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Gerolamo Cardano 

(1501 – 1576),  
No início do século XVI o médico italiano Cardano interessado em estudar o caso do seu filho
surdo. defendeu que o emprego de palavras faladas (oralização) não era indispensável para se
compreender as ideias, mas defendeu que era necessário aprender a ler e a escrever.

Pedro Ponce ensinava seus alunos a falar, ler e escrever para que eles pudessem garantir suas
heranças e, com isso, mostrou que os surdos eram capazes de aprender. Esse monge beneditino
conseguiu criar um manual que ensinava escrita e técnicas de oralização, sendo capaz de
ensinar surdos a falar diferentes idiomas(direitos aos surdos)

“Seu trabalho não apenas influenciou os métodos de ensino para surdos no


decorrer dos tempos, como também demonstrou que eram falsos os argumentos
médicos e filosóficos e as crenças religiosas da época sobre a incapacidade dos
surdos para o desenvolvimento da linguagem e, portanto, para toda e qualquer
aprendizagem” (LODI,Ana Claudia Balieiro 2005, p. 411)
Juan Pablo Bonet 

Werner afirma que, com Bonet, em 1620, apareceu o primeiro tratado de ensino de surdos-mudos,
considerando, ainda, que Bonet achava que esse ensino devia começar pela escrita, não por palavras inteiras,
mas por uma sistematização do alfabeto. Em seguida, dever-se-ia fazer a correspondência com o alfabeto
dactilológico8 e o alfabeto escrito para, somente mais tarde, se ensinar a linguagem falada. Esta parte que
envolve a diferenciação de vários sons seria, para Bonet, a parte mais difícil e a mais importante. Ainda
segundo Werner, Bonet considerava muito difícil explicar a um surdo a natureza do som e, embora
desconhecesse as vibrações da laringe, iniciava primeiramente por exercícios respiratórios. Em seu livro, Bonet
apresentava novas e interessantes observações a respeito da formação do som na boca e cuja exatidão
dificilmente poderia ser superada, sem o auxílio de experiências e aparelhos (p. 20). Em relação a Ramirez de
Carrión, Quirós & Gueler escrevem que ele fazia segredo do seu método e acham que talvez tenha sido o
mesmo que Bonet publicou, já que este teve acesso a esse trabalho através de um discípulo. Um método
considerado por Werner (1946: 20) como extravagante, foi criado pelo estudioso da língua, o holandês Van
Helmont (1614-1699), que havia publicado um livro sobre o caráter primitivo da língua hebraica. Helmont
propunha a oralização do surdo através do alfabeto desta língua, porque, para ele, a forma das letras
hebraicas indicava a posição da laringe e da língua ao reproduzir cada som respectivo. Para Werner, o trabalho
de Van Helmont pode ter dado origem às escritas fonéticas modernas. Teria sido ele quem primeiro tratou de
descrever a leitura labial e o uso do espelho que mais tarde teria sido aperfeiçoado por Amman.

Plurilingüismo e surdez: uma leitura bakhtiniana da história da educação dos surdos


ACB Lodi

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