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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA – UFOB

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

OSCILAÇÃO

HIGOR DE ALCÂNTARA DURÃES (2020010788)


EDUARDO LINO SILVA (2021009413)
RUAN DA SILVA SANTOS (2021011073)

BOM JESUS DA LAPA - BA


2022
HIGOR DE ALCÂNTARA DURÃES (2020010788)
EDUARDO LINO SILVA (2021009413)
RUAN DA SILVA SANTOS (2021011073)

OSCILAÇÃO

Relatório apresentado como parte dos


critérios de avaliação da disciplina
LAP0023 – Física experimental II.
Turma 01. Dia de execução do
experimento: 06 de junho de 2022.
Prática 4 – OSCILAÇÃO.

Professor: Ruan Reis Nascimento

BOM JESUS DA LAPA - BA


2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4
2 OBJETIVO....... ..................................................................................................................... 6
3 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL – MATERIAIS E MÉTODOS ................................... 6
4 RESULTADOS E DISCURSÕES ........................................................................................ 8
5 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 10
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
4

1 INTRODUÇÃO

Estudando as oscilações e o movimento harmônico simples (MHS), é perceptível


sua participação em diversas tarefas do cotidiano. No motor de um carro, por exemplo,
onde os pistões produzem movimentos que se repetem indefinidamente, outro bom
exemplo é as vibrações musicais produzidas por instrumentos como as cordas de um
violão.
Analisar esse tipo de movimento abre as portas para diversos outros ramos de
conhecimento como ondas, som, correntes elétricas e a luz. [1] Um pêndulo simples e
formado por uma partícula de massa pontual m, presa a extremidade por um fio
inextensível de comprimento L e massa desprezível, produzindo um movimento
harmônico simples (MHS), sendo um movimento que se repete regularmente. [1]

Figura 1: MHS de um pêndulo simples

Fonte: WikiCiência.

Como mostrado na figura 1 percebe-se que a massa parte do repouso onde uma
força e exercida para a direita a uma angulação 𝜃. A força restauradora (a gravidade ou
m*g) é proporcional a 𝜃 uma vez que o movimento e simples (MHS). [2]
Quando o corpo é liberado, ele oscila em torno da posição de equilíbrio, atingindo
os pontos de máxima e mínima posição. Do ponto em que o pêndulo e solto até ir ao ponto
de mesmo ângulo, más do lado oposto, sendo o ponto máximo atingido e retorna à posição
em que foi solto, denominado de ciclo (oscilação completa) e o tempo que leva para
completar um ciclo completo e chamado de período, denotado pela letra T e representado
pela equação (1) mostrada abaixo. [1][2]
5

1
𝑇=𝑓 (1)

Temos que 𝑓 é a frequência e representa o numero de vezes por unidade de tempo


(A unidade do SI é segundos) em que a partícula completa um ciclo, portanto, período e
frequência são inversos. Outra característica possível de observar e a frequência angular
do movimento 𝜔 que é relacionada com o período 𝑇 e a frequência 𝑓. [1][2]
Representada por (2):
2𝜋
𝜔= = 2𝜋𝑓 (2)
𝑇

Em que 𝜔, pode ser modificado quando e utilizado para pequenos deslocamentos


possuindo valores pequenos, assim, é descrita como (3):

𝑚𝑔𝐿
ω=√ (3)
𝐼

Onde 𝐼 é o momento de inércia do corpo, 𝑚 a massa, 𝑔 a gravidade e 𝐿 o


comprimento do fio. Então, Substituindo a eq. (3) em (2) e colocando o 𝑇 em evidencia
obtemos (4):
2𝜋 𝐼
T= ou 𝑇 = 2𝜋√𝑚𝑔𝐿 (4)
𝑚𝑔𝐿

𝐼

Tal equação é usada tanto para descrição de período de pêndulo simples, quanto
para pêndulo físico, modificando apenas alguns componentes como por exemplo o L por
h, por não se tratar mais do comprimento do fio. [1]
Em ambos os casos e consideradas as equações para deslocamentos
substancialmente pequenos, assim, o que diferencia ambos os movimentos e que o
pêndulo físico as considerações de massas e suas distribuições são mais complexas, já
para o simples a equação pode ser simplificada uma vez que a massa e desprezível. [1][2]
Logo temos (5):

𝐿
𝑇 = 2𝜋√𝑔 (5)
6

2 OBJETIVO

No estudo abordado, introduziu-se o conceito de movimento harmônico simples


(MHS), logo, compreender, reconhecer, associar os períodos de um pêndulo simples e
físico e determinar experimentalmente e matematicamente.

3 DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL – MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais

02 tripés;
01 sistema de regulagem contínua do comprimento;
01 fixador do pêndulo simples;
01 escala graduada em ângulos de 0º a 50º;
01 massa pendular de alumínio, de 8,7 (±0,4) g;
01 mufa com ponteira de retenção;
01 pêndulo físico balanceado;
01 Multicronômetro Digital;
01 trena;
01 palito de churrasco;

3.2 Métodos

Iniciou-se medindo o comprimento do fio inextensível e montando um disco com


indicação de graus no topo do tripé e instalados os pêndulos simples e físico, logo após,
em outro tripé foi montado o sensor óptico onde era conectado com o multicronômetro
digital, onde mediu-se os períodos e frequências de ambos os pêndulos.
7

Figura 2: experimento pendulo físico.

Fonte: Autor.

Já com o comprimento do fio inextensível do pêndulo físico conhecido, e suspenso


no ponto p, colocou-se em sua extremidade um palito de churrasco, uma vez que sem o
palito o sensor não conseguiria captar os dados, assim, com o palito passando pelo sensor
que captava os dados requeridos e utilizando a função f4 do multicronômetro que é
voltado a movimento, após isso foi erguida a barra até a marca de 15° e solta para obter
os dados das medições.
Já com o pêndulo físico, diferente do anterior, é posicionado e suspenso no ponto
O, novamente medida com uma trena e é feita duas medições.
Para sua 3° e ultima medição, modificou-se a posição do pêndulo simples, de
forma que a distância de sua massa até o sensor era a mesma que a da barra no ponto O,
assim, com o multicronômetro na mesma função usada anteriormente, utilizando mesma
angulação de 15° obteve-se seus dados.
Figura 3: Experimento pêndulo simples.

Fonte: Autor.
8

4 RESULTADOS E DISCURSÕES

4.1 Pêndulo Físico

Organizando os dados obtidos após as medições, como período e frequência da


barra em forma de pêndulo com peso de 87,75 g suspenso no ponto P e com 50 cm de
comprimento vertical, assim foi possível medir 10 oscilações do pêndulo simples, como
mostrado na tabela 1.
Tabela 1: Dados do pêndulo físico no ponto P.

Período Tempo (s) Frequência (Hz)

1 1,153 0,866
2 1,154 0,866
3 1,154 0,866
4 1,154 0,866
5 1,154 0,866
6 1,153 0,866
7 1,153 0,867
8 1,153 0,866
9 1,153 0,867
10 1,153 0,867
Fonte: Autor.

De acordo com os dados demonstrados acima, é perceptível que os últimos ciclos


têm uma diminuição do tempo para completar um ciclo, diminuído o ângulo alcançado a
cada novo ciclo e aumento da frequência uma vez que são inversamente proporcionais.
Com isso, encontramos o Período médio 𝑇𝑃 = 1,1534 segundos.

Repetindo o mesmo processo, porém com o pêndulo físico agora pendurado no


ponto O, com comprimento de 33 cm e mesma angulação, obteve-se os dados dispostos
na tabela 2 a seguir.
9

Tabela 2: Dados do pêndulo físico no ponto O.


Período Tempo(s) Frequência (Hz)
1 1,155 0,865
2 1,116 0,861
3 1,156 0,864
4 1,155 0,865
5 1,157 0,863
6 1,155 0,865
7 1,155 0,865
8 1,155 0,865
9 1,153 0,866
10 1,152 0,867
Fonte: Autor.

O período médio encontrado foi de 𝑇𝑂 = 1,1509 segundos. Como mostrado acima,


temos os dados obtidos experimentalmente, porém, é possível encontrar o período de
forma a utilizar a equação (4), logo temos:

1
𝑙 2
𝑇 = 2𝜋 ( )
𝑚𝑔ℎ

1
0,0073125 2
𝑇𝑀𝑃 = 2𝜋 ( )
0,08775 × 9,81 × 0,25

𝑇𝑀𝑃 = 1,158 𝑠
1
0,0073125 2
𝑇𝑀𝑂 = 2𝜋 ( )
0,08775 × 9,81 × 16,5

𝑇𝑀𝑂 = 0,8554 𝑠

4.2 Pêndulo simples

Com os dados a seguir foi possível obter o período médio 𝑇𝑠 do pêndulo simples
de alumínio com massa de 8,7 gramas, medidos 10 períodos e expostos na tabela 3 abaixo.
10

Tabela 3: Dados do pêndulo simples.


Período Tempo(s) Frequência (Hz)
1 1,427 0,700
2 1,427 0,700
3 1,427 0,700
4 1,427 0,700
5 1,427 0,700
6 1,427 0,700
7 1,427 0,700
8 1,427 0,700
9 1,427 0,700
10 1,427 0,700
Fonte: Autor.

Obtendo então 𝑇𝑠 = 1,427 segundos. Outrossim, em comparação com os períodos


encontrados para o pêndulo físico tanto em P quanto em O, o período do pêndulo simples
é maior que para os de pêndulo físico, mesmo que Tp seja maior que To uma vez que seu
centro de massa possui maior distância de sua fixação. Porém, era de se esperar valores
pelo menos próximos para To e Ts, já que possuem mesmo comprimento.
Sendo assim, levamos em consideração o método de fácil propagação de erros,
sendo um deles a angulação executada em todos os experimentos, onde era indicado por
um disco graduado com as indicações, não possuindo uma certeza de qual angulação cada
experimento foi executado, uma vez que um simples erro de postura ou vista do operador
pode levar a tais discrepâncias nos resultados.
Analisando a equação (4), se a distância L tender a zero, os valores tenderiam ao
infinito, como se o pêndulo estivesse relativamente parado ou demorasse um tempo
infinito para completar uma oscilação.

5 CONCLUSÃO

Diante dos experimentos realizados e dados obtidos, foi possível observar que as
características dos pêndulos são diferentes, tanto o físico quanto o simples, a principal
delas e que o pêndulo físico possui massa distribuída pelo seu corpo, é rígida e possui
momento de inércia (I) onde a distância do centro para as extremidades e representada
por a/2, assim, no centro da barra. Outrossim, os dados de período obtidos
experimentalmente com ajuda do multicronômetro e sensor e o os obtidos através dos
11

meios matemáticos se mostram distintos, supostamente por erros que podem ser de
aplicação da angulação por meio do disco graduado simples à mau posicionamento do
sensor que faz a captação dos dados, ou até mesmo simplificações matemáticas.
Portanto, não foi possível, por meio dos dados obtidos comprovar que o pêndulo
físico quando no ponto O (centro de oscilação) o seu período seria equivalente ao do
pêndulo simples uma vez que o comprimento do corpo e do fio inextensível eram iguais.
12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] YOUNG, Hugh; FREEDMAN, Roger A. Física II (Termodinâmica e Ondas).


Volume 2. 12a Edição Rio de Janeiro: Person, 2008.

[2] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Halliday: Fundamentos


de Física. Volume 2. 9ª. Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

[3] HEWITT, Paul G. Física Conceitual. Porto Alegre: Editora: Bookman, 2011, 11ª. ed.
v. único.

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