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Na cultura guineense não podem ser desconsideradas as manifestações de dois dos grupos
étnicos com maior expressão, os Fula e os Balanta. Enquanto que os Fula se regem por um
sistema econômico e feudalista com uma organização hierárquica, os Balanta organizam-se
em comunidades, não havendo diferenciação de classes e possuem propriedades
comunitárias. Ambos grupos étnicos caracterizam-se pelas suas belas e coloridas
coreografias. No dia a dia, estas fantásticas manifestações culturais podem ser observadas
na altura das colheitas, dos casamentos, dos funerais e das cerimónias de iniciação.
O estilo musical mais importante do país é o gumbé. O estilo “Gumbé” é, na verdade, uma
mistura de diversos gêneros musicais — incluindo estilos folclóricos e músicas
contemporâneas.
Cerca de 27 etnias coexistem na Guiné-Bissau, o que dá lugar a uma cultura muito rica e
diversificada.
No que diz respeito à música, o ritmo local – gumbé – é por vezes misturado de forma
moderna com o zouk, o techno, o reggae e o rap. Os instrumentos tradicionais são o cora, o
siko e o balafon (xilofone).
A dança está presente em qualquer cerimónia e cada etnia tem os seus gestuais
particulares. O Bailado Nacional, criado em 1975, e os bailados de Bafatá reproduzem e
coreografam as danças das cerimónias tradicionais.
Durante o desfile de Carnaval, festa anual de grande popularidade, são exibidas muitas
dessas máscaras, dando lugar à expressão cultural das diferentes etnias. Também os jovens
manifestam a sua criatividade, através de máscaras realizadas em papel meche e pintadas a
cores vivas.
A arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é
funcional e expressam muita sensibilidade. Nas pinturas, assim como nas esculturas, a
presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e
religiosos. A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-
se o ouro, bronze e marfim como matéria prima. Representando um disfarce para a
incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um
significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais. As
máscaras são confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é
a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada, são
modeladas em segredo na selva. Visitando os museus da Europa Ocidental é possível
conhecer o maior acervo da arte antiga africana no mundo.
Segundo o dicionário Aurélio, uma das definições de arte é “expressão de um ideal de beleza nas obras
humanas: obra de arte”. Já cultura, de acordo com a mesma fonte, pode ser definida como o “conjunto
das estruturas sociais, religiosas, intelectuais, artísticas (etc.) que caracteriza uma sociedade”.