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Giovanna Carlini – T08

A acumulação primitiva atualmente

Em 1850, Dom Pedro II assinou a Lei de Terras, como objetivo de privatizar as


Terras, dividindo em latifúndios, sendo toda terra sem uso propriedade do
Estado, tendo como compra único meio de obtenção, impossibilitando então
mulheres, indígenas e unidades públicas menores a aquisição e contribuindo
para a concentração das melhores terras nas mãos de homens com grande
poder aquisitivo, passando-as em geração como herança de família.

Por esse motivo, muitos que ocupavam essas terras tiveram suas terras tiradas
por meio da grilagem, prática de invasão de terras e fraude de documentos.
Assim muitos indígenas perderam seu direito de terra e moradia. Tendo que
trabalhar para os donos de latifúndios em troca de recursos básicos a
sobrevivência, acumulando horas de trabalho para ganhar centavos, o mesmo
acontecia com africanos, que embora no mesmo ano houvesse a Lei Eusébio
de Queirós, que proibia o tráfico de africanos para o Brasil, eles continuavam
cativos dessa escravidão.

Atualmente, notasse que a acumulação primitiva não desapareceu, a maioria


das empresas buscam cada vez mais diminuir os seus gastos para aumentar
os seus lucros, para assim se beneficiar em relação as outras empresas.
Portanto sujeitam seus trabalhadores a condições horríveis de trabalho, onde
recebem misérias para grandes cargas horárias, onde não há recursos básicos,
como assistência médica, alimentação, saneamento básico, alojamento
adequado, água potável.

Assim os trabalhadores fazem tudo em pró da sua sobrevivência, aceitando


promessas enganosas para uma mudança de vida. Sem possibilidade de
deixar o local por causa de dívidas, violência física e psicológica. Na maioria
das vezes, o trabalhador se encontra em local de difícil acesso, longe da
família e da polícia.
No Brasil, os criminosos responsáveis pela escravização de pessoas podem
ser presos e devem realizar indenizações e pagamento de direitos trabalhistas
da vítima.

Essa situação apenas pode ser encerrada com denúncia e fiscalização. Desse
modo, é de extrema importância a atuação de órgãos internacionais, como a
ONU e órgãos públicos, como o Ministério Público do Trabalho.

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