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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA – UFOB

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

FLUIDOS: PRESSÃO, DENSIDADE E EMPUXO

HIGOR DE ALCÂNTARA DURÃES (2020010788)


EDUARDO LINO SILVA (2021009413)
RUAN DA SILVA SANTOS (2021011073)

BOM JESUS DA LAPA - BA


2022
HIGOR DE ALCÂNTARA DURÃES (2020010788)
EDUARDO LINO SILVA (2021009413)
RUAN DA SILVA SANTOS (2021011073)

FLUIDOS: PRESSÃO, DENSIDADE E EMPUXO

Relatório apresentado como parte dos


critérios de avaliação da disciplina
LAP0023 – Física experimental II.
Turma 01. Dia de execução do
experimento: 02-09-16 de maio de
2022. Prática 3 - FLUIDOS:
PRESSÃO, DENSIDADE E
EMPUXO.

Professor: Ruan Reis Nascimento

BOM JESUS DA LAPA - BA


2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4
2 OBJETIVO....... ..................................................................................................................... 9
3 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL – MATERIAIS E MÉTODOS ................................... 9
3.1 Materiais .......................................................................................................................... 9
3.2 Métodos .......................................................................................................................... 10
4 RESULTADOS E DISCURSÕES ...................................................................................... 13
5 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 20
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
4

1 INTRODUÇÃO

Estudando a estática dos fluidos, sendo eles em repouso ou em equilíbrio e baseia-


se na primeira lei de Newton demonstrando os conceitos de densidade, pressão e
empuxo.[1] A densidade é uma propriedade particular de cada material, onde representa
a relação entre massa e volume e é definida como massa por unidade de volume, podendo
variar com mudança de fatores como temperatura e pressão sofrida, é representada pela
letra grega “ρ”, assim, objetos feitos de mesmo material mas com massas e volumes
diferentes possuem mesma densidade pelo fato de que a razão e a mesma para ambos. A
densidade relativa ou massa específica é a razão entre a densidade do material e a
densidade da água.[1] Logo temos a equação (1).

𝑚
𝜌= (1)
𝑉

Outro conceito fundamental e a pressão hidrostática ou também chamada de


pressão manométrica diz que o fluido (gazes ou líquidos) quando se encontra em repouso
exerce uma força perpendicular, podendo ser sobre um corpo submerso ou as paredes do
recipiente onde está contido o fluido possuindo mesmo módulo, mas com sentido oposto
a força.[1] É representado pelo produto entre altura da coluna de fluido, aceleração
gravitacional e massa especifica do fluido, existindo proporcionalidade entre a altura e
densidade.
𝑃 = 𝜌𝑔ℎ (2)

De acordo com o conceito de pressão relaciona-se o princípio ou lei de Stevin,


demonstrando que a pressão que um fluido exerce sobre um corpo submerso depende da
altura de fluido acima do corpo. Outro fator fundamental e a pressão atmosférica e a
pressão que o fluido se encontra, a pressão externa mais comum e a atmosférica da terra,
assim, qualquer que seja o fluido que não sofra influência de uma pressão especifica,
sendo um líquido e estando ao ar livre sofre efeito da pressão atmosférica (no nível do
mar vale 1 atm ou 1,01 * 10^5 Pa) sendo ser possível determinar a pressão em qualquer
ponto dentro do líquido pela expressão (3), onde 𝑃0 é a pressão atmosférica.

𝑃 = 𝑃0 + 𝜌𝑔ℎ (3)
5

Com essa expressão e possível calcular a pressão para dois pontos de diferentes
profundidades dentro de um líquido onde a pressão vai ser a mesma, mas a altura de
líquido acima do ponto vai determinar a diferença, como na figura 1, temos as equações
para ambos os pontos.
Figura 1: Teorema de Stevin.

Fonte: Sofísica.com.br

Assim, temos que as equações para os pontos são:

𝑃𝑄 = 𝑃0 + 𝜌𝑔ℎ𝑄 e 𝑃𝑅 = 𝑃0 + 𝜌𝑔ℎ𝑅 (4)

Onde o ∆h mostrado na figura é a diferença de altura entre os pontos R e Q, assim,


modificando as equações acima temos que ∆P e a diferença de pressão entre os pontos:

(𝑃𝑅 − 𝑃𝑄 ) = 𝜌𝑔(ℎ𝑅 − ℎ𝑄 ) (5)


Logo:
∆𝑃 = 𝜌𝑔∆ℎ (6)

Assim, é perceptível que a pressão do ponto R é superior à pressão no ponto Q.


Isso acontece pelo fato do ponto R estar numa profundidade maior que o ponto Q,
portanto, a uma diferença de coluna d’água acima de cada ponto sendo uma maior que a
outra, satisfazendo a lei de Stevin. Portanto, dois pontos em um fluido em equilíbrio, se
possuírem mesma profundidade terão mesma pressão.[1] considerando agora as forças
existentes no sistema contendo fluidos já se encaixa em outro princípio físico.
6

O princípio de Arquimedes diz que quando há um corpo submerso em um fluido


qualquer, especialmente líquido, temos que o corpo sofre pressões diferentes sobre suas
superfícies, quanto mais profundo maior a pressão, assim, é identificado uma força
resultante de sentido contrário a força peso do corpo, direcionada para cima e de mesma
intensidade.[5] O empuxo hidrostático como é chamado é denominado como a força que
o fluido exerce sobre o corpo submerso e proporcional ao peso do volume deslocado. [4]
Entretanto, sabe-se que caso o líquido não se movimenta a pressão exercida pelo mesmo
nas paredes do recipiente e igual ao peso do volume contido no recipiente, assim, conclui-
se que a força total que atua sobre esse volume é nula, por consequência a pressão tem o
mesmo valor do volume e aponta em sentido contrário. [4] Em caso de acrescentar um
corpo ao recipiente com líquido temos que não ocorrerá mudanças na força de pressão,
mesmo com o deslocamento de liquido sofrido pela adição da massa do corpo
aumentando a altura do volume, portanto, o empuxo ainda será igual ao peso do volume
de líquido deslocado no processo de imersão. [4] Logo o empuxo e determinado pelo peso
do volume deslocado com a imersão total ou parcial de um corpo com sentido contrário
a força peso sendo para cima, assim, a equação de empuxo e dada pela equação (7).

𝐸 = 𝑃 = 𝑚𝑔 = 𝜌𝑔𝑉𝑑𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑑𝑜 (7)

Portanto, caso o peso de volume deslocado for menor do que a do corpo imerso o
corpo afundará, demonstrando na figura 2.

Figura 2: Teorema de Arquimedes.

Fonte: Blog do Enem.


7

Já o outro lado da hidrostática, a dinâmica dos fluidos refere-se ao conceito de


impressibilidade, sendo assim, a densidade de um fluido não depende da pressão sobre
ele assim como presumido nos princípios anteriores, chegando a equação de continuidade
onde há uma conservação das massas, logo, uma quantidade de fluido que tem velocidade
V em um pequeno intervalo de tempo (∆t) percorrendo uma distância dada pela eq. (8).

𝑑 = 𝑣∆𝑡 (8)

Transformando, temos que o volume é dado por:

𝑉 = 𝑑𝐴 = 𝐴𝑣∆𝑡 (9)

Portanto, onde A e a massa que passa pelo ponto, determinando a massa do fluido
temos que:
∆𝑚 = 𝜌𝑉 = 𝜌𝐴𝑣∆𝑡 (10)

Modificando-a, e possível obter o fluxo de massa:

𝜌1 𝐴1 𝑣1 = 𝜌2 𝐴2 𝑣2 (11)

A partir do teorema de conservação, e possível determinar a equação de Bernoulli


que relaciona o trabalho mecânico e a energia dos corpos, descrevendo o comportamento
do fluido em movimento dentro de tubos.[6] Para compreender temos a figura 3.

Figura 3: escoamento de um fluido em tubulação.

Fonte: Mundo educação.


8

Considerando a velocidade constante em todo o fluido, incompressibilidade, sem


viscosidade e sem rotação do fluido, assim, as únicas interferências sofridas e a diferença
de pressão entre os pontos medidos, a altura e a diferença na área da seção do tubo.
Com a energia potencial gravitacional e a energia cinética presentes no sistema,
temos que a equação que a representa e dada por 12.

𝑚𝑣12 𝑚𝑣22
𝐸1 = 𝑚𝑔ℎ1 + e 𝐸2 = 𝑚𝑔ℎ2 + (12)
2 2

Supondo que a densidade e o volume são iguais para ambos os pontos, e possível
substituir a massa (m), assim, substituindo (10) em (12), temos que:

1𝑣12 1𝑣22
𝐸1 = 𝜌𝑣 (𝑔ℎ1 + ) e 𝐸2 = 𝜌𝑣 (𝑔ℎ2 + ) (13)
2 2

Tendo a equação do trabalho da energia cinética como:

𝐸2 − 𝐸1 = 𝐹1 𝑆1 − 𝐹2 𝑆2 (14)

E a força e encontrada pela equação:

𝐹 =𝑃∗𝐴 (15)

Substituindo as equações (14) e (15) na equação (13), obtemos a equação de


Bernoulli:
𝑣12 𝑣22
𝜌𝑣𝑔ℎ1 + 𝜌𝑉 + 𝑃1 𝑉 = 𝜌𝑣𝑔ℎ2 + 𝜌𝑉 + 𝑃2 𝑉 (16)
2 2

Portanto, a equação final é obtida e dada por:

𝑣2
𝜌𝑣𝑔ℎ + 𝜌𝑉 + 𝑃𝑉 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (17)
2
9

2 OBJETIVO

No estudo abordado, introduziu-se o conceito de pressão, empuxo e escoamento


de um fluido, logo, compreender e reconhecer a pressão, relacionar o volume de um
líquido com a força de empuxo e analisar o escoamento de um fluido em função do tempo.

3 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL – MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais

3.1.1 Princípio de Stevin, manômetro de tubo

01 Tripé universal delta max – EQ894.01;


01 Plano intermediário – EQ879.02;
03 Haste inox de 300 mm com roscas e manípulos fêmea – EQ017AB;
04 Haste inox de 500 mm com roscas e fixador – EQ017Q;
01 Conjunto alinhador para câmara transparente – EQ270.77;
01 Câmara transparente – EQ270.01;
01 Régua T1com anel de borracha e escalas – EQ270.102;
01 Braço B – EQ270.32;
01 Tubos paralelos removíveis – EQ270.35;
01 Manômetro em U com painel e mufa – EQ270.56;
01Seringa 10 ml com prolongador flexível – EQ270.61;
01 Bandeja – 28903.052;
01 Copo Becker 600 ml – 20596.060;
*01 Litro de água;
*03 gotas de corante;

3.1.2 Princípio de Arquimedes

01 Dinamômetro 2 N– EQ007.2N;
01 Cilindro de Arquimedes – EQ022A;
01Tripé universal – EQ017Q;
10

01 Haste inox de 500 mm – EQ017Q;


*01 Copo Becker 250 ml– 20596.008;
*01 Mufa de entrada lateral – EQ028.11;
*01 seringa descartável, graduada, 20 ml – 20893.020
* 250 ml de água;

3.1.3 Fluxo de fluidos, equação de Bernoulli

01 Câmara transparente com orifício lateral – EQ270.01;


01 Régua graduada – EQ002;
01 Copo Becker 600 ml – 20596.060;
01 paquímetro graduado de 150 mm – EQ001.82;
01 cronometro
*03 gotas de corante;

3.2 Métodos

3.2.1 Princípio de Stevin, manômetro de tubo

Iniciou-se retirando a tampa e o tubo da câmara transparente, adicionando água e


o corante na câmara transparente, logo após, com a seringa e uma mangueira de 30 cm
acoplada em sua ponta, adicionou-se água no tubo em forma de U graduado até a marca
de 70 mm, com cuidado para não deixar bolhas de ar no sistema, prejudicando a leitura
dos dados. Após isso, com os líquidos já corretamente colocados, montou-se a tampa da
câmara transparente e conectou a mangueira do tubo em U para o tubo sonda que
posteriormente foi adicionado na câmara transparente. Com todo o sistema montado, foi
adicionado o canudo na câmara, partindo do nível da água que estava a uma altura de 250
mm como mostrado na figura 4, assim, a cada 10 mm que aprofundou o tubo sonda foi
verificado a diferença causada na coluna d’água sofrida no manômetro, e também a
diferença de altura na câmara transparente, após feitas 10 medidas chegando a 100 mm,
analisou-se o ∆h do manômetro e também da câmara transparente.
11

Figura 4: escoamento de um fluido em tubulação.

Fonte: Estúdios Cidepe digital.

3.2.2 Princípio de Arquimedes

Inicialmente, fixou-se o dinamômetro na mufa do tripé com posição vertical de


forma a possibilitar a aferição da força peso do cilindro transparente (Pc1), do sistema
cilindro maciço e transparente (Pcfl) e do sistema cilindro transparente e maciço submerso
em um Becker cheio de água com corante (Pacdl), como mostrado na figura 5. Após feita
as aferições de força-peso, mantendo o cilindro maciço submerso e sem deixar que toque
no fundo do Becker pois pode comprometer a aferição dos dados, retirou-se com a seringa
a água do Becker e adicionou no cilindro transparente anotando-se então a força peso do
sistema, logo após, foi possível verificar o volume de líquido do cilindro transparente, se
gual ao do cilindro maciço e a força peso do sistema quando o cilindro maciço está com
o líquido, mas sem o cilindro maciço. Faz-se possível encontrar a força de empuxo do
sistema.
12

Figura 5: Princípio de Arquimedes.

Fonte: Autor.

3.2.3 Fluxo de fluidos, equação de Bernoulli

Inicialmente, mediu-se os diâmetros do cilindro e do orifício lateral onde o líquido


escoará com paquímetro de incerteza 0,02 mm, após isso, adicionou-se água com corante
para melhor visualização ao cilindro transparente até a medida de 250 mm de altura na
régua graduada de incerteza igual a 1 mm posicionada atrás do cilindro transparente.
Assim, com um cronometro mediu-se o intervalo de tempo para cada 50 ml’s escoados
pelo orifício lateral, o equivalente a aproximadamente 16 mm, repetiu-se esse
procedimento até a 10° aferição, realizando o experimento quatro vezes ao todo, como
mostrado na figura 6.
Figura 6: escoamento de um fluído.

Fonte: Autor.
13

4 RESULTADOS E DISCURSÕES

4.1 Princípio de Stevin, manômetro de tubo.

Para análise, tem-se que os dados obtidos e organizados na tabela 1 abaixo,


transformamos a pressão manométrica para unidade pascal e colocamos em uma tabela
para que podemos observar seus valores e usa-los.

Tabela 1: Dados experimetais, manômetro de tubo.


∆h ∆h Pm Pm
(mm) (m) (mmH2O) (Pa)
10 0,01 12 127,67
20 0,02 15 147,09
30 0,03 26 254,96
40 0,04 36 353,02
50 0,05 48 470,70
60 0,06 57 558,95
70 0,07 67 657,01
80 0,08 77 755,07
90 0,09 89 872,75
100 0,1 96 941,39
Fonte: Autor.

De acordo com os dados acima, percebe-se que com a crescente do desnível


aumenta a pressão, assim, e possível determinar que quanto maior a profundidade ou
coluna d’água é maior a pressão. Outrossim, e possível fazer o gráfico de pressão versus
desnível da altura, como mostrado no gráfico 1.

Gráfico 1:Gráfico de pressão versus deslocamento (Pa/m).

Pressão x deslocamento
1000
800
600
400
200
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

m Pa

Fonte: Autor.
14

Determinando o coeficiente angular do gráfico apresentado acima, utilizamos o


método dos mínimos quadrados (MMQ), assim, determinando a função do gráfico. Diante
disso, sabe-se que o coeficiente angular do gráfico arrasta o X da expressão, logo temos
que:
𝑦 = 9,769𝑥 + 3,7021

Assim, é possível determinar a diferença de pressão (∆P) entre dois pontos dentro
de um mesmo liquido utilizando o princípio de Stevin. Com isso, admitindo a massa
especifica da água a 25°C igual a 0,997044 e aceleração da gravidade igual a 9,81 m/s² e
os dados encontrados acima, temos a tabela 2.

Tabela 2: Pressão calculada utilizando princípio de Stevin.


∆h ∆h ∆P
(mm) (m) (Pa)
10 0,01 97,78441
20 0,02 195,5688
30 0,03 293,3532
40 0,04 391,1376
50 0,05 488,9221
60 0,06 586,7065
70 0,07 684,4909
80 0,08 782,2753
90 0,09 880,0597
100 0,1 977,8441
Fonte: Autor.

Relacionando os dados da Tabela 1 e Tabela 2, como estão próximos, ocasionou


uma pequena diferença ao comparar os dados. Além disso, no cálculo pelo principio de
Stevin a temperatura do líquido não e o mesmo que o escolhido como temperatura
ambiente escolhido no cálculo, assim, obteve-se uma diferença de aproximadamente 2
Pa, considerada muito próxima, desconsiderando-a.

4.2 Princípio de Arquimedes

A partir dos valores obtidos com o experimento, organizamos na tabela abaixo os


sistemas e suas respectivas forças pesos, como na tabela 3 abaixo.
15

Tabela 3: Dados sobre empuxo.


Força peso
Sistemas
(N)
Cilindro transparente (𝑃𝐶1 ) 0,20

Cilindro maciço + cilindro transparente (𝑃𝐶𝐹𝐿 ) 0,82

Cilindro maciço submerso (𝑃𝐴𝐶𝐷𝐿 ) 0,38


Cilindro maciço submerso e cilindro
0,70
transparente com água (𝑃𝐶2 )
Cilindro maciço fora da água e cilindro
0,64
transparente com água (𝑃𝐶3 )
Fonte: Autor.

Outrossim, o empuxo atuante sobre o cilindro maciço e obtido por meio da


diferença entre força peso quando fora d’água, logo temos:

𝐸 = 𝑃𝐶𝐹𝐿 − 𝑃𝐴𝐶𝐷𝐿

Onde 𝑃𝐶𝐹𝐿 é o peso do cilindro maciço fora da água e 𝑃𝐴𝐶𝐷𝐿 quando ele está
submerso, portanto:
𝐸 = 0,82 − 0,38 = 0,44 N

Percebeu-se que ao submergir completamente o cilindro maciço, seu volume de


água deslocado era proporcional ao próprio volume do cilindro. Isso aconteceu devido ao
princípio da impenetrabilidade da matéria, sendo o liquido incompressível, assim, dois
corpos não ocupam o mesmo espaço.
E possível determinar o peso líquido utilizando os dados da tabela acima, uma vez
que o empuxo equivale ao peso do líquido deslocado, com a seguinte expressão temos:

𝑝𝑙 = 𝑃𝐶3 −𝑃𝐶1

𝑝𝑙 = 0,64 − 0,2 = 0,44 𝑁

Onde 𝑃𝐶3 é o peso do cilindro transparente com água e 𝑃𝐶1 quando o cilindro
transparente está vazio.
16

Como pode ser visto, comprovando o que foi dito anteriormente, os valores das
forças são exatamente iguais.
Outra maneira de obter o empuxo é por meio do cálculo usando massa específica
por meio da equação 6, para utilizá-la é necessário determinar o volume e a massa do
líquido.
𝐸 = 𝜌𝑔𝑉

Com volume encontrado de 4,49 x ∙ 10−5 𝑚3 e massa de 44,86 g, temos que


substituindo o valor do volume encontrado e da massa específica tem-se:

𝐸 = 10³ ∙ 9,81 ∙ 4,4852 ∙ 10−5 = 0,44 𝑁

Portanto, de acordo com as teorias e comprovadas pelos cálculos acima é possivel


afirmar que o empuxo sofrido quando um corpo está submerso em um fluido e
proporcional a quantidade de água acima dele ou o volume de fluido deslocado pelo
mesmo e seu peso específico.

4.3 Fluxo de fluidos, equação de bernoulli

Para uma melhor análise, a partir dos valores obtidos com o experimento, como
foi repetido mais de uma vez para diminuição de possíveis incertezas tiramos a média dos
dados e assumimos como valores a serem usados no restante dos cálculos, como exposto
na tabela 4.
Tabela 4: Média de tempo em relação a altura.

Altura do Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Média
líquido (mm)
250 0 0 0 0 0
234 00:42:20 00:43:30 00:44:33 00:44:30 00:44:00
218 01:29:08 01:31:29 01:31:26 01:32:02 01:31:27
202 02:22:50 02:25:34 02:23:03 02:24:22 02:23:42
186 03:15:00 03:17:39 03:16:23 03:16:38 03:16:31
170 04:13:31 04:15:09 04:14:12 04:15:03 04:14:37
154 05:16:31 05:12:04 05:18:01 05:21:44 05:17:16
138 06:27:11 06:26:42 06:29:13 06:32:38 06:28:12
122 07:45:10 07:50:41 07:46:52 07:53:13 07:48:46
17

106 09:28:37 09:27:26 09:23:25 09:26:34 09:27:00


90 11:09:41 11:17:27 11:21:17 11:21:44 11:19:22
Fonte: Autor.

Com isso, é possível obter o gráfico do tempo em relação a altura, como mostrado
no gráfico 2, feito em papel milimetrado. No gráfico podemos ver o nível de velocidade
e módulo de escoamento.

Gráfico 2: Altura em relação a variação de tempo.

Fonte: Autor.

Assim, devido a medições feitas de forma simples com cronómetro, se ajuda de


tecnologias ou métodos mais precisos é possível que haja erros de medição. O escoamento
ocorre pelo fato do campo gravitacional da terra que age sob todo nesse planeta, criando
um fluxo pelo orifício que possibilita o escoamento, logo, o diâmetro desse orifício define
tal fluxo de escoamento. Obtemos a relação da a altura da elevação do nível da água e a
variação de tempo de escoamento com os cálculos mostrados a seguir.

1 𝐴0 ² 𝑣 ²
ℎ = 𝑣02 2𝑔 𝐴
0
− 2𝑔

ℎ 2 1 𝐴0 ² ℎ 2 1
ℎ = (𝑡 ) 2𝑔 𝐴
− (𝑡 )2𝑔

ℎ 2 1 𝐴0 ²
ℎ = (𝑡 ) 2𝑔 𝐴
− 1
18

ℎ 2 𝐴0 ²
𝑔 = (2𝑡) ( 𝐴
− 1)

𝑣 𝐴ℎ
= =𝐴×𝑣
𝑡 𝑡

𝑉
𝑣 = 𝑡𝐴

𝐴ℎ
𝑣×𝐴= 𝑡


𝑣= 𝑡

Agora, fazendo o gráfico em papel de escala log-log, tem-se que mostrado no


gráfico 3.

Gráfico 3: Deslocamento em relação a força da barra fixa.

Fonte: Autor.

Usando a equação a cima, linearizando-a e possível montar uma tabela usando as


propriedades de limites, e propagar sua incerteza como mostrado na tabela 5.
19

Tabela 5: Dados linearizados.


(log h ± σ log h) (log ∆t ± σ log ∆t)
2,39794 0
2,3692159 1,6434527
2,3384565 1,8954225
2,3053514 2,1264561
2,2695129 2,2778383
2,2304489 2,3951516
2,1875207 2,4916418
2,1398791 2,5761109
2,0863598 2,6520528
2,0253059 2,745231
1,9542425 2,8536982
Fonte: Autor

Com isso, foi feto o gráfico de (log h ± σ log h) x (log ∆t ± σ log ∆t) como mostrano
no gráfico 4.
Gráfico 4: Deslocamento em relação a força da barra fixa.

(logh ± σlogh) x (log∆t ± σlog∆t)


2,45
2,4
2,35
2,3
2,25
2,2
2,15
2,1
2,05
2
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

Fonte: Autor.

Portanto, é possível calculamos as incertezas do coeficiente angular e linear do


segundo gráfico, para isso usaremos os mínimos quadrados (MMQ) e os dados da tabela
acima obtemos coeficiente angular = -0,3055 e coeficiente Linear = 2,9578, assim, com
20

os dados obtidos com os cálculos foi possível encontrar a aceleração da gravidade da


cidade de Bom Jesus da Lapa, sendo igual a 9,82193 m/s².

5 CONCLUSÃO

Diante dos experimentos e dados obtidos, foi possível observar que diante da
pressão atmosférica agindo nos líquidos que o princípio de Stevin e satisfeito com seu
ensaio, assim, a diferença de pressão entre dois pontos submersos em um líquido é
proporcional a diferença de volume de líquido acima dos mesmos. Portanto, quanto maior
a profundidade do ponto em meio aquoso, maior será a pressão sobre ele, somando a
pressão devido a atmosférica e a pressão exercida pela quantidade de líquido acima do
ponto.
No princípio de Arquimedes, observamos durante a prática que quando um corpo
está totalmente submerso em um líquido, uma força de empuxo, que atua pelo líquido
direcionada para cima, é perceptível pela diferença da força peso do corpo quando
submerso, estando relacionado ao peso específico do líquido e com o volume de líquido
deslocado, assim, equivale a quantidade de líquido deslocado.
Na parte de Escoamento de líquidos, infelizmente não foi possível chegar em
resultados exatamente corretos. Isso devido à falta de conhecimento e dificuldade na
criação de gráficos em log-log e papel milimetrado e no cálculo de incertezas.
21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] YOUNG, Hugh; FREEDMAN, Roger A. Física II (Termodinâmica e Ondas).


Volume 2. 12a Edição Rio de Janeiro: Person, 2008.

[2] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Halliday: Fundamentos


de Física. Volume 2. 9ª. Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

[3] Luiz Guilherme R. R. Princípio de Arquimedes. InfoEscola, 2006. Disponível em:


https://www.infoescola.com/fisica/principio-de-arquimedes-empuxo/ acesso em: 24 de
maio de 2022.

[4] Instituto de Física. Princípio de Arquimedes. Universidade Federal da Bahia


(UFBA). Salvador, 2018. Disponível em:
http://www2.fis.ufba.br/dfg/fis2/Principio_Arquimedes.pdf acesso em: 25 de maio de
2022.

[5] HEWITT, Paul G. Física Conceitual. Porto Alegre: Editora: Bookman, 2011, 11ª. ed.
v. único.

[6] Vilanova, Luciano C. Mecânica dos fluidos. Luciano Caldeira Vilanova. – 3. ed. –
Santa Maria, RS: Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, Curso em Automação
Industrial, 2011.

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