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Código: UC ADG024009191 Nível e Título da de Qualificação CVocacional 5 - Contabilidade
Texto de Apoio do Módulo: Aplicar os Instrumentos e Técnicas p/ Apoiar a Auditoria Externa
RA1: a) Define auditoria, identificando os seus objectivos
Reconhecer o b) Diferencia Auditoria Externa de Interna em termos de objectivo, objecto da
significado e as auditoria, periodicidade e quem audita e sua principal preocupação
vantagens da auditoria, c) Enumera as vantagens da auditoria para a administração, para os funcionários,
as suas diferentes para o fisco e para a sociedade
modalidades, tipos e d) Enumera as diferentes modalidades de auditoria
formas e) Identifica a finalidade de auditoria governamental
f) Descreve o conceito de independência da auditoria
Para compreender o conceito de auditoria, é necessário, primeiro entender a função das demonstrações
financeiras.
Para que cumpra suas funções, é necessário que as mesmas observem dois requisitos:
1.º. - Informar aos usuários que critérios foram adoptados em sua elaboração;
2.º.- Apresentar parecer de terceiros, alheios à empresa, sobre a fidedignidade com que tais
demonstrações reflectem a situação patrimonial e sua evolução durante o período a que se
referem.
Para entender o primeiro requisito, adoptou-se um conjunto de convenções conhecidas como princípios
e normas de contabilidade geralmente aceites, para a elaboração das demonstrações financeiras, que se
referem basicamente à avaliação do património e à maneira de apresentar a informação nelas contidas.
Para que as informações sejam credíveis de modo a que os usuários possam retirar conclusões
acertadas deve reunir certos requisitos a saber:
Compreensibilidade;
Relevância (materialidade)
Fiabilidade (objectividade e tempestividade)
Comparabilidade (consistência e uniformidade)
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como parte que são da informação financeira em termos gerais, sejam perparadas com o fim de
proporcionar informação que seja útil na tomada de decisões económicas.
Com base no exposto anteriormente, podemos difinir a auditoria das demonstrações financeiras como o
exame das mesmas, por um profissional independente, com a finalidade de emitir um parecer técnico
sobre sua fidedignidade.
Como bem recordados, a actividade teve seu desenvolvimento dentro das empresas, ao que se
denominou de auditoria interna.
A auditoria interna é um conjunto de técnicas que visa avaliar, de forma amostral, a gestão da empresa
ou entidade, pelos processos e resultados gerenciais, mediante a confrontação entre uma situação
encontrada com um determinado critério técnico, operacional ou normativo. Trata-se de um
componente de controlo na busca de melhor alocação dos recursos, não só actuando para corrigir os
desperdícios, as impropriedades/disfunções, a negligência e a omissão, mas, principalmente,
antecipando-se a essas ocorrências.
Em suma:
A Auditoria é o processo sistemático de objectivamente obter e avaliar prova acerca da
correspondência entre informações, situações ou procedimentos e critérios pré-estabelecidos,
assim como comunicar conclusões aos interessados.
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a custódia dos Activos;
a utilização económica e eficiente dos recursos;
a realização dos objectivos e metas fixados para as operações ou programas
Neste contexto, os objectivos de auditoria devem ir direccionados à observância dos cinco objectivos
anteriormente mencionados.
Por seu lado, os auditores internos devem ter a responsabilidade de verificar se:
Foram estabelecidos padrões operacionais que permitam medir a economicidade e eficiência;
Os padrões operacionais fixados são compreensíveis e estão a ser cumpridos;
Os desvios em relação aos padrões operacionais estão identificados, analisados e comunicados
àqueles que têm a responsabilidade de tomarem acções correctivas;
Foram tomadas acções correctivas.
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está a ser utilizada informação relevante, oportuna e precisa;
foram incorporados nas operações ou programas controlos adequados.
b) Diferencia Auditoria Externa de Interna em termos de objectivo, objecto da
auditoria, periodicidade e quem audita e sua principal preocupação
Pontos de contacto
O trabalho executado em ambas as Auditorias é idêntico, isto é:
avaliam o risco e a materialidade;
baseiam-se no controlo interno como ponto de partida para realizar o seu exame;
sugerem correcções para deficiências encontradas;
utilizam as mesmas técnicas;
a extensão do trabalho depende da eficiência dos sistemas contabilísticos e controlo interno
existentes.
Pontos de Afastamento
Quer o Auditor externo quer o Interno estudam e avaliam o controlo interno seja qual for a entidade a
auditar, no entanto, há pontos de afastamento, tais como:
o auditor externo pode sugerir melhorias através de críticas construtivas provenientes da sua
experiência global nas diferentes entidades. A opinião expressa não é uma declaração acerca da
eficiência ou eficâcia da gestão da entidade.
O auditor interno avalia se o controlo interno proporciona uma garantia razoável de que os
objectivos da entidade se cumpriram, com eficiéncia e eficâcia. A sua actuação deve ser mais
preventiva, diligente e expedita, e sobretudo, persistente no follow up. As suas críticas
construtivas advêm do seu conhecimento específico e profundo da entidade.
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O intercâmbio de pontos de vista e opiniões profissionais no desenvolvimento das respectivas
funções;
A partilha de informações e conhecimentos acerca da entidade;
A utilização dos papéis de trabalho e outras informações de Auditoria Interna, como um meio de
avaliar e reduzir o alcance e profundidade dos testes em determinadas áreas de trabalho, pelo
auditor externo;
A participação activa na auditoria às demonstrações financeiras.
O trabalho de auditoria interna e externa deve ser coordenado de forma a assegurar uma cobertura
adequada, minimizar a duplicação de esforços e alcançar a máxima eficâcia da auditoria.
Os auditores externos a fim de terem a percepção do trabalho realizado pela função de Auditoria
Interna, devem:
Obter uma compreensão da função de auditoria interna;
Avaliar a competência e objectividade da auditoria interna;
Considerar o efeito da auditoria interna no planeamento da auditoria externa;
Planear e coordenar o trabalho com a auditoria interna;
Avaliar e testar a eficâcia do trabalho da auditoria interna; e
Utilizar a auditoria interna para fornecer apoio directo ao auditor externo.
Os custos de auditoria Externa podem ser reduzidos se o auditor externo usar o trabalho já efectuado
pelo interno. A fim de depositar confiança nesse trabalho, os auditores externos revêem e testam o
trabalho realizado.
O quadro seguinte, refere algumas das principais diferenças entre o auditor interno e o auditor esterno.
Para o fisco
a) Minimizar riscos fiscais. ...
b) Identificar fraudes ou desvios, ...
c) Contribui para maior observância das leis fiscais.
d) Encontrar erros existentes em processos. ...
e) Permite maior exactidão das demonstrações financeiras;
f) Assegura maior exactidão dos resultados apurados;
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b) Assegura a veracidade das informações, das quais dependerá a tranquilidade quanto à
sanidade das empresas e garantias de empregos;
c) Informa o grau de solidez e a evolução da economia nacional (através das demonstrações
financeiras).
Critérios de desempenho.
d) Enumera as diferentes modalidades de auditoria
e) Identifica a finalidade de auditoria governamental
Este tipo de auditoria, requer muito tempo para realizá-la e o seu custo é muito elevado. O seu emprego
é actualmente limitado a casos de absoluta necessidade, principalmente para descobrir irregularidades
ou fraudes ou quando a entidade carece de uma comprovação interna.
Auditorias especiais
São as que têm como finalidade a comprovação de certos dados e situações especiais.
Exemplos: Auditorias de Caixa, dos inventários, dos activos, etc. Neste tipo de auditoria se comprova
em todos os seus detalhes a que elas se referem.
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Pela frequência da sua realização
Auditorias Sistemáticas;
Auditorias Periódicas;
Auditorias Eventuais;
Auditorias por Surpresa
Auditorias Sistemáticas
As que se realizam em forma permanente e programada, mensal ou quinzenalmente, o auditor verifica
e comprova as operações efectuadas desde a sua última visita.
Auditorias periódicas
São as efectuadas no final de um período económico, podendo também ser realizadas semestralmente
ou trimestralmente.
Auditorias Eventuais
São as que se realizam atendendo a contingências especiais ou que ocasionalmente ocorrem.
Em primeiro lugar é necessário conhecer a finalidade que se pretende atingir e qual o propósito da
auditoria que se vai efectuar.
Se se pretende conhecer um determinado aspecto específico da empresa, deve-se escolher uma
auditoria especial
Se a finalidade é conhecer a verdadeira situação económica e financeira da entidade, o resultado das
suas operações, etc, deverá escolher-se entre a Auditoria Máxima ou uma por Provas sendo a eficiência
do Sistema de Controlo Iinterno da entidade, o factor que deverá ter-se em conta para a escolha do tipo
de auditoria a efectuar, e no seu caso o alcance das provas a realizar.
Nas pequenas empresas, todo trabalho contabilístico é feito por um só empregado, para assumir certo
grau de responsabilidade. O auditor terá de comprovar detalhadamente todas as contas e operações.
Numa empresa do tipo médio, o trabalho se divide por vários empregados, o que contribui, de certa
forma, para que exista algum grau de comprovação Interna. Nestes casos, basta comprovar
detalhadamente certo número de contas e operações e nos restantes casos recorrendo-se a Auditoria
por Provas.
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Tipos de Auditoria
Os fins da auditoria, dependem das áreas operacionais a serem auditadas, consequentemente o tipo
de auditoria.
Auditoria operacional
Esta auditoria, não é mais que um aprofundamento da auditoria Interna, socorrendo-se do conjunto de
técnicas de julgamento e de apreciação das operações da empresa utilizadas na auditoria Financeira.
Tem com objectivo:
auditar os controlos operacionais;
auditar a gestão;
auditar a estratégia.
Auditoria de gestão
A auditoria de gestão é uma técnica relativamente recente podendo ser entendida como um dos
segmentos ou extensões da auditoria operacional.
As técnicas da auditoria de gestão cobrem um espectro bastante amplo de procedimentos, métodos de
avaliação, políticas e tarefas sendo desenhadas para analisar, avaliar e rever o desempenho da empresa
ou entidade em relação a um conjunto pré-determinado de «standards»
Auditoria previsional
Nos últimos anos cada vez mais tem vindo a ser considerado que a divulgação da informação histórica,
por parte das empresas não é suficiente para que os diversos utentes externos dessa mesma informação
possam tirar conclusões válidas sobre a viabilidade futura das empresas.
Esta situação passa-se sobretudo com as grandes empresas cotadas nas bolsas de valores havendo
legislação em vários países, que a tal obrigam a inclusão de:
aspectos relacionados com a evolução previsional da sociedade;
aspectos referentes às actividades futuras da empresa e aos resultados que as mesmas se
propõem atiNgir aquando da elaboração de projectos relativos a aumentos de capital.
Auditoria informática
A auditoria informática tem fundamentalmente como objectivo verificar se existem controlos
apropriados, certificar que os mesmos estão implementados e proceder à avaliação da sua eficácia de
forma a poder tirar-se conclusões sobre a «performance» de todo o sistema informático;
A auditoria informática assim entendida não tem nada a ver com as técnicas de auditoria aplicáveis a
computadores, as mais comuns das quais são a auditoria dos programas e os dados-testes para fins de
auditoria.
Auditoria social
A crescente importância dos aspectos sociais dentro das empresas tem levado a que em alguns paises
industrializados, sobretudo nos Estados Unidos da América, Inglaterra e França se tenha começado a
desenvolver, desde o início da década 70, estudos relacionados com a responsabilidade social das
empresas, a qual se pode reflectir por exemplo, na deterioração que a mesma produz na qualidade de
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vida (poluição), na qualidade dos seus produtos, na confiança que inspira aos consumidores e aos seus
accionistas minoritários.
Auditoria Governamental
No âmbito do sector público, o estabelecimento de normas sobre procedimentos de auditoria vem
também sendo uma preocupação das entidades com funções de fiscalização e controlo, aos vários níveis
em que este se exerce, com o objectivo de orientarem os seus auditores na realização das respectivas
tarefas e para que estas se desenvolvam de forma sistemática, coordenada, eficiente e responsável.
A instituição de sistemas articulados de controlo, a nível nacional e comunitário, integrados por essas
entidades, potencia a necessidade dessas normas, como condição indispensável para a harmonização
dos critérios seguidos para o efeito.
Na verdade, os sistemas de controlo externo na maioria dos Países e da INTOSAI não restringem o
controlo financeiro externo à fiscalização da mera legalidade e regularidade das operações financeiras
públicas mas incluem também a apreciação da gestão financeira, abrangendo esse controlo o sector
público administrativo e ainda as empresas públicas, as sociedades de capitais públicos e outras
entidades beneficiárias de fundos públicos.
Perante as exigências das sociedades modernas às instituições de controlo externo, tribunais de contas
ou instituições congéneres do tipo Auditor-Geral, torna-se necessário continuar o processo legislativo
tendo em vista adequar o Tribunal Administrativo ou de Contas aos objectivos de uma instituição
moderna de controlo externo, na esteira das sucessivas recomendações dos congressos da INTOSAI.
O termo auditor no latim - audire, como substantivo, tinha o sentido apenas de significar "aquele que
ouve, ou "ouvinte", nada podendo configurar que viria ser adotado para representar aquele que daria
opinião sobre algo que comprovou ser verdade ou não.
A origem da auditoria externa ou independente surgiu como um foco da evolução do capitalismo, sendo
que no princípio as empresas eram exclusivamente fechadas e a participação em seu capital sucedia de
um grupo familiar. Devido a grande expansão do mercado e a muitas concorrências surgiu a
necessidade de expansão e crescimento para que as empresas conseguissem suportar o mercado e
ampliar seus negócios garantindo a fidelidade de seus clientes.
A Revolução Industrial, operada na segunda metade do Século XVII, imprimiu novas directrizes às
técnicas contabilísticas e especialmente às de auditoria, visando atender às necessidades criadas com o
aparecimento de grandes empresas. Como consequência as demonstrações financeiras passaram a ter
importância muito grande para os futuros aplicadores de recursos, como medida de segurança contra a
possibilidade de manipulação de informações.
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independência necessita orientar o trabalho do auditor no sentido da verdade evitando interesses
conflitos, vantagens, sendo factual em suas afirmações.
Independência pode ser afectada por ameaças de interesse próprio, auto-revisão, defesa de interesses
da entidade auditada, familiaridade e intimidação.
A independência exige:
a) independência de pensamento – postura que permite expressar uma opinião sem ser
afectado por influências que comprometem o julgamento profissional, permitindo à pessoa agir
com integridade, objectividade e ceticismo profissional;
b) aparência de independência – evitar factos e circunstâncias significativos a ponto de um
terceiro bem informado, tendo conhecimento de todas as informações pertinentes, incluindo as
salvaguardas aplicadas, concluir dentro do razoável que a integridade, a objetividade ou o
ceticismo profissional de uma entidade de auditoria ou de um membro da equipe de auditoria
ficaram comprometidos
PERDA DE INDEPENDÊNCIA
Interesses financeiros: são a propriedade de títulos e valores mobiliários e quaisquer outros tipos de
investimentos adquiridos ou mantidos pela entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de
auditoria ou membros imediatos da família destas pessoas, relativamente à entidade auditada, suas
controladas ou integrantes de um mesmo grupo económico, dividindo-se em directos e indirectos.
a) Alienar o interesse financeiro directo antes de a pessoa física tornar-se membro da equipe de
auditoria;
b) Alienar o interesse financeiro indireto relevante em sua totalidade ou alienar uma quantidade
suficiente dele para que o interesse remanescente deixe de ser relevante antes de a pessoa
tornar-se membro da equipe de auditoria; ou
c) Afastar o membro da equipe de auditoria do trabalho da empresa auditada.
No caso de sócio da entidade de auditoria ou membro imediato de sua família, as acções de que tratam
as alíneas “a” e “b” acima devem ser tomadas antes do início dos trabalhos.
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A violação inadvertida no tocante a interesse financeiro em uma entidade auditada não prejudicaria a
independência da entidade de auditoria, da entidade de auditoria por rede ou de um membro da equipe
de auditoria se:
Quando ocorrer uma violação inadvertida no tocante a um interesse financeiro na entidade auditada, a
entidade de auditoria deve considerar se devem ser aplicadas salvaguardas que podem ser:
a) obtenção da participação de um auditor adicional que não tenha feito parte do trabalho de
auditoria para revisar o trabalho feito pelo membro da equipe de auditoria; ou
b) exclusão da pessoa da tomada de decisões importantes referentes ao trabalho de auditoria.
A perda de independência está sujeita a uma série de factores, entre eles as responsabilidades do
membro da equipe de auditoria no trabalho, a proximidade do relacionamento e o papel do membro da
família ou de relacionamento pessoal na entidade auditada.
As funções ocupadas por pessoas próximas ou familiares, que prejudicam a independência da entidade
de auditoria, são aquelas que:
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c) são consideradas sensíveis sob o ponto de vista da auditoria. Em geral, inclui cargos com
atribuições de monitoramento dos controles internos da entidade auditada, como, por exemplo,
tesoureiro, auditor interno, gerente de compras/vendas, entre outras.
Após avaliados os factores de que trata o item anterior, ações visando salvaguardar a independência da
entidade de auditoria devem ser aplicadas, tais como as seguintes:
Nos casos estabelecidos na alínea “k” do item 1.2.10.6, as seguintes condições devem ser observadas:
1. a) a pessoa em questão não tem nenhum benefício da entidade de auditoria, a menos que, em
razão de acordos feitos anteriormente e de montantes prefixados; além disso, o valor devido à
pessoa pela entidade de auditoria não deve ser de importância que possa ameaçar a
independência da entidade de auditoria; e
2. b) a pessoa não participa e não aparenta participar dos negócios ou da atividades da entidade de
auditoria.
a) manter políticas e procedimentos no sentido de exigir que a pessoa envolvida com a entidade
auditada, quanto ao seu possível ingresso como executivo ou empregado de tal entidade,
notifique a entidade de auditoria sobre tal circunstância no momento inicial do processo;
b) não designar sócio ou membro da equipe que esteja em processo de negociação com a entidade
auditada; e
c) avaliar a necessidade de realizar uma revisão, independentemente, de todos os julgamentos
significativos feitos por aquela pessoa enquanto participava do trabalho.
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particularmente, no caso em que um membro da equipe tenha que reportar, por exemplo, sobre
elementos das Demonstrações Contabilísticas que ele mesmo tenha preparado, ou ajudado a preparar,
enquanto atuando na entidade auditada.
Se, durante o período coberto pela auditoria, um membro da equipe de auditoria tenha atuado como
administrador ou como executivo da entidade auditada, ou tenha sido um empregado ocupando
posição que lhe permitisse exercer influência direta e significativa no objeto da auditoria, a ameaça à
perda de independência é tão significativa que nenhuma salvaguarda pode reduzi-la a um nível
aceitável. Conseqüentemente, tais indivíduos não devem ser designados como membros da equipe de
auditoria.
Se, durante período, imediatamente, anterior ao período coberto pela auditoria, um membro da equipe
de auditoria tenha atuado como administrador ou como executivo da entidade auditada ou tenha sido
um empregado, ocupando posição que lhe permitisse exercer influência direta e significativa no objeto
da auditoria, isso pode criar ameaças de interesse próprio, de auto-revisão ou de familiaridade. Por
exemplo, essas ameaças seriam criadas se uma decisão tomada ou um trabalho executado pelo
indivíduo no período, imediatamente, anterior, enquanto empregado pela entidade auditada está para
ser analisado como parte da auditoria no período corrente. A significância dessas ameaças depende de
fatores como:
2. b) o lapso de tempo decorrido de, no mínimo, dois anos desde que o indivíduo desvinculou-se
da entidade auditada e venha exercer função de responsabilidade, como encarregado, supervisor
ou gerente de equipe ou sócio da entidade de auditoria na condução dos trabalhos na entidade
auditada;
A significância dessas ameaças deve ser avaliada e, se seu nível não for, claramente, insignificante,
salvaguardas devem ser consideradas e aplicadas, conforme necessário, para reduzir tais ameaças a um
nível aceitável. Tais salvaguardas podem incluir:
a) Tempo que o profissional faz parte da equipe de auditoria. O risco de perda da objetividade e do
ceticismo pode ocorrer com o passar dos anos; e
b) Função do profissional na equipe de auditoria. O risco de perda da objetividade e do ceticismo é
maior no pessoal de liderança da equipe, ou seja, os responsáveis técnicos. Neste aspecto,
entende-se que as demais funções da equipe de auditoria, ou seja, as funções de gerente, sênior ou
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encarregado e assistentes dedicam-se a realizar os trabalhos de auditoria e não a tomar decisões-
chave. Adicionalmente, os trabalhos executados por estes últimos são revisados pelos membros
mais experientes da equipe de auditoria e as conclusões obtidas são por estes corroboradas.
Visando impedir o risco de perda da objetividade e do ceticismo do auditor, é necessária a aplicação das
seguintes ações:
Como é impraticável a rotação nas entidades de auditoria de porte pequeno, com apenas um sócio ou
diretor e auditores pessoas físicas, para atender ao estabelecido nas alíneas “a” e “b” acima nos anos em
que se completarem os cinco anos e durante os próximos três anos dos prazos estabelecidos nesse item,
seus trabalhos devem ser submetidos à revisão por outra entidade de auditoria, que emitirá relatório
circunstanciado sobre a correta aplicação das normas profissionais e das técnicas nestes trabalhos,
encaminhando-o ao Conselho Federal de Contabilidade até 31 de julho de cada ano.
Considera-se como conjunto de honorários relevante aquele que represente 25% (vinte e cinco por
cento), ou mais, do total de honorários da entidade de auditoria.
SANÇÕES
A inobservância desta Norma constitui infração disciplinar, sujeita às penalidades previstas no Código
de Ética Profissional do Contabilista.
Visando manter a qualidade e a credibilidade do seu trabalho, ao identificar ameaças que possam
comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a seguinte providência:
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