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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

NR 6 _ EQUIPAMENTO DE PRODUÇÃO INDIVIDUAL

Rayssa Naiara Maia

Resumo

O equipamento de proteção individual é sem dúvidas um dos maiores aliados no que


tange a segurança e proteção no trabalho, por isso se faz necessário que sua
disponibilização e manuseio se deem da maneira mais adequada possível. Para isso, foi
criada uma norma regulamentadora, a NR6, que visa o que pode ser melhorado no
ambiente de trabalho.
Para essa norma (NR6), foi criada uma comissão Tripartite com o objetivo de
avaliar as solicitações/exclusões de equipamentos. Em 2001, a NR6 passou por um amplo
processo de revisão estrutural de seu conteúdo e teve inclusive a atualização quanto ás
obrigações dos empregadores , como substituir imediatamente o EPI danificado ou
extraviado; como também garantir sua higienização e manutenção periódica.
Após a grande revisão da norma, foram inseridos novos tipos de equipamentos,
como por exemplo , as vestimentas condutivas de segurança para proteção de todo o corpo
contra choques elétricos e também o colete á prova de balas de uso permitido para
vigilantes que trabalhem portando arma de fogo.
A última alteração da norma foi realizada em 2018, quando foram incluídos
dispositivos com vistas a tratar especificamente das adaptações de EPI detentor de
certificado de aprovação para pessoas com deficiência.

Palavras-chave: NR6. EPI. Proteção. Equipamento. Empregadores. Trabalho.

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Introdução

A Norma Regulamentadora 6 caracteriza equipamento de proteção individual


como: Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar
a segurança e a saúde no trabalho. (NORMA REGULAMENTADORA 6-6.1).

Ou seja, o equipamento de proteção individual é todo dispositivo ou produto de uso


individual que possa garantir o bem estar do trabalhador, o protegendo de riscos aos quais
esteja exposto no seu ambiente de trabalho, sejam esses riscos diretos ou indiretos.

Uma das principais formas de garantir a segurança do trabalhador dentro do


ambiente do trabalho é pelo uso dos devidos equipamentos de segurança, os quais devem
ser fornecidos adequadamente pelo empregador e usados de maneira correta pelos
empregados.
Existem EPIs específicos para cada atividade, e isso deve ser observado pelo
empregador, garantindo que o trabalhador faça uso do equipamento correto para a
atividade em que está desempenhando, além disso, deve adquirir equipamentos de boa
qualidade, obedecer o tempo de uso de cada um, efetuar a higienização dentre outras
obrigação.
O empregado também possui suas responsabilidades quanto a estes, e elas vão
principalmente ao que tange ao uso adequado, a guarda correta destes e as informações
sobre danos nestes que devem ser passadas ao empregador.
Tendo em vista os inúmeros acidentes no trabalho que ocorrem no Brasil é que o
uso de equipamentos de proteção individual se faz de extrema necessidade, aliás, não só o
uso, mas o uso correto e de equipamentos de boa procedência, e por isso a Norma
Regulamentadora 6 surgiu, com o objetivo de auxiliar e dar instruções que se fazem regras
no que tange aos EPIs.
Devendo esta ser rigorosamente observada pelo empregador e cumprida à risca,
pois seu maior objetivo é auxiliá-lo na proteção de seus trabalhadores, e evitar acidentes,
bem como sequelas que poderiam vir a existir sem o uso dos devidos equipamentos quando
do acidente.

As NRs são um sistema combinado de partes interdependentes com o objetivo


comum de promover segurança e saúde aos trabalhadores. Cada norma deve adaptar-se às
necessidades do conjunto. Os dispositivos normativos devem ser uniformes e
padronizados, mantendo as características individuais.

Formam um conjunto complexo de direitos fundamentais, sendo indispensável sua


organização de acordo com critérios e regras bem desenhados; onde, assim como o
trabalhador tem a obrigação do uso correto dos EPIs, os empregadores também têm por sua
vez a obrigação de fornecer os EPIs necessários.

São as NRs que padronizam a aplicação das regras para procedimentos diversos
desde deveres, direitos e demais disposições, tanto por parte do empregador quanto do
empregado.

Sua mais recente atualização foi em 2021, visando uma modernização para
acompanhar as mudanças ocorridas nas relações de trabalho.

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A Portaria SIT n°187 passou a considerar a NR6 como especial, por se tratar da
execução do trabalho analisando as atividades, instalações ou equipamentos empregados,
sem estarem condicionadas a setores ou atividades econômicas específicas.
A NR6 trata especificamente do uso dos EPIs – Equipamentos de Proteção Individual no
local de trabalho, conforme riscos identificados quanto à saúde e segurança dos
trabalhadores. O objetivo dessa norma é estabelecer regras claras para que as empresas
evitem acidentes e protejam a saúde do trabalhador, prevenindo as chamadas doenças
ocupacionais.

A Norma Regulamentadora 6 (NR6) estipula uma série de regras que devem ser
cumpridas à risca pelas empresas. A não obediência a tais regras acarreta problemas graves
como pagamento de multas pesadas e interrupção das atividades. Vejamos agora quais são
as principais diretrizes estabelecidas por essa norma regulamentadora:
A Norma Regulamentadora 6 (NR6) é uma norma regulamentadora determinada pelo
Ministério do Trabalho que deve ser seguida por todas as empresas brasileiras,
independentemente do porte ou ramo de atividade.

Neste artigo veremos um pouco sobre a NR 6, que se trata do uso e disposição


correta dos EPIs (Equipamento de proteção Individual), a importância não só do uso
correto, mas também do seu fornecimento, restauração, lavagem e higienização. Visando
assim o bem estar e segurança tanto de empregado quanto empregador.

Veremos também, que os equipamentos de segurança não foram inventados à toa,


mas sim para amenizar quaisquer risco á saúde ou a vida do trabalhador. E também, a
importância das empresas desenvolverem uma melhor educação no ambiente de trabalho,
mostrando que se deve respeitar as regras e o uso adequado dos EPI`s , trabalhando assim
com segurança.

Um fator de risco que vemos em vários setores é a resistência em relação ao uso de


Equipamentos de Proteção Individual (EPI) por meios dos colaboradores. Muitas vezes os
EPI´s são fornecidos sem qualquer critério de escolha, apenas para o cumprimento básico
da legislação, causando muitas vezes incômodo nos trabalhadores. Dessa forma,
conscientizar o trabalhador e fornecer o equipamento adequado, podem minimizar e muito
vários acidentes no ambiente de trabalho.

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Desenvolvimento

NR-6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A norma regulamentadora foi originalmente editada pela Portaria MTb nº 3.214, de


08 de junho de 1978, de forma a regulamentar os artigos 166 e 167 da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), conforme redação dada pela Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de
1977, que alterou o Capítulo V (da Segurança e da Medicina do Trabalho) do Título II da
CLT.
A Norma Regulamentadora nº 6 (NR-06), conforme classificação estabelecida na Portaria
SIT n° 787, de 29 de novembro de 2018, é norma especial, posto que regulamenta a
execução do trabalho com uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), sem estar
condicionada a setores ou atividades econômicas específicas.

Para essa norma, foi inicialmente criada uma Comissão Tripartite, pela Portaria SIT
nº 11, de 17 de maio de 2002, com o objetivo específico de avaliar as solicitações de
inclusões/exclusões de equipamentos no Anexo I da NR-06 (que classifica os
equipamentos enquanto EPI), além de definir quais desses equipamentos seriam passíveis
de restauração, lavagem e higienização, conforme o disposto no então item 6.10.1 da
norma. Essa comissão foi substituída pela Comissão Nacional Tripartite (CNT) da NR-06,
criada pela Portaria SIT nº 59, de 19 de junho de 2008, a qual, além de avaliar o
enquadramento de EPI, tinha como objetivos: acompanhar o Programa de Avaliação da
Conformidade dos Equipamentos de Proteção Individual no âmbito do SINMETRO;
apreciar e sugerir adequações, sobre a harmonização dos regulamentos técnicos com as
normas aplicáveis; elaborar propostas para o aperfeiçoamento e atualização da NR-06,
dentre outros.

Originalmente quando da sua publicação, o texto da NR-06 compilava todas as


disposições acerca de fornecimento e uso do EPI, obrigações de empregadores e
trabalhadores, cadastro de fabricantes de EPI e suas obrigações, além de procedimentos
para emissão de Certificado de Aprovação (CA) de EPI. Nessa redação original, a relação
do que era considerado como EPI estava contida exaustivamente no corpo da norma. 
Desde a sua publicação, a norma passou por diversas alterações pontuais e uma profunda
revisão em 2001.

A primeira revisão foi promovida pela Portaria SSMT nº 06, de 09 de março de


1983, quando foram atualizados procedimentos para cadastro de fabricantes de EPI, tendo
sido excluídos os Anexos I e II da norma, que continham modelos de formulários para
requisição desse cadastro, e reorganizados os tipos de equipamentos de proteção
individual.

Posteriormente, o cadastro de fabricantes de EPI veio a ser extinto pela


Portaria SNT/DSST nº 09, de 1º de agosto de 1990, que considerou a diretriz da época
de “desregulamentar as esferas em que a presença do Estado é redundante e cartorial”.
Contudo, no ano seguinte, a NR-06 foi alterada pela Portaria SNT/DSST nº 05, de 28 de
outubro de 1991, que restabeleceu o Cadastro Nacional de Fabricante de Equipamentos de
Proteção Individual e o Certificado de Registro de Fabricantes (CRF), vez que restara

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constatado que tal procedimento “simplificava os pedidos de revalidação dos Certificados
de Aprovação de EPI, facilitando a seleção e a identificação jurídica das empresas do ramo
e conferindo maior celeridade e autenticidade à expedição dos respectivos Certificados de
Aprovação”.

Em 1992, a Portaria SNT/DNSST nº 02, de 20 de maio de 1992, incluiu, no inciso


IV do então item 6.3 da NR-06, a cadeira suspensa e o trava-queda de segurança,
classificando-os como EPI de proteção contra queda, sob o argumento de que tais
dispositivos “vinham sendo utilizados regularmente em obras de construção, demolição e
reparos, atestando a sua eficácia em benefício dos trabalhadores”. A partir de então, esses
dispositivos só poderiam ser comercializados mediante obtenção do CA, previsto no artigo
167 da CLT.

Ainda nesse mesmo ano, a Portaria SNT/DNSST nº 6, de 19 de agosto de 1992,


realizou importante atualização da NR-06 no sentido de incluir expressamente o termo
“importador”, em situação de equivalência ao termo “fabricante” já constante da norma. A
alteração ocorreu tendo em vista o incremento da importação de EPI, o que até então não
ocorria de maneira frequente, circunstância que explicava a omissão do termo na redação
original da norma.

Já em 1994, outra alteração de grande relevância foi promovida pela Portaria SSST


nº 26, de 29 de dezembro de 1994, que classificou os cremes de proteção química como
EPI, ao incluí-los na NR-06. A partir de tal alteração, tais produtos só poderiam ser
comercializados com a emissão de CA pelo então Ministério do Trabalho. Por se tratar de
produto também sujeito às normas de vigilância sanitária, a referida portaria estabelecia
como requisito para a emissão do CA, além de ensaios diversos quanto à eficácia do
produto, a comprovação da “publicação do registro do creme protetor no órgão de
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, conforme previsto na Lei nº 6.360, de 23 de
setembro de 1976”.

Apenas em 2001, a NR-06 passou por um amplo processo de revisão estrutural e de


conteúdo. Essa revisão baseou-se em proposta de alteração de regulamentação apresentada
por um Grupo de Trabalho Tripartite (GTT/EPI), constituído pela Portaria nº 13, de 27 de
abril de 2000, tendo sido aprovada na 28ª Reunião Ordinária da Comissão Tripartite
Paritária Permanente (CTPP)*, realizada em 14 de setembro de 2001. A revisão foi
publicada pela Portaria SIT nº 25, de 15 de outubro de 2001, destacando-se dentre as
alterações realizadas:

Inserção de lista de EPI como Anexo I;


Exclusão do EPI de proteção contra queda de altura do tipo cadeira suspensa;
Alocação dos procedimentos para emissão de CA e formulário para cadastro de fabricante
como Anexo II e III;

Atualização de obrigações de empregadores, tendo sido inseridas as obrigações de


substituir imediatamente o EPI quando danificado ou extraviado e de que o empregador
deve se responsabilizar pela sua higienização e manutenção periódica;
Ampliação de obrigações de fabricante e importadores de EPI, a exemplo de comercializar
ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA e de comercializar o EPI com

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instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e
demais referências ao seu uso;

Implantação de sistemática de avaliação de EPI para fins de emissão do CA: por


laudos de ensaio; por avaliação no âmbito do SINMETRO; ou por termo de
responsabilidade quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais,
oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios;
Exigência de marcação do lote de fabricação no equipamento, além das marcações já
previstas anteriormente, quais sejam, o nome do fabricante/importador e o número de CA;
Previsão de que os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização sejam definidos
pela comissão tripartite constituída, revogando-se com isso a Portaria SSMT nº 05, de 07
de maio de 1982, que permitia aos fabricantes de EPI recuperarem seus equipamentos sem
maiores controles.

Definição de procedimentos para suspensão de CA, decorrentes da fiscalização do


EPI.
Ainda em decorrência dessa revisão da NR-06, que implantou a sistemática de avaliação de
EPI para fins de emissão de CA, a então Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou a Portaria SIT nº 48, de 25 de março
de 2003, estabelecendo, pela primeira vez, as normas técnicas de ensaios aplicáveis aos
Equipamentos de Proteção Individual com enquadramento no Anexo I da NR-06.

Após essa grande revisão da norma, duas alterações subsequentes inseriram novos
tipos de equipamentos na norma. Assim, a Portaria SIT nº 108, de 30 de dezembro de
2004, inseriu no Anexo I da NR-6, as vestimentas condutivas de segurança para proteção
de todo o corpo contra choques elétricos, conforme deliberação, por consenso, da
Comissão Tripartite da NR-06, em sua V Reunião Ordinária, realizada em 28 de setembro
de 2004.

Ainda, a Portaria SIT nº 191, de 04 de dezembro de 2006, inseriu como EPI na NR-
06 o colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma
de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica. Desde então, a emissão
de CA para esse tipo de equipamento foi condicionada à homologação do produto e
respectivo apostilamento ao título de registro da empresa fabricante ou importadora,
efetuados pelo Exército Brasileiro. Essa alteração, também objeto de deliberação
consensual na Comissão Tripartite, foi aprovada na 47ª Reunião Ordinária da CTPP,
realizada em 14 de setembro de 2006. 

A partir da Portaria SIT nº 107, de 25 de agosto de 2009, que inseriu a alínea h no


item 6.6.1 da NR-06 (que trata das obrigações de empregadores), tornou-se obrigatório o
registro do fornecimento do EPI ao trabalhador, podendo para tanto ser adotados livros,
fichas ou sistema eletrônico. Essa portaria também promoveu a exclusão do equipamento
tipo capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de contato
com partes giratórias ou móveis de máquinas, visto que não ofereciam a proteção
necessária ao trabalhador. Ademais, naquela época, a Norma Regulamentadora nº 12 (NR-
12) já previa a necessidade de proteção coletiva às partes das máquinas que ofereçam risco
ao trabalhador. Essas alterações foram deliberadas, de maneira consensual, pela CNT da
NR-06, tendo sido aprovadas na 58ª Reunião Ordinária da CTPP, realizada em19 de agosto
de 2009.

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Também em 2009, a Portaria SIT nº 125, de 12 de novembro de 2009, passou a
definir o processo administrativo para suspensão e cancelamento de Certificado de
Aprovação de Equipamento de Proteção Individual e, consequentemente, revogou o item
6.12 da NR-06, que até então regulamentava de maneira geral essa matéria.

Em 2010, novas alterações propostas pela CNT da NR-06 foram aprovadas na 63ª
Reunião Ordinária da CTPP, realizada em 23 e 24 de novembro de 2010, tendo sido então
publicada a Portaria SIT/DSST nº 194, de 07 de dezembro de 2010, que alterou a norma
para, dentre outras questões: definir que os procedimentos de cadastramento de fabricante
e/ou importador de EPI e de emissão e/ou renovação de CA passariam a ser estabelecidos
em Portaria específica; atualizar obrigações de fabricantes e importadores de EPI, em
especial estabelecendo a obrigatoriedade de fornecer informações sobre os processos de
limpeza e higienização de seus EPI; revogar os itens 6.10 e 6.10.1 que permitiam a
restauração de EPI; e reorganizar os equipamentos e atualizar o rol das proteções no Anexo
I da norma.

No ano seguinte, após deliberação na 67ª Reunião Ordinária da CTPP, realizada em


28 e 29 de novembro de 2011, a Portaria SIT nº 292, de 08 de dezembro de 2011, alterou o
Anexo I da NR-06, particularmente no tocante aos equipamentos de proteção contra queda
com diferença de nível. Nesse sentido, passou a ser classificado como EPI apenas o
cinturão de segurança acompanhado de dispositivo trava-queda ou talabarte (para proteção
contra queda ou para posicionamento em trabalhos em altura). Assim, foi excluída da
classificação de EPI o trava-queda enquanto dispositivo isolado, cuja comercialização, a
partir de então, deixou de prescindir de CA previsto na CLT. Desde então, para seleção e
utilização de trava-queda ou talabarte, o usuário do EPI deve verificar os modelos
compatíveis indicados no CA do cinturão de segurança.

Por fim, a última alteração na NR-06 foi realizada pela Portaria MTb nº 877, de 24
de outubro de 2018, de maneira a inserir a alínea l no item 6.8.1 e incluir o item 6.9.3.2 na
norma. Esses dispositivos foram incluídos com vistas a tratar especificamente das
adaptações de EPI detentor de Certificado de Aprovação para pessoas com deficiência,
definindo expressamente se tratar de obrigação dos fabricantes ou importadores. Essa
alteração foi aprovada na 94ª Reunião Ordinária da CTPP, realizada em 18 e 19 de
setembro de 2018.
 
A CTPP, originalmente instituída pela Portaria SSST nº 2, em 10 de abril de 1996,
foi extinta pelo Decreto nº 9.759, de 11 de abril de 2019, e recriada pelo Decreto nº 9.944,
de 30 de julho de 2019, sendo que as atas das reuniões realizadas após 30 de julho de 2019
iniciaram uma nova numeração.
 

CLASSIFICAÇÃO DA NORMAS

Ao considerar a NR6 como especial, a Portaria SIT n° 787, quis dizer que ela não
se inclui entre aquelas que se classificam em normas gerais, especiais ou setoriais.

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As normas gerais regulamentam aspectos decorrentes da relação jurídica prevista na Lei
sem estarem condicionadas a outros requisitos, como atividades, instalações, equipamentos
ou setores e atividades econômicos específicos.

Já as especiais tratam da execução do trabalho analisando as atividades, instalações


ou equipamentos empregados, sem estarem condicionadas a setores ou atividades
econômicas específicas.

As setoriais são normas que regulamentam a efetivação do trabalho em setores ou


atividades econômicas específicas.

ALTERAÇÕES NA NR6

A Portaria n.º 505 de 16 de abril de 2015, adequou o item d, com a seguinte redação
“capuz para proteção da cabeça e pescoço contra umidade proveniente de operações com
uso de água”; e o item f “manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes
químicos”, entre outros.

A Portaria nº 877, de 24 de outubro de 2018, incluiu a necessidade de promover


adaptação do EPI detentor de Certificado de Aprovação para pessoas com deficiência.
Lembrando que a adequação do EPI para uso pela pessoa com deficiência feita pelo
fabricante ou importador detentor do Certificado de Aprovação não invalida o certificado
já emitido, sendo dispensável a emissão de novo CA. Contudo essa alteração não se trata
de uma NR6 atualizada 2021, é uma modernização para acompanhar as mudanças
ocorridas nas relações de trabalho.

Quem deve fornecer EPI?

A NR6 determina que são os empregadores obrigados a fornecer aos seus


colaboradores EPI, gratuitamente, apropriado ao risco. O EPI deve estar em perfeito estado
de conservação e funcionar bem, da seguinte forma:
Sempre que as medidas de ordem geral não oferecerem completa segurança contra os
riscos de acidentes ou de doenças profissionais e do trabalho;
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas.

Certificado de aprovação

Para serem comercializados, os EPIs devem ser testados e aprovados para uso.
Casos em que não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais reconhecidas, ou
não haja laboratório capacitado para realizar os ensaios, o EPI deverá ser aprovado pelo
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante
apresentação e análise do Termo de Responsabilidade.

Restauração, lavagem e higienização de EPI

Os EPI que podem ser restaurados, lavados e higienizados serão definidos pela
comissão tripartite constituída, desde que mantenha as características de proteção original.

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O trabalhador deve conservar seu EPI, observando o que consta na embalagem com
relação à limpeza, guarda e restauro, quando for possível. Os EPIs descartáveis devem ser
designados aos locais de descarte próprios, principalmente quando se tratam daqueles que
podem transmitir doenças ou vírus.

O EPI deve ser usado estritamente para o fim a que se destina, alterar a
configuração original ou usar errado pode causar muitos acidentes irreparáveis.
Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento
de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.

Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele


composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais
riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.

O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só


poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA,
expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do
Ministério do Trabalho e Emprego.

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao


risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos
de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.

Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, o empregador deve


fornecer aos trabalhadores os EPI adequados.

As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados nesta NR, sejam
considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados,
deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as
conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.

Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e
trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em
determinada atividade. (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o


EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado,
ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários. (Alterado pela
Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
Sendo de responsabilidades do empregador, cabe ao mesmo quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

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b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou
sistema eletrônico.

Quanto a responsabilidades do trabalhador, cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;


b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Quanto a responsabilidades de fabricantes e/ou importadores:

a) cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no


trabalho; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
b) solicitar a emissão do CA; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de
2010)
c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho; (Alterado pela Portaria
SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento
aprovado; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)
e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado
de Aprovação - CA;
f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho
quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;
h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua
utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;
i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,
j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for
o caso;
k) fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPI,
indicando quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é necessário
proceder à revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir que os mesmos
mantenham as características de proteção original.
l) promover adaptação do EPI detentor de Certificado de Aprovação para pessoas com
deficiência.

Os procedimentos de cadastramento de fabricante e/ou importador de EPI e de


emissão e/ou renovação de CA devem atender os requisitos estabelecidos em Portaria
específica. (Inserido pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010)

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Para fins de comercialização o Certificado de Autorização (CA) concedido aos EPI
terá validade:
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua
conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for
o caso.

O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando


necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos
no subitem 6.9.1.
Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da
empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado,
o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.

Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão nacional


competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma
alternativa de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar
do CA.

A adaptação do Equipamento de Proteção Individual para uso pela pessoa com


deficiência feita pelo fabricante ou importador detentor do Certificado de Aprovação não
invalida o certificado já emitido, sendo desnecessária a emissão de novo CA. (Inserido pela
Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018)

Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:


a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;
c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;
d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
e) fiscalizar a qualidade do EPI;
f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e
g) cancelar o CA.

Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de


segurança e saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o
nome do fabricante e o número de referência, além de outros requisitos.

Cabe ao órgão regional do MTE:


a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;
b) recolher amostras de EPI; e,
c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento
desta NR.

Veja agora uma lista dos principais EPIs usados nas empresas dos mais diversos
segmentos:
 Luvas de borracha;
 Luvas descartáveis;
 Botas de borracha;
 Botas de PVC;

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 Botinas de segurança (com e sem biqueira de aço);
 Capacetes;
 Óculos de proteção;
 Protetores de ouvido;
 Protetor solar (para trabalhadores constantemente expostos a raios solares).
Em 07 de dezembro de 2010, houve uma alteração pela Portaria SIT n 194 quanto
ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual. Veja a lista detalhada:

A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

A.1 - Capacete
a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
b) capacete para proteção contra choques elétricos;
c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.
A.2 - Capuz ou balaclava
a) capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
b) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra agentes químicos;
(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)
c) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes;
d) capuz para proteção da cabeça e pescoço contra umidade proveniente de operações com
uso de água.
(Inserida pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)

B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.1 - Óculos
a) óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;
e) óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas volantes.
(Inserida pela Portaria MTE n.º 1.134, de 23 de julho de 2014)
B.2 - Protetor facial
a) protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes;
b) protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha;
c) protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
d) protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica;
e) protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta.
B.3 - Máscara de Solda
a) máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes,
radiação ultra-violeta, radiação infra-vermelha e luminosidade intensa.

C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

C.1 - Protetor auditivo


a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;

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b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2.

D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

D.1 - Respirador purificador de ar não motorizado:


a) peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e
névoas;
b) peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas e fumos;
c) peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas, fumos e radionuclídeos;
d) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado
tipo P1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para proteção
contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção contra poeiras, névoas, fumos e
radionuclídeos;
e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados
para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado.
D.2 - Respirador purificador de ar motorizado:
a) sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para proteção
das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e
vapores;
b) com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias
respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores.
D.3 - Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido:
a) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
b) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias
respiratórias em operações de jateamento e em atmosferas com concentração de oxigênio
maior que 12,5%;
c) com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção
das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
d) de demanda com pressão positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das
vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
e) de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro
auxiliar para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio
menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a
Saúde (IPVS).

D.4 - RESPIRADOR DE ADUÇÃO DE AR TIPO MÁSCARA AUTONOMA

a) de circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias
em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em
atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS);
b) de circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou
seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

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D.5 - Respirador de fuga
a) respirador de fuga tipo bocal para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores
e ou material particulado em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosas à
Vida e a Saúde (IPVS).

E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO

E.1 - Vestimentas
a) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica;
b) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;
c) vestimentas para proteção do tronco contra agentes químicos;
(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)
d) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa;
e) vestimenta para proteção do tronco contra umidade proveniente de precipitação
pluviométrica; (NR)
(Alterada pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)
f) vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso
de água.
E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma
de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.

F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 - Luvas
a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luvas para proteção das mãos contra vibrações;
h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água;
i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
F.2 - Creme protetor
a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes
químicos.
F.3 - Manga
a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;
b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes; d)
manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações
com uso de água;
e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos;
f) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes químicos.
(Inserida pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)
F.4 - Braçadeira
a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes;
b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.
F.5 - Dedeira

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a) dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.

G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G.1 - Calçado
a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;
c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;
e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;
f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com
uso de água;
g) calçado para proteção dos pés e pernas contra agentes químicos.
(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)
G.2 - Meia
a) meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas.
G.3 - Perneira
a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) perneira para proteção da perna contra agentes térmicosc) perneira para proteção da
perna contra agentes químicos;
(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)
d) perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de
água.
G.4 - Calça
a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça para proteção das pernas contra agentes químicos;
(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)
c) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de
água.
e) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de precipitação
pluviométrica. (NR)
(Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

H.1 - Macacão
a) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes
térmicos;
b) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes
químicos;
(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)
c) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade
proveniente de operações com uso de água.
d) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade
proveniente de precipitação pluviométrica. (NR)
(Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)
H.2 - Vestimenta de corpo inteiro

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a) vestimenta para proteção de todo o corpo contra riscos de origem química;
(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)
b) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com
água;
c) vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos. Este texto
d) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de precipitação
pluviométrica. (NR)
(Inserida pela Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017)

I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL

(Alterado pela Portaria SIT n.º 292, de 08 de dezembro de 2011)


I.1 – Cinturão de segurança com dispositivo trava-queda
a) cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra
quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal.
I.2 - Cinturão de segurança com talabarte
a) cinturão de segurança com talabarte para proteção do usuário contra riscos de queda em
trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança com talabarte para proteção do usuário contra riscos de queda no
posicionamento em trabalhos em altura.
Vamos frisar algumas de suas regras da NR6:

1 – Por Equipamento de proteção Individual – EPI, entende-se todo produto ou


dispositivo de uso individual usado pelo trabalhador com o objetivo de protegê-lo de riscos
relacionados à atividade profissional que possam ameaçar a saúde e segurança do
trabalhador. Alguns exemplos de EPIs são: capacetes, botas de seguranças, protetores de
ouvido etc.

2 – Conforme a NR6 estipula, os equipamentos de proteção individual (nacionais


ou importados) só podem ser comercializados mediante indicação do Certificado de
Aprovação – CA. Quando o equipamento não possui esse certificado, ele não é classificado
como EPI por não estar de acordo com as normas de segurança estabelecidas pelo
Ministério do Trabalho.

3 – Todas as empresas são obrigadas a fornecer EPIs aos seus trabalhadores de


forma totalmente gratuita e de acordo com os riscos inerentes às funções executadas. Tais
equipamentos devem apresentar plenas condições de funcionamento e conservação.
Regra 4

4 – A NR6 estipula que o SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho, CIPA – Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes e demais trabalhadores que utilizam EPIs façam recomendações ao empregador
quanto aos equipamentos mais adequados de acordo com os riscos inerentes a cada tipo de
atividade.

5 – No caso das empresas que não são obrigadas a constituir o SESMT, é de


responsabilidade do empregador escolher os equipamentos de proteção individual de
acordo com os riscos apresentados. Essa escolha deve ser feita com a devida orientação de
um profissional tecnicamente habilitado (Ex.: técnico de segurança do trabalho).

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6 – De acordo com a NR6, é de responsabilidade do empregador as seguintes ações
quanto aos equipamentos de proteção individual:
 Comprar equipamentos condizentes com o risco de cada atividade no ambiente de
trabalho;
 Exigir que todos os trabalhadores façam uso do EPI;
 Entregar aos trabalhadores apenas equipamentos de proteção aprovados pelo
Ministério do Trabalho, ou seja, aqueles que possuem CA – Certificado de
Aprovação;
 Treinar e orientar todos os trabalhadores quanto ao uso correto dos EPIs, assim
como maneiras mais indicadas de guardá-los e conservá-los;
 Substituir de forma imediata os equipamentos danificados ou sem condições de
uso;
 Estabelecer procedimentos para manutenções periódicas e higienização dos
equipamentos;
 Informar ao Ministério do Trabalho e do Emprego qualquer tipo de irregularidade
com relação aos equipamentos;
 Registrar as entregas de EPIs aos trabalhadores, adotando fichas, livros ou demais
sistemas de controle que demonstrem: tipo de equipamento, número do CA, data
de entrega e assinatura do empregado.

7 – A NR6 estabelece que, com relação às obrigações dos trabalhadores, devem ser


seguidas essas regras:

 O empregado deve usar o equipamento de proteção somente para a finalidade para


a qual ele é indicado;
 Todo trabalhador é responsável por conservar e guardar os equipamentos de forma
adequada;
 O empregado deve informar o trabalhador nos casos em que o EPI estiver
apresentando problemas quanto ao uso;
 Obedecer a todas as determinações do empregador quanto ao uso correto de cada
EPI.

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Conclusão

Vemos com muita clareza a necessidade de empregador e empregado trabalharem


juntos quanto ao fornecimento e uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), onde
ambas as partes têm deveres e direitos, visando assim o bom funcionamento do trabalho
independentemente do seu segmento.

É importante salientar que alguns estudos demonstram que as empresas que


compram e fornecem EPIs para os seus trabalhadores, geralmente exigem o seu uso.
Entretanto, um dos pontos críticos é geralmente a falta de treinamento para o uso
específico de cada EPI. Sobre o assunto, a NR-6 estabelece exigências para o fornecimento
e treinamento do EPI. 

É preciso estar atento para que o simples fornecimento de EPI’s e exigência de seu
uso não podem evitar acidentes se utilizados isoladamente pois, um sistema de segurança
abrangente envolve não apenas o simples cumprimento de exigências legais, mas,
principalmente, a existência de um ambiente seguro, e um eficiente treinamento para uso
do EPI.

Não são raros os casos de colaboradores que se recusam ou esquecem de usar EPIs
em determinada função, por motivos como “incômodo” ou dificuldade de se adaptar ao
dispositivo. Isso não deve ser aceito como desculpa, pois a falta de um EPI
automaticamente aumenta o risco de acidentes. É fundamental que a empresa tenha um
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)
ou uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). São essas equipes
responsáveis por orientar e fiscalizar os funcionários. Assim, a fiscalização do uso de EPIs
deve passar por todos: empregados e empregadores. Somente desta forma será possível
reduzir os riscos e os acidentes ocorridos no ambiente industrial.

Com o que foi exposto pode-se concluir que a Norma Regulamentadora 6 é uma
das normas regulamentadoras de maior importância no que tange a proteção do
trabalhador, tendo em vista que ela trata diretamente sobre os equipamentos de proteção
individual, e não apenas das obrigações do empregador e empegado, mas também traz
obrigações para o fabricante e o importador desses produtos, garantindo assim que desde
sua origem os mesmos tenham a maior qualidade possível.

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REFERÊNCIAS

https://revistacipa.com.br/artigo-importa%CC%82ncia-da- fiscalizac%CC%A7a%CC
%83o-do-uso-de-epis-e-epcs/ acessado em 05 de março de 2022

https://www.normaseregras.com/regulamentadoras/nr6/ acessado em 10 de março de 2022

http://nrfacil.com.br/blog/?p=4807 acessado em 10 de março de 2022

https://blog.dimensional.com.br/nr6-atualizada-2021/ acessado em 15 de março de 2022

https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-
de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/norma-regulamentadora-no-
6-nr-6 acessado em 27 de março de 2022

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