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BARRA DO CORDA – MA
2018
RONNIE PAULINO LOPES
BARRA DO CORDA – MA
2018
RONNIE PAULINO LOPES
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Orientador
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Nome do Examinador
20 Examinador
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Examinador
Dedico este trabalho primeiramente а Deus,
por ser essencial em minha vida, o meu maior
apoio nos momentos difíceis.
A minha esposa Tereza Paulino, meus filhos e
toda minha família, que não mediram esforços
para me ajudar nessa etapa tão importante da
minha vida.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................10
2 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.............................................................................12
2.1 Alimentos Benéficos para a Saúde ...........................................................13
2.1.1 Alimentos Orgânicos...............................................................................15
2.1.2 Os Alimentos e AIDS .............................................................................16
2.1.3 Os Alimentos e o Câncer........................................................................16
2.1.4 Os Alimentos e as Infecções..................................................................17
2.2 Alimentações Dentro e Fora do Lar...........................................................17
2.2.1Fast Food.................................................................................................18
1 INTRODUÇÃO
Em uma vida saudável, vários padrões e regras estão inclusas, como uma
alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos no dia a dia. Os benefícios
adquiridos por essas práticas e também por aplicar tais regras são visíveis, tais
como aptidão para as atividades diárias e aumento da resistência do organismo. A
prática regular de exercícios também é importante para a preservação de um bom
estado funcional orgânico.
Uma vida saudável pode desencadear inúmeros benefícios. A qualidade
nutricional combinada a atividades físicas é de suma importância para o bem estar
do homem e influencia tanto no aspecto físico, quanto psicológico. Atualmente o
entendimento de hábitos alimentares e a prática de atividades físicas podem
prevenir inúmeras doenças e ajudar no rendimento escolar dos alunos. Desta forma,
a partir de pesquisas desenvolvidas neste trabalho, pretende-se contribuir para o
maior conhecimento, planejamento e efetivação de uma alimentação adequada com
a combinação de atividades físicas.
Neste estudo visou-se atender aos recursos de uma pesquisa qualitativa
(explora pensamentos pessoais) de caráter bibliográfico. Utilizaram-se como base
bibliográfica autores vinculados à área da saúde, alimentação e educação física
escolar. E objetivou analisar as boas práticas de alimentação saudável e associar os
exercícios físicos a uma vida saudável.
No primeiro capítulo abordaremos a alimentação saudável dentro e fora do
lar, que com a ascensão do sistema capitalista, alguns hábitos familiares se
diversificaram, pais e filhos passaram a se alimentar com fast food e produtos
industrializados, devido à vida tumultuada e ao excesso de trabalho e estudos.
No segundo capítulo destacamos a questão do equilíbrio alimentar e a busca
pela estética com uma alimentação saudável, a busca por essas informações e
conhecimentos tem ocorrido em detrimento a uma vida saudável, a qual foi colocada
em segundo plano. Ainda, em decorrência de uma imposição dos padrões de beleza
contemporâneos a sociedade passou a utilizar de métodos para alcançar o
parâmetro ideal, como dietas que camuflam uma alimentação saudável e excesso
de exercícios físicos, resultando em doenças como, anorexia, bulimia entre outras.
E por ultimo no terceiro capitulo iremos fazer um histórico da atividade física
e sua importância. Buscou-se discutir sobre a influência no rendimento escolar nas
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2 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Segundo Aguiar (2007, p. 27) “os produtos orgânicos são cultivados sem o
uso de adubos sintéticos principalmente nitrogênio, fósforo e potássio - e sem o uso
de agrotóxicos”. Ao contrário da agricultura convencional, a agricultura orgânica
pratica a rotação de culturas; com manejo do solo baseado na utilização de matéria,
tanto vegetal quanto animal, para a adubação, permitindo a manutenção de seus
organismos e porte de nutrientes.
Assim, esterco curtido, adubação com leguminosas, dentre outras técnicas,
são empregadas visando este objetivo. A aplicação de minerais naturais e controle
biológico de pragas são outros aspectos relacionados a essa prática, que exclui
completamente a utilização de transgênicos. Dentre outras vantagens, alimentos
orgânicos podem ter seu valor nutricional maior do que dos alimentos não orgânicos.
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De acordo com Silva (2004, p. 12) “fast food” significa comida rápida. Os “fast
food” foram criados para pessoas desprovidas de tempo para se alimentarem e que
optam por comer alimentos que rapidamente ficam prontos, mas na maioria das
vezes são cheios de calorias.
Com o desenvolvimento do capitalismo as cidades foram crescendo e ocorreu
aumento das tarefas diárias das pessoas, em 1970 as grandes empresas de “fast
food” ganharam destaque e começaram a se espalhar pelo mundo, tornando-se
muito popular em lugares onde o tempo é valioso.
A rapidez, comodidade, facilidade e o sabor são as vantagens de frequentar
um “fast food”, mas vários problemas estão relacionados à quantidade de gordura,
açúcar e sal contidos nesses alimentos, o que muitas vezes leva à obesidade.
Segundo Silva (2004, p. 13) “A “slow food” (comer devagar) é uma associação
criada por Carlo Petrini e tem como tese a apreciação dos alimentos, desde a
natureza até chegar à mesa”. Possui uma filosofia de que os consumidores devem
ter informação, que tradições alimentares devem ser preservadas. O alimento deve
então ser bom, limpo e com preço justo, deve ter sabor, respeitar o meio ambiente e
ter um preço que agrade tanto produtor quanto consumidor.
A associação possui mais de 100 mil membros no mundo todo e organizam
periodicamente atividades como palestras de educação alimentar para crianças,
oficinas de degustação, turismo ecológico e gastronômico e jantares. Os membros
acreditam também que monopólios e grandes empresas são prejudiciais, pois os
alimentos devem ser comercializados diretamente com o produtor, sem o
atravessador o produto ficaria bem mais barato.
A junk food, do inglês, segundo Silva (2004, p. 28) é conhecido também por
porcaria ou besteira, é conhecida assim por ser um alimento com nível baixo de
nutrientes, mas altos teores calóricos. A expressão foi criada por Michael Jacobson,
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diretor do Center for Science in the Public Interest em 1972 e depois disso foi se
popularizando.
O interesse dos fabricantes em produzir esse tipo de alimento se iniciou, pois
é barato, possui um prolongado prazo de validade e alguns podem nem precisar de
refrigeração. O interesse do público é dado porque é fácil de encontrar, precisa de
pouco ou nenhum preparo e pode ter de vários sabores.
A junk food não é saudável por conter altos níveis de gordura saturada, sal ou
açúcar e numerosos aditivos alimentares, então pode levar a varias doenças como a
obesidade, doenças coronárias, diabetes tipo dois, hipertensão e cáries.
Segundo Kamel e Kamel (2003, p.13) “A vida é mantida por meio de uma
troca contínua de substâncias e por uma transformação constante de energia”.
Substância e energia advêm dos alimentos. Os primeiros alimentos utilizados pelo
homem primitivo,
provinham da caça, da pesca e dos frutos silvestres.
Segundo estes autores, os objetos e representações do homem pré-histórico
mais remoto revelam-no em relação e em atividade do problema alimentar – a caça.
Era a procura do alimento necessário para suprir o desgaste contínuo de energia,
despendida no crescimento, na manutenção da temperatura corporal e na atividade.
Na busca do alimento, o homem exercitava-se, e a sua alimentação era à base de
proteínas e frutas; com isto, se equilibrava caloricamente.
Depois de se passarem alguns milhares de anos, do estágio paleolítico,
continuam os autores, chegou-se finalmente aos primeiros índices de conhecimento
da linguagem neolítica, cerca de sete milênios antes da era cristã, época em que a
alimentação humana atingia a sua plenitude, com toda a sorte de conhecimentos da
domesticação dos animais, do cultivo organizado de cereais, atividade pastoril,
fabrico e preservação de alimentos, desenvolvimento artesanal, mantendo-se
estável até o século XIX quando a vida das grandes cidades começou a absorver a
vida dos campos, diminuindo a atividade física; e a máquina, expressão absoluta da
civilização industrial, passou a interferir profundamente na condição humana.
Ainda na pré-história verifica-se a diferença de classes, e com ela, as
diferenças de padrões de vida e de alimentação. A alimentação humana tem se
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Tendo por foco de análise as preferências alimentares dos mais jovens, que
nem sempre recaem sobre os alimentos considerados mais saudáveis, e o
sedentarismo.
Segundo Vitolo (2008, p. 23) “hoje a ferramenta mais segura e eficiente para
combater distúrbios nutricionais, como a obesidade, é o investimento em medidas de
saúde que dependem, por sua vez, dos interesses dos gestores de políticas
públicas, já mencionado anteriormente”. Essas medidas incluem mudanças nas
propagandas de alimentos e guloseimas destinadas ao público infantil e jovem,
modificações no teor de gordura e açúcar dos alimentos, estímulo às famílias à
prática de atividades físicas e, principalmente, a utilização da escola como local no
qual as questões nutricionais possam ser debatidas e transmitidas às crianças e
adolescentes.
Nesse contexto, Danelon et al. (2006, p. 23), relatou merecer destaque, o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), presente na totalidade das
escolas públicas do país como um serviço ao qual poderiam ser incorporadas
estratégias de intervenção, com vistas ao reconhecimento e consolidação de hábitos
alimentares saudáveis. Não é possível ignorar, também, a importância de orientar os
alunos sobre os alimentos que são comercializados pelas cantinas, frequentemente
presentes nas escolas.
O ambiente escolar é um importante local para a formação de bons hábitos
alimentares e para a educação nutricional, visto que, é nesse ambiente que
substancial proporção de crianças e adolescentes permanecem por expressivo
período de tempo diário.
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3 EQUILÍBRIO ALIMENTAR
Para ter uma alimentação saudável você não precisa abrir mão de tudo que
você gosta de comer, basta fazer uma moderação de tudo que come, pois assim
poderá comer de tudo e ganhar saúde. Para satisfazer as necessidades do
organismo. Dessa forma, podemos dizer que Equilíbrio Alimentar significa ter um
balanceamento no que precisa comer e do que gosta de comer.
Quando se fala em padrões estéticos, logo surge a ideia de que para sermos
aceitos socialmente, precisamos ser esteticamente bonitos e seguirmos regras e
padrões de formas corporais. Ao assistirmos televisão ou folhearmos uma revista,
observamos homens e mulheres esbeltos e corpos perfeitos. Temos a impressão de
que esse é o modelo ideal de saúde e bem - estar. Isso tem levado as pessoas a
buscarem soluções mágicas e radicais. Mas essas medidas não tem tornado as
pessoas mais saudáveis e talvez nem mais felizes.
Os cuidados que devemos ter com o corpo, não devem ser de forma
compulsiva, praticar intensamente exercícios físicos, acreditando que ele seja a. É
preciso compreender que muitas vezes o indivíduo é sacrificado em sua essência,
massificado de informações que vem de todos os lados. Por isso é preciso ter bem
claro a maneira como nosso corpo é visto por nós mesmo
Mól e Pires (2006, p. 24) lembram ainda que “a mídia imprime padrões de
corpos tidos como ideais a serem seguidos e ainda disponibiliza meios para alcançá-
los”.
Os autores salientam que:
social. Com isso pode causar certo estranhamento por aqueles que se encontram
fora dos padrões da sociedade ou dos critérios impostos por ela. Transferindo para o
individuo a responsabilidade da escolha de estar ou não em boa forma de estar ou
não saudável e as consequências que resultam dessas escolhas.
De acordo com Gonçalves e Vilarta (2004, p. 87), “a imagem corporal está
veiculada à nossa identidade, direciona nossas ações, influencia nossas percepções
e define nosso grau de satisfação ou insatisfação com cada experiência vivida”.
É evidente a importância que é dada a beleza e a estética como um objeto de
desejo, assim deixam de ser considerados como questões de segundo plano e
passam a ser considerado alicerce da vida de algumas pessoas. Mas é preciso ter
bem claro o real significado dos seus valores e que sentido isso passa a ter na vida,
pois estamos constantemente cercados de informação. Por fim não envolve só a
prática de atividade física, mas também dietas o uso de medicamentos e cosméticos
e tudo que envolva a preocupação em ter um corpo bonito e saudável, reforçando o
discurso que a transformação corporal leva à felicidade.
Além disso, podemos dizer que a sociedade revela ao seu tempo o tipo de
corpo e de estética para cada individuo. Visto que é fácil observar os tipos diferentes
de roupas e até mesmo o comportamento das pessoas quando vão para um
shopping, a escola, a academia, em encontros religiosos. Existe um padrão de
estética corporal e um tipo corpo para cada ocasião.
Costa e Venâncio (2004, p. 60) afirmam que: “Os meios de comunicação de
massa constroem e apresentam à sociedade o corpo desejável, “perfeito”,
transformado e “feliz”: protótipo do belo”. Normalmente, cabe aos profissionais de
Educação Física uma prática que reproduza este protótipo.
Na atualidade, parece ser perfeitamente comum a veiculação de assuntos e
notícias nos meios de comunicação, envolvendo o corpo e sua estética. As
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3.2.1 Anorexia
A Anorexia de acordo com Brasil Escola (2010) é uma doença que afeta
geralmente mulheres jovens e adolescentes, que por mais que já estejam magras se
olham no espelho e se veem obesas. Esse transtorno alimentar se caracteriza pelo
medo de ganhar peso, podendo causar graves problemas psiquiátricos e até levar à
morte.
A pessoa que sofre de anorexia passa a comer cada vez menos, devido ao
medo de engordar, e procura qualquer forma para perder peso, usando laxantes,
dietas perigosas, vômitos induzidos e excesso de exercícios físicos. Essas pessoas
que apresentam a anorexia não costumam assumir a doença, devido a isso são os
familiares que devem procurar ajuda profissional.
Segundo Pamplona (2007, p. 23) “A anorexia é uma doença que afeta
principalmente mulheres e adolescentes”. Os principais sintomas da anorexia são: a
perda de peso em um curto espaço de tempo, depressão, ansiedade e irritabilidade,
exercícios físicos excessivos, isolamento da família e amigos, amenorreia
(interrupção do ciclo menstrual), regressão de características femininas, obsessão
pelo peso corporal, recusa em participar das refeições juntamente à família,
passando a comer escondido, apresentam pele extremamente seca, doenças
frequentes, fadiga e sono excessivo. Esse transtorno alimentar muitas vezes está
ligado ao conceito de corpo ideal, fazendo com que a pessoa se sinta fora desses
padrões “ideais”.
Esse transtorno alimentar se caracteriza pela rejeição de alimentos com o
objetivo de perder peso, e isso pode gerar a baixa autoestima e má alimentação
causando a desnutrição. Com isso a pessoa passa a perder peso rapidamente, além
de aumentar a ansiedade e irritabilidade.
Para auxiliar na melhora do paciente anoréxico é indicado o aumento de
consumo de carboidratos, legumes e zinco, e também a redução ou até mesmo a
eliminação do farelo de trigo, do açúcar branco e de gorduras.
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Louredo (2010, p. 23) diz que “geralmente a pessoa anoréxica não assume a
doença, devido a isso são os familiares que devem procurar a ajuda de um
profissional especializado no assunto”. A anorexia pode causar até a depressão, e
pode levar ao afastamento do doente em relação à família e aos amigos. E em
casos mais extremos podendo até levar à morte, devido a isso a anorexia deve ser
tratada através de terapias e com um auxilio de uma equipe de profissionais.
3.2.2 Bulimia
revertido: o gosto pelo alimento de sabor mais forte, mais salgado ou mais doce,
geralmente são os mais ricos em gorduras e o mais saborosos.
As escolas devem oferecer alimentação equilibrada e orientar seus alunos
para a prática de bons hábitos de vida, pois a criança bem alimentada apresenta
maior aproveitamento escolar, tem o equilíbrio necessário para seu crescimento e
desenvolvimento e mantém as defesas imunológicas adequadas.
As consequências principais da alimentação inadequada no período escolar
podem ser caracterizadas como alterações do aprendizado e da atenção e carências
nutricionais específicas.
Entre os alimentos que devem ser evitados nas cantinas estão: refrigerantes e
sucos artificiais, balas, caramelos, gomas de mascar e similares, doces à base de
creme e com recheio e/ou cobertura de "chantilly", salgadinhos fritos (croquetes,
coxinhas, pastéis, etc.) com procedência duvidosa e salgadinhos industrializados.
Esses produtos podem ser substituídos por sucos naturais, vitaminas de
frutas da época, leites e iogurtes, frutas, sanduíches naturais, bolos de cenoura,
"cookies" de fibras (aveia ou farelos em geral) e as frituras devem ser trocados por
assados.
Um erro alimentar é permitir que a criança coma mais na hora dos lanches
do que no horário das refeições principais (almoço e jantar). Como o tempo
de digestão e a capacidade gástrica (volume alimentar que o estômago
suporta) na criança não são iguais aos dos adultos, a satisfação provocada
por uma refeição à base de leite e biscoitos açucarados, por exemplo, pode
se prolongar por muito tempo em uma criança pequena, reduzindo o apetite
para a próxima refeição. (MÓL E PIRES, 2006, p. 46).
atingiram seu objetivo maior, colaborar positivamente para a vida e saúde de seus
alunos.
De acordo com Catunda (2012, p. 19), “questões de organização, discussão,
ações disciplinares, estratégia, reorganização da estratégia e aplicação dos
conhecimentos adquiridos podem render muito mais quando exercitadas dentro das
atividades”. Isso se dá pelo fato de se ter o exemplo em tempo real. Não se pode
confundir com a alienação de uma prática de atividade física sem um contexto e
significado para a vida dos alunos, onde o único sinal visível de mudança do estado
inicial seja a transpiração.
Então essas aulas deixariam de ser monótonas dando lugar ao prazer, mas a
realidade que encontramos é bem outra. Muito se fala sobre a ausência de quadras
e ginásios esportivos para a execução de boas aulas, Segundo os dados do censo
escolar de 2012 divulgados pelo MEC, apenas 33% das unidades de Ensino tem os
equipamentos necessários, mas uma parcela considerável delas sofre com más
condições de conservação, o piso está rachado, e falta o material mínimo, como
tabelas, redes, gols e bolas.
As áreas que menos recebem investimento em educação, como a zona rural
são as que mais sofrem com a falta de infraestrutura, professores qualificados,
ausência de materiais específicos, no entanto as escolas urbanas não fogem a
regra, encontram-se degradadas, muitas em situação de abandono, exigindo do
professor o máximo da criatividade, buscando cada vez mais espaços alternativos.
Paulo Freire (2006, p. 32) ressaltou dizendo “nas minhas primeiras visitas à
rede quase devastada”, eu me perguntava horrorizado: como cobrar das crianças
um mínimo de respeito às carteiras escolares, às mesas, às paredes, se o Poder
Público revela absoluta desconsideração à coisa pública?
Contrariando toda e qualquer probabilidade de sucesso, alguns profissionais
no inicio de sua formação acadêmica são protagonistas de uma história de
superação e luta, para expor seu recente conhecimento. Nas estradas do Brasil
afora se deparam com vias de terra e lama, transportes inadequados para
locomoção dos professores, dos alunos e horários irregulares.
Chegando às escolas com a bagagem cheia de sonhos mergulham na
realidade que se descortina a sua frente, um cenário cinzento de possibilidades
improváveis, alunos sofridos, famintos que tem na escola sua primeira e única
refeição, isso quando a escola tem condições de oferecer a todos.
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Segundo Paulo Freire (2006, p. 39) “há uma relação entre a alegria
necessária, atividade educativa e a esperança”. A esperança de que professor e
alunos juntos podem aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente
aos obstáculos, a nossa alegria.
A Educação Física na escola além do espaço físico tem como finalidade
desenvolver a cultura, para isso é estritamente imprescindível a parceria do
professor com o restante da escola, para que crianças e jovens passem a adquirir o
conhecimento necessário sobre as funções do corpo, e exercícios aplicados,
valorizando a interdisciplinaridade.
para o autoconceito e autoestima. Para que isso aconteça à escola deve repassar
conhecimentos técnicos e científicos específicos do profissional de Educação Física.
Segundo Sousa (2009, p.4) “Tal disciplina deve integrar-se ao plano
pedagógico com atividades que juntem o desenvolvimento físico, motor e
intelectual”. É fundamental que a criança se movimente e participe, mas que
entenda o que fez e amplie seu olhar sobre as práticas da cultura corporal.
A multidisciplinaridade também ajuda a vincular a aprendizagem ao contexto
histórico-social da criança. Na educação infantil não se trabalha só o corpo ou só a
mente, trabalha-se em conjunto com outras disciplinas num ambiente natural e
lúdico, trazendo os alunos para um mundo de conhecimento corporal e
relacionamento interpessoal entre ambos.
Para que a dinâmica da interdisciplinaridade dê certo, planejamento e
sistematização são fundamentais, é preciso reuniões que decidam os conteúdos
previstos para que uma disciplina auxilie a outra. As aulas de educação física hoje
funcionam como ambiente para inclusão na escola, antes a disciplina tradicional
valorizava só o esporte e destacava os mais preparados, enquanto que os outros
ficavam a margem das aulas, isso aumentava a ausência dos alunos nas aulas.
Araújo (2009, p.07) afirma “que o profissional de Educação Física proponha a
maior variedade de atividades possível, a fim de que todos os alunos tenham a
oportunidade de experimentar algo com que se identifiquem”. Hoje ela é um
componente curricular muito importante e amplo, em termos de conteúdo, estratégia,
a fim de ser menos excludente.
Inclusão é a oportunidade dada a todo cidadão, mostrando igualdade de
oportunidade e convívio com a diversidade e o profissional de educação física com
certeza é o principal agente dessa inclusão, pois ele media a relação entre os
alunos, evidenciando que não é errado deixar de fazer gols ou ganhar corridas, o
errado é não querer participar.
È importante que em todos os momentos das aulas, enfatizar o
comportamento pessoal e coletivo dos alunos, por meio das práticas corporais, a fim
de promover valores sociais positivos. É nas aulas de Educação Física que o corpo
e suas habilidades ficam mais evidentes e a inclusão ganha especial destaque.
Pois elas mudam a condição atual do corpo e ajudam a reescrever o futuro,
estimulando as pessoas, desde a infância, há adquirir o habito de praticar exercícios
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Vários estudos realizados vêm concordar com a ideia de que a atividade física
tem um papel importante para o rendimento escolar dos alunos, no que diz respeito
aos conteúdos curriculares ministrados pelos professores em sala de aula.
Quando se fala de atividade física dentro do âmbito escolar, não, significa
apenas as aulas de Educação Física propriamente ditas, pode-se também
considerar que a hora do intervalo é um momento em que o aluno desenvolve
atividades físicas como lazer, este momento juntamente com as aulas de Educação
Física são formas eficazes do aluno liberar a energia acumulada em relação às
outras disciplinas, que dentro de suas metodologias, devem ser ministradas em sala
de aula.
Segundo Darido (2004, p. 90) “a Educação Física na escola, enquanto um
componente curricular tem como um de seus objetivos introduzir e integrar o aluno
na cultura corporal do movimento”. Formando-o cidadão que vai produzi-la,
reproduzi-la e também transformá-la em benefício do exercício crítico da cidadania e
da melhoria da qualidade de vida.
O aluno fica condicionado apenas a receber e aprender o que é proposto pelo
professor. A Educação Física também segue este modelo de ensino, porém como
dispõe de recursos diferenciados com a inclusão de um número maior de aulas
práticas, permite que o aluno se torne mais ativo durante as outras atividades da
grade curricular, e quando há esta liberação de energia, o estudante fica mais
presente nas demais disciplinas, melhorando significativamente seu rendimento
geral.
Para Pellizzaro (2002, p. 89) “a atividade física melhora os índices na saúde
individual, social e coletiva dos alunos e acrescenta que o rendimento escolar sofre
variações em decorrência, principalmente, da saúde mental”. Sendo que esta pode
sofrer interferência da saúde biológica e fisiológica, a mesma autora propõe que a
atividade física é fundamental para um bom funcionamento orgânico, intelectual e
emocional. O desempenho humano depende, entre outros fatores, de um corpo que
esteja em movimento.
A Educação Física em seus benefícios oferecidos aos alunos do ensino
fundamental vem se destacando no que diz respeito à socialização do estudante,
através da cooperação trabalhada pela disciplina. Essa socialização tem um papel
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Bento (2005, p.25) discorre que: “Eu amo a exigência e a dificuldade e é com
elas que eu entendo o sentido educativo, humano e civilizacional do desporto”.
Aprendi na vida que é da gravidade que se fazem asas, do peso se faz voo, da dor
se faz riso, do choro se faz canto.
Quem não está preparado para esta relação aluno x professor não observa o
contexto da vida de quem aprende e de quem ensina e não está preparado para
esse momento crítico que a sociedade expõe dia a dia. O envolvimento da
Educação Física com o indivíduo e com a sociedade dá-lhe responsabilidades que
extrapolam o "jogar futebol". O professor não pode, diante da sua missão,
aprofundarem-se unicamente nos seus conhecimentos técnicos.
O educador é fundamental e tem consciência disso, afinal outras profissões
dependem do seu discernimento. As responsabilidades de educar são complexas e
bastante específicas, pois somos avaliados atentamente por aqueles que
pretendemos formar, somos personagens que contracenam com os alunos os fluxos
de suas questões e os projetos por eles almejados, colocando assim a compreensão
como mediadora desse relacionamento aluno x professor.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A busca por uma vida sadia exige uma alimentação diversificada atrelada à
prática adequada de exercícios físicos. No cotidiano moderno, os novos hábitos
alimentares contribuem para um maior consumo de alimentos industrializados e de
baixo teor nutritivo. Dessa maneira, a população em um âmbito geral tem sido vítima
de problemas físicos e psicológicos advindos destes produtos.
Foi constatado através da analise bibliográfica que muitas pessoas ainda
desconhecem os hábitos e regras que levam a uma vida saudável e equilibrada. A
mídia também colabora para uma visão deturpada de uma alimentação balanceada
e da prática de exercícios físicos, além de ditar emblemas que levam muitos jovens
à anorexia e bulimia.
Conclui-se que desde os primórdios até os dias atuais a atividade física tem
um papel importante para a sociedade e para o indivíduo que busca uma melhor
qualidade de vida. Essa qualidade de vida reflete também no rendimento de cada
indivíduo. Esse rendimento voltado para alunos de escolas do ensino fundamental
parece refletir em melhores desempenhos dentro do âmbito escolar e nas demais
disciplinas.
Foi possível analisar também que faz-se necessário novas discussões sobre
o número de aulas de Educação Física na escola, não somente para se mostrar o
rendimento escolar dos alunos, mas sim em um contexto geral, já que a atividade
física gera muitos outros benefícios para os mesmos, tanto no seu rendimento
cognitivo, quanto social e cultural.
Sem a pretensão de esgotar o tema tratado, os objetivos da pesquisa foram
atingidos de maneira satisfatória, visto que a mesma forneceu subsídios para a
análise do assunto.
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REFERÊNCIAS
KAMEL, D.; KAMEL, J. G. Nutrição e atividade física. 2.ed. São Paulo: Sprint,
1998.
MOL, Dartagnan Pinto; PIRES, Joana Elisabete Ribeiro Pinto. Controle do peso
corporal: composição corporal e atividade física e nutrição. 2ªed. Rio de
Janeiro: SHAPE, 2006.
NEIRA, Marcos Garcia. Ensino de Educação Física. São Paulo: Thomson Lerning,
2007.
NEIRA, M G. (2009, agosto). Fala Mestre. Revista Nova Escola; 224; pp.38-42.
OLIVEIRA, Vitor Marinho de. O que é Educação Física. São Paulo: Brasiliense,
2004
ROGER, Jorge Pamplona. O Poder Medicinal dos Alimentos. São Paulo: Casa
Publicadora Brasileira, 2007.
SANTOS, J.C. (2008, abril). Muito mais que futebol. Seção: Sala de aula:
Educação Física. Revista Nova Escola. 211; Pp.84-85.
SILVA, Sérgio Rodrigues da. A busca por uma boa qualidade de vida. Set-nov,
2004. Disponível em:
http://www.seed.pr.gov.br/portals/folhas/anexosFase1/folhas72_v1.doc >. Acesso em
10. ABRIL. 2018.
VITOLO Kenneth. Saúde Total. Rio de Janeiro: Entre Livros Cultural, 2008.