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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Arquitetura e Urbanismo - 2° Período

Disciplina: História da arquitetura, da arte e da cidade II

Professora Denise Bahia

Naiara Melo Moreira Borges de Rezende

ESTUDO DIRIGIDO

Fichamento do texto Ecletismo em Minas Gerais

BELO HORIZONTE

2020
FICHAMENTO
O ECLETISMO EM MINAS GERAIS: BELO HORIZONTE 1894-1930
Naiara Melo Moreira Borges de Rezende

Obra: SALGUEIRO, Heliana Angotti. O Ecletismo em Minas Gerais: Belo Horizonte


1894-1930. FABRIS, Annateresa. Ecletismo na arquitetura brasileira. São Paulo:
Nobel, Editora da Universidade de São Paulo, 1988.

Resumo:

O texto conta sobre o surgimento da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. As


circunstâncias as quais levaram a mudança de capital, como foi o planejamento da
cidade, as dificuldades para a construção e os problemas urbanos que apareceram
ao longo do caminho. Além disso a autora traz as características e inspirações
arquitetônicas que foram utilizadas para criar a cidade e como algumas delas não se
adaptaram muito bem a topografia do local escolhido para a nova capital de Minas
Gerais.
Na introdução é mostrado um conceito geral do que é o Ecletismo e conta um pouco
fazendo uma apresentação da história de Minas Gerais e de Belo Horizonte. Depois
a autora apresenta os problemas relacionados a topografia da Serra do Curral Del
Rey e em relação ao planejamento, a construção e o processo de urbanização. Por
fim traz as características dos estilos arquitetônicos englobados nos edifícios e as
inspirações que levaram a construção.

Objetivo Geral:

O objetivo geral do texto lido é mostrar um pouco do processo de criação da cidade


de Belo Horizonte e os vários estilos arquitetônicos e características foram
englobadas nela, ou seja, o ecletismo em BH, também mostrar alguns dos problemas
que surgiram na construção e na urbanização da cidade.

Citações:

Página 106 Minas Gerais são muitas neste momento. Englobá-las numa só,
definindo-as genericamente, não é nossa proposta de trabalho.
Página 106 [...]o Ecletismo não é o “pastiche” gratuito e aleatório, mas a opção
consciente pela diversidade de linguagens coerentes com a
destinação dos edifícios, tanto dos de caráter oficial e utilitário,
quanto dos particulares.
Página 107 [...] A disseminação dos “estilos históricos” em cidade oficialmente
criada, sugere questões do maior interesse, apenas esboçadas
nesse trabalho, especialmente aquelas que referentes ao
confronto das obras e seus princípios, à compreensão do
imaginário e cotidiano de sua clientela, à consciência da
modernidade demais relações que presidem as encomendas,
além dos mecanismos de transplantação de modelos formais
europeus. Estas e outras indagações passam a ser objeto de uma
pesquisa mais aprofundada em vias de ser feita.
Página 107 A história da arquitetura de Belo Horizonte pode ser periodizada
grosso modo em duas etapas: de 1894 a 1914 - fase da
“Construção” - e de 1918 a 1930 – fase da “Consolidação” [...]
Página 108 E, na classificação, devemos deixar de lado os rótulos
generalizadores de estilo, desenvolvendo leituras mais prudentes
da arquitetura de uma época, que embora tão próxima de nós, vem
desaparecendo sem ser sequer estudada. [...]
Página 109 Curral d‘EL Rey mantem a fisionomias baixa típica dos demais
arraiais mineiros: casas baixas “quase todas de construção vulgar,
com paredes de barro, adobe ou taipa (...) destacando-se raras de
estylo propriamente colonial; agora, todas condenadas a
desaparecer, para dar lugar a “palácios, parques e avenidas (...) e
tudo quanto pode constituir o orgulho de uma cidade moderna e
adeantada.
Página 110 O processo de s e instalar é fenômeno bem conhecido: a paisagem
se transforma com a destruição das antigas estruturas rurais,
primeiro passo para organização capitalista urbana que planeja
moradias setorizadas; segue-se a ruptura da ligação física entre o
habitat e o trabalho, pela demarcação funcional das edificações no
projeto da cidade nova.
Página 111 [...] este modelo: planificação da paisagem, prevendo espaços
hierarquicamente definidos e ordenação arquitetônica de obras
bem situadas; adequação do aspecto funcional dos monumentos
públicos, dispostos a partir de um centro político e monumental;
proporções dos quarteirões e das grandes vias de comunicação,
articuladas com vastas esplanadas e parques de lazer.
Página 112 [...] Vasconcellos observa, ainda em 1947, que estas áreas
perdidas nos miolos das quadras poderiam ter sido transformadas
em praças e playgrounds internos dessas mesmas quadras, “se
aqui fosse outra terra onde a solidariedade humana tendesse ao
cooperativismo”.
Página 112 [...] Na pratica revelam-se as contradições e a utopia da cidade
ideal, sonhada pelos republicanos. A instituição de uma arquitetura
de setores hierarquizados no plácido arraial pressagia os
subúrbios miseráveis que cercam hoje as cidades brasileiras.
Página 114 [...] Em Belo Horizonte, as denominações tradicionais são trocadas
por “nomes de Estados e Rios do Brasil, tribos indígenas, vultos da
história e datas celebres da Nação, no intuito patriótico de recordar
homens e coisas cujo culto deve viver com veneração na grande
alma do povo e cujo conhecimento constitui uma verdadeira escola
pratica popular. [...]
Página 120 As lacunas documentais, o estágio dos levantamentos
mencionados na Introdução deste capitulo e a própria natureza
diversificada da arte no século XIX impedem agrupamentos
sistemáticos e periodização exata. Fica assim definitivamente
anulada a convencional concepção de uma história estanque de
estilos, classificados como sucessivos e bem diferenciados;
afirma-se “uma linguagem ao mesmo tempo clássica e romântica,
idealista e realista, impressionista e pompier”.
Página 122 As casas-tipo da Comissão Construtora se hierarquizam de A e F,
sendo a primeira destinada aos “porteiros, contínuos e serventes”,
a última aos “desembargadores ou diretores” e as intermediarias
“as demais” e as intermediarias “às demais classes de servidores”.

Comentários:

Diante do texto apresentando, observa se que o processo da construção de Belo


Horizonte teve vários momentos e através das pesquisas apresentadas foi possível
analisar a formação do projeto e observa os problemas que apareceram. Tal analise
é de suma importância para que nos cidadãos e arquitetos tenhamos conhecimento
sobre o contexto histórico sobre como as nossas cidades foram constituídas e de
onde surgiram os elementos que se adaptaram ao Brasil de maneira positiva e
aqueles que afetaram de forma negativa.

Opinião do Leitor:

As informações obtidas através de textos históricos e pesquisas apresentadas na


obra “O Ecletismo em Minas Gerais: Belo Horizonte 1894-1830" são essências para
o estudo da formação da cidade e também pra ao observarmos as características
positivas e negativas do ecletismo apresentado.
Belo Horizonte uma cidade planejada que no papel era perfeita, mas alguns
pontos em sua construção como a topografia e as questões sociais forma deixadas
de lado o que prejudicou as obras e a urbanização pôs a sua inauguração
contribuindo para o crescimento desordenado ao redor do centro.
Além desses aspectos também vimos características de alguns edifícios pela
cidade e como as diversas influencias históricas da época influenciaram nesse
caráter de querer modernizar as cidades e criar uma capital republicana.

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