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Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 3

FICHA TÉCNICA

DIREÇÃO
Editora ATUALIDADE CRISTÃ

CONSELHO DE VOLUNTÁRIOS
CONSULTORIA DOUTRINÁRIA E TEOLÓGICA
MISAEL J. VIEIRA

DEPARTAMENTO EDUCACIONAL
Pr. Aaron Inácio Silva Freitas
Pr. Jorge Neves

REVISÃO ORTOGRÁFICA
Marilene Corrêa Nascimento Leite de Faria

DESIGN GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO


Aldrin Gomes

COMENTARISTA
Pr. Marco A. S. Campos, tem pós graduação em Docência do Ensino Superior
pela FALBER (Faculdade Albert Einstein); Bacharel em Teologia pela FATAD/
FACETEN (Faculdade Teológica das Assembleias de Deus/Faculdade de Ciências,
Educação e Teologia do Norte); tem o título de Doutor Honoris Causa em Divindade
pela FATAD. É bacharel em direito pelo UNIDF (Centro Universitário do Distrito
Federal); Evangélico desde 1986; vice-presidente do Campo Vinculado da Guariroba
(Ministério Internacional do Guará). Professor universitário de teologia e Servidor
Público aposentado.

Editora Atualidade Cristã


Avenida Pau Brasil Lote 10
Ed. Le Quartier - Sala 1611 - Águas Claras Brasília-DF
+55 61 9 8276 46 57

4 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LIÇÃO

O CRISTÃO E O
ARREPENDIMENTO

3 de janeiro

REFERÊNCIAS BÍBLICAS
FUNDAMENTO
Mt 3.1,2 e Lc 15.10
“O tempo está cumprido, e o reino
1 E naqueles dias, apareceu João Batista
de Deus está próximo. Arrependei- pregando no deserto da Judéia
vos, e crede no Evangelho" 2 e dizendo: arrependei-vos, porque é
(Mc 1.15). chegado o Reino dos céus.
10 Assim vos digo que há alegria diante
dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.

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LEITURA DIÁRIA
Segunda-feira: Jn 3.1-10 - O arrependimento evita a destruição.

Terça-feira: Jo 3.3 - A condição para ver o Reino de Deus é nascer de


novo.

Quarta-feira: At 2.38 - Arrependimento: O caminho que leva ao perdão.

Quinta-feira: 2Co 5.17 - Devemos abandonar nossa velha natureza.

Sexta-feira: Fp 3.13,14 - Não devemos desviar nossa visão de Jesus.

Sábado: Pv 28.13 - A iniciativa de confessar e deixar os pecados é nossa.

OBJETIVO GERAL
- Mostrar que o arrependimento está relacionado com a vida do
cristão.

OBJETIVO ESPECÍFICO
- Estudar sobre a diferença entre remorso e arrependimento.

- Mostrar que o arrependimento é uma condição indispensável ao


perdão.

- Refletir sobre a confissão como sinal do arrependimento.

6 A caminhada cristã à luz da Bíblia


INTRODUÇÃO
Um dos maiores dilemas enfrentados pelo homem está entre o
arrependimento e o remorso! Este não leva a lugar nenhum. O arrependimento,
segundo Donald Stamps, “é uma decisão livre, da parte do pecador, possibilitada
pela graça divina capacitadora que lhe é concedida quando ele ouve o evangelho e
nele crê” (At 11.21).

1 A DIFERENÇA ENTRE REMORSO E ARREPENDIMENTO


1.1 O que é remorso? Do latim, remordere, quer dizer morder novamente, tornar
a morder. É o sentimento que faz alguém ficar “remoendo” o passado. Vem daí a
ideia de tornar a morder. No remorso ficamos tristes, abatidos, mas vamos repetir
o mesmo erro. No remorso vamos para a morte; ficamos tristes, abatidos, mas
vamos repetir o mesmo erro. Ele não produz mudança de vida. Geralmente está
mais ligado a um forte sentimento de censura, mas, que não nos leva a mudanças
de atitude significativas.

1.2 O que é arrependimento? Arrependimento do gr. “metonoeo” é o ato pessoal


e consciente de contrição que permite à criatura humana dar meia-volta em relação
aos seus atos pecaminosos e reprováveis, através de uma orientação direta e interior
do Espírito Santo (At 8.22; 1Pe 2.25). Arrependimento é uma mudança de ideia,
de direção, de atitude. O arrependimento genuíno precisa trazer em si o desejo de
mudança. A Bíblia ensina a nos arrepender de nossos pecados e não apenas ter
remorso deles. No remorso vamos para a morte, no arrependimento para a vida; no
remorso vamos para Satanás, no arrependimento vamos para Deus.

1.3 O problema do falso arrependimento. A Bíblia fala de várias pessoas e povos


que se arrependeram dos seus pecados diante de Deus. Algumas se arrependeram e
mudaram de atitude alcançando o perdão e graça divina, como Nínive, que mediante
a palavra profética de Jonas, de destruição da cidade, se arrependeu, desde o rei ao
mais humilde. Resultado foi o perdão de Deus para uma cidade de cento e vinte mil
habitantes que se voltou inteiramente para Ele (Jn 3.1-10). Por outro lado, temos
exemplos de pessoas que, ao invés de se arrependerem dos seus mal feitos, deram
lugar apenas ao remorso, recebendo o juízo de Deus como castigo, como Saul (1Sm
15.24), Judas Iscariotes (Mt 27.4). Ambos morreram sem se arrependerem dos seus
pecados. Deus é longânimo e tardio em irar, por isso, enquanto há vida, há também
a possibilidade de deixar o orgulho de lado e com coração sincero arrepender-se e
confessar a Deus os pecados.

2 A NECESSIDADE DE ARREPENDIMENTO
2.1 Uma nova vida pelo arrependimento. O objetivo do arrependimento é o
livramento da culpa (Rm 3.23). Após a remissão da culpa, o pecador passa por
uma operação espiritual (regeneração) que o transforma numa nova criatura (2Co

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5.17). Através desse ato o pecador tem acesso a uma nova etapa em sua caminhada.
Após abandonar o pecado, terá condições de enxergar a verdadeira luz, pois todas
as mazelas da velha vida foram abandonadas. Tudo agora é novidade de vida em
Cristo Jesus.

2.2 O arrependimento abre o coração para uma nova vida. . Jesus disse a
Nicodemos "Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (Jo
3.3). O arrependimento é o gatilho que aciona o desejo do nosso coração em querer
servir a Deus verdadeiramente. Veremos mais adiante, que ‘nascer de novo’ é fruto
de um coração arrependido. A nova vida com cristo requer de nós desprendimento
da velha vida de pecado. Ninguém é obrigado a servir a Deus e seguir a Jesus, mas
se assim desejar, terá que deixar a velha natureza do pecado para trás (2Co 5.17) e
prosseguir fervorosamente para o alvo que é Jesus a nossa salvação (Fp 3.13,14).

2.3 Primeiro passo rumo a Salvação. A decisão de abandonar o pecado e querer


a salvação em Cristo importa em arrepender-se dos pecados e aceitar Jesus Cristo
como redentor e Senhor de vossas vidas (At 26.18). Junto com a fé o arrependimento
genuíno conduz o pecador rumo cruz do calvário, onde o mesmo através do sangue
ali vertido é redimido perante Deus e novamente reconciliado com ele. A fé que
inclui o arrependimento é uma condição imutável para a salvação (Mc 1.15; Lc
13.3,5; At 2.38; 3.19).

3 O QUE DEVE ACOMPANHAR O VERDADEIRO ARREPENDIMENTO


3.1 A confissão dos pecados. O arrependimento bíblico não é um arrependimento
silencioso. É preciso confessar os pecados a Deus (Lc 18.13,14; 2Sm 12.13; SL
51). A palavra de Deus diz que aquele que confessa e deixa os seus pecados,
alcança a misericórdia (Pv 28.13). Após a confissão o pecador arrependido deve
abandonar seus pecados e a vida iníqua que vinha levando no mundo. O verdadeiro
arrependimento vem acompanhado dessa confissão que é uma aliança feita
diretamente com Deus. Sabemos que lágrimas não salvam, mas exercem grande
influência no mundo espiritual. Dificilmente um pecador genuinamente arrependido
de seus pecados não derramará suas lágrimas aos pés de Jesus (Ver Mt 26.75).

3.2 A Fé salvadora. Fala-se na fé natural, na fé operadora de milagres, na fé


salvadora e até na fé sobrenatural. Fé e arrependimento andam juntos. Tenho que ter
fé para me arrepender ou me arrependo porque tenho fé? Não importa a ordem, visto
que o arrependimento de qualquer criatura é aceito por Deus. Como já dissemos
a fé que acompanha o arrependimento, é uma condição imutável! É natural que o
arrependido ore e assim a inspiração, sentimento do coração, volta para Deus. Mas,
para orar a um Deus que não vemos, requer uma fé além da natural, pois aqueles
que o buscam devem crer que Ele existe e é galardoador (Lc 23.42; Hb 11.1,2).

8 A caminhada cristã à luz da Bíblia


3.3 Conversão pessoal e espontânea. Converter-se a Deus é reconhecê-lo como
o Senhor da sua vida. A teologia sistemática declara que conversão é o ato pessoal
e espontâneo de dar meia volta, ao ouvir a voz do Espírito Santo, para mudar de
direção e caminhar no rumo certo. Esta operação do Espírito Santo impulsionará
o pecador a arrepender-se, levando-o à experiência plena da salvação e tem como
ponto culminante caminhar para o alvo que é Cristo (ver Pv 1.23; Is 55.7; Jr 18.11;
Ez 14.6; Os 12.6; Fp 3.13,14).

CONCLUSÃO
Que haja sempre em nós a contrição que é o sentimento profundo de culpa.
Para sempre dizermos: "Deus eu sou culpado"! Pois a tendência humana é para a
auto justificação, o que não pode ocorrer, já que arrepender-se é mudar a maneira
de pensar e agir.

REVISÃO
1 O que é remorso?
2 O que é arrependimento?
3 O arrependimento nos leva a que?
4 O que é conversão?

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LIÇÃO

A NECESSIDADE DO
NOVO NASCIMENTO

10 de janeiro

REFERÊNCIAS BÍBLICAS
FUNDAMENTO
EJo 3.1-3
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na
verdade, na verdade te digo que 1 E havia entre os fariseus um homem,
aquele que não nascer de novo, não chamado Nicodemos, príncipe dos
pode ver o reino de Deus” judeus.
(Jo 3.3)
2 Este foi ter de noite com Jesus, e
disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és
Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
Deus não for com ele.
3 Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

10 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LEITURA DIÁRIA
Segunda-feira. Mt 24.12 - A iniquidade aniquila o amor.

Terça-feira. Jo 3.16 - Quem crê em Cristo não perece.

Quarta-feira. Jo 10.10 - A fé em Cristo proporciona vida.

Quinta-feira. 1Co 2.9 - Deus preparou surpresas para o seu povo.

Sexta-feira. Ef 4.23,24 - Revestindo-nos do novo homem.

Sábado. 1Pe 1.18,19 - Nossa salvação teve custo de sangue.

OBJETIVO GERAL

- Estudar sobre o novo nascimento como condição à entrada no


Reino de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Estudar sobre o que significa Novo Nascimento.

- Mostrar o que uma nova vida em Cristo.

- Estudar a necessidade de mudança de vida.

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INTRODUÇÃO
João (Cap 3) traz uma das mais importantes doutrinas da vida cristã: O novo
nascimento, ou “regeneração”. O novo nascimento importa uma vida transformada
e afastada do pecado. O nosso jeito de ser determinará o tipo de cristão que somos.
Por isso é importante que nossas atitudes mostrem que Cristo habita em nós, de
forma que as pessoas vejam Jesus em nós.

1 NOVO NASCIMENTO: MUDANÇA RADICAL DE VIDA!


1.1 Uma transformação pessoal. Jesus fala para Nicodemos que não se trata de
um nascimento carnal, mas, espiritual (Jo 3.6). Trata-se de uma transformação que
vem de dentro. Inicia em nossa mente pecadora, pela ação poderosa do Espírito de
Deus. Paulo diz aos crentes de Éfeso: “E vos renoveis no espírito da vossa mente;
e vos revistais do novo homem...” (Ef 4.23,24). Quando isto acontece, “a vida
eterna da parte do próprio Deus é outorgada ao neófito na fé e este se torna um
filho de Deus e uma nova criatura”. É criado segundo Deus, em verdadeira justiça
e santidade.

1.2 A necessidade de arrependimento. Já vimos na lição anterior, que o verdadeiro


arrependimento conduz o pecador arrependido rumo ao perdão de Deus que, por
sua infinita misericórdia e graça o livra da culpa e da morte. Por isso o novo
nascimento somente terá lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se
para Deus e coloca a sua fé pessoal em Cristo, como seu Salvador (Jo 1.12). Não
existe cristianismo sem arrependimento, já que a mensagem inicial de João Batista,
Jesus e os demais apóstolos, foi justamente a necessidade de se arrepender para ver
o reino de Deus (Mt 3.2).

1.3 O Novo nascimento e a Regeneração. Segundo Langston, o “homem


naturalmente está morto por suas ofensas e pecados. Ele é um ser carnal, que vive
para o pecado, para a carne, para o mundo, mas morto para Deus! Certamente
ele não pode salvar a si próprio. Só o Espírito de Deus pode regenerá-lo. A
transformação da natureza moral só pode ser realizada pelo Espírito Santo, devido
à condição em que se acha o homem natural, como já vimos”. Ele afirma ainda
que a “Regeneração é uma mudança radical na disposição e na natureza moral do
homem. Por disposição moral entende-se a natureza moral, a tendência moral de
todos os poderes do homem. Na regeneração a ação do Espírito Santo atinge todas
as faculdades do homem, mas muito especialmente as faculdades morais, que são a
consciência e a vontade, transformam-se até os alicerces da personalidade”.

2 UMA NOVA VIDA EM CRISTO


2.1 OEm Jesus temos nova vida. A principal missão de Jesus é salvar o homem.
Contudo, nele temos mais bênçãos do que merecemos, pois além da salvação, Ele
nos concede nova vida. Para quem à beira da morte, Ele veio nos dar vida com

12 A caminhada cristã à luz da Bíblia


abundância (Jo 10.10). A vida que Ele concede para aquele que crê é totalmente
diferente de tudo o que já experimentamos neste mundo. É a vida Eterna, algo
transcendente, que foge à lógica humana (Jo 3.16). Paulo fala que aquilo que olhos
não viram e que não subiu ao coração do homem é o que Deus preparou para
aqueles que o amam (1Co 2.9).

2.2 Finalmente livres. “Se o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo
8.36). Foi o que Jesus declarou aos seus seguidores. Explicou que os que vieram
antes dele, não libertaram o homem da prisão do pecado, visto que aquele que
comete pecado dele é escravo (Jo 8.34). Com isto, Jesus diz que foi o único capaz
de nos tirar do mercado espiritual de escravos e pagar o nosso resgate, o qual não foi
por preço de prata e ouro, mas pelo próprio sangue vertido na cruz (1Pe 1.18,19).
Após nos tirar das garras do pecado, Jesus nos concede a liberdade (Lc.923,24)
Segue-o quem quiser ter vida eterna.

2.3 O velho homem foi crucificado. “Sabendo isto, que o nosso homem velho
foi com ele crucificado...” (Rm 6.6). Paulo fala aos cristãos de Roma, que os que
aceitam Jesus como Senhor e Salvador, foram batizados e sepultados com ele na
sua morte (v.3), e por Ele ter ressuscitado também nós o fomos para andar em
novidade de vida (vs.4,5). Ele declarou que já estava crucificado com Cristo, e por
causa disso a vida que agora estava vivendo na carne, vivia na fé do filho de Deus
(Gl 2.20). A nova vida em Cristo leva-nos a crucificar o velho homem também, o
qual deve ser sepultado para sempre, para ressuscitar uma nova criatura para glória
de Deus.

3 A NECESSIDADE DE MUDANÇA DE VIDA


3.1 Mudando nossas atitudes. A mudança deve ser plena a ponto de alcançar
todas as áreas da nossa vida. Principalmente nossa vida espiritual, pois sem essa
mudança ninguém verá o reino de Deus (1Co 15.53,54). A Bíblia diz que “por
se multiplicar a iniquidade o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12); infelizmente
estamos presenciando isto nos dias de hoje! Crentes frios e vazios, sem esperança
alguma na vida do porvir. Paulo alerta os crentes de Éfeso dizendo: “Portanto, vede
prudentemente como andais...” (Ef 5.15,16).

3.2 Mudando a forma de pensar. A experiência que o pecador arrependido tem


com Deus, deve alcançar os alicerces da sua personalidade, pois o Espírito Santo
trabalha na consciência do homem, tirando o sentimento de mundanismo que até
então era o centro da sua vida. A mudança radical na natureza moral da pessoa revela
que o neófito tem, agora, uma nova personalidade, um novo caráter em Cristo. A
vida moral é tão importante quanto à vida espiritual, mas nem todos pensam assim.
Há muitos sentimentos que precisam ser abandonados pelo cristão (Ef 4.23; Fp
2.2,5; Ef 5.25).

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 13


3.3 Abandonando as práticas erradas. A nova vida em Cristo requer o abandono
das práticas erradas do mundo. As nossas atitudes devem refletir Cristo em nós,
de forma que as pessoas vejam-no em nossas vidas (Sl 1.1-3). Verifique o que está
lhe prejudicando ou afastando da presença de Deus; talvez seja a hora de refletir
se vale a pena continuar. Quem nasceu de novo deve evitar andar nas trevas (1Jo
1.6,7; Ef 5.8); deve também deixar todo o ódio (1Jo 2.11; ver 1Jo 1.6; 2.9; 4.7) e
toda a iniquidade, que é a prática contumaz do pecado como se tudo fosse normal
(1Jo 5.18; ver 1Jo 3.9; 2Co 5.17).

CONCLUSÃO
São muitas coisas que poderíamos destacar neste estudo. Acima falamos
de algumas que julgamos ser de grande importância. Cabe a cada um de nós, como
cristão, procurar andar como Cristo andou e praticar as mesmas coisas que ele
praticou. Lembre-se “pelos frutos conhecereis a árvore” e “...necessário vos é
nascer de novo”.

REVISÃO
1 Em Jesus temos uma nova.......
2 O que é Regeneração?
3 O que deve acontecer com o velho homem?
4 O que deve ocorrer com nossas atitudes?

14 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LIÇÃO

O CRISTÃO E O SEU
NOVO CARÁTER

17 de janeiro

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:
FUNDAMENTO
1Co 10.31-33
“Assim que, se alguém está em
31 Portanto, quer comais quer bebais,
Cristo, nova criatura é; as coisas
ou façais outra qualquer coisa, fazei
velhas já passaram; eis que tudo se
fez novo” tudo para glória de Deus.
32 Portai-vos de modo que não deis
(2Co 5.17). escândalo nem aos judeus, nem aos
gregos, nem à igreja de Deus.
33 Como também eu em tudo agrado a
todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se
possam salvar.

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 15


LEITURA DIÁRIA
Segunda-feira. Mt 5.16 - Glorifiquemos a Deus no nosso modo de ser.

Terça-feira. Mc 13.13 - Quem perseverar até o fim será salvo.

Quarta-feira. Rm 8.1 - O Espírito Santo modela o nosso caráter.

Quinta-feira. Fp 2.5-7 - O cristão deve assumir uma postura de


humildade.

Sexta-feira. 2Co 3.2,3 - O cristão deve ser referência para outras


pessoas.

Sábado. 1Pe 2.12 - Nosso modelo de caráter é Cristo.

OBJETIVO GERAL

- Mostrar que Cristo é nossa referência para um caráter bem


moldado.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Estudar sobre o significado de caráter.

- Mostrar que os ensinos de Cristo nos ajudam a modificar nosso


caráter.

- Estudar sobre as qualidades do caráter cristão.

16 A caminhada cristã à luz da Bíblia


INTRODUÇÃO
A pessoa que aceita Jesus como Salvador tem sua vida e maneira de agir
totalmente modificadas. Um novo caráter nasce com esta pessoa que agora está,
espiritualmente, ligada a Cristo. As coisas velhas da vida de pecado ficam no
passado. Agora deve prevalecer no neófito na fé a mente de Cristo e o fruto do
Espírito Santo. Paulo diz aos cristãos de Roma que agora não há mais condenação
para aqueles andam em Espírito e abandonaram as obras da carne (Rm 8.1).

1 ETIMOLOGIA E DEFINIÇÃO
1.1 O Caráter do homem. O termo caráter vem do grego character que significa
distintivo. Caráter, portanto, significa marca. Às vezes caráter é entendido como a
própria personalidade. É por isso que o Cristão deve ter o caráter de Cristo! (1Pe
2.12; Mt 5.16).

1.2 O Caráter do Cristão não se resume apenas em bons valores morais.


Apesar de o cristianismo carregar implicitamente um forte viés moral o caráter
cristão não está repousando apenas sobre o fato de ser “bom”. Cada um de nós
pode dar exemplos de pessoas que confessam ser cristãs, mas que não são bons
exemplos de conduta digna, bem como pessoas não cristãs que são cidadãs de bem.
O comportamento do cristão deve ser o conjunto de ações que o identifique como
uma pessoa que traz benefício ao seu próximo (2Co 3.2,3).

1.3 Jesus Nosso modelo de caráter. ITer um modelo é fundamental na formação do


caráter, e para formação do caráter cristão, o modelo do Senhor nos leva a amá-Lo,
admirá-Lo, imitá-Lo, segui-Lo. Ele deve ser nosso alvo, razão, adoração, modelo,
tudo! Afirmar que somos cristãos é carregar nos ombros a responsabilidade de
sermos seguidores e praticantes dos ensinos do Mestre.

2 UM NOVO CARÁTER DADO POR CRISTO


2.1 Um caráter regenerado. Ao aceitar Cristo como Salvador, o homem recebe da
parte de Deus um novo caráter (2Co 5.17). Assim como o caráter de cada indivíduo
é formado desde o berço, nosso caráter cristão também passa a ser moldado desde
o primeiro passo de nossa caminhada com Cristo (Jo 1.12). O Espírito Santo, por
meio de suas ministrações (Rm 8.1-17), aperfeiçoa-o gradualmente (2Co 3.18;
1Pe 1.2). Na continuação, o Espírito da Verdade passa a controlá-lo por completo,
de modo que suas ações passam a ser moldadas por Ele (Rm 8.5-11). Uma vez
que a imagem perdida no Éden for restaurada, o homem passa a experimentar e
demonstrar uma vida de integridade (Gn 3.11-13; Rm 5.12; 1Co 15.22,45).

2.2 Um caráter submisso ao senhorio de Jesus. Estar submetido completamente


ao governo e autoridade de Cristo sobre nós. Não basta reconhecer e ter Jesus
como Salvador, mas sim estar submisso a Seu senhorio (Rm 10.8-9). É necessário

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 17


obediência irrestrita, pois nos dias em que vivemos tem ressaltado cada vez mais
que o ser humano vive em rebeldia contra Deus e Sua Palavra. Jesus mostrou que a
obediência ao Pai deve ser praticada (Fp 2.8).

3 QUALIDADES DO CARÁTER DO CRISTÃO


3.1 Justiça e Prudência. Justiça consiste em oferecer a cada um aquilo que
lhe compete ou lhe é de direito (Sl 82.3,4; Pv 10.2). Assim como Deus, em sua
natureza, é justo, devemos nós também ser moldados e procurar imitar a Deus
sendo justos também (CL 3.2; Ef 6.14). Deus sempre age segundo o que é justo,
e que Ele mesmo é o parâmetro definitivo do que é justo. (Dt 32.4). Prudência
significa procurar o caminho reto e segui-Lo (Mt 7.24; Pv 9.10). Jesus comparou
o homem prudente com o construtor que faz a sua casa na rocha, pois nenhuma
tempestade poderá derrubar. A prudência é a qualidade do caráter que não nos deixa
envolver com coisas erradas e tomar decisões precipitadas.

3.2 Santidade e Domínio Próprio. A santidade requer de nós uma vida separada
para o Senhor (Fp 4.8). Todos temos o pecado em nós resultando em limitações
e falhas (Rm 3.23). A virtude do cristão de caráter transformado é ter dignidade
suficiente para admitir que é limitado e dependente da misericórdia do Senhor.
Segundo a psicologia o nosso temperamento não pode ser mudado por ser herdado,
mas pode ser controlado. Paulo chamou este controle de “domínio próprio”. O
cristão deve aprender a controlar-se, para conseguir dominar seus apetites, paixões e
desejos. Quando nosso caráter entra em fase de maturidade, conseguimos controlar
situações que de algum modo podem manchar a marca de Jesus em nós, afetando
nosso testemunho cristão. Em outras palavras é ter temperança; é saber usar com
sabedoria e moderação as coisas relativas ao corpo e ao espírito (Mc 12.30; Gl 5.22;
1Tm 3.2,11).

3.3 Perseverança e humildade. Perseverança é um substantivo que vem do verbo


perseverar. Que pode ser definida como “Qualidade de quem não desiste com
facilidade; persistência; característica ou particularidade de quem persevera, insiste
e não desiste de uma coisa específica; pertinácia, constância”; ou seja, uma pessoa
que tem perseverança é alguém que permanece sem mudar sua meta. Não é uma
palavra bonita, mas é estar envolvido de uma coragem toda especial para prosseguir
firme na caminhada rumo a Deus - (1Co 15.58; Mc 13.13). Segundo o dicionário da
língua portuguesa “humildade” é uma virtude com que manifestamos o sentimento
da nossa fraqueza ou de nosso pouco ou nenhum mérito. Paulo fala em Fp 2.5-7
que Jesus tornou-se humilde, esvaziou-se de si mesmo, não usurpou ser igual a
Deus, assumiu a forma de homem, de servo. Tornou-se o nosso maior exemplo de
humildade nunca antes vista na história da humanidade – “De sorte que haja em
vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma
de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus” (vs.5.6). Dessa forma vaidade e

18 A caminhada cristã à luz da Bíblia


soberba não devem encontrar espaço no coração do cristão.

CONCLUSÃO
TO novo nascimento nos trouxe acima de tudo um novo caráter moldado
pelo Espírito Santo e pela palavra de Deus. Sendo assim, a pessoa que aplica os
ensinamentos da Palavra de Deus à sua vida, certamente terá um comportamento
exemplar e uma vida moral equilibrada.

REVISÃO
1 Qual o significado da palavra caráter?
2 Uma pessoa não crente pode ter um bom caráter?
3 Uma pessoa crente deve ter cuidado com seu caráter?
4 Dê três sinônimos de “perseverança”.

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 19


LIÇÃO

O CRISTÃO E A
MENSAGEM DA CRUZ

24 de janeiro

REFERÊNCIAS BÍBLICAS
FUNDAMENTO
1Co 1.17,18
“E dizia a todos: Se alguém quer vir
17 Porque Cristo enviou-me, não para
após mim, negue-se a si mesmo, e
batizar, mas para evangelizar; não em
tome cada dia a sua cruz, e siga-me”
sabedoria de palavras, para que a cruz
(Lc 9.23). de Cristo se não faça vã.
18 Porque a palavra da cruz é loucura

para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.

20 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LEITURA DIÁRIA
Segunda-feira. Js 24.15 - Servir e seguir ao Senhor é uma livre escolha.

Terça-feira. Mc 5.18 - Seguindo a Cristo por gratidão.

Quarta-feira. Lc 9.23 - Seguir a Cristo implica levar a cruz.

Quinta-feira. Jo 1.14 - Deus se fez carne e habitou entre nós.

Sexta-feira. 1Co 15.55-58 - Permaneçamos inabaláveis na fé em Cristo.

Sábado. Fp 2:5-8 - Renunciar faz parte da nossa vida cristã.

OBJETIVO GERAL

- Estudar sobre o significado da mensagem da cruz para o


povo de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Rever conceitos sobre a origem da cruz.

- Mostrar que a cruz faz parte da vida do cristão.

- Estudar sobre a verdadeira mensagem da cruz.

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 21


INTRODUÇÃO
Em toda a Bíblia há pelo menos 90 passagens que fazem menção à cruz
ou ao uso que se faz dela. Entretanto o que realmente nos interessa é a mensagem
que se originou decorrente da crucificação de Jesus. O instrumento de martírio
e execução usado pelos romanos para punir bandidos e condenados, certamente
inspirou os apóstolos do primeiro século da igreja a pregarem mensagens poderosas
que arrebatavam multidões para Cristo.

1 A ORIGEM DA CRUZ
1.1 AEtimologia da palavra. O vocábulo grego para “cruz” é (stauros, verbo
stauroõ), significa primariamente um poste reto ou uma trave, e secundariamente
um poste usado como instrumento de castigo e execução.

1.2 Relato histórico. Segundo alguns Teólogos e Historiadores, a cruz foi um


instrumento de suplício, usado pelos assírios, persas, fenícios, egípcios, gregos e
romanos. Era formada, geralmente de duas peças de madeira, atravessadas uma
sobre a outra e ao qual se prendiam, ou em que se pregavam os criminosos.

1.3 A Crueldade da crucificação. A crucificação era realizada fora da cidade e as


vítimas carregavam sua cruz (apenas parte dela o patibulum ou antenna, com o título
da condenação pendurado ao pescoço). A morte na cruz era bastante prolongada,
raramente ocorrendo antes de trinta e seis horas, e em certas ocasiões levava até
nove dias. Para acelerar ou aliviar a morte das vítimas, as pernas eram quebradas
com golpes de cacete ou martelo (skelokopia), e o golpe de misericórdia era dado
com uma espada ou lança no lado da vítima (percussio).

2 JESUS NOS CHAMA PARA LEVAR A CRUZ


2.1 A chamada é facultativa. “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim,
negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9.23). Deus não
obriga ninguém a servi-Lo, dando a liberdade de escolha (Js 24.15). Tenhamos
consciência que ninguém é obrigado a ser crente e/ou permanecer na igreja. Somos
livres para escolher servir a Deus ou permanecer no mundo. Ninguém é obrigado
a servir a Deus, mas se o fizer deve fazê-lo com alegria (Sl 100:2). A pessoa que já
foi liberta da escravidão do pecado, terá muito prazer em seguir voluntariamente a
Jesus, assim como fez aquele endemoninhado gadareno que, após ser liberto, pediu
a Jesus que o deixasse segui-lo (Mc 5.18).

2.2 Deve haver autorrenúncia. A“Negue-se a si mesmo...”. Renunciar é deixar


voluntariamente algo que custe um alto sacrifício, um alto preço; deixar a posse
de; abjurar; fazer recusa; privar de posse ou gozo de alguma coisa. Não é uma
tarefa fácil, contudo devemos nos esforçar. Jesus é o nosso maior exemplo de
autorrenúncia como está registrado na palavra de Deus (Fp 2:5-8).

22 A caminhada cristã à luz da Bíblia


2.3 Deve ser um ato de pura responsabilidade - “e tome cada dia a sua cruz, e
siga-me”. Não há como ser discípulo de Jesus sem renunciar a si mesmo, pegar
a cruz e segui-lo. Renuncia pessoal, portanto, é deixar de fazer a própria vontade
e priorizar a vontade de Deus. Tomar ou pegar a cruz significa assumir de forma
integral a responsabilidade de ser uma nova criatura, ou seja, ser um seguidor do
filho de Deus. É abraçar a causa do evangelho e levá-la adiante. Jesus não quer
meros seguidores; Ele precisa de discípulos que desejam segui-lo até mesmo
debaixo de perseguição. Naquela época, primeiro século da igreja, seguir a Jesus
significava uma sentença de morte.

3 A VERDADEIRA MENSAGEM DA CRUZ!


3.1 AMensagem de amor. A cruz revela um Deus que ama o ser humano de tal
maneira que escolheu seu próprio filho como sacrifício (Jo 3.16). Ela aponta para
a esperança por dias melhores; é um sinal da eternidade oferecida para aqueles que
reconhecem Jesus como seu Salvador – “Mas Deus prova o seu amor para conosco,
em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).

3.2 Mensagem de Reconciliação. Enviando Cristo ao mundo, Deus colocou


em prática seu projeto de reconciliação da humanidade. No tempo devido, nasce
entre nós o próprio Deus, com uma missão específica – redimir a humanidade,
reconciliando-a com o Pai. O apóstolo João narrou esse acontecimento dizendo que
o “verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a
sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14 ).

3.3 Mensagem de Justificação. Após o ato de redenção e reconciliação efetuado


por Cristo na cruz o próximo passo é a justificação, mediante o perdão de nossos
pecados. Justificação nada mais é do que a justiça de Deus sendo inserida em nós,
dando-nos a forma correta de nos comportarmos diante da sociedade e do próprio
Deus. Portanto, anunciar a mensagem da cruz é anunciar que somos justificados
para que tomemos a nossa cruz e sigamos Aquele que derrotou a própria morte
(1Co 15.55-58).

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 23


CONCLUSÃO
Foi por meio da cruz que Deus reconciliou judeus e gentios, abolindo o
muro medianeiro de separação da lei que consiste de mandamentos. É “mediante
o sangue e sua cruz” que Deus estabeleceu a paz, reconciliando todas as coisas
consigo mesmo.

REVISÃO
1 Para que servia a cruz?
2 As crucificações ocorriam dentro das cidades?
3 Deus nos constrange a segui-Lo e servi-Lo?
4 Quais as três mensagens da cruz, no tópico III?

24 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LIÇÃO

5
O CRISTÃO E A SANTIFICAÇÃO
À LUZ DA BÍBLIA

31 de janeiro

REFERÊNCIAS BÍBLICAS
FUNDAMENTO
Lv 20.7,8,23,26
“Segui a paz com todos e a
7 Portanto santificai-vos, e sede santos,
santificação sem a qual ninguém verá
pois eu sou o Senhor vosso Deus.
o senhor”
8 E guardai os meus estatutos, e cumpri-
Hb 12.14 os. Eu sou o Senhor que vos santifica.
23 E não andeis nos costumes das

nações que eu expulso de diante de vós, porque fizeram todas estas coisas; portanto
fui enfadado deles.
26 E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e vos separei dos povos,
para serdes meus.

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 25


LEITURA DIÁRIA
Segunda-feira Rm 6.12,13 - Não devemos nos reger pela carne.

Terça-feira ; Ef 5.18 - Enchendo-nos do Espírito Santo.

Quarta-feira 1Ts 5.23 - Dedicando-se a Cristo, inteiramente.

Quinta-feira Tt 3.5 - O que nos salva é a misericórdia de Cristo.

Sexta-feira 1Jo 3.9 - O cristão deve rechaçar o pecado.

Sábado Ap 19.7-9 - O Senhor um banquete para os seus.

OBJETIVO GERAL

- Estudar sobre o processo de santificação.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Mostrar a importância da santificação na vida do crente.

- Estudar sobre a prática da santificação.

- Estudar sobre a verdadeira santificação.

26 A caminhada cristã à luz da Bíblia


INTRODUÇÃO
Muitos acham que se santificar é isolar-se do mundo ou mesmo vestir-se
adequadamente perante a sociedade. Tudo isso, pode até estar ligado à ideia de
santificação. Contudo a santificação envolve mais que a aparência exterior. Deve
partir de dentro para fora. Envolve a esfera do espírito, alma e corpo (1Ts 5.23).
A santificação inicia com um processo interno dentro do nosso coração. Envolve a
esfera do intelecto, pois não se trata de um ato irracional.

1 A IMPORTÂNCIA DA SANTIFICAÇÃO
1.1 O que é santificação de fato? Segundo o dicionário bíblico, santificação é o
“Ato ou efeito de santificar” e “santificar é tornar-se sagrado, separar, consagrar,
fazer santo”. A etimologia da palavra no grego, “hagiasmos”, traz o significado já
mencionado “tornar santo, consagrar, separar do mundo e apartar-se do pecado”.
Tanto na raiz hebraica quanto no grego a finalidade da santificação é a mesma:
separar do pecado a fim de ter ampla comunhão com Deus. O pecado nos afasta
de Deus ao passo que a santificação nos aproxima dele. A santidade é um atributo
comunicável de Deus; é uma característica da sua natureza que nós temos condições
de também ter, diante dEle (Lv 20.7).

1.2 A santificação é um processo. Santificação não se resume em simples jejuns


e curtos períodos de oração. Não podemos confundir santificação com farisaísmo
religioso. Ela é um processo que nasce quando aceitamos a Jesus como nosso
Salvador e deve continuar por toda nossa vida cristã. Paulo exortou os crentes de
Tessalônica sobre este assunto dizendo: “Que cada um de vós saiba possuir o seu
vaso em santificação e honra” (1Ts 4.4). Ele estava chamando a atenção daquelas
pessoas para que tivessem zelo e determinação na santificação pessoal. Cada pessoa
deve sentir o desejo de buscar e manter uma vida de santificação como diz a palavra
de Deus.

1.3 Sem a santificação ninguém verá a Deus. Hebreus (12.4) afirma que sem
paz e santificação ninguém verá o Senhor. A paz é citada por fazer parte da vida
daqueles que têm um encontro salvífico com cristo, o Príncipe da Paz (Is 6.6), e
assim receberam também o fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Isto significa que a
pessoa está agora em harmonia com o seu criador e tanto a paz como a santificação
fazem parte da salvação. E sem a santidade que é parte integral da própria natureza
divina, ninguém jamais verá a Deus. No sermão das bem-aventuranças Jesus disse:
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus” (Mt 5.8). Os
Santificados estarão presentes nas bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9).

2 O LADO PRÁTICO DA SANTIFICAÇÃO


2.1 Regeneração: partida para uma vida de santidade. Já estudamos nas lições
anteriores que a regeneração é uma mudança radical em nossas vidas operada pelo

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 27


Espírito de Deus (Tt 3.5). Após o novo nascimento temos agora um desafio pela
frente, ou seja, pelo resto da caminhada temos que levar uma vida de santidade
diante de Deus. A Bíblia diz que qualquer pessoa que é nascida de Deus não vive
pecando, porque a sua semente permanece nele e não pode pecar (1Jo 3.9). O que
foi plantado dentro de nós deve ser mais forte do que o desejo de render-se a uma
vida desregrada no pecado.

2.2 Santidade até o fim da vida. Nosso esforço para santificar-se nessa vida, nunca
se completará neste mundo vil e pecador. Este desejo de santificação permanecerá
até o fim da vida terrena, porque embora sejamos novas criaturas, o pecado
ainda nos rodeia e muitas vezes toma lugar em nossos corações (Rm 6.12,13 e
1Jo 1.18). A santidade plena jamais será alcançada por nós enquanto estivermos
nesse corpo do pecado que precisará passar por uma transformação (1Co 15.50-52)
para habitarmos na presença de Deus, pois “nunca jamais penetrará coisa alguma
contaminada” (Ap 21.27).

3 A VERDADEIRA SANTIFICAÇÃO
3.1 Não é mera aparência externa. Em Mateus (cap 23) Jesus censura os escribas
e fariseus da sua época. Eles ensinavam a coisa certa ao povo, mas não praticavam
o que ensinavam. Gostavam de viver de aparência para serem vistos pelas pessoas
(vs. 5-7), mas interiormente estavam cheios de iniquidade (vs. 25-28). Como
vimos, a santificação do homem envolve mais que a aparência exterior. Deve partir
de dentro para fora. Envolve a esfera do espírito, alma e corpo (1Ts 5.23). Que
adianta estar bem trajado, mas o coração estar tomado pelo pecado? Não vemos o
interior do coração das pessoas, mas Deus sonda e sabe o que se passa até mesmo
em nossos pensamentos.

3.2 É operado pela trindade divina. No processo da santificação pessoal podemos


contar com a ajuda constante do de Deus que nos santifica em tudo (1Ts 5.23).
Contamos também com a ação do Senhor (Hb 2.11) que é a nossa santificação:
“Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria,
e justiça, e santificação e redenção” (1Co 1.30); é Ele quem nos purifica de todo
o pecado e nos santifica (1Jo 1.7-9). Por fim contamos também com a ação do
poder regenerador e santificador do Espírito Santo: “...mas haveis sido lavados,
mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus
e pelo Espírito do nosso Deus”. (1Co 6.11). Ver (1Pe 1.2).

3.3 O papel do homem na santificação. . Já que o Pai, o Filho e o Espírito Santo


cooperam conosco no processo da santificação, temos que também fazer a nossa
parte como filhos de Deus nascidos de novo. Enquanto vivermos neste mundo e
neste corpo cheio de imperfeições, cometeremos cometendo algum erro perante
Deus.

28 A caminhada cristã à luz da Bíblia


Determinado teólogo disse: “Buscar a santificação não significa que
viveremos uma vida de absoluta perfeição, mas a de vivermos uma vida de retidão
moral com um caráter imaculado, demonstrada na pureza do crente diante de Deus,
na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse crente diante do mundo” (Fp
2.14,15). Logo, a santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão
com Deus, obedeça à sua Palavra, mortifique o pecado (Rm 6), viva em obediência
e seja cheio do Espírito Santo (Rm 8.14; Ef 5.18).

CONCLUSÃO
Buscar a santificação não é tornar-se fanático e nem tão pouco legalista. O
crente que deixa de separar-se da prática do mal, do erro, da impureza, o resultado
inevitável será a perda de comunhão com Deus e um passaporte direto para o
sofrimento eterno.

REVISÃO
1 Sem santificação é impossível vermos a .........
2 Por que não alcançamos a plenitude da santificação aqui?
3 Quem coopera conosco no processo de santificação?
4 Por que Jesus censurou os escribas e fariseus

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 29


LIÇÃO

O CRISTÃO E A
IMPORTÂNCIA DA IGREJA

7 de fevereiro

REFERÊNCIAS BÍBLICAS
FUNDAMENTO
Mt 16.16-18
“Ora, vós sois o corpo de Cristo, e
16 E Simão Pedro, respondendo, disse:
seus membros em particular”
Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
(1Co 12.27). 17 E Jesus, respondendo, disse-lhe:
Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas,
porque não carne e sangue quem to
revelou, mas meu Pai, que está nos
céus.
18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

30 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LEITURA DIÁRIA
Segunda-feira. Is 28.16 - Jesus: nossa pedra angular.

Terça-feira. Mt 24.9 - O cristão deve estar consciente das suas aflições.

Quarta-feira. Lc 6.12-16 - Nossa chamada deve vir do Senhor.

Quinta-feira. 1Co 3.11 - Jesus é o fundamento que já está posto.

Sexta-feira. Ef 2.20 - Os ensinamentos apostólicos são oriundos de


Jesus.

Sábado. 1Pe 2.4 - Jesus é a pedra viva, rejeita pelos homens.

OBJETIVO ERAL

- Estudar sobre o que Cristo falou sobre a Igreja.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Mostrar que Cristo é o fundamento da Igreja.

- Mostrar que a cabeça da Igreja é Cristo.

- Estudar sobre a necessidade de se fazer parte do Corpo de Cristo:


A Igreja.

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 31


INTRODUÇÃO
“Aonde os novos convertidos vão parar, ou seja, onde eles poderão
congregar e prestar culto a Deus? Essa deveria ser a primeira consideração que
deveria reclamar sua atenção: Qual a igreja? A gratidão a Deus pela salvação
deveria fazê-lo tão cônscio da filiação eclesiástica como das matérias pertencentes
à salvação”. “A Bíblia contém a história de Cristo; A igreja existe para contar a
história de Cristo; A história da igreja é a continuação da história de Cristo” (H.H.,
Halley).

1 O FUNDAMENTO DA IGREJA É O SENHOR JESUS


1.1 Definindo o termo “igreja”. O termo grego para Igreja, em Mt 16.18 é
“ekklesia” e aparece somente três vezes nos evangelhos, e significa “chamados para
fora”, referindo-se tanto a uma reunião de cidadãos convocados de dentro de suas
casas para se reunir fora dela em um lugar público. “Ekklesia” pode designar tanto
uma congregação local, como uma denominação, uma causa, a Igreja de caráter
universal ou “invisível” ou até um prédio onde se reúne um grupo de adoradores.
Fala-se popularmente que a Igreja se compõe de todos os salvos em todo o mundo
em qualquer tempo dado ou de toda a gente salva que já viveu, de vivos agora ou
falecidos em Cristo.

1.2 A verdade proferida por Jesus a Pedro. O“Pois também eu te digo que tu
és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...” (Mt 16.18). Há um fato
relevante sobre esta afirmação de Jesus em relação a Pedro nesta passagem bíblica.
Muitos leitores da Bíblia interpretam esta passagem erradamente, atribuindo a
Pedro a fundação da igreja.
Afirma Donald C. Stamps, Phd em Teologia e Mestre em Divindade, que
“o significado desta passagem é que Cristo edificará a sua Igreja sobre a verdade da
confissão feita por Pedro e os demais discípulos, i.e., que Jesus é o Cristo, o filho
do Deus vivo (At 3.16-26); Jesus emprega um trocadilho, Ele chama seu discípulo
Simão de “Pedro” que vem do grego Petros que significa “pequeno fragmento de
pedra”. A seguir, Jesus diz, referindo-se a si mesmo, sobre esta “pedra” que vem
do grego Petra cujo significado é uma “grande rocha maciça ou rochedo” edificarei
a minha igreja, reafirmando a confissão feita por Pedro. (Donald C. Stamps, M.A.
M. Div). Isto revela que Jesus Jamais edificaria a sua igreja tendo como fundamento
o homem (Petros = cascalho).

1.3 EA igreja jamais será destruída! - “...E as portas do inferno não prevalecerão
contra ela”. O melhor entendimento para esta expressão é a que Paulo deu em Rm
8.35-39, quando ele diz: “Quem nos separará do amor de cristo? A tribulação, ou
a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia... Porque
estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados,

32 A caminhada cristã à luz da Bíblia


nem as potestades... nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus,
nosso Senhor!”. As “portas do inferno” se refere ao “hades” no grego, ou seja,
o lugar onde o poder da morte predomina. Por isso Paulo fala que nem a morte
poderá nos separar do amor de Cristo. A Igreja jamais será destruída por ameaças
ou perseguições que levem à morte ou por qualquer potestade do mal. E quanto a
isso, Jesus já havia alertado os seus discípulos (Mt 24.9).

2 JESUS É A CABEÇA DA IGREJA


2.1 Jesus é a cabeça da Igreja. A separação dos doze apóstolos por Jesus traz
consigo o prenúncio do que seria a futura composição inicial da Igreja (Lc 6.12-
16). Com estes doze apóstolos Cristo avançou mais um passo no seu grande plano
para implantação do reino de Deus aqui na terra e a Igreja era parte dessa estratégia.
Muitos acham que aqui Jesus deus início à Igreja propriamente dita. No entanto,
Cristo demonstrara ser a cabeça da Igreja, e futuramente Pedro se tornaria, com a
ausência física de Jesus, o seu dileto sucessor: (CL.17,18). Ele é a cabeça da Igreja
porque é pré-existente e tudo subsiste a partir dele e sem ele nada do que existe se
fez (Jo 1.2,3).

2.2 Jesus é a pedra angular da Igreja. Pedra angular era uma pedra com ângulo
de 90 graus em formato de ‘L’, usada como ponto principal e inicial de qualquer
edificação naquela época. Segundo a Bíblia Jesus é esta pedra principal. O único e
grande alicerce da Igreja e não Pedro como já vimos (1Co 3.11). O próprio Pedro
declara numa de suas epístolas que Jesus é a “Pedra Viva” (1Pe 2.4,6,7). Isaías
profetizou que a pedra angular que é Jesus seria colocada na cidade de Sião (Is
28.16). No seu discurso em At 4.11, Pedro relata que Jesus é a pedra que os judeus
rejeitaram (Ef 2.20).

2.3 Ele é o guia da igreja . A função da pedra angular era guiar toda a construção
do início até o final. Trazendo isso para o veio espiritual, podemos dizer que Jesus
é o guia espiritual do seu povo (Mt 2:6). Após ser retirado da lama do pecado e
tendo os pés firmados na pedra que Cristo (Is 40.1,2), devemos agora deixá-lo guiar
nossas vidas por completo do início até o final da nossa existência (Ap 7.17).

3 A NECESSIDADE DE FAZER PARTE DO CORPO DE CRISTO


3.1 A necessidade de estar na Igreja. Podemos dizer que a Igreja não é uma
instituição humana apesar de o homem fazer parte dela e até presidi-la. Deus é
o idealizador da Igreja, Jesus foi o seu fundador (Mt 16.18), enquanto o Espírito
Santo foi quem a inaugurou (At 2). Há muitas pessoas que falam mal da Igreja e até
afirmam que ela é invenção da religião. A Igreja é um dos lugares mais importantes
para o cristão, pois é um lugar consagrado, separado e dedicado ao serviço de
adoração ao Senhor (2Cr 7.12-16). Nela podemos encontrar: Comunhão (Mt
28.20); Segurança (Sl 64.3); Alegria (Sl 122.1); Milagres, salvação e perdão; etc.

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 33


Ela é também um lugar de santidade (Hb 12.14), adoração (Jo 4.23) e de oração (Mt
21.13). A igreja é chamada de o corpo de cristo (1Co 6.15). Só pode existir igreja
verdadeira se houver uma união vital dos seus membros com o cabeça que é Cristo.

3.2 O perigo de afastar-se da Igreja. O escritor da epístola aos Hebreus afirmou:


“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns...” (Hb 10.25).
Como já disse, anteriormente, a igreja é um corpo do qual Cristo é a cabeça.
Portanto, nós somos membros desse corpo que é a igreja (Ef 1.23). Todo membro
deve estar ligado ao corpo para pertencer de fato ao corpo, do contrário, deixa de
ser membro e não serve para mais nada como afirmou o próprio Jesus: “Se alguém
não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam
no fogo, e ardem” (Jo 15.1-6).

CONCLUSÃO
Infelizmente, muitos julgam não precisar de uma igreja e até discriminam
aquelas pessoas que fazem parte de uma. Igreja não salva ninguém, mas os salvos
sentem a necessidade de congregar e comungar com os demais irmãos da preciosa
comunhão com Deus. Igreja não transforma o caráter de ninguém, mas os que
tiveram de fato o caráter transformado por Cristo, desejarão sem dúvidas fazer
parte do corpo de Cristo.

REVISÃO
1 Qual o termo grego que define “Igreja”?
2 Jesus disse que edificaria a Igreja sobre Pedro?
3 “As portas do inferno” referem-se a que termo no grego?
4 O que vem a ser “pedra angular”?

34 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LIÇÃO

O CRISTÃO E AS
PROVAÇÕES DA VIDA

14 de fevereiro

REFERÊNCIAS BÍBLICAS
FUNDAMENTO
Tg 1.2-4.
“Para que a prova da vossa fé, muito
2 Meus irmãos, tende grande gozo
mais preciosa do que o ouro que
quando cairdes em várias tentações;
perece e é provado pelo fogo, se
ache em louvor, e honra, e glória, na 3 Sabendo que a prova da vossa fé
revelação de Jesus Cristo” opera a paciência.
4 Tenha, porém, a paciência a sua obra
(1Pe 1.7). perfeita, para que sejais perfeitos e
completos, sem faltar em coisa alguma.

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 39


LEITURA DIÁRIA
Segunda-feira. Dn 12.1 - Previsões de dias difíceis no fim dos tempos.

Terça-feira. Mt 26.41 - Precisamos resistir ao Diabo.

Quarta-feira. Lc 14.19 - Após sermos provado, somos aprovados.

Quinta-feira. 1Co 10.30 - O Senhor nos prova segundo nossas forças.

Sexta-feira. Tg 1.3 - O Senhor pode testar a nossa fidelidade.

Sábado. 1Jo 5.4 - O Senhor honra a resistência da nossa fé.

OBJETIVO GERAL

- Mostrar que as provações fazem parte da vida crista.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Mostrar a diferença entre provação e tentação.

- Discutir nossas atitudes frente às provações.

- Mostrar que as provações são importantes para nosso


fortalecimento.

al.

40 A caminhada cristã à luz da Bíblia


INTRODUÇÃO
Será que tudo o que acontece conosco é uma provação? Como saber se estou
sendo provado por Deus? Como devo encarar a provação e com devo me comportar
diante delas? Tiago fala no 1º capítulo da sua epístola fala acerca das provações e
tentações da vida, mostrando também os seus resultados. A Bíblia fala que no final
dos tempos virão terríveis provações para a humanidade, principalmente para quem
serve a Deus (2Tm 3.1; Dn 12.1).

1 A DIFERENÇA ENTRE PROVAÇÃO E TENTAÇÃO


1.1 A origem da palavra provação. Provação vem da palavra grega dokmazõ, que
significa “testar” com a expectativa de aprovar (Lc 14.19; Rm 12.2). Já a palavra
provação usada em alguns textos do NT é dokimasia (1Pe 1.7). Em Tg 1.3 a palavra
que foi usada é dokimion que significa neste contexto “teste, prova”; é considerado
por alguns, equivalente a dokimeion, sig. “crisol, teste”, que é a forma neutra do
adjetivo dokimios, usado com substantivo, o que veio a denotar o meio pelo qual
um homem é testado e “aprovado”.

1.2 O que se entende por Provação? Segundo o dicionário Bíblico, provação é o


ato ou efeito de provar; situação aflitiva. Provar, por sua vez é estabelecer a verdade,
a realidade. Na Bíblia há diferentes termos, como veremos adiante, para designar
provação, dentre eles, “angústia, tentação, tempos difíceis, tempos trabalhosos”,
etc. Segundo as Escrituras, Deus pode nos provar dentro daquilo que podemos
suportar (1Co 10.30), mas jamais tentará o homem (Tg 1.13). É bom entender que
as provações da vida existem e que são muitas e inevitáveis. Portanto, é preciso
saber tirar proveito delas para crescer como cristãos e ao sair vitoriosos.

1.3 O que a bíblia diz sobre tentação? Ao contrário da provação a tentação não
procede de Deus, mais é permitida por Ele, até o ponto que você possa suportá-la,
para provar o seu grau de obediência e amor a sua Palavra. Segundo o dicionário
bíblico, “tentação” são pensamentos que invadem a mente humana e tentam seduzi-
la para a prática do mal. É, portanto, de procedência maligna. Ela não constitui em
pecado, se não for consumada (Tg 1.15). Às vezes, surge como algo vantajoso, ou
seja, uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. Neste momento, você deve
examiná-la e constatar, que se ceder àquela vontade, será o único prejudicado (ver
Mt 26.42). Para vencer as tentações é necessário, resistir ao diabo (Ef 6.13; 1Pe
5.8,9; Tg 4.7), estar em vigilância (Mt 26.41), conhecer a Palavra de Deus (Mt 4.6-
11), e fugir das situações propícias a ceder ao pecado(1Co 6.18; 2Tm 2.22).

2 NOSSAS ATITUDES AO PASSAR PELAS PROVAÇÕES


2.1 Alegria de espírito e paciência. A palavra “gozo” (vs.2,3) tem o significado de
“ter, possuir” (coisa útil ou agradável). Já que sabemos que as provações existem e
são inevitáveis, é mister que as enfrentemos com suprema alegria, o que vai gerar

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 41


em nós a virtude chamada paciência. Paulo diz em Rm 5.3 “...a tribulação produz
a paciência”. Segundo o ensino que Tiago nos dá em sua epístola (1.5), o resultado
das provações será a paciência e o progresso na conquista de uma vida pura.

2.2 A importância da sabedoria e da fé. A sabedoria é dada por Deus em qualquer


circunstância da vida (vs.5,6). O ensino mostra que fé para ser realmente fé,
necessita ser provada (1Pe 1.7). Se quisermos agradar a Deus temos que ter fé (Hb
11.6). Dentro dessa ótica cristã, podemos dizer que as provações são inevitáveis.
Muitos cristãos se desesperam, abandonam a fé, e até blasfemam contra Deus.

2.3 As virtudes de Jó. Ao interpelar Satanás sobre donde estava vindo, Deus fala
das virtudes de Jó: “Observastes tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra
semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do
mal”. Foram estas virtudes que ajudaram Jó a ter segurança em Deus, passar pela
provação e ao final sair vitorioso. São as mesmas virtudes que Tiago menciona nos
versículos 7 e 8: “sinceridade e fidelidade”.

3 IMPLICAÇÕES PRÁTICAS DAS PROVAÇÕES DA VIDA


3.1 A Presença Divina. A Bíblia diz que Deus põe o justo à prova (Sl 11.5),
contudo, jamais o abandona em meio às provações. Deus está sempre pronto a
nos comunicar a sua sabedoria, sua proteção e sua presença (Js 1.9; Is 43.2). Deus
jamais nos abandonará em meio às provações, pois Ele honra a vida de fé. As
provas que passamos aqui neste mundo servem para o progresso na conquista da
perfeição cristã. É importante dizer que Deus não prova o homem para conhecer o
homem, pois Ele já nos conhece melhor que nós mesmos. O fato da provação é para
que homem conheça melhor a si mesmo em todos os sentidos da sua vida e procure
melhorar nas áreas onde há alguma deficiência.

3.2 Vitórias e recompensas. Abraão foi provado (Gn 22.1) e foi ricamente
abençoado por Deus. As provações que passamos aqui neste mundo servem para o
progresso na conquista da perfeição cristã. Segundo a palavra de Deus as provações
que passamos aqui terão recompensas (Tg 1.12; Mt 24.13). Isto nos ensina que
primeiro temos que lutar e batalhar para depois recebermos o que de fato merecemos
da parte de Deus.

3.3 Experiências profundas com Deus. É importante saber que Deus honra a vida
de fé (1Jo 5.4). Por isso, Tiago mostra que após passarmos pela provação teremos
melhorado a nossa fé como cristãos (vv.3,4). Paulo serviu ao senhor com lágrimas
e provações (At 20.19) e isto o levou a si tornar um dos maiores missionários do
Evangelho de Cristo. As provações da vida forçam-nos a voltar-se para Deus e
buscá-Lo em oração em busca de ajuda (Dt 4.330,31; Jr 31.18; Jn 2.1), e também
nos ensina o quão é importante obedecer a Deus (Gn 22.1,2; Hb 11.16; 1Pe 1.7).

42 A caminhada cristã à luz da Bíblia


CONCLUSÃO
É bom entender que se as provações da vida existem e são muitas das vezes
inevitáveis, mas se soubermos tirar proveito delas para crescermos como cristãos,
no porvir ergueremos a bandeira da vitória. Nesta luta somos mais que vencedores!
Amém..

REVISÃO
1 Cite 3 característica de Jó.
2 O que a Bíblia diz sobre tentação?
3 O que você entende por provação?
4 As provações nos ensinam o que?

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 43


LIÇÃO

O CRISTÃO E O SEU
TESTEMUNHO PESSOAL

21 de fevereiro

REFERÊNCIA BÍBLICA
FUNDAMENTO
Romanos Ef 5.8-11
“Finalmente, irmãos, vos rogamos
8 Porque noutro tempo éreis trevas,
e exortamos no Senhor Jesus, que
mas agora sois luz no Senhor; andai
assim como recebestes de nós, de que
maneira convém andar e agradar a como filhos da luz
Deus, assim andai, para que possais 9 (Porque o fruto do Espírito está em
progredir cada vez mais” toda a bondade, e justiça e verdade);
(1Ts 4:1). 10 Aprovando o que é agradável ao

Senhor.
11 E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as.

44 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira: 2Rs 4.8,9 - Nosso proceder diz o que somos.


Terça-feira: 1Ts 4.1 - Andando na presença do Senhor.
Quarta-feira: 2Co 3.2 - Nossa vida cristã: Uma carta aberta.
Quinta-feira: 2Co 5.17 - Demonstrando uma vida transformada.
Sexta-feira: 1Tm 3.2,7 - O obreiro deve dar bom testemunho.
Sábado: Tt 2.7 - O cristão deve servir de exemplo.

OBJETIVO GERAL
- Mostrar que o testemunho pessoal é importante para a Igreja se
firmar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Mostrar que nosso testemunho pessoal deve refletir a vida de
Cristo.
- Mostrar que dar bom testemunho é um ato de responsabilidade.
- Evitar os escândalos é uma obrigação do crente em Cristo.

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 45


INTRODUÇÃO
Dar testemunho cristão não é apenas testemunhar de Cristo pregando
sua mensagem nas ruas e nas igrejas. É também levar e dar exemplo de uma vida
totalmente mudada por Jesus Cristo. Paulo disse que a vida de alguns crentes de
Corinto era uma carta aberta que podia ser lida por todas as pessoas (2Co 3.2),
visto que o objetivo do testemunho cristão é glorificar a Deus e evangelizar os
descrentes.

1 NOSSO TESTEMUNHO PESSOAL DE CRISTO


1.1 O que se entende por testemunho cristão. De acordo com o dicionário
etimológico da web, a palavra testemunho no latim testimoniu significa “prova”,
“vestígio”, “indício”. Segundo um estudioso no assunto, o testemunho cristão “é
uma postura ética, que a Bíblia reivindica de cada um que professa o Nome de
Cristo” (2Co 5.17; 1Pe 1.15,16). Outros afirmam que é um comportamento típico
dos que já servem a Deus, que devem andar de acordo com o modelo bíblico,
demonstrando isto no seu dia-a-dia (Hb 13.7).

1.2 Somos testemunhas de Cristo. Pouco antes da festa de Pentecostes em


Jerusalém e também de sua ascensão, Jesus passa aos seus discípulos as últimas
instruções dizendo: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e
sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria
e até aos confins da terra” (At 1.8). Eles seriam revestidos de poder e capacitados
pelo Espírito Santo para testificarem acerca de tudo o que Jesus havia lhes ensinado
durante o seu ministério público principalmente sobre a sua morte e ressurreição
dentre os mortos.

1.3 OTestemunhando de boas obras. Somos filhos do reino e devemos testemunhar


as boas obras deste reino de Deus. Em 1Tm 5.10 está escrito: “Tendo testemunho
de boas obras: Se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos
santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra”. Só pode testificar de
boas obras quem também as pratica, foi este o legado que Jesus nos deixou e que
foi seguido também pelos apóstolos. Jesus foi o próprio exemplo disso.

2 ESFORÇANDO PARA NÃO DAR MAU TESTEMUNHO


2.1 A recomendação do Apóstolo Paulo. “Finalmente, irmãos, vos rogamos e
exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira
convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez
mais” (1Ts 4.1). Não se trata de um modo de viver apenas de aparência externa,
mas principalmente na demonstração de uma vida transformada por Cristo (2Co
5.17). O padrão de uma vida justa diante de Deus e dos homens deve ser almejado
por todos aqueles que desejam progredir na vida espiritual e viver para agradar a
Deus.

46 A caminhada cristã à luz da Bíblia


2.2 Os resultados do mau testemunho. Além dos escândalos, que veremos
mais adiante, o mau testemunho pode impedir que outras pessoas se convertam,
prejudicando, de alguma forma, o crescimento da igreja. Outra coisa a se considerar
é que a igreja e os crentes, de forma geral, ficam com má reputação na sociedade.
Temos que tomar muito cuidado, pois com o advento da internet e das redes sociais
virtuais, as notícias viajam o mundo inteiro quase que em tempo real.

2.3 A importância do bom testemunho. “Em tudo te dá por exemplo de boas


obras...” (Tt 2.7), foi esta a recomendação de Paulo para o jovem obreiro Tito. A
Bíblia também registra no Antigo Testamento, que o Profeta Eliseu costumeiramente
passava por uma cidade e que foi chamado por uma moradora daquela cidade de
“santo homem de Deus” (2Rs 4.8,9), simplesmente pela forma como se comportava
quando passava naquela lugar. O bom testemunho como profeta de Deus estava
estampado em suas atitudes. Não adianta orar pela manhã e viver o resto do dia
como um ímpio. Na verdade as pessoas estão nos observando em tudo! Acerca dos
obreiros Paulo diz que devem ter bom testemunho dos de fora (1Tm 3.2,7).

3 CUIDADO COM OS ESCÂNDALOS


3.1 É mister que venham escândalos. Escândalos sempre aconteceram na história
em maior ou menor grau. Atualmente qualquer fato ou notícia negativa, pode se
tornar um escândalo de proporções mundiais. O dicionário da língua portuguesa
define escândalo como sendo uma “coisa indecorosa, contrária aos bons costumes;
como um procedimento descabido que causa vexame ou constrangimento”. Em
Mateus 18.7 Jesus disse: “Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister
que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!”. Jesus
afirmou que é necessário que os escândalos aconteçam, mas para a pessoa que der
origem ao escândalo o resultado final não será muito bom (Mt 18.8,9).

3.2 Os escândalos eclesiásticos. São fatos contrários aos bons costumes da doutrina
cristã que ocorrem internamente nas igrejas sem que as pessoas descrentes ou o mundo
secular tomem conhecimento. São fatos negativos que acabam escandalizando
os membros e congregados da Igreja aonde porventura venham acontecer. Paulo
adverte os crentes da igreja de Corinto para que não usem da liberdade alcançada
em Cristo para pecar (Gl 5.13) e de alguma maneira escandalizar os irmãos mais
fracos na fé (1Co 8.9). Jesus foi mais severo e disse que, quem escandalizar um
dos seus pequeninos, se referindo às crianças que iam até ele, deveria amarrar uma
pedra no pescoço e submergir nas profundezas do mar (Mt 18.6). Por isso temos
que nos comportar de modo para não cair em pecado e trazer escândalos à Igreja de
Deus (1Co 10.32) e nem pôr tropeço aos domésticos da fé (Rm 14.13).

3.3 Os escândalos fora da igreja. As consequências de um escândalo são sempre


danosas para a obra de Deus. No entanto, quando estes fatos negativos extrapolam

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 47


as quatro paredes do templo, parece que o sofrimento da congregação aumenta
consideravelmente. Também há os escândalos que envolvem irmãos na fé que atuam
na política ou outras áreas de visibilidade pública. Quando tais fatos envolvem
finanças e pecados de prostituição, principalmente quando envolvem obreiros, os
rumos dos escandalos se intensificam ainda mais, sendo em alguns casos manchete
dos principais veículos de comunicação. Muito triste e vergonhoso quando isto
acontece. Temos que estar em constante vigilância, pois para cair em desgraça,
basta estar de pé (1Co 10.12). E quando é um crente que erra, além do próprio
diabo, parece que o mundo inteiro aponta o dedo em riste para o acusar (Fp 1:10).

CONCLUSÃO
Todo cristão tem o dever de dar bom testemunho de vida. Deve abdicar
das velhas práticas da velha natureza e andar de modo santo para agradar a Deus.
“Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos
da luz... Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como
sábios” (Ef 5:8,15).

REVISÃO
1 O que significa “dar bom testemunho”?
2 Qual a melhor forma de dar testemunho de acordo com 1.3?
3 Por que Eliseu foi chamado de “santo homem de Deus”?
4 O que acontece com a igreja local quando um membro escandaliza

48 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LIÇÃO

O CRISTÃO E A
NECESSIDADE DE VIGILÂNCIA

28 fevereiro

REFERÊNCIAS BÍBLICAS
FUNDAMENTO
Mt 26.41,42 e ITs 5.6
“Eis que venho como ladrão. Bem-
41 Vigiai e orai, para que não entreis
aventurado aquele que vigia, e guarda
em tentação; na verdade, o espírito está
as suas roupas, para que não ande nu,
e não se vejam as suas vergonhas” pronto, mas a carne é fraca.
42 E, indo segunda vez, orou, dizendo:
(Ap 16.15). Pai meu, se este cálice não pode passar
de mim sem eu o beber, faça-se a tua
vontade.
6 Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios”.

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 49


LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira. Pv 14.12 - Somente os caminhos do Senhor são retos.


Terça-feira. Hc 2.1 - A resposta precisa, depende da disposição para ouvir.
Quarta-feira. Mt 13.25 - O inimigo se aproveita dos nossos vacilos.
Quinta-feira. Mc 13.35 - Vigiemos enquanto aguardamos o Senhor.
Sexta-feira. Jo 14.1-3 - O Senhor nos preparou lugar.
Sábado. Hb 4.15 - O pecado desfigurou nossa natureza.

OBJETIVO GERAL
- Vigiar é uma das virtudes eu o crente deve mostrar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
- Mostrar que a vigilância é fundamental para evitar escândalos
- Mostrar que a função da vigilância diz respeito à volta de Jesus.
- Mostrar que a vigilância é uma prevenção contra os dias maus.

50 A caminhada cristã à luz da Bíblia


INTRODUÇÃO
O que é vigiar ou vigilância? A palavra “vigiar” vem do gr. “gregoreo” que
tem o significado de “vigília constante”, ou seja, não se pode dormir ou vacilar, sob
pena de ser surpreendido pelo inimigo inimigo ou pela vinda iminente do Senhor
Jesus (Hc 2.1). O dicionário bíblico diz que vigiar é “estar atento, precavido,
diligente e cauteloso”. Jesus enquanto no Seu ministério terreno por várias vezes
falou sobre a importância da oração e da vigilância.

1 VIGIAR PARA NÃO CAIR EM TENTAÇÃO


1.1 O que se entende por Tentação? “Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação...” (v.41). Tentação pode ser definida como “pensamentos que invadem a
mente humana e tentam seduzi-la para a prática do mal que contraria a vontade de
Deus”. A tentação é de procedência maligna pois Deus a ninguém tenta. Às vezes
a tentação aparece como algo vantajoso, ou seja, uma oportunidade que não pode
ser desperdiçada. É como se fosse uma isca colocada num anzol para atrair e pegar
o peixe. A Bíblia diz que “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim
dele são os caminhos da morte” (Pv 14.12). A tentação se caracteriza em pecado
quando você cede a ela.

1.2 Os agentes da tentação Humana. Segundo as Escrituras Sagradas, satanás


com seus demônios são os agentes da tentação humana (Gn 3.4,5; 1Pe 5.8). Eles
atuam como uma força ativa, que tenta nos afastar de Deus pela prática do pecado.
Nem mesmo Jesus escapou de ser tentado pelo diabo. Se cochilarmos o diabo vem
e semeia o joio em nosso meio (Mt 13.25). O crente tem o dever de zelar e guardar
por sua vida espiritual (Mc 14.38), seja para encontrar com o seu senhor ou para se
resguardar dos ataques do diabo (Lc 21.36; 1Pe 5.8).

1.3 Devemos vigiar porque somos carnalmente fracos. “Na verdade, o espírito
está pronto, mas a carne é fraca”. Não se trata aqui de ausência de força física.
Fala da tendência da natureza humana para fazer o que é mal devido o pecado
(Hb 4.15). Jesus mostra com esta declaração que o homem que não se prepara
espiritualmente para enfrentar as provações e tentações da vida, corre o risco de ser
vencido pelas inclinações pecaminosas. Paulo ressalta que podemos contar ainda
com ajuda preciosa do Espírito Santo e com a graça de Deus (Rm 8.26; 2Co 12.9).

2 VIGIAR PORQUE JESUS PROMETEU VOLTAR


2.1 A Necessidade de Vigilância e a Vinda de Jesus. “Vigiai, pois, porque não
sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor” (v.42). Jesus falou abertamente sobre
sua morte, ressurreição, ascensão aos céus e da promessa do seu retorno para buscar
os escolhidos (Jo 14.1-3; At 1.10,11). Várias vezes ele disse para vigiar em relação
a sua vinda que acontecerá no dia e na hora que não esperamos. A necessidade
de vigilância recai sobre o fato de que nenhum de nós sabe quando de fato Jesus

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 51


voltará (Mc 13.35,36). Esteja preparado, o noivo virá em breve e muito rápido:
“num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52).

2.2 Há Muitos Crentes Desapercebidos. “E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o
esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a
porta” (Mt 25.10). Há diferença entre os crentes que estão vigilantes aguardando a
vinda de Jesus e os que não estão. Jesus mostra esta verdade claramente na parábola
das dez virgens, onde apenas as virgens ou noivas que estavam preparadas saíram
ao encontro do noivo quando ele chegou para buscá-las (Mt 25.5-10). Vejamos que
todas eram virgens, estavam ataviadas de branco, tinham lâmpadas, tinham azeite,
mas somente a metade delas estava preparada, pois levaram azeite suficiente para
esperar a vinda do noivo. Portanto, há um perigo iminente de não estar devidamente
preparado para a vinda do seu Senhor (Mc 13:33).

2.3 A vinda de Jesus será Surpreendente! “Mas considerai isto: se o pai de família
soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar
a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem
há de vir à hora em que não penseis” (Mt 24.43,44). Jesus não está dizendo no
versículo 43 que ele é um ladrão, mas faz uma comparação da forma como ladrão
age para surpreender o seu alvo. Paulo disse a este respeito: “Porque vós mesmos
sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite” (1Ts 5.2). Em
Apocalipse 16.15 tem a mesma advertência: “Eis que venho como ladrão. Bem-
aventurado aquele que vigia...”.

3 VIGIAR PORQUE OS DIAS SÃO MAUS


3.1 A crescente maldade mundana. Nos dias de Noé Deus resolveu aniquilar toda
a humanidade por causa da violência (Gn 6.7,11; Ez 7.23). Nos dias de Abraão, Deus
destruiu as cidade de Sodoma e Gomorra por causa da imoralidade e licenciosidade
sexual dos habitantes delas (Gn 19.13-26). Até parece que são relatos dos dias
atuais. Paulo fala aos Efésios que verificassem o vosso comportamento, pois os dias
eram maus (EF 5:15,16). João declara em sua epistola que o mundo jás no maligno
(1Jo 5.19). Mas não é somente isto, temos visto a degradação dos valores morais
da sociedade moderna. Nunca se viu tanta violência e tanta imoralidade. Atitudes
que talvez deixaria a sociedade antidiluviana e os habitantes de Sodoma e Gomorra
como se não tivessem praticado nenhum mal. Jesus na sua oração sacerdotal pediu
para que o Pai nos guardasse do mal no mundo que estamos vivendo (Jo 17:11,15).

3.2 Cuidado com o mundanismo. Sem dúvida alguma o diabo usa o mundo como
um agente de tentação do homem (Mt 4.8,9). Por este motivo a Bíblia diz “se
alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (1Jo 2.15). A palavra mundo
neste versículo diz respeito que não devemos amar a forma como a sociedade
está iniquamente organizada, repleta de impiedade com seus pecados. A pessoa

52 A caminhada cristã à luz da Bíblia


cujo mundanismo está no coração pensa apenas em se divertir e usufruir de bens
materiais, negligenciando Deus e as coisas espirituais (ver Cl 3.2).

CONCLUSÃO
Seja um cristão prudente, bom e fiel. Permaneça vigilante em todo o tempo
para não cair nas astutas ciladas do diabo. “Eis que venho sem demora; guarda o
que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).

REVISÃO
1 Quando é que a tentação se torna em pecado?
2 Quem são os agentes da tentação humana?
3 Por que devemos nos manter vigilantes?
4 O que o diabo usa para tentar nos distrair?

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 53


LIÇÃO

10
O CRISTÃO E SEU RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL

7 de março

REFERÊNCIAS BÍBLICAS
FUNDAMENTO
Rm 15.1,2 e Mt 7.12
“Não atente cada um para o que é 1 Mas nós, que somos fortes, devemos
propriamente seu, mas cada qual suportar as fraquezas dos fracos, e não
também para o que é dos outros” agradar a nós mesmos.
2 Portanto cada um de nós agrade ao seu
(Fp 2.4). próximo no que é bom para edificação.
12 Portanto, tudo o que vós quereis que
os homens vos façam, fazei-lho também
vós, porque esta é a lei e os profetas.

54 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira. Is 50,4 - Devemos aprender com o Senhor todos os dias.


Terça-feira. Mt 22.37 - O amor é a base da vida crista.
Quarta-feira. Mt 25,40 - O amor ao próximo é a pressão do amor a Cristo.
Quinta-feira. Rm 12,15 - O cristão deve desenvolver a empatia.
Sexta-feira. Ef 4,32 - Devemos demonstrar bondade com as pessoas.
Sábado. Ap 1,3 - A bem aventurança de quem ouve a Palavra de Deus.

OBJETIVO GERAL
- Estudar sobre os tipos de relacionamentos cristãos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
- Mostrar os pilares do relacionamento cristão.
- Mostrar que o crente precisa aprender a se relacionar.
- Aprender a desenvolver a alteridade nos relacionamentos.

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 55


INTRODUÇÃO
Nesta lição precisamos aprenderemos acerca do relacionamento
interpessoal do cristão com o próximo. Por relacionamento interpessoal entende-
se a relação social entre duas ou mais pessoas, podendo ser no meio escolar,
profissional, familiar, pessoal ou eclesiástico, etc. Esta relação vai muito além
do que um simples encontro, pois é um relacionamento entre seres humanos
imperfeitos emocionalmente e instáveis quanto aos seus sentimentos. Todavia é
possível construir um ótimo relacionamento interpessoal com o nosso próximo
desde que estejamos dispostos a conviver harmonicamente com ele.

1 OS PILARES BÍBLICOS DO NOSSO RELACIONAMENTO


INTERPESSOAL
1.1 O amor ao próximo. O amor é tão importante que Jesus falou que dele
depende toda a lei e os profetas (Mt 22.37-40). “Amarás o teu próximo como a
ti mesmo”, é o segundo maior mandamento, segundo Jesus. O amor é um dos
atributos comunicáveis inerentes à natureza de Deus. Por isso é da vontade dele
que tenhamos este amor como fonte do nosso relacionamento com Ele e com o
próximo. Deus concede-nos o amor para que possamos exercitá-lo em relação a
Ele, a nós mesmos e ao nosso próximo, pois para amar o próximo, temos nos amar
primeiro. É evidente que o amor de Deus é diferente do nosso por ser incondicional.
Ele ama a pessoa independente dela ter direito de receber este amor, enquanto nós
amamos alguém quando julgamos ser ela digna de receber nosso amor (ver 1Jo
4.9,10).

1.2 A benignidade ao próximo. Assim como existem pessoas benignas, há


também pessoas malignas que têm a natureza ruim, o coração repleto de maldade
e malícia. A pessoa benigna tem a natureza boa, o coração cheio de amor, brandura
e misericórdia para com o próximo. Não é fácil conceituar a “benignidade”, pois
ela está associada com o exercício da misericórdia, da bondade e do amor fraternal
(Mt 25.40; Ef 4.32). Está ligada a ideia de empatia com as pessoas. Assim podemos
compreender melhor quando a Bíblia diz: “Alegrai-vos com os que se alegram; e
chorai com os que choram” (Rm 12.15). A benignidade é uma virtude que nos faz
sentir verdadeira empatia pelas pessoas, se preocupando com o seu bem estar não
apenas físico. A benignidade é dádiva de Deus que podemos desenvolver com a
ajuda do Espírito Santo e melhorar o nosso relacionamento interpessoal com as
pessoas. (Comp. Lc 7.36-50).

1.3 A disposição para o perdão. O termo grego traduzido para perdão é “afiemi”
que significa: “deixar ir, soltar, remir, cancelar, perdoar, dar paz”. O perdão é tão
importante para o relacionamento interpessoal que Jesus disse que “se nós não
perdoarmos as pessoas as suas ofensas, Deus também não perdoará as nossas”
(Mt 6.14,15). Temos que aprender esta disposição para perdoar as ofensas que

56 A caminhada cristã à luz da Bíblia


recebemos das pessoas, para que possamos sempre nos apresentar diante de Deus
com a consciência tranquila (ver Mt 5.23,24). Quantas vezes devemos perdoar
alguém? Em Mt 18.21,22 a Bíblia diz: “Então Pedro se aproximou dele e disse:
Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim?
Até sete vezes? Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes
sete”. Com a expressão “setenta vezes sete”, Jesus quis dizer que devemos perdoar
a pessoa quantas vezes forem necessárias, pois é impossível que uma pessoa peque
contra outra, quatrocentos e noventa vezes no dia.

2 APRENDENDO A ESCUTAR E A CONTEMPLAR O PRÓXIMO


2.1 “Pronto para ouvir...”. Se almejamos humanizar as nossas relações
interpessoais, devemos aprender primeiro a ouvir as pessoas. Há quem diga que
Deus fez o ser humano com dois ouvidos e uma boca, para falar menos e ouvir
mais. Verdade ou não, temos que aprender a ouvir mais a Deus e também as demais
pessoas (Ler Tg 1.19). Aprenderíamos mais e evitaríamos muitos problemas. A
Bíblia diz que “feliz são aqueles que ouvem a Deus e a sua palavra” (ver Mt 11.15;
Ap 1.3). Que possamos orar como o profeta que disse: “...desperta-me o ouvido
para que ouça, como aqueles que aprendem” (Is 50.4). Aprenda a desenvolver sua
escuta ativa. Segundo os preceitos da psicologia “escuta ativa é saber ouvir com os
ouvidos, olhos, mente e coração. Ouvir com os olhos, mente e coração, envolve um
processo de “empatia”, ou seja, sempre se colocar no lugar ou se ver na situação
do outro”. Agindo assim, aprenderemos a entender as necessidades uns dos outros
(ver Lc 10.27-37).

2.2 Aprender a contemplar o próximo. “Não atente cada um para o que


é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (Fp 2.4).
Aprender a contemplar o próximo, nada mais é do que enxergar e não apenas ver
o outro. É ter consideração pelas pessoas com admiração e amor (ver Mt 22.39).
O verdadeiro cristão é aquele que sabe contemplar o próximo como ensina as
escrituras (1Pe 3.8).

3 DESENVOLVENDO A ALTERIDADE E A DISPOSIÇÃO


3.1 Desenvolvendo a alteridade. SAlteridade é como você vê as outras pessoas
(Mc 8.27-29). Simpático ou antipático? Útil ou inútil? Inimigo ou amigo? A Bíblia
diz: “O homem de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há um amigo
mais chegado do que um irmão” (Pv 18.24). Na alteridade não podemos apenas
ver os outros sem olhar para nós mesmos em primeiro lugar. Como você se vê?
Você gosta de você? Ou é do tipo que odeia tudo o que lhe pertence ou faz parte do
seu corpo. “Você está de bem com a vida?” (Tg 1:23,24). Caso você não consiga
ver nada de positivo em você, jamais conseguirá ver algo de bom e positivo nas
outras pessoas. Portanto, seja uma pessoa transformada de bem com Deus e com as
demais pessoas também (2Co 3.18).

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 57


3.2 Desenvolvendo a disposição. Por disposição devemos entender o cumprimento
das normas éticas do relacionamento interpessoal (Fp 2.5,6,8; Gl 5.22). Significa
aqui, procurar evitar a falta de Ética. É enfrentar os principais inimigos da ética
cristã. Segundo a psicologia os principais inimigos da Ética “é o narcisismo
(egocentrismo), o cinismo (incoerência entre o discurso e práxis), a violência, seja
ela física ou simbólica (verbal; a discriminação; o preconceito; etc.) e a delinquência
(aceitar e cometer pequenos delitos)”. Como cristãos não podemos viver à margem
das normas da boa convivência social, temos que ser luz no meio das trevas (Ef
5.8). Paulo instrui a Tito que a ninguém infamem, não seja contencioso, procurar
ser modesto e mostrar mansidão para com todas as pessoas (Tt 3.2).

CONCLUSÃO
A primeira impressão é a que fica! Por isso temos que estar sempre revendo
a nossa forma de conviver com as demais pessoas, lembrando que o meu direito e
minha liberdade termina onde começa o direito e a liberdade da outra pessoa e vice-
versa.

REVISÃO
1 Qual o segundo maior mandamento citado por Jesus?
2 O que caracteriza uma pessoa benigna?
3 O que é empatia?
4 O que significa perdão segundo o subtópico 1.3?

58 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LIÇÃO

11

O CRISTÃO E A
CHAMADA DE DEUS

14 de março

REFERÊNCIAS BÍBLICAS
FUNDAMENTO
Mc 3.13-15
"Disse o Espírito Santo: Apartai-me
13 E subiu ao monte, e chamou para si
a Barnabé e a Saulo para a obra a que
os que ele quis; e vieram a ele.
os tenho chamado”
14 E nomeou doze para que estivessem
(At 13.2). com ele e os mandasse a pregar,
15 E para que tivessem o poder de
curar as enfermidades e expulsar os
demônios.

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 59


LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira. Is 43.7 - O Senhor nos chama e nos confirma.


Terça-feira. Mt 7.19 - A árvore que não frutifica é lançada no fogo.
Quarta-feira. Mc 9.33 - O servo é aquele que faz a vontade de seu senhor.
Quinta-feira. Lc 22.24 - Somos escolhidos para servir.
Sexta-feira. Jo 15.16 - O Senhor nos escolhe para darmos frutos.
Sábado. At 9.3-18 - É maravilhoso, ser escolhido por Deus para sua obra.

OBJETIVO GERAL
- Estudar sobre os tipos de chamadas que Deus faz para a sua obra.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Refletir sobre a finalidade da chamada de Deus para sua obra.
- Estudar sobre a natureza da chamada para a obra de Deus.
- Mostrar que Deus nos chama para serviços específicos.

60 A caminhada cristã à luz da Bíblia


INTRODUÇÃO
Após a queda no Éden a Bíblia registra vários momentos em que Deus
chama o homem caído ao arrependimento para realizar a Sua vontade. Em Gênesis
Deus chama e comissiona Noé para fazer uma arca. Depois, chama Abrão para
ser pai de uma grande nação. Coletivamente, Deus sempre chamou o seu povo ao
arrependimento. No Novo Testamento vemos Jesus chamar pessoas ao discipulado
e separar Apóstolos. Fica evidente a vontade de Deus em comissionar pessoas
perdidas para uma transformação espiritual e assim torná-las em instrumentos
usados em suas mãos.

1 CHAMADOS PARA SERVIR A DEUS


1.1 O plano divino em ação. Nas Escrituras há um plano divino em ação para
regatar a humanidade perdida do pecado e torná-la apta novamente aos seus
designíos (Is 43.7). Todos nós fazemos parte deste plano de ação de Deus. Todos
são chamados de alguma forma por Deus. São chamados, convidados, à salvação
ou comissionados para desempenhar determinadas funções na obra de Deus. A
nossa participação neste plano começa justamente quando Deus por sua infinita
graça e bondade, nos chama para servi-Lo.

1.2 O propósito da chamada. Jesus mostrou aos seus discípulos que a honra maior
do chamado que eles receberam era servir e não ser servido (Lc 22.24-27). Ser
chamado por Deus e poder servir humildemente aos seus propósitos, deve ser a
atitude tomada por todos nós. Pois Jesus estava mostrando aos seus discípulos que
quem serve deve se preocupar em fazer o bem, principalmente aos outros, deixando
de lado o egoísmo e a vaidade (Mc 9.33-35). O propósito da chamada é servir com
humildade ao reino de Deus.

1.3 Sendo útil na obra de Deus. Além de servir o propósito da chamada de Deus
para o homem é torná-lo útil para desempenhar os seus desígnios. Ninguém é
chamado por Deus para não fazer nada. Fomos chamados por Deus para ser útil e
fazer alguma coisa em sua obra. Jesus durante o seu ministério público comissionou
vários discípulos para pregar as boas novas do evangelho e ganhar almas para reino
de Deus (Jo 15.16). Fomos chamados e escolhidos, agora temos que mostrar serviço
e frutificar na obra de Deus, pois a árvore que não produz frutos será cortada e
lançada no fogo (Mt 7.19).

2 A CHAMADA UNIVERSAL DE DEUS


2.1 A chamada é para todos. Na chamada universal todos são chamados ao
arrependimento (Mt 11.28) e também convocados para proclamar a todos os
povos as boas novas de salvação (Mc 16.15). O plano de Deus é para que todos
se arrependam e voltem-se para Ele. A Bíblia diz que Deus não faz acepção de
pessoas, logo, todos estão incluídos nessa chamada para mudar suas atitudes. Nesta

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 61


chamada Deus é oleiro e nós somos o barro em suas mãos. Ele poderá fazer de nós
um vaso novo conforme a Sua vontade e depois nos usar segundo a capacidade
de cada um. O plano é levantar atalaias, verdadeiros profetas da última hora, para
proclamar a salvação a todos os povos (Mc 3.14,15).

2.2 A chamada é facultativa e exige renuncia pessoal. “Se alguém quiser vir após
mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23). Deus chama a
todos, mas ninguém é obrigado a aceitar a chamada. Jesus veio para todos, mas
jamais obrigou ou obrigará as pessoas de segui-lo. Mas se decidirmos segui-lo
devemos fazer a auto renúncia, esta é a primeira condição para segui-lo. Não é fácil
renunciar a si mesmo! Aprender a dizer “não” ao nosso ego que está acostumado
com os afagos soberbos da vida (Ef 4.22; Hb 12.1). Além da auto renúncia Jesus
disse: “...tome a sua cruz”. Aceitar a chamada não é um mar de rosas e nunca
será. Levar a cruz é levar o próprio instrumento de morte. No grego “seguir” é
“okolouteito” que é seguir com a intenção de permanecer ou ficar. Não é apenas
passar algumas horas ao lado de Jesus só porque Ele pode a qualquer momento
pode multiplicar pães e peixes.

3 A CHAMADA ESPECÍFICA DE DEUS


3.1 Deus escolhe quem ele quer. A chamada, seja universal ou específica, sempre
partirá do próprio Deus. Além da chamada universal, Deus é soberano para separar
de forma específica as pessoas que executarão com fidelidade os seus propósitos.
Foi assim com Abraão, Moisés, Samuel, Davi, Jeremias, João Batista, Paulo, etc.
Em Atos 9 Saulo, após ter um encontro com Jesus a caminho de Damasco, foi
levado para esta cidade e ficou na casa de um homem chamado Judas. Jesus em
visão fala para Ananias, homem piedoso, ir até a casa de Judas e orar por Saulo”
(At 9.3-18). Depois em At. 13 vemos o Espírito Santo falando na Igreja que estava
em Antioquia a respeito da chamada de Saulo (At 13.1-3).

3.2 A questão da vocação. A palavra “vocação” e “chamada” na Bíblia basicamente


têm o mesmo significado, ambas estão ligadas ao “ato de chamar, uma escolha ou a
disposição para executar alguma missão”. Segundo o Dicionário secular “vocação
é por extensão um talento, uma aptidão natural, um pendor, uma capacidade
específica para executar algo que vai lhe dar prazer”. Também se fala em “vocação
religiosa” que nada mais é que um chamado de Deus para a prática do sacerdócio
ou dedicação exclusiva a Deus. A Bíblia diz que Jesus nos salvou e chamou para
uma santa vocação (2Tm 1.9). A este respeito Paulo escreveu dizendo: “Por isso
também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua
vocação, e cumpra todo o desejo da sua bondade, e a obra da fé com poder” (2Ts
1.11).

62 A caminhada cristã à luz da Bíblia


3.3 O perigo de desprezar esta chamada. “Quando somos chamados e escolhidos
especificamente por Deus para executar os seus desígnios, parece que não temos
outra escolha a não ser a de cumprir com esta vocação. Jonas era profeta de Deus,
aceitou o seu chamado e a sua vocação foi posta em prática, mas quando se recusou
cumprir os desígnios divinos, quase perdeu a vida (Jn 2.1-10), ainda bem que Deus
é misericordioso e sempre nos concede a rica oportunidade de arrependimento (Ap
2.5).

CONCLUSÃO
É um privilégio para qualquer pessoa ser chamada por Deus e também
ser escolhido por Ele para executar os seus propósitos. Que ao ouvir o chamado
divino não endureça o vosso coração, mas volte-se inteiramente para Ele como
filhos arrependidos.

REVISÃO
1 A chamada para a obra é para todos?
2 Qual o propósito da chamada de Deus para sua Obra?
3 Qual o significado de vocação?
4 Qual o perigo de negligenciarmos a chamada do Senhor?

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LIÇÃO

12

O CRISTÃO VIVENDO NA PLENITUDE


DO ESPÍRITO SANTO

21 de março

REFERÊNCIAS BÍBLICAS
FUNDAMENTO
At 2.1-4
“E eis que sobre vós envio a
1 E, cumprindo-se o dia de Pentecostes,
promessa de meu Pai; ficai, porém, na
estavam todos concordemente no
cidade de Jerusalém, até que do alto
sejais revestidos de poder” mesmo lugar;
2 E de repente veio do céu um som,
(Lc 24.49). como de um vento veemente e
impetuoso, e encheu toda a casa em que
estavam assentados.
3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram
sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas,
conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.

64 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira. Joel 2.28 - A promessa do Espírito Santo no Antigo


Testamento.
Terça-feira. Mc 16.16 - A Bíblia não deixa o homem em dúvida.
Quarta-feira. Lc 24.49 - A promessa do Espírito se cumpre no Novo
Testamento.
Quinta-feira. Jo 15.26 - Jesus nos enviou o outro Consolador.
Sexta-feira. At 1.8 - Nós recebemos a virtude do Espírito Santo.
Sábado. At 2.1-4 - O Espírito Santo derramado em profusão.

OBJETIVO ERAL
- Estudar sobre o que é viver na plenitude do Espírito Santo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Estudar sobre a Festa de Pentecostes.
- Estudar sobre o mover do Espírito Santo no dia do Pentecostes.
- Refletir sobre o viver a plenitude do Espírito Santo.

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INTRODUÇÃO
Além do profeta Joel que profetizou o derramar do Espírito Santo nos
últimos dias, Jesus também falou que enviaria aos seus discípulos o Espírito Santo.
No Evangelho de João, Jesus fala que enviará “o Consolador”, da parte do Pai aos
seus seguidores para que testifiquem dEle (Jo 15.26,27). No capítulo 24 de Lucas,
Jesus, após a sua ressurreição, aparece aos seus discípulos e antes de ascender
aos céus lhes ordena para que fiquem em Jerusalém até receberem a promessa de
revestimento espiritual (Lc 24.49).

1 CHEIOS NO DIA DE PENTECOSTES


1.1 A Festa Judaica de Pentecostes. O Pentecostes é a festa dos primeiros frutos
da colheita judaica. Ela é celebrada cinquenta dias depois da Páscoa (Lv 23.15-22),
daí o termo “Pentecostes”, que no grego é pentekostos (cinquenta). É daí que vem
o termo Pentecostal que é derivado da palavra Pentecostes. Foi nessa festa judaica
que o Espírito Santo desceu sobre os seguidores de Jesus Cristo no cenáculo,
conforme descrito em Atos capítulo 2, em cumprimento à promessa de Joel 2.28.

1.2 Entendendo o avivamento vindo de Deus. Avivamento significa literalmente


“tornar mais vivo”. Muitos confundem avivamento com movimento, com
aglomerações de pessoas, etc. Avivamento é, acima de tudo, a manifestação de
Deus no meio do povo, através do Espírito Santo, com a finalidade de promover
profundas mudanças na vida espiritual das pessoas. Dentro de uma visão bíblica,
Deus nunca usou de grandes multidões para promover ou iniciar um avivamento.
Ele sempre iniciou os avivamentos no particular, ou seja, iniciou-os no coração
quebrantado e contrito de homens e mulheres dispostos a realizarem a vontade
exclusiva de Deus.

1.3 Na plenitude do Espírito Santo. Na festa de pentecostes, os discípulos que


estavam reunidos no cenáculo, experimentaram do derramar da promessa de
Deus e ficaram ceios do Espírito Santo. A Bíblia diz que após estarem “Cheios”,
começaram a falar em outras línguas, concedidas pelo Espírito Santo. Segundo
o Dicionário Bíblico a palavra “Cheio” traduzida do Grego “Perisseuó” significa
“ocupar, encher, transbordar” ou “estar presente de tal modo que o espaço não seja
suficiente para conter. O viver cheio do Espírito Santo é um dos mais altos valores
patrimoniais da fé cristã. Pode-se dizer que “o nosso relacionamento com o Espírito
Santo é o termômetro do Cristianismo”.

2 O MOVER DO ESPÍRITO SANTO NO DIA DE PENTECOSTES


2.1 O cumprimento de uma promessa. A promessa cumpriu-se por volta das
nove horas da manhã. As Bíblia diz que o som parecido com o barulho de um
vento forte encheu todo o cenáculo onde estavam reunidos. E de repente eles viram
línguas como que de fogo sobre a cabeça de cada um, momento em que todos foram

66 A caminhada cristã à luz da Bíblia


cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2.1-4). Foi o
revestimento de poder que Cristo falou para eles (Lc 24.49; At 1.8). Foi tanto poder
que chamou a atenção das pessoas que estavam do lado de foram e muitos diziam
que estavam embriagados. (Jl 2.28,29).

2.2 Para quem é a promessa de ser cheio? Pedro declarou que a festa de Pentecostes
foi a data escolhida por Deus para cumprir a promessa gloriosa. Falou, ainda, sobre
a abrangência dessa promessa (At 2.38,39). Ele disse que a promessa era para todos
os que estavam presentes naquele momento, “a promessa diz respeito a vós”, ou
seja, para todos os que seguiam Jesus e creram em suas palavras. “É para vossos
filhos”! a promessa do derramamento do Espírito Santo também alcançaria a nossa
descendência “A Promessa é para todos os que estão longe” (Is 40.5).

2.3 O objetivo do recebimento da promessa. “Mas recebereis poder ao descer


sobre vós o Espírito Santo e ser-me-eis testemunhas...” (At 1.8). Jesus deixou claro
sobre qual era o motivo dos discípulos serem revestidos de poder ao receberem eles
o Espírito Santo: serem testemunhas dEle! Deveriam testificar acerca de suas obras
começando por Jerusalém, Judéia, Samaria, até aos confins da terra. Os discípulos
sem dúvida alguma precisariam do poder capacitador sobrenatural do Espírito
Santo para testificar das obras de Jesus, pois seriam perseguidos e mortos por causa
deste testemunho. Quem abraça o evangelho, deve ter o desejo de transmiti-lo às
demais pessoas ainda que isto lhe custe a própria vida (Mc 16.18).

3 O QUE FAZER PARA VIVER NA PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO?


3.1 Perseverança e Obediência Plena. Antes de ascender aos céus Jesus ordenou
aos seus discípulos que ficassem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos
de poder (Lc 24.49). Dessa forma, todos eles perseveraram em oração no cenáculo
em Jerusalém por quase quarenta dias, obedecendo à ordem dada por Jesus. Deus já
havia preparado tudo, dia, hora e lugar para dar cumprimento à promessa de Joel e
revestir todos os discípulos conforme as palavras de Jesus. Toda promessa passa pelo
teste do tempo e com o derramamento do Espírito Santo não foi diferente, demorou
aproximadamente 750 anos para se cumprir. Por isso, precisamos dessas virtudes,
perseverança e obediência, as quais levaram todos os que plenamente creram na
promessa de Deus a serem cheios do Espírito Santo na festa de Pentecostes (Mc
16.16).

3.2 Comunhão Plena. “E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos


reunidos no mesmo lugar” (At 2.1). Além de perseverarem em oração e obediência
à palavra dada por Jesus, os discípulos estavam reunidos no mesmo lugar. Mas eles
não estavam simplesmente reunidos em um lugar. Eles estavam unidos de maneira
uniforme pela palavra de Jesus, numa demonstração clara de comunhão plena com
Deus e com as demais pessoas que ali estavam. Uma das coisas mais importantes

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 67


na vida espiritual é a comunhão com Deus e na vida religiosa a comunhão com o
nosso próximo (Sl 133.1).

CONCLUSÃO
Viver na plenitude do Espírito Santo é ter uma vida cristã controlada por Ele
sem deixar qualquer espaço para o pecado. É viver exclusivamente na dependência
de Deus e ser orientado por sua palavra todos os dias até a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo.

REVISÃO
1 De onde deriva a palavra “pentecostal”?
2 Qual o significado da palavra avivamento?
3 Qual o objetivo do recebimento da promessa?
4 Para quem é a promessa de ser cheio do Espírito Santo?

68 A caminhada cristã à luz da Bíblia


LIÇÃO

13

O CRISTÃO E A PROMESSA
DA VINDA DE JESUS

28 de março

REFERÊNCIAS BIBLICAS
FUNDAMENTO
Mt Mt 24.1-3
“O Senhor não retarda a sua
1 E, quando Jesus ia saindo do templo,
promessa, ainda que alguns a têm por
aproximaram-se dele os seus discípulos
tardia”
para lhe mostrarem a estrutura do
(2Pe 3.9). templo.
2 Jesus, porém, lhes disse: Não vedes
tudo isto? Em verdade vos digo que não

ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.


3 E, estando assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos,
em particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da
tua vinda e do fim do mundo?

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 69


LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira: Mt 24.36 - O Senhor prometeu que virá outra vez.


Terça-feira: Mt 24.44 - O Senhor virá! Estejamos apercebidos.
Quarta-feira: Jo 14.1-3 - Jesus foi preparar-nos lugar.
Quinta-feira: At 1.9-11 - Assim como foi, Jesus virá outra vez.
Sexta-feira: Ap 3.11 - Aguardando com zelo, o que o Mestre nos confiou.
Sábado: Ap 22.20 - Guardemos ansiosos a volta do Senhor.

OBJETIVO GERAL
- Estudar sobre a segunda vinda de Cristo, em cumprimento à sua
promessa.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Esclarecer sobre a promessa de Jesus de voltar para buscar seu
povo.
- Estudar sobre os sinais da volta de Jesus.
- Mostrar que a volta de Jesus é certa.

70 A caminhada cristã à luz da Bíblia


INTRODUÇÃO
Infelizmente muitos cristãos já não acreditam mais na volta de Jesus Cristo.
Também muitos pregadores já não falam mais desta linda promessa para a igreja.
Mateus capítulo 24 nos mostra o discurso escatológico ministrado pelo Senhor.
O versículo 3 traz um questionamento duplo da parte dos discípulos: “Que sinal
haverá da tua vinda e do fim do mundo?”. A primeira preocupação deles é saber
qual seria o sinal que prenunciaria a vinda do Mestre.

1 JESUS REALMENTE VOLTARÁ PARA BUSCAR SUA IGREJA?


1.1 A promessa feita pelo próprio Jesus. “...virei outra vez...” Jesus prometeu
voltar mas não marcou o dia e nem a hora (Mt 24.36,44). Durante o seu ministério
Ele menciona aos seus discípulos o fato de sua vinda, ou seja, uma preciosa
promessa para aqueles que achavam que nunca mais viriam o Salvador. Conhecendo
o coração de seus seguidores Jesus bem antes deste discurso disse: “E quando eu
for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo...” (Jo 14.1-
3). Numa revelação dada ao Apóstolo João na ilha de Pátmos, disse “Venho sem
demora” (Ap 3.11; Ap 22.20). O que prometeu aos discípulos ele cumpriu. Falta
cumprir apenas a sua vinda (Lc 12.40).

1.2 O testemunho de dois varões no livro de Atos. Lucas registra em Atos (1) o
momento da ascensão de Jesus, o qual após ser ocultado por uma nuvem sumiu aos
olhos de todos que estavam presenciando aquele evento (At 1.9-11). No mesmo
instante dois varões vestidos de branco, falaram com os que ali estavam dizendo:
“Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós
foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11).

1.3 O relato do Apóstolo Paulo. Para corrigir problemas relacionados à fé cristã da


igreja de Tessalônica e combater algumas heresias acerca da vinda de Jesus, Paulo
alerta os crentes daquela igreja para que permaneçam firmes na fé, pois aqueles
que morreram em Cristo ressuscitarão no dia da vinda de Jesus (1Ts 4.16-18). E os
que estiverem vivos no dia deste evento serão arrebatados juntamente com os que
foram ressuscitados (ver 1Co 15.52,57).

2 ANTES DA SUA VOLTA JESUS FALOU QUE HAVERIA SINAIS


2.1 O sinal da destruição do templo (Mt 24.1,2). O primeiro sinal predito por
Jesus, ocorreu no ano 70 d.C. Ano em que as tropas romanas lideradas pelo general
Tito, cercou a cidade e após longa resistência por parte dos judeus, Jerusalém foi
dominada e o templo queimado e destruído. Diz a história que foram tantos judeus
crucificados que era até difícil passar por entre as cruzes. E os que resistiram do
lado de dentro dos muros, para não morrerem de fome, passaram a comer a carne
dos próprios filhos (Lm 4.10).

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 71


2.2 Sinais em várias áreas. Além do sinal inicial que foi a destruição do templo,
jesus mencionou a ocorrência de vários sinais que ocorreriam em outras áreas,
quais sejam: na área religiosa, política, social e na natureza, sinais para a nação de
Israel e o sinal da figueira. Os sinais na área religiosa: surgimento de falsos profetas
e enganadores (vs.4,5,11), Ódio e perseguições generalizados (v.9), Escândalos na
obra de Deus (v.10), Apostasia espiritual (vv. 12,13); sinais na área política, social
e na natureza (v.6,7): na área Política (v.6). Outro aspecto a se considerar é o que
está escrito no (v.7) que diz: “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino
contra reino...”; na área social - “...e haverá fomes, e pestes... em vários lugares”;
na natureza (v.7); sinais para a nação de Israel (v.15) o abominável da desolação (2
Ts 2.3-4; Dn 12.10-12), perseguição e martírio (vv.16-21).

2.3 O sinal da figueira. (Mt 24.32,33). Segundo eruditos em escatologia o povo


israelita é a figueira que irá brotar como sinal. Fato que ocorreu no dia 14 de maio
de 1948, quando por intermédio do voto de um brasileiro na ONU, Osvaldo Aranha,
Israel passou a ser uma nação de fato e de direito. A figueira brotou! (Is 60.8). Dessa
forma o povo judeus é de alguma forma o relógio de Deus na terra e com certeza
um dos maiores referenciais da vinda de Jesus para a igreja (Nm 34.1-15; Ez 47.13-
23; Am 9.11-15).

3 A CERTEZA DO CUMPRIMENTO DA PROMESSA


3.1 É uma promessa real. “Passarão os céus e a terra, mas as minhas palavras
não hão de passar” (Mt 24.35). Jesus enfatiza que tudo o que dissera anteriormente
acontecerá com certeza, que seu cumprimento é mais certo que a própria existência
do céu e da terra (Jr 1.11,12; Ez 12.28). Tudo o que Deus anuncia é verdadeiro,
Ele não pode mentir (Tt 1.2). Por isso, devemos crer que a promessa da vinda de
Jesus acontecerá da forma como Ele mesmo falou, pois suas promessas são reais. A
Bíblia diz que palavra alguma falhou de todas as boas coisas que o Senhor falou à
casa de Israel e que tudo se cumpriu (Js 21.45).

3.2 Deus cumpre suas promessas. Jesus comparou a “fornalha de fogo” (Mt
13,42,50) ao Gehenna, também con“Deus não é homem, para que minta; nem filho
do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e
não o confirmaria?” (Nm 23.19). Deus não pode mentir e também não deixará de
cumprir com a sua própria palavra. Paulo, aos romanos (4.21) diz: “sabendo que
Deus é poderoso para cumprir o que prometeu”. Promessa é uma afirmativa feita na
intenção de cumprir alguma coisa. No entanto, toda promessa passa pelo teste do
tempo. Pode se cumprir de imediato ou após um longo período, mas jamais ficará
sem ter o seu cabal cumprimento (2Pe 3.9).

3.3 Todos os sinais já se cumpriram! Todos os sinais que Jesus falou aos seus
discípulos saindo do templo já se cumpriram literalmente ao longo do tempo com

72 A caminhada cristã à luz da Bíblia


detalhes impressionantes. Paulo disse: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu
com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram
em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim
estaremos sempre com o Senhor” (1Ts 4:16,17). O mesmo Jesus que subiu aos céus
do monte das Oliveiras diante do olhar atônito de vasta multidão, voltará de forma
iminente para cumprir de forma gloriosa a sua promessa.

CONCLUSÃO
O cumprimento da promessa do arrebatamento da igreja é somente uma
questão de tempo. Devemos estar preparados e apercebidos, com as lâmpadas
cheias de azeite, pois a qualquer instante se ouvirá o brado: Aí vem o noivo sai-lhe
ao encontro! “Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não
tardará” (Hb 10.37).

REVISÃO
1 Qual o alerta que Paulo fez aos crentes de Tessalônica?
2 Qual a lição que tiramos do sinal da Fiueira?
3 Cite três áreas da nossa existência em que os sinais da vinda do Senhor se
cumprem.

Atualidade Cristã | Adultos - Aluno 73

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