O Zangão e a Alamanda A flor delicada e o rude empregado Ainda não haviam se encontrado Aqui por estas bandas;
Ele, um inseto rechonchudo,
Ela, uma flor tão carnuda, Apaixonaram-se as 10 da manhã Entre Pitangas e nozes-pecã, Bergamoteiras e flor-de-maçã, Nenhuma outra flor lhe pareceu tão vistosa!
E no baile aéreo dos dentes-de-leão,
Sem o menor jeito ou inibição, Pousou como um porta-aviões, Um operário faminto, sobre um prato de feijões;
A flor envergou, envergonhou-
[se] Amarela, corou E o banquete foi completo O pólen nas patas do inseto [virou mel]
A flor, dobrada pelo peso do visitante
Que voou em poucos instantes, Recobrava-se aberta, Enquanto contemplava o céu.