Você está na página 1de 2

A Cultura Artística 

em Guiné-Bissau & Missões.


Guiné-Bissau possui uma herança cultural extremamente rica e diversificada. A cultura varia de etnia
para etnia, exprimindo-se na diferença linguística, na dança, na expressão artística, na profissão, na
tradição musical e até nas manifestações culturais

Na cultura guineense não podem ser desconsideradas as manifestações de dois dos grupos
étnicos com maior expressão, os Fula e os Balanta. Enquanto que os Fula se regem por um
sistema econômico e feudalista com uma organização hierárquica, os Balanta organizam-se
em comunidades, não havendo diferenciação de classes e possuem propriedades
comunitárias. Ambos grupos étnicos caracterizam-se pelas suas belas e coloridas
coreografias. No dia a dia, estas fantásticas manifestações culturais podem ser observadas
na altura das colheitas, dos casamentos, dos funerais e das cerimónias de iniciação.

O estilo musical mais importante do país é o gumbé. O estilo “Gumbé” é, na verdade, uma
mistura de diversos gêneros musicais — incluindo estilos folclóricos e músicas
contemporâneas. 

A arte da gastronomia não fica de fora nesta cultura tão fascinante. Do seu


relacionamento com outros povos, os guineenses receberam influências gastronômicas que
foram assimiladas de tal forma que hoje em dia são parte integral de suas mesas. A cozinha
guineense é, inclusive, considerada uma das mais ricas de toda a África. Alguns exemplos
dos pratos típicos mais apreciados pela comunidade local são: Cafriéla - frango grelhado
com molho de limão, manteiga e pimenta; Chabéu - óleo de palma com galinha; Caldo de
mancarra - com base no amendoim "mancarra"; Sigá - óleo de palma, carne de vaca e
quiabo: entre muitos outros

Cerca de 27 etnias coexistem na Guiné-Bissau, o que dá lugar a uma cultura muito rica e
diversificada. 

Os povos da Guiné-Bissau continental compartilham muitos aspectos culturais com grupos


similares dos países vizinhos tais como o Senegal e a República da Guiné, enquanto a
cultura Bijagós é bem distinta. 

No que diz respeito à música, o ritmo local – gumbé – é por vezes misturado de forma
moderna com o zouk, o techno, o reggae e o rap. Os instrumentos tradicionais são o cora, o
siko e o balafon (xilofone). 

A dança está presente em qualquer cerimónia e cada etnia tem os seus gestuais
particulares. O Bailado Nacional, criado em 1975, e os bailados de Bafatá reproduzem e
coreografam as danças das cerimónias tradicionais. 

A escultura é dominada pelas máscaras em madeira que representam frequentemente


animais (touros, hipopótamos, peixe-serra). 

Durante o desfile de Carnaval, festa anual de grande popularidade, são exibidas muitas
dessas máscaras, dando lugar à expressão cultural das diferentes etnias. Também os jovens
manifestam a sua criatividade, através de máscaras realizadas em papel meche e pintadas a
cores vivas.
A arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é
funcional e expressam muita sensibilidade. Nas pinturas, assim como nas esculturas, a
presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e
religiosos. A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-
se o ouro, bronze e marfim como matéria prima. Representando um disfarce para a
incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um
significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais. As
máscaras são confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é
a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada, são
modeladas em segredo na selva. Visitando os museus da Europa Ocidental é possível
conhecer o maior acervo da arte antiga africana no mundo.

Segundo o dicionário Aurélio, uma das definições de arte é “expressão de um ideal de beleza nas obras
humanas: obra de arte”. Já cultura, de acordo com a mesma fonte, pode ser definida como o “conjunto
das estruturas sociais, religiosas, intelectuais, artísticas (etc.) que caracteriza uma sociedade”.

Você também pode gostar