ser realizados individualmente.

- Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas que interajam com o SEP,
somente pode ser realizado mediante ordem de serviço específica para data e local, assinada por superior
responsável pela área.

- Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em atividades no
SEP devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe
ou com o centro de operação durante a realização do serviço.

- Falta ou deficiência de EPCs e ou EPIs. 1 Outros aspectos também devem ser considerados, tais como:
Condições Ambientais.

- Condições climáticas - depende das características da atividade;

- Serviço em linha viva - só poderá ser realizado durante o dia e em condição climática favorável;

-Condições Pessoais. Antes do inicio das atividades todos os envolvidos deverão fazer uma avaliação das
condições físicas e mentais da equipe.

- Nenhum serviço deve ser iniciado se houver condições que comprometam a integridade física da equipe.

8) RISCOS TÍPICOS NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA E SUA PREVENÇÃO

8.1) Proximidade e contato com partes energizadas

Trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona controlada, ainda que seja com uma parte do seu
corpo ou com extensão condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que esteja
manipulando.

• Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível
prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.

• Saiba que as partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou examinadas, devem ser dispostas
de modo à permitir um espaço suficiente para que você tenha um trabalho seguro.

• As partes das instalações elétricas, não cobertas por material isolante, na impossibilidade de se conservarem
distâncias que evitem contatos casuais, devem ser isoladas por barreiras que ofereçam, de forma segura,
resistência a esforços mecânicos usuais.

• Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que eventualmente possa
ficar sob a tensão dever ser aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos.
12

Proteção contra o risco de contato

• As instalações elétricas, quando a natureza do risco exigir e sempre que tecnicamente possível, devem ser
providas de proteção complementar por meio de controle a distância, manual e/ou automático.

• As instalações elétricas que estejam em contato direto ou indireto com a água e que possam permitir fuga de
corrente, devem ser projetadas e executadas, em especial, quanto à blindagem, ao isolamento e ao aterramento.

• Respeitar as distâncias de segurança entre as tensões (fase-fase e fase-terra), utilização correta dos EPI’s e
dos EPC’s (ao contato, ao potencial e a distância).

• As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, a


inflamabilidade e as influências eletromagnéticas.

• É vedados o uso de adornos (brincos, correntinhas, entre outros) pessoais nos trabalhos com instalações
elétricas ou em suas proximidades.

• Os trabalhos que exigem o acesso à zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos específicos
respeitando as distâncias previstas na tabela B.

Zona de risco: Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive acidentalmente, de
dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais
autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados ao trabalho.

Zona controlada: Entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões estabelecidas
de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados. Verifique na tabela
a seguir a faixa de tensão nominal da instalação elétrica e a faixa de tensão para as zonas de risco e controlada.

8.2) Indução

A passagem da corrente elétrica em condutores gera um campo eletromagnético que, por sua vez, induz uma
corrente elétrica em condutores próximos. Assim, pode ocorrer a passagem de corrente elétrica em um circuito
desenergizado se ele estiver próximo a outro circuito energizado.

Por isso é fundamental que você, além de desligar o circuito no qual vai trabalhar e de bom senso confirmar com
equipamentos apropriados (voltímetros ou detectores de tensão), se o circuito está efetivamente sem tensão.
Saiba que nos trabalhos com linhas transversais e/ou paralelas deve-se utilizar o sistema de aterramento
temporário, tantos quantos necessários.
13

O aterramento temporário é um equipamento de proteção coletiva, destinado a promover a equipotencialização


para proteção pessoal, contra a energização indevida do circuito em intervenção.

8.3) Descargas atmosféricas

Ao longo dos anos, várias teorias foram desenvolvidas para explicar o fenômeno dos raios. Atualmente, tem-se
que a fricção entre as partículas de água e gelo, que formam as nuvens, provocada pelos ventos ascendentes,
de forte intensidade, dá origem a uma grande quantidade de cargas elétricas.

As descargas atmosféricas são um dos maiores causadores de acidentes em sistemas elétricos causando
prejuízos, tanto materiais quanto para a segurança pessoal. Com o crescente aumento dessas descargas,
tornou-se necessário a avaliação do risco de exposição a que estão submetidos os edifícios, sendo este um meio
eficaz de verificar a necessidade de instalação de pára-raios.

Os pára-raios captam os raios e direcionam os mesmo para o sistema de aterramento. Os sistemas de


aterramento têm como primeiro objetivo à segurança pessoal. Devem ser projetados para atendem os critérios
de segurança tanto em alta freqüência, descargas atmosféricas e telefonia quanto em baixas freqüências, como
curtos-circuitos em motores trifásicos.

Para que o aterramento seja eficaz, é necessário que seja um sistema estável, ou seja, que apresente uma
invariabilidade nos valores da resistência de terra. Deve-se levar em consideração, também, a viabilização do
projeto, objetivando o ponto ótimo no que se diz respeito a configuração do sistema e ao resultado desejado.
Costuma-se adotar o valor da resistência de terra em torno de 10 Ω, mas na prática este valor pode ser bem
variável.

Adotando-se o aterramento com equipotencialização, por exemplo, o objetivo final é manter todo o sistema a um
mesmo potencial. Deste trabalho, conclui-se a importância do conhecimento de projetos para os sistemas de
aterramento e pára-raios de maneira minuciosa ressaltando suas características peculiares. Como sendo um
fenômeno da natureza, podemos apenas amenizar os efeitos utilizando métodos seguros de pára-raios e
aterramento evitando trabalho com o tempo carregado (chuvoso).

8.4) Eletricidade estática

ESD: Descarga Eletrostática Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade


estática devem dispor de proteção específica e de dispositivos de descarga elétrica.

A eletricidade estática é uma carga elétrica em repouso, ela é gerada principalmente por um desbalanceamento
de elétrons localizados sob uma superfície ou no ar do ambiente.

O desbalanceamento de elétrons (em todos os casos, gerado pela falta ou pelo excesso de elétrons) gera um
campo elétrico capaz de influenciar outros objetos que se encontram a uma determinada distância. O nível de
carga é afetado pelo tipo de material, pela velocidade de contato e pela separação dos corpos, da umidade e de
diversos fatores.

8.4) Campos Elétricos e Magnéticos

A maioria dos equipamentos tem certo grau de sensibilidade à perturbação de origem eletromagnética. Um
simples raio que caia perto de uma instalação que tenha muitos sensores, transdutores associados a sinal e
comandos pode causar um mau funcionamento, ou seja, não significa que esse equipamento será danificado,
mas será levada a ele uma informação que será codificada, não como um raio que caiu, mas como uma
informação que o equipamento tomará e que vai ser errada. Isso é uma perturbação de origem eletromagnética,
porque o raio cria um campo eletromagnético que vai provocar o mau funcionamento dos comandos do controle
de operação.

Os sistemas de controle destinados à segurança devem estar protegidos contra esse fenômeno classificado
como compatibilidade eletromagnética e os equipamentos devem estar imunes a esse tipo de interferência. Deve
haver uma preocupação em imunizar o equipamento para evitar o mau funcionamento contra o fenômeno de
perturbação e, ao mesmo tempo, evitar que o equipamento produza ruídos de natureza de campo

eletromagnético que perturbe tanto o seu funcionamento quanto o de outros. Para isso que existe o estudo de
um bom aterramento, da escolha adequada do tipo de aterramento para evitar correntes comuns, ou seja,
assegurar, ao usuário da instalação, certa segurança para o equipamento instalado e evitar certos tipos de
14

sobretensão que são provocados por falhas na rede elétrica, como um curto–circuito, por exemplo. Mais uma
finalidade do aterramento é a de promover uma referência de potenciais para a boa operação dos sistemas
elétricos, em especial quando há partes isoladas eletricamente, como um transformador.

Importante - Corrente elétrica gera campo magnético Existe grande controvérsia a respeito dos efeitos dos
campos eletromagnéticos no ser humano. Não existe fundamentação científica em muitos trabalhos divulgados,
porém algumas observações são feitas a seguir:

• Muitos trabalhos sobre o tema apresentam problemas metodológicos e muitos se baseiam em exposição
anterior, que é de difícil mensuração ou comprovação;

• A legislação brasileira não determina os limites de tolerância para exposição ocupacional aos campos
eletromagnéticos.

NOTA: Do ponto de vista médico, não existe nenhum exame que possa ser formalmente realizado como indicador
de efeito ou de exposição a campos eletromagnéticos.

Na Europa prevalece, em relação aos campos eletromagnéticos, o Princípio da Precaução, proposto na


Conferência RIO-92: “O Princípio da Precaução é a garantia contra os riscos potenciais que, de acordo com o
estado atual do conhecimento, não podem ser ainda identificados. Este Princípio afirma que na ausência da
certeza científica formal, a existência de um risco de um dano sério ou irreversível requer a implementação de
medidas que possam prever este dano”.

8.4) Trabalho em Altura, Máquinas e Equipamentos Especiais

Todo funcionário exposto a risco de queda deverá trabalhar protegido por corrimões, guarda-corpos, cintos de
segurança, trava-quedas ou quaisquer outros equipamentos de proteção contra quedas. Também é importante
que você conheça todas as máquinas e os equipamentos nos locais onde são realizados serviços com
eletricidade, pois muitas vezes é necessário o controle de outras energias e dispositivos além da energia elétrica.
Para o trabalho em altura são requeridas padronizações do cinturão tipo pára-quedista, com talabarte de
segurança de acordo com a altura e estrutura a serem utilizadas (cintos abdominais, talabarte e travaquedas) e
padronizações de suas máquinas e equipamentos com o seu manual de procedimentos para a utilização
adequada (como limite de abertura, carga instalada e condições de uso).

As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida/parada e outros que se fizerem
necessários para a prevenção de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de aciona mento
acidental, para isso estes devem ser localizados de modo que:

A - Seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho;

B - Não se localize na zona perigosa de máquina ou do equipamento;

C - Possa ser acionado ou desligado em caso de emergência, por outra pessoa que não seja o operador;

D - Não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador ou de qualquer outra forma acidental;

E - Não acarrete riscos adicionais.

Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam as máquinas e os equipamentos devem ser vistoriados e limpos
sempre que apresentarem riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias que os tornem
escorregadios. As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e equipamentos devem ser
dimensionados de forma que o material, os trabalhadores e os transportadores mecanizados possam se
movimentar com segurança. As máquinas e os equipamentos de grandes dimensões devem ter escadas e
passadiços que permitam acesso fácil e seguro aos locais em que seja necessária a execução de tarefas.

- Regras Gerais: Verifique a seguir algumas regras essenciais para evitar acidentes de trabalho em sua empresa.
1. O local deverá ser sinalizado por meio de placas indicativas e ser feito um isolamento para prevenir acidentes
com transeuntes ou com pessoas que estejam trabalhando embaixo. Ex: Cuidado - Homens trabalhando acima
desta área!

2. É obrigatório o uso do cinto de segurança para trabalhos em altura superior a 2 metros.

3. O transporte do material, para cima ou para baixo, deverá ser feito preferencialmente com a utilização de
cordas em cestos especiais ou de forma mais adequada.
15

4. Materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de trabalho sobre andaimes,
plataformas ou qualquer estrutura elevada, dessa forma, evita-se acidentes com pessoas que estejam
trabalhando ou transitando sob as mesmas.

5. As ferramentas não podem ser transportadas em bolsos, mas pode-se utilizar sacolas especiais ou cintos
apropriados.

6. Recomenda-se que todo trabalho em altura seja previamente autorizado pelo SESMT da empresa

Recomendações para trabalho em Altura Caso você esteja trabalhando em alturas, verifique a seguir os cuidados
que você deverá ter para evitar acidentes.

- Analisar atentamente o local de trabalho, antes de iniciar o serviço.

- Sob forte ameaça de chuva ou ventos fortes, suspender imediatamente o serviço.

- Nunca andar diretamente sobre materiais frágeis (telhas, ripas estuques), instalar uma prancha móvel.

- Usar cinto de segurança ancorado em local adequado.

- Não amontoar ou guardar coisa alguma sobre o telhado.

- É proibido arremessar material para o solo, deve ser utilizado equipamento adequado (cordas ou cestas
especiais). Caso não seja possível, a área destinada para jogar o material deve ser cercada, sinalizada e com a
devida autorização do SESMT da empresa contratante.

-Usar equipamento adequado (cordas ou cestas especiais) para erguer materiais e ferramentas.

- Instalações elétricas provisórias devem ser realizadas exclusivamente por eletricistas autorizados.

- Imobilizar a escada ou providenciar para que alguém se posicione na base para calçá-la.

- Ao descer ou subir escadas, fazer com calma e devagar.

- Não improvisar.

Você também pode gostar