com
PREFÁCIO
Técnico de Operação
Cleuber Pozes Valadão – 155349-0
UN-RIO/ATP-MLS/TBM – jm66
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TURBOCOMPRESSORES
INTRODUÇÃO
- HISPANO / DEMAG
- NUOVO PIGNONE
- DRESSER / CLARCK
- COOPER- ROLLS / DEMAG
- SOLAR CENTAUR
- SOLAR MARS / ELLIOT
- SOLAR TAURUS / DRESSER
- GE / NUOVO PIGNONE
TERMODINÂMICA BÁSICA
1.1 - Termodinâmica básica
UN-RIO / ATP-MLS / TBM – COMPRESSORES CENTRÍFUGOS 2
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Para uma perfeita compreensão do princípio de funcionamento, definiremos, a
seguir, alguns conceitos de termodinâmica básica:
Grandezas
VELOCIDADE - É uma grandeza que corresponde à relação entre o espaço
percorrido e tempo gasto para percorrê-lo. É dividida em velocidade escalar e
vetorial. A escalar expressa o valor, enquanto a vetorial expressa o valor e o
sentido.
∆e
v=
r
∆t
ACELERAÇÃO - É a grandeza vetorial que corresponde à variação da
velocidade no tempo.
r ∆v
a = ∆t
TEMPERATURA - É a sensação de quente ou frio. Representa o grau de
agitação das moléculas.
MASSA - É a quantidade de matéria.
IMPULSO - É o produto da massa pela velocidade. É a propriedade de um
corpo em movimento que determina o período de tempo requerido para trazê-lo à
condição de repouso sob ação de uma força constante.
FORÇA - É um agente capaz de produzir ou cessar um movimento.
PRESSÃO
Também pode -ser
É adefinida
relaçãocomo
entresendo
uma força e a área
o número na qualdas
de choques elamoléculas
está atuando.
nas
paredes de um recipiente por unidade de tempo.
Leis de Newton
1°.LEI - Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, um corpo em
movimento tende a permanecer em movimento.
A resultante de forças em um corpo é igual a zero (zero) quando o corpo
estiver em repouso ou em movimento retilíneo uniforme.
2°.LEIda- Aforça
mesma forçaaplicada
agindo sobre
e suaum corpo produz
amplitude uma aceleração
é proporcional à força cuja direção é a
e inversamente
proporcional a massa do corpo.
r
F
=
r
a
m
3° .LEI- A toda ação corresponde uma reação, igual, mas oposta.
Energia
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É a capacidade de realizar trabalho. Divide-se em energia cinética e energia
potencial.
ENERGIA CINÉTICA (Ev) - É a energia que um corpo possui quando em
movimento.
ENERGIA POTENCIAL DE ALTURA (Eh) - É a energia que um corpo possui
em função da altura em que ele se encontra.
ENERGIA POTENCIAL DE PRESSÃO (Ep) - É a energia que um fluido possui
quando submetido a uma pressão.
ENERGIA INTERNA (u) - É a energia potencial do fluido associada a sua
temperatura.
TRABALHO (W) - É a energia associada ao deslocamento de uma partícula.
Todo deslocamento de um corpo necessita de trabalho para se realizar.
CALOR (Q) - Energia térmica em trânsito no sentido da maior para menor
temperatura.
ENTALPIA (h) - É o nível energético em que um fluido se encontra. Podemos
dizer que é a soma da energia de pressão com a energia interna.
ENTROPIA (S) - É uma variável matemática que expressa a energia
relacionada ao grau de afastamento em que um processo se realiza em
comparação a idealidade.
Propriedades do Fluído
m
ρ =
v
Z = V r
Vi
CALOR ESPECÍFICO (c) - É o coeficiente que indica o grau de dificuldade de
otroca
térmica. É oPara
calora água,
necessário para que umégrama
C para 15,5 oC. o calor específico 1 cal/gdeoC.um fluido varie de 14,5
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Para o gás, têm-se dois calores específicos:
- Calor específico a volume constante (cv) - É o calor necessário para que um
grama de um gás varie 1°C, mantendo seu volume constante.
- Calor específico à pressão constante (cp) - É o calor necessário para que um
grama de um gás varie 1°C, mantendo sua pressão constante.
Ao se aquecer um gás a volume constante a temperatura sobe mais rápido do
que a pressão constante, pois neste caso, além da temperatura subir, uma parte
do calor cedido é transformado em trabalho no deslocamento das moléculas para
se manter a pressão. Com isso a variação de temperatura é menor. Sendo assim
o calor necessário para aquecer um gás a pressão constante é maior do que a
volume constante.
C p > C v
c p
k =
cv
NOTA
As propriedades do fluido se alteram ao serem alteradas as condições
de pressão e temperatura, sendo que o peso molecular é o único que não
se altera.
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Para obtermos uma equação temos que utilizar uma constante para correção
das unidades, é a constante universal dos gases (R), que possui vários valores, a
depender das unidades utilizadas.
n. R. T
P = V ⇔ P.V = n. R. T
NOTA
As unidades de pressão e temperatura utilizadas devem estar em valores
absolutos.
.
Equação da continuidade
A vazão de um fluido em escoamento é o produto da seção transversal (S) com
a velocidade do fluido (v).
Q = ρ . S . v
Com base nesta equação podemos concluir que para uma vazão constante, se
ocorrer uma redução da seção transversal a velocidade é aumentada e vice-
versa.
Leis da termodinâmica
1° LEI DA TERMODINÂMICA
Retrata a conservação da energia, onde fica esclarecido que a energia total do
fluido não se altera sem interação com o meio. E o meio somente interage com o
sistema (fluido) através do calor ou trabalho. Podemos dizer, que ao se aquecer
um fluido e o mesmo realizar trabalho (está recebendo calor e cedendo trabalho) a
diferença entre o calor recebido e o trabalho cedido é a variação da energia total
do fluido. É o que fica efetivamente com o fluido.
Q +W = Et 2 − Et 1
Sendo
Et = Ep+ Ev+ u+ Eh
Como exemplo temos, que, ao se aquecer isobaricamente o gás num cilindro, a
temperatura irá aumentar e o gás irá se expandir realizando trabalho ao deslocar
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o êmbolo. A diferença entre o calor recebido e o trabalho realizado pelo gás é a
variação da energia total do gás.
2° LEI DA TERMODINÂMICA
Retrata
extrair a existência
trabalho de uma da máquina
máquina térmica, onde uma
que possua fica estabelecido
fonte quenteque se(pode
alta
temperatura ) e uma fonte fria ( baixa temperatura ). Quanto maior a diferença de
temperatura entre as duas fontes, maior será o trabalho extraído.
Q = ρ . S . v
Para líquidos ρ varia pouco e como S foi reduzida, a velocidade é aumentada,
pois a vazão é constante.
• Concluímos que:
• Ep diminui, ou seja, a pressão cai.
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Processo de compressão
Existem várias formas de se aumentar a pressão de um fluido através de uma
compressão:
• Isotérmica.
• Com resfriamento.
• Adiabática.
• Politrópica.
Analisaremos esses processos com auxílio dos gráficos P x V e T x S abaixo.
Fig. 4 - Gráficos P x V e T x S
No gráfico P x V é verificado o aumento da pressão com a queda do volume
específico, e no gráfico T x S é verificado a compressão com o aumento da
temperatura.
O processo 1-2 representa a compressão isotérmica, onde no gráfico T x S
verifica-se que a temperatura é constante. Este processo só é possível em
laboratório, efetuando-se
menor trabalho para seruma compressão
realizado, pois lenta. É o processo
somente a energiaque
dedemanda
pressão deé
aumentada.
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O processo 1-3 é uma compressão rápida com resfriamento. É empregada nos
compressores alternativos, onde por meio de resfriamento dos cilindros se
consegue reduzir o trabalho necessário para compressão.
O processo 1-4 é uma compressão adiabática ou isentrópica. É a empregada
para compressores dinâmicos (centrífugos e axiais). Na prática esses
compressores
inevitavelmente,efetuam o processo 1-5, que é politrópico, pois a entropia,
é aumentada.
COMPRESSOR
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- Eficiência
- Intensidade dos esforços
Existem vários tipos de compressores, diferenciados para suas aplicações em
função dos parâmetros envolvidos, que são:
COMPRESSORES
VOLUMÉTRICOS DINÂMICOS
PALHETAS/PARAFUSOS/LÓBULOS
COMPRESSORES VOLUMÉTRICOS
COMPRESSORES DINÂMICOS
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velocidade de um fluxo continuo de gás.
São indicados para a movimentação de grandes volumes, a baixa ou média
razão de compressão (relação entre a pressão de descarga e a pressão de
sucção).
Operam a alta rotação e são geralmente acionados por motores elétricos ou
turbinas a gás.
Existem somente dois tipos de compressores dinâmicos: os centrífugos e os
axiais, ambos rotativos.
COMPRESSORES CENTRIFUGOS
1 - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
1.1 - Generalidades
Compressores centrífugos, também chamados de radiais possuem um
impelidor (ou uma série de impelidores) montado em um eixo e dotado de
palhetas que se dispõem na direção do raio do impelidor, geralmente encurvadas
no sentido inverso ao da rotação do eixo.
Sob o efeito da rotação, forma-se uma corrente de gás que é aspirado pela
parte central do impelidor e projetado para a periferia, na direção do raio, pela
ação da força centrífuga, alcançando os difusores.
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Os difusores são um conjunto de condutos estacionários, que envolvem o rotor
e conduzem o gás em uma trajetória radial e espiral para a periferia. Dessa
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maneira a área de passagem é aumentada gradativamente, pois o escoamento é
de dentro para fora, fazendo com que o gás ao atravessá-lo sofra uma
desaceleração, de que resulta um aumento de pressão (efeito difusor).
O efeito dos difusores é oposto ao dos bocais e orifícios como os dos
medidores de fluxo, que provocam uma queda de pressão do gás ao passar pela
restrição, em virtude do aumento da velocidade de fluxo.
Os difusores constam geralmente: do difusor principal, situado logo em seguida
ao impelidor, dos diafragmas, que nos compressores de mais de um estágio
dirigem o gás axialmente para o olhal da parte central do impelidor seguinte e da
voluta, de forma espiral, que no último estágio orienta o gás para a tubulação de
descarga.
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Os compressores, a cada rotação corresponde um limite de redução da vazão,
abaixo do qual a operação se torna instável, apresentando vibrações e ruído
característico ("surging" ou "pumping").
Na figura abaixo temos um esquema que procura ilustrar a trajetória do gás no
interior de um compressor centrífugo de múltiplos estágios.
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A carcaça nada mais é do que uma “casca” envoltória para o compressor, na
qual são inseridas peças semicirculares denominadas diafragmas, os difusores
são formados pelas superfícies laterais de cada par de diafragmas vizinhos. As
curvas de retorno são efetuadas nos espaços existentes entre a borda dos
diafragmas e a carcaça, enquanto os canais de retorno ocupam propriamente o
interior dos diafragmas.
Na circunferência interna dos diafragmas são instalados anéis de pás guias.
São conjuntos de pás fixas que captam, através de sua periferia, o escoamento
proveniente dos canais de retorno, defletindo-o de maneira suave para a direção
axial.
O eixo do compressor e os diversos impelidores que lhe são acoplados
constituem a parte móvel da máquina, denominada conjunto rotativo e ilustrado
abaixo.
1.2 - MANCAIS
RADIAIS
O conjunto rotativo é sustentado nas duas extremidades por mancais radiais do
tipo de deslizamento. Há duas configurações usadas: tipo “limão” e “segmentado”.
Devido aos problemas de dinâmica do rotor, a seleção adequada do mancal se
torna de grande importância.
O tipo “limão” possui o corpo de aço de um revestimento interno (casquilho) de
metal macio, chamado “metal patente” ou “babbit”. O conjunto é bipartido para
facilitar a desmontagem.
Os mancais com pastilhas segmentadas, pivotadas assimetricamente,
externamente, formando um apoio oscilante contra a caixa do mancal, permitem
uma compensação para pequenos desvios angulares do rotor, além de
prevenirem a circulação da cunha de óleo ao redor do eixo fenômeno conhecido
como “instabilidade de óleo” que provoca falha dos mancais é vibração. É o tipo
mais usado para compressores de alta rotação (mais de 8000 RPM) ou
compressores onde a carga dos mancais é pequena ou quando comprimidos
gases de alto peso molecular. Modernamente, nas máquinas de grande porte, os
mancais com pastilhas segmentadas tem uso generalizado. As pastilhas são
feitas em aço revestidas internamente de “metal patente”. O conjunto é formado
por cinco pastilhas sendo arranjada tal que o eixo, quando estacionado, repousa
sobre uma delas, isto é, há duas pastilhas na metade superior e três na metade
inferior.
1- Corpo do mancal
2- Pastilha
3- Anel de retenção de óleo
4- Idem
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AXIAIS
O posicionamento axial do conjunto é mantido pelo mancal de escora ou
mancal axial.
um estojo O mancal
de aço, de para
bipartido escora é do tipo
permitir de deslizamento,
a desmontagem, sendo
provido formado por
internamente de
pastilhas pivotadas para tolerar pequenos desvios angulares. As pastilhas têm
revestimento, em sua face, de “metal patente”, uma liga metálica macia e de baixo
coeficiente de atrito.
Normalmente é usado mancal axial de dupla ação, ou seja, o colar axial, fixo ao
eixo, trabalha entre duas superfícies de empuxo axial nas partidas / paradas ou
quando o compressor, indevidamente, entre em surge. Na grande maioria dos
casos o mancal de escora é combinado com o mancal radial.
1- Corpo do mancal
2- Anel de retenção
3- Pastilhas do mancal axial
4- Anéis de apoio
5- Parafuso regulador
6- Anel de retenção do óleo
(anel radial)
7- Pastilhas do mancal radial
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SISTEMA DE SELAGEM
Esse sistema tem a finalidade de minimizar as fugas de gás interna e
externamente ao compressor, entre as partes rotativas e estacionárias do
compressor. As fugas internas proporcionam a queda de eficiência de
compressão devido à recirculação nos impelidores. As fugas externas podem
acarretar
fuga para desequilíbrio no pistão
a atmosfera local. de balanceamento,
Divide-se acessoede
em selagem interna gás nosexterna.
selagem mancais e
SELAGEM INTERNA
A selagem interna de um compressor centrífugo é usada nos pontos onde o
gás, procurando sempre as regiões de mais baixa pressão, tenta passar pelas
pequenas folgas entre o conjunto rotativo e as partes estacionárias. Assim são
montadas sobre o impelidor, na borda do olho (na sua face dianteira) e próximo ao
eixo, sobre o cubo (na face traseira).
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SELAGEM EXTERNA
- selo de labirintos
- selo de anéis de carvão
- selo de anéis flutuantes ou de filme de óleo
- selo mecânico
- selo seco ou a gás
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seguintes recursos:
- Uso de pistão ou tambor de balanceamento
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ACOPLAMENTOS
Os acoplamentos interconectam os vários estágios de um compressor entre si
e ao acionador.
Como normalmente o acionador e o compressor possuem seus próprios
mancais de encosto, devem-se usar acoplamentos flexíveis do tipo engrenagens
ou de lâminas flexíveis ou de diafragmas, para permitir a dilatação dos eixos com
o aumento da temperatura. Estes acoplamentos também toleram certa deflexão
angular e desalinhamento radial.
Antes da instalação dos acoplamentos é necessária a verificação do
alinhamento dos eixos a serem acoplados. Este alinhamento é feito com as
máquinas paradas (frias) e deve levar em conta que as máquinas sofrem
dilatações diferenciais quando em trabalho. Assim o processo deve ser feito de tal
forma a promover o alinhamento dos eixos com as máquinas em operação
(quentes).
Os acoplamentos de engrenagens são feitos com dentes convexos que
requerem
lubrificante.fabricação com precisão.
São compostos Necessitam
de dois cubos, que se suprimento
prendem àscontínuo
pontas dedeeixo
óleo
a
acoplar (presos por chavetas ou por interferência, quando são montadas as
quentes ou utilizando dilatação por meio hidráulicos), duas luvas e um carretel.
Os inconvenientes dos mancais flexíveis, principalmente os de engrenagens
(mais usados) são:
- Possibilidade de falha total, se houver falha de lubrificação;
- Problemas associados ao travamento dos dentes do acoplamento, fazendo
com que o esforço axial sobre os mancais de encosto seja aumentado. Isto se dá
devido à formação de “pitting” nos dentes das engrenagens.
Por esses
mercado inconvenientes
acoplamentos e considerando
flexíveis a dificuldade
para grandes potências de se encontrar
e rotações, no
alguns
fabricantes usam acoplamentos rígidos. Evidentemente, neste caso, haveria
somente um manual axial para todo o trem de máquinas, para permitir que o rotor
possa se dilatar em um sentido.
PLANTA DE PROCESSO
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Já quando as pressões do gás forem altas, este passará pelos tubos, devido
a considerações de resistência mecânica.
Os resfriadores são intercalados entre estágios de compressão e na descarga
do trem de compressão, sendo algumas vezes usados na sucção, a depender da
temperatura do gás. Após os trocadores são instalados vasos para remoção de
condensado (depuradores) que utilizam métodos inerciais (eliminadores de
névoa) para separação líquido-gás, controlando a umidade do gás comprimido.
Na parada do turbocompressor a planta de processo pode ficar pressurizada
ou despressurizada, de acordo com a classificação do evento que provocar a
parada, que pode ser os eventos associados à integridade dos equipamentos e
segurança operacional ou os associados somente a integridade do equipamento.
Como exemplo do primeiro caso temos a detecção de fogo, gás, falha no
sistema de selagem externa.
No caso de paradas proporcionadas pelos eventos associados ao primeiro
caso, a parada será despressurizada, sendo a planta de processo aliviada a
pressão através da abertura das válvulas automáticas de alívio para o flare
(BDV). Já para o segundo caso a planta permanecerá pressurizada.
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TERMODINÂMICA APLICADA
A compressão de um gás em um compressor centrífugo sem resfriamento
interno é um processo aproximadamente adiabático (sem troca de calor com o
meio). É desconsiderado o ganho de calor pelo gás devido as perdas internas,
como atrito e choques e a compressão pode ser analisada como um processo
ideal, adiabático e reversível, e portanto isentrópico.
Dessa maneira o trabalho por unidade de massa realizado pelo compressor
sobre o gás pode ser determinado aplicando-se a 1 a lei da termodinâmica.
Q+W = h2 − h1 ,
sendo Q= 0
resta W = h2 − h1
(H)Este trabalhoexpressar
e podemos por unidade
que:de massa entregue ao gás é denominado de “HEAD”
K −1
∆T = P
T2 − T 1 = 2
K
P 1
K −1
K P 2 K
H = . R. T 1 . − 1
K − 1 P 1
sendo k o coeficiente isentrópico.
Contudo as perdas acontecem, e a transformação sofrida pelo gás é
sensivelmente irreversível, diferente de uma isentrópica.
Para simplificar o tratamento teórico do problema, se supõe que o gás sofre
uma transformação reversível, com ganho de calor do meio, do tipo politrópico.
nn−1
P
. R. T 1 . 2 − 1
n
H =
n −1 P 1
sendo n o coeficiente politrópico.
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Essa expressão admite que o gás é perfeito e que esse head é o absorvido
pelo gás, pois o head cedido pelo compressor é maior e essa parcela a mais
equivale ao calor cedido ao gás durante o processo. Podemos resumir dizendo
que o head cedido pelo compressor é determinado pela variação de entalpia entre
os bocais de sucção e descarga e o head absorvido pelo gás é determinado pela
fórmula abaixo. A determinação da variação de entalpia é trabalhosa onde
envolve todos os componentes do gás.
Para a determinação do head politrópico do gás real deve-se compensar a não
idealidade do gás, utilizando-se o fator de compressibilidade "Z", que deve ser a
média aritmética dos fatores de compressibilidade da sucção e descarga. Então o
"HEAD" fica assim expresso:
n −1
H =
n
.
R P n Z Z
. T 1 2 − 1. 1+ 2
n − 1 PM P 1 2
R
lembrando que R = (constante molecular dos gases)
M (peso molecular)
A eficiência da compressão pode ser determinada através da relação entre o
head absorvido pelo gás e a sua variação de entalpia.
H
η =
∆h
Análise do Head em função das variáveis
Sendo o "HEAD" a energia por unidade de massa absorvida pelo gás durante o
processo de compressão no compressor centrífugo, vamos analisar essa energia
em função das alterações das variáveis, segundo o quadro abaixo:
RC aumenta TS , PM aumenta
RC diminui TS , PM diminui
PM aumenta TS , RC diminui
PM diminui TS , RC aumenta
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Exemplo: Simulamos um aumento da temperatura do gás na sucção do
compressor, mantendo-se constantes a razão de compressão e o peso molecular.
Observando-se a fórmula do "HEAD" vemos que o mesmo é diretamente
proporcional à temperatura de sucção, ou seja, se a temperatura de sucção sobe
e os demais parâmetros se mantém constante, a energia necessária para manter
o escoamento do gás aumenta. Podemos fazer a mesma análise para a razão de
compressão e para o peso molecular.
Análise adimensional do Head
Sendo o Head o trabalho cedido a cada unidade de massa do fluido no
processo de compressão:
N
H =
g. m
Onde: N ⇒ potência cedida ao fluido durante a compressão
m ⇒ vazão em massa de fluido
g ⇒ aceleração da gravidade
2
g = 9 ,8 kg. m */ s
c kg
gc= g
numericamente a equação para o head ficaria
H = N / m
Essa equação é a empregada nos problemas de engenharia.
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INTRODUÇÃO
Limites de rotação
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Limite de surge
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Limite de stonewall
Compressores centrífugos industriais são projetados para funcionar com
regime de escoamento subsônico. Se a vazão de operação é elevada, no
entanto, é possível que a velocidade de escoamento do gás atinja o valor sônico
em algum ponto no interior do compressor, usualmente na entrada das pás do
impelidor, caracterizando o que se denomina limite de stonewall. O resultado
prático desse fato é a impossibilidade de aumentar a vazão a partir desse ponto,
além de uma acentuada queda na eficiência do processo de compressão.
O limite de stonewall não representa nenhuma ameaça à integridade do
compressor, mas pode se constituir num grave inconveniente caso venha a
ocorrer dentro da faixa de vazão necessária à operação do sistema.
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Sabendo-se que a vazão de operação deve ser maior do que a vazão mínima,
é estimado um desvio de ~10% a direita desta para ser o ponto de ajuste na qual
a FV deverá iniciar a abertura. A malha então deve constar de um elemento
primário de fluxo (placa de orifício) na sucção do compressor, um transmissor de
fluxo (FT), um controlador indicador de fluxo (FIC) e uma válvula de recirculação
(FV) conforme o esquema abaixo.
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Nesse caso para cada rotação existe um ponto limite de surge, então um FIC
não atende mais o controle, pois o ponto de ajuste não pode ser único. Como
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pode ser visto, com a intercessão dos pontos limites de surge é obtido a linha
limite de surge. O controle agora deve ser através de uma linha paralela e a
direita da linha limite de surge, denominada linha de controle de surge.
É dessa linha de controle que deve ser extraído o ponto de ajuste da vazão de
controle “Qa”, que para cada rotação corresponde a uma vazão, ou seja, o ponto
de ajuste deve ser determinado a cada condição operacional do compressor,
equivalente ao head. Obtendo-se o head é determinado o ponto de intercessão
com a linha de controle de surge e traçando-se uma linha paralela ao eixo do
head
aquelapassando
condiçãopelo ponto de conforme
operacional, intercessão é obtida
pode a vazão
ser visto de ajuste
no gráfico "Qa"É para
abaixo. com
essa vazão de ajuste que a FV deverá abrir, quando a vazão de operação "Qo"
assumir esse valor.
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“Qa” a FV deverá ficar fechada, ou seja, condição normal de operação. Na
condição de “Qo” ficar igual ou menor que “Qa” a FV deverá abrir, mantendo-se a
vazão na sucção do compressor igual à vazão de ajuste.
Uma vez sabendo que o head é diretamente proporcional a razão de
compressão (P2 / P1) e os demais parâmetros praticamente são constantes (n,
PM, R e T1) é instalado um transmissor de pressão na sucção e outro na
descarga do compressor. Os sinais desses transmissores são enviados para um
Controlador Anti-Surge “CAS”, onde são processados para obter a vazão de
ajuste.
No “CAS” é implementada a equação da linha de controle de surge, que para
simplificar podemos ilustrar como sendo uma reta, cuja equação é:
“Y = aX + b ", onde " Y " é a razão de compressão, " X " é a vazão de ajuste,
"a" é o coeficiente angular e " b " é o ponto de intercessão da reta com o eixo Y.
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O controle de capacidade tem a finalidade de efetuar o ajuste da vazão de gás
do processo com a curva de desempenho do compressor, de modo que a vazão
comprimida fique dentro das condições de oferta e demanda de gás do sistema.
De acordo com a curva de head x Q abaixo temos o ponto de interseção ( A )
entre a curva do sistema ( r ) com a curva de desempenho do compressor ( N1 ),
que corresponde a vazão Q e Head H .
A A
a) Uma válvula na sucção que nesse caso poderia ser parcialmente fechada de
modo a alterar a curva do sistema para (t), onde obteríamos o ponto de
intercessão com a curva de performance em B.
b) Uma válvula na descarga que poderia fechar parcialmente de modo a alterar
a curva do sistema conforme o item anterior.
a) Reduzir (N2),
desempenho a rotação do compressor
que promova de modocom
a intercessão a seaobter
curvauma nova curva
do sistema de
(r) no
ponto C.
b) Para compressores axiais temos também a possibilidade de através de
mecanismo de acionamento, prover de palhetas móveis os primeiros estágios
estatores, de forma a proporcionar novas curvas de desempenho, que podem ser
correlacionadas variação de rotação.
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Conforme o gráfico abaixo, temos várias curvas de desempenho, sendo uma
para cada rotação:
Filosofia de controle
Caso acorra uma queda na vazão de gás a pressão de sucção irá cair,
acarretando um erro no PIC da sucção comandando a desaceleração do
compressor e em caso contrário irá acarretar a aceleração.
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COMPRESSOR AXIAL
O compressor de ar é o
componente da turbina responsável
pelo aumento da pressão do ar no
ciclo Brayton e é acionado pela
turbina do gerador de gás.
O compressor axial é empregado
nestes casos por ser especificado
para maiores vazões do que os
centrífugos com relação ao porte.
Seu princípio de funcionamento é o
da aceleração do ar com posterior
transformação em pressão. É
composto
onde se por uma seçãoinstalados
encontram estacionária,
os
anéis com aletas estatoras e a seção
rotativa composta por um conjunto de
rotores com palhetas. Cada estágio de Fig. 8 - Relação Pressão/Velocidade durante
compressão é composto por um rotor Compressão
com palhetas e um anel com aletas estatoras. O rotor com palhetas é responsável
pela aceleração do ar, como um ventilador. É nesta etapa que o ar recebe
trabalho para aumentar a energia de pressão, velocidade e temperatura. O anel
de aletas estatoras tem a finalidade de direcionar o ar para incidir com um ângulo
favorável sobre as palhetas do próximo estágio rotor e promover a desaceleração
do fluxo de ar para ocorrer a transformação da energia de velocidade em pressão.
Essas máquinas são projetadas para que a velocidade na entrada de cada rotor
seja a mesma para a condição de máxima eficiência.
Este processo é repetido nos estágios subseqüentes do compressor sendo que
cada estágio promove um pequeno aumento de pressão.
O fluxo de ar no compressor se dá paralelo ao eixo (axial) numa trajetória
helicoidal, e a seção de passagem é reduzida da admissão para descarga, com o
propósito de se manter a velocidade do ar constante dentro da faixa de operação,
uma vez que a pressão sobe a cada estágio e respectivamente a massa
específica (veja a equação da continuidade). O ganho de pressão e as variações
de velocidade a cada estágio podem ser vistos na figura abaixo.
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As aletas estatoras do último estágio agem como pás guias de saída (OGV -
Outlet Guide Vanes), que direcionam o ar em um fluxo axial estabilizado para a
carcaça traseira do compressor e seção de combustão.
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