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INSTITUTO PARÂMETRO DE EDUCAÇÃO – IPAE

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

RONNIE PAULINO LOPES

VIDA SAUDÁVEL: Alimentação e Saúde a partir do contexto escolar

BARRA DO CORDA – MA
2018
RONNIE PAULINO LOPES

VIDA SAUDÁVEL: Alimentação e Saúde a partir do contexto escolar

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Instituto Parâmetro de Educação – IPAE, como requisito
para aquisição do grau de Licenciado em Educação
Física.

Orientador: Frairon César Gomes Almeida

BARRA DO CORDA – MA
2018
RONNIE PAULINO LOPES

VIDA SAUDÁVEL: Alimentação e Saúde a partir do contexto escolar

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Instituto Parâmetro de Educação – IPAE, como requisito
para aquisição do grau de Licenciado em Educação
Física.

Orientador: Frairon César Gomes Almeida

Aprovada em _____ de ______________________ de 2018

_______________________________________

Frairon César Gomes Almeida

Orientador

_______________________________________

Nome do Examinador

20 Examinador

_______________________________________

Examinador
Dedico este trabalho primeiramente а Deus,
por ser essencial em minha vida, o meu maior
apoio nos momentos difíceis.
A minha esposa Tereza Paulino, meus filhos e
toda minha família, que não mediram esforços
para me ajudar nessa etapa tão importante da
minha vida.
AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos a todos os professores que me


acompanharam ao longo do Curso e aos meus colegas que compartilhamos
momentos bons e difíceis durante esses anos acadêmicos.
“Mais importante que a vontade de vencer é a
coragem de começar”
Josh Billings
RESUMO

Uma alimentação saudável combinada a pratica de exercícios físicos é de suma


importância para o desempenho individual do ser humano. Para tanto é necessário
analisar as boas práticas de alimentação saudável e associar os exercícios físicos a
uma vida sadia, a fim de propor uma melhor condição de vida. Para que se alcance
uma alimentação balanceada e diversificada é imperativo que se entenda das
funções desempenhadas por certos alimentos, pois estes podem trazer benefícios
ou malefícios. É necessário estar atento quanto às práticas alimentares e físicas
inadequadas, a fim de esclarecer dúvidas e derrubar mitos populares acerca do
assunto. Este trabalho monográfico visou-se atender aos recursos de uma pesquisa
qualitativa (explora pensamentos pessoais) de caráter bibliográfico. Utilizaram-se
como base bibliográfica autores vinculados à área da saúde, alimentação e
educação física escolar. E objetivou analisar as boas práticas de alimentação
saudável e associar os exercícios físicos a uma vida saudável.

Palavras – chave: Alimenta Saudável. Educação Física Escolar. Vida Saudável.


ABSTRACT

A healthy diet combined with the practice of physical exercises is of paramount


importance for the individual performance of the human being. Therefore, it is
necessary to analyze the good practices of healthy eating and to associate the
physical exercises with a healthy life, in order to propose a better life condition. In
order to achieve a balanced and diversified diet it is imperative to understand the
functions performed by certain foods, as these can bring benefits or harm. It is
necessary to be aware of inadequate food and physical practices in order to clarify
doubts and overt popular myths about the subject. This monographic work aimed to
meet the resources of a qualitative research (explores personal thoughts) of a
bibliographic character. Authors related to health, nutrition and school physical
education were used as bibliographical basis. And it aimed to analyze the good
practices of healthy eating and to associate the physical exercises with a healthy life.

KeyWords: Feeds Healthy. Physical School Education. Healthy life.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................10
2 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.............................................................................12
2.1 Alimentos Benéficos para a Saúde ...........................................................13
2.1.1 Alimentos Orgânicos...............................................................................15
2.1.2 Os Alimentos e AIDS .............................................................................16
2.1.3 Os Alimentos e o Câncer........................................................................16
2.1.4 Os Alimentos e as Infecções..................................................................17
2.2 Alimentações Dentro e Fora do Lar...........................................................17

2.2.1Fast Food.................................................................................................18

2.2.2 Slow Food...............................................................................................18

2.2.3 Junk Food............................................................................................... 18

2.3 Educação e Nutrição: Alimentação Ideal...................................................19

3 EQUILIBRIO ALIMENTAR .................................................................................22


3.1 A Busca pela Estética com Uma Alimentação Saudável...........................22
3.2 A influência da Mídia em Busca do Padrão Ideal de Beleza ....................23
3.2.1 Anorexia...................................................................................................26
3.2.2 Bulimia.....................................................................................................27
3.3 Saberes e Práticas Escolares no Enfrentamento do Problema da
Obesidade..............................................................................................................28
4 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR.........................................................................32
4.1 A Educação Física Escolar no Brasil..........................................................32
4.2 A Valorização da Educação Física Escolar nos Últimos Tempos .............34
4.3 Educação Física Escolar: Inclusiva e Interdisciplinar................................36

4.4 Atividade Física e o Rendimento Escolar...................................................39

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................42


REFERÊNCIAS .....................................................................................................43
10

1 INTRODUÇÃO

Em uma vida saudável, vários padrões e regras estão inclusas, como uma
alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos no dia a dia. Os benefícios
adquiridos por essas práticas e também por aplicar tais regras são visíveis, tais
como aptidão para as atividades diárias e aumento da resistência do organismo. A
prática regular de exercícios também é importante para a preservação de um bom
estado funcional orgânico.
Uma vida saudável pode desencadear inúmeros benefícios. A qualidade
nutricional combinada a atividades físicas é de suma importância para o bem estar
do homem e influencia tanto no aspecto físico, quanto psicológico. Atualmente o
entendimento de hábitos alimentares e a prática de atividades físicas podem
prevenir inúmeras doenças e ajudar no rendimento escolar dos alunos. Desta forma,
a partir de pesquisas desenvolvidas neste trabalho, pretende-se contribuir para o
maior conhecimento, planejamento e efetivação de uma alimentação adequada com
a combinação de atividades físicas.
Neste estudo visou-se atender aos recursos de uma pesquisa qualitativa
(explora pensamentos pessoais) de caráter bibliográfico. Utilizaram-se como base
bibliográfica autores vinculados à área da saúde, alimentação e educação física
escolar. E objetivou analisar as boas práticas de alimentação saudável e associar os
exercícios físicos a uma vida saudável.
No primeiro capítulo abordaremos a alimentação saudável dentro e fora do
lar, que com a ascensão do sistema capitalista, alguns hábitos familiares se
diversificaram, pais e filhos passaram a se alimentar com fast food e produtos
industrializados, devido à vida tumultuada e ao excesso de trabalho e estudos.
No segundo capítulo destacamos a questão do equilíbrio alimentar e a busca
pela estética com uma alimentação saudável, a busca por essas informações e
conhecimentos tem ocorrido em detrimento a uma vida saudável, a qual foi colocada
em segundo plano. Ainda, em decorrência de uma imposição dos padrões de beleza
contemporâneos a sociedade passou a utilizar de métodos para alcançar o
parâmetro ideal, como dietas que camuflam uma alimentação saudável e excesso
de exercícios físicos, resultando em doenças como, anorexia, bulimia entre outras.
E por ultimo no terceiro capitulo iremos fazer um histórico da atividade física
e sua importância. Buscou-se discutir sobre a influência no rendimento escolar nas
11

diversas disciplinas da grade curricular no ensino fundamental dos alunos adeptos a


prática da atividade física em relação aos não adeptos.
Em suma, este trabalho busca evidenciar, através de pesquisa bibliográfica, a
importância de uma alimentação saudável atrelada a pratica de atividades física no
contexto escolar e mostrar que juntos garantem maior disposição e até mesmo
ganhos imunológicos.
12

2 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Atualmente, o termo “alimentação saudável” é bastante utilizado pela


sociedade brasileira, estando associado a um cardápio de baixas calorias, isso
significa que os brasileiros passaram a inserir no seu cotidiano uma alimentação
capaz de oferecer todos os nutrientes necessários para o correto funcionamento
corporal.
De acordo com Roger (2007, p. 12) “o que comemos influencia diretamente
no desempenho cerebral”. É de nosso conhecimento que o cérebro é o órgão mais
exigente do nosso corpo, pessoas que possuem uma alimentação balanceada
mostram maior capacidade de memória espacial e habilidades importante na
resolução de problemas em disciplinas como: Matemática, Física e Química.
Ainda segundo o autor Roger (2007), crianças alimentadas adequadamente
tiram melhores notas que seus colegas que ingerem alimentos não saudáveis como:
sanduíches, salgados, salgadinhos e refrigerantes, que são pobres em nutrientes e
sais minerais. A falta desses nutrientes afeta a produção de serotonina, um
neurotransmissor capaz de influenciar o humor e principalmente o raciocínio.
Roger (2007, p. 23) diz que “Quando os níveis de serotonina caem de forma
abrupta, o mesmo acontece com o humor e com a capacidade de raciocínio,
deixando você mais propenso a se entupir de carboidratos e a dormir de modo
irregular”. Por sua vez, alimentos ricos em sais minerais e nutrientes ajudam o corpo
a produzir a neurotransmissora acetilcolina, usada na memória.
Não se trata apenas de diminuir a quantidade de calorias ingeridas, contudo é
necessário separar os alimentos que fazem o cérebro ficar mais ativo daqueles que
tendem a diminuir seu desempenho. O funcionamento do organismo está
estreitamente ligado a uma boa alimentação.
A saúde do ser humano é mais do que ausência de doenças, é viver em pleno
bem- estar. Por isso, a nossa saúde esta ligada ao que comemos, onde comemos,
ao nosso ritmo de vida, o ambiente em que vivemos, pois saúde é a qualidade de
vida, portanto está relacionada também com a família, com o trabalho, com a escola,
ou seja, com o ambiente em que você vive, pois é impossível falar de saúde sem
pensar em uma alimentação equilibrada.
Para ter uma alimentação saudável é preciso ter acesso a todos os tipos de
alimentos, fazer as escolhas certas e comer alimentos livres de contaminações, mas
13

por conta do trabalho e da falta de tempo muitas pessoas não se alimentam


corretamente, por isso a saída de muitos é comer alguma marmita feita ás pressas,
ou uma coxinha com refrigerante em uma lanchonete, mas isso faz mal a saúde,
pois essa alimentação não oferece a quantidade de nutrientes necessários para o
bom funcionamento do organismo.
Alguns anos atrás especificamente no período da Revolução Industrial nota-
se uma mudança considerável na alimentação das pessoas devido ao trabalho
exercido nesta época. As empresas tinham sua visão voltada totalmente á produção
e lucratividade. Não existiam os direitos trabalhistas que os funcionários têm hoje, a
população visava apenas receber seu baixo salário no final do expediente ou do
mês. O filme Tempos Modernos de Charles Chaplin, 1936 relata com clareza esse
período, pois mostra os maus tratos sofridos pelos empregados.
São relatos assim que nos faz refletir sobre a importância de uma boa
alimentação. Observa-se que nos dias de hoje não houve uma evolução significativa
nesse conceito, pois as pessoas continuam se alimentando mal, a falta de tempo, os
custos dos alimentos naturais, os horários reduzidos para as refeições, a
acessibilidade aos serviços e comida rápida (fast food), a falta de refeitórios nas
empresas, o aumento significativo da entrada das mulheres para o mercado de
trabalho. Esses são os principais fatos que levam as pessoas a buscarem uma
alimentação rápida, atrativa e econômica, esses tipos alimentações geralmente se
encontram em bares, lanchonetes e fasts- food.
Além dos adultos as crianças também são facilmente manipuladas pela mídia
pela forma atratividade dos fasts-food, lembrando que a boa alimentação é um
hábito que deve existir desde que o indivíduo deixa o leite materno.

2.1 Alimentos Benéficos para a Saúde

Sabemos que o ser humano é dotado de capacidade de adaptação a


variados alimentos, contudo, uma dieta qualquer sem acompanhamento de um bom
profissional poderá não lhe proporcionar um resultado positivo, embora haja
adaptação a certos alimentos que não são ideais sempre há necessidade da
presença dos imprescindíveis vegetais, frutas, legumes e hortaliças.
Com a Revolução Técnica Científica aumentaram-se, as descobertas
cientificas acerca das propriedades das frutas, legumes, cereais e hortaliças.
14

Verificou-se que os alimentos de origem vegetal possuem compostos ausentes em


alimentos de origem animal, estes compostos são: antioxidantes (certos minerais e
vitaminas) e elementos fotoquímicos de ação curativa.
A partir desta perspectiva é possível afirmar com base em Roger (2007) que a
base da alimentação humana, assim como a maior fonte de produtos saudáveis são
os nutrientes de vegetais.
Roger (2007, p. 34) afirma que “antes de analisar o que é beneficial ou
prejudicial vale ressaltar que a saúde depende principalmente da soma de
numerosas pequenas decisões a serem tomadas, ou seja, do estilo de vida”. Quanto
maior a informação com relação às infinidades de opções de alimentos disponíveis,
mais fácil será a escolha dos alimentos mais adequados e de como prepará-los.
De acordo com Aguiar (2007, p. 23) os alimentos apresentados a seguir
exercem funções relevantes. Peixes e o Ômega-3: os peixes têm uma substância
chamada ômega-3 que é um ácido graxo. Os ácidos graxos são como “lubrificantes”
do cérebro. Peixes como atum, salmão e truta fazem as células ficarem mais rígidos
e aumentam a produção de neurotransmissores responsáveis pela disposição e pelo
bom humor. Nas nozes, na rúcula e nos óleos vegetais também se encontra o
ômega-3. Há alguns alimentos manufaturados e comercializados hoje, o leite, por
exemplo, é acrescido o ômega-3 durante processo de industrialização.
Frutas, saladas (verdura e legumes crus) e óleos vegetais: o cérebro produz
grande quantidade de energia e, dessa forma, gera também muitos radicais livres.
Por serem antioxidantes, as vitaminas C e E atuam como neuroprotetores. A
vitamina B12 e o ácido fólico melhoram a memória. Todas estas substâncias são
encontradas em frutas, saladas e óleos vegetais. As frutas devem ser ingeridas
separadamente de outros alimentos, isto porque a frutose não demanda digestão
rápida. Enquanto que proteínas ou carboidratos demandam maior tempo de
digestão. Se estes vierem juntos com as frutas formam um bolo alimentar único, de
difícil de digestão.
Carboidratos: a glicose é a energia exclusiva do cérebro, logo, ficar muito
tempo abstinente de carboidratos provocará a diminuição da atividade cerebral.
Carboidratos complexos como pão, batata e arroz, são digeridos mais lentamente,
fornecendo energia de forma regular. Já o açúcar das guloseimas (doces, tortas,
sonhos) é absorvido muito rápido e é armazenado como gordura, sem fornecer
energia de forma constante.
15

Café: a cafeína é um potente estimulante do sistema nervoso, proporcionando


efeitos estimulantes (positivo), como o aumento da disposição física e cognitiva e
diminuição do sono. Em excesso causa danos à memória e ao sono.
Proteínas: são formadas por aminoácidos como o triptofano, que atua no sono
e no desempenho intelectual. Ex: leite, queijo branco, ovos, carnes magras e nozes.
Morango e mirtilo: essas frutas tendem a produzir melhora considerável na
atenção, concentração, coordenação motora e memória.
Iogurte: Um iogurte é uma boa opção no almoço. O alimento contém o
aminoácido tirosina, necessário para a produção dos neurotransmissores dopamina
e noradrenalina, entre outros.
Uma alimentação adequada é também indicada para melhorar o rendimento
acadêmico. Isto não significa que a dieta inclui-se em abster de coisas saborosas
como lanches, refrigerantes e doces, mas deve ser diminuída a quantidade ingerida
e se alimentar em momentos que não irão atrapalhar as horas de estudos.
No começo a disciplina é essencial, mas com o passar do tempo há
adaptação deste tipo de dieta e a curtos e longos prazos os resultados serão
surpreendentes. É importante lembrar que todo aprendizado envolve tempo e
repetição. Outra coisa é que para desenvolver sua memória e raciocínio a
alimentação adequada deve estar associada à prática dos estudos.

2.1.1 Alimentos Orgânicos

Segundo Aguiar (2007, p. 27) “os produtos orgânicos são cultivados sem o
uso de adubos sintéticos principalmente nitrogênio, fósforo e potássio - e sem o uso
de agrotóxicos”. Ao contrário da agricultura convencional, a agricultura orgânica
pratica a rotação de culturas; com manejo do solo baseado na utilização de matéria,
tanto vegetal quanto animal, para a adubação, permitindo a manutenção de seus
organismos e porte de nutrientes.
Assim, esterco curtido, adubação com leguminosas, dentre outras técnicas,
são empregadas visando este objetivo. A aplicação de minerais naturais e controle
biológico de pragas são outros aspectos relacionados a essa prática, que exclui
completamente a utilização de transgênicos. Dentre outras vantagens, alimentos
orgânicos podem ter seu valor nutricional maior do que dos alimentos não orgânicos.
16

2.1.2 Os Alimentos e AIDS

De acordo com Roger (2007, p.34) “a síndrome de imunodeficiência adquirida


causa diminuição das defesas do organismo decorrendo do vírus da
imunodeficiência humana HIV, que destrói as células de defesa”. A partir dessa
reflexão pode-se dizer que uma alimentação pobre em vitaminas antioxidantes
favorece o desenvolvimento da doença, assim, os portadores do vírus tendem a
desnutrição que, por sua vez, agrava a imunodeficiência, fato que contribui para
futuras infecções.
Outra deficiência, presente em ¼ dos doentes, é a falta de assimilação das
gorduras, distúrbio que faz com que as vitaminas lipossolúveis (A, D e E) também
não sejam assimiladas. Os medicamentos contra o vírus podem causar efeitos que
colaboram para desnutrição. Em função dos efeitos mencionados uma boa
alimentação é essencial, pois pode contribuir para aumentar as defesas e frear a
progressão da AIDS. É recomendável por profissionais da área a ingestão de
iogurtes, cereais integrais, frutas secas, legumes e hortaliças.

2.1.3 Os alimentos e o Câncer

Uma das doenças mais temíveis atualmente é o câncer, podendo ser


resultado de uma má alimentação. Segundo Pamploma (2007, p. 12) foi realizada
uma pesquisa recentemente nos Estados Unidos da America, aonde apontam que
35% dos fatores que causam o câncer estão associados aos alimentos consumidos
habitualmente nos países desenvolvidos, contêm substâncias cancerígenas. O
problema está no excesso de ingestão de alimentos de origem animal e pouco de
origem vegetal, que previne o câncer.

A alimentação tem valor, sobretudo, e ganha ainda mais importância


quando o câncer já esta diagnosticado. Dentre os alimentos
anticancerígenos está a vitamina A, vitamina C e as fibras que se encontram
quase exclusivamente em vegetais (PAMPLOMA, 2007, p. 14).

Os alimentos mais eficazes na luta contra o câncer são as frutas e hortaliças


e seu consumo abundante previne a maioria dos cânceres humanos. Destacou-se a
cenoura por conta do beta caroteno provitamina A, as frutas cítricas como limão e
17

laranja devido à vitamina C e as crucíferas, como tomate e brócolis, cujo efeito


persiste após o cozimento. Outros produtos recomendados são o iogurte e os
cereais integrais pela abundância de fibras.

2.1.4 Os alimentos e as infecções

Ao longo de toda a vida, o organismo mantém uma luta constante contra os


microorganismos patogênicos que possam lhe causar quaisquer prejuízos. Contudo,
ressalta Roger (2007) que existem alimentos recomendados para favorecerem a
função do sistema imunológico (conjunto de células e tecidos responsáveis pela
defesa do organismo), que fornecem proteínas (carne vermelha, ovos e laticínios),
vitaminas (vegetais, frutas e cereais), antioxidantes (gema do ovo, alimentos ricos
em vitamina C e vitamina E) e olegoelementos, como ferro, selênio, zinco e cobre.
Os alimentos que aportam esses nutrientes são essenciais para o caso de
infecções, pois comportam substâncias antibióticas e auxiliam na expulsão de
substâncias tóxicas.

2.2 Alimentação Dentro e Fora do Lar

Em meio à correria do cotidiano, muitas pessoas recorrem a refeições rápidas


feitas fora de casa. O hábito de almoçar em família torna-se cada vez mais incomum
enquanto a população aumenta e o consumo dos chamados “fast foods” (comida
rápida), que não representam valores nutritivos adequados.
A qualidade das refeições influencia e muito na saúde, o ideal é fazer pelo
menos três refeições, de acordo com Silva (2004), isso pode ajudar no bom
funcionamento do organismo e acelerar o metabolismo, o que permite a redução de
peso e da fome, levando a um menor consumo de alimentos em uma única refeição
e também pode melhorar o humor e auxiliar na aprendizagem.
Após o jejum noturno chega a hora do café da manhã e essa hora se torna a
mais importante do dia, portanto deve-se consumir muitos alimentos saudáveis,
como o leite, as frutas, pão integral, iogurte, queijos e frios magros (peito de peru).
Hoje em dia as pessoas não têm tempo para comer devagar e se unir com a
família como antigamente e por isso existem mais doenças relacionadas à
obesidade, entre outras.
18

2.2.1 Fast Food

De acordo com Silva (2004, p. 12) “fast food” significa comida rápida. Os “fast
food” foram criados para pessoas desprovidas de tempo para se alimentarem e que
optam por comer alimentos que rapidamente ficam prontos, mas na maioria das
vezes são cheios de calorias.
Com o desenvolvimento do capitalismo as cidades foram crescendo e ocorreu
aumento das tarefas diárias das pessoas, em 1970 as grandes empresas de “fast
food” ganharam destaque e começaram a se espalhar pelo mundo, tornando-se
muito popular em lugares onde o tempo é valioso.
A rapidez, comodidade, facilidade e o sabor são as vantagens de frequentar
um “fast food”, mas vários problemas estão relacionados à quantidade de gordura,
açúcar e sal contidos nesses alimentos, o que muitas vezes leva à obesidade.

2.2.2 Slow Food

Segundo Silva (2004, p. 13) “A “slow food” (comer devagar) é uma associação
criada por Carlo Petrini e tem como tese a apreciação dos alimentos, desde a
natureza até chegar à mesa”. Possui uma filosofia de que os consumidores devem
ter informação, que tradições alimentares devem ser preservadas. O alimento deve
então ser bom, limpo e com preço justo, deve ter sabor, respeitar o meio ambiente e
ter um preço que agrade tanto produtor quanto consumidor.
A associação possui mais de 100 mil membros no mundo todo e organizam
periodicamente atividades como palestras de educação alimentar para crianças,
oficinas de degustação, turismo ecológico e gastronômico e jantares. Os membros
acreditam também que monopólios e grandes empresas são prejudiciais, pois os
alimentos devem ser comercializados diretamente com o produtor, sem o
atravessador o produto ficaria bem mais barato.

2.2.3 Junk Food

A junk food, do inglês, segundo Silva (2004, p. 28) é conhecido também por
porcaria ou besteira, é conhecida assim por ser um alimento com nível baixo de
nutrientes, mas altos teores calóricos. A expressão foi criada por Michael Jacobson,
19

diretor do Center for Science in the Public Interest em 1972 e depois disso foi se
popularizando.
O interesse dos fabricantes em produzir esse tipo de alimento se iniciou, pois
é barato, possui um prolongado prazo de validade e alguns podem nem precisar de
refrigeração. O interesse do público é dado porque é fácil de encontrar, precisa de
pouco ou nenhum preparo e pode ter de vários sabores.
A junk food não é saudável por conter altos níveis de gordura saturada, sal ou
açúcar e numerosos aditivos alimentares, então pode levar a varias doenças como a
obesidade, doenças coronárias, diabetes tipo dois, hipertensão e cáries.

2.3 Educação e Nutrição: A Alimentação Ideal

Segundo Kamel e Kamel (2003, p.13) “A vida é mantida por meio de uma
troca contínua de substâncias e por uma transformação constante de energia”.
Substância e energia advêm dos alimentos. Os primeiros alimentos utilizados pelo
homem primitivo,
provinham da caça, da pesca e dos frutos silvestres.
Segundo estes autores, os objetos e representações do homem pré-histórico
mais remoto revelam-no em relação e em atividade do problema alimentar – a caça.
Era a procura do alimento necessário para suprir o desgaste contínuo de energia,
despendida no crescimento, na manutenção da temperatura corporal e na atividade.
Na busca do alimento, o homem exercitava-se, e a sua alimentação era à base de
proteínas e frutas; com isto, se equilibrava caloricamente.
Depois de se passarem alguns milhares de anos, do estágio paleolítico,
continuam os autores, chegou-se finalmente aos primeiros índices de conhecimento
da linguagem neolítica, cerca de sete milênios antes da era cristã, época em que a
alimentação humana atingia a sua plenitude, com toda a sorte de conhecimentos da
domesticação dos animais, do cultivo organizado de cereais, atividade pastoril,
fabrico e preservação de alimentos, desenvolvimento artesanal, mantendo-se
estável até o século XIX quando a vida das grandes cidades começou a absorver a
vida dos campos, diminuindo a atividade física; e a máquina, expressão absoluta da
civilização industrial, passou a interferir profundamente na condição humana.
Ainda na pré-história verifica-se a diferença de classes, e com ela, as
diferenças de padrões de vida e de alimentação. A alimentação humana tem se
20

caracterizado, desde aquelas Eras, conforme as classes socioeconômicas. Nas


ricas, pelo luxo e requinte culinário capazes de corromper o mais abstêmio e pacato
dos homens, transformando-o num terrível glutão.

Haveria de ser, em suma, a superalimentação, com todo o seu cortejo de


malefícios. Nas classes pobres, onde o poder aquisitivo é mínimo, existe a
escassez eterna do alimento; é o pauperismo de todos os tempos que
engendra a subalimentação, que origina, por sua vez, as sub-raças e o
subdesenvolvimento (KAMEL; KAMEL, 2003, p. 21).

Além de inúmeras modificações que a máquina e as grandes cidades


introduziram no regime alimentar do homem atual (diminuição da atividade física e
maior consumo de alimentos – principalmente do açúcar e da gordura), considera-se
a vida agitada, o stress emocional e a rapidez com que se devoram os alimentos.
Estes, mal mastigados, mal digeridos e mal absorvidos não podem permitir ao
organismo total assimilação (anabolismo) daquelas fontes nutritivas.

A alimentação humana, na maioria dos países, é pouco satisfatória, apesar


do progresso que se vem notando através dos anos. Isto é lamentável
porque uma alimentação que não se ajuste aos princípios da nutrição
repercute desfavoravelmente sobre o crescimento, a vigor e a saúde, sendo
a causa do aumento da mortalidade infantil e de duração média de vida
mais curta (KAMEL; KAMEL, 2003, p.15).

O problema da alimentação humana tem transcendência absoluta, pois de


uma nutrição correta dependem a saúde e a capacidade do povo de uma nação.
Além disso, está vinculada à economia, agricultura, criação, indústria e comércio,
arte culinária, psicologia, higiene e medicina de cada cultura.
Para viver com saúde, há necessidade de se saber comer. A boa alimentação
é aquela que mantém o organismo em estado de saúde, isto é, com ossos e dentes
fortes, peso e estatura de acordo com o seu biótipo, boa disposição, resistência às
enfermidades, vontade de trabalhar e divertir-se. É aí que entra a nutrição.
A alimentação desempenha um papel primordial durante todo o ciclo de vida
dos indivíduos. Entre as distintas fases da vida pode-se destacar como exemplo, a
idade escolar, que se caracteriza por um período em que a criança ou adolescente
apresentam um metabolismo muito mais intenso quando comparado ao do adulto.
21

Tendo por foco de análise as preferências alimentares dos mais jovens, que
nem sempre recaem sobre os alimentos considerados mais saudáveis, e o
sedentarismo.
Segundo Vitolo (2008, p. 23) “hoje a ferramenta mais segura e eficiente para
combater distúrbios nutricionais, como a obesidade, é o investimento em medidas de
saúde que dependem, por sua vez, dos interesses dos gestores de políticas
públicas, já mencionado anteriormente”. Essas medidas incluem mudanças nas
propagandas de alimentos e guloseimas destinadas ao público infantil e jovem,
modificações no teor de gordura e açúcar dos alimentos, estímulo às famílias à
prática de atividades físicas e, principalmente, a utilização da escola como local no
qual as questões nutricionais possam ser debatidas e transmitidas às crianças e
adolescentes.
Nesse contexto, Danelon et al. (2006, p. 23), relatou merecer destaque, o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), presente na totalidade das
escolas públicas do país como um serviço ao qual poderiam ser incorporadas
estratégias de intervenção, com vistas ao reconhecimento e consolidação de hábitos
alimentares saudáveis. Não é possível ignorar, também, a importância de orientar os
alunos sobre os alimentos que são comercializados pelas cantinas, frequentemente
presentes nas escolas.
O ambiente escolar é um importante local para a formação de bons hábitos
alimentares e para a educação nutricional, visto que, é nesse ambiente que
substancial proporção de crianças e adolescentes permanecem por expressivo
período de tempo diário.
22

3 EQUILÍBRIO ALIMENTAR

Para ter uma alimentação saudável você não precisa abrir mão de tudo que
você gosta de comer, basta fazer uma moderação de tudo que come, pois assim
poderá comer de tudo e ganhar saúde. Para satisfazer as necessidades do
organismo. Dessa forma, podemos dizer que Equilíbrio Alimentar significa ter um
balanceamento no que precisa comer e do que gosta de comer.

3.1 A Busca pela Estética com Uma Alimentação Saudável

Manter a boa forma é de vital importância, mas, em muitos casos, a busca


pelo padrão que a mídia expõe leva a atitudes extremas e que acarretam
consequências negativas. Aliada à estética, a relação mais rápida que fazemos de
uma boa alimentação é o emagrecimento. Níveis altíssimos de busca por
emagrecimentos rápidos têm causado inúmeros problemas de saúde nos seres
humanos.
A ingestão descontrolada de fast food e comidas ricas em gorduras saturadas
tem tornado o ser humano cada vez mais obeso. A busca pela alimentação ideal é
árdua e dolorosa, quando a pessoa se dá conta que seu corpo não está nos moldes
da sociedade atual, tenta correr contra o tempo e obtém o método mais rápido para
eliminar peso, uso exacerbado de medicamentos antidepressivos que tiram a fome,
para ansiedade e até mesmo chás milagrosos tem se tornado queridinhos da
população mundial.
Um tratamento nutricional é a melhor saída para perder os quilos indesejáveis
e melhorar a estética corporal. A absorção dos nutrientes necessários para o bom
andamento do corpo deve ocorrer efetivamente, para tanto é extremamente
necessário que o intestino esteja funcionando perfeitamente.
Segundo Matta (2013, p.3) afirma que “a formação dos hábitos alimentares se
processa de modo gradual, desde a infância, logo, é necessário que as mudanças
de hábitos sejam alcançadas a médio/ longo prazo, sob orientação do nutricionista”.
Não se deve esquecer que, nesse processo, também estão envolvidos valores
culturais, sociais, afetivos, emocionais e comportamentais, que precisam ser
cuidadosamente integrados às propostas de mudanças.
23

A alimentação aliada à estética corporal deve partir do princípio de que esta


deve ser feita de forma equilibrada, vigiada e bem concentrada, com ingestão
correta de peixes, frutas, castanhas, sementes e integrais.
Ainda deve estar presente tratamentos estéticos (drenagens), atividades
físicas e adoção de hábitos de vida saudável (não ingerir bebida alcoólica, não
fumar), garantindo assim a maior eficácia de resultados.

3.2 A Influência da Mídia em Busca do Padrão Ideal de Beleza

Quando se fala em padrões estéticos, logo surge a ideia de que para sermos
aceitos socialmente, precisamos ser esteticamente bonitos e seguirmos regras e
padrões de formas corporais. Ao assistirmos televisão ou folhearmos uma revista,
observamos homens e mulheres esbeltos e corpos perfeitos. Temos a impressão de
que esse é o modelo ideal de saúde e bem - estar. Isso tem levado as pessoas a
buscarem soluções mágicas e radicais. Mas essas medidas não tem tornado as
pessoas mais saudáveis e talvez nem mais felizes.
Os cuidados que devemos ter com o corpo, não devem ser de forma
compulsiva, praticar intensamente exercícios físicos, acreditando que ele seja a. É
preciso compreender que muitas vezes o indivíduo é sacrificado em sua essência,
massificado de informações que vem de todos os lados. Por isso é preciso ter bem
claro a maneira como nosso corpo é visto por nós mesmo
Mól e Pires (2006, p. 24) lembram ainda que “a mídia imprime padrões de
corpos tidos como ideais a serem seguidos e ainda disponibiliza meios para alcançá-
los”.
Os autores salientam que:

A valorização dos cuidados corporais relacionados à busca por saúde e


estética encontra nos meios de comunicação de massa seu lugar de
divulgação e repercussão. Somos todos, a todo o momento, estimulados a
lançar mão de artifícios que possam nos levar a condições de saúde e
forma física perfeita, como a prática de exercícios físicos, dietas, usos de
cosméticos e cirurgias plásticas. (MÓL; PIRES, 2006, p. 24)

Esse ideal de formas corporais que está presente no nosso processo de


civilização desencadeia a busca a qualquer custo da beleza física, e passam a
ocupar lugar de destaque no discurso midiático e consequentemente no cotidiano
24

social. Com isso pode causar certo estranhamento por aqueles que se encontram
fora dos padrões da sociedade ou dos critérios impostos por ela. Transferindo para o
individuo a responsabilidade da escolha de estar ou não em boa forma de estar ou
não saudável e as consequências que resultam dessas escolhas.
De acordo com Gonçalves e Vilarta (2004, p. 87), “a imagem corporal está
veiculada à nossa identidade, direciona nossas ações, influencia nossas percepções
e define nosso grau de satisfação ou insatisfação com cada experiência vivida”.
É evidente a importância que é dada a beleza e a estética como um objeto de
desejo, assim deixam de ser considerados como questões de segundo plano e
passam a ser considerado alicerce da vida de algumas pessoas. Mas é preciso ter
bem claro o real significado dos seus valores e que sentido isso passa a ter na vida,
pois estamos constantemente cercados de informação. Por fim não envolve só a
prática de atividade física, mas também dietas o uso de medicamentos e cosméticos
e tudo que envolva a preocupação em ter um corpo bonito e saudável, reforçando o
discurso que a transformação corporal leva à felicidade.

O espetáculo do corpo começa com a exposição dos músculos. Nas ruas


nas praias, nos shoppings Center, nos concursos de beleza, de fitness e
fisiculturismo, o músculo desponta e desperta a curiosidade, admiração e
inveja alheia. Ele é o centro das atenções nas propagandas que promovem
a boa forma física, a saúde e o bem estar. O músculo está em todas as
mídias; ele é um dos modos privilegiados de visibilidade do corpo no
anonimato urbano das fisionomias, pois ele é o elemento central da cultura
do corpo. (AUGUSTI & AGUIAR, 2011 p. 2)

Além disso, podemos dizer que a sociedade revela ao seu tempo o tipo de
corpo e de estética para cada individuo. Visto que é fácil observar os tipos diferentes
de roupas e até mesmo o comportamento das pessoas quando vão para um
shopping, a escola, a academia, em encontros religiosos. Existe um padrão de
estética corporal e um tipo corpo para cada ocasião.
Costa e Venâncio (2004, p. 60) afirmam que: “Os meios de comunicação de
massa constroem e apresentam à sociedade o corpo desejável, “perfeito”,
transformado e “feliz”: protótipo do belo”. Normalmente, cabe aos profissionais de
Educação Física uma prática que reproduza este protótipo.
Na atualidade, parece ser perfeitamente comum a veiculação de assuntos e
notícias nos meios de comunicação, envolvendo o corpo e sua estética. As
25

transformações corporais, os exercícios físicos, a suplementação, cirurgias plásticas,


próteses, estão cada vez mais presentes no nosso dia-a-dia.
O corpo torna-se centro das atenções e acaba submetendo-se muitas vezes à
tirania de exercícios físicos. E isto se torna uma das características da concepção da
identidade pessoal na atualidade que, entretanto, inibe a autenticidade do indivíduo
e apenas reflete um padrão estético determinado pela indústria e mídias, um corpo
que deve ser sempre musculoso e esbelto para ser valorizado. Nesse contexto, ter
vergonha do corpo é ter vergonha de si mesmo.
Percebe-se que as programações televisivas reúnem entrevistas com
médicos e especialistas em programas diários ou semanais, esportistas famosos
dão depoimentos, profissionais de educação física expõem infinitas possibilidades e
sugestões de atividade físicas. E essas informações são noticiadas e desta forma
colaboram para a formação de valores a respeito das práticas corporais, interferindo
na forma como pessoas encaram ou vivenciam essas informações.
Santana (2002) apud Costa e Venâncio (2004), destacam que “o conceito do
perfeito é reflexo da televisão, internet, revistas, que criam a cada dia um estereótipo
do corpo em forma”. E é comum observarmos em bancas de revistas/jornal e outros
meios, onde ganha destaque um corpo delineado com curvas perfeitas com uso de
photoshop, que altera o formato físico, disfarça as imperfeições, criando um novo
corpo, diferente da original, com características desejadas, mas quase
inalcançáveis.
E em letras bem visíveis o destaque para perder peso em tempo recorde,
dietas e exercícios que prometem sem muito esforço e em pouco tempo obter um
corpo prefeito. Essas informações transmitem a ideia que isso é atingível de forma
muito fácil, não só por meio da atividade física e a mídia da ênfase reforçando esta
ideia.
A mídia impressa é espaço de grande apelo para a divulgação de
informação relativa ao corpo. Revistas de comportamento, sobretudo as
femininas, trazem a este público dicas acerca dos cuidados com beleza,
alimentação, moda, ginástica e sexualidade, funcionando como verdadeiros
guias de conduta. Pautadas por um discurso de convencimento, essas 27
publicações parecem reforçar o caminho que leva da transformação
corporal à felicidade, passando pela saúde. (MÓL E PIRES, 2006, p. 30 ).

Influenciado por discursos de especialistas e com a possibilidade de moldar o


corpo a partir de exercícios realizados em aulas de ginástica, musculação e dietas,
26

temos a sensação de estar mais próximo de um padrão de beleza. É comum,


portanto encontrar nos meios de comunicação celebridades produzidas pela
indústria cultural.

3.2.1 Anorexia

A Anorexia de acordo com Brasil Escola (2010) é uma doença que afeta
geralmente mulheres jovens e adolescentes, que por mais que já estejam magras se
olham no espelho e se veem obesas. Esse transtorno alimentar se caracteriza pelo
medo de ganhar peso, podendo causar graves problemas psiquiátricos e até levar à
morte.
A pessoa que sofre de anorexia passa a comer cada vez menos, devido ao
medo de engordar, e procura qualquer forma para perder peso, usando laxantes,
dietas perigosas, vômitos induzidos e excesso de exercícios físicos. Essas pessoas
que apresentam a anorexia não costumam assumir a doença, devido a isso são os
familiares que devem procurar ajuda profissional.
Segundo Pamplona (2007, p. 23) “A anorexia é uma doença que afeta
principalmente mulheres e adolescentes”. Os principais sintomas da anorexia são: a
perda de peso em um curto espaço de tempo, depressão, ansiedade e irritabilidade,
exercícios físicos excessivos, isolamento da família e amigos, amenorreia
(interrupção do ciclo menstrual), regressão de características femininas, obsessão
pelo peso corporal, recusa em participar das refeições juntamente à família,
passando a comer escondido, apresentam pele extremamente seca, doenças
frequentes, fadiga e sono excessivo. Esse transtorno alimentar muitas vezes está
ligado ao conceito de corpo ideal, fazendo com que a pessoa se sinta fora desses
padrões “ideais”.
Esse transtorno alimentar se caracteriza pela rejeição de alimentos com o
objetivo de perder peso, e isso pode gerar a baixa autoestima e má alimentação
causando a desnutrição. Com isso a pessoa passa a perder peso rapidamente, além
de aumentar a ansiedade e irritabilidade.
Para auxiliar na melhora do paciente anoréxico é indicado o aumento de
consumo de carboidratos, legumes e zinco, e também a redução ou até mesmo a
eliminação do farelo de trigo, do açúcar branco e de gorduras.
27

Louredo (2010, p. 23) diz que “geralmente a pessoa anoréxica não assume a
doença, devido a isso são os familiares que devem procurar a ajuda de um
profissional especializado no assunto”. A anorexia pode causar até a depressão, e
pode levar ao afastamento do doente em relação à família e aos amigos. E em
casos mais extremos podendo até levar à morte, devido a isso a anorexia deve ser
tratada através de terapias e com um auxilio de uma equipe de profissionais.

3.2.2 Bulimia

Pamplona (2007, p. 28) “define Bulimia como um transtorno alimentar no qual


um individuo exagera na ingestão de alimentos, em um curto período de tempo ou
tem episódios regulares em que come em excesso e sente perda de controle”.
Dessa forma, a pessoa com bulimia usa vários métodos, como vômitos ou abuso de
laxantes, para impedir o ganho de peso. As pessoas que sofrem de bulimia vivem
em um circulo vicioso de ingerir o alimento e sentir necessidade de retirá-lo do
corpo, vomitar e/ou evacuar o que comeu.
Na sua maioria os pacientes com bulimia estão dentro da faixa de peso
normal, embora alguns possam estar com um peso levemente acima ou abaixo
deste. Existem indicações de que antes do início do transtorno alimentar, os
pacientes com bulimia estejam mais propensos ao excesso de peso.
De acordo com Louredo (2010, p. 30) a bulimia apresenta uma prevalência no
sexo feminino, 90 a 95%. A doença se manifesta mais tarde do que na anorexia, por
volta dos 18 a 20 anos. Existem dois tipos de pacientes com bulimia: os que tentam
eliminar o excesso, por vômitos ou laxantes e os pacientes bulímicos que não fazem
isso e acabam engordando, esse segundo tipo pode vir a constituir num outro
transtorno alimentar, o Binge.
Os pacientes com bulimia geralmente apresentam de 2 a 3 episódios por
semana, o que não significa que no resto do tempo estejam bem, na verdade esses
episódios só não são diários ou mesmo mais de uma vez ao dia porque o paciente
está constantemente lutando contra ele.
Esses pacientes pensam em comer o tempo todo. As médias de fracassos na
tentativa de conter o impulso são duas vezes por semana. Felizmente a bulimia
pode ser contida com tratamentos. O tratamento inicial depende do estado em que
está à doença e por quanto tempo o individuo a tem.
28

3.3 Saberes e Práticas Escolares no Enfrentamento do Problema da Obesidade

A escola representa ambiente favorável para a ação preventiva, através do


estímulo à formação de hábitos alimentares e de atividade físicos adequados. De
acordo com os Parâmetros Curriculares nacionais para o Ensino Fundamental, é
papel da escola é formar alunos com conhecimentos e capacidades que os tornem
aptos a discriminar informações, identificar valores agregados a essas informações e
realizar escolhas.

Nesse contexto a promoção da saúde requer o desenvolvimento de ações


integradas com os diversos assuntos que envolvem educação, saúde, meio
ambiente, cultura, música, educação física, alimentação e outros,
considerando que “a saúde se cria e se vive na vida cotidiana, nos centros
de ensino, de trabalho e de lazer”. (BRASIL, 1999)

O professor como orientador no processo de formação de seus alunos, deve


além de tudo, estimular desde cedo aos pequenos a cuidar dos seus hábitos
alimentares, orientando-os sobre os males que o excesso de peso pode causar na
vida do ser humano ingerindo alimentos com alto teor de gordura.
Para os professores que possuem crianças com excesso de peso dentro da
sala de aula, o ideal que tem a fazer é primeiramente trabalhar a autoestima
principalmente porque em alguns casos geralmente eles são alvos de críticas e
motivo de gozações, fazendo com que exista um distanciamento dele com os
demais colegas de classe, prejudicando assim, desde cedo o convívio social, o qual
futuramente pode provocar transtornos devido a esses fatores.
Cabe aos professores, trabalhar a obesidade infantil na sala de aula
primeiramente orientando os demais colegas a não zombar, não tornar motivo de
piadas o colega obeso e que certas ofensas machucam.
Os pais também devem adentra-se no problema juntamente com os
professores para que juntos possam reorganizar de maneira que a criança não seja
muito atingida quanto à mudança repentina dos seus hábitos alimentares
convencionais.
29

Faz parte do comportamento humano ter cuidados adicionais com a


alimentação das crianças. Instintivamente, as mães sabem que, para o bem de seus
filhos é importante alimentá-los da melhor maneira possível.
È consenso que a ingestão adequada de nutrientes nos primeiros anos de
vida é essencial para a obtenção de um desenvolvimento e crescimento saudável.
Uma alimentação de boa qualidade é resultado do equilíbrio de todos os nutrientes,
em quantidade, proporção e variedade adequadas.
Durante a vida escolar, as crianças estão em intenso processo de
crescimento e desenvolvimento físico e mental, o que pede uma elevada dose de
energia e nutrientes. Uma alimentação adequada é essencial para suprir essas
necessidades.
O lanche, quando composto por alimentos adequados, garante a energia e os
nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento, resultando em um
melhor desempenho escolar além de evitar hábitos alimentares inadequados que
podem trazer prejuízos à saúde por toda a vida.
Entretanto, de acordo com Philippi e Alvarenga (2004, p.25) "Denomina-se
alimentação saudável aquela planejada com alimentos de todos os tipos, de
procedência conhecida, de preferência natural e preparados de forma a preservar o
valor nutritivo dos alimentos".
Preparar um lanche saudável e ao mesmo tempo apetitoso para crianças
todos os dias não é tarefa fácil. A regra mais importante é juntar um pouco de
informação sobre o valor nutricional dos alimentos, criatividade e respeito às
preferências das crianças, com uma boa dose de bom senso.
Enquanto eles ainda são pequenos, especialmente na educação infantil e nas
primeiras séries do ensino fundamental, a qualidade do lanche que comem na
escola depende do seu preparo em casa.
A melhor opção para transformar a alimentação saudável em hábito vem com
a conscientização. A criança deve conhecer os alimentos e saber sobre os seus
benefícios. Por essa perspectiva, as refeições saudáveis deixam de ser um
problema e vira um prazer.
As cantinas das escolas oferecem opções muito mais interessantes e
saborosas. Lá, as crianças encontram alimentos muito calóricos, repletos de gordura
saturada, mas muito agradáveis ao paladar. O pior de tudo é que o consumo deste
tipo de alimento é diário e a prática vai gerando um hábito quase impossível de ser
30

revertido: o gosto pelo alimento de sabor mais forte, mais salgado ou mais doce,
geralmente são os mais ricos em gorduras e o mais saborosos.
As escolas devem oferecer alimentação equilibrada e orientar seus alunos
para a prática de bons hábitos de vida, pois a criança bem alimentada apresenta
maior aproveitamento escolar, tem o equilíbrio necessário para seu crescimento e
desenvolvimento e mantém as defesas imunológicas adequadas.
As consequências principais da alimentação inadequada no período escolar
podem ser caracterizadas como alterações do aprendizado e da atenção e carências
nutricionais específicas.
Entre os alimentos que devem ser evitados nas cantinas estão: refrigerantes e
sucos artificiais, balas, caramelos, gomas de mascar e similares, doces à base de
creme e com recheio e/ou cobertura de "chantilly", salgadinhos fritos (croquetes,
coxinhas, pastéis, etc.) com procedência duvidosa e salgadinhos industrializados.
Esses produtos podem ser substituídos por sucos naturais, vitaminas de
frutas da época, leites e iogurtes, frutas, sanduíches naturais, bolos de cenoura,
"cookies" de fibras (aveia ou farelos em geral) e as frituras devem ser trocados por
assados.
Um erro alimentar é permitir que a criança coma mais na hora dos lanches
do que no horário das refeições principais (almoço e jantar). Como o tempo
de digestão e a capacidade gástrica (volume alimentar que o estômago
suporta) na criança não são iguais aos dos adultos, a satisfação provocada
por uma refeição à base de leite e biscoitos açucarados, por exemplo, pode
se prolongar por muito tempo em uma criança pequena, reduzindo o apetite
para a próxima refeição. (MÓL E PIRES, 2006, p. 46).

Apesar da maioria das escolas fornecerem lanches ou possuir cantina,


existem muitas crianças, principalmente as pequenas, da educação infantil e das
primeiras séries do ensino fundamental, que preferem trazer alimentos fornecidos
pela família.
Por isso, cabe também aos profissionais de alimentação orientar os pais ou
responsáveis que têm dificuldade em programar o que vão colocar na lancheira
todos os dias. A merenda deve ser composta por um alimento energético/protéico,
uma sobremesa e uma bebida, respeitando os princípios da proporcionalidade,
moderação e variedade.
É importante que a oferta de alimentos seja sempre saudável e que os
lanches tenham uma fonte de carboidrato (pães, biscoitos, cereais – os integrais são
31

os melhores), proteína (queijos magros, frios magros, leite, iogurte) e vitaminas


(frutas e sucos).
Segundo Philippi e Alvarenga (2004, p.36) “A tentativa de mudanças nos
hábitos de vida de pessoas obesas tornar-se essencial, promovendo o estímulo para
a prática de exercícios físicos, assim como estimulando a reeducação alimentar por
meios de refeições mais saudáveis e bem equilibradas”. O termo reeducação
alimentar apresenta-se atualmente como o mais apropriado quando o objetivo
preconiza o controle da obesidade ou melhoria do estado geral de saúde. A
reeducação alimentar, na prática, significa aprender a encarar a alimentação de um
novo ponto de vista, sem medos ou ansiedade, escolhendo os alimentos adequados
em qualidade e quantidades.
Visando a prevenção do aumento da população obesa do país, é essencial
que se tome por ponto de partida o acompanhamento alimentar rigoroso, pois o
objetivo não é impor diretamente ao individuo uma nova forma para se alimentar,
mas sim, investigar seus hábitos alimentares e propor mudanças, tentando sempre,
e acima de tudo, adaptar seus hábitos de vida, condição socioeconômica e padrões
culturais.
Outro fator importante no processo de reeducação alimentar é trabalhar com
as quantidades dos alimentos. Geralmente, nenhum alimento é proibido, mas o
indivíduo deve aprender a controlar as quantidades consumidas. Para que sejam
obtidos resultados favoráveis nesse aspecto, torna-se importante ter consciência
plena que é um processo em médio prazo, permitindo que haja adaptações
psicológicas (conscientização por parte do obeso), assim como fisiológicas, para que
o metabolismo orgânico possa também se adaptar, acostumado e ou satisfazendo-
se com quantidades menores de determinados alimentos.
32

4 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

A Educação Física, em suas mais diversas modalidades, contribui de forma


significativa para o desenvolvimento do hábito e da consciência sobre a importância
da atividade física, que pode ser realizada dentro e fora do ambiente escolar. Nos
dias atuais a Educação física escolar em sua tendência, predominante social é
multidisciplinar e inclusiva, respeitando-se peculiaridades e individualidades
culturais, físico-morfológicas e psicológicas.
Enfatiza-se que a Educação Física Escolar é para quem busca qualidade de
vida, importante fator que oferece benefícios físicos e psicológicos, podendo ainda
ser utilizada como momento de lazer para seus praticantes, diminuído seu estresse
e melhorando os relacionamentos sociais.

4.1 A Educação Física Escolar no Brasil

Numa época em que prevalece o desrespeito e impera a violência, nossas


escolas estão à beira do caos proveniente da angústia que mestre e aluno não falam
a mesma língua e tem plena consciência que a violência é uma via de mão dupla,
onde predomina a lei da pancada.
De acordo com a pesquisa do Instituto Santa Maria para Educação, 22,1%
dos estudantes já sofreram agressões físicas dentro da escola e, 35% dos
estudantes foram ofendidos por colegas, professores e funcionários na escola.
Se eles se colocam no papel de vítimas muitas vezes sabem perfeitamente
que são responsáveis por provocar conflitos e contribuir para depredação do
patrimônio. Os jovens sabem perfeitamente que são vítimas e protagonistas da
violência, e entendem que é preciso pulso firme para controlar os desejos de romper
os limites. Num ambiente em que a violência se instala é extremamente necessário
que as relações sejam construídas com bases em valores sólidos.
Os problemas nas escolas brasileiras têm raízes profundas, isso não significa
que o país esteja condenado aos métodos ultrapassados, podemos evoluir e
melhorar, para que isso aconteça é indispensável à qualificação dos nossos
educadores, a sua valorização como mestres, e melhor remuneração, com infra
estrutura bem organizada e equipada, só então as aulas de Educação Física
33

atingiram seu objetivo maior, colaborar positivamente para a vida e saúde de seus
alunos.
De acordo com Catunda (2012, p. 19), “questões de organização, discussão,
ações disciplinares, estratégia, reorganização da estratégia e aplicação dos
conhecimentos adquiridos podem render muito mais quando exercitadas dentro das
atividades”. Isso se dá pelo fato de se ter o exemplo em tempo real. Não se pode
confundir com a alienação de uma prática de atividade física sem um contexto e
significado para a vida dos alunos, onde o único sinal visível de mudança do estado
inicial seja a transpiração.
Então essas aulas deixariam de ser monótonas dando lugar ao prazer, mas a
realidade que encontramos é bem outra. Muito se fala sobre a ausência de quadras
e ginásios esportivos para a execução de boas aulas, Segundo os dados do censo
escolar de 2012 divulgados pelo MEC, apenas 33% das unidades de Ensino tem os
equipamentos necessários, mas uma parcela considerável delas sofre com más
condições de conservação, o piso está rachado, e falta o material mínimo, como
tabelas, redes, gols e bolas.
As áreas que menos recebem investimento em educação, como a zona rural
são as que mais sofrem com a falta de infraestrutura, professores qualificados,
ausência de materiais específicos, no entanto as escolas urbanas não fogem a
regra, encontram-se degradadas, muitas em situação de abandono, exigindo do
professor o máximo da criatividade, buscando cada vez mais espaços alternativos.
Paulo Freire (2006, p. 32) ressaltou dizendo “nas minhas primeiras visitas à
rede quase devastada”, eu me perguntava horrorizado: como cobrar das crianças
um mínimo de respeito às carteiras escolares, às mesas, às paredes, se o Poder
Público revela absoluta desconsideração à coisa pública?
Contrariando toda e qualquer probabilidade de sucesso, alguns profissionais
no inicio de sua formação acadêmica são protagonistas de uma história de
superação e luta, para expor seu recente conhecimento. Nas estradas do Brasil
afora se deparam com vias de terra e lama, transportes inadequados para
locomoção dos professores, dos alunos e horários irregulares.
Chegando às escolas com a bagagem cheia de sonhos mergulham na
realidade que se descortina a sua frente, um cenário cinzento de possibilidades
improváveis, alunos sofridos, famintos que tem na escola sua primeira e única
refeição, isso quando a escola tem condições de oferecer a todos.
34

Segundo Paulo Freire (2006, p. 39) “há uma relação entre a alegria
necessária, atividade educativa e a esperança”. A esperança de que professor e
alunos juntos podem aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente
aos obstáculos, a nossa alegria.
A Educação Física na escola além do espaço físico tem como finalidade
desenvolver a cultura, para isso é estritamente imprescindível a parceria do
professor com o restante da escola, para que crianças e jovens passem a adquirir o
conhecimento necessário sobre as funções do corpo, e exercícios aplicados,
valorizando a interdisciplinaridade.

4.2 A Valorização da Educação Física Escolar nos Últimos Tempos

De todas as disciplinas que compõem a escola, provavelmente a Educação


Física foi a que sofreu transformações mais profundas nos últimos anos, mudanças
pedagógicas e na legislação fizeram com que até mesmo sua missão fosse
questionada, na década de 80 o compromisso da área era a revelação de craques e
melhoria do desempenho físico e motor dos alunos, hoje, a ênfase recai na reflexão
sobre as produções humanas que envolvem o movimento.
Segundo Oliveira (1992, p. 34) “A maior parte do atual ensino na Educação
Física Escolar e Universitária é caracterizada por um procedimento metodológico
orientado nas destrezas motoras ou movimentos técnicos”. Se antes só os esportes
eram privilegiados, hoje há uma infinidade de manifestações, um leque repleto de
opções como: danças, lutas, brincadeiras tradicionais e até esportes radicais, tudo
isso é claro com ótimas perspectivas nas escolas.
Não há mais o pensamento de que a Educação Física só trabalha o corpo, e
as outras disciplinas só a mente. Com o trabalho em conjunto, abre-se espaço para
a Educação Física desenvolver comunicações e expressões corporais e linguísticas
num ambiente mais natural e lúdico.

[...] A Educação Física Escolar tem como primordial função analisar as


diversidades das práticas corporais, inclusive as mais polêmicas, como funk
e axé, ritmos afros brasileiros que ganharam espaço e impacto no currículo.
Um trabalho crítico com o Funk e o axé ajudam as crianças a compreender
essas danças e a refletir sobre a própria identidade. [...] (Revista Nova
escola, 2009, p.38)
35

Antes a escola dedicava-se apenas ao conhecimento acadêmico, passou


então a visar o aluno em todos os setores da sua vida social, mexendo com os
objetivos da área. Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), nº 9394/96, em seu parágrafo terceiro, artigo 26 refere-se: A educação física,
integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação
Básica.
A Educação Física passou a ser reconhecida como componente essencial
para a formação dos alunos. Antes era comum as dispensas por motivos médicos e
as aulas fora do período regular, tudo isso desencadeou uma disciplina alheia ao
projeto escolar, considerada apenas como recreação ou passatempo, jamais como
objetivo pedagógico.
Felizmente o objetivo maior da escola é ajudar na formação de seus alunos
para que possam participar da sociedade e melhorá-la. Os educadores de Educação
Física devem participar das reuniões de pais e ter o conhecimento teórico para
orientá-los corretamente, deixando de lado a ideia de que as aulas são uma
brincadeira sem importância.

A Educação Física investiga o patrimônio corporal, como também analisa


os grupos sociais e suas expressões, como esportes, jogos, lutas,
ginásticas, brincadeiras, danças para experimentá-las e vivenciá-las no
espaço escolar. As aulas de esportes, lutas e danças não se esgotam na
prática. É preciso refletir sobre essas manifestações para entendê-las.
“Montar uma seleção para disputar torneios e deixar o resto dos alunos
somente torcendo é fabricar adversários”. (NEIRA, 2009, p.40)

A Educação Física proposta na escola é a de inclusão, melhoria do corpo e


da mente, reflexão e entendimento das manifestações culturais que envolvem o
movimento. Devemos lembrar que Educação Física não é uma prática alienada, que
sua perspectiva cultural considera quatro princípios indispensáveis na definição do
currículo.
Para Mello (1989, p. 23), a Educação Física nos dias de hoje deve ser
caracterizada pela busca constante de uma prática transformadora, que se integre
nos avanços alcançados nos estudos da psicomotricidade, e que, especialmente,
considere os aspectos culturais no processo de aprendizagem.
O primeiro é o diálogo nos grupos que compõem a sociedade, o segundo é a
noção que o aluno necessita ver na sociedade o reflexo do que está estudando, o
36

terceiro é entender e respeitar as condições de cada estudante, por fim o quarto,


que é o aperfeiçoamento do currículo profissional.
Atualmente, é unanimidade que a Educação Física Escolar vai além da
recreação e do esporte, com objetivos claros, e procedimentos estratégicos, ela
expõe um aprendizado de forma gradativa, respeitando o limite de cada um e
também sua inclusão. Mas para que isso aconteça à disciplina deve ser orientada
por um profissional de Educação Física, que tem conceitos pedagógicos específicos
para atingir seus objetivos.
Segundo Martins (2009, p.02) “Desenvolvimento das habilidades motoras e
corporais que ajudam no processo cognitivo, psicológico e afetivo do cidadão”. A
escola precisa valorizar a educação física e possibilitar que as aulas sejam
integradas ao plano pedagógico.
Toda essa multiplicidade de alternativas faz da educação física uma disciplina
privilegiada no espaço do conjunto das atividades escolares como também no
esforço de se pensar e construir uma nova sociedade e uma nova escola.

4.3 Educação Física Escolar: Inclusiva e Interdisciplinar

As novas concepções da Educação Física Escolar destacam o aluno como


um todo integrado que tem capacidade crítica para situar-se no mundo, para ser por
ele modificada e para transformá-lo. A Educação Física Escolar tem valor
inestimável a oferecer à criança a oportunidade de vivenciar diferentes formas de
organização para a melhor realização de tarefas e atividades cooperativas e
participativas, ela contribui para o estudo e a vivência do lazer, da comunicação, da
cultura e da qualidade de vida.

No trabalho interdisciplinar, uma área enriquece o conhecimento sobre a


outra e o resultado é uma construção de um saber mais complexo e menos
fragmentado, que buscará trazer mais nexos para o estudante, já que esta
prática estimula a pesquisa, a curiosidade e ao detalhamento para entender
que o mundo não é disciplinar. “Há apenas a certeza de que existe uma
enorme diversidade de temas que uma disciplina sozinha jamais
compreenderia” (FERREIRA, 2008, p.25).

A Educação Física é essencial para o aprendizado global nos primeiros anos,


pois ela proporciona a aquisição de habilidades motoras fundamentais para o
domínio motor na adolescência e vida adulta, já que o domínio físico é indispensável
37

para o autoconceito e autoestima. Para que isso aconteça à escola deve repassar
conhecimentos técnicos e científicos específicos do profissional de Educação Física.
Segundo Sousa (2009, p.4) “Tal disciplina deve integrar-se ao plano
pedagógico com atividades que juntem o desenvolvimento físico, motor e
intelectual”. É fundamental que a criança se movimente e participe, mas que
entenda o que fez e amplie seu olhar sobre as práticas da cultura corporal.
A multidisciplinaridade também ajuda a vincular a aprendizagem ao contexto
histórico-social da criança. Na educação infantil não se trabalha só o corpo ou só a
mente, trabalha-se em conjunto com outras disciplinas num ambiente natural e
lúdico, trazendo os alunos para um mundo de conhecimento corporal e
relacionamento interpessoal entre ambos.
Para que a dinâmica da interdisciplinaridade dê certo, planejamento e
sistematização são fundamentais, é preciso reuniões que decidam os conteúdos
previstos para que uma disciplina auxilie a outra. As aulas de educação física hoje
funcionam como ambiente para inclusão na escola, antes a disciplina tradicional
valorizava só o esporte e destacava os mais preparados, enquanto que os outros
ficavam a margem das aulas, isso aumentava a ausência dos alunos nas aulas.
Araújo (2009, p.07) afirma “que o profissional de Educação Física proponha a
maior variedade de atividades possível, a fim de que todos os alunos tenham a
oportunidade de experimentar algo com que se identifiquem”. Hoje ela é um
componente curricular muito importante e amplo, em termos de conteúdo, estratégia,
a fim de ser menos excludente.
Inclusão é a oportunidade dada a todo cidadão, mostrando igualdade de
oportunidade e convívio com a diversidade e o profissional de educação física com
certeza é o principal agente dessa inclusão, pois ele media a relação entre os
alunos, evidenciando que não é errado deixar de fazer gols ou ganhar corridas, o
errado é não querer participar.
È importante que em todos os momentos das aulas, enfatizar o
comportamento pessoal e coletivo dos alunos, por meio das práticas corporais, a fim
de promover valores sociais positivos. É nas aulas de Educação Física que o corpo
e suas habilidades ficam mais evidentes e a inclusão ganha especial destaque.
Pois elas mudam a condição atual do corpo e ajudam a reescrever o futuro,
estimulando as pessoas, desde a infância, há adquirir o habito de praticar exercícios
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físicos e de se manterem saudáveis. Quanto mais cedo começamos a fazer


exercícios, mais temos saúde.
Lake (2001, p. 23) reconhece que muitos jovens priorizam a prática esportiva
nas escolas, mas que isso não deveria ser o motivo para o esquecimento de
princípios importantes da educação física escolar. Para o autor, a disciplina exerce o
papel de promover hábitos relacionados à saúde positiva, além de preparar o aluno
para uma maior compreensão sobre seu corpo e suas possibilidades.
Os esportes coletivos devem ser bem organizados para que haja inclusão dos
alunos que não se envolvem nesses esportes, mas que podem ter o beneficio de
desenvolver novas habilidades, inclusive trabalhando a cooperação mais que a
competição.
A sistematização da educação física na escola, conforme Neira (2003, p. 56),
possibilita à criança movimentar-se de forma natural, relacionando-se consigo
mesma e com o ambiente, obtendo, dessa forma, o controle motor que favorece o
desenvolvimento biológico, psicológico e sociocultural. A partir de jogos, atividades e
brincadeiras, a criança torna-se cada vez mais independente, sendo capaz de
construir regras ao invés de apenas segui-las.
A Educação Física Inclusiva tem objetivos claros e integrados ao plano
pedagógico, tem enfrentado barreiras, mas mostra que é possível, traçando práticas
de atividades físicas e conhecimentos sobre cultura e movimento corporal,
abrangendo também habilidades motoras, resistência e agilidade, saúde e qualidade
de vida. Atingindo a principal estratégia que a disciplina pretende alcançar que é a
inclusão.
Na era da inclusão as atividades variadas são a receita para que todos os
alunos participem afinal, a Educação Física associada às outras áreas
prepara o estudante para buscar uma melhor qualidade de vida. Isso prova
que as aulas de educação física não servem apenas para cumprir um
currículo escolar, mas para formar hábitos por toda a vida, que trarão
felicidade e longevidade aos alunos. “Eu gosto sempre de dizer que
Educação Física não é a educação do físico, mas do homem”. (ALMEIDA,
2012, p.14).

A diversidade de atividades é prioridade para estimular a participação, o


respeito ao outro e as regras, como também a integração curricular vertical e
horizontal entre as disciplinas permitindo a continuidade e a multidisciplinaridade.
Um bom exemplo dessa integração são as atividades sobre jogos e brincadeiras
tradicionais.
39

4.4 Atividade Física e o Rendimento Escolar

Vários estudos realizados vêm concordar com a ideia de que a atividade física
tem um papel importante para o rendimento escolar dos alunos, no que diz respeito
aos conteúdos curriculares ministrados pelos professores em sala de aula.
Quando se fala de atividade física dentro do âmbito escolar, não, significa
apenas as aulas de Educação Física propriamente ditas, pode-se também
considerar que a hora do intervalo é um momento em que o aluno desenvolve
atividades físicas como lazer, este momento juntamente com as aulas de Educação
Física são formas eficazes do aluno liberar a energia acumulada em relação às
outras disciplinas, que dentro de suas metodologias, devem ser ministradas em sala
de aula.
Segundo Darido (2004, p. 90) “a Educação Física na escola, enquanto um
componente curricular tem como um de seus objetivos introduzir e integrar o aluno
na cultura corporal do movimento”. Formando-o cidadão que vai produzi-la,
reproduzi-la e também transformá-la em benefício do exercício crítico da cidadania e
da melhoria da qualidade de vida.
O aluno fica condicionado apenas a receber e aprender o que é proposto pelo
professor. A Educação Física também segue este modelo de ensino, porém como
dispõe de recursos diferenciados com a inclusão de um número maior de aulas
práticas, permite que o aluno se torne mais ativo durante as outras atividades da
grade curricular, e quando há esta liberação de energia, o estudante fica mais
presente nas demais disciplinas, melhorando significativamente seu rendimento
geral.
Para Pellizzaro (2002, p. 89) “a atividade física melhora os índices na saúde
individual, social e coletiva dos alunos e acrescenta que o rendimento escolar sofre
variações em decorrência, principalmente, da saúde mental”. Sendo que esta pode
sofrer interferência da saúde biológica e fisiológica, a mesma autora propõe que a
atividade física é fundamental para um bom funcionamento orgânico, intelectual e
emocional. O desempenho humano depende, entre outros fatores, de um corpo que
esteja em movimento.
A Educação Física em seus benefícios oferecidos aos alunos do ensino
fundamental vem se destacando no que diz respeito à socialização do estudante,
através da cooperação trabalhada pela disciplina. Essa socialização tem um papel
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importante no rendimento escolar,que apontam que através da atividade física


habilidades sociais e cognitivas são desenvolvidas de maneira favorável ao
indivíduo.
Koren, Modeneze, Murer, Falsarella e Sequeira (2008) mencionam a
necessidade de se proporcionar estímulos direcionados através de atividades físicas
programadas que privilegiem a ludicidade, para que esta permeie o aprendizado em
cada faixa etária e acompanhe, desta maneira, o crescimento e desenvolvimento
harmônico de todas as capacidades específicas do ser humano, beneficiando,
assim, o rendimento escolar dos alunos.
Os mesmos autores entendem que as ações pedagógicas devem ser
coerentes com o pensamento pedagógico, para que o estudante seja capaz de se
integrar socialmente, desenvolver seus domínios cognitivos, motor e afetivo-social,
oportunizando por meio de atividades físicas interessantes, explorar a criatividade, a
tomada de decisões, entre outros, visando à formação de um indivíduo
independente, reflexivo e crítico.
Segundo Paulo Freire (2006) o bom professor é o que consegue, enquanto
fala trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento. Sua aula é
assim um desafio e não uma “cantiga de ninar”. Seus alunos cansam, não dormem.
Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem
suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.
O principal é termos a certeza que nada ficará como esta, tudo irá mudar,
diante das possibilidades que se descortinam. A Educação Física hoje promove o
desenvolvimento global das crianças, focaliza a competição, repensando os
objetivos gerais da educação, e por fim associada às outras áreas prepara o
estudante para buscar qualidade de vida, através de aulas dinâmicas, divertidas,
inclusivas e participativas, deixando no passado aquela Educação Física engessada,
militarista e entediante.
O Educador hoje vê na educação o resgate da cidadania. Preocupações
avançam no sentido de aproveitar ao máximo aqueles excluídos pela sociedade, a
luta por um ensino mais personalizado busca afastar os jovens da criminalidade e
marginalização para prepará-los para um futuro digno.
O Profissional de Educação Física que tem uma área de ensino abrangente
consegue chegar até a raiz deste vasto problema, isso só acontece por que ele está
focado e fortemente preparado em sua missão.
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Bento (2005, p.25) discorre que: “Eu amo a exigência e a dificuldade e é com
elas que eu entendo o sentido educativo, humano e civilizacional do desporto”.
Aprendi na vida que é da gravidade que se fazem asas, do peso se faz voo, da dor
se faz riso, do choro se faz canto.
Quem não está preparado para esta relação aluno x professor não observa o
contexto da vida de quem aprende e de quem ensina e não está preparado para
esse momento crítico que a sociedade expõe dia a dia. O envolvimento da
Educação Física com o indivíduo e com a sociedade dá-lhe responsabilidades que
extrapolam o "jogar futebol". O professor não pode, diante da sua missão,
aprofundarem-se unicamente nos seus conhecimentos técnicos.
O educador é fundamental e tem consciência disso, afinal outras profissões
dependem do seu discernimento. As responsabilidades de educar são complexas e
bastante específicas, pois somos avaliados atentamente por aqueles que
pretendemos formar, somos personagens que contracenam com os alunos os fluxos
de suas questões e os projetos por eles almejados, colocando assim a compreensão
como mediadora desse relacionamento aluno x professor.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A busca por uma vida sadia exige uma alimentação diversificada atrelada à
prática adequada de exercícios físicos. No cotidiano moderno, os novos hábitos
alimentares contribuem para um maior consumo de alimentos industrializados e de
baixo teor nutritivo. Dessa maneira, a população em um âmbito geral tem sido vítima
de problemas físicos e psicológicos advindos destes produtos.
Foi constatado através da analise bibliográfica que muitas pessoas ainda
desconhecem os hábitos e regras que levam a uma vida saudável e equilibrada. A
mídia também colabora para uma visão deturpada de uma alimentação balanceada
e da prática de exercícios físicos, além de ditar emblemas que levam muitos jovens
à anorexia e bulimia.
Conclui-se que desde os primórdios até os dias atuais a atividade física tem
um papel importante para a sociedade e para o indivíduo que busca uma melhor
qualidade de vida. Essa qualidade de vida reflete também no rendimento de cada
indivíduo. Esse rendimento voltado para alunos de escolas do ensino fundamental
parece refletir em melhores desempenhos dentro do âmbito escolar e nas demais
disciplinas.
Foi possível analisar também que faz-se necessário novas discussões sobre
o número de aulas de Educação Física na escola, não somente para se mostrar o
rendimento escolar dos alunos, mas sim em um contexto geral, já que a atividade
física gera muitos outros benefícios para os mesmos, tanto no seu rendimento
cognitivo, quanto social e cultural.
Sem a pretensão de esgotar o tema tratado, os objetivos da pesquisa foram
atingidos de maneira satisfatória, visto que a mesma forneceu subsídios para a
análise do assunto.
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