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Sumário

LEI Nº 5.553/68 – APRESENTAÇÃO E USO DE DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL........ 9


LEI Nº 7.716/89 – CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO DE RAÇA OU COR .................19
LEI Nº 8.069/90 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE........................................41
LEI Nº 8.072/90 – CRIMES HEDIONDOS ..........................................................................131
LEI Nº 9.099/95 – JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS ........................................................175
LEI Nº 9.296/96 – INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA ............................................................231
LEI Nº 9.455/97 – LEI DE TORTURA .................................................................................275
LEI Nº 9.503/97 – CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO.....................................................305
LEI Nº 9.605/98 – CRIMES AMBIENTAIS ..........................................................................337
LEI Nº 9.613/98 – LAVAGEM DE CAPITAIS.......................................................................415
LEI Nº 10.826/03 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO ......................................................469
LEI Nº 11.340/06 – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER ................531
LEI Nº 11.343/06 – LEI ANTIDROGAS ..............................................................................579
LEI Nº 12.850/13 – ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS ..........................................................647
LEI Nº 13.869/19 – ABUSO DE AUTORIDADE ...................................................................733
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................................791
LEI Nº 5.553/68 – APRESENTAÇÃO E USO DE
DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL
1. INTRODUÇÃO
A Lei nº 5.553/68 possui apenas três artigos que são relevantes para concursos, além
de não haver controvérsias doutrinárias ou jurisprudenciais. Assim, uma leitura atenta
da legislação, acrescida dos comentários e contextualizações a seguir, será suficiente para
o êxito em provas de concursos.
De antemão, saiba que o art. 1º define a conduta de retenção ilícita de determina-
dos documentos. O art. 2º traz algumas exceções, de retenção lícita desses documentos.
O art. 3º define a infração penal (contravenção penal) objeto da Lei. Vejamos cada um
dos dispositivos.

2. ARTIGOS DA LEI
2.1 ART. 1º BEM JURÍDICO E OBJETO MATERIAL
Art. 1º A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de direito
público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento de identificação
pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma, inclusive
comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira profissional,
certidão de registro de nascimento, certidão de casamento, comprovante de naturali-
zação e carteira de identidade de estrangeiro.
Bem jurídico. Esse dispositivo traz a regra geral da lei em estudo, que é a proi-
bição da retenção de documento de identificação pessoal e similares (original e cópia
autenticada), por parte de qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica (de direito público
ou privado). O bem jurídico protegido, ou seja, o valor fundamental que a norma pre-
tende resguardar é o direito de todo cidadão de ter consigo seus documentos pessoais
e similares, listados na Lei.
Ex. 1: Você comparece a uma Delegacia de Polícia para ser ouvido como testemunha
em Inquérito Policial. Lá chegando, a Autoridade Policial pede que lhe apresente
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a carteira de identidade, retendo-a em seguida, sem que haja ordem judicial ou


justo motivo. Você vai embora da instituição e sua carteira de identidade fica na
posse do Delegado. No dia seguinte, liga na Delegacia e argumenta que precisa do
documento, solicitando a sua devolução. O Policial que lhe atendeu diz que poderá
busca-lo apenas depois de 30 dias, pois antes desse prazo o documento ficará retido.
Essa conduta é vedada!
Ex. 2: Você, concurseiro, dirige-se a uma biblioteca pública da sua cidade com o
objetivo de estudar em um lugar tranquilo, durante o dia. Chegando lá, o servidor
da portaria exige que deixe seu documento de identidade com ele, como condição
de ingresso e permanência na sala de estudos da referida biblioteca. Essa conduta
é vedada!
Objeto Material. Para total compreensão do dispositivo, precisamos saber qual o
objeto material da Lei, ou seja, sobre o que recairá a conduta do agente. Primeiramente,
a Lei estabelece genericamente: “qualquer documento de identificação pessoal”. O legis-
lador não especificou aqui qual o tipo de documento, portanto prevalece que será objeto
material qualquer um que possa ser usado para identificação da pessoa. São exemplos:
RG, CPF, Carteira de Registro Profissional (OAB; CRM; CRC etc.).
Existe discussão se a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) poderia ser en-
quadrada como objeto material, haja vista que não é citada expressamente no art. 1º.
A melhor doutrina entende que sim, pois o art. 159 da Lei nº 9.503/97 (Código de
Trânsito Brasileiro) estabelece ser ela equivalente ao documento de identidade em todo
o território nacional.
Posteriormente, o art. 1º elenca um rol de outros documentos que poderão ser
objeto material da Lei. Nesse ponto, como o legislador apontou quais documentos, serão
apenas os ali listados, a saber:
» Comprovante de quitação com o serviço militar;
» Título de eleitor;
» Carteira profissional;
» Certidão de registro de nascimento;
» Certidão de casamento;
» Comprovante de naturalização;
» Carteira de identidade de estrangeiro.
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Veja como foi cobrado:

(2017 – Ibade – PC/AC – Escrivão de Polícia Civil – Adaptada) O comprovante de


naturalização e carteira de identidade de estrangeiro não são considerados documentos
de identificação pessoal englobados pela lei.

( ) Certo ( ) Errado

Tais documentos contam do rol previsto no art. 1º da Lei nº 5.553/68, portanto serão
considerados como documentos de identificação pessoal para fins da mencionada lei.
Gabarito: Errado.

Por fim, acrescentamos que o art. 1º ainda estabelece que os documentos citados
não poderão ser retidos nem em seus originais nem em fotocópia autenticada ou públi-
ca-forma. Fotocópia autenticada ou pública-forma são sinônimos, consistentes na cópia
autêntica de um documento, feita e reconhecida por um tabelião, podendo substituir o
original.

Art. 1º Vedação da retenção dos seguintes documentos


(Originais ou cópias autenticadas):

• comprovante de quitação do serviço


militar;
• título de eleitor;
• carteira profissional;
Identificação pessoal
• certidão de registro de nascimento;
(RG, CPF, CNH etc.)
• certidão de casamento;
• comprovante de naturalização;
• carteira de identidade de
estrangeiro.

2.2 ART. 2º RETENÇÃO/ANOTAÇÃO LÍCITA


Art. 2º Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação
de documento de identificação, a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo
de até 5 (cinco) dias, os dados que interessarem devolvendo em seguida o documento
ao seu exibidor.
§1º Além do prazo previsto neste artigo, somente por ordem judicial poderá ser retido
qualquer documento de identificação pessoal.
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§2º Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de pessoa


em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no ato e devolvido o
documento imediatamente ao interessado.
O art. 2º traz algumas exceções nas quais a retenção de documento será considerada
lícita, válida, mas desde que realizada de acordo com o previsto no dispositivo. Assim,
no art. 1º aprendemos que a retenção de determinados documentos, por pessoa física ou
jurídica, é ilícita. Porém o art. 2º vai flexibilizar essa proibição, trazendo hipóteses em
que a retenção ou anotação desses documentos listados no art. 1º será aceita.

Veja como foi cobrado:

(2017 – Ibade – PC/AC – Escrivão de Polícia Civil – Adaptada) Somente por or-
dem da autoridade policial ou judiciária poderá ser retido qualquer documento de
identificação pessoal.

( ) Certo ( ) Errado

A regra é que nenhum documento poderá ser retido, com exceção das hipóteses do
art. 2º. Obviamente que, diante de ordem judicial, a retenção também será possível.
O erro da questão foi mencionar genericamente que a ordem da autoridade policial
legitimaria a retenção, o que não é verdade. Gabarito: Errado.

Extração de dados (art. 2º, caput e §1º). Primeiramente, quando estivermos diante
da realização de um ato que exija a apresentação de documento de identificação, será lícito
ao exigente reter o documento por até 5 dias, para extrair os dados que interessarem,
devolvendo, no prazo mencionado, o documento ao seu exibidor. Portanto, aqui temos o
procedimento para a extração de dados.
É possível estender esse prazo? Ou seja, a retenção do documento por um prazo
maior do que 5 dias? Somente com ordem judicial, a qual deverá fundamentar o motivo
da extensão. Nas palavras de Andreucci:
[…] deve, nesse caso, a autoridade judiciária fundamentar sua exigência, que, em
regra, ocorre no curso de investigação criminal, processo judicial (cível ou criminal),
ou em qualquer outra situação, amparada por lei, em que se faça necessária a re-
tenção de um documento de identificação pessoal. Ex.: retenção de passaporte de um
acusado em liberdade provisória, com o fito de que não se ausente do país, frustrando
a instrução criminal1.

1 ANDREUCCI, 2019. p. 54.


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Veja como foi cobrado:

(2017 – Ibade – PC/AC – Escrivão de Polícia Civil – Adaptada) Quando, para a rea-
lização de determinado ato, for exigida a apresentação de documento de identificação,
a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até 10 (dez) dias, os dados que
interessarem devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor.

( ) Certo ( ) Errado

Temos aqui a exigência de apresentação do documento de identificação para a reali-


zação de determinado ato, ou seja, uma das hipóteses de retenção lícita (extração de
dados). Contudo, conforme art. 2º, caput, a extração deverá ser realizada em até 5 dias
(e não “10”), devolvendo em seguida o documento. Gabarito: Errado.

Veja como foi cobrado:

(2012 – Funiversa – Detran/DF – Agente de Trânsito – Adaptada) Quando, para a


realização de determinado ato, for exigida a apresentação de documento de identifi-
cação, a pessoa responsável pela exigência fará extrair, no prazo de até cinco dias, os
dados que interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor.

( ) Certo ( ) Errado

Esse é o teor do art. 2º, caput, da Lei nº 5.553/68 (extração de dados). Gabarito: Certo.

Anotação de dados (art. 2º, §2º). Por fim, temos a situação do documento de
identidade ser indispensável para a entrada de pessoas em órgãos públicos ou particulares.
Ex.: Você quer visitar o Supremo Tribunal Federal em Brasília. Entra no site do
Tribunal e agenda uma data para visitação. Quando chegar lá, logo na entrada, os
servidores da segurança patrimonial exigirão seu documento de identificação, a fim
de realizarem um cadastro prévio, possibilitando, a partir daí, o seu acesso ao prédio.
Nesse caso, como vimos no exemplo, o procedimento a ser adotado é a anotação
dos dados seguida da devolução imediata do documento ao proprietário. Portanto, aqui
temos o procedimento para tão somente anotação de dados. Nos valendo novamente
dos ensinamentos de Andreucci: “as expressões “no ato” e “imediatamente” indicam que
a anotação dos dados necessários e a devolução do documento ao interessando devem se
dar sem procrastinação ou qualquer outro tipo de retardamento”2.

2 ANDREUCCI, 2019. p. 54.


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Veja como foi cobrado:

(2017 – Ibade – PC/AC – Escrivão de Polícia Civil – Adaptada) Quando o docu-


mento de identidade for indispensável para a entrada de pessoa em órgãos públicos
ou particulares, serão seus dados anotados no ato e devolvido o documento imedia-
tamente ao interessado.

( ) Certo ( ) Errado

Temos aqui a hipótese de exigência do documento para a entrada em órgãos públicos


ou particulares, ou seja, estamos diante de uma das hipóteses de retenção lícita (art.
2º, §2º): o procedimento de anotação de dados. Nesse caso, a PJ ou PF irá anotar os
dados e devolver imediatamente o documento ao cidadão. Gabarito: Certo.

Veja como foi cobrado:

(2012 – FCC – TRF/2ª Região – Técnico Judiciário – Adaptada) Josimar pretende


entrar em prédio público, em que é indispensável a apresentação de documento de
identidade e exibe ao funcionário responsável sua carteira profissional. Nesse caso, o
funcionário deverá reter o documento do interessado durante todo o período em que
estiver no interior do prédio.

( ) Certo ( ) Errado

Aqui temos o procedimento de anotação de dados (art. 2º, §2º) e, nesse caso, o fun-
cionário deverá anotar os dados e devolver imediatamente o documento a Josimar.
Gabarito: Errado.

Veja como foi cobrado:

(2012 – FCC – TRF/2ª Região – Técnico Judiciário – Adaptada) Josimar pretende


entrar em prédio público, em que é indispensável a apresentação de documento de
identidade e exibe ao funcionário responsável sua carteira profissional. Nesse caso, o
funcionário deverá anotar seus dados no ato e devolver imediatamente o documento
ao interessado.

( ) Certo ( ) Errado

Procedimento correto! Esse é o teor do art. 2º, §2º da Lei nº 5.553/68. Gabarito: Certo.
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Em regra, é vedada a retenção dos documentos previstos no art. 1º, salvo nas
hipóteses e termos do art. 2º, quando:

Para a realização de determinado O documento de identificação for


ato, for exigida a apresentação de indispensável para a entrada de pessoa
documento de identificação. em órgãos públicos ou particulares.

Extração de dados.
Anotação de dados.
Devolução não imediata (prazo: até 5
Devolução imediata.
dias.).

2.3 ART. 3º INFRAÇÃO PENAL


Art. 3. Constitui Contravenção Penal, punível com pena de prisão simples de 1
(um) a 3 (três) meses ou multa de NCR$ 0,50 (cinquenta centavos) a NCR$ 3,00
(três cruzeiros novos), a retenção de qualquer documento a que se refere esta Lei.
Contravenção Penal. O art. 3º pune a conduta de reter qualquer documento
previsto na Lei (aqueles já estudados no art. 1º). A pena será de prisão simples (de 1 a
3 meses) ou multa.
Estamos diante de contravenção penal (uma das espécies de infração penal, ao
lado dos crimes). É muito importante que o futuro aprovado se lembre que na Lei nº
5.553/68 não há a previsão de “crime”, mas apenas (repetimos) de contravenção penal.

Veja como foi cobrado:

(2017 – Ibade – PC/AC – Agente de Polícia Civil – Adaptada) Constitui crime a


retenção de qualquer documento de identificação pessoal.

( ) Certo ( ) Errado

Não se trata de crime, mas sim de contravenção penal (art. 3º). Gabarito: Errado.

Consumação e tentativa. A infração penal se consuma no momento em que houver


a retenção ilícita do objeto material. A tentativa não é possível3.
Elemento subjetivo e ação penal. O elemento subjetivo é o dolo. A ação penal
será pública incondicionada.

3 Alguns doutrinadores observam que o art. 4º do Decreto-Lei nº 3.688/41 (Contravenções Penais) não proíbe a tentativa
em Contravenções Penais, mas apenas estabelece que ela não será punida.
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Veja como foi cobrado:

(2016 – Cespe/Cebraspe – PC/GO – Conhecimentos Básicos – Adaptada) Pedro,


maior e capaz, compareceu a uma delegacia de polícia para ser ouvido como testemu-
nha em IP. Todavia, quando Pedro apresentou sua carteira de identidade, a autoridade
policial a reteve e, sem justo motivo nem ordem judicial, permaneceu com tal docu-
mento durante quinze dias. Nessa situação hipotética, a atitude da autoridade policial
constituiu crime punível com multa.

( ) Certo ( ) Errado

Repetimos, se atente para o fato da Lei nº 5.553/68 não trazer nenhum crime em seu
texto, de forma que a conduta narrada configura a contravenção penal prevista no art.
3º da Lei. Gabarito: Errado.

Sujeito Ativo. Quem poderá ser sujeito ativo da infração penal de retenção de
documento? Qualquer pessoa (contravenção penal comum). Ex.: porteiro de um prédio;
funcionário público de um órgão governamental; empregado de uma empresa privada.
Sujeito Passivo. Aquele que tiver o seu documento retido indevidamente.
Art. 3º. [...]
Parágrafo único. Quando a infração for praticada por preposto ou agente de pessoa
jurídica, considerar-se-á responsável quem houver ordenado o ato que ensejou a re-
tenção, a menos que haja, pelo executante, desobediência ou inobservância de ordens
ou instruções expressas, quando, então, será este o infrator.
Parágrafo único. Quando a retenção for praticada por preposto ou agente de
pessoa jurídica será responsável quem tiver ordenado o ato de retenção, a não ser que
o preposto/agente retenha o documento por conta própria, desobedecendo ou deixan-
do de observar instruções expressas (nesse caso, ele é quem será responsabilizado pela
contravenção).
No exemplo da biblioteca, mencionado nos comentários do art. 1º, imagine que o
servidor da portaria reteve o documento por ordem expressa do diretor daquele órgão.
Nessa situação, quem responderá pela infração penal é o diretor e não o porteiro (hipótese
de autoria mediata).

Contravenção Penal

Retenção de qualquer documento a que


Prisão simples (1 a 3 meses) ou multa.
se refere esta Lei (art. 1º).
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Veja como foi cobrado:

(2016 – Cespe/Cebraspe – Polícia Científica/PE – Auxiliar de Perito – Adaptada)


Jorge, maior e capaz, pequeno empresário, contratou Lucas como empregado em sua
empresa e, sem justo motivo, retém em seu poder, há já mais de cinco dias, o compro-
vante de quitação de Lucas com o serviço militar.
Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei nº 5.553/1968, a retenção, sem justo
motivo, do comprovante de quitação de serviço militar será enquadrada como con-
travenção penal punível com prisão simples ou multa.

( ) Certo ( ) Errado

Perceba que o comprovante de quitação com o serviço militar é documento listado no


art. 1º, portanto objeto material da Lei, o qual uma vez retido ilicitamente caracterizará
contravenção penal punível com prisão simples ou multa (art. 3º). Gabarito: Certo.

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