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Introdução

A classificação climática é uma tentativa de reunir o maior número de elementos possíveis que
possam caracterizar os diferentes climas existentes em grupos distantes como, por exemplo:
temperatura, precipitação, radiação e vento. É feita a partir de zonas, como: zonas polares,
temperadas, tropical, subtropical e equatoriais.

1. Classificação climática de Köppen

Wilhelm Köppen publicou duas classificações. A primeira, em 1900, foi baseada principalmente
nas grandes associações vegetais, ao passo que a segunda, em 1918, fundamentou-se em limites \
térmicos, pluviómetros e na características das estações. Foram utilizados nesta classificação
principalmente valores médios, desconsiderando a génese do processo climático, sendo portanto
uma classificação empírico-quantitativa (FFLCH, 1990).

Assim, o globo terrestre foi dividido em cinco zonas fundamentais de clima designados por letras
maiúsculas A, B, C, D, e E, além de seis subgrupos indicados por duas letras maiúsculas - S e W
e quatro minúsculas - f, w, s e m.

 A - Climas tropicais chuvosos


 B - Climas secos
 C - Climas temperados chuvosos e moderadamente quentes
 D - Climas frios com neve-floresta
 E - Climas polares

Onde:

A – o mês mais frio tem temperatura média superior a 18ºC. A precipitação pluvial é maior que a
evapotranspiração anual, prejudicando a sobrevivência de algumas plantas tropicais.

B- a evapotranspiração média anual é maior do que a precipitação anual.

C - a temperatura média varia entre -3ºC e 18ºC no mês mais frio.

D – com temperatura média abaixo de -3ºC o mês mais frio e temperatura média maior do que
10ºC para o mês mais quente.
E – temperatura média menor do que 10ºC para o mês mais moderadamente quente

Pós esta classificação, adicionou-se um grupo de climas de terras-altas, que ficou representado
pela letra H. Esta classificação ainda passou a ter duas subdivisões. A primeira realizada pela
distribuição sazonal de precipitação, como podemos visualizar abaixo:

 f – úmido o ano todo (A, C, D)


 m- de monção, breve estação seca com chuvas intensas durante o resto do ano (A)
 w – chuva de verão (A, C, D)
 S- estação seca de verão (B)
 W - estação seca de inverno (B)

As segundas são características para a temperatura:

 a – verão quente, temperatura média acima de 22ºC


 b – verão moderadamente quente, sendo o mais quente com média inferior a 22ºC
 c- verão breve e moderadamente frio,
 d- inverno muito frio, sendo a temperatura média menor do que -38ºC para o mês mais
frio.

E para as regiões áridas (BW e BS), temos as siglas:

 h – quente, temperatura média anual maior que 18ªC


 k – moderadamente frio, com temperatura média anual menor que 18ºc

2. Classificação climática de Thorthwaite

É um sistema de classificação climática criado por Charles Warren Thornthwaite, no qual o


factor mais importante é a evapotranspiração potencial e a sua comparação com a precipitação
que são típicas de uma determinada área. Com base nesses dados, são calculados vários índices.
O índice de humidade total (MI) é usado para classificar o clima numa escala de humidade que
vai do seco (MI entre -110 e -66) à muita humidade (com MI superior a 100). Outro dos índices
de Thornthwaite, o índice de eficiência térmica, é usado para classificar os climas entre mega
térmico e gelado (FFLCH, 1990).
A classificação climática de Thornthwaite apóia-se em duas grandezas que são funções diretas de
evapotranspiração potencial: o índice efetivo de umidade e o índice de eficiência térmica. É
baseada em uma série de índices:

 Índice hídrico ou índice efetivo de umidade;


 Índice de umidade ( Iu );
 Índice de aridez ( Ia );
 Índice efetivo de umidade (Im);
 Variação estacional dos índices de umidade e aridez;
 Índice de eficiência térmica.

A classificação de Thornthwaite é muito importante em situações que necessitem de balanço


hídrico, como é o caso do Pontal do Paranapanema, que apresenta ampla área agriculturável. Não
sendo objetivo deste relatório, não foi calculado balanço hídrico, nem efetuada esta classificação
climática, entretanto, é sugerida sua execução como mais de uma das ferramentas de
gerenciamento dos recursos hídricos da bacia.

3.Classificação climática de Strahler

Os sistemas de classificação genética são aqueles que consideram a origem dos fenômenos,
sendo também chamados de explicativos. Nesta categoria, inclui-se a classificação de Arthur N.
Strahler, baseada na situação das áreas-fontes de massas de ar e no movimento destes e das
frentes (FFLCH, 1990), reconhecendo-se três grupos climáticos:

Grupo I: climas controlados por células subtropicais de alta pressão e pela grande depressão
equatorial que se encontra entre elas, quase que permanentemente dominados por massas de ar
equatorial e tropicais. Compõe-se de cinco tipos climáticos cujas principais massas atuantes
estão indicadas entre parêntesis:

 Equatorial úmido (Tm e Em);


 Litorâneo úmido das costas orientais (Tm);
 Desértico e estépico das baixas latitudes (Tc);
 Desértico das costas ocidentais (Tm);
 Tropical (Tm, Em a Tc).

Grupo II: climas regulados por massas de ar polares a tropicais em permanente interação.
Denomina-se a essa área de zona frontal polar e compõe-se de cinco tipos climáticos dominados
pelas seguintes massas de ar (entre parêntesis):

 Subtropical úmido das costas ocidentais (Tm e Pc);


 Temperado marítimo das costas ocidentais (Pm);
 Mediterrâneo (Pm e Tm);
 Desértico e estépico das latitude médias (Tc, Pm e Pc);
 Continental úmido (Tm e Pc).

Grupo III: climas regulados por massas de ar polares a árticas. Na área de transição entre as
latitudes de 6o a 70o encontra-se a chamada zona frontal ártica. Compõe-se de quatro tipos
climáticos dominados pelas massas de ar (entre parêntesis):

 Continental subártico (Pc e Pm);


 Marítimo subártico (Pm);
 Tundra (Pc, Pm e A);
 Polar.

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