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Estrutura das

Demonstrações
Financeiras
Material Teórico
Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA)
e Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Wellington Rodrigues Silva Souza

Revisão Textual:
Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin
Demonstração dos Resultados
Abrangentes (DRA) e Demonstração
dos Fluxos de Caixa (DFC)

• Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA)


• A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apresentar o conceito e a estrutura de mais duas Demonstrações
Contábeis: Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA) e De-
monstração dos Fluxos de Caixa (DFC).
· Apresenta-se, também, a importância dessas Demonstrações Con-
tábeis para os tomadores de decisões que as utilizam, em especial,
as informações fornecidas pela DFC, vez que o caixa (dinheiro) da
Empresa é um dos valores apurados pela Contabilidade amplamente
considerado pelos investidores no processo decisório.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
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Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA)
e Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Demonstração dos Resultados


Abrangentes (DRA)
No Brasil, a Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA) é uma Demons-
tração relativamente nova: foi introduzida quando da convergência dos padrões
brasileiros de Contabilidade aos padrões internacionais, por meio do CPC 26 (R1)
– Apresentação das Demonstrações Contábeis.

A finalidade da DRA é demonstrar itens que afetam o Patrimônio Líquido da Em-


presa, mas que ainda não foram reconhecidas como receitas ou despesas em função
de dispositivos legais, sendo contabilizadas diretamente no Patrimônio Líquido.

O CPC 26 (R1) estabelece cinco Resultados Abrangentes, que são:

(a) variações na reserva de reavaliação de ativos imobilizados e intangíveis (vetada


no Brasil desde 2008, pela Lei nº 11.638/07);

(b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão;

(c) ganhos e perdas derivados de conversão das Demonstrações Contábeis;

(d) ajustes de avaliação patrimonial relativos aos ganhos e perdas na mensuração


de ativos financeiros disponíveis para venda;

(e) ajuste de avaliação patrimonial relativo à efetiva parcela de ganhos ou perdas


de instrumentos de hedge em hedge de Fluxo de Caixa.

A seguir, breve explicação sobre cada um desses Resultados Abrangentes:


1. Reavaliação de ativos imobilizados e intangíveis: as normas que tratam
dos ativos imobilizados e intangíveis são o CPC 27 e o CPC 04, respecti-
vamente. Essas normas estabelecem que os ativos mencionados devem ser
registrados pelo custo e seus valores reduzidos pelos efeitos de depreciação
ou amortização, representando o desgaste físico ou o declínio do tempo do
uso para os ativos imobilizados e intangíveis, respectivamente, como vimos
na Unidade 2 (DRE). Pelas normas, também há previsão da reavaliação
desses ativos por seu valor justo, caso permitido por Lei. Isso significa que
se o ativo imobilizado (como um edifício) ou intangível (como um software)
sofresse valorização, podendo ser comercializado por valor maior que o Sal-
do Contábil, a Empresa poderia aumentar seu valor na Contabilidade e
a contrapartida desse aumento refletiria um ajuste no Patrimônio Líquido

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da Empresa, em uma Conta Contábil chamada “Reserva de Reavaliação”
(esse ganho não deveria ser reconhecido como receita até a efetiva venda
do ativo a um terceiro) e tal valor seria divulgado na DRA. No entanto, a
Legislação Societária brasileira vetou a reavaliação a partir de 2008, por
meio da Lei nº 11.638/07;
2. Ganhos e perdas atuariais em planos de pensão: plano de pensão é um
tipo de benefício concedido pela Empresa a seus empregados. Muitas vezes,
não se têm um valor líquido e certo até que o benefício seja efetivamente
concedido. Por esse motivo, o Registro Contábil é efetuado seguindo-se
uma estimativa, impactando uma despesa no Resultado da Empresa ao
transcorrer o período do Plano de Pensão. Por ser uma estimativa, o valor
está sujeito a mudanças: por exemplo, a saída do beneficiário da Empresa
antes do tempo previsto para fazer jus ao benefício diminui o seu valor
estimado. Qualquer desvio entre o valor projetado e o novo valor apurado
pelas mudanças de estimativa devem ser contabilizados não como despesa,
mas como “outros Resultados Abrangentes” e evidenciados na DRA;
3. Ganhos e perdas derivados de conversão das Demonstrações Contá-
beis: muitas vezes, a Empresa precisa converter as Demonstrações de uma
Empresa sediada em um país e que, portanto, registra suas transações na
moeda daquele país, para uma moeda local. Essa prática é muito comum
em Empresas cuja matriz está situada em um país e suas filiais espalhadas
ao redor do mundo. A conversão das demonstrações de uma moeda para
outra gera uma “diferença” cambial que deve ser computada como “outros
Resultados Abrangentes” e evidenciada na DRA;
4. Ajuste de avaliação patrimonial de ativos financeiros disponíveis para
venda: a Empresa deve efetuar algumas classificações de seus ativos finan-
ceiros; entre as quais como “disponível para venda”. Toda vez que for feita
essa classificação, qualquer variação no valor do ativo financeiro deverá ser
registrada como “outros Resultados Abrangentes” e evidenciada na DRA;
5. Ajustes de avaliação patrimonial de hedge de Fluxo de Caixa: similar
ao item d), toda vez que a Empresa fizer um Contrato de hedge para se
proteger de variação da moeda e esse Contrato de hedge sofrer alteração de
valor, os desvios devem ser computados como “outros Resultados Abran-
gentes” e evidenciados na DRA.

Os Resultados Abrangentes mais comuns nas Empresas são os descritos nos


itens c) e(d), que detalharemos com exemplos práticos.

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UNIDADE Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA)
e Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Ganhos ou Perdas Derivados de Conversão


de Demonstrações Contábeis
Considere que determinada Empresa está situada nos Estados Unidos e apre-
sentou o seguinte Balanço Patrimonial em 31/12/2016, em milhões de dóla-
res (US$):

Balanço patrimonial individual da Cia “A”


Exercício findo em 31.12.2016 - em milhões de dólares
ATIVO PASSIVO 2.500
Circulante 4.000 Circulante 2.500
Caixa e equivalentes 4.000 Fornecedores 2.500
Não circulante 6.000
Imobilizado 6.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 7.500
Capital social 3.000
Reserva de lucro 4.500

ATIVO TOTAL 10.000 PASSIVO + PL 10.000

A Cia. “A” precisa converter suas demonstrações contábeis para enviá-las ao


Brasil, vez que a matriz da Empresa está localizada nesse país e consolidará as
informações em seu Balanço Patrimonial. Como a matriz reporta informações em
Reais (R$), antes de consolidar as Demonstrações da Cia. “A”, é preciso convertê-
-las de US$ para R$.

O CPC 02 – Conversão de Demonstrações Contábeis – estabelece as seguintes


regras para conversão:
• Ativos e passivos: convertidos pela taxa da data da demonstração (taxa corrente);
• Patrimônio líquido: convertidos pela taxa histórica (aquela observada na data
em que cada item do PL foi registrado).

Considere que as taxas cabíveis à conversão do balanço da Cia. “A” são as


seguintes (R$ relativos a US$ 1,00):
• Taxa corrente (em 31/12/2018): R$ 3,30;
• Taxa histórica do Capital Social: R$ 2,85;
• Taxa histórica das Reservas de Lucro: R$ 3,10.

Efetuando a conversão do Balanço Patrimonial pelas taxas mencionadas (multi-


plicação dos saldos das Contas de Ativos e Passivos em US$ pela taxa corrente em
R$ e multiplicação dos saldos das Contas de Patrimônio Líquido em US$ pela taxa
histórica de cada conta em R$), ter-se-ia o seguinte balanço patrimonial:

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Balanço patrimonial individual da Cia “A”
Exercício findo em 31.12.2016 - em milhões de reais (R$)
ATIVO PASSIVO 8.250
Circulante 13.200 Circulante 8.250
Caixa e equivalentes 13.200 Fornecedores 8.250
Não circulante 19.800
Imobilizado 19.800 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 22.500
Capital social 8.550
Reserva de lucro 13.950

ATIVO TOTAL 33.000 PASSIVO + PL 30.750

Como se pode observar, o Ativo Total não “fecha” com o Passivo + PL, exata-
mente em decorrência da utilização de uma taxa para converter o Ativo (R$ 3,30)
e de taxas diferentes para converter o PL (R$ 2,85 e R$ 3,10).

Tal como vimos nas Unidades 1 e 2, obrigatoriamente, o ativo deverá corres-


ponder à soma do passivo e do PL. Para ajustar essa diferença, a Empresa registra
no PL uma Conta Contábil adicional chamada “Ajustes de Conversão”, que é um
dos “outros Resultados Abrangentes” previstos pelo CPC 26 (R1).

Após o ajuste, o Balanço Patrimonial fica assim:

Balanço patrimonial individual da Cia “A”


Exercício findo em 31.12.2016 - em milhões de reais (R$)
ATIVO PASSIVO 8.250
Circulante 13.200 Circulante 8.250
Caixa e equivalentes 13.200 Fornecedores 8.250
Não circulante 19.800
Imobilizado 19.800 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 24.750
Capital social 8.550
Reserva de lucro 13.950
Ajustes de conversão 2.250
ATIVO TOTAL 33.000 PASSIVO + PL 33.000

Ganhos e Perdas na Mensuração de Ativos


Financeiros Disponíveis para Venda
Para falarmos desse segundo Resultado Abrangente mais comum na Contabili-
dade, vamos assumir o seguinte exemplo hipotético: em 01/03/2016, a Cia. “A”
comprou 500 ações da Cia. “B”, listada na BM&FBOVESPA, apenas para finali-
dades especulativas, e classificou o ativo financeiro como “disponível para venda”.
Nessa data, cada ação valia R$ 6,89.

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UNIDADE Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA)
e Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Em 31/03/2016, a Empresa deve preparar um Balanço Patrimonial e conside-


rar, portanto, todas as alterações ocorridas desde o início do mês. Para o caso das
ações, a Empresa apurou que elas sofreram desvalorização e caíram para R$ 6,35
a unidade.

Apurando-se a variação, temos:


Data Cotação Qte. Total
01/03/2016 6,89 500 3.445,00
31/03/2016 6,35 500 3.175,00
Variação (270,00)

Essa variação de R$ 270,00 (queda) deverá reduzir o valor do investimento


registrado inicialmente por R$ 3.445,00 para R$ 3.175,00. Como o Ativo finan-
ceiro foi registrado como “disponível para venda”, esse ajuste deverá ser efetuado
em uma Conta Contábil de Patrimônio Líquido denominada “Ajuste de Avaliação
Patrimonial”, impactando a DRA (como será visto na Unidade 4, essa Conta Con-
tábil, por ser classificada no Patrimônio Líquido, também impacta a DMPL).

Estrutura da DRA
A DRA parte do Resultado Contábil (lucro ou prejuízo), exatamente o valor
apurado na DRE. A seguir, listam-se cada um dos valores enquadrados nos itens a)
a e) e a diferença entre o Resultado do período (lucro ou prejuízo) e cada um dos
outros Resultados Abrangentes do período resulta no Resultado Abrangente Total
do período.

Esquematicamente:

Lucro (prejuízo) líquido


(+/-)Outros resultados abrangentes
(=) Resultado abrangente total do período

Exemplo de uma DRA


Vamos assumir que a Cia. “A”, abordada nos exemplos de ajuste de conversão e
ajuste de avaliação patrimonial de ativos financeiros disponíveis para a venda, te-
nha apresentado um Lucro Líquido de R$ 17.500,00, no período de 01/01/2016
a 31/03/2016.

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Considerando essa informação e as informações apuradas nos exemplos, a
DRA da Empresa seria:

Demonstração do resultado abrangente Cia “A”


Período de 01/01/2016 a 31/03/2016
Lucro líquido 17.500
(+/-) Outros resultados abrangentes
Ajustes de conversão 2.250
Perda na remensuração de ativos financeiros (270)
(=) Resultado abrangente total do período 19.480

A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)


A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), tal como a DRA, é uma Demons-
tração Contábil relativamente nova no Brasil. Foi introduzida quando da conver-
gência dos padrões brasileiros de Contabilidade aos padrões internacionais, a partir
de 2008. A Norma Contábil que trata dessa Demonstração é o CPC 03 (R2) – De-
monstração dos Fluxos de Caixa (CPC, 2010).

Como visto na Unidade 2, as empresas devem apresentar informações compa-


rativas de pelo menos um período anterior ao que está sendo reportado.

A DFC detalha a variação do Caixa e equivalentes de Caixa da Empresa de


um período para outro por meio de três atividades que geram ou consomem
fluxos de Caixa: atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de
financiamento.

Dessa forma, a variação de Caixa e equivalentes de Caixa apresentada na DFC


corresponde exatamente à variação do saldo entre os dois períodos apresentados
no Balanço Patrimonial.

De acordo com Iudícibus (2011, p. 263):


A demonstração do resultado propicia uma visão extraordinária do desem-
penho da Empresa, mas, por causa do Regime de Competência, ele não
corresponde, necessariamente, a iguais movimentações do caixa no período.

No longo prazo, o resultado vai fechar com o caixa, já que lucro é o


dinheiro a mais que se obtém com relação ao dinheiro investido. Mas,
como os resultados são apurados não para a vida toda da Empresa, e
sim para períodos bem menores, em cada um desses períodos existe,
praticamente sempre, uma diferença entre o resultado e o fluxo de caixa.

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UNIDADE Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA)
e Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Além do mais, há movimentações, e grandes, de caixa, que não corres-


pondem a receitas e despesas, como no caso de dinheiro tomado em-
prestado, aplicações em outras Empresas, pagamento de dívidas, capital
novo recebido dos sócios, distribuição de resultados, aquisição de novos
ativos imobilizados, venda de participações societárias, venda de ativos
usados etc. etc.

Por isso, a demonstração dos fluxos de Caixa, a DFC, costuma vir apre-
sentada com três grandes subdivisões: fluxo de caixa das atividades opera-
cionais, das atividades de investimento e das atividades de financiamento.

Regra geral, as atividades de investimento são aquelas relacionadas à compra


ou à venda de ativos imobilizados, intangíveis ou investimentos que não sejam
enquadrados como equivalentes de Caixa (por exemplo, um edifício mantido para
locação a terceiros ou para valorização).

Já as atividades de financiamento são, principalmente, aquelas relacionadas a


empréstimos bancários (captação ou pagamento) ou aportes de Capital efetuados
pelos acionistas.

As atividades de financiamento são as demais atividades que não se enqua-


dram em investimento ou financiamento, representativas dos pagamentos e re-
cebimentos efetuados pela Empresa para a manutenção do negócio, como, por
exemplo, recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos de
Impostos etc.

Caixa e equivalentes de Caixa significam dinheiro vivo (em espécie) e qualquer


outro ativo equivalente ao Caixa, ainda que não sejam dinheiro em espécie, tais
como depósitos bancários, Contas de Poupança ou aplicações financeiras de alta
liquidez (aquelas que facilmente podem ser convertidas em Caixa sem perda de
valor ou com perda imaterial de valor).

A DFC fornece ao leitor das Demonstrações Contábeis informações relativas


à capacidade que a Empresa tem de gerar Caixa por suas operações e o perfil de
consumo ou ingresso de Caixa no que diz respeito aos seus investimento e fontes
de financiamento.

Há duas formas de se montar a DFC: pelo método direto e pelo método


indireto, detalhados a seguir.

DFC pelo Método Direto


Na DFC pelo método direto, consideram-se os fluxos brutos de pagamentos ou
recebimentos para as três atividades.

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A estrutura da DFC pelo método direto é a seguinte:

DFC pelo método direto – Estrutura

(+) Recebimentos relativos a atividades operacionais


(–) Pagamentos relativos a atividades operacionais
(=) Caixa gerado (ou consumido) pelas atividades operacionais

(+) Recebimentos relativos a atividades de investimento


(–) Pagamentos relativos a atividades de investimento
(=) Caixa gerado (ou consumido) pelas atividades de investimento

(+) Recebimentos relativos a atividades de financiamento


(–) Pagamentos relativos a atividades de financiamento
(=) Caixa gerado (ou consumido) pelas atividades de financiamento

Caixa e equivalentes no início do período


Caixa e equivalentes no final do período
Aumento (ou redução) de caixa e equivalentes

A somatória dos Fluxos de Caixa gerados (ou consumidos) pelas três ativida-
des corresponde exatamente à variação de Caixa e equivalentes de um período
para outro.

DFC pelo Método Indireto


Na DFC pelo método indireto, o Fluxo de Caixa gerado (ou consumido) pelas
atividades operacionais parte do Resultado (lucro ou prejuízo) líquido do período.

Na sequência, o lucro é ajustado somando-se as despesas relativas às outras ati-


vidades que reduziram o Resultado da Empresa, mas que não geraram desembolsos
de Caixa, e se deduzindo as receitas relativas às outras atividades que aumentaram
o Resultado da Empresa, mas que não geraram entradas de Caixa.

Por fim, consideram-se as variações nos ativos e nos passivos operacionais da


Empresa (diferença do saldo de um período para o outro). O resultado desses passos
resulta no Fluxo de Caixa gerado (ou consumido) pelas atividades operacionais,
cujo valor é idêntico ao obtido pelo método direto.

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UNIDADE Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA)
e Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Quanto às atividades de investimentos e financiamentos, o Caixa gerado (ou


consumido) é apurado tal como na DFC pelo método direto.

A estrutura da DFC pelo método indireto é a seguinte:

DFC pelo método indireto – Estrutura

Resultado líquido do período


(+) Despesas que não afetaram o caixa
(-) Receitas que não afetaram o caixa
(+/-) Variações nos ativos operacionais
(+/-) Variações nos passivos operacionais
(=) Caixa gerado (ou consumido) pelas atividades operacionais

(+) Recebimentos relativos a atividades de investimento


(-) Pagamentos relativos a atividades de investimento
(=) Caixa gerado (ou consumido) pelas atividades de investimento

(+) Recebimentos relativos a atividades de financiamento


(-) Pagamentos relativos a atividades de financiamento
(=) Caixa gerado (ou consumido) pelas atividades de financiamento

Caixa e equivalentes no início do período


Caixa e equivalentes no final do período
Aumento (ou redução) de caixa e equivalentes

Assim como na DFC pelo método direto, a somatória dos Fluxos de Caixa
gerados (ou consumidos) pelas três atividades corresponde exatamente à variação
de Caixa e equivalentes de um período para outro.

Exemplo de uma DFC pelo Método Direto


Considere que a Cia. “A” S/A apresentou os seguintes saldos de Caixa e
equivalentes de Caixa em seus Balanços Patrimoniais dos últimos três anos (em
R$ milhões):
• Em 31/12/2016: R$ 65.937;
• Em 31/12/2015: R$ 41.247;
• Em 31/12/2014: R$ 21.495;

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A DFC preparada pela Empresa para os exercícios de 2016 e 2015 é apresen-
tada a seguir:

Demonstração dos Fluxos de Caixa (método direto) - Cia A S/A


Período de 01/01/2016 a 31/12/2016 e 01/01/2015 a 31/12/2015
Em R$ milhões
2016 2015
Atividades operacionais
Recebimentos de clientes 246.700 197.360
Pagamento a fornecedores de mercadorias (84.250) (67.400)
Pagamentos de contas a pagar (8.350) (6.680)
Pagamento de salários (39.750) (31.800)
Pagamento de impostos (46.750) (37.400)
CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 67.600 54.080

Atividades de investimento
Aquisição de propriedades para investimento (37.500) (30.000)
Venda de imobilizado 1.625 1.300
Aquisição de imobilizado (7.735) (5.900)
Aquisição de intangível (2.250) (1.800)
CAIXA CONSUMIDO PELAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (45.500) (36.400)

Atividades de financiamento
Pagamento de principal de empréstimos (2.250) (1.800)
Pagamento de juros de empréstimos (1.500) (1.200)
Empréstimos tomados 6.000 4.800
Aumento de capital social 340 272
CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 2.590 2.072

Saldo inicial de caixa e equivalentes 41.247 21.495


Saldo final de caixa e equivalentes 65.937 41.247
Aumento líquido em caixa e equivalentes 24.690 19.752

Observe que para todas as atividades (operacionais, de investimento e de


financiamento) foram demonstrados os fluxos de pagamentos ou recebimentos
em Caixa no período, sendo que os valores demonstrados em vermelho entre
parênteses referem-se a saídas de Caixa, e os demais valores representam entradas
de Caixa.

Depreende-se dessa DFC, observando-se os números de 2016, que a Empresa


gerou um Caixa Líquido de R$ 24.690 milhões, dos quais R$ 67.600 milhões
foram obtidos por meio das operações da Empresa propriamente ditas e
R$ 2.590 milhões vieram de fontes de financiamento por meio de Capital de
terceiros (empréstimos) e Capital próprio (Capital Social).

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UNIDADE Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA)
e Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

A Empresa também aplicou Caixa no montante de R$ 45.500 milhões em


investimentos em novos ativos imobilizados, intangível e propriedades para inves-
timento. O investidor espera, ao verificar os números relativos aos investimentos,
que os Fluxos de Caixa futuros da Empresa sejam aumentados, refletindo o retorno
dos recursos investidos em 2016.

Análise análoga é válida para 2015, ano em que o comportamento dos Fluxos
de Caixa foi igual ao observado em 2016, apenas em menor volume financeiro.

Exemplo de uma DFC pelo Método Indireto


Considere as mesmas informações de saldos de Caixa da Cia. “A” S/A para
os anos 2016, 2015 e 2014, mas tendo a Empresa optado por preparar sua
demonstração pelo método indireto. A DFC reportada pela Empresa para os
exercícios de 2016 e 2015 é apresentada a seguir:

Demonstração dos Fluxos de Caixa (método indireto) - Cia A S/A


Período de 01/01/2016 a 31/12/2016 e 01/01/2015 a 31/12/2015
Em R$ milhões
2016 2015
Atividades operacionais
Lucro líquido 53.625 42.900
(+/-) Ajustes
Depreciações 3.000 2.400
Amortizações 1.875 1.500
Juros sobre empréstimos 2.750 2.200
Ganho na alienação de imobilizado (10.375) (8.300)
(=) Lucro ajustado 50.875 40.700
(+/-) Variações de ativos e passivos operacionais
Variação em clientes (3.550) (2.840)
Variação em estoques (3.750) (3.000)
Variação em fornecedores de mercadorias 1.500 1.200
Variação em contas a pagar (100) (80)
Variação em salários a pagar (3.250) (2.600)
Variação em impostos a pagar 25.875 20.700
CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 67.600 54.080

Atividades de investimento
Aquisição de propriedades para investimento (37.500) (30.000)
Venda de imobilizado 1.625 1.300
Aquisição de imobilizado (7.375) (5.900)
Aquisição de intangível (2.250) (1.800)
CAIXA CONSUMIDO PELAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (45.500) (36.400)

Atividades de financiamento

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2016 2015
Pagamento de principal de empréstimos (2.250) (1.800)
Pagamento de juros de empréstimos (1.500) (1.200)
Empréstimos tomados 6.000 4.800
Aumento de capital social 340 272
CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 2.590 2.072

Saldo inicial de caixa e equivalentes 41.247 21.495


Saldo final de caixa e equivalentes 65.937 41.247
Aumento líquido em caixa e equivalentes 24.690 19.752

Note que, no método indireto, para as atividades operacionais, a Empresa parte


da informação relativa ao Resultado do Período (lucro ou prejuízo), exatamente o
valor encontrado na última rubrica da DRE.

Em seguida, esse lucro é ajustado pelos valores de receitas e despesas que não
afetaram o Caixa e na sequência vêm as variações de saldos dos Ativos e Passivos
Operacionais (diferença entre os Saldos Contábeis de 2016 e os Saldos Contábeis
de 2015, cujas informações são obtidas no Balanço Patrimonial da Empresa).

Observe que o Caixa gerado pelas atividades operacionais, preparando-se a


DFC pelo método indireto, é exatamente o mesmo valor apurado utilizando-se o
método direto.

Os fluxos das demais atividades (investimento e financiamento) são obtidos


seguindo-se exatamente os mesmos procedimentos que os utilizados no método
direto (são considerados os pagamentos e os recebimentos propriamente ditos).

A seguir, está transcrito um exemplo real de uma DRA e de uma DFC relativas
a 2016, com base comparativa 2015, divulgados pela Gerdau S/A, uma indústria
de siderurgia e metalurgia brasileira listada na BM&FBOVESPA:

GERDAU S. A. – Demonstração dos resultados Abrangentes para o Exercício


findo em 31 de Dezembro (Valor expresso em milhares de reais)
Controladora 2016 2015
Lucro (Prejuízo) líquido apurado na demonstração dos resultados (2.890.811) (4.551.438)
Valores potencialmente reclassificáveis para a Demonstração dos Resultados no futuro
Outros resultados abrangentes de empresas controladas em conjunto
(251.195) 417.961
e coligadas reconhecidas por equivalência patrimonial
Ajustes cumulativos de conversão para moeda estrangeira (*) (5.001.443) 8.729.203
Reclassificação para o resultado de ajustes cumulativos de conversão para moeda estrangeira (*) (1.237.175) -
Ganhos (Perdas) não realizados em hedge de investimento líquido (*) 1.678.852 (3.610.435)
Hedge de fluxo de caixa (*):
Ganhos não realizados 239 17.007
(4.810.722) 5.553.736
Valores potencialmente não reclassificáveis para a Demonstração dos Resultados no futuro
(Perdas) Ganhos atuariais líquidas não realizadas com plano de pensão de benefício definido (*) (42.091) 32.866

19
19
UNIDADE Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA)
e Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Controladora 2016 2015


(42.091) 32.866
Outros resultados abrangentes, líquidos de impostos (4.852.813) 5.586.602

Resultado abrangente para o exercício, líquido de impostos (7.743.624) 1.035.164

Consolidado 2016 2015


Lucro (Prejuízo) líquido apurado na demonstração consolidada dos resultados (2.885.929) (4.595.986)
Valores potencialmente reclassificáveis para a Demonstração dos Resultados
Consolidados no futuro
Outros resultados abrangentes de empresas controladas em conjunto
(251.195) 417.961
e coligadas reconhecidas por equivalência patrimonial
Ajustes cumulativos de conversão para moeda estrangeira (5.036.586) 8.835.306
Reclassificação para o resultado de ajustes cumulativos de conversão para moeda estrangeira (1.237.175) -
Ganhos (Perdas) não realizados em hedge de investimento líquido 1.679.312 (3.613.178)
Hedge de fluxo de caixa:
Ganhos não realizados 212 17.283
(4.845.432) 5.657.372
Valores potencialmente não reclassificáveis para a Demonstração dos Resultados
Consolidados no futuro
(Perdas) Ganhos atuariais líquidas não realizadas com plano de pensão de benefício definido (42.181) 32.962
(42.181) 32.962
Outros resultados abrangentes, líquidos de impostos (4.887.613) 5.690.334

Resultado abrangente para o exercício, líquido de impostos (7.743.542) 1.094.348

Total do resultado abrangente atribuido a:


Participação dos acionista controladores (7.743.624) 1.035.164
Participação dos acionistas não-controladores (29.918) 59.184
(7.773.542) 1.094.348

GERDAU S. A. – Demonstração dos Fluxos de Caixa (Valores expressos em milhares de reais)


Controladora Consolidado
Nota 2016 2015 2016 2015
Fluxo de caixa da atividade operacional
Lucro (Prejuízo) líquido do exercício (2.890.811) (4.551.438) (2.885.929) (4.595.986)
Ajustes para reconciliar o lucro/prejuízo líquido ao fluxo
de caixa das atividades operacionais:
Depreciação e amortização 29 134.335 116.833 2.535.955 2.607.909
Perda pela não recuperabilidade de ativos 28 - - 2.917.911 4.996.240
Equivalência patrimonial 9 3.248.333 2.909.737 12.771 24.502
Variação cambial, líquida 30 (1.176.355) 2.343.353 (851.635) 1.564.017
Perdas (Ganhos) com instrumentos financeiros, líquido 30 1.447 - 38.930 (87.085)
Benefícios pós-emprego 1.216 5.415 229.767 233.287
Remuneração baseada em ações 270 972 46.683 48.589
Imposto de renda e contribuição social 8 218.427 (1.042.520) 304.314 (1.498.422)
Ganho na alienação de imobilizado - (2.161) (43.340) (3.971)
Resultado em operações com entidades controladas
- - 58.223 -
e colígada

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Controladora Consolidado
Provisão para risco de crédito 5 2.400 393 68.781 127.701
Provisão de passivos tributários, cíveis e trabalhistas 17 29.393 38.494 347.882 323.314
Receita de juros de aplicações financeiras (177) (56.554) (107.980) (153.631)
Despesa de juros sobre dívidas financeiras 30 146.386 78.356 1.540.797 1.471.526
Juros sobre mútuos com empresas ligadas 18 358.664 386.100 2.457 (2.712)
(Reversão) Provisão de ajuste ao valor líquido realizável
6 - (3.191) (31.492) 17.536
de estoque, líquido
73.528 223.789 4.184.095 5.072.814
Variação de ativos e passivos:
Redução (Aumento) de contas a receber 87.467 (76.733) 64.805 1.219.605
(Aumento) Redução de estoques (72.922) 76.227 794.591 1.977.361
Aumento (Redução) de contas a pagar 27.459 (34.108) 110.466 (768.627)
Redução (Aumento) de outros ativos 72.536 (142.645) (275.938) (270.391)
Aumento (Redução) de outros passivos 84.728 195.722 (287.487) (509.227)
Recebimento de dividendos/juros sobre o capital próprio 474.879 476.629 124.495 52.769
Aplicações financeiras de títulos para negociação (3.424) (1.111.103) (880.436) (1.958.522)
Resgate de aplicações financeiras de títulos para
- 2.215.058 1.089.972 3.929.971
negociação
Caixa gerado pelas atividades operacionais 744.278 1.822.899 4.924 8.745.753

Fluxo de caixa das atividades de investimento


Adições de imobilizado 10 (67.121) (94.276) (1.323.891) (2.324.718)
Recebimento pela venda de imobilizado, investimento e
- - 308.694 90.942
intangíveis
Adições de outros ativos intangíveis 12 - - (54.044) (126.428)
Pagamento na aquisição de controle de empresa 3.5 - - - (20.929)
Aumento de capital em empresa com controle
- - - (40.524)
compartilhado
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (67.121) (94.276) (1.069.241) (2.421.657)

Fluxo de caixa das atividades de financiamentos


Compras de ações em tesouraria (95.343) (186.033) (95.343) (189.071)
Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos (85.279) (345.802) (85.962) (358.226)
Empréstimos e financiamentos obtidos 2.498.952 1.202.866 2.455.371 3.042.783
Pagamentos de empréstimos e financiamentos (2.387.057) (1.449.441) (4.605.406) (5.028.386)
Financiamentos com empresas ligadas, líquido (447.669) (472.310) (6.492) 30.126
Pagamentos na aquisição de participação adicional em
3.5 - (339.068) - (339.068)
controladas
Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos (516.396) (1.589.788) (2.337.832) (2.841.842)

Efeito de variação cambial sobre o caixa e equivalentes


- - (693.990) 699.290
de caixa

Aumento (Redução) do caixa e equivalentes de caixa 15.342 (61.196) (584.697) 2.598.109


Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 18.969 80.165 5.648.080 3.049.971
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 34.311 18.969 5.063.383 5.648.080
Fonte: https://goo.gl/qcDbCW

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UNIDADE Demonstração dos Resultados Abrangentes (DRA)
e Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Contabilidade Introdutória
IUDÍCIBUS, S. et al. Contabilidade introdutória: livro-texto. 11.ed. São Paulo,
Atlas: 2011. Capítulo 9, que trata da demonstração dos Fluxos de Caixa;

 Vídeos
Relatórios Contábeis
MARION, J. C. Relatórios contábeis. 7min. 21seg. São Paulo: GEN/Atlas: 2012.
https://youtu.be/Wj31_vs5_8k

 Leitura
Manual de Contabilidade Básica
PADOVEZE, C. L. Manual de Contabilidade básica. 10.ed. São Paulo: Atlas, 2017.
Parte 2, que trata do estudo específico dos grupos e Contas do Balanço Patrimonial e
Parte 3 – Especificamente os itens 20.4 e 20.7, que tratam de DFC e DRA.
https://goo.gl/uGroA1
Demonstração dos Fluxos de Caixa e sua Contribuição para uma Tomada de Decisão mais Informada
ALVES, M. T. V. D.; BORGES, M. S. D.; NUNES, S. C. D. A demonstração dos
Fluxos de Caixa e sua contribuição para uma tomada de decisão mais informada.
Revista Universo Contábil, Blumenau, v. 8, n. 1, p. 141-158, jan./mar. 2012.
https://goo.gl/S4VH1o
Demonstração do Fluxo de Caixa
PORTAL de Auditoria. Demonstração do Fluxo de Caixa. mar. 2017.
https://goo.gl/x982st

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Referências
COMITÊ de Pronunciamentos Contábeis (CPC). CPC 03 (R2): Demonstração dos
Fluxos de Caixa. Brasília, dez. 2010. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/
Arquivos/Documentos/530_CPC_48.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2017.

_________. CPC 26 (R1): Apresentação das Demonstrações Contábeis.


Brasília: dez. 2011. Disponível em:<http://static.cpc.mediagroup.com.br/
Documentos/312_CPC_26_R1_rev%2009.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2017.

IUDÍCIBUS, S. et al. Contabilidade Introdutória: livro-texto. 11.ed. São Paulo:


Altas, 2011.

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