Fruto de um longo processo de mudanças, o ensino da história traça
uma linha na qual podemos colocar numa ponta inicial um estudo sedimentado numa lógica de origem branca e cristã, enfocada numa sucessão cronológica de grandes homens e grandes acontecimentos e noutra ponta uma disciplina mais atinada a incorporar a multiplicidade de sujeitos construtores (nacional e mundialmente). Evidencia-se um percurso de mudanças objetivas quanto a inclusão de conteúdos fora do espectro europeu, tais como o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira, indígena e das grandes personalidades femininas, historicamente rechaçadas, mas reivindicando cada vez mais seu papel e força na sociedade e na história. De modo que as recentes transformações no ensino acabam por trazer indagações epistemológicas e historiográficas sobre o significado de certas rejeições e inserções nos projetos curriculares nacionais e internacionais. François Furet demonstra que o ensino histórico ganhou fundamento premente a partir do século XIX, trazendo inicialmente um sentido de “progresso” da humanidade, conferindo um sentido pedagógico e genealógico das nações europeias e de sua civilização. Posteriormente, já na linha do historiador Christian Laville, o ensino histórico adquire um sentido mais fortemente democrático no contexto pós-segunda guerra, com a vitória do sistema democrático frente às autocracias fascistas, alinhando-se assim o estudo histórico num sentido de primordial formação de um cidadão histórico- participativo. O fulcro aqui seria a ideologia de introjetar nos educandos as devidas ferramentas para uma formação política e democrática. E, já nos currículos do século XXI, mantém-se a tônica de pedagogia cidadã germinada nos idos de 1945, porém agora em confronto com novas tendencias tecnicistas, fruto de uma ideologia que cada vez mais norteia o aluno a uma educação submetida aos ritmos do mundo digital e individualista de tempos neoconstitucionaistas de capital global. Porém, convém observarmos como se deu essa evolução do ensino histórico em solo brasileiro. Ainda que com uma trajetória similar à dos países europeus no que tange ao ensino, imperioso é que observemos as problemáticas decorrentes de uma complexa política educacional e sua dificuldade em se estender, igualitariamente, ao conjunto de jovens e crianças do país. Numa miríade pintada pela desigualdade e falta de acesso latente a um grande percentual de jovens educandos, temos a sombra histórica do ensino de história como norte para entendermos melhor nossa área de estudo tratada. No mais, vejamos melhor sobre essa reflexão entre poder e empoderamento, que como explicita David Hammond, situa a tensão constante entre os currículos das humanidades clássicas, humanidades modernas e científicas e o tecnológico instrucional que veremos mais detalhadamente a seguir.
1.2 ENSINO DE HISTÓRIA NAS HUMANIDADES CLÁSSICAS
Partindo de estudos realizados sobre a educação europeia, a partir do
século XVI, as humanidades passaram a ser entendidas pelos educadores da época como uma formação de ensino originária dos greco-romanos, de cunho quase que positivista ao tratar a história como uma “preparação do indivíduo para ser homem em sua plenitude”. Daí (advindas de ideologias do século XIII e XIX), novos estudos consignaram uma concepção de mundo e homem embasada por estudos científicos. Eis a égide das Humanidades Modernas ou Humanidades Científicas. Neste currículo de ensino histórico, podemos destacar dois espaços de formação humanística: a) Uma de maneira a integrar uma elite, culturalmente destinada aos filhos dos grupos dirigentes/classes mais ricas; b) Outra das chamadas “coisas do universo”, mais abrangentes e destinadas à totalidade da juventude, de maneira a se situarem e inscreverem sua marca no mundo.
Ainda, é possível notar que, antes mesmo da disciplina compor o
currículo das humanidades clássicas entre o século XIX e XX, convém ressaltar que conteúdos históricos já faziam parte dos estudos realizados nas escolas dos jesuítas dos séculos XVI ao XVIII, mas com objetivos diferentes. Sob o caráter jesuítico, o ensino da história adquiria um uso especificado no sentido de formar “bons oradores”, capazes de realizar prelações eruditas, tanto na esfera política quanto nas igrejas. Embasados por textos clássicos de Quintiliano e Cícero, a ideologia aqui era baseado na “cristianização” de autores pagãos, de modo a serem utilizados excertos especificados, de maneira a não contradizer o dogma e a moral cristã. Nas colônias, o cenário não era muito diferente. Servindo-se de autores da Antiguidade, ideias de seleção social eram utilizadas instrumentalmente pelos pregadores de forma a cristalizar na mente dos iletrados colonos uma moral específica e adequada às condições da colônia. De modo que práticas de guerra, escravidão e extermínio indígena eram justificadas por meio de excertos greco-romanos, cuidadosamente selecionados. A partir da segunda metade do século XVII, podemos notar mudanças decorrentes das reformas pombalinas, onde o ensino histórico passou a se trajar com uma função pedagógica. Num cenário no qual os jesuítas foram expulsos do Brasil, a ênfase fora na introdução do ensino na língua materna, com mestres de ensino se colocando fundamentalmente num espectro estatal frente ao religioso. Nesta toada, citemos o Seminário de Olinda, de inspiração curricular em John Locke e Verney, nos quais o foco era o ensino das regras gerais nas quais se fundam a história, além de noções de cronologia. Tem-se aí o modelo de uma forma escrita da história, concepção esta que foi o ponto inicial para a bibliografia inicial do século XIX no Brasil. Num cenário mundial que vivenciava novos desafios econômicos e sociais, surge a necessidade de uma revisão de cunho laico e referenciada mais uma vez nos antigos greco-romanos, mas agora com uma ótica revolucionária burguesa, numa ebulição de constituições nacionalistas. Natural seria que o ensino histórico adquirisse assim um novo verniz, atendendo assim as demandas do momento histórico.
1.3 HUMANIDADES CLÁSSICAS E MODERNAS
Nas primeiras décadas do século XIX, temos o ensino histórico
integrado num processo de constituição estatal, direcionado pelas camadas da elite brasileira da época. Verdadeira oligarquia constituída por fazendeiros, altos funcionários e comerciantes e por religiosos seculares. Nesta época, surge o primeiro projeto em que o ensino da história fora apresentado como ramo desvinculado e do tronco das “letras humanísticas. Proposta pelo deputado Martim Francisco Ribeiro de Andrada, tinha como proposta a criação de um sistema de educação público e desvinculado da Igreja, similar ao proposto por Condorcet em 1793 na Revolução Francesa. Tendo como princípio uma educação dividida em 2 graus (elementar e um segundo, no qual haveria o ensino da geografia e da história), a disciplina histórica consistiria em o aluno criar para si uma filosofia histórica, por meio de uma ordenação temporal e espacial e factual dos fatos transmitidos. Assim, se fixaria ao educando num processo de quadros de pensamento, relacionando dessa forma conteúdo e método. Ainda, o projeto incorporava ideias de confecção de 2 tipos de livros, sendo os compêndios para alunos e o livro dos mestres para professores. Assim, a produção de material didático era material essencial para a efetivação do novo ensino. Imperioso é notarmos que tal proposta fora rejeitada pela assembleia constituinte de 1823. Refletindo a dificuldade dos deputados em debater fundamentalmente a organização de um sistema educacional amplo, além de demandar investimentos públicos, demonstra um país ainda despreparado para ideologias educacionais democráticas e inclusivas. Porém, em 1826 surge o projeto proposto por Januário da Cunha Barbosa, liberal religioso e maçon. De viés mais liberal e conservador, propõem aulas organizadas por disciplinas autônomas e implementadas por educadores especialistas. Assim, caberia ao professor de história oferecer uma visão cronológica mais atenta as casuísticas que fazem influir os rumos da nação, frente aos indivíduos de modo particular. Porém, a história como disciplina histórica serial, oferecida em estabelecimentos públicos ou privados não foi facilmente efetivada no período imperial. Como bem demonstra Mariotto Haidar, muito disso aconteceu em função de uma redução da matéria como estudo secundário, mero canal de acesso aos cursos superiores. Desta forma, o estudo histórico se constituiu primeiramente como conteúdo de condição avaliativa, imprimindo assim uma cultura educacional que tem guiado a seleção de conteúdo até os dias atuais, seja nas escolas públicas ou nas privadas. Constituído juntamente com o estudo da geografia, podemos observar no Resumo da História Universal, livro de Júlio Frank (primeiro professor contratado para as aulas de história e geografia no curso preparatório de SP) que a matéria se fundamentava num conceito histórico cuja importância pedagógica residia em mostrar a evolução do gênero pelo estudo do progresso das civilizações. Assim, verdadeira renovação das humanidades clássicas, o ensino da história organizado nos colégios contribuiu para a distinção cultural das classes dominantes, composta por uma aristocracia agrária escravocrata e por comerciantes submetidos à cultura eurocentrista. De modo que, desvinculando-se do tronco das humanidades, o estudo histórico passaria a se inserir num contexto de História Sagrada X História Profana, além da germinação de uma “cadeira” para a história do Brasil, com educadores disputando por um sentido nacionalista para a formação acadêmica. Assim, cabia aos catedráticos, prestigiados por suas cadeiras de ensino, a responsabilidade por mudanças na programação do ensino.
1.4 CONTRONTOS ENTRE A HISTÓRIA UNIVERSAL E A HISTÓRIA
SAGRADA
Confrontos centralizados numa história inicialmente constituída para
explicar a origem dos homens conforme os textos da História sagrada, convém observar que os clérigos educadores consideravam falsa uma história que começasse antes do nascimento de Cristo, alegando assim que seria muito mais moderno o estudo de fatos comprovados por textos escritos (imperadores e reis cristãos frente aos antecedentes ao nascimento de cristo). Exemplo desta ideologia sacra no ensino histórico é a tradução do Nouveau Manuel du baccalaurat es letres, no qual o tradutor brasileiro inverteu capítulos, iniciando pela origem humana conforme a tradição bíblica, atenuando assim pareceres científicos quanto às origens das raças humanas. Assim, foi com a definição da origem da espécie humana que, entre o final do século XIX e meados do século XX que se constituiu a organização do ensino histórico num conceito de História da Civilização. Consolida-se assim uma história com bases científicas, válida assim como explicação do passado humano (positivista e metódica), até atualmente, como apresentação de capítulos notáveis da vida humana, e como as mesmas presidem o progresso e decadência das sociedades. Civilização e progresso surgem como conceitos fundamentais no ensino histórico (ainda que contestados por professores e historiadores) devido à consagração de uma “nova” elite republicana, sintetizada na política “café com leite”. Conceitos como o da vocação para a agricultura de exportação numa economia mundial, trouxeram ao Brasil da época uma ideologia importada de modernização e aperfeiçoamento ala Augusto Comte. Assim, natural seria que fosse incorporado neste bojo noções de predestinação europeia, essencialmente brancas e cristãs. Já nas escolas confessionais, podemos notar uma conciliação com a laicidade da História da Civilização, ainda que valorizando a atuação da Igreja Católica na constituição da civilização europeia. Deste modo, justificavam-se diversas formas de violência europeia, nisso incluso as colonizações ferozes e extermínios, que passaram a receber um verniz de necessidade civilizatória, eticamente econômica e necessária ao desenvolvimento de uma nação capitalista. Ainda que trazendo inovações concernentes à conteúdos e divisões da História, ainda não haviam mudanças metodológicas de ensino, limitando assim o ensino de história um método essencialmente catequético. A consolidação de um ensino curricular histórico se fez pelas determinações de Francisco de Campos, em 1931, uniformizando em escala nacional e consolidando a História da Civilização.
1.5 O ENSINO DA HISTÓRIA DO BRASIL
Inicialmente, o lugar ocupado pelo ensino da história brasileiro era
relegado num segundo plano, sendo proposta aos que “ensinarão a leitura”, preferindo a Constituição do Império e a História do Brasil como temas. Assim, o ensino da história estava inicialmente atrelado a um senso moral cívico, dever filial e patriótico que marcou a trajetória da História do Brasil sob os currículos humanísticos e modernos. De modo que a história pátria (ao fundamental) e a história do Brasil (secundário) tiveram como norte referencial uma história sagrada, com santos como referencial de bondade e altruísmo, criando desta forma “heróis” da pátria. Forte era a tendencia a uma justificação no ideário da nação capaz de justificar o predomínio de uma política oligárquica frente a uma sociedade composta por ex-escravos, indígenas e mestiços. Assim, em tempos de positivação de leis trabalhistas, o ensino histórico (aliado a outras disciplinas) sedimentava não apenas em sala de aula, mas com suas festas cívicas e desfiles a cultura de “heróis” locais, oligarcas fundadores das cidades e de bandeirantes que construíram e desbravaram o território brasileiro. Já no ensino secundarista, vários professores colaboravam na criação de um ensino autônomo da história do Brasil, com figuras como Capistrano de Abreu negando-se a lecionar a história do Brasil como mero apêndice da história universal. A tendencia era não mais conceber a história do Brasil de maneira etnocêntrica e europeizada, ainda que a grande maioria dos historiadores brasileiros incorporasse passivamente concepções históricas deste teor. Tentativas foram realizadas para tirar a história do Brasil de um anexo inferiorizado. Manoel Bonfim tentou incluir a História da América no currículo da Escola Normal do Rio de Janeiro, trazendo uma abordagem que concebia a história da civilização como meio de confronto com o domínio de uma cultura sobre as demais. Aqui, notamos a busca por um instrumento para enfrentar o racismo difundido por teorias Lombrosianas e de uma superioridade ariana sobre negros, índios e mestiços. Rechaçada, a História do Brasil somente se firmaria como disciplina autônoma na Reforma Capanema de 1942, reformada sob um arcabouço principiológico nacionalista e cívico, e ainda referencialmente europeizada. Divididas entre História Antiga, Média e Moderna, continuaram a difundir a história das “guerras civilizadas” do mundo contemporâneo, mas acrescidas agora de uma história da economia, escondendo as revoluções socialistas frente a suposta importância de um desenvolvimentismo tecnológico e capitalista em sua essência.
1.6 O ENSINO HISTÓRICO EM TEMPOS DE HUMANISMO
CIENTÍFICO
Após o findar da II Guerra, os debates realizados pelos historiadores
passaram a questionar o significado da civilização europeia. Surge a problemática de como nações com altos níveis econômicos, de saúde e tecnologia, altares de toda uma principiologia democrática e social, puderam dar ensejo a criação de uma das guerras mais sanguinárias da história da humanidade. Assim, difundidas e patrocinadas por órgãos e entidades internacionais, foi então proposta a difusão de um ensino da história para a paz. A organização curricular então fora constituída numa combinação articulada por objetivos, conteúdos, método e avaliação. De modo que para cada disciplina, sobretudo as embasadas pela ciência, a tônica era um ensino que se fizesse por meio de métodos de formar saber em todos os níveis de ensino. Nesta toada, o ensino histórico passa a ser fundamental numa perspectiva de um passado que não é estanque, mas expressão de um futuro mutável. Na década de 50, vemos a criação de cursos de história em centros universitários, com um corpo docente preocupado na formação de um saber histórico revisado, buscando assim a incorporação de novas ideias correntes que se multiplicavam. Porém, além da revisão de conteúdos, tiveram inicio propostas de novos métodos de ensino, ensejando um deslocamento dos métodos instrucionais para métodos de aprendizagem, superando assim o método catedrático frente a uma formação intelectual, com a investigação como parte fundamental para o educando. Ainda legada a um ensino propedêutico, o currículo de ensino histórico se encontrava limitado por uma política de democratização populista, na qual buscava a disseminação de um ideário de democracia racial brasileira: importância jesuíta, abolição pacífica e afins. De modo que a proposta era a de uma história que mantivesse o pressuposto da civilização europeia como pedra de toque. Todavia, a renovação do ensino histórico só se efetivaria na década de 1980. Iniciada em 1960, a história e seu ensino foram especialmente visados pela ditadura militar, que boicotou e rechaçou projetos, tais como A História Nova do Brasil. Fortemente reprimido, o ensino histórico e geográfico fora substituído pelos Estudos Sociais, tendo como consequência a criação de licenciaturas curtas, limitando fortemente a formação docente e tirando delas o contato com pesquisas e atualizações historiográficas. A partir de 1980, tempos de abertura política, um novo rumo era buscando: Estimular o aluno numa via da de mão dupla de um ensino que produza historicidade sócio/cultural e o coloque no mercado de trabalho. A partir de 1996, a LDB trouxe parâmetros curriculares nacionais, estendo o ensino de história para todos os níveis de ensino e sistemas escolares, incluindo escolas localizadas em comunidades indígenas e quilombolas, demonstrando assim o compromisso com a formação de uma cidadania democrática. Resultado de lutas de movimentos sociais, puderam enfim ser introduzidos a História da Africa e das culturas afro-brasileiras, além da história indígena (por intermédio das leis 10.639/03 e 11.645/88). Porém, ainda se encontram em processo de integração, devido aos currículos ainda submetidos à lógica eurocentrista. Porém devemos ressaltar o caráter contrapontístico de uma formação política cultural para o exercício de uma cidadania social buscando um convívio sem preconceitos. Trata-se da figura da musa grega Clio sendo confrontada por outras espectros históricos. Do grito histórico africano, aos rituais xamânicos e dos pajés brasileiros. Assim, notamos que paulatinamente os velhos marcos históricos vão sendo revistos, trazendo deste modo uma visão mais abrangente quanto a aspectos da Antiguidade indígena, de uma visão mais verossímil do papel da mão de obra escrava como sustentáculo de um sistema mercantilista e neoliberal. Porém, ainda há debates quanto a importância da História Antiga e seu estudo, sendo esta vista como menos importante do que os fatos que demonstram o advento da burguesia e do capitalismo mercantil. Assim, a história do Brasil e de países periféricos acaba por ficar relegada a um segundo plano. Na mesma toada, a criação de um BNCC prevista pela LDB de 1996 gerou uma limitação latente no poder dos professores na organização de suas aulas, bem como seu poder criação, de adaptações metodológicas e escola de materiais didáticos, diante de uma avaliação externa deixada ao cargo de gestores empresariais. Fatídica é a previsão de uma introjeção do capitalismo como uma religião por Max Webber e Walter Benjamin, haja visto a tendência a uma modernização desenfreada que torna o educando dependente de uma aquisição continua de por novas tecnologias, similar aos moldes catedráticos de outrora de ensino histórico. Assim, evidencia-se uma educação submetida quase que completamente a construção de identidades integrantes do mundo globalizado, diluindo assim todas as diferenças num perigoso e conveniente amalgama de avaliação internacional. Portanto, a formação da futura geração de educandos tende a se basear numa aprendizagem eletrônica, numa organização pedagógica que busca elevar o capital humano ao status do capital financeiro. Estratégica é a lógica de controle de currículos pelo mercado, deixando a organização do ensino histórico nas mãos de empresas internacionais e por sistemas avaliativos que passam longe do controle pelas mãos dos professores. Assim, tal perspectiva nos leva a um retorno dos métodos instrucionais catedráticos, porém agora mais disfarçados ao olhar ligeiro pela miríade de cores de um sistema que se propõem como livre, mas que homogeneíza tudo a um pensamento prático de mercado e lucro, buscando apenas preencher um eterno mercado de trabalho, despido de questionamentos que não façam com que a máquina neoliberal gire mais rápido.