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5
Manipulação
Capítulo 5 - Manipulação
1 . Processos de Manipulação
1 . 1 . Introdução
Por se tratar de tarefa primordial e vital no universo de ati-
vidade da farmácia de manipulação, os processos de manipulação
devem ser efetuados por mão-de-obra especializada e acompanha-
dos de perto pelo farmacêutico responsável.
Além disso, o farmacêutico deverá analisar criticamente a
receita a ser aviada, para isso, é essencial seguir alguns critérios
técnicos, alguns destes relacionaremos a seguir.
1 . 1 . 1 . Q u e s t õ e s a s e r e m c o n s i d e r a d a s a n t e s d a m a n i p u l a ç ã o
de uma prescrição
Capítulo 5 - Manipulação
duto.
L. Processos
2. de M an ipulação
Correto armazenamento do produto por parte do paciente.
- Laboratório de Sólidos
Formas Farmacêuticas Sólidas de Interesse
na
110 Farmácia Magistral: Pós, Granulados e Cápsulas
Introdução
As formas farmacêuticas sólidas representam, de modo ge-
ral, a maior porção das preparações aviadas na farmácia magistral,
de modo destacado a form a de cápsulas.
A seguir, estão algumas vantagens oferecidas pela forma só-
lida sobre a liquida que explicam o motivo desta preferência:
• As drogas e produ tos químicos são mais estáveis na form a só-
lida.
• As drogas sólidas (e secas) podem ser dispensadas na form a
compactada de comprimidos, cápsulas, pós divididos, dentre
outros, podendo ser embalados, transportados, administra-
dos e armazenados mais facilmente que as formas líquidas.
• Paladares desagradáveis são mais evidenciados quando as
substâncias estão na forma de solução do que na forma sóli-
da. Sabores desagradáveis podem ser anulados totalmente
pela inclusão da droga sólida em cápsulas ou em comprimi-
dos revestidos.
• Doses precisas são mais facilm ente obtidas com form as for-
necidas em doses individuais e unitárias, tais como, compri-
midos, cápsulas e pós divididos.
• Modificação da liberaçã o das drogas (liberação le nta , co ntro-
lada, retardada, etc) podem ser obtidas muito mais facil-
mente em formas sólidas do que em preparações líquidas.
Todavia, a absorção de uma droga veiculada na forma sólida de-
pende de fatores diversos, tais como: a desintegração da forma só-
lida com a liberação de partículas contendo a droga e excipiente, a
posterior dissolução da droga, sendo esta influenciada por fatores
físicos e químicos diversos e por último, a absorção propriamente
dita ou permeação da droga através da membrana celular. Sabemos
Capítulo 5 - Manipulação
1.3. Vantagens
• Permite a prescrição precisa, reque rida individu alm en te pelo
paciente em cada dose. Os pós são normalmente mais estáveis que
as preparações líquidas, devido a reações químicas de degradação
entre as drogas associadas e entre as drogas e as condições atmos-
féricas, ocorrem mais lentamente em pós do que em líquidos.
• 0 tam anho reduzido das partículas na form a de pós, pe rm ite
uma dissolução mais rápida nos fluidos orgânicos (meio aquoso gás-
trico e entérico) do que o obtido em formas sólidas compactadas,
como comprimidos, portanto, possuem maior biodisponibilidade.
• Menor incidênc ia de irrita çã o gástrica quando com parada à
formas sólidas compactadas, resultado da sua rápida dissolução.
• M aior fac ilidad e de de glutiçã o, podendo ser ingeridos em
maior quantidade, especialmente quando misturados com alimentos
e bebidas. Pós podem ser administrados em sondas gástricas, em
pacientes hospitalizados.
Capitulo 5 - Manipulação
1.4.• Desvantagens
Pós tópicos possuem ef eito secativo por aum ento da superfí-
1.5. Características
• Particulas reduzidas facilit am a preparação de um pó mais
homogêneo e aumentam a capacidade adsortiva (ex.: antiácidos,
antidiarréicos e pós tópicos).
• Homogeneidade.
• Tenuidade homogênea das partículas.
1.7. Preparação
1 . 7 . 1 . R e d u ç ã o d o t a m a n h o d a s p a r t í c u l a s ( c o m i n u i ç ã o ) :
Capítulo 5 - Manipulação
A leviqação é o processo empregado para a redução de partí-
A pulverizoção
culas, comumente por intervençã
em preparações o (recristalização)
semi-sólidas e líquidas.é emprega-
A leviga-
da para
ção é umsubstâncias
processo deque não permitem
redução do tamanho a trituração direta,
de partículas comopela
sólidas éo
caso de algumas substâncias que se apresentam em estruturas cris-
talinasquantidade
quena duras que de nãolíquido
podemnoser
qualtrituradas
o sólido facilmente. Este proces-
não é solúvel.
so consiste em dissolver primeiramente o sólido em um mínimo de
solvente volátil adequado (composto interveniente), tais como113o
álcool ou a acetona. Mistura-se então (triturando), o sólido com o
solvente até que este úttimo evapore (ex.: trituração da cânfora por
intermédio do álcool e do peróxido de benzoíla por intermédio da
acetona). 0 solvente pode também ser vaporizado diretamente na
superfície do gral durante o processo.
1.8.Tamisação
A tamisação é uma operação que tem por finalidade obter
pós cujas partículas tenham um determinado tamanho médio (mes-
ma tenuidade). É necessário que o produto que esteja sendo pulve-
rizado, seja tamisado por um tamis cuja abertura de malha corres-
ponda à tenuidade do pó a obter, voltando para o gral as partículas
maiores retidas.
1 .8 .1 .C l a s s i f i c a ç ã o d os T a m i s e s :
0 tamis é o instrumento utilizado para fazer a tamisação. Ele
é constituído por um aro de diâmetro variável, apresentando uma
das extremidades fechada com uma tela aplicada de modo a ficar
bem esticada. Esta tela é a parte fundamental do tamis, pois é ela
que em função da abertura das respectivas malhas, permite a sepa-
ração das partículas submetidas à tamisação em função dos diâme-
tros das partículas. As telas utilizadas na fabricação de tamises são
de natureza variada: ferro galvanizado, latão, aço inoxidável (mais
empregada para fins farmacêuticos), seda ou fibras sintéticas.
A tabela 14 apresenta uma correlação entre aberturas dife-
rentes de malhas de tamises e a granulometria obtida bem com o
seu emprego em diversas formas farmacêuticas relacionadas.
Capítulo 5 - Manipulação
Capitulo 5 - Manipulação
deixa passar no m áximo 40%.
1 . 9 . 1 . M i s t u r a s E u t é t i c a s
Mistura eu tétic a é de finida como aquela que resulta da mis-
tura de componentes sólidos cuja proporção Ihe confira o ponto de
fusão inferior ao de qualquer dos componentes isolados, ou seja,
trata-se da mistura de sólidos que se liquefaz ou se torna pastosa
em temperatura ambiente.
Acetanilida Lidocaína
Ácido acetilsalicílico Mentol
Acido salicilico p-naftol
Antipirina Resorcina
Cânfora Salicilatos
Capítulo 5 - Manipulação
• Fenacetina
Medida co rre Salol
tiva: A mistura eu tética pode ser ev itada , in -
Fenolos pós incompatíveis Timol
terpondo entre um pó absorvente.
Cloral hidratado Benzocaina
• Relação de Prilocaína aminopirina
pós abso rventes (substâncias que podem ev ita r a
formaçâo de misturas eutéticas)
116
• Carbonato de magnésio leve*
• Óxido de magnésio leve*
• Caulim
• Fosfato de cá lcio
• Fosfato tricálcico
• Amido
• Talco
• Lactose
• Sílica gel (Aerosil®)
' Nota: Norma lmente, o absorvente mais eficaz na prevenqâo de misturas eutéticas é aqu ele
que possui elevado ponto de fusão e grande superfície específica, como o óxido de zinco que
apresenta elevado ponto de fusão (2800°C) e o carbonato de maçné sio (deco mpõe -se a
350°C).
P.F. A
Mistura Líquida B RF.
Ponlo de
Ponto d e
deA+B Fusào
Fusâo
2
u Crístais da substãncia
Pura A+ Mislura Llqulda ^ ^ - v ^ ^ E / ^
^ Crisiais da substanoia
Pura B* Mislura Líquida
Temperatura
I Substântía Sóiida
deA+E
Eutética
A B
Compo iição
E u t ó t ca
Composlção (Fração Molar)
Capitulo 5 - Manipulação
1.9.2. M i s t u r a s explosivas
Capítulo 5 - Manipulação
A.Pós Hisroscópicos
B. Substâncias e pica
higro scó Deliqüescentes:
s: são aqu elasComo
que regra geral,
ab so rve m umsubstâncias
ida de do
químicas
ar. na forma de pós apresentam maior afinidade para água do
que aquelas nãodepulverizadas.
C. Substâncias liqu es ce nte s: são sub stânc ias h igroscó picas q u e
absorvem a umidade do ar se liquefazendo parcialmente ou t o t a l -
mente.
118
T a b e l a 1 7 : R e l a ç ã o d e a l g u m a s s u b s t â n c i a s h i g r o s c ó p i c a s e d e l i -
qüescentes
Medidas corretivas
• A higroscopia e a delique scê ncia pode m ser atenuada s co m o
controle da umidade relativa do ar, através do uso de desu-
Capítulo 5 - Manipulação
m i d i f i c a d o r e s e a r c o n d i c i o n a d o . A u m i d a d e r e l a t i v a n a f a ix a
de é30aconselhável
a 45% é a m elh mantê-los
or para mvedados an ipula çãcomo de papel
pós. alumínio ou
• filmeulaçã
A gran plástico
o de durante
pós reduoz processo
a su pe rfíciede demanipulação,
expo sição ao evitando-
ar.
• se assim
Quando se atraexposição
ba lh a comà atm pósosfera
de liqueúm ida.
sce nte s ou higroscópicos
A adição de substâncías absorventes (ex. óxido de magnésio
119 a
leve, dióxido de silicio coloidal) pode reduzir a tendência
higroscopia de pós.
1 . 1 0 . P ós e f l o r e s c e n t e s
1 . 1 0 . 1 . Substâncias eflorescentes:
São substâncias cristalinas ou hidratadas que ao serem pulve-
rizadas liberam água de cristalização ou de hidratação. Esta água
pode ser liberada durante a manipulação ou com a exposição a um
ambiente de alta umidade. A água libertada do pó pode torná-lo
pastoso ou chegar a liquefazê-lo. A eflorescência é aumentada tam-
bém com a pulverização, pelo aumento da superfície de evaporação
da água de cristalização.
Capítulo 5 - Manipulação
Acetato de sódio
Acido cítrico
Alúmen
Borato de sódio
Brom idrato de escopolamina
Bromidrato de quinino
Cafeina
Carbonato de sódio (decahidratado)
Ciclofosfamida
Cloridrato de quinino
Codeína
Fosfato de codeina
Fosfato de sódio
Lactato de cálcio
Sulfato de atropina
Sulfato de cobre
Sulfato de codeína
Sulfato de quinino
Sulfato ferroso
Capítulo 5 - Manipulação
A. Desvantagem
Devido a inexatidão do processo de medida, somente devem
ser dispensadas nesta forma, fármacos não-potentes (de fraca a t i v i -
dade farmacológica).
B. Vantagens
Podem ser diluídos em uma quantidade de água ou outro lí-
quido, facilitando a deglutição.
Capítulo 5 - Manipulação
Laxantes
D. Procedimento de prepa ro
Em pós a granel de uso interno a substância ativa é dispen-
sada em concentração peso do ativo I volume a ser in$erido ou ad-
ministrado (ex. x mg do ativ o/ co lhe r de chá).
Passso 1: preparar o produto conforme a prescrição
122
meça o volume do pó a ser tomado com o utensílio de medida apro-
priado que será utilizado na administração do pó (ex.colher de chá)
Passso 2: pese o volume do pó medido
Passso 3: calcule o peso do(s) ingrediente(s) ativo(s) no volume a ser
administrado, a partir da concentração ou percentual do(s) ingredi-
ente(s) ativo(s) no peso total do pó e do peso do volume a ser admi-
nistrado
Passso 4 : siga o método ge ral de scrito anter ior m ente para m istura
de pós
Passso 5: embale e rotule
Exemplos de fo rm ulaç õ es
B. Pó laxa tivo
Sulfato de sódio an idro 20 g
Fosfato de sódio an idro 40 g
Bicarbonato de sódio 60 g
C. Pó an tiácid o
Carbonato de cá lcio 32 g
Carbonato de m ag né sio. .. . 32 g
Carbonato de sódio 26 g
Caulim (leve) 10 g
Capítulo 5 - Manipulação
1 . 1 2 . 2 . Pós d i v i d i d o s (p a p é i s m e d i c a m e n t o s o s , s ac h ês e f l a -
conetes)
São formas farmacêuticas em pó que se destinam a adminis-
tração em doses individuais para se ad m inistrar de uma só vez.
B. Desvantagens
A aparência dos papéis é vulgar e desvaloriza o produto. De-
ve-se escolher preferencialmente envelopes impermeabilizados
(plastificados e aluminizados) ou flaconetes plásticos.
Substâncias higroscópicas ou deliquescentes estão mais ex-
postas à umidade, devendo-se optar pelo uso de papéis encerados
ou envelopes impermeabilizados.
C. Procedimento de preparo
Para se preparar doses individuais de pós na forma de pa-
péis, envelopes ou sachês deve-se colocar uma quantidade específi-
ca de pó em cada embalagem individualmente.
0 método mais preciso para o preparo desta forma farma-
cêutica é a pesagem individual da quantidade de pó a ser acondi-
cionada em cada dose unitária. É recomendável que se prepare uma
quantidade excedente de pó (em torno de 5%) para compensar pos-
síveis perdas durante o processo de preparação. Se a prescrição
contiver substância sujeita a controle especial, a perda durante o
processo de preparação deve ser mínima para não haver necessida-
de de compensação.
Passo 1: Calcular a quantidade a ser pesada de cada componente da
formulação, levando-se em conta a perda durante o processo de
Capitulo 5 - Manipulação
preparação.
para 2,5g,
Passo 2: 5§, 10gprecisamente
Pesar ou mais co nfo os a prescrição da
rm ecomponentes (vejasusestoesabaixo).
formulação con-
Passo 4o: número
forme Preparardeospapéis,
pós con form e o ou
envelopes pro flaconetes
ce dim en to solicitados
gera l de pós,
pela
diluindo geometricamente os ativos no excipiente.
prescrição.
Passo 3:
Passo 5: Completar
Pesar a quantidade
com qs de unitária a ser flavorizado
excipiente acondicionada em cada
e edulcorado
papel, envelope ou sachê, um a um, até completar o número de
124
unidades solicitadas.
Passo 6: Acondicione os envelopes em uma caixa.
Passo 7: Rotule.
Capítulo 5 - Manipulação
Lactose 2,495 mg
Mande papéis. Efervescentes
2 . Grânulos
Os sais efervescentes são usualmente misturas eflorescidas
de ácido cítrico / ou ácido tartárico (ácidos) com bifosfato sódico e
ou bicarbonato de sódio (bases) e outros ingredientes medicinais.125
Estes sais também podem ser preparados a partir de sais não-
eflorescidos de ácido cítrico e ácido tartárico. Em presença de á-
gua, o ácido reage com a base e libera dióxido de carbono, produ-
zindo efervescência. Os sais e gânulos efervescentes podem ser pre-
parados na forma de misturas de pós a granel ou pós divididos.
2.1.Vantagens
2.1.1.Correção do paladar:
A solução carbonatada e a liberação de C0 2 mascaram sabo-
res salinos e amargos. Os grânulos apresentam vantagem sobre os
pós, pelo controle da velocidade da efervescência. 0 pó dissolve
mais rápido (maior superfície) do que os grânulos que se hidratam e
dissolvem lentamente.
2 . 2 . Desvantagens
Baixa estabilidade, devido a alta reatividade (efervescência).
Dificuldade na manipulação (dificuldade de manter os ingre-
dientes secos durante o preparo e o armazenamento).
Capitulo 5 - Manipulação
Passo 4: Aqueça a m istura em uma estufa a 75° a 105°C, até a for-
Passo
mação 6: Quebre
de uma os grânulos,
pasta embaledae ro
(a liberação tu lede
água . cristalização ou hidra-
Nota:
tação, efervescentes
forma
os pós po dem ser
uma massa preparados através da trituraçôo e mistura simples dos
úmida).
pós em um grat ou passando o granulado preparado por um tamis m alha 50 ou 60.
Passo 5: Passe a massa por um tamis n°10 e seque em um desseca-
dor.
2126
.4. Exemplos de formulações
2.4.1. E n v e l o p e s c o m a s c o r b a t o d e c á l c i o e f e r v e s c e n t e
(10 envelopes)
Ascorbato de cá lcio 97,4 g
(1 g de cálcio em cada 9,74 g de ascorbato de cálcio)
Ácido cítrico anidro fino 1 9,2 g
Bicarbonato de sódio 1 8,8 g
Flavorizante pó qs
2.4.2. Citrocarbonato
(10 enve lopes)
Lactato de cá lcio 7,95 g
Cloreto de sódio, USP 4,2 g
Sulfato de magnésio anidro 3,72 g
Procedimento:
Passo 1 : Pese e m isture un iform em en te os seis pós.
Capitulo 5 - Manipulação
Passo 2: Distribua
irá perder a água oe pó em bandeja
formar tipo refratária.
uma massa. Agite e revire o pó para a-
Passo 3: Inicie o aquecimento em um forn o de microondas por 1 a
quecimento.
1,5 minutos.
Passo 5: Continue o aquecimento até observar um vapor fumegante
Passo 4: Na
e formar umatemperatura de aproximadamente 75°C, o ácido cítrico
massa contínua.
Passo 6: Transferir para um papel alumínio e reduzir em pequenos 127
grânulos.
Passo 7: Assim que os srânulos esfriarem, embalar.
Estabilidade aproximada: 3 meses.
2 . 4 . 3 . Pó a n a lg é s ic o e f e r v e s c e n t e
Salicilato de sódio 15 g
Ácido cítrico m ono hidratado 34 g
Bicarbonato de sódio 30 g
Lactato de cálcio 10 g
Sulfato de magnésio anidro 10 g
Capitulo 5 - Manipulação
3. Cápsulas
3 Definição - USP- 23; Ph Eur-3rd
128 Cápsulas são formas farmacêuticas sólidas, com invólucro du-
ro ou mole, de diversos formatos e tamanhos, normalmente conten-
do uma dose unitária de ingrediente ativo. Os invólucros são nor-
malmente formados de gelatina; entretanto, eles também podem
ser constituídos de amido (hóstias) ou outras substâncias adequadas
(Exemplo: A cápsula vegetal é constituída por um derivado da celu-
lose, a HPMC*). As cápsulas são destinadas à adm inistra ção oral.
' HPMC: hidroxipropilmetilcelulose
Capitulo 5 - Manipulação
• Ve rsatilidade para o prepa ro de fórm ulas e doses ind ividu ali-
• zadas
Pe rm(fórmulas
ite, mais fac ilm en te que outras formas farm acê uticas, a
magistrais).
elaboração boas
• Apresentam de sistemas de liberação
carac terísticas modificada
de biodispo nibilida(liberação
de (ge-
prolongada
ralmente e revestimento
o invólucro gastroresistente).
se dissolve rapidamente no estômago,
• emProtegem
torn o de o10fárma
a 20com inutos,
de agentes externos
liberando seu (pós, ar, luz,
con teúdo ). etc ).
Esta proteção não existe em relação à umidade. 129
• Boa resistência física que pode ser aum entada com o uso de
blister.
• Boa aceitação pelos pacientes.
Embora os com primidos represen tem cerca de 75% das for-
mas farmacêuticas sólidas comercializadas, somente 38% dos con-
sumidores os pre fere m em relação às cápsulas. Em con traposição,
as cápsulas moles que representam som ente 2% do m erca do, são
preferidas por 44% dos consum idores. As cápsulas duras representam
cerca de 23% do mercado de forma s sólidas e 19% dos consum idores
as tem como opção de escolha. (King, 1984).
Entre 1970 e 1975 as cápsulas apresentaram taxas de cresci-
mento de vendas que variaram de 8 a 21% nos quatro maiores mer-
cados europeus. Esta é uma tendência que permanece. As cápsulas
duras de gelatina, cada vez mais têm sido escolhidas para novos
medicamentos na forma de dosagem oral sólida. Em 1982, somente
17,5% dos produtos recém licenciados eram apresentados como
cápsulas duras de gelatina; em 1996, este número já havia chegado
Capítulo 5 - Manipulação
sensibilidade a estes fatores.
•• Incom
Limitações
patíveisde couso: dificu lda de de
m substâncias serempicas,
higroscó utilizadas por
de lique scede-
n-
t eterminados pacientes
s , eflorescentes que com
formem dificuldades
m isturas de deglutição
eutéticas, (crian-
exceto se
ças e substâncias
estas idosos). forem previamente diluídas em excipientes
adequados ou então forem revestidas.
130• Não são adeq uada s para drogas qu e são m u ito solúv eis, com o
sais (Exemplo: cloreto de potássio, brometo de potássio, clo-
reto de amôneo). Nestas situações, os fluidos digestivos pe-
netram rapidamente na cápsula, dissolvendo o sal e criando
uma solução altamente concentrada que pode causar náusea
e vômi to quando entra r em contato com a mucosa gástrica.
Capitulo 5 - Manipulação
0 conteúdo não deve causar a deterioração do invólucro da
3.6. Classificação
cápsula (categorias
(ex.: água). Todavia, de cápsulas)
o invólucro ao ser atacado pelos f l u i -
dos digestivos deve liberar o conteúdo encapsulado.
• Cápsulas duras
• Cápsulas moles ( softgel )
• Cápsulas gastroresistentes (de liberação en térica) 131
• Cápsulas de liberação modificada (liberação prolongada)
3 . 6 . 1 . C á p s u l a s d u r a s ( p ú l v u l a s ) :
As cápsulas duras têm forma cilíndrica, arredondada nos ex-
tremos e são formadas por duas partes abertas numa extremidade,
com diâmetros ligeiramente diferentes, devendo os seus extremos
abertos encaixarem um ao outro.
A cápsula gelatinosa dura consiste em duas partes:
a. Corpo: porção longa e estreita (contém o ativo e o excipiente).
b. Tampa: porção curta e mais larga.
Esquema de
sistema de
fechamento de cápsulas
Capítulo 5 - Manipulação
Corpo
Tabela 18: Tam anhos de cápsulas d ispon íveis p ara uso hu m ano
Fonte: Pharmaceutical Practice, 1998.
Número Capacidade em volume (mL) Pós X
5
132 0,12a0,13
4 0,20 a 0,21
3 0,27 a 0,30
2 0,37
1 0,48 a 0,50
0 0,67 a 0,68
W~ 0,85
00 0,92 a 0,95
000 1,36 a 1,37
Capitulo 5 - Manipulação
Temperatura: entre 20 a 25°C.
3 . 6man
'Para . 2 ipulação
. Cáp sdeu las m o l eshigroscópicas
substâncias ( " s o f t g eel "detiquescentes
): è importante que a um idade
retativa amb ientat não seja maior que 40%.
A cápsula mole é constituída de uma única parte, estando o
conteúdo hermeticamente selado em seu interior. Estão disponiveis
em diversos formatos e tamanhos. Assim como as cápsulas duras são
constituídas normalmente por gelatina e a sua maior flexibilidade
está relacionada à presença de glicerina e ou sorbitol, que atuam 133
como plastificantes. 0 invólucro das cápsulas gelatinosas moles é
mais espesso do que o das cápsulas gelatinosas duras.
As cápsulas moles se destinam preferencialmente a acondi-
cionar líquidos, podem apresentar variadas formas e tamanhos e
conter substâncias medicamentosas em quantidades variáveis, des-
de 0,2 até 5g.
B. Desyantagens
• Preparação com plexa (não podem ser produzidas na farm ácia
magitral).
• Inadequada para incorp ora r substâncias líquidas com te or de
água maior que 5%, substâncias hidrossolúveis de baixo peso
molecular e compostos orgânicos voláteis.
Capítulo 5 - Manipulação
Capítulo 5 - Manipulação
Capitulo 5 - Manipulação
136
A. O bjetivo:
Revestimento externo
de cápsulas
gelatinosas duras, com
filme gastroresistente
em formulações
contendo fármacos
específicos, cuja
estabilidade, bio-
disponibilidade e
eficácia dependem da
liberação exclusiva em
meio entérico.
B. Materiais:
Máquina de revestimento entérico.
Frasco spray com propelente.
Secador com fluxo de ar quente para secagem do revesti-
mento.
Solução de revestimento entérico com acetoftalato de celu-
lose (recém-preparada) ou a solução de revestimento com Eudragit
L-100.
Cápsulas gelatinosas duras contendo o(s) fármaco(s) + exci-
piente(s).
Óculos de segurança para o manipulador.
Máscara com filtro para proteção do manipulador.
Luvas.
C. Precauções:
A inalação constante da solução de revestimento é potenci-
Capítulo 5 - Manipulação
Cálcuios:
Peso total das cápsulas vazias=> 76,2mg (peso médio da cáp-
sula vazia) x 500 (qua ntidad e de cápsulas a serem revestidas) =
38.100 mg ou 38,1g.
Quantidade em peso de revestime nto a ser em pregado: 15%
do peso das cápsulas vazias, portanto no exemplo: 15% de 38,1 g =>
5,715 g (quantidade de revestimento necessário para o processo de
revestimento). Para sabermos o peso do revestimento nas cápsulas
cheias, devemos realizar os seguintes cálculos:
Capítulo 5 - Manipulação
Passodas
total 1: Acondicione as cápsulas
cápsulas cheias, a serem
portanto: 5,715 revestidas
(quantidadeno de
tambor ou
revesti-
no copocalculado
mento da m áquina de r ev es
necessário aotimprocesso)
en to, ligue a máquina
+ 190 g (peso e total
faça das
os
ajustes necessários
cápsulas para prevenir
cheias) = 195,715 g (pesoquefinal
as tecnicamente
cápsulas se esvaiam do
correto das
tambor ducom
cápsulas ran teo revestimento).
o processo ou com a secagem pe lo flu xo de ar
quente do secador. 0 aju ste do ângulo ide al do tam bo r para o pro-
138
cesso, pode ser realizado através das "borboletas" rosqueadas em
parafusos situados nas laterais da máquina. No processo de giro, as
cápsulas contidas no tambor não devem escapar do mesmo. Portan-
to, teste a direção do fluxo de ar do secador no interior do tambor
com a máquina ligada. 0 fluxo de ar quente pode ser inclinado para
as laterais do tam bo r se a co rre nte de ar for m uito fo rt e e as cápsu-
las estiverem "vo a nd o " para fora do tam bo r. Para cápsulas de ta -
manho maior, o processo deve ser realizado com um menor número
de cápsulas de cada vez.
Capitulo 5 - Manipulação
descartadas. Uma eventual perda deve ser levada em consideração
Passo
no 4: Uma portanto
processo, vez rea lizado o passo
deve-se 3 por
revestir umavárias vezes, rem
quantidade ova de
maior as
cápsulas do
cápsulas e as
quedeixe sobre um
a solicitada na papel toalhacom
prescrição, estendido
o intuitosobre uma
de com-
bancada,
pensar estapara secagem
perda. ao ar
Sugerimos 5% por 5 a 10 minutos. Antes de jatear a
a mais.
solução de revestimento novamente (passo 4), pese, anotando o
valor e certificando a quantidade de revestimento da cápsula com o
valor calculado. 0 jateamento deve ser realizado até a proximidade 139
do peso calculado das cápsulas cheias com o revestimento.
Procedimento de preparo:
Passo 1: No agitador, adicione o CAP ao álcool seguido pelo hidróxi-
do de am ônio. (A dissolução do CAP depende do pH básico).
Passo 2: Deixe agitar por 1 hora ou até dissolver.
Passo 3: Então, acrescente o propilenoglicol
Eudragit®L-100 7g
P olietileno glico l 400 4,0 mL
Solução Acetona/álcool absoluto (1:1) qsp 100 mL
Procedimento de preparo:
Passo 1: Dissolva o Eudragit L-100 em cerca de 90 mL da solução de
Capitulo 5 - Manipulação
Capitulo 5 - Manipulação
2mm, forçando
Passo sua passagem
3: Determinar o Fator decom o uso para
correção de uma espátula e reco-
granulado:
Ihendo oFcgranulado
= peso do emgranulado
superfície forrada com papel impermeável
(ex.: papel manteiga).
peso da Colocar para secar em temperatura ambiente
susbstância
ouPasso
em estufa aberta a e40°C.
4: Encapsular envasar
141
3 . 7 . 5 . A lg u ns f á r m a c o s c o m e r c i al i za d o s c o m r e v e s t i m e n t o
gastro-resistente:
Mesalazina, Sulfassalazina, Pantoprazol, Pancreatina, Diclo-
fenaco, Naproxeno, ácido acetilsalicílico (comercializado também
na forma convencial), bisacodil, digitoxina, indometacina, lanzopra-
zol, tripsina, bromelaína, om eprazol, etc .
Capitulo 5 - Manipulação
3.8.1. Introduçao
142 Algumas formas farmacêuticas sólidas, como cápsulas e com-
primidos de liberação convencional são elaboradas para liberar o
fármaco no organismo de modo a ocorrer absorção rápida e compte-
ta. Nesses sistemas, busca-se manter determinada concentração do
fármaco no sangue, prescrevendo-se doses unitárias constantes ao
paciente durante o período de 24 horas. No entanto, pode ser ob-
servada a ocorrência de picos e vales no perfil de biodisponibilidade
do medicamento que devem estar situados dentro de uma faixa a-
ceitável, (janela terapêutica - acima da concentração mínima eficaz
e abaixo da concentração m ínima tóx ica) para que não haja com -
prometimento da eficácia clínica do tratamento. Este perfil, deter-
mina a posologia do esquema terapêutico (Ansel, Popovich, Alen,
2000; Helman, 1981; Lieberman, Lachman, 1982; Lieberman, Lach-
man, Schwartz, 1 990; Ritschel, 1 982; Veiga, 1 988).
Contudo, outras formulações vêm sendo estudadas, na tenta-
tiva de modular a liberação do fármaco, para que ocorra de modo
lento e gradual propiciando ação terapêutica de longa duração (An-
sel, Popovich, Alen, 2000; Helman, 1981; Lieberman, Lachman,
1982; Lieberman, Lachman, Schwartz, 1990; Lordi, 1986; Prista,
Alves, Morgado, 1 995; Ranade, 1 991 ; Ritschel, 1 982; Veiga, 1 988).
Nos sistemas de liberação controlada, a taxa de fármaco li-
berada iguala-se a quantidade de fármaco eliminado, mantendo
desta forma, a concentração plasmática dentro da janela terapêuti-
ca (Uhrich et al., 1 999). Tais preparações podem ser desenvolvidas
para administração por diversas vias (cutânea, intravascular, intra-
muscular, lin fá tic a, ocular, nasal, de ntre outras). E ntre tan to, a ad-
ministração pela via oral, continua sendo uma das mais desejáveis
(Khan, 1995; Veiga, 1988).
De acordo com a United States Pharmacopeia 24 ed. (2000),
o termo liberação controlada é sinônimo de liberação sustentada,
liberação prolongada ou ação prolongada. Tais term os são em pre-
gados para descrever formulações que não liberam o fármaco pron-
Capítulo 5 - Manipulação
Capítulo 5 - Manipulação
Tabela 2 0 : T e r m i n o l o g i a m a is r e c e n t e m e n t e e m p r e g a d a n a á r e a
de t e c n o lo g i a d e l i b e r a ç ã o m o d i f i c a d a d e f á r m a c o s
144 DE LIBERAÇÃO
TIPO DEFINIÇÃO REFERÊNCIAS
Controlada (liberação Sistema no qual a liberaçâo do fármaco United States
prolongada, ação prolon- ocorre lentamente e em quantidade Pharmacopeia 24
gada, liberação len ta, constante por unidade de tempo, quan- e d . , 2000; Costa,
liberação sustentada) do comparado com sistema convencio- Lobo, 1999
nal.
United States
harmacopeia 24
A liberação do fármaco ocorre em peri- ed., 2000; Costa,
Retardada odo de tempo bem definido após admi- Lobo, 1999;
nistração do medicamento. Ranade, 1991
Capítulo 5 - Manipuiação
Capitulo 5 - Manipulação
3.9.1. Definição:
146 As cápsulas, assim como os comprimidos, podem ser formu-
ladas para liberar o(s) principio(s) ativo(s) de maneira lenta e pro-
longada para que seja(m) absorvido(s) pelo trato gastrintestinal.
3.9.3. Desvantagens:
Em pacientes que sofreram efeitos adversos do fármaco
veiculado na forma de liberação prolongada, torna-se mais difícil a
remoção do fármaco do aparelho digestivo do que nos produtos de
rápida liberação.
Dificuldade de deglutição, decorrente da frequente utiliza-
ção de altas doses do fármaco (> 500 mg), portanto, a forma farma-
cêutica pode ser de maior tamanho.
Normalmente, as formas de liberação prolongada contêm
Capítulo 5 - Manipulação
Capitulo 5 - Manipulação
Capítulo 5 - Manipulação
Capítulo 5 - Manipulação
significativamente a viscosidade do gel da matriz hidrofílica.
3.9.8. Matrizes hidrofílicas em cápsulas:
Uma liberação lenta do fárm aco pode ser ob tida em cápsulas,
com o uso de polimeros formadores de m atriz hid rofílica .
Quando a cápsula de gelatina é ingerida, a gelatina que a
constitui permite a penetração da água, causando sua hidratação e
150
dissolução em alguns minutos. 0 uso de polimero formador de ma-
triz coloidal no excipiente encapsulado, afetará assim como, nos
comprimidos a dissolução da cápsula, prom ovendo uma liberação
controlada.
A concentração de polimero utilizada afetará a velocidade de
liberação do fármaco, todavia o tamanho da cápsula utilizada pare-
ce não ter sign ificante efeito na libera ção .
3 . 9 .a9 mistura
ta, . A l g u n sdof ápó
r m acontendo
c o s q u e o p ativo,
o d e m excipiente
s e r m a n i peu l polímero
a d o s e m seja
cáp-
tamisada para obtenção de um pó muito fino (tamis 80 mesh).
s u las d e l i b e r a ç ã o l e n t a
Progesterona
Codeína
Morfina 151
Propanolol
Anfepramona HCl
Diclofenaco de sódio
Diltiazen HCt
Teofilina
Nifedipina
T3,T4
Não manipular em cápsulas menores que a número 1.
A. Exemplo de Formulação
Progesterona em Cápsulas de Liberação Lenta
Progesterona 100mg
HPMC 140mg
Lactose qsp 1 cápsula
Nota: Encapsular em cápsulas núm ero 0.
Capítulo 5 - Manipulação
Tabela 2 2 : A l g u m a s F o r m u l a ç õ e s C o m e r c i a l i z ad a s c o m L i b e r a ç ã o
Modificada
Referênàas:
International Drug Directory 1990-1991
152
Physicians' Desk Reference 50th edition 1996
Red List: Drus Directory of Germ an Pharm aceutical Industry
Abreviações: C= cápsula, T=com primido (do ingíès tabtet), E=revestimento entérico, XR=
liberaçõo prolongada (do ing/ês extended release)
Capítulo 5 - Manipulação
Felodipina/ Astra, Hoescht T
F enilpropanolamina/
Continuação Tabela 22 Smithklin e Bee- C XR
Droga/companhia
cham, Procter & Gamble Forma Propriedades
farmacêutica
Fenofibrato/ Fournier C XR
Flufenazina/ Squibb T XR
153
Furosemida/ Hoechst C XR
Ibuprofeno/ Wander. Klinge C,T XR
Indometacina/ Merck C,T E, XR
Isossorbida dinitrato/ Boehringer C , T XR
Mannh., Wyeth
Isossorbida mononitrato/ Synthela- C , T XR
bo, Boehringer Mannh.
Isoxsuprina/ Duphar C XR
Lanzoprazot/ Takeda c E
Levotiroxina (T4)/ Henning T XR
Lítio/ Astra, Smithkline Beecham T E, XR
Mesalazina/ Procter & Gamble, T E, XR
Smithkline Beecham
Metformina/ Boehringer Mannheim T XR
Metilprednisolona/ Hoechst T XR
Metoclopramida/ Kali-Chemie C XR
Metoprolol/ Astra, Ciba T XR
Morfina/ Rhone-Poulenc CT XR
Naproxeno/ Roche, Syntex C,T E
Nifedipina/ Bayer C XR
Nitrofurantoina/ Procter & Gamble c XR*
Omeprazol/ Astra c E
O rfenad rina/ 3M Media T XR
Pancreatina/ Mc Neil, Nordmark C,T E
Pantoprazol/ Byk Gulden T E
Pentoxifilina/ Promonta Lundbeck, T XR
Hoechst-Roussel
Pindolol/ Sandoz T XR
Cloreto de Potássio/ Abbott T XR
Propranolol/ Wyeth C XR
Q uinidina/ As tra, Boehringer Man- T XR
Capitulo 5 - Manipulação
Q uinidina/ As tra, Boehringer Man-
nh.
Continuação Tabela 21
Droga/companhia
Salbutamol/ Glaxo Forma
CT XR
Propriedades
Sulfassalazina/ Pharmacia farmacêutica
T E
Teofilina/ Byk Gulden, Hoechst, CT XR
Key,
154 Knoll, 3 M Medica
Tioridazina/ Sandoz T XR
Trifluoperazina/ Smithkline C XR
Beecham
Tripsina/ Mucos, Novo T E
Ácido valpróico/ Abbott, Geigy C,T E
Verapamil/ Knoll, Searle C,T XR
Vincamina/ Parke-Davis C XR
Capítulo 5 - Manipulação
receita, assina rótulo con trole processo envia formula-
ção pesada 0 encapsulador realiza o acondicionamento
para Hom ogeneização/T am isação. do pó nas cápsu-
las, anota dados da re
0 manipulador ce ita , aassina
efetua rótulo diluição
trituração, de processo, anota tama-
e tamisação da
nho e cor
fórmula, da cápsula
anota no rótu
dados em lo de c onpróprio
formulário trole de processo,
e envia env ia para
a mesma paraa
a conferência
encapsulação. o pote com a fórmula encapsulada sem lacrá-lo.
155
3.10.2. Materiais utilizados:
Balança semi-analítica
Espátulas (aço inox ou plástico)
Papel manteiga
Saco plástico
Calculadora
Papel higiênico
Proveta graduada
3.10.3. Procedimento:
Passo 1: Processo em que o manipulador deverá pesar os sais, espe-
cificados na receita (ficha de pesagem), observando as respectivas
quantidades.
Passo 2: A pesagem deverá ser precisa e muito cuidadosa.
Passo 3: Ao iniciar a pesagem, o manipulador deverá tarar a balança
com papel manteiga sobre o prato.
Passo 4: 0 manipulador deverá pesar os sais um a um (sempre ta-
rando a balança após cada sal), em papel manteiga sobre a balança
de precisão, utilizando-se de uma espátula. Para pesagem de pellets
deve utilizar sempre espátula de plástico ou de chifre, não utilizar
espátulas de aço inox.
Passo 5: Após o término da pesagem da fórmula, inclusive o excipi-
ente, os sais serão colocados em um saco plástico e encaminhados
para o processo de trituração, diluição e tamisação da formulação.
Passo 6: A ordem de manipulação deve conter orientação quanto ao
tamanho e cor das cápsulas a serem utilizadas, bem como a indica-
ção da necessidade de revestimento entérico, se for necessário.
Capitulo 5 - Manipulação
Exemplo:
Piridoxina 60,0 mg
Cistina 200,0 mg
VitaminaB12 1 00,0 mcg
Biotina 0,2 mg
VitaminaA 25.000 Ul
100cápsulas.
Cálculo:
1mg 100 mg
10 mg x
x = 1.000 mg = 1 ,0g
Pesa-se então 1,0g da Vit. B12 diluída 1:100.
Capítulo 5 - Manipulação
x = 200 mg = 0,2g
Pesa-se
- Vitamina0,2g
A =de25.000
BiotinaUldiluída 1:10.
Converte-se a unidade internacional em miligrama, considerando-se
que 500.000 Ul de vitamina A correspondem a 1g da vitamina A ace-
tato pó, faz-se então a seguinte regra de três:
500.000UI 1g
25.000 Ul x 157
x = 0,05g
0,05gx 100caps = 5,0g.
Pesa-se então 5g da vitam ina A ac eta to pó.
3 . 1 0 . 5 . C ál c u l o d o T a m a n h o d a Cáp s u l a
É necessário completar com excipiente o volume do pó a
encapsular, caso este seja inferior a 90% da capacidade da cápsula.
Considera-se sempre o peso e a densidade aparente dos pós
da formulação.
Exemplo 1
Capítulo 5 - Manipulação
C imetidina
Verifica-se um total200 mg
de 350 mg de pó por cápsula, pela tabe-
Inositol
la corresponde à cápsula 100 mg
n° 1 , não sendo necessário acrescentar
Alcachofra
excipiente ext por . cápsula,
seco 50exceto
mg se a mistura demonstrar sinais de
Peso total: 350 mg
higroscopia.
158
Exemplo 2 . Cápsulas dobradas:
Fórmulas que apresentam sais cujo peso total ultrapassa os
750 mg deverão ser feitas em 2 cápsulas que conterão Vi dose em
cada uma (Capacidade média da cápsula: veja tabela 23)
Exemplo 3
Famotidina 25 mg
Cisaprida 8 mg
60 caps
Peso total: 33 mg
Capitulo 5 - Manipulação
Para esta formulação deverá pesar 10,02 g de excipiente.
3 .10.6. Método Volum étrico para Enchimento das Cápsuias
A cápsula é uma das formas farmacêuticas orais mais difundidas
em manipulação. No entanto, a prática envolvendo cápsulas é mui-
tas vezes imprecisa, pois os métodos geralmente utilizados para o
enchimento, se baseiam na capacidade em termos de peso. Este
parâmetro (peso) varia muito conforme a densidade do pó a ser 159
en-
capsulado, o que pode gerar alguns inconvenientes no cálculo de
excipiente e tamanho da cápsula a ser empregada. 0 "Método Vo-
lumétrico" de enchimento de cápsulas é muito mais preciso, já que
as cápsulas têm a capacidade constante em term os de volum e.
Exemplo:
volume = 25 m l para 30 cápsulas.
Veja o ponto "x" no gráfico. Segundo o gráfico, a cápsula a ser usa-
da é de número superior a 0, portanto 00. Para 30 cápsulas de nú-
mero 00. Qual o volume ocupado ?
Veja ponto Y no gráfico = 29 ml.
Sendo assim, o volum e de ex cipie nte será 29 - 25 = 4 m l.
Capítulo 5 - Manipulação
T a b e l a d e p r e e n c h i m e n t o d as c á p s u l as d u r a s
000
E5
1/1
o.
<C
u
0
TJ
o
l_
<D
£
z
1 15 2 25 3 35 4 45 5
Volume de pó
Capítulo 5 - Manipulação
Pistilo.
B. Procedimento:
Espátula de plástico tipo "tigre®" .
Passo Papel
1: Agitar o saquinho plástico, com os componentes da formu-
manteiga.
lação previamente pesados, 10 vezes ou mais, enchendo-o
previamente com ar (não soprar).
Passo 2: Verter o pó para um gral, triturando-o com o pistilo.
161
Passo 3: Transferir completamente o conteúdo para o tamis de ma-
Iha de aço inox (de 50 a 100 Mesh) adaptado ao seu suporte previa-
mente guarnecido com papel manteiga limpo.
Passo 4: Efetuar a tamisação do "pó" com uma espátula (limpa,
sanitizada e seca), pressionando ligeiramente o pó contra o tamis
em movimentos de "vai e vem", até o esgotamento do pó sobre o
tamis. Substâncias naturais (fitoterápicos) poderão deixar alguns
resíduos, como fragmentos de galhos e folhas que não passando pelo
tamis serão desprezados.
Nota: Os sais na forma de microgrânulos (peltets) não podem passar peto tamis e pelo proces-
so de trituração no gral, pois estes processos comp rometeriam a integridade dos mesm os,
bem com o a eficàcia terapêutica posterior do fármaco.
Passo 5: Transferir o pó depositado sobre o papel manteiga contido
no suporte, para o gral de porcelana limpo, sanitizado (com álcool a
70%) e seco.
Passo 6: Misturar o "pó" no gral com pistilo: 10 movimentos no sen-
tido horário e 10 no sentido anti-horário.
Passo 7: Revolva o pó no interior e laterais do pistilo e do gral com a
espátula de plástico e repita a operação anterior.
Passo 8: Transfira o pó do gral para o saquinho de plástico, enchen-
do-o com ar (não soprar), agitando-o por 10 vezes ou mais.
Passo 9: Analise visualmente a homogeneização do pó, caso esteja
homogêneo passe para o passo seguinte, caso seja constatado sinais
de heterogeneidade (não misturou direito) repita a operação.
Passo 10: Anexar o saquinho com o pó da formulação à ficha de pro-
dução e ou receita e enviá-los para a encapsulação.
Passo 11: Após a homogeneização de cada fórmula, os materiais
utilizados (gral, tamiz, pistilo, espátula) deverão ser limpos e sani-
tizados e o papel manteiga descartado e substituído por outro.
Passo 12: O homogeneizador deverá registrar seu trabalho na ficha
de produção, rubricando-a .
Nota: Os sais em microgrânulos ou pellets (omeprazol, lanzoprazot, itraconazot e outros) não
Capítulo 5 - Manipulação
passarõo pelo processo normal de homogeneização e tamização.
Norm aimenteEncapsulação
3.10.8. estes sais são pesados
de cápsula por cápsula peto m anipuiador ou em tabuleiro
Pós
especialmente catibrado.
A encapsulação
O homo geneizador, deve estaréciente
o processo onde de
das Boas Prática asMan
matérias-primas pesa-
ipulaçâo estando devidamente
das e homogeneizadas
paramen tado e catcando tuvassãoque acondicionadas
após cada formutação emdeverão
cápsulas
passaradequadas.
por a ssepsia com
álcoot a 70% ou outra solução sanitizante sob fricçâo.
A. Material utilizad o
162
Placas encapsuladeiras (000, 00, 0, 1, 2, 3, 4 ,5) ou máquina
encapsuladeira com respectivos discos.
Espátula plástica (patheta).
Socadores.
Papel manteiga.
C. P rocedimento
Passo 1: Selecionar a ptaca encapsutadeira correspondente ao tama-
nho de cápsuta necessário.
Passo 2: Montar a placa. Deverá ser cotocada uma haste de cada
lado da base e o tampo em cima. A terceira haste (a menor) é utiti-
zada para delimitar a área das cápsulas que serão utilizadas na en-
capsulação. Colocar uma fotha de papel manteiga sobre a bancada e
sobre esta folha, a placa encapsuladeira. 0 encapsulador deverá
observar na ficha de produção a cápsula que será utilizada (tama-
nho, cor, etc) conforme a orientação por escrito do maniputador e
montar a placa adequada.
Passo 3: Preencher os orifícios da placa encapsuladeira com as cáp-
sulas fechadas vazias, de acordo com a quantidade solicitada na
fórmula, observando com atenção o tamanho e a cor da cápsula a
ser utiliza da .
Passo 4: Remover m anualmente a tam pa da cápsula (pa rte m enor da
cápsula). Adicionar o pó, (fórmuta) previamente pesado e homoge-
neizado, vertendo-a gradualmente sobre a placa com as cápsutas
Capitulo 5 - Manipulação
vazias
cador abertas.
para os pós que excedam minimamente a capacidade da cáp-
Passo 5: Espalhar cuidadosamente,
sula, empregando com todas
força equitativa para a ajuda
as da espátuta,
cápsulas e emo pó
se-
sobre
guida adistribua
placa até
de que o conteúdo
maneira uniformeesteja
entreuniformemente
as cápsulas o distribuido
restante do
entre
pó. as cápsutas, bata a placa sobre a bancada de maneira ritmada
para
Passoque6: os póso se
Após acomodemdeverão
enchimento, facilmente, se necessário,
ser abaixadas use eo reco-
as hastes so-
locadas as tampas (pa rte supe rior) das cápsulas. 163
Passo 7: Em seguida o encapsulador deverá travar as cápsulas com
as mãos, tomando cuidado com a pressão, pois se esta for excessiva
poderá amassar o fundo das mesmas.
Passo 8: Após travadas as cápsulas deverão ser retiradas da placa,
limpas e acondicionadas na embalagem. Os potes de plástico (emba-
lagem) para acondiciona-las serão escolhidos em função da quanti-
dade e do tamanho das mesmas.
Passo 9: A embalagem deve ser rotulada.
Passo 10: Registrar a encapsulação em formulário do setor, rubricar
a ficha de produção e o rótulo de controle de processo.
Passo 1 1 : Enviar a fórm ula para a con ferênc ia.
Nota: 0 encapsu lador de verá seguir as Boas Práticas de Man ipulacão e estar devidamen te
parame ntado, catçando luvas e periodicam ente fazer a assepsia das mão s.
3 . 1 0 . 1 0 . E n c ap s u l aç ão c o m m á q u i n a e n c a p s u l a d e i r a (p a r a
fórmulas individuais)
A utilização de máquina encapsuladeira reduz o tempo de
encapsulação em até 60%.
A. A máquina de encapsular é composta po r:
• discos para a colocação das cápsulas (cada tam anho de
cápsula possui seu disco correspondente).
• aro de alumínio para ench imento do disco.
• enca ixe do disco para enchimento e ab ertura das cápsulas
por sucção.
• "porc o esp inho" onde são lacradas as cápsulas (fo i popu-
larmente chamado assim, por se parecer como tal). Ele é
um disco do mesmo tamanho dos de cápsulas, tendo no lu-
gar dos orifícios, hastes de alumínio.
Nota: Á máq uina encapsuladeira p ara formas individuais não possui funil de distribuição de
Capitulo 5 - Manipulação
Nota: Á máq uina encapsuladeira p ara formas individuais não possui funil de distribuição de
cápsulas
B . e nem caneletas, pois na maioria das vezes, o núm ero de cápsulas a ser man ipulado
Procedimento:
é men or que a capacidade total do disco. Portanto, quase semp re trabalha-se com o disco
Pa so 1 : Aosendo
incompleto, receber a fórm
necessário ula o hom
para isso ogeneizada,
preenchimento ma nual.o Aencapsulador de-
vantagem d a utilização
verá
desta ve
márificar qunoal fato
quina está o tam anho
da me da cápsula
sma realizar selecionado
a abertura e o fechame ntoe oautomático
disco a-das
cápsulas, otimizando assim o processo de encapsulação.
propriado. Pode-se agilizar o processo, trabalhando-se com poucos
tamanhos
164 de cápsulas.
Passo 2: As cápsulas vazias são colocadas em disco correspondente.
De acordo com o número de cápsulas da fórmula será preenchido o
disco (cada carreira do disco tem capacidade para 5 cápsulas, por-
tanto para encapsularmos 60 cápsulas devemos preencher 12 carrei-
ras).
Passo 3: Após o enchimento do disco com as cápsulas vazias, ligar a
sucçáo para a separação das cápsulas, ficando na parte inferior do
disco os corpos das mesmas para preenchimento com o pó e na par-
te superior suas tam pas.
Passo 4: Colocar o aro de alum ínio guia e distrib uir o pó norm alm en -
te com o auxílio da palheta. 0 disco pode ser batido para a melhor
acomodação dos pós, podemos ainda ut iliz ar o socador.
Passo 5: Após a distribuição total do pó, rejuntar as duas partes do
disco e lacrar as cápsulas no "porco espinho".
Passo 6: As cápsulas são então embaladas e enviadas para conferên-
cia, após prévio registro e rubrica do encapsulador no rótulo de con-
trole de processo.
3 . 1 0 . 1 1 . E n c a p s u l a ç ã o c o m l i q u i d o s
Drogas líquidas, soluções ou dispersões de fármacos podem
ser encapsuladas em cápsulas duras, desde que o invólucro gelatino-
so da cápsula não seja so lúvel no líquid o.
B. M aterial ut iliza do :
Capitulo 5 - Manipulação
Placa encapsuladeira.
C. Procedimento:
Pipeta, micropipeta ou gotejador calibrado.
Passo 1: Selecionar a placa encapsuladeira correspondente ao tama-
nho de cápsula necessário.
Passo 2: Montar a placa. Deverá ser colocado uma haste de cada
lado da base e o tampo em cima. A terceira haste (a menor) é utili-
zada para delimitar a área das cápsulas que serão utilizadas na 165
en-
capsulação. Colocar uma folha de papel manteiga sobre a bancada e
sobre esta folha a placa encapsuladeira. 0 encapsulador deverá ob-
servar na ficha de produção a cápsula que será utilizada, (tamanho,
cor, etc) conforme a orientação por escrito do manipulador e mon-
tar a placa adequada.
Passo 3: Preencher os orifícios da placa encapsuladeira com as cáp-
sulas fechadas vazias, de acordo com a quantidade solicitada na
fórmula, observando com atenção o tamanho e a cor da cápsula a
ser utilizada.
Passo 4: Remover m an ualmen te a tam pa da cápsula (pa rte menor
da cápsula).
Passo 5: Medir em uma pipeta, micropipeta ou gotejador calibrado,
a quantidade do líquido contendo a droga diluída por dose a ser en-
capsulada (a diluição deve ser realizada em um volume compatível
com a capacidade da cápsula). Encher um a um, os corpos das cáp-
sulas com o líquido medido na pipeta.
Passo 6: 0 vazamento do líquido pode ser minimizado, pelo sela-
mento da tampa ao corpo da cápsula. Isto pode ser realizado umi-
decendo a superfície interna da tampa, antes de reacoplá-la ao cor-
po da cápsula, com um cotonete umidecido com uma solução hidro-
alcoólica.
Passo 7: Após selar e travar, as cápsulas deverão ser retiradas da
placa, limpas e acondicionadas na embalagem. Os potes de plástico
(embalagem) para acondicionar as cápsulas serão escolhidos em
função da quantidade e do tamanho das cápsulas. A embalagem
deve ser rotulada.
Passo 8: Registrar a encapsulação em formulário do setor, rubricar a
ficha de produção e o rótulo de controle de processo.
Passo 9: Enviar a fórm ula para a conferê nc ia.
Capítulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Passo 1: A droga é adicionada à base fundida (ex. base de polietile-
noglicol-PEG).
Passo 2: A mistura é aquecida e agitada até que o pó (a droga) é
também fundido, dissolvido ou completamente misturado na base
PEG.
Passo 3: Deixa-se esfriar um pouco, mantendo a temperatura acima
Capítulo 5 - Manipulação
Passo 3: Deixa-se esfriar um pouco, mantendo a temperatura acima
do
A. ponto de fusão
Exemplos do PEG.excipientes que podem ser utilizados como
de alguns
matrizes
Passo 4: semi-sólidas
Com o auxíliopara
decápsulas:
uma pipeta ou seringa, verter o volume
com •a quantidade desejada
Óleos vegetais (conforme óleo
hidrogenados: a dose
de calculada) individual-
algodão hidrogenado
mente em(Lubritab®),
cada cáp sula.
óleo de rícino hidrogenado, etc.
• Gorduras vegetais: cera de carnaúba, manteiga de caca u. 167
• Gorduras de origem an im al: cera de abe lha, lano lina .
• Hidrocarbonetos: pa rafina.
• Álcoois graxos: álcool cetílico , álcool láurico, álcool estearí-
lico,
• Ácidos graxos: ácido esteárico, palm ítico , m irístico e lauríli-
co
• Polietilen og licóis: PEG 1 500, PEG 4000, etc.
Procedimento:
Passo 1: Calcule a quantidade requerida na prescrição de cada in-
grediente.
Passo 2: Pese prescisamente cada componente.
Passo 3: Utilizando dituição geométrica, misture os pós.
Passo 4: Utilizando baixo calor em torno de 65°C, em uma placa de
aquecimento, funda os polietilenoglicóis.
Passo 5: Aos poucos acrescente os pós, misturando-os completamen-
te na massa fundida. Preencha o tabuleiro de com 100 cápsula N°1,
removendo suas tampas.
Passo 6: O volume total obtido da massa fundida + os pós deve ser
Capítulo 5 - Manipulação
Capitulo 5 - Manipulação
3 . 1 1 . I n c o m p a t i b i l i d a d e s
3 . 1 1 . 1 . In t e r a ç ã o f ís i c o - q u í m i c a e n t r e os a t iv o s o u e n t r e os
ativos e o excipiente
Exemplos: Deliquescência* e Misturas Eutéticas**.
3 . 1 1 . 2 . I n t e r a ç ã o f ís i c o - q u í m i c a e n t r e os a ti v o s e o u ex c i p i -
entes com o invólucro de gelatina da cápsula
Substâncias higroscópicas podem absorver a água residual do
invóluc ro g elatinoso da cápsula que contém cerca de 10 a 15% de
um idade, podendo ainda absorver até 10 vezes seu peso em água.
'A utilização de pós absorvedores tais como, o óxido d e zinco e o carbonato de ma gnésio
reduzem a tendência de absorqão de águas de pós higroscópicos e sujeitos a deliquescència.
A formação de misturas eutêticas podem ser prevenidas pela mistura prévia e separada de
cada com ponente com um pó inerte de aito p onto de fusão (ex. carbonato de masnésio,
óxido de masnésio) e só então misturar os com ponentes entre si.
Capitulo 5 - Manipulação
3.14.1. P r o c ed i me n to :
Passo 1: Encapsular a fórmula nas cápsulas gelatinosas duras, con-
forme prescrição.
Passo 2: Abrir as cápsulas amiláceas sobre o balcão e transferir o pó
da cápsula gelatinosa para a cápsula amilácea uma a uma.
Passo 3: Molhe a tampa das cápsulas amiláceas em algodão previa-
mente umedecido em água e coloque sobre a outra parte da cápsula
com leve pressão.
Passo 4: Descartar as cápsulas gelatinosas vazias.
Capítulo 5 - Manipulação
Capitulo 5 - Manipulação
de drogas
ral), são substâncias
corticosteróides, que podemprincípios
demulcentes, ser veiculadas
ativos nestas form as
adstringentes,
antibacterianos
farmacêuticas. de ação local, descongestinantes, antitussígenos,
antihistamínicos, princípios ativos utilizados no tratamento para a
cessação do tabagismo, compostos aromáticos e outras combinações
172
4. Pastilhas
4.1. Definição:
São formas farmacêuticas sólidas que se destinam a dissolver
ou desintegrar len tam en te na boca. Podem conter um ou mais ati-
vos de ação local (cavidade oral) ou sistêm ica, veiculado(s) em ba-
se, geralmente, flavorizada e edulcorada, moldada ou comprimida.
4.2. Tipos:
4.2.1. Pastilhas duras:
Misturas de sacarose e outros açúcares e/ou carboidratos em
estado am orfo.
4 . 2 . 3. P a s t i l h as m as t ig á ve i s ( b al a s g o ma s , g o ma s ma s ti g á-
veis ou "ju ju b a s"):
Preparadas à base de gelatina glicerinada.
Capítulo 5 - Manipulação
4 . 3 . Usos e Aplicações:
4 . 3 . 1 . Uso t r a d i c i o n a l :
Excipiente para drogas de ação local na cavidade oral (anes-
tésicos, agentes antibacterianos e demulcentes). 173
4 . 3 . 2 . E x c i p i e n t e p a r a d r o g a s d e a ç ã o s i s t ê m i c a :
Estas formas se dissolvem lentamente na boca. A droga é li-
berada para a absorção sublingual e bucal, a droga que é deglutida
pode ser absorvida pelo trato gastrointestinal.
4.3 .3 . Form a farm acêu tic a esp ecialm ente utilizada para
pacientes com dificuldade de deglutição:
Pacientes pediátricos, geriátricos ou com bloqueio gastroin-
testinal.
4 . 4 . Desvantagens:
Risco maior de acidentes por ingestão inadvertida pelas cri-
anças, decorrente da aparência e sabor parecidos com doces e ba-
las. Por este motivo, devem ser mantidos longe do alcance das cri-
anças.
Formas como pirulitos e picolés não são precisas na dosifica-
ção, pois, muitas vezes, podem não ser consumidas completamente
pelo paciente. Portanto, somente drogas não potentes que não ne-
cessitem de uma posologia precisa e que tenham ação predominan-
temente local devem ser veiculadas nesta forma.
Capitulo 5 - Manipulação
4.5.3. Preparação:
A. Material u tiliza do :
• Béquer
• Bastão de vid ro
• Balança de precisão
Capitulo 5 - Manipulação
Base de Aç úc ar
1 50° - Descontinue
o aquecimento
1 25° C- Adicione os ingredientes ativos.
(É necessârio adicionar nesta temperatura
ou a base irá solidificar, antes d e ser toda
vertida para o molde).
30 Minutos
Tempo (Aproximado)
Capitulo 5 - Manipulação
do aquecimento
B. Fórmula base comao atingir
so rb ito l 150°C, nas massas
para pastilhas duras de pastilhas
e piru duras
lito s (Base
preparadas
suçar free) -com s acarose.
fórmula para 250g
Fonte: PCCA Primary traininç
Ingredientes Quantidade Função
Sorbitol 70% 255 mL Veículo e edulcorante
176
Bitartarato de 625 mg Acidulante
potássio
(cremor de tártaro)
Sacarina 375 mg Edulcorante
Flavorizante 2,5 ml_ Flavorizante
Corante q.s. Corante
Goma guar 2,5 g Agente suspensor e de
consistência (opcional)
Procedimento:
Passo 1 : Adicionar o sorbitol 70% em um béquer de 600m L.
Passo 2: Aquecer a 150°C. Caso a droga não seja termolábil (estável
Capitulo 5 - Manipulação
temperatura ambiente.
B as e d e S or b it o l
30 Minutos
Tempo (Aproximado)
Exemplo:
Fármaco 500mg
Capitulo 5 - Manipulação
4.5.6. E m b a l a g e m :
Bem vedada (zip-bag, sachês, filme plástico ou caixa molde
para pastilhas). Pirulitos: papel alumínio, sachês, pote plástico
"cristal" com furo na tam pa.
4.5.8. Rotulagem:
Rótulo de advertência: "Manter este medicamento longe do
alcance de crianças."
4.5.9.Controle da qualidade:
Capítulo 5 - Manipulação
4.5.9.Controle da qualidade:
• • Peso
Teore eunpo
iform
nt o idade
de fusão
4.5.10. Estabilidade:
• Aparência
• Dureza
Pastilhas e pirulitos duros, apesar de possuírem baixo teor de
• Odor
água são higroscópicos, absorvendo a umidade ambiental.
A estabilidade depende da natureza do ativo. De modo geral,
179
pode ser definida entre 2 e 3 meses.
Figura 3: m o l d e c o n t e n d o p i r u l i t o s .
F o t o : IJPC - Internation al Jo urna l of Pharmaceu tical Com pounding
Figura 4: c a i x a m o l d e p a r a p a s t i l h a s .
F o t o : P C C A - P r o d u c t s C a t a l o g
Figura 5: p r e e n c h i m e n t o do molde de
pirulito.
Capitulo 5 - Manipulação
pirulito.
F o t o : I J P C - I n t e r n a t i o n a l Journal of
4.5.11. S u g e s t õ e s d eP hF aorrmmaucl ea uç tõi ec as l: C o m p o u n d i n g
Capitulo 5 - Manipulação
4 . 6 . Pastilhas "macias":
4 . 6 . 1 . Composição:
Podem ser preparados com bases graxas (chocolate, pasta de
amendoim, manteiga de cacau, óleo vegetal hidrogenado), polieti-
lenoglicol ou base de goma arábica-açúcar.
4 . 6 . 2 . C a r a c t e r i s t i c a s :
Podem ser facilmente preparadas e aplicadas para uma am-
pla variedade de fármacos.
Podem ser coloridas e flavorizadas.
Podem dissolver lentamente na boca ou serem chupadas, de-
pendendo do efeito desejado.
As bases de PEG e as bases graxas são anidras (ideal para in-
corporar drogas hidrolisáveis).
Combinações de PEG com diferentes PM, para obter varia-
ções no tempo de dissolução da pastilha na boca.
As bases fundem normalmente em baixas temperaturas (<
Capitulo 5 - Manipulação
60°C).
Peso variáv el: 1 a 4g (pastilhas) e p irulito s (7 a 8g).
4.6.3. Desvantagens:
A base de PEG tem sabor menos doce que a base de sorbitol
ou açúcar.
Os pirulitos obtidos com base PEG não são farmacêuticamen-
182
te elegantes como os outros.
São sensíveis a altas temperaturas, devendo ser conservados
em local fresco ou sob refrigeração.
4.6.4. Preparação:
Material utilizado:
• Béquer
• Bastão de vid ro .
• Balança de precisão.
• Placa com aqu ecim en to.
• Termômetro.
• Molde.
Ingredientes % Função
PEG 400 8,86 Veículo
PEG 4000 24,87 Veículo
PEG 6000 64,21 Veículo
Sacarina sódica 0,06 Edulcorante
Aspartame 0,5 Edulcorante
Acido cítrico 0,5 a 1,0 Acidulante
Flavorizante 1,0 Flavorizante
Solucão aicoólica de corante q.s.p. Corante
Capitulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Passo 3:
Passo Adicionar
1: Pesar, como máxima
PEG 400exatidão,
e levigarcada
até obtenção
ingredientededamassa uni-
formuia-
forme.
ção.
Passo 2:
Passo 4: Misturar
Fundir o aPEG 4000 eo oaspartame
sacarina, PEG 6000e em uma placa
o ácido cítrico,detrituran-
aqueci-
mento
do ou banho-maria na temperatura aproximada de 60°C.
em gral.
fundir e em seguida adiocionar o flavorizante, misturar bem. 183
Passo 6: Remover do aquecimento verter para o molde e resfriar.
Passo 7: Determinar o peso médio de cada pastilha ou pirulito.
Ingredientes % Função
PEG 1500 95,44 Veículo
Sacarina sódica 0,06 Edulcorante
Aspartame 0,5 Edulcorante
Flavorizante 1,0 Flavorizante
Ácido cítrico 0,5 a 1,0 Acidulante
Solução alcoólica de corante q.s.p. Corante
Goma arábica (acácia) 1,5 Agente suspensor
Sílica gel 1,0 Agente suspensor
Procedimento:
Passo 1: Pese, precisamente, os ingredientes da preparação.
Passo 2: Reduzir as substâncias cristalinas (sacrina, ácido cítrico e o
aspartame) a pó.
Passo 3: Fundir o PEG 1500 entre 50 a 55°C, sob agitação.
Passo 4: Triturar todos os pós e adicionar sobre a base fundida, agi-
tando até dispersão completa.
Passo 5: Verter a massa fundida para o molde.
Passo 6: Determinar o peso médio de cada pastilha ou pirulito.
4 . 6 . 6 . I n c o r p o r a ç ã o do s a t iv o s :
Antes de incorporar os ativos é necessário calibrar o molde e
Capitulo 5 - Manipulação
Exemplo:
Embalagem:
Bem vedada (zip-bag, sachês, filme plástico) ou caixa-molde
para pastilhas.
Armazenamento e conservação:
Podem ser armazenados em local fresco (8 a 15°C) ou no re-
frigerador, dependendo do fármaco incorporado e do excipiente
empregado.
Proteger da umidade e do calor excessivo.
Rotulagem:
Rótulo de advertência: "Manter este medicamento longe do alcance
decrianças."
Controle da qualidade:
Capítulo 5 - Manipulação
• • Peso
Teore eunpon
iform
to ida
de de
fusão
• Aparência
Estabilidade:
• OdorEstas formas farmacêuticas não contêm água, portanto, são
• Dureza
mais estáveis.
A estabilidade depende da natureza do ativo, de modo geral
185
6 meses se armazenado em condições adequadas.
4 . 6 . 8 . S u g e s t õ e s d e F o r m u l a ç õ e s :
Capitulo 5 - Manipulação
Capítulo 5 - Manipulação
Capítulo 5 - Manipulação
Ingredientes Quantidade
Chocolate em barra concentrado (boa qualidade) 80 a 60g
Oleo vegetal hidro genado* 20 a 40g
'Pode ser utilizado o Lubritab' (óleo de aisodão hidrosenado).
Procedimento:
Passo 1: Pesar, precisamente, cada ingrediente.
Passo 2: Adicionar o chocolate e o óleo vegetal hidrogenado em um
béquer e aquecer agitando, até a mistura ficar totalmente liquida.
Passo 3: Remover do aq ue cim en to e guardar sob re frige raçã o a té a
utilizaçào.
Estabilidade aproximada: 60 dias.
Ingredientes % Função
Goma arábica 1,60 ag ente suspensor
Sílica gel (aerosil®) 1,0 agen te suspensor
Sacarina sódica 0,4 edulcorante
Aspartame 1,0 edulcorante
Flavorizante de ch oc ola te 0,5 flavorizante
Oleo de m enta 0,2 flavorizante
Chocolate base 95,5 excipiente
(fórmula acima)
Procedimento:
Passo 1: Pesar e medir, precisamente, cada ingrediente.
Passo 2 : T ritu ra r a goma a ráb ica, sílica g el, sacarina e o aspartam e.
Passo 3: Fundir o chocolate base anteriormente preparado, em uma
Capítulo 5 - Manipulação
placa
Passo de
6: aquecimento.
Determinar o peso médio para calibrar o molde.
Passo 4: Lentamente,
B. Pastilhas adicionar
"macias" de os pós do passo 2 e misturar na base
amendoim
fundida, dispersando-os.
Base de5: amendoim
Passo Verter para o molde e deixar esfriar.
Procedimento:
Passo 1: Adquirir a marca de pasta de amendoim mais dura que en-
contrar.
Passo 2: Adicionar a pasta de amendoim e o óleo hidrogenado em
um béquer e aquecer agitando até a mistura estar completamente
fundida.
Passo 3: Remover do aquecimento e refrigerar até solidificar.
Estabilidade aproximada: 90 dias.
Procedimento:
Passo 1: Colocar uma barra magnética para agitação em um béquer.
Passo 2: Quebrar, manualmente, a base de amendoim em pequenos
pedaços, colocando-os no béquer.
Passo 3: Fundir a base a 50°C (na placa agitadora magnética), sob
agitação.
Passo 4: Triturar os pós (ativo, aspartame, goma arábica, sílica gel
micronizada em gral) tamisando aos poucos, sobre a base fundida
Capítulo 5 - Manipulação
sob agitação.
Passo
4 . 6 . 1 05:
. I nDesligar
c o r p o r aoç ãaquecimento
o d o s a t i v o se: adicionar os flavorizantes.
PassoAntes 6: Verter a massa ainda
de incorporar os ativosfluidaé para o molde
preciso calibrar o molde e ve-
Passo 7: Refrigerar até solidificação
rificar o peso médio de cada pastilha, para em seguida, e então remover as pastilhas
correlacio-do
molde.
nara doseEstabilidade
do ativo com aproximada: 60 dias. ou p ir u lit o . Fundir a base
o peso da pastilha
190 banho-maria em temperatura até 55°C, dispersando os ativos e
em
vertendo, posteriormente, para o molde.
Os cálculos para dete rm ina r a qua ntida de de base deslocada
pela adição de ativo(s ), podem ser realizados co nfo rm e de m on stra-
do anteriormente para pastilhas preparadas com PEG.
4.6.11. Embalagem:
Bem vedada (papel alumínio, sachês, filme plástico) ou cai-
xa-molde para pastilhas.
4.6.13. Rotulagem:
Rótulo de advertència: "Manter este medicamento longe do
alcance de crianças".
4.6.15. Estabilidade:
Estas formas farmacêuticas não contêm água sendo portanto,
mais estáveis.
Capítulo 5 - Manipulação
mais estáveis.
Depende da natureza do ativo. De modo geral, 6 meses se
armazenado em condições adequadas.
191
Capitulo 5 - Manipulação
4.7.1 Composição:
São formas farm acê uticas preparadas com ge latina e g lice rina ,
192
sendo utilizadas para administração de medicações para absorção
gastrintestinal e de uso sistêmico.
4.7.2.Caracteristicas:
São m uito flavo rizadas (mascara, e fic ie n te m e n te , o sabor de
fármacos amargos).
Sabor levemente ácido (usualmente, contém ácido cítrico).
Preparo fácil.
São preparadas em baixas temperaturas (no máximo 100 °C), em
banho-maria.
São menos irritantes para a mucosa oral do que outras bases.
Apresentam uma consistência macia e agradável ao mastigar.
4.7.3. Desvantagens:
Não é um sistema anidro, pois contém água; é uma forma farma-
cêutica não recomendada para incorporação de fármacos hidrolisá-
veis.
4.7.4. Preparação:
A. Ma terial ut iiiza do :
• Béquer
• Bastão de vid ro
• Balança de precisão
• Banho-maria
• Termômetro
• Molde
Capítulo 5 - Manipulação
A. Goma-gel base
Procedimento:
Passo 1: Pesar e medir, exatamente, cada componente.
Passo 2: Aquecer a glicerina em ban ho-m aria, com água fervente,
por 5 minutos.
Passo 3: Adicionar a água destilada e continuar aquecendo por mais
5 minutos, agitando.
Passo 4: Lenta en te, adiciona r a ge latina aos poucos por um perí-
odo de 3 minutos, evitando a formação de grumos.
Passo 5: Continuar o aquecimento por, somente, 45 minutos.
Passo 6: Remover do aquecimento e resfriar.
Passo 7: Embalar e rotular.
Capítulo 5 - Manipulação
Procedimento:
Passo 1 : Pesar, e xa tam en te, cada ingred ien te da fo rm ulaç ão .
Passo 2: Misturar a be nton ita (ou sílica ge l), a sp arta m e, goma aráb i-
ca, o ácido c ítric o e os ativos.
Passo 3: Aquecer a goma-gel base em banh o-m aria até liqu efaze r.
Passo 4: Adicionar os pós da m istu ra (passo 2) na goma-base fu ndi-
da, dispersando-os.
Passo 5: Adicionar o corante e o aroma, misturando bem.
Passo 6: Verter para o molde untado e deixar esfriar.
Passo 7: Embalar e rotular.
Capítulo 5 - Manipulação
' Fármacos susceptiveis ó hidrólise não devem ser veiculados em base de getatina.
Procedimento:
Tanto o álcool quanto a á$ua podem s er utilizados como veiculos para solubilizar o(s) ati-
Passo
vo(s) antes 1:
da Com auxíliodo(s)
incorporaçào demesummo(s).
banho-maria,
A quantidade fundir
de água ae álcool
gomautilizada
gel basedeve em
ser
o minimo para solubilizar
um béquer o ativo, Anãobase
de 400ml_. devendo ultrapassar
também podea 10%
ser doliquefeita
peso total dautilizando-
base.
'0 propilenoslicot pode ser utilizado com o açente mo lhante e veiculo para fármacos e m
se microondas,
suspensão (fàrmacos que aquecendo
não são solúveisdurante 20 álcool).
em ógua e/ou segundos, aumentando o
tempo, se necessário, até a liquefação da base.
195 o
Passo 2: Transferir o ativo para um gral de vidro com pistilo (caso
ativo seja adicionado na forma de pó e não solubilizado em álcool
ou água. Caso o ativo seja solúvel, ele deverá ser incorporado no
passo 4). Adicionar o aspartame, a sacarina, a goma arábica e a
goma xantana. Triturar os pós até distribuição uniforme dos mes-
mos.
Passo 3: Levigar os pós com propilenoglicol até formar uma massa
espessa e un iform e.
Passo 4: Adicionar e dissolver o ingrediente ativo em uma quantida-
de mínima de água destilada ou álcool. Adicionar o corante nesta
solução.
Passo 5: Adicionar e dispersar a solução do passo 4 na base fundida
de gelatina. A temperatura não deve exceder a 100°C. 0 corante
dissolvido na solução serve como indicador para assegurar a comple-
ta dispersão do fármaco. Agitar a solução até o corante estar com-
pleto e uniformemente dispersado.
Passo 6: Adicionar os pós levigados (no passo 3) sobre a base de ge-
latina fundida (no passo 1) sob contínua agitação.
Passo 7: Uma vez que a mistura do passo 6 esteja distribuída de
forma homogênea, adicionar o aspartame diluído e os flavorizantes,
agitando be m .
Passo 8: Verter a mistura morna e fundida nos moldes, previamente,
untados com óleo vegetal insaturado. Caso a temperatura da mistu-
ra abaixe muito, pode haver dificuldades na execução deste proce-
dimento. Uma vez que isto ocorra, reaquecer a mistura no banho-
maria até fluidificar novamente. (0 reaquecimento nem sempre
funciona. 0 melhor é trabalhar rapidamente, antes da massa esfri-
ar).
Passo 9: Adicionar as hastes do pirulito à mistura fundida na forma.
Passo 10: Permitir que os pirulitos esfriem e permaneçam pelo mí-
nimo de 3 horas no molde, antes de removè-los.
Capitulo 5 - Manipulação
4.7.6. Aditivação:
Exemplo:
0 peso médio de uma pastilha preparada com a base foi de
1,5g. Sabendo-se que a prescrição solicitou 30 pastilhas contendo
cada uma 50mg de dete rm inado ativo, calcular a qu an tidad e de
ativo, bem como a quantidade de base a serem utilizados na prepa-
ração.
Cálculos:
4.7.7. Embalagem:
Bem vedada (zip-lock®, sachês, filme plástico) ou caixa-
molde para pastilhas. Para evitar aderência, as pastilhas podem ser
roladas sobre açúcar de confeiteiro e embaladas em potes bem ve-
dados.
4 .7 .8 . A r m a z e n a m e n t o e c o n s e r v a ç ão :
Em temperatura ambiente ou sob refrigeração, de acordo
com a natureza dos ativos adicionados.
Capítulo 5 - Manipulação
4 . 7 . 1 1 . E s t a b i l i d a d e :
Por conter água, apresentam menor estabilidade.
A estabilidade depende da natureza do ativo, de modo geral
en tre 2 a 3meses.
Capítulo 5 - Manipulação
Capitulo 5 - Manipulação
Capítulo 5 - Manipulação
4.8.1.Composição:
200 Soluções e suspensões congeladas (picolés) podem eventu-
almente e em situações específicas constituírem uma forma farma-
cêutica para veicular fármacos com sabor desagradável. São nor-
malmente constituídas por água, edulcorantes e flavorizantes. A
solução ou suspensão preparada é então congelada.
4.8.2.Características e vantagens:
É uma form a interessante para adm inistração de fárma cos
que apresentam m elho r e ficác ia quan do permanece m por m aior
período de tempo na mucosa oral, como por exemplo, antimicóticos
e anestésicos.
A sensação de fr io proporcionada pelo p ico lé, pode redu zir
a percepção do sabor desagradável prov en ien te de alguns m ed ica-
mentos.
4.8.3. Preparação:
Material Utiliza do:
• Cálices ou proveta
• Balança de precisão
• Gral de vidro e pistilo
• Molde para picolés
• Freezer ou congelador
• Bastão de vid ro
Capitulo 5 - Manipulação
Xarope simples 17% edulcorante
(xarope de framboesa)
Procedimento:
Aspartame 0,1% edulcorante
Nota: Um a vez que as formas de 1
Flavorizante picolé
,7% variam de taman ho,f lavo
faz-se rizante
necessário calibrá-las,
ajustando o volume empre$ado para e ncher cada forma à dosagem dos ativos.
Água destilada q.s. p. 100ml_ veículo e diluente
Passo 1: Medir e pesar, precisamente, os ingredientes da formula- 201
ção.
Passo 2: Triturar o ativo em gral de vidro (caso este seja insolúvel
em água), levigando-o com o sorbitol 70%.
Passo 3: Adicionar o xarope simples e o flavorizante no passo 2.
Passo 4: Dissolver, separadamente em um cálice, o aspartame e o
ativo (caso este seja solúvel em água) em cerca da metade da água.
Passo 5: Misturar 3 e 4, agitando bem. Rinsar o gral com o restante
da água destilada, transferindo também para o cálice. Completar o
volume final.
Passo 6: Com auxílio de um cálice menor ou de uma seringa, encher
os moldes com volumes equitativos da mistura preparad a.
Passo 8: Após 2 horas, inserir o palito em cada picolé e retorna-los
ao congelador, para que os mesmos se congelem com pleta m en te.
Passo 9: Remover cada picolé da forma e embalar em plástico tipo
zip-lock®. Rotular e acondiciona-los em caixa de isopor no momento
da entrega ao paciente. Rotular também a caixa de isopor, indican-
do a composição de cada picolé e o núm ero d e unidades.
4 . 8 . 5 . Aditivação:
Os ativos podem ser dispersados no sorbitol 70% ou no xarope
(caso não sejam hidrossolúveis) ou ainda, solubilizados na água (ca-
so sejam solúveis em água).
4.8.6. Embalagem:
• Saquinhos tipo zip-lock® (embalagens un itárias ).
• Caixa de isopo r.
Capítulo 5 - Manipulação
202
4.8.7.Armazenamento e conservação:
No congelador ou fr e e z e r: -25°C a -1 0°C.
4 . 8 . 8 . R o t u l a g e m :
Rótulos de advertências: "Manter este medicamento longe
do alcance de crianças" e "Manter o produto no congelador ou free-
zer".
4.8.9.Controle da qualidade:
• Peso e un iform idade
• Aparência
• Odor
• Dureza (o picolé deve estar congelado)
4.8.10.Estabilidade:
Capítulo 5 - Manipulação
Depende da natureza do ativo, de modo geral 2 meses.
4 . 8 . 1 1 . S u g e s t õ e s d e F o r m u l a ç õ e s :
Capítulo 5 - Manipulação
4.9.1. V a n t a g e n s :
A goma de mascar pode constituir-se como um sistema de
cedência de fármaco apropriado para ativos que apresentam índice
de metabolismo de prim eira passagem s ign ifican te {clearence ele-
vado).
As bases para gomas de mascar são encontradas facilmente
no mercado, já flavorizadas e edulcoradas.
Flavorizantes, edulcorantes e outros corretivos do sabor
também podem ser adicionados.
A liberação da droga é mais lenta, portanto, o tempo de con-
tato da droga com a mucosa oral é maior do que as pastilhas,
bas e com primidos sublinguais.
Podem ser úteis no tratamento de pacientes que têm dificul-
dade de deg lutição de com primidos e cápsulas.
4 . 9 . 2 . A l g u m a s d r o g a s q u e p o d e m s e r v e i c u l a d a s n a f o r m a
de g om a d e m a s c a r :
• Fluoreto de sódio.
• Xilitol.
• Acetato de chlorex idina.
• Bicarbonato de sódio.
• Miconazol.
• Nistatina.
• Salicilamida.
Capitulo 5 - Manipulação
Fármaco q.s.p.
Goma de mascar base q.s .p 1 goma.
Procedimento: 205
Passo 1: Remover a embalagem das gomas de mascar adquiridas no
mercado com ercial.
Passo 2: Cortar a goma de mascar em pequenos pedaços.
Passo 3: Aquecer em banho-maria ou no microondas (por cerca de
10 a 15 segundos) até amolecer. Aquecer até uma temperatura a-
proximada de 38 a 55°C.
Passo 4: Adicionar o fármaco e misturar bem.
Passo 5: Remover do aquecimento e moldar a massa no formato de
um cilindro alongado.
Passo 6: Quando estiver suficientemente frio, cortar em pequenos
pedaços e embalar.
Passo 7: Embalar, até amolecer, em papel manteiga.
4.9.4. Embalagem:
As gomas de mascar devem ser embaladas em papel mantei-
ga e acondicionadas em caixas de cartolina ou potes plásticos.
4.9.6. Rotulagem:
Rótulo de advertência: "Manter este medicamento longe do
alcance de crianças."
4 . 9 . 7 . C o n t r o l e d a q u a l i d a d e :
• Aparência
• Odor
• Dureza
Capítulo 5 - Manipulação
Capítulo 5 - Manipulação
5 . 1 . Definição:
Os tabletes moldados são obtidos pela pressão manual207de
uma massa úmida dos excipientes e ativos, contra um molde que
5.2.Vantagens:
• Desintegração insta ntâne a.
• Fácil preparação e dispensação.
• Pe rmite ao pres critor variar a dosagem du ran te o trata m en -
to.
5.3. Desvantagens:
• Fragilidade (alta fria bilid ad e) .
• Restrição de doses (devido ao pequeno tam anho é uma for-
ma farmacêutica indicada para veicular ativos utilizados em
baixas doses).
Capitulo 5 - Manipulação
5.5.• Prep
Fiavorizantes.
araçã o:
• Corantes.
• Cálculo
Conservantes.
da quantidade requerida de base por tablete e do fa-
• deslocamento
tor de Ed ulcorantes,doseativo.
necessário.
Caso o ativo empregado, pese mais que alguns poucos mili-
208
gramas, o seu fator de densidade (fator de deslocamento) precisa
serdeterminado conforme recomendação abaixo:
Resumindo:
% do tablete ocupado pelo ativo = peso ativo presc rito x 100
peso médio do tabiete obtido com o ativo puro
% do tab let e ocupado pela base = 100% - % do tablete ocupado pelo ativo.
5.5.3.Cálculo d o p e s o d a b a s e p o r t a b l e t e
Passo 1: Umedecer a base, na ausência do(s) ativo(s), com a solução
diluente (Exemplo: etanol 50%).
Passo 2: Preencher 20 cavidades do molde.
Passo 3: Secar os tabletes.
Passo 4: Determinar o peso médio dos tabletes preparados com a
base, sem o ativ o.
Capitulo 5 - Manipulação
base, sem o ativ o.
Passo 5: Para calcular o peso da base por tablete, deve-se multipli-
Resumindo:
car a porcentagem do tablete ocupada pela base, pelo peso médio
dosPeso
tabletes preparados
da base por com
tablete = % do a ocupado
tablete base sem o ativo.
pela base x peso médio dos tabletes sem ativo
5 . 5 . 4 . D e t e r m i n a ç ã o d o p es o t o t a l d o t a b l e t e 209
Conhecendo-se o que cada tablete irá conter de ativo juntamente
com a base, pode-se dete rm inar o peso to ta l de cada ta b le te .
Peso total do tablete = peso do ativo prescrito + peso da base por tablete
Peso total de base = peso da base por tablete x número de unidades prescritas
Solução:
Capítulo 5 - Manipulação
Peso to ta l do ta b lete = 10 mg + 62,23 mg = 72,23mg
5Peso
. 7 . Stoutag el sde
t ã oa tivo
d e =B a10s emg x 30 unidades = 300mg
Peso total de base necessária para preparação = 62,23mg x 30 uni-
dades S= u1866,9mg
5.7.1. gestão de base para Tabletes Moldados
Lactose 60%
210
Amido 29,8%
Frutose .« 10%
Benzoato de sódio 0,2%
Flavorizante q.s.p.
Material utilizado:
• Gral e pis tilo
• Molde para tabletes (table teiro)
• Espátula.
• Balança de precisão.
• Tamis para obtenção de pó fino ou m uito fin o .
• Papel m anteiga.
• Estufa.
• Solução alcoólica de PVP K30 a 8%.
• Solução aquosa de ge latina 0,25%.
s M a M l Pi^*^^
Procedimento:
Passo 1: Pesar todos os componentes da formulação (após devidos
cálculos demonstrados anteriormente).
Passo 2: Tamisar os pós no tamis de malha acima de 50.
Passo 3: Transferir os pós tamisados para o gral, triturando e homo-
Capítulo 5 - Manipulação
Procedimento:
ídem ao da fórmula anterior, utilizando a solução alcoólica sugerida
acima para formação da massa.
Capitulo 5 - Manipulação
5.8. Exemplos de fo rm u la ç õ e s :
5.8.1.Tabletes
212 com Estrogênios para Terapia de Reposição Hor-
monal (TRH)
Estriol 2mg
Estrona 0,25mg
Estradiol 0,25mg
Excipi nte q. s.p 1 ta b le te
Mande tabletes.
Indicação: sintomatologia do climatério, terapia de reposição hor-
monal fem inina.
Posologia: 1 ta b le te via sublingual ou buc al 1x ao dia.
5.9.Controle da Qualidade:
• Aparência
• Peso
• Variação de peso
Desintegração - realizado em um béquer contendo 1 litro de
água com ag itado r e m v elocida de mo derada (1 5 a 30 m inu tos ).
Capítulo 5 - Manipulação
213
Capitulo 5 - Manipulação
6.1.1. L a c t o s e :
Dissacarídeo obtido do leite, a lactose pode ocorrer em três
formas: alfa-monohidratada, alfa-anidra e beta-anidra. A lactose
alfa-monohidratada é a mais am plam ente utiliza da .
É um pó branco ou quase branco, ou de partículas cristalinas
branco-cremosas, inodoro e de gosto adocicado. Absorve odores.
É usado como diluente (excipiente) na farmácia, em concen-
traçòes de 65 a 85%.
É con tra-indica da para pessoas com into lerâ nc ia à lactose
(deficiência da enzima lactase), podendo gerar dores abdominais,
diarréia e flatulência nestes pacientes.
Incompatibilidades: Reage com compostos contendo grupo amino
primário, (ex.: anfetaminas e aminoácidos) resultando em produtos
de cor amarronzada, devido à condensação do tipo Maillard. Tam-
bém reage e produz escurecimento na presença de compostos con-
tendo arsênico e trinitrato de glicerila. A lactose é incompatível
Capítulo 5 - Manipulação
tendo arsênico e trinitrato de glicerila. A lactose é incompatível
com
6 . 1 . aminoácidos
2. Talco: e anfetaminas (mazindol, anfepramona, fempro-
porex, aminofilina,
0 talco é umfluoxetina,
silicato desertralina,
magnésio imipramina, amitriptilina,
hidratado nativo, podendo
clomipramina, nortriptilina, hidroxitriptofano
conter uma pequena proporção de silicato de alumínio.e compostos relacio-
nados). É um pó cristalino muito fino, branco ou branco acinzentado,
untuoso, adere facilmente à pele e é macio ao toque.
215
Necessita ser de ótima qualidade, pois é vulnerável a conta-
minação microbiológica. Deve ser armazenado em recipiente bem
fechado, apesar de ser um produto estável.
Na indústria farmacêutica ou em farmácias magistrais é usa-
do como excipiente para cápsulas ou comprimidos, devido ao seu
efe ito secante e lu br ifica n te , em concentrações de 5 a 30%.
Incompatibilidades: Incompatível com quaternários de amônio.
6.1.3. Amido:
Pó fino, branco, sem sabor que deve ser estocado em lugar
apropriado para evitar a absorção de umidade. Utilizado na indús-
tria farmacêutica e em farmácias magistrais como diluente (excipi-
ente) para ajuste de volume ou como agente desintegrante.
Não há concentração limite para uso deste excipiente.
Incompatibilidades: Não há descrição na bibliografia de interações
de fármacos com o am ido.
6.1.4. Manitol:
É um álcool hexanidril relacionado a manose e é isomérico
com o so rbitol.
Granuloso ou pó cristalino, possui boa fluidez, é branco e i-
nodoro. Possui a metade do poder adoçante da sucrose e é tão doce
quanto a glucose.
Nâo é recomendado para crianças abaixo de 12 anos de ida-
de.
É usado como excipiente a uma concentração entre 10 a 90%.
É indicado, especialmente, quando se quer encapsular drogas sensí-
veis à umidade, pois é um pó não higroscópico. Recomenda-se usá-
lo associado ao estearato de magnésio (1 a 2%).
Incompatibilidades: Complexa-se com alguns metais, como o ferro,
o alumínio e o cobre. Recomenda-se não utilizá-lo em formulações
que contenham sais com estes metais.
Capítulo 5 - Manipulação
que contenham sais com estes metais.
6.1.5. Celulose microcristalina:
É comercializada principalmente com o nome de Avicel®. A
celulose microcristalina é amplamente utilizada em produtos farma-
cêuticos como diluente de comprimidos (20 a 90%) e cápsulas (20 a
90%). É utilizada como agente adsorvente (20 a 90%), agente a ntia -
216
derente ou lubrificante (5 a 20%) e desintegrante em comprimidos
(5 a 15%).
Incompatibilidades: A celulose microcristalina é um agente estável,
porém higroscópica. É inco m patível com agentes oxidantes fo rte s.
6 .1 . 6 . C r o s c ar m el o se Só d ic a (Ac-Di-Sol ®):
É um polím ero cross-linked de carb oxim etilcelulos e sódica.
A croscarmelose sódica é empregada em formulações farma-
cêuticas como desintegrante para cápsulas (10 a 25%) e comprimi-
dos (0,5 a 5,0%)
Incompatibilidades: sorbitol (redução da eficácia desintegrante).
6 .1 . 7. P o v i d on a :
É um polímero sintético empregado como diluente de com-
primidos, agente aglutinante e de revestimento em concentrações
de 0,5 a 5%.
6.1.8. Crospovidona:
É um derivado cross-linked da povidona.
É um desintegrante para comprimidos preparados por com-
pressão dire ta . É empregada em concentrações de 2 a 5%.
6.1.9. Caulim:
Pó branco a acinzentado, untuoso, com sabor argiloso. O
caulim ocorre naturalmente no reino mineral, correspondendo quí-
micamente ao silicato de alumínio nativo hidratado.
O cau lim é utilizad o como d iluen te (excipiente) em cápsulas
ecomprimidos.
Mesmo a despeito do baixo preço, o caulim deve ser utilizado
com restrições. Caso o mesmo não seja esterilizado pode haver con-
taminação por agentes patogênicos, como Baciüus anthracis, Clos-
Capítulo 5 - Manipulação
na, ampicilina,
tridium cimetidina,
tetani (bactéria causadora lincomicina,
do téta nofenitoína
) e outros.(difenilhidantoi-
na), clindamicina, Otetraciclina,
Incompatibilidades: caulim apresenta warfarina. Portanto, não
propriedades deve ser
de absorção
emutilizado como excipiente
concentrações a partir destas
de 7,5%. drogas.
Esta propriedade pode influen-
ciar a absorção de outras drogas administradas via oral. Já foi rela-
tado
6 . 1 .que
1 0 . oAcaulim
e r o s i l ®afeta
( A daj uabsorção
v a n t e F adas
r m aseguintes
c o t é c n i c drogas:
o): amoxacili-
Químicamente conhecido como sílica coloidal ou dióxido217de
silício coloidal, é um produto submicroscópico, branco, sem odor ou
sabor. Devido à sua higroscopia, deve ser armazenado em recipien-
tes muito bem fechados.
0 aerosil é utilizado como dessecante e anti-aderente para
pós higroscópicos na concentração de 0,1 a 1,0%.
Incom patibilidades : É incom patível com preparações contendo dieti-
lestilbestrol.
6 . 1 . 1 1 . E s t e ar a t o d e M ag n és io (A d j u v a n t e F a r m a c o t é c n i c o ):
Consiste principalmente de uma mistura de estearato de
magnésio e palmitato de magnésio.
É granuloso, untuoso e fino, de cor branca, inodoro ou com
leve odor de ácido esteárico e gosto característico. São grânulos de
baixa densidade que aderem facilmente à pele.
Age como lubrificante e antiaderente nas formulações de ex-
cipiente, nas concentrações entre 0,25 a 2,0%.
Devido à sua natureza hidrofóbica, o estearato de magnésio
pode retardar a dissolução de drogas na forma sólida, por isso, deve
usá-lo na menor concentração possível.
Incom patibilidad es: É incom pa tível com substâncias ácidas, alca li-
nas e sais de ferro; evitar associá-lo com materiais fortemente oxi-
dantes. Usar com precaução em drogas incompatíveis com álcalis.
Capítulo 5 - Manipulação
sais de ferro e outros metais, como o alumínio, o mercúrio e o zin-
6co.
.1.13. Carbonato de cálcio:
Pó branco ou cristalino, inodoro e sem sabor. 0 Carbonato de
cálcio é empregado como excipiente farmacêutico para cápsulas e
comprimidos.
218 0 Carbonato de cálcio deve ser estocado em recipiente fe-
chado e protegido da umidade.
Incompatibilidades: 0 carbonato de cálcio é incompatível com áci-
Capitulo 5 - Manipulação
Como agente molhante e desintegrante de formas farmacêu-
6 . 1 . sólidas
ticas 1 6 . P o léi sutilizado
o r b a t o s usualmente
2 0 , 6 0 , 8 0na( Aconcentração
g e n t e M o l h ade
n t e0,5%.
):
Os produtosÉ comerciais
Incompatibilidades: incom pa tível mais
comcomuns à base
e let ró litos . de polisorbatos
são os tweens. Os polisorbatos são surfactantes não iônicos empre-
gados como tensioativos, agentes emulsificantes, agentes solubili-
zantes e agentes molhantes. Podem ser empregados como agente
solubilizante para uma variedade de substâncias, incluindo óleos 219e
vitaminas lipossolúveis.
Como agente solubilizante é utilizado na faixa de concentra-
1 10%
Incompatibilidades: Parabenos, fenóis, taninos e derivados do alca-
trão.
6 . 1 . 1 7 . Ó le o v e g e t a l h i d r o g e n a d o ( ó l eo h i d r o g e n a d o d e s e-
m e n t e d e a lg o d ã o ) t i p o I - L u b r i t a b ® :
Diluente para cápsulas e comprimidos, agente lubrificante
(cápsulas e comprimidos) e agente aglutinante.
Aplicação:
• Diluente (ex cipien te): até 100%
• Lub rificante: 1 a 6% p /p .
Pode ser utilizado como agente formador de matriz lipofílica
para formulações de liberação controlada.
Incompatibilidades: incompatível com agentes oxidantes fortes.
Capítulo 5 - Manipulação
20%.
Incompatibilidades: sulfato ferroso, cloreto férrico, nitrato de pra-
Solubilidade em
ta, citrato de sódio, sulfatosistemas de solventes
de alumínio, (para
cloreto solução cloreto
de cálcio, de re-
vestimento):
de m ercúrio, nAcetona,
itra to deAcetona-Etanol
bário , ac eta to (1:1)
básicoe Acetona-Água (97:3).
de chum bo e agentes
oxidantes Plastificantes compatíveis: incompatível
fortes. Potencialmente glicerina, propilenoglicol
com fármacos e dibu-
ou
tilftalato.
excipientes que apresentam grupos funcionais ou natureza básica.
220
6 .1 .2 0. C o p o l ím e ro d o ác i d o m e t a c r í l i c o / m e t a c r i l a t o d e m e -
t il a 1: 1 ( E u d ra g it ® L- 1 00 ) :
Utilizado como formador de filme gastroresistente e enteros-
solúvel.
Insotúvel em ácidos diluídos e fluidos gástricos, solúvel em
soluções tamponadas e fluidos entéricos acima do pH 6,0.
Concentração usual para filmes gastroresistentes : 3 a 9% do
peso do núcleo (peso da massa a ser revestida).
É necessário a adição de plastificante para melhorar a flexi-
bilidade do filme.
Solubilidade em sistemas solventes (para solução de revesti-
mento): Acetona-Etanol (1:1), álcool isopropílico, acetona e etanol
e também, em misturas com até 40% de água.
Plastificantes co m patíveis: p olie tilen og lico l (ex: PEG 400),
triacetina e dibutilftalato.
Incompatibilidades: estearato de magnésio, podem ocorrer intera-
ções em substâncias com grupos funcionais de natureza básica.
6 . 1 . 2 2 . F o s f a t o d e c á l c i o d i b á s i c o ( C a H P 0 4 2 H2 0 ) :
Diluente de comprimidos e cápsulas (necessita uso concomi-
tante de lubrificante e desintegrante)
Compressão direta e agente alcalizante
Incompatibilidades: derivados da tetraciclina, indometacina, ativos
sensíveis a pH igual ou superior a 7,3.
Capitulo 5 - Manipulação
6 . 2 . 1 . C a t e g o r i a s d e e x c i p i e n t e s
A. Excipientes que influenciam na estabilidade: antioxidantes, que-
lantes, conservantes e tampões, modificadores do pH.
B. Excipientes que influenciam na absorção do fármaco: desinte-
grantes, plastificantes, modificadores da liberação, promotores da
penetração, molhantes, formadores de filme, agentes bioadesivos e
encapsuíantes.
6 . 2 . 2 . E x c i p ie n t e s q u e i n f l u e n c i a m a b i o d i s p o n i b i l i d a d e d o
fármaco em formas farmacêuticas sólidas:
Capítulo 5 - Manipulação
tração.
A. Diluentes: a solubilidade do diluente influencia a velocidade de
C. Tensioativos:
liberação aumentam a molhabilidade do fármaco, aumentam
do fármaco.
a velocidade
B. de dissolução,
Desintegrantes: facilitam a aumentam o contato
desagregação, do fármaco
aumentam a área com
su-
fluídos gaestrintestina
perficial promove ais.dissolução do fármaco. Depende da concen-
D. Lubrificantes: retardam a molhabilidade e a absorção de fárma-
cos. Sua concentração influencia a biodisponibilidade.
222
Capítulo 5 - Manipulação
quescência: usar m an itol 80% + talco 18% + aero sil 1% + estea rato de
magnésio 0,5% + LSS
6.3.2. Sugestão 0,5 a 1,0%. para Alprazolam
de Excipiente
Celulose M icrocristalina 20%
Nota:
AmidoO aerosil pode ser adicionado à parte, ao Dilucap ca so seja n ecessário.
15%
O man ipulador deve ter amplo conhecimento sobre excipientes, para a escolha daquele que
Docusato
melhor de Sódio
se adeque à formuiação. 0,5%
Aerosil 0,3% 223
Benzoato de Sódio 2%
Estearato de magnésio 0,25%
Lactoseqsp 61,95%
Capitulo 5 - Manipulação
6.3.11. S u g e s t ã o d e E x c i p i e n t e p a r a I n i b i d o r e s d a E C A , e x -
ceto Enalapril
Bissulfito de sódio 0,1 %
Fosfato de cá lcio 30%
Manitol 30%
Estearato de magnésio 1%
Amidoqsp 100%
Capítulo 5 - Manipulação
Fc =
Fator de correcão da diluição e do ativo
6 . 3 . 1 3 . Su g es tão d e E x c i p i e n t e D i e t i l e s t i l b e s t r o l
Lau ril sulfato de sódio 0,5%
Estearato de magnésio 0,5%
Lactoseqsp 100%
6.3.14. S u g es t ão de E xc ip i en t e p a ra Sa i s A lc a ló i di c os e S ai s
de Potássio
Aerosil 1%
Estearato de magnésio 1%
Lactoseqsp 100%
6 . 3 . 1 5 .
Sugestão de Excipiente para Lovastatina, Pravasta-
tina e Sinvastatina
B util hid rox i anisol 0,02%
Manitol 30
Estearato de magnésio 1%
Dilucap qsp 100%
Capítulo 5 Manipulação
Capítulo 5 - Manipulação
Capitulo 5 - Manipulação
6.6.1. A g e n t es al c a l i n i z a n t e s m a is e m p r e g a d o s :
• Fosfatos alca linos
• Carbonato de cálcio
• Citrato de sódio
• Bicarbonato de sódio
• Glicinato de alum ínio
Capítulo 5 - Manipulação
6.7. Antioxidantes
6 . 7 . 1 . Oxidação:
Processo que leva à decomposição de uma matéria-prima,
229do
com perda de sua função. A luz, o ar, o calor, os contaminantes
meio (catalisadores ->metais pesados) e o pH do meio são os inici-
antes deste tipo de reação. 0 mecanismo de oxidação inicia-se com
a formação do que chamamos radicais livres.
6.7.2 Antioxidantes:
São substâncias que preservam a formulação de qualquer
processo oxidativo. São capazes de inibir a deterioração oxidativa
(destruição por ação do oxigênio) de produtos fármaco-cosméticos,
com conseqüente desenvolvimento de ranço oxidativo em óleos e
gorduras ou inativação de medicamentos.
Capítulo 5 - Manipulação
• Cisteína
6.7.3. Uso a d e q u a d o d e a n t i o x i d a n t e s :
• Glutation
• Metioninapara Sistemas Aquosos:
A. Antioxidantes
• Ácido ascórbico
230• M etabissulfito de sódio
• Tiossulfato de sódio
• Cloridrato de cisteína
Capitulo 5 - Manipulação
D. Tiossulfato
Nota: deconh
Os sutfitos são sódio (Na?S?0j.5H
ecidos Q): Pó
cristalino ou cristais inco-
por causa r zalerçia.
lores grandes. E eflorescen te no ar seco em tem peratura s acima de
33°C e levemente deliquescente em ar úmido. Soluções aquosas são
neutras ou levem ente a lcalinas .
Solubilidade: 1g/0,5ml de água, insolúvel em álcool. 231
Concentração efetiva: 0,05%
Capítulo 5 - Manipulação
com acetona e óleos vegetais.
6.8. Lubrificantes, Antiaderentes
Concentração efetiva: 0,05 a 2% e Deslizantes
Promovem o escoamento de pós e granulados por redução da
fricção das partícu las.
• Estearato de magnésio.
232• Estearato de cá lcio.
• Ácido esteá rico.
• Talco (5%).
• A m ido de m üh o (5 a 10%)
• Sílica coloida l (Ae rosil®).
6.9. Diluições
Alguns fármacos são muito potentes e são utilizados em pe-
quenas doses. Para maior segurança na pesagem destes fármacos
deve-se dilui-los de tal forma que a dosagem seja de fácil pesagem
e os riscos de sobredose sejam minimizados em caso de algum equí-
voco neste proc ed im en to.
6.9.1. R e l a ç ã o d o s F á r m a c o s q u e d e v e m s e r d i l u í d o s
Capitulo 5 - Manipulação
Cetotifeno 1:10
Continuação Tabela 24 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Clonazepam
Clonidina
FARMACO DILUIÇAO Lactose,
1:100 DILUENTES Ta lco ou Am ido
Cloxazolam 1:10 Lactose,
( s u g e sTalco
t õ e s -ou
o pAm
ç õido
es)
Cobamamida 1:10 Talco, Am ido ou M anitol
(coenzima B12) 233
Dextrotiroxina 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Diazepam 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Dietilestilbestrol 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Digitoxina 1:100 Talco
Digoxina 1:100 Lactose, Talco ou Am ido
Dihidroergocristina 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Ergotamina tartarato 1:100 Talco ou Amido
Estanozolol 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Estriol 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Etinil estradiol 1:100 Lactose, Talco ou Am ido
Finasterida 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Flud rocortisona 1:100 Lactose ou Talco
Flufenazina 1:10 Talco ou Amido
Hidr ocortisona 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
loim bina 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
L-deprenil 1:10 Talco ou Amido
Loperamida 1:10 Talco ou Amido
Loratadina 1:10 Lactose, Talco ou A mido
Lorazepam 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Mazindol 1:100 Talco ou Amido
Meloxicam 1:100 Lactose, Talco ou Am ido
Metil brometo de homa- 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
tropina
Metilprednisolona 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Metotrexato 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Norestiterona 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Oxandrolona 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Prednisolona 1:10 Lactose, Talco ou Am ido
Reserpina 1:100 Lactose, Talco ou Am ido
Capitulo 5 - Manipulação
Salbutamol
Continuaçõo Tabela 24 1:100 Lactose, Talco ou Am ido
Simeticone 1:2 (50%) Hidróxido de aluminio +
FARMACO DILUIÇAO Carbonato magnésio
DILUENTES
T3 1:1000 Lactose, Talco ou Am ido
(sugestões - opções)
T4 1:1000 Lactose , Ta lco ou Am ido
234
Tizanidina 1:10 Lactose , Talco ou Am ido
Triac 1:100 Lactose, T alco ou Am ido
Trifluoperazina 1:10 Talco ou Amido
Vit. B12 1:100 Lactose, Talco ou Am ido
Vitamina K 1:100 Lactose, Talco ou Am ido
Obs: Não constam nesta lista, matérías-primas diluídas de fábrica que no entanto, necessi-
tam de fatores de correçõo (ex: Betacaroteno 10% ).
Materiat Utilizado
Tamis
Gral(2)
Pistilo (2)
Papel man teiga
Saco plástico
Espátula de plástico
Frasco âmbar (para armazenamento de matéria-prima).
Capitulo 5 - Manipulação
Capítulo 5 - Manipulação
Procedimento
Passo 1: Misturar o Hidróxido de Alumínio e o Carbonato de Magné-
sio em um gral.
Passo 2: Adicionar o óleo de sim etico ne aos poucos, mexendo sem -
pre.
Passo 3: Passar por um tam is a m istu ra , acrescentand o o Aerosil na
passagem.
N0TA: Os simetkones utilizados para formulações liquidas são simeticones 30% (DCX Medical
Emulsion, DCC 7-9245 Em ulsion). Am bos são hidrossotúveis.
Procedimento:
Capitulo 5 - Manipulação
Passo 1: Pesar o DL-Ácido tartárico em um pedaço de papel mantei-
gaPasso
e verter para um
3: Retirar g ral de
o saco porcelana.
plástico T ritu ráencher
da balança, -lo m uito
de arbem(nãoe re-
so-
servar;
prar), fechar e homogeneizar bem.
Passo
Passo2:4: Tarar um saco
Transferir plásticoesta
aos poucos na balança,
mistura do pesar
sacoo plástico
aerosil (aerosil
e logo
em seguida o clo ridnoragral
+ anfepramona) to dedea nfep ram onaonde
p orcelana, . está o DL ácido tartárico
e misturar muito bem com o pistilo. 237
Passo 5: Depois que todo o "pó" estiver no gral de porcelana e bem
misturado, efetuar a tamisação do "pó" com pistilo, pressionando o
pó contra o tamis em movimentos circulares e de "vai e vem" até o
esgotamento do pó sobre o tamis.
Passo 6: Transferir o pó depositado no suporte para o gral de porce-
lana.
Passo 7: Misturar o pó no gral com pistilo, revolvendo o pó aderido
no fundo e nas laterais do gral e no pistilo com a espátula de plásti-
co.
Passo 8: Transferir o pó do gral para o mesmo saco plástico (previa-
mente tarado), onde estava o aerosil e anfepramona para a pesa-
gem final.
Passo 9: Cada tratamento especial (diluição) feito com a anfepra-
mona H Q , deve seguir o rela tório de diluição da anfepramona HCl,
conforme modelo em anexo.
Passo 10: Embalar a anfepramona diluída em frasco de vidro âmbar,
protegido do calor, devidamente iden