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Actos voluntários e actos involuntários

O Homem no seu quotidiano de uma forma consciente ou inconsciente


prática dois tipos de acções: as que são comuns a outros animais e os
que só ele próprio realiza.

Primeiro – as que são comuns a outros animais ou actos instintivos.


Konrad Lorenz aponta a existência de quatro instintos comuns aos
homens e, aos animais (nutrição, reprodução, fuga e Agraço).
Segundo – as que ele próprio realiza ou instintiva: consiste nas
actividades reflexivas, especifica dos seres humanos. Agir, no caso do
Homem, implica pensar antes de executaras acções. Moralmente, os
homens praticam também acções que, embora sejam conscientes e
intencionais, não deixam de ser considerados inumanos. A razão é
que os mesmos não se enquadram no âmbito daqueles que
consideramos dignos de seres humanos.
8-   Acções involuntárias (ou actos do Homem)
O homem define-se pelo modo como escolhe, decide e executa as
diferentes acções. É através das acções que o homem transforma a
realidade e torna-se um agente de mudanças. O homem pratica 2
(dois) tipos de actos ou acções: as que são comuns a outros animais e
as que só ele realiza.

Os primeiros são os chamados actos instintivos, que permitem dar


uma resposta perfeita ao mio, facto que constitui condição
indispensável a sua sobrevivência. No segundo os actos instintivos,
são secundarizados dando lugar a actividade reflectiva, especifica dos
seres humanos, agir significa pensar antes de executar a acção.

Acção involuntária ou actos do homem


São acções que não implicam qualquer intenção da parte do sujeito;
são acontecimentos que nos limitamos a ser imensos receptores de
efeitos que realizamos por um mero reflexo intuitivo;

Acções voluntárias ou actos humanos

As acções humanas implicam uma intenção deliberada de um agente


do agir de determinado modo e não de outro, estas acções são
reflectidas, premeditadas ou até projectados à longo prazo tendo em
vista atingir determinados objectivos, isto é, tendo um propósito e a
intenção de fazer o que está fazendo, são acções que realizamos de
forma consciente, voluntário e responsável, por isso toda a acção
humana implica os seguintes elementos:
Ø  Agente – um sujeito de acção que é capaz de se reconhecer como
autor da acção e agi consciente;
Ø  Motivo – o que nos leva a agir ou a fazer algo, a razão que justifica o acto;
Ø  Elemento intenção – aquilo que o sujeito pretende fazer ou ser feito com a
sua a acção e responde a pergunta, que fazer? Aquilo que o agente quer
realizar;
Ø  Fim – o fim da acção e o objectivo daquilo para que se quer da acção
voluntária.

9- Da acção aos valores


Noção de valor
Em toda a acção humana, o homem exprime o modo, como se relaciona com o
mundo, os valores dão ao sujeito motivo para agir. Exemplo: quando damos
esmola está lá um valor muito nobre ‟a solidariedade”, mas afinal:

Conceito de valor
Valores – são critérios segundo os quais damos ou não, valores a
certos casos. Os valores são as razões que justificam ou motivam as
nossas acções, tornando as refervíeis como nossas.
Juízo de facto – é um juízo em que se descreve a realidade de uma
forma objectiva, neutra e impessoal, estes juízos podem ser
verificáveis e podem ser verdadeiros ou falsos. Exemplo: Maputo é
capital de Moçambique.
Juízo de valor – é uma manifestação de preferência e apreciação sobre
uma dada realidade e é fruto de uma interpretação parcial e subjectiva
feita com base em valores. Os juízos de valores são relativos pós
variam de pessoa para pessoa.
10- Tipos de valores
Os valores são conceitos que traduzem as nossas preferências, o
valor tem sempre como preferência a avaliação do sujeito que o
enuncia, trata-se de qualidades e atributos que são atribuídos pelo
sujeito, algo, alguém ou acontecimento. Podemos agrupar os valores
em 2 (dois) grupos: espirituais e materiais.

Valores espirituais/religiosas

São aqueles que dizem respeito à relação do homem com Deus.

Valor estético – trata-se de valores de expressão, beleza, traços,


elegância.
Valores morais – referem-se as normas ou critérios de conduta que
afectam todos as nossas actividade como: a verdade, solidariedade,
honestidade, bondade, altruísmo, cidadania.
Valores materiais
Valores agradáveis e de prazer, aqueles que exprimem as sensações
de prazer e de satisfação (comida, bebida, vestuário).

Valores vitais – aqueles referentes ao estado físico (saúde, força,


velocidade)
Valor de utilidade ou económica – aqueles que se referem a habitação,
capital (caro, dinheiro, casa, viaturas).
Subjectividade e objectividade de valoras
Existem duas posições que surgem sobre os valores, para alguns
autores os valores têm duas vertentes que são: subjectiva e objectiva.

Para os defensores da vertente subjectiva, os valores não podem


deixarem nunca de serem subjectivas uma vez que designam o
padrão comportamental que alguém dá. Podemos notar que os
valores ao longo dos tempos mudam, o que é belo hoje, amanha pode
não ser.

Para os defensores da objectividade, advogam que os valores


designam os poderes de comportamento colectivamente reconhecidos
por um grupo ou comunidade e que são considerados absolutos e
inquestionáveis. A mesma posição foi defendida por Platão ao
considerar belo, bem e justo, entidades ou ideias imutáveis enquanto
Sócrates defende que cabe ao homem a invenção dos seus próprios
valorares.

11-    Liberdade como fundamento da acção


humana
Noção de liberdade
Mesmo com todos os condicionalismos, o Homem é um ser livre, pois
em última instancia, sempre ele é quem decide agir ou não. Tendo
essa liberdade, pode decidir ajustar-se ou não às regras sociais que
encontra.

Conceito de liberdade
O termo “liberdade” diz respeito a capacidade que o homem possui de
agir de acordo com a sua própria decisão: É a capacidade de
autodeterminação. A liberdade pressupõe:

1. a) Autonomia do sujeito face a suas condicionantes – para que uma


acção possa ser considerada livre, é necessário que ele seja a causa
dos seus actos, isto é, que tenha uma conduta livre.
2. b) Consciência da acção – a acção humana diz respeito a
manifestação de urna vontade livre e consciente dos seus actos. Isso
significa que o sujeito não ignora a intenção, os motivos e as
circunstâncias e as consequências da própria acção.
3. c) Escolhas fundamentadas em valores – a acção envolve a
manifestação de certas preferências, que são expostas ao Homem.
Nem sempre com esta dimensão da liberdade é consciente, ainda que
seja sempre materializada na própria acção.
Formas e tipos de liberdade
Os tipos de liberdade são uma consequência directa dos tipos de
coação de que o homem é vítima na sua relação com os outros
(sociedade) e consigo mesmo. Por isso, a liberdade pode ser interior
ou exterior.

A liberdade interior compreende:


Liberdade psicológica capacidade que o Homem tem de fazer u não
uma determinada COISA.É a capacidade de decidir por si mesmo.

Liberdade moral ausência de qualquer constrangimento de ordem


moral, coimo, por exemplo, o medo de punições. É a liberdade de
escolha que torna o Homem digno de si próprio (autónomo).

Liberdade Exterior, compreende:


Liberdade sociológica – autonomia do sujeito face aos
constrangimentos impostos pela Sociedade.

Liberdade física ausência de qualquer constrangimento físico. Por


exemplo, um portador de deficiência física nos membros superiores
pode estar privado de praticar determinada modalidade desportiva.
Liberdade política ausência de qualquer constrangimento de natureza
política. Por exemplo, um sujeito que não deve votar, por ser menor de
idade, não tem liberdade política.
1-   Conclusão
Fim do trabalho, concluiu se que, a ética é uma característica inerente
a toda acção humana e, por esta razão, é um elemento vital na
produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético,
uma espécie de “consciência moral”, estando constantemente
avaliando e julgando suas acções para saber se são boas ou más,
certas ou erradas, justas ou injustas.

Para Kant, o sujeito moral é o ser racional. Para seres humanos, o


sujeito moral pode ser qualificado como um ser racional sensível.
Existem sempre comportamentos humanos classificáveis sob a óptica
do certo e errado, do bem e do mal. Embora relacionadas com o agir
individual, essas classificações sempre têm relação com as matrizes
culturais que prevalecem em determinadas sociedades e contextos
históricos. A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a
vida, mantendo com os outros relações justas e aceitáveis. Via de
regra está fundamentada nas idéias de bem e virtude, enquanto
valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz
numa existência plena e feliz.

Introdução
O presente trabalho aborda o tema da consciência moral, suas etapas
de desenvolvimento. Este tema importante, busca entender vários
níveis do conhecimento e origem moral, e sucessivas mudanças
comportamentais da mente humana.

A consciência moral por uma parte aqui é vista como algo inata que
pertence ao próprio Homem e por outro lado, como algo adquirido pelo
Homem em sociedade, através da socialização. Pois, neste trabalho
estão enumeradas as etapas e de forma detalhadamente em
conformidade com os respectivos períodos e pensadores,
conscidentimente dois grandes psicólogos os primeiros a
fundamentarem esse tema.

Consciência moral: Filosofia


Consciência
Entende-se como o estudo ou faculdade de alerta que nos permite
perceber o mundo intrínseco e extrínseco para fazer juízos de valores
ou normas sociais, onde o intelecto distingue o certo do errado.

A consciência começa por conhecer o espírito e os seus fenómenos,


depois, estrutura-os, organiza-os num conjunto global, capaz de
responder a situação existente. É através da consciência que
conhecemos toda a realidade humana e extra-humana.

Ela é um elemento essencial dos fenómenos psíquicos, no nosso


íntimo, uma multidão de fenómenos interpretaram-se. A consciência é
como um rio que desliza sem parar e seria ridículo ver um rio não mais
do que um composto de gotas de água. Afirmação baseada na frase
de Heraclito: Ninguém pode banhar-se duas vezes nas mesmas águas
do rio.
Moral
É o conjunto de regras adquiridas através da cultura, educação, da
tradição e do cotidiano, que oriental o comportamento humano dentro
de uma sociedade.

Ética
É um conjunto de conhecimentos extraídos de investigação do
comportamento do homem ao tentar explicar regras morais de forma
racional, científica e teórica.

A moral faz uma avaliação de contas de acções humanas enquanto a


ética regula os princípios de conduta ou comportamento. E a moral e
ética tem um facto em comum ambos centralizam-se no
comportamento e acção humana. Também nos dias de hoje esses
dois termos são utilizados de forma semelhante.

Consciência Moral
É a capacidade que o ser humano tem de avaliar os princípios básicos
dos seus actos, reconhecendo a qualidade moral de um acto concreto.

É o sentimento daquilo que se passa connosco, ou seja, o testemunho


ou julgamento secreto da alma que aprova as boas ações e rejeita as
más.

Os animais não humanos regem-se pelas leis da sua natureza e pelas


leis do seu instinto que alcançam o seu próprio destino e felicidade.
Em contra partida o homem carece de uma base comum que o orienta
para determinadas tarefas, sua evolução e seu progresso devem ser
por meio de um processo de aprendizagem.

Origem da Consciência Moral


Inata – supõe-se que pelo mero facto de existir, todos os homens a
possuem.
Adquirida–adquire pela educação, decurso da história, evolução das
relações sociais.
Entidade divina – supõe-se que em tal caso que Deus depositou no
homem a centelha da consciência por meio da qual se descobre se
um acto é justo ou injusto.
Fonte humana – concebida ou como natural, histórica, social pois, é
individual.
Racional ou irracional – depende da ideia que tiver da estrutura
racional ou irracional das respectivas fontes.
Formação e desenvolvimento da consciência moral
Os filósofos da antiguidade sustentaram que a consciência moral era
inata que pertencia ao próprio homem, enquanto, os filósofos
modernos e contemporâneos, sustentam que é algo adquirida em
sociedade, na família, na escola e grupos sociais.

Pessoa como sujeito moral


Antes de se abordar a pessoa como sujeito moral há necessidade, de
trazer aquilo que é o conceito da própria pessoa.

Conceito de pessoa
O conceito pessoa pode ser abordado a partir de duas perspectivas:
uma parte da problemática clássica, outra mais descritiva, toma em
conta as filosofias mais recentes.

Filosofia clássica
Segundo o filósofo Cícero, entende que pessoa é sujeitode direito e
deveres.

Segundo oBoécio, porém, entende pessoa como uma substancia


individual de natureza racional.

Segundo o São Tomas de Aquino defende que pessoa é um


subsistente de natureza racional.

Filosofia moderna
Os filósofos desta época orientaram-se por outras direcções
definitórias de pessoa das quais se destacam três:

– A psicológica, que tomando como referencias o filosofo Descartes,


toma a consciência como a característica definitória da pessoa;

– A ética, que segundo Kant, destaca a liberdade como o construtivo


de ser pessoa;

– A social, que com personalismo e, particularmente, com Martin


Buber, sublinha a relação da pessoa com o outro.

A noção de pessoa aparece em oposição aoindivíduo, quer dizer


indivíduo biológico.Significa, antes de tudo, consciência, isto é,
individualidade interna, unidade.
Esta unidade não significa simplicidade, mas sim uma composição de
partes. Enquanto tal, esta unidade é totalidade: diferenciada,
estruturada e centrada.

Totalidade diferenciada
Implica uma multiplicidade qualitativa de partes que compõe o todo,
neste caso o ser vivo enquanto, indivíduo é uma totalidade
diferenciada.

Totalidade estruturada
Os diversos órgãos e suas funções constituem uma estrutura, isto é,
são interdependentes, eles só são aquilo que são devido a relação de
mútuadependência.

Totalidade centrada
Indivíduo biológico tem um centro a partir do qual se realiza essa
totalidade. O ser vivo, no seu agir, refere-se a si mesmo, a algo que
vem do interior próprio. A este centro poder-se-ia chamar de
consciência ou memória sensível.

A centralidade no homem não é somente a consciência ou a memória


sensível mas sobretudo, reflexão, pois o homem não só sabe, mas
sabe que sabe. Então, quando a consciência é reflexão, ai está-se no
mundo do espírito e da pessoa.

Esta totalidade centrada que faz com que a pessoa transcenda o mero
nível biológico é que lhe confere uma certa autonomia em relação a
sua co-existência com o meio ambiente e uma abertura em relação a
sua coexistência com os outros.
Jeam Piaget (1896-1980)
Para este psicólogo, nos seus estudos concluiu que a moralidade se
dá principalmente através da actividade de cooperação, do contacto
com iguais, da relação com companheiros e do desenvolvimento da
inteligência humana.

Toda a moral é formada por um sistema de regras e a moralidade


consiste no respeito que o indivíduo nutre por estas regras. Três
questões fundamentais para a moralidade:

 Conhecimento da lei
 Origem ou fundamento da lei
 Mutabilidade ou não da lei
Este psicólogo, encontrou níveis diferentes tanto de consciência das
regras como sobre sua prática, nomeadamente:

1º Estágio(0-2 anos) – nesse estágio as crianças simplesmente jogam,


não há nenhuma regra ou lei, é puramente uma actividade-motora,
sem consciência de regras.
2º Estágio (2-6) – estágio caracterizado pela moralidade de obrigações,
a criança percebe que existem regras que regulam a actividade,
considerando sagradas e invioláveis, fase de respeito absoluto para
com os mais velhos, e as normas sao totalmente exteriores entre si.
3º Estágio (7-11)–verifica-se a moral da solidariedade entre iguais
(adolescentes), o respeito unilateral é substituído pelo respeito mútuo
e começa a desenvolver a noção de igualdade entre todas as normas
de conduta humana, sao aplicadas de uma forma rigorosa.
4º Estágio (12 – mais anos) – nos jovens e adultos a moralidade é de
igualdade e autonomia, com mais destaque para o interesse pelo
outro e a compaixao, e a moral torna-se autónoma. Existe um elevado
crescimento de raciocínio abstracto e as regras são bem assimiladas,
discutem muitas vezes quais as regras que vão ser estabelecidas para
uma actividade.
Kohlberg (1927-1987)
Para este Psicólogo a consciência moral se forma num processo de
conhecimento que decorre na fase de aprendizagem social. Para ele
existem seis (6) estágios no desenvolvimento moral, dividido em três
(3) níveis.

Kohlberg não dá muita importância ao comportamento externo, diz ele


por Exemplo se um adulto e um adolescente que roubam uma maçã, o
comportamento exterior é o mesmo, mas as razoes, moralidade
interna, o nível de maturidade moral é diferente nesses casos.

1º NívelPré -convencional–a moralidade das pessoas neste nível é


marcada pelas consequências de seus atos, punição ou recompensa,
elogio ou castigo, as pessoas tendem a respeitar as normas sociais. O
que determina a bondade ou maldade de um ato são as
consequências físicas do ato, pois as relações humanos são vistas
como trocas comerciais, mais ou menos assim “ tu me gratificas e eu
te gratifico.
2º NívelConvencional – determina que as pessoas respeitam as
normas sociais porque consideram importante que cada um
desempenha o seu papel numa sociedade moralmente organizada. É
uma atitude de conformidade com a ordem social, mas também é uma
atitude de lealdade e amor á família, grupo, ao social. De certa forma
é bom o que é socialmente aceito, aquilo que segue o padrão.
3º NívelPós – convencional – estabelece que as pessoas se preocupem
com juízos autónomos e princípios éticos, universalidade, coerência,
solidariedade universal para definir conscientemente e livremente o
que é certo e o que é errado. É a tomada da consciência da existência
do outro, da maioria, do bem comum, dos direitos humanos.
Conclusão
No final do trabalho concluiu-se que, Moral é o conjunto de condutas,
quer própria de uma época ou cultura quer consideradas como
universalmente válidas, teoria do bem e do mal, que conduz
normativo.
O desenvolvimento moral refere-se ao modo como a criança aprende
a determinar o que é certo e o que é errado, pois, é a base do
princípio da justiça.

Referências bibliográficas
AZEVEDO, Carlos A. Moreira ; AZEVEDO, Ana Gonçalves
– Metodologia cientifica. 9ª de Lisboa: Universidade Catolica Editora,
2008.
DOUROZOI, G & ROUSSEL A. Dicionário de Filosofia. 2ª Edição.
Porto, Porto Editora, 2000.
MWAMWENDA, Tuntufye. Psicologia educacional: uma perspectiva
africana, textos editoras, 2004.

Consciência de uma maneira geral quer dizer ‟capacidade que o


homem tem de se aperceber da presença dos objectos”, ou seja,
percepção dos actos internos sem querer julga-los.

A consciência moral é a faculdade humana de distinguir o bem do mal,


trata-se da faculdade que faz nos distinguir o bem do mal e nos
orienta a agir e julgar as nossas acções segundo o seu valor ou
contra-valor conforme forem julgados boas ou más acções, presente 3
(três) componentes fundamentais:

 Descritiva – para distinção do bem do mal;


 Prescritiva – para a orientação das acções;
 Apreciativas – para a formulação de juízos de valores sobre as acções
particulares.
Um dos princípios mais elementar da moral é justamente a ideia de
que para ser grave uma má acção é necessário que ela seja praticada
com a consciência de que se comente uma má acção.

A consciência se apresenta como uma voz interna que nos alerta,


censura, sanciona, reprime e diz ‟não a certas acções”.
Formas de desenvolvimento da consciência
Para os filósofos antigos, a consciência moral é inata, isto é, pertence
ao próprio homem.

Para os filósofos contemporâneos, a consciência moral é algo que é


adquirido pelo homem na sociedade através da socialização. De
acordo com estes filósofos, trata-se de uma aprendizagem que poderá
ser feita em família, em grupos sociais, grupo de amigos, na escola.

A formação da consciência constitui uma temática de capital


importância, destacando os estudos do Jean Peajet e Lawrence
Kohlberg.

Para Peaget, o desenvolvimento moral ocorre a medida em que a


inteligência humana vai se desenvolvendo seguida de 3 (três) etapas
a saber:

 Heteronomia ou moral de obrigação – entre os 2-6 nos, nesta etapa, a


criança vive uma atitude de respeito unilateral e as normas são
totalmente exterior a se, aqui há respeito das autoridades por medo.
 Moral da solidariedade – dos 7-11 anos, caracterizada pela
substituição do respeito unilateral pelo respeito mútuo e começa a
desenvolver-se a noção de igualdade entre todos, as normas de
conduta são aplicadas de uma forma muito rigorosa.
 Moral de equidade ou autonomia – 12 anos em diante, aqui aparece o
altruísmo, o interesse pelo outro e a compaixão e a moral se torna
autónoma, a observância das normas que permitem a convivência
social ente os seres humanos, essa observância assume um carácter
pessoal.
Para Kohlberg a consciência moral é um processo de conhecimento
que decorre de fases de aprendizagem social. Para ele são 3 (tres) as
etapas do desenvolvimento moral, todas elas são baseadas na ideia
de que se tem da justiça.

1. Etapa – pré-convencional, as pessoas respeitam as normas sociais pelo


receio que eles têm pelo castigo se não as cumprirem ou esperam de
volta uma recompensa pelo seu bom comportamento;
2. Etapa – Convencional, as pessoas respeitam as normas sócias porque
concederam importante que cada um desempenhe o seu papel numa
sociedade moralmente organizada;
3. Etapa – pois convencional, as pessoas preocupam-se com juízo
autónomo e com o estabelecimento de princípios morais universais.
4.
5.
6. A concepção de pessoa é um conceito, originado em contexto
cristão, que indica a situação única do ser humano
em relação às outras criaturas.

A Pessoa, é o ser humano nas suas relações com o


mundo e consigo próprio. O indivíduo humano, do ponto
de vista da Ética e da Moral, é a pessoa, e é este conceito
o elemento central de toda a reflexão ético-moral. Por
Pessoa entende-se o ser humano como fruto das relações
e valores vividos por ele e pertença da sua experiência
interior. As relações que estabelece são as seguintes: as
relações estabelecidas com os outros (o outro individual, a
familia, o grupo de amigos, os colegas, os vizinhos, os
desconhecidos, etc.); as relações estabelecidas com o
mundo que o rodeia , no sentido da sua relação com as
diversas instituições humanas (a sociedade e cultura em
que vive, o Estado que o rege e a sua política e sistema
legal – Direito – as intituições religiosas, as instituições
comerciais e laborais, entre outras) e também com a
Natureza circundante. Em suma, o ser humano é pessoa
no sentido em que é um cidadão responsável com direitos
e deveres.

Quando falamos da relação da pessoa consigo própria, estamos a


pensar na questão moral do ser humano, na forma como o indivíduo
olha para si e se vê enquanto pessoa, e nesse objectivo, a forma como
julga as suas acções e finalidade da vida. Em suma, ao olhar para
dentro e analisar-se, o ser humano descobre-se Pessoa, pois este só
existe enquanto ser social que estabelece relações com os outros e
com o mundo natural e humano que o cerca. Na sua relação consigo
próprio, a consciência é a base do indivíduo moral. Como já vimos, é
a consciência que tem a função de orientar, ordenar, avaliar e criticar
todos os actos humanos, ou melhor, fazer com que as acções de cada
ser humano sejam acções morais e que as suas decisões tenham
sempre uma base ética. A consciência moral, sempre ligada á razão, é
a capacidade que permite ao ser humano conhecer-se a si próprio.
Agir de acordo a razão e consciência

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