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3 fundamentação teórica
Para pensarmos um plano de aula focado nas metodologias de alfabetização, devemos
resgatar as questões e problemáticas acerca do tema, e como elas se reinventam ao aplicarmos
ao contexto do ensino remoto, que, devido ao período pandêmico, entrou em evidência como
mecanismo de ensino.
A alfabetização para a sociedade geral não passa de um processo momentâneo que não
ultrapassa os muros das escolas, um conjunto de regras e normas sobre a língua portuguesa,
que deve ser aprendida, de maneira oral e escrita, em uma determinada idade para que seja
considerado um bom aluno letrado e alfabetizado. Se nos prendermos apenas a essa ideia, de
que a alfabetização não passa de uma fase da escolarização infantil, não conseguiremos
analisar todas as questões que cercam o tema com a atenção que lhes é merecida.
Antes de tudo devemos entender que a alfabetização se inicia antes dos anos iniciais
da escolarização do aluno:

[...] as crianças, pelas próprias experiências no mundo letrado, começam a aprender


a língua escrita já no período pré-escolar. De fato, ao ouvirem a leitura de histórias,
acompanharem a execução de uma receita culinária, compartilharem em família a
leitura de convites, cartas ou e-mails [...] (Colello, p.38, 2017).

A exposição do sujeito as variadas formas e gêneros de escrita, seja com ferramentas


de comunicação, jornais, revistas e livros, auxiliam o desenvolvimento formal de
alfabetização, porém, a partir desse pressuposto, é possível estabelecer que o sujeito que não
tem acesso a uma variada gama de informações textuais se prejudica nesse processo. Como
Colello (2017) explica: “[...] jovens e adultos, que até se alfabetizaram, podem involuir para
um estado de analfabetismo funcional quando são privados de oportunidades qualitativas de
ler e escrever.”. Portanto, estabelecer o contexto e a realidade que o sujeito à ser letrado
vivencia, determina a sua experiência e desenvolvimento do processo de alfabetização.
Antes de focarmos no contexto do ensino remoto, que decidimos destacar para esse
projeto, vamos discorrer sobre a importância do contexto social do sujeito. O aluno a ser
letrado, não é um ser isento de valores, ensinamentos e realidades, devemos entender que, o
que constitui aquele aluno determina muito do que ele consegue compreender quando exposto
a novos aprendizados. Nenhum aluno aprende, de forma fácil e rápida, sem ter um interesse
genuíno pelo o que lhe é apresentado, todas as experiências e vivências contribuem para a
construção desse interesse, e portanto interferem diretamente no processo de aprendizagem do
aluno.
O ensino da alfabetização já se mostra controverso considerando o sistema de ensino
formal, em uma espaço físico que o ambiente escolar proporciona; sendo condicionado apenas
como um sistema formal de escrita e leitura que apenas com informações.

A língua é afetada pela história, ideologia, relação de poder, o sujeito do aprendizado é


sócio-histórico, porém o foco dos modelos continuam engessados, deve se pensar conforme
as coisas mudam.

Para o modelo ideológico de letramento, o contexto interfere no modo como o sujeito vai
aprender a ler e escrever, as práticas sociais de leitura e escrita têm sentido em determinado
contexto social.

Contexto de pandemia e tecnologia digital, do uso de comunicação digital para o uso da


educação.

Modelos de alfabetização adaptados para o contexto dessas novas crianças, para que o
aprendizado tenha significado, um sentido para que elas aprendam a ler e escrever, ver a
função social da escrita, a importância para a sociedade. - Todos os autores defendem isso.

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