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GRUPO I
Parte A
Leia o poema.
GRUPO II
Leia o texto.
Porque será que nos filmes, nos livros, na música, nas revistas, nas telenovelas… o Amor é
sempre “um algo” quase inatingível, ou dificilmente atingível, desencadeador de sofrimento e
de dor, transmitindo-nos, invariavelmente, a ideia de que para se ter Amor ou vivermos um
grande Amor temos de alguma forma de nos sacrificar, de sofrer, de “carregar um monte ou
5 uma montanha em cima das costas”?
É preciso as pessoas pensarem que o Amor é sofrimento, porque, no dia em que
deixarem de acreditar nessa “mentira”, fizerem uma “arrumação às suas crenças”, analisarem
as suas expectativas, perceberem a razão das suas idealizações e tentarem compreender qual
o fundamento do referido “dogma” de que para ser amado é preciso sofrer, as audiências
10 cairão, os escritores de romances ficarão no desemprego, a imprensa cor-de-rosa
desaparecerá e os filmes românticos passarão à história.
O Amor talvez seja mesmo a única “realidade” que sobra ao cimo deste planeta que não
é “comprável” ou “trocável”, porque, quando o é, deixa de ser Amor e passa a ser “desamor”
ou outra coisa qualquer. Muito menos é “adquirido” através do sofrimento.
15 A ideia de que para ter o Amor de alguém tem de se sentir dor é perversa e muito pouco
dignificante. Se alguém lhe pedir que se sacrifique para ter o seu Amor, fuja enquanto é
tempo. Esse alguém não gosta de si, e muito menos lhe quer ou faz bem.
É o concentrar de todos os nossos esforços, energia, força, recursos nos outros, em nome
do Amor, o alimentar de “relações caóticas” como se fossem uma “droga” e precisássemos de
20 a consumir diariamente, esquecendo-nos de nós, que provoca essa dor, que mais não é do
que a dor da perda de nós mesmos.
É a incessante necessidade de que o outro nos faça feliz que leva à dor do desespero que
pode fazer doer muito mais do que se decidirmos ir à procura da nossa própria felicidade.
É a idealização do outro e a incessante busca de características nossas no outro que faz
25 mal.
E enquanto continuarmos a pensar assim, e principalmente a viver de ilusões e
idealizações do outro e das relações, tentando mudar quem não quer mudar, a viver e,
especialmente, a sentir os outros, as relações e o Amor através do “filtro do sofrimento”,
vamos continuar a escolher sofrer e a “sofrer por Amor”.
3. O recurso expressivo presente em “nos filmes, nos livros, na música, nas revistas, nas
telenovelas” (l. 1) é a
(A) metáfora.
(B) anáfora.
(C) enumeração.
(D) comparação.
5. O pronome pessoal “lhe” usado em “Se alguém lhe pedir que se sacrifique para ter o seu
Amor” (l. 16) desempenha a função sintática de
(A) sujeito.
(B) complemento indireto.
(C) complemento direto.
(D) vocativo.
7. Indique a classe e a subclasse das palavras sublinhadas em “Se alguém lhe pedir que se
sacrifique” (l. 16).